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Academic year: 2021

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03/ 2014 www.setceg.org.br

Cenário, Mercado e Economia

EM SETE ANOS, TRANSPORTE DE CARGAS NO PAÍS SOBE TRÊS VEZES

MAIS QUE INFLAÇÃO

Falta de investimento em infraestrutura, seguidos reajustes do combustível e entrada em vigor de legislações com o intuito de aumen-tar a segurança do tráfego nas estradas. O somatório de medidas resultou em elevação do custo do frete mais de três vezes superior à inflação de 2007 a 2013, segundo levantamento feito pela Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística). No fim de fevereiro, a pesquisa indicava necessidade de alta de 14,06%. No período, o valor do transporte subiu 131,9%, onerando o custo de importantes cadeias produtivas da economia brasileira.

Nos sete anos do levantamen-to, em três deles, as empresas tiveram de reajustar a tabela duas vezes em um mesmo ano (2009, 2010 e 2013), devido a medidas econômicas. Com isso, foram registradas 11 elevações no custo do frete de 2007 para cá, sendo oito acima de dois dígitos . Segundo cálculo do Departamento de Custos Operacionais, Estudos Técnicos e Econômicos (Decope) da NTC & Logística, nos últimos 12 meses, verificou-se aumento do custo de 7,85% nas operações fracionadas de transporte de carga. Pelos números, o óleