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Análise da eficiência dos gastos em saneamento básico dos municípios do RN utilizando a análise envoltória de dados

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Academic year: 2021

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(1)UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS. ANDRESSA DANTAS DE LIMA. ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DOS GASTOS EM SANEAMENTO BÁSICO DOS MUNICÍPIOS DO RN UTILIZANDO A ANÁLISE ENVOLTÓRIA DE DADOS. NATAL/RN 2019.

(2) ANDRESSA DANTAS DE LIMA. ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DOS GASTOS EM SANEAMENTO BÁSICO DOS MUNICÍPIOS DO RN UTILIZANDO A ANÁLISE ENVOLTÓRIA DE DADOS. Monografia apresentada à Coordenação de Graduação em Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em cumprimento às exigências para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.. Orientadora: Profa. Ma. Daniele da Rocha Carvalho.. NATAL/RN 2019.

(3) Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências Sociais Aplicadas - CCSA Lima, Andressa Dantas de. Análise da eficiência dos gastos em saneamento básico dos municípios do RN utilizando a análise envoltória de dados / Andressa Dantas de Lima. - 2019. 81f.: il. Monografia (Graduação em Ciências Contábeis) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Departamento de Ciências Contábeis, Natal, RN, 2019. Orientadora: Profa. Ma. Daniele da Rocha Carvalho.. 1. Contabilidade de custos - Monografia. 2. Eficiência - Gastos públicos Monografia. 3. Análise Envoltória de Dados (DEA) - Monografia. 4. Saneamento Básico - Monografia. I. Carvalho, Daniele da Rocha. II. Título. RN/UF/CCSA. CDU 657:336.14. Elaborado por Shirley de Carvalho Guedes - CRB-15/404.

(4) ANDRESSA DANTAS DE LIMA. ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DOS GASTOS EM SANEAMENTO BÁSICO DOS MUNICÍPIOS DO RN UTILIZANDO A ANÁLISE ENVOLTÓRIA DE DADOS. Monografia apresentada à Coordenação de Graduação em Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em cumprimento às exigências para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.. Data da Aprovação: 04/12/2019. BANCA EXAMINADORA. ________________________________________ Profa. Ma. Daniele da Rocha Carvalho Orientadora. ________________________________________ Prof. Dr. Ridalvo Medeiros Alves de Oliveira Examinador. ________________________________________ Prof. Dr. Adilson de Lima Tavares Examinador.

(5) Dedico esse trabalho a minha mãe Francisca e minha sobrinha Ana Luiza.

(6) AGRADECIMENTOS. A Deus, Pai de infinita misericórdia, fonte de amor, paz e sabedoria. Aos meus pais, Francisca e Josemar, pela paciência, amor incondicional, dedicação e confiança em mim, sobretudo quando eu mesma não acreditava. Ao meu namorado Alecsandro, por compartilhar comigo momentos difíceis que, no entanto, proporcionaram um enorme aprendizado, estimulando-me a não desistir, mesmo quando o problema parecia de difícil solução. Às minhas tias Marlene e Marlete por sempre me apoiarem e acreditarem na minha capacidade intelectual. A minha orientadora Daniele por sua generosidade, enorme paciência, pelos direcionamentos e ensinamentos confiados a mim. Ao professor Marke Geisy por ter me auxiliado na escolha e aplicação da metodologia utilizada no trabalho. Aos queridos Ana Beatriz, Artur Henrique, Cynthia, Gilene e Jennifer por serem meus fiéis apoiadores e incentivadores desde o início do curso. A eles minha gratidão. Aos servidores e demais funcionários da Secretaria de Orçamento e Finanças do Tribunal de Justiça pela compreensão e apoio dispensados a mim. A todos os demais amigos, parentes e professores que de alguma forma ajudaram quando precisei, ensinando-me e incentivando-me..

(7) “Tudo posso naquele que me fortalece.”. Filipenses 4:13.

(8) RESUMO No atual contexto de crise econômica, o aumento da eficiência na aplicação dos recursos está entre os desafios dos gestores públicos, tendo em vista a escassez desses recursos e a demanda por serviços de boa qualidade. Neste sentido, nos últimos anos, muitos autores têm buscado avaliar a eficiência dos gastos públicos. O setor de saneamento básico figura dentre esses estudos, sendo a universalização desses serviços um tema bastante discutido ultimamente. O presente estudo tem por objetivo verificar a eficiência dos gastos em saneamento básico nos municípios do RN no período de 2008 a 2017. Desta forma, utilizou-se a método da Análise Envoltória de Dados (DEA) nos modelos BCC (retornos variáveis) e CCR (retornos constantes), bem como as informações necessárias foram obtidas no banco de dados do SNIS. Além da obtenção da eficiência, os municípios foram caracterizados segundo a população, PIB per capita e IDHM, e foi avaliada a evolução dos gastos per capita em saneamento básico em comparação à evolução dos escores médios de eficiência. A pesquisa se classifica como descritiva quanto aos objetivos, bem como trata-se de pesquisa documental e bibliográfica quanto aos procedimentos utilizados. Os resultados indicaram que, dos 37 municípios analisados, os que se mostraram mais eficientes em ambos modelos utilizados foram os municípios de Currais Novos, Doutor Severiano, Parnamirim, São José do Seridó, Parelhas e Alto do Rodrigues; enquanto que os menos eficientes foram os municípios de Pau dos Ferros, Lagoa Nova, São Tomé, Riachuelo, Espírito Santo, Macaíba e Tibau do Sul. Pode-se inferir, ainda, que municípios mais populosos ou com maiores PIB per capita ou maiores IDHM, não necessariamente, resultam em escores maiores de eficiência. Assim como, o crescimento dos gastos em saneamento básico no período, não foi acompanhado de melhoria nos escores de eficiência. Essa perda de eficiência observada pode estar relacionada à má gestão dos recursos e/ou dificuldades encontradas na expansão dos sistemas de saneamento básico, em especial, os sistemas de esgotamento sanitário os quais ainda são incipientes no Estado. Palavras-chave: Saneamento Básico. Eficiência dos Gastos. Análise Envoltória de Dados..

(9) ABSTRACT In the current context of economic crisis, increasing resource efficiency is one of the challenges faced by public managers, given the scarcity of these resources and the demand for good quality services. In this sense, in recent years, many authors have sought to evaluate the efficiency of public spending. The basic sanitation sector is one of these studies, and the universalization of these services has been a subject of much discussion lately. This study aims to verify the efficiency of spending on basic sanitation in the municipalities of RN from 2008 to 2017. Thus, the Data Envelopment Analysis method was used BCC (variable returns) and CCR (constant returns) models, as well as the necessary information were obtained from the SNIS database. Besides obtaining the efficiency, municipalities were characterized according to population, PIB per capita and IDHM, and the evolution of per capita expenditure on basic sanitation compared to the evolution of average efficiency scores was evaluated. The research is classified as descriptive as to the objectives, as well as documentary and bibliographic research as to the procedures used. The results indicated that, of the 37 municipalities analyzed, the most efficient in both models were Currais Novos, Doutor Severiano, Parnamirim, São José do Seridó, Parelhas and Alto do Rodrigues; while the least efficient were the municipalities of Pau dos Ferros, Lagoa Nova, São Tomé, Riachuelo, Espírito Santo, Macaíba and Tibau do Sul. It can also be inferred that more populous municipalities or with higher PIB per capita or IDHM do not necessarily result in higher efficiency scores. As well as the growth in basic sanitation spending in the period, was not accompanied by improvement in efficiency scores. This observed loss of efficiency may be related to the mismanagement of resources and/or difficulties encountered in the expansion of basic sanitation systems, in particular, sewage systems which are still incipient in the State. Keywords: Basic Sanitation. Spending Efficiency. Data Envelopment Analysis..

(10) LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS BCC – Banker, Charnes e Cooper CAERN – Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte CCR – Charnes, Cooper, Rhodes DEA – Data Envelopment Analysis DMU – Decision Making Unit IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IDHM – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal PAC – Plano de Aceleração do Crescimento PIB – Produto Interno Bruto PLANSAB – Plano Nacional de Saneamento Básico SAAE – Serviço Autônomo de Água e Esgoto SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento TCU – Tribunal de Contas da União.

(11) LISTA DE FIGURAS. Figura 1. Atendimento total dos serviços de abastecimento de água nos municípios do RN.25 Figura 2. Atendimento total dos serviços de esgotamento sanitário referido aos municípios do RN atendidos com abastecimento de água. ........................................................................... 25 Figura 3. Elementos da DMU (Decision Making Unit). ...................................................... 38 Figura 4. Classificação entre ganhos de escala e orientação. ............................................... 39 Figura 5. Ilustração da modelagem do estudo. .................................................................... 46.

(12) LISTA DE GRÁFICOS. Gráfico 1. Índices de atendimento dos serviços de abastecimento de água e coleta e tratamento de esgotos. ........................................................................................................................... 24 Gráfico 2. Investimentos per capita dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário no período de 2008 a 2017 no RN. ......................................................................... 29 Gráfico 3. Escores médios de eficiência dos municípios no período de 2008 a 2017 e média de desempenho total (modelo DEA-BCC). ........................................................................... 52 Gráfico 4. Escores médios de eficiência dos municípios no período de 2008 a 2017 e média de desempenho total (modelo DEA-CCR). ........................................................................... 57 Gráfico 5. Evolução dos gastos per capita em saneamento básico realizados nos anos 2008 e 2017. .................................................................................................................................... 66 Gráfico 6. Evolução das eficiências nos gastos em saneamento básico nos anos 2008 e 2017 – Modelo DEA-BCC............................................................................................................... 66 Gráfico 7. Evolução das eficiências nos gastos em saneamento básico nos anos 2008 e 2017 – Modelo DEA-CCR............................................................................................................... 67.

(13) LISTA DE QUADROS. Quadro 1. Metas de acesso aos serviços de saneamento básico no RN para os anos de 2023 e 2033 (%). ............................................................................................................................. 26 Quadro 2. Compilação das características dos estudos que avaliaram a eficiência no setor de saneamento básico. .............................................................................................................. 33 Quadro 3. Unidades de tomadas de decisões (DMUs) selecionadas para o estudo. .............. 44.

(14) LISTA DE TABELAS. Tabela 1. Escores de eficiência conforme DEA-BCC obtidos para os municípios do RN nos anos de 2008 a 2017. ............................................................................................................ 49 Tabela 2. Escores de eficiência conforme DEA-CCR obtidos para os municípios do RN nos anos de 2008 a 2017. ............................................................................................................ 54 Tabela 3. Resumo das estatísticas dos escores de eficiência conforme modelos DEA-BCC e DEA-CCR obtidos para os municípios do RN no período de 2008 a 2017. ........................... 58 Tabela 4. Municípios posicionados no 4º intervalo. ............................................................. 59 Tabela 5. Municípios posicionados no 3º intervalo. ............................................................. 60 Tabela 6. Municípios posicionados no 2º intervalo. ............................................................. 60 Tabela 7. Municípios posicionados no 1º intervalo. ............................................................. 61 Tabela 8. Caracterização dos municípios da amostra. .......................................................... 62 Tabela 9. Municípios mais eficientes e suas respectivas posições em relação ao porte populacional. ....................................................................................................................... 63 Tabela 10. Municípios menos eficientes e suas respectivas posições em relação ao porte populacional. ....................................................................................................................... 63 Tabela 11. Municípios mais eficientes e suas respectivas posições em relação ao PIB per capita. ............................................................................................................................................ 64 Tabela 12. Municípios menos eficientes e suas respectivas posições em relação ao PIB per capita. .................................................................................................................................. 64 Tabela 13. Municípios mais eficientes e suas respectivas posições em relação ao IDHM. ... 65 Tabela 14. Municípios menos eficientes e suas respectivas posições em relação ao IDHM. . 65.

(15) SUMÁRIO 1.. INTRODUÇÃO........................................................................................................... 16 1.1.. CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA ......................................................... 16. 1.2.. OBJETIVOS .......................................................................................................... 21. 1.2.1.. Geral............................................................................................................... 21. 1.2.2.. Específicos ..................................................................................................... 21. 1.3. 2.. JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 22. REFERENCIAL TEÓRICO ...................................................................................... 24 2.1.. CENÁRIO DO SETOR DE SANEAMENTO BÁSICO NO BRASIL E NO RN .... 24. 2.1.1.. Marco Regulatório do Saneamento Básico ...................................................... 27. 2.1.2.. Investimentos no Setor de Saneamento Básico ................................................ 28. 2.2. EFICIÊNCIA DOS GASTOS PÚBLICOS NO SETOR DE SANEAMENTO BÁSICO ........................................................................................................................... 31 2.3. 3.. 4.. 5.. O MÉTODO DA ANÁLISE ENVOLTÓRIA DE DADOS .................................... 38. METODOLOGIA ....................................................................................................... 41 3.1.. TIPOLOGIA DA PESQUISA ................................................................................ 41. 3.2.. UNIVERSO E AMOSTRA DA PESQUISA .......................................................... 41. 3.3.. COLETA E ANÁLISE DE DADOS ...................................................................... 42. 3.3.1.. O SNIS ........................................................................................................... 42. 3.3.2.. Análise Envoltória de Dados ........................................................................... 43. ANÁLISE DOS RESULTADOS ................................................................................ 48 4.1.. RESULTADOS DA EFICIÊNCIA – MODELO DEA-BCC .................................. 48. 4.2.. RESULTADOS DA EFICIÊNCIA – MODELO DEA-CCR .................................. 53. 4.3.. ANÁLISE DESCRITIVA E COMPARAÇÃO ENTRE OS MODELOS ................ 58. 4.4.. CARACTERIZAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA AMOSTRA ................................. 61. 4.5.. GASTOS REALIZADOS NO PERÍODO .............................................................. 65. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 68. REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 71 APÊNDICE ........................................................................................................................ 76.

(16) 16. 1. INTRODUÇÃO 1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA Num contexto empresarial, a busca para se manterem competitivas tornou-se um desafio constante para as empresas. Numa visão de sustentabilidade, a sociedade passa a exigir das empresas posições mais atuantes, além de economicamente viável, estas precisam ser socialmente justas, ecologicamente corretas e culturalmente aceitas. As relações contratuais entre stakeholders1 e empresa são conduzidas de forma mais equilibrada, com foco em parcerias, passando a exigir da empresa maior compromisso informacional. A eficiência empresarial que significa a adequada relação entre a utilização de recursos consumidos e produtos produzidos, nessa nova realidade mercadológica, é vista como uma forma de se manter competitivos, obedecendo, dessa forma a filosofia da excelência empresarial (preço, qualidade, confiabilidade e flexibilidade). Segundo Ferreira (2000), a eficiência está relacionada com a maneira certa de fazer as coisas, refletindo quando, na execução das atividades, ocorre consumo adequado de recursos e com o mínimo de resultados indesejáveis. Ou ainda, é a relação existente entre o resultado obtido e os recursos consumidos para conseguir aquele resultado (PADOVEZE, 2012). Fonseca e Ferreira (2009) entendem a eficiência como a capacidade, ou mesmo habilidade, de fazer o uso mais adequado dos recursos disponíveis a fim de alcançar um resultado pretendido. A eficiência empresarial também pode ser entendida como a habilidade dos gestores em direcionar os recursos da empresa para novas oportunidades, proporcionando ganhos econômicos e aumento da satisfação dos clientes. No atual cenário de recessão econômica, é natural as empresas buscarem uma gestão eficiente de forma a garantir sua sobrevivência no mercado, pois as empresas que inovam, gerenciam o tempo e os bens disponíveis, possuem mais chances de obterem sucesso. Desta forma, a eficiência nas empresas é uma estratégia de mercado e deve se tornar uma das prioridades de sua área gerencial. No setor público, assim como no setor privado, um dos desafios dos gestores está em aumentar a eficiência, bem como buscar aumento nos níveis de produtividade e de satisfação em relação aos serviços prestados. Eficiência a qual, inclusive, é um princípio que está inserido dentro dos princípios da administração pública direta e indireta, expresso no artigo 37 da 1. Stakeholder significa público estratégico e descreve uma pessoa ou grupo que tem interesse em uma empresa, negócio ou indústria, podendo ou não ter feito um investimento neles. Em inglês stake significa interesse, participação, risco. Holder significa aquele que possui. Assim, stakeholder também significa parte interessada ou interveniente. Fonte: https://www.significados.com.br/stakeholder/..

(17) 17. Constituição Federal de 1988, por meio da Emenda Constitucional nº 19/98: “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência [...]”. (BRASIL, 1998, Art. 37, grifo nosso). A eficiência e a sustentabilidade econômica, também, constituem princípios indispensáveis com que se baseia a prestação dos serviços públicos. No que concerne ao saneamento básico, esta eficiência é um dos princípios fundamentais para a prestação de serviços de acordo com a Lei Federal nº 11.445/2007 (Art. 2º, inciso VII). Silva et al. (2019) apontam que mecanismos de controle e fiscalização, como a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), têm sido implementados no Brasil, de forma a avançar na relação eficiência e gastos na gestão pública. De acordo com Mattei e Bezerra (2019), a análise da eficiência em instituições públicas tem assumido papel importante na literatura, principalmente, a partir da Constituição de 1988 e com o estabelecimento da LRF de 2000, estando reconhecida em lei a importância de uma autogestão e controle orçamentário dos vários entes da federação. Neste sentido, torna-se relevante identificar como os gastos públicos podem ser realizados, de forma a economizar recursos, e quais as melhores práticas de gestão e administração. Desta forma, tendo em vista a importância da eficiência dos gastos públicos, diversos autores abordam a temática em seus estudos como exemplificado adiante. Faria, Jannuzzi e Silva (2008) estudaram a relação existente entre as despesas sociais realizadas nos municípios do Rio de Janeiro – isto é, os gastos públicos com educação e cultura, saúde e saneamento – e indicadores da condição de vida da população residente nos mesmos. Chegaram à conclusão que há municípios os quais são eficientes nos gastos, porém não conseguem atingir níveis elevados de atendimento em creche e nem baixas taxas de mortalidade por causas hídricas, por exemplo, seja porque são estruturalmente mais pobres, ou porque os gastos ainda são insuficientes para atingirem melhores resultados. Rosano-Pena, Albuquerque e Carvalho (2012) avaliaram a eficiência dos gastos públicos em educação nos municípios goianos no período de 2005-2009, considerando-se um cenário de escassez e maior necessidade de racionalidade e eficiência na utilização dos recursos disponíveis. Os resultados indicaram ineficiência em 67,44% da rede pública municipal de ensino. Os autores ainda concluem que a maior alocação de insumos não garante melhores resultados se antes não se solucionar a ineficiência das unidades educacionais. Brinckmann et al. (2019) verificaram a eficiência com os gastos públicos com saúde de 258 municípios do Estado de Santa Catarina, no período de 2008 a 2014. Os resultados.

(18) 18. demonstraram que apenas dois municípios alcançaram índice de eficiência de 100%, levandose em conta a utilização do método de Análise Envoltória de Dados, apontando para a necessidade de realização de melhorias na gestão dos recursos públicos destinados à saúde nos municípios catarinenses. Ademais, uma área do setor público que vem sendo bastante discutida nos últimos anos no cenário nacional é a do saneamento básico, sendo sua eficiência umas das pautas elencadas. Segundo informações do Instituto Trata Brasil do ano 2019, quase 35 milhões de brasileiros estão sem o acesso ao serviço de abastecimento de água potável, enquanto quase 100 milhões não têm acesso ao serviço de coleta de esgoto2. O saneamento básico no Brasil constitui um direito assegurado pela Constituição a partir de investimentos públicos na área. A Lei Federal nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007, a qual estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, é considerada o marco regulatório para o saneamento básico brasileiro. Esta lei, no inciso I do Art. 3º, definiu saneamento básico como sendo o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos; e drenagem e manejo das águas pluviais, limpeza e fiscalização preventiva das respectivas redes urbanas. O setor é responsável por prover o acesso a um direito humano elementar de todos que é a água segura, ao mesmo tempo que apresenta inúmeras externalidades que impactam a saúde pública, o meio ambiente, a qualidade de vida da população e a geração de renda interna nacional (SCRIPTORE; TONETO JÚNIOR, 2012). Conforme Heller e Pádua (2010), dados disponíveis ao longo da história, em alguns casos, sugerem que a implementação de serviços sanitários resultou em melhoria dos indicadores de saúde da população. Segundo estimam especialistas, a cada R$ 1 investido pelo governo em saneamento básico, o sistema de saúde economiza R$ 4 no tratamento de doenças causadas pela ausência de tratamento de água e esgoto (BARROS, 2013). De forma que investir em saneamento se traduz em elemento estratégico para o desenvolvimento econômico de longo prazo do país. Um dos princípios fundamentais da prestação dos serviços de saneamento básico é a universalização do acesso, conforme dita a Lei nº 11.445/2007. No entanto, a insuficiência do setor é histórica na realidade brasileira, sendo que os indicadores relativos aos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário ainda estão aquém do necessário para se. 2. Fonte: http://www.tratabrasil.org.br/saneamento/principais-estatisticas..

(19) 19. alcançar as metas de universalização. A principal explicação para esse cenário reside na falta de harmonia entre os investimentos efetivamente realizados e o montante necessário para eliminar o déficit de acesso (SCRIPTORE; TONETO JÚNIOR, 2012). Além dos temas educação e saúde abordados nos trabalhos citados anteriormente, existem estudos que tratam da eficiência dos gastos na área de saneamento básico. Segundo Cruz, Motta e Marinho (2017), inúmeros estudos tentaram explicar a evolução da eficiência das operadoras dos serviços de saneamento no Brasil nas últimas duas décadas, analisando o desempenho das empresas e, em muitos casos, controlando pelo efeito da natureza da propriedade (privada versus pública) e da jurisdição da operação (regional versus local). Bittelbrunn et al. (2016) analisaram a eficiência dos estados brasileiros com os gastos com saneamento básico, especificamente gastos com abastecimento de água e esgotamento sanitário, dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal no período de 2012 a 2014. Os resultados apontaram que: apenas 3 estados se mostraram eficientes em todos os anos analisados; houve crescente aumento nos níveis de eficiência para o período analisado, porém o desempenho dos estados ainda está muito abaixo do esperado; a universalização dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário apresenta-se aquém do desejado. Diniz (2016) avaliou os serviços brasileiros de abastecimento de água e esgotamento sanitário nos anos de 2002, 2007 e 2012 com base nos princípios e diretrizes da governança pública. Chegou-se à conclusão que houve uma melhora nos resultados de eficiência após a Lei Nacional do Saneamento Básico (LNSB – Lei nº 11.445/2007), entretanto, destaca-se que ela ocorreu em menor proporção do que a apresentada para o mesmo intervalo de tempo anterior à vigência da LNSB considerado na análise. Portella, Santos e Borba (2018) analisaram a eficiência dos investimentos das prestadoras de serviço de saneamento dos municípios de Santa Catarina, chegando à conclusão que as variáveis densidade demográfica e PIB afetam positivamente a eficiência com investimento em saneamento básico das empresas responsáveis por essa função nos municípios catarinenses. Margulies (2018) investigou se o fato de a propriedade da empresa de saneamento ser pública ou privada impacta na qualidade da provisão de serviços, na eficiência operacional e na conjuntura financeira. Conclui que a presença do setor privado não é prejudicial ao consumidor, mas sim necessária em um cenário de crise econômica e com diversas barreiras à execução de obras. Operacionalmente, o setor privado pode elevar o patamar de eficiência do setor público quando ele participa da competição. Enquanto pela perspectiva financeira, sugere-se que empresas privadas recebam incentivos similares às públicas..

(20) 20. Souza (2019) classificou a eficiência dinâmica intertemporal das concessionárias brasileiras de saneamento básico em função da corporatização no período de 2012 a 2017. Os resultados revelaram que o desempenho das concessionárias brasileiras é, em média, em torno de 76% para todos os anos, não sinalizando ganhos de produtividade. As empresas corporatizadas de propriedade privada foram as que obtiveram os maiores escores de eficiência. Conclui-se, também, que as regiões as quais apresentaram os menores índices de eficiência foram a Norte e a Nordeste, já as regiões Sudeste e Centro-oeste apresentaram os melhores escores. De todos os trabalhos citados acima, apenas o de Margulies (2018) optou por utilizar o método de regressão com dados em painel. Os demais estudos avaliados que abordam a eficiência dos gastos públicos utilizaram a metodologia Data Envelopment Analysis (DEA), mais conhecida no Brasil por Análise Envoltória dos Dados, a qual visa quantificar e comparar a eficiência na utilização de recursos para o provimento de bens e serviços (FONSECA e FERREIRA, 2009). A metodologia de Análise Envoltória dos Dados (DEA), segundo Frazão (2016), pode ser adequadamente empregada para análise do setor de saneamento básico, auxiliando nas políticas de concessão de financiamentos, e ainda podendo oferecer indicações iniciais para o estabelecimento de metas para melhorias. De acordo com Portella, Santos e Borba (2018), a necessidade de investimento no setor de saneamento requer a aplicação de métodos que possibilitem mensurar o desempenho das empresas responsáveis pelo tratamento, distribuição e coleta de água e esgoto. É importante ressaltar que as empresas que prestam os serviços de saneamento básico devem administrá-los de forma otimizada e eficiente, de modo a atender o conjunto de necessidades da sociedade e garantir ainda o equilíbrio econômico e financeiro da prestação dos serviços, tal como preconiza a Lei nº 11.445/2007. Trazendo a discussão para o cenário do Rio Grande do Norte, o setor de saneamento básico não difere da realidade brasileira, sendo que, conforme dados do SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (ano base 2017), 77,87% da população é atendida por abastecimento de água e 23,37% por esgotamento sanitário (considerando as áreas rurais em ambos os casos); o que demonstra que o setor carece de investimentos para que a universalização seja alcançada. Apesar de existirem diversos trabalhos no Brasil que abordem a problemática, o Estado do Rio Grande do Norte ainda carece de estudos específicos que envolva seus municípios..

(21) 21. Diante da importância do tema, questiona-se: qual o nível de eficiência dos gastos em saneamento básico nos municípios do Rio Grande do Norte? Neste estudo, opta-se por analisar os gastos dos componentes abastecimento de água e esgotamento sanitário em razão dos dados serem mais homogêneos por apresentarem, via de regra, o mesmo prestador para ambos os serviços. Desta forma, ao referir-se a saneamento básico no presente estudo, trata-se dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário. Dos 167 municípios do Estado do Rio Grande do Norte, a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN) detém a concessão para atuar em 153 sedes municipais. Os demais municípios possuem os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário geridos pela própria municipalidade ou por meio das autarquias como o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE). No presente estudo, a amostra é composta por municípios cujos serviços de abastecimento e esgotamento sanitário estão sob a concessão da CAERN, devido à disponibilidade de informações junto ao banco de dados do SNIS, o qual foi utilizado.. 1.2. OBJETIVOS 1.2.1. Geral O objetivo geral desta pesquisa é verificar a eficiência dos gastos em saneamento básico nos municípios do RN no período de 2008 a 2017 (dez anos após a implementação da Lei Federal nº 11.445/2007).. 1.2.2. Específicos Para alcançar o objetivo geral da pesquisa, propõe-se os seguintes objetivos específicos: . Obter o ranking de eficiência por meio da aplicação do modelo DEA-BCC;. . Obter o ranking de eficiência por meio da aplicação do modelo DEA-CCR;. . Comparar os resultados obtidos por meio de cada modelo aplicado;. . Caracterizar os municípios da amostra do estudo;. . Analisar os gastos per capita com saneamento básico realizados no período em comparação com os escores de eficiência obtidos..

(22) 22. 1.3. JUSTIFICATIVA De acordo com Siqueira (2018), em um contexto de crises econômicas e fiscais recorrentes, por exemplo, a que está sendo vivenciada no Brasil, o simples crescimento da arrecadação do Estado não é suficiente para enfrentar os atuais desafios, considerando que a máquina pública já opera em altos níveis de tributação, sendo necessário avaliar a qualidade do gasto e a situação das contas públicas. Neste sentido, a avaliação da eficiência dos gastos públicos é um tema presente em diversos estudos. A área do saneamento básico não fica de fora desses estudos. Especialmente, após a implementação da Lei Federal nº 11.445/2007, alguns pesquisadores se ocuparam de avaliar a eficiência dos gastos em saneamento básico. Esta lei traz como princípios da prestação dos serviços, a universalização do acesso e a eficiência, como dito anteriormente. Um dos ditos populares, que representa esta situação é “o não investimento em saneamento básico nos municípios se dá pelo motivo deste serviço não ser visualizado pela população, como isso não tem como ser passaporte para reeleições”. Há quase 13 anos da promulgação da Lei nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007, os investimentos aplicados no setor de saneamento básico não foram suficientes para os municípios brasileiros, de uma forma geral, avançarem no atendimento às metas de universalização decorrentes das diretrizes da referida lei. Segundo dados do Plano Nacional de Saneamento Básico – PLANSAB (BRASIL, 2019), estima-se uma necessidade de investimentos da ordem de R$ 357 bilhões para cumprimento das metas previstas de ampliação e universalização dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário em áreas urbanas e rurais do País até o ano 2033. Ou seja, são necessários investimentos de mais de R$ 20 bilhões anualmente até 2033, valor utópico se considerado o cenário de restrição orçamentária dos entes federativos (MARGULIES, 2018). Nos últimos anos tem sido discutido a presença de entidades privadas no setor de saneamento básico como uma forma de contornar os entraves ao desenvolvimento nacional. Há, inclusive, o Projeto de Lei nº 3.261/2019 em tramitação na Câmara Federal dos Deputados. O texto de tal Projeto permite que empresas privadas prestem serviços de saneamento básico por meio de contrato de concessão. Neste contexto, além da relevância do tema já discutido em diversos trabalhos anteriormente citados, a justificativa reside no fato do enfoque dado ao estudo, o qual propõese a analisar a eficiência da aplicação dos recursos em saneamento no Estado do RN em um período onde esperava-se o aumento de investimentos face às novas exigências trazidas pelo.

(23) 23. marco regulatório do setor (Lei nº 11.445/2007). Além disso, não foi encontrado na literatura estudo que trouxesse à tona esse enfoque (análise da eficiência dos gastos em saneamento básico pós promulgação da Lei nº 11.445/2007, procurando-se saber se a aplicação dos recursos injetados no setor no período refletiu positivamente na evolução da universalização do acesso aos serviços), com avaliação de um período de tempo maior (intervalo de 10 anos) e, ainda, considerando os municípios do Estado do RN. Espera-se que os resultados dessa pesquisa sirvam para os gestores públicos municipais ou para quem detém a concessão dos serviços avaliem se os investimentos realizados no setor estão sendo suficientes, e se os demais gastos com manutenção e conservação dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário podem ser otimizados de forma a atingir resultados mais satisfatórios, reduzindo-se gastos desnecessários. De forma, o estudo apresenta um panorama geral dos municípios do RN no que diz respeito à eficiência na aplicação dos recursos no setor, possibilitando aos agentes públicos traçarem políticas que estimulem a melhoria da prestação de serviços de saneamento básico..

(24) 24. 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1. CENÁRIO DO SETOR DE SANEAMENTO BÁSICO NO BRASIL E NO RN O setor saneamento básico no Brasil apresentou avanços nos últimos anos, muito embora ainda não se tenha alcançado a universalização no acesso aos serviços. Segundo dados do Censo IBGE 2010, identifica-se a precariedade dos sistemas de esgotamento sanitário, onde 44,55% dos domicílios brasileiros ainda utilizam fossas sépticas, rudimentares ou outras formas não apropriadas de esgotamento sanitário e apenas 55,45% estão ligados a rede geral de esgotos. Com relação ao abastecimento de água, o dado é mais animador: 82,85% dos domicílios são atendidos através de rede de distribuição, demonstrando que houve ampliação da extensão de rede de abastecimento de água ao longo dos anos, embora aquém do esperado.. Gráfico 1. Índices de atendimento dos serviços de abastecimento de água e coleta e tratamento de. %. esgotos. 100,00 90,00 80,00 70,00 60,00 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 0,00. 94,68 83,47 77,87 73,25. 80,79 73,69 58,04 37,95 29,78. Índice de Índice de coleta de Índice de tratamento atendimento total de esgoto de esgoto água RN. Nordeste. Brasil. Fonte: SNIS (2019).. No Gráfico 1, apresentam-se os índices de atendimento dos serviços de abastecimento de água e coleta e tratamento de esgotos no Estado do RN, na região Nordeste e no Brasil, conforme dados do Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), no ano 2017. Observa-se que o índice de atendimento total com abastecimento de água, bem como o índice de tratamento de esgoto do RN são superiores aos índices verificado no Nordeste. Em se tratando do esgotamento sanitário, o índice de coleta de esgoto no Estado consegue ser inferior tanto em relação ao índice do Nordeste quanto ao índice do Brasil..

(25) 25. Nas Figuras seguintes, visualiza-se a situação do atendimento total com abastecimento de água e esgotamento sanitário no RN, de acordo com dados divulgados pelo SNIS para o ano 2017.. Figura 1. Atendimento total dos serviços de abastecimento de água nos municípios do RN.. Fonte: Elaborado pela autora (2019).. Figura 2. Atendimento total dos serviços de esgotamento sanitário referido aos municípios do RN atendidos com abastecimento de água.. Fonte: Elaborado pela autora (2019)..

(26) 26. Percebe-se nas Figuras 1 e 2 que boa parte dos municípios do RN possui atendimento com abastecimento de água superior a 70%, enquanto que a maioria do atendimento com esgotamento sanitário nos municípios atendidos com abastecimento de água é inferior a 10%. Tais indicadores demonstram que os municípios precisam avançar na questão da universalização desses serviços, tanto nas zonas urbanas quanto nas zonas rurais, principalmente. De acordo com o Plano Nacional de Saneamento Básico – PLANSAB (BRASIL, 2019), as metas de acesso aos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário no Estado do RN são as expostas no Quadro 1. Quadro 1. Metas de acesso aos serviços de saneamento básico no RN para os anos de 2023 e 2033 (%). Indicador A1: % de domicílios urbanos e rurais abastecidos com água por rede de distribuição ou por poço ou nascente. E1: % de domicílios urbanos e rurais servidos por rede coletora ou fossa séptica para os excretas ou esgotos sanitários.. 2023. 2033. 92,9. 100,0. 62,1. 79,0. Fonte: Adaptado de Brasil (2019).. Atualmente, os indicadores A1 e E1 representam, no RN, médias de 88,6% e 58,2%, respectivamente, conforme dados do PLANSAB (BRASIL, 2019). Os municípios do RN que apresentaram melhores desses indicadores no ano 2017, de acordo com dados do SNIS (2019), foram: Carnaúba dos Dantas, Florânia, Lajes, Mossoró, Parelhas, Passa e Fica, Santa Cruz, São Bento do Trairi, São Rafael, Serra Negra do Norte, Tangará e Viçosa. O PLANSAB, publicado em dezembro de 2013, e revisado em março de 2019, foi previsto na Lei Federal nº 11.445/2007 (Art. 52), resultando de um processo planejado e coordenado pelo então Ministério das Cidades, sendo o principal instrumento da política pública nacional de saneamento básico para o período de 20 anos (2013-2033). Conforme a versão revisada do PLANSAB, o desafio da universalização está posto para os serviços de abastecimento de água potável em todas as áreas urbanas em 2033; já em relação ao esgotamento sanitário, a principal meta é alavancar os baixos índices verificados na área rural. Para Margulies (2018), possivelmente, o PLANSAB foi a ação mais importante do governo federal em prol da universalização de serviços, pois estabeleceu as metas e calculou o investimento necessário para se atingisse a universalização do serviço no prazo de 20 anos..

(27) 27. Porém, os investimentos não ocorreram conforme o esperado, fazendo com que para alcançar as metas de universalização previstas (e revisadas), sejam necessários aportes maiores de recursos em espaço mais curto de tempo. Segundo Figueiredo e Ferreira (2017), diversas pesquisas identificam os principais entraves a consecução dos objetivos da política nacional, dos quais, destacam-se: . Expansão urbana desordenada e sem planejamento;. . Dispersão e fragmentação das políticas de saneamento;. . Fato do setor ser o palco de visões tecnocêntricas, sem uma visão da multidimensionalidade do tema e das suas várias abrangências, muito influenciadas pelo passado e muito assentes numa visão empresarial na prestação dos serviços.. Em se tratando das metas traçadas na política nacional de saneamento básico, no item seguinte é feita uma breve explanação do arcabouço legal que fundamentou a criação dessa política, incluindo as discussões atuais.. 2.1.1. Marco Regulatório do Saneamento Básico O saneamento básico é um direito assegurado pela Constituição Federal de 1988, a qual tratou sobre o assunto, especificamente em incisos destacados nos artigos expostos a seguir: [...] Art. 21. Compete à União: XX – instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos; [...] Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: VI – proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; IX – promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico; [...] Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: II – executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; IV – participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; [...]. Após décadas de discussões, em 2007 foi sancionada a Lei Federal nº 11.445 que estabelece as diretrizes nacionais e a política federal ao saneamento, sendo considerada o marco regulatório do setor no Brasil. Esta lei foi responsável por criar um arcabouço jurídico que gerou um ambiente institucional com menos incertezas, permitindo a presença da iniciativa privada com a proteção jurídica necessária aos investidores (MARGULIES, 2018). Atualmente, encontra-se em tramitação na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei nº 3.261, de 2019, que atualiza o marco legal do saneamento básico e altera a Lei nº 11.445, de.

(28) 28. 5 de janeiro de 2007 (Lei do Saneamento Básico), para aprimorar as condições estruturais do saneamento básico no País; a Lei nº 13.529, de 4 de dezembro de 2017, para autorizar a União a participar de fundo com a finalidade exclusiva de financiar serviços técnicos especializados; a Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005 (Lei de Consórcios Públicos), para vedar a prestação por contrato de programa dos serviços públicos de que trata o art. 175 da Constituição Federal; a Lei nº 13.089, de 12 de janeiro de 2015 (Estatuto da Metrópole), para estender seu âmbito de aplicação às microrregiões; e a Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010 (Lei de Resíduos Sólidos), para tratar de prazos para a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. O texto abre o mercado de saneamento para o setor privado, determinando que os novos contratos de prestação de serviço de saneamento terão de ser feitos via licitação, e companhias públicas e privadas poderão concorrer de igual para igual. Para Barbosa e Bastos (2014), desde a década de noventa, com as promulgações das Leis nº 8.987/95 e nº 9.074/95, as quais abordam os regimes de concessão e permissão dos serviços públicos no país, já se percebe uma clara tendência de incentivo à participação privada nos setores de infraestrutura como forma de contornar o contingenciamento dos recursos estatais e reduzir a dívida pública, a partir das receitas oriundas da privatização. Segundo Scriptore e Toneto Júnior (2012), a participação da iniciativa privada ainda é tímida e envolve inúmeras preocupações em relação ao oferecimento de um serviço público essencial e gerador de inúmeras externalidades, principalmente em relação à saúde pública e às taxas de mortalidade infantil. Isto posto, salienta-se a importância do tema, o qual tem caráter essencial, complementando-se ao panorama do setor de saneamento básico com os investimentos que estão sendo aplicados nos últimos anos, conforme relatado no item a seguir.. 2.1.2. Investimentos no Setor de Saneamento Básico O Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado em 2007, foi criado com a intenção de retomar o planejamento e execução de grandes obras de infraestrutura que contribuíssem para o desenvolvimento do Brasil. Porém, um levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU) em 2019 demonstra que muitas das obras realizadas com recursos do PAC se encontram estagnadas. Entre os motivos principais para essa estagnação das obras do PAC estão problemas técnicos identificados em seus projetos base. No setor de saneamento, o fato de companhias estaduais, empresas ou municípios que captam o recurso não terem à disposição capacidade.

(29) 29. técnica para empreender projetos de qualidade é apontado por técnicos como uma das grandes falhas3. Um levantamento do Instituto Trata Brasil mostra que o país não conseguirá alcançar a universalização dos serviços de saneamento básico nos próximos 20 anos se o trabalho de implantar serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário continuar no ritmo observado. No Estado do RN, de acordo com dados do SNIS para os anos de 2008 a 2017, bem como estimativas anuais divulgadas pelo IBGE, os investimentos totais aplicados nos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário não acompanharam o crescimento da população no mesmo período. No Gráfico 2, apresenta-se a evolução dos investimentos per capita em saneamento no período de 2008 a 2017 para o RN.. Gráfico 2. Investimentos per capita dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário no período de 2008 a 2017 no RN. 50,00. Investimentos per capita. 45,00 40,00 35,00 30,00 25,00 20,00 15,00 10,00 2008. 2009. 2010. 2011. 2012. 2013. 2014. 2015. 2016. 2017. Fonte: Elaborado pela autora (2019).. Observa-se no Gráfico 2 que houve uma forte queda dos investimentos do ano 2010 para o ano 2011, sendo acompanhado de uma evolução crescente até o ano 2015, e a partir de então volta a diminuir. O período de crescimento de investimentos coincide com o aporte de recursos oriundos do PAC, e com o programa do Governo do Estado “Sanear RN” que objetivava universalizar os serviços urbanos de abastecimento de água e esgotamento sanitário.. 3. Fonte: https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,saneamento-tem-r-13-5-bilhoes-em-obras-paradas-nopais,70002994866?utm_source=estadao:mail&utm_medium=link..

(30) 30. Porém, os investimentos não foram suficientes para alcançar as metas de universalização dos serviços no prazo previsto pelo programa: 80% do RN e 100% de Natal até 20144. A crise econômico-financeira que o País enfrenta nos últimos anos, bem como a ineficiência e ineficácia na gestão dos recursos disponíveis, fizeram “desacelerar” a aplicação de investimentos no setor de saneamento básico, consequentemente, continua o déficit, fazendo com que a universalização ainda demore mais um tempo para ocorrer. É importante ressaltar que o déficit de acesso aos serviços de saneamento no país está fortemente concentrado em domicílios rurais, municípios pequenos e de baixa renda per capita; características estas que fazem reduzir a atratividade dos investimentos devido ao maior montante necessário para prover os serviços em áreas mais distantes, com menor densidade populacional, menor escala e menor capacidade de pagamento (SCRIPTORE e TONETO JÚNIOR, 2012). Para Saiani (2007), pode-se citar os seguintes fatores como restritivos à expansão dos investimentos no setor de saneamento: ausência de uma política clara, fragmentação de competências, ausência de uma regulação específica, ineficiência de grande parte dos prestadores, forte presença pública no setor, fazendo com que os investimentos sejam inviabilizados pelos limites de endividamento, pelas metas de superávit e pelos contingenciamentos de crédito ao setor público. Conforme Araújo e Bertussi (2018), para que os investimentos sejam ampliados, o setor de saneamento precisa buscar tarifas realistas que garantam o equilíbrio econômico-financeiro das empresas, além de buscar ganhos de produtividade para garantir a eficiência na prestação dos serviços, de forma que os recursos gerados possam ser usados para investimentos. De acordo com profissionais da atual gestão do Governo Federal (2019-2022), seriam necessários investimentos da ordem R$ 600 bilhões a 700 bilhões nos próximos anos para cumprir as metas de universalização propostas pelo PLANSAB até 2033, os quais poderiam ser atraídos se a nova legislação que está em discussão no Congresso entrar em vigor 5. Diante deste cenário do saneamento básico no Brasil e no RN, é apresentado a seguir os diversos estudos que foram realizados buscando identificar a eficiência dos gastos públicos nos serviços de saneamento básico.. 4. Fonte: http://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2013/11/natal-sera-100-saneada-ate-o-final-de-2015afirma-prefeito-carlos-eduardo.html. 5 Fontes: https://www.gazetadopovo.com.br/republica/nova-lei-de-saneamento-vai-atrair-r-700-bilhoes-eminvestimentos-preve-governo/; e https://exame.abril.com.br/economia/para-universalizar-saneamento-e-preciso-r600-bi-diz-relator/..

(31) 31. 2.2. EFICIÊNCIA DOS GASTOS PÚBLICOS NO SETOR DE SANEAMENTO BÁSICO Diversos autores estudaram a eficiência relacionada aos serviços de saneamento básico, de uma forma geral. Além dos estudos citados na introdução, outros são elencados adiante. Após a descrição dos estudos, é apresentada uma tabela na qual as principais características em relação ao método aplicado estão compiladas. Sato (2011) analisou e avaliou a eficiência do setor de saneamento no Brasil por meio do DEA tendo como objeto as empresas de saneamento das capitais brasileiras entre os anos 2005 a 2008, possibilitando a sistematização de técnicas de análise e o detalhamento dos procedimentos metodológicos básicos, bem como as possíveis aplicações nas cidades ineficientes. Numa análise mais ampla, observou-se que toda a região Nordeste carece de investimentos em infraestrutura. Scaratti D., Michelon e Scaratti G. (2013) avaliaram a eficiência da gestão dos serviços municipais de abastecimento de água e esgotamento sanitário utilizando-se da abordagem Data Envelopment Analysis (DEA), possuindo como amostra de estudo 53 municípios com população residente entre 50 a 100 mil habitantes. Desta amostra, apenas 9 serviços de abastecimento de água potável e 3 de esgotamento sanitário obtiveram classificação eficiente, sendo que os demais serviços obtiveram avaliação inferior. Na avaliação agregada da gestão do saneamento básico (abastecimento de água potável e esgotamento sanitário), somente um município obteve classificação eficiente. Barbosa e Bastos (2014) utilizaram a análise por envoltória de dados (DEA) na mensuração da eficiência de 24 prestadoras de serviços de água e esgotamento sanitário de abrangência regional no ano 2010, com enfoque no desempenho da Companhia de Saneamento do Estado do Pará (COSANPA). Verificaram a existência de 7 prestadores tecnicamente eficientes, destacando-se as companhias com participação do capital privado (SANEPAR-PR e SANEATINS-TO) como principais parceiros de excelência para as unidades ineficientes; sendo que a COSANPA demonstrou desempenho muito inferior à média nacional, além de apresentar ineficiências técnica e de escala. Hora A. et al. (2015) avaliaram a eficiência dos serviços de saneamento básico nos municípios do Estado do Rio de Janeiro, verificando as hipóteses sobre a correlação da eficiência com a renda do município, a concentração da população em zona urbana ou rural e a proximidade do município com a capital Rio de Janeiro. Concluíram que vários municípios possuem desempenho pífio por ausência de serviço de esgotamento sanitário, mas os resultados apontam que nem sempre a proximidade com a capital é relevante para a eficiência dos serviços.

(32) 32. de água e esgoto. Estatisticamente comprova-se que a população urbana possui melhores serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário do que a população rural e que a renda do município, expressa pelo indicador do PIB per capita, de nenhum modo influencia a eficiência dos serviços avaliados. Para estabelecer a correlação entre a eficiência e as variáveis apontadas nas hipóteses, foi utilizado o coeficiente de correlação de Pearson, sendo que, para cálculo da eficiência, os autores utilizaram a análise envoltória de dados. Miranda (2015) avaliou a eficiência dos serviços de saneamento e o impacto na geração de emprego e renda em Minas Gerais, tendo como amostra 264 municípios mineiros que prestaram informações ao SNIS em 2013 e cujos prestadores atendem simultaneamente os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário. Conclui que os níveis de eficiência tendem a melhorar de acordo com o número de habitantes da região urbana, revelando economias de escala, e pela captação de água em reservatórios subterrâneos, com impacto na redução de despesas de tratamento. Adicionalmente, verificou-se que os municípios com maior capacidade de geração de receitas frente às despesas incorridas na exploração dos serviços obtêm resultados mais satisfatórios em seus escores de eficiência. Os resultados mostram então que o setor apresenta ganhos decorrentes de economias de escala, e a estrutura de subsídio cruzado utilizada entre localidades com prestação regionalizada não gera incentivos à eficiência no setor. Frazão (2016) verificou a eficiência do saneamento básico na região Centro-Oeste utilizando a metodologia DEA. Analisando-se a eficiência de cada Estado da região CentroOeste, observou-se que o Estado do Mato Grosso é eficiente. As companhias estaduais de saneamento básico, de um modo geral, necessitam implantar um modelo de gestão, modernizando e qualificando ainda mais as empresas, atendendo com equilíbrio e competência o interesse público; permitindo, desta forma, a universalização dos serviços a médio e longo prazos. Siqueira et al. (2016) analisaram a eficiência na alocação de recursos em saneamento básico, verificando-se as correlações existentes com saúde, educação, renda e urbanização nos municípios mineiros. Os resultados apontaram para uma baixa eficiência na alocação de recursos em saneamento básico para a maioria dos municípios analisados. O acesso ao serviço de esgotamento sanitário é o mais crítico entre as variáveis que compõe o estudo. Somente nos municípios com alto nível de eficiência é possível observar uma correlação positiva entre saneamento e desenvolvimento em saúde. Conclui-se, com base nos resultados, pela necessidade de melhorias na gestão dos recursos aplicados em saneamento básico. Além disso, no intuito de melhorar o acesso aos serviços de saneamento básico, são necessárias políticas.

(33) 33. intersetoriais, principalmente com saúde e educação, pois conforme foi observado no estudo, municípios eficientes em saneamento básico apresentam maior desenvolvimento municipal na área de saúde. Foi utilizado o método de correlação de Pearson para correlacionar o escore de eficiência encontrado por meio do DEA com variáveis representativas de educação, saúde, renda e urbanização. Cruz, Motta e Marinho (2017) estudaram a eficiência do setor de saneamento após a Lei 11.445/2007 utilizando o método DEA e o Índice de Malmquist para sua evolução ao longo do tempo. Foram avaliadas 27 prestadoras de serviços de saneamento entre os anos de 2006 e 2013. Os resultados na análise estática indicaram escores de eficiência baixos com grande disparidade entre as regiões do país. Já por meio análise dinâmica observou-se que o período de maior avanço de eficiência ocorreu entre os anos de 2010 e 2013. Para atenuar a desvantagem da abordagem não-paramétrica foi utilizada a técnica bootstrap, para corrigir o viés dos escores e estimar intervalos de confiança. No Quadro 2, apresenta-se uma compilação das principais características dos estudos anteriores que avaliaram a eficiência dos serviços de saneamento básico.. Quadro 2. Compilação das características dos estudos que avaliaram a eficiência no setor de saneamento básico. Objetivo Método(s) SATO (2011) Variáveis utilizadas. Limitações Objetivo. SCARATTI D., MICHELON e SCARATTI G. (2013). Método(s) Variáveis utilizadas¹. Limitações. Analisar e avaliar a eficiência do setor de saneamento no Brasil por meio do DEA DEA, utilizando-se o software DEAP v. 2.1, base MSDOS Inputs: Receita operacional direta total; Quantidade total de empregados próprios Outputs: Volume de água tratado em ETA(s); Quantidade de ligações totais de água; Volume de esgoto tratado; Quantidade de ligações ativas de esgoto Ausência de dados SNIS na região Norte Avaliar a eficiência da gestão dos serviços municipais de abastecimento de água e esgotamento sanitário utilizando-se da abordagem Data Envelopment Analysis DEA Foram adotados 33 indicadores nas perspectivas: clientes, mercado, conformidade dos produtos, e econômico-financeira Nem todos os municípios possuem infraestrutura instalada de abastecimento de água potável e esgotamento sanitário e são integrantes da respectiva amostra do SNIS. Com isso, a aplicação restringiu-se a 53 municípios. Continua.

(34) 34. Quadro 2. Compilação das características dos estudos que avaliaram a eficiência no setor de saneamento básico. (continuação). Objetivo. BARBOSA e BASTOS (2014). Método(s). Variáveis utilizadas. Limitações. Objetivo. HORA A. et al. (2015). Método(s). Variáveis utilizadas. Limitações. Objetivo. MIRANDA (2015) Método(s). Variáveis utilizadas. Limitações. Determinar a eficiência relativa de cada uma das prestadoras de serviços de saneamento do conjunto, comparando-a com as demais, e identificando a unidade (ou grupo) que opera mais eficientemente seus recursos DEA com retornos variáveis (BCC) por meio do uso do software SIAD / Orientação a produtos (outputs) Input: Despesas de exploração Outputs: Quantidade de ligações ativas de água; Quantidade de ligações ativas de esgoto; Extensão da rede de água; Extensão da rede de esgotos; Receita operacional total NI Avaliação da eficiência dos serviços de saneamento básico nos municípios do Estado do Rio de Janeiro, verificando as hipóteses sobre a correlação da eficiência com a renda do município, a concentração da população em zona urbana ou rural e a proximidade do município com a capital Rio de Janeiro DEA: para cálculo da eficiência Coeficiente de correlação de Pearson: correlação entre a eficiência e as variáveis apontadas nas hipóteses Input: Despesas de exploração; Outputs: Volume de água consumido; Extensão da rede de água; Quantidade de ligações ativas de água; Quantidade de ligações ativas de esgoto Variáveis hipóteses (correlação): PIB per capita; População urbana; População rural Falta de dados disponibilizados pelo SNIS para alguns municípios Determinar o nível de eficiência das unidades de prestação de serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário em Minas Gerais, verificar a existência de relação entre a adoção de subsídios cruzados entre localidades e indicadores de eficiência nos serviços de saneamento, bem como avaliar a ocorrência de convergência entre os municípios e o impacto econômico da operação eficiente dos serviços na economia mineira DEA com orientação insumo Inputs: Despesa com pessoal próprio; Despesa com serviços de terceiros; Despesa com produtos químicos; Despesa com energia elétrica; e outras despesas de exploração Outputs: Quantidade de economias ativas de água; Quantidade de economias ativas de esgoto NI Continua.

(35) 35. Quadro 2. Compilação das características dos estudos que avaliaram a eficiência no setor de saneamento básico. (continuação). Objetivo. Método(s). Variáveis utilizadas BITTELBRUNN et al. (2016). Limitações. Objetivo. DINIZ (2016). Método(s). Variáveis utilizadas Limitações. Objetivo. FRAZÃO (2016). Método(s). Variáveis utilizadas. Limitações. Verificar a eficiência dos estados brasileiros com os gastos com saneamento básico, circunstanciados no estudo aos gastos com água e esgoto dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal no período de 2012 a 2014 DEA por meio de duas abordagens: DEA-BCC e DEA-CCR / Quanto à orientação optou-se pelo produto / Utilização do software OSDEA Input: Despesas de exploração Outputs: Quantidade de ligações ativas de água; Quantidade de ligações ativas de esgoto; Extensão da rede de água; Extensão da rede de esgotos Procedimentos metodológicos e variáveis utilizadas: a inclusão e/ou exclusão de variáveis pode alterar os resultados obtidos; Aborda somente os serviços de água e esgotamento sanitário e não analisa a qualidade dos serviços prestados, ou seja, um estado considerado eficiente pode prestar serviços de má qualidade; Também se limita ao período estudado e a eficiência do estado em geral, sem analisar quais municípios e/ou prestadores de serviço são responsáveis pelos resultados. Avaliar os serviços brasileiros de abastecimento de água e esgotamento sanitário nos anos de 2002, 2007 e 2012 com base nos princípios e diretrizes da governança pública DEA com orientação produto: para cálculo da eficiência Procedimento de Jackstrap: para eliminação dos outliers Índice de Malmquist: dinâmica de produtividade dos fatores para os intervalos de anos definidos no estudo Input: Despesa total com os serviços por m³ faturado Outputs: Índice de atendimento total de água; Índice de atendimento total de esgoto; Indicador de desempenho financeiro NI Verificar a aplicabilidade da metodologia de análise de envoltória de dados (DEA) ao setor de saneamento, avaliando a eficiência nos serviços prestados de água e esgoto nos 3 Estados do Centro-Oeste, mais o Distrito Federal DEA por meio do modelo BCC orientado aos resultados / Utilização do software SIAD Input: Despesas de exploração; Outputs: Volume de água consumido; Quantidade de ligações ativas de água; Quantidade de ligações ativas de esgoto; Extensão da rede de água; Extensão da rede de esgotos. NI Continua.

Referências

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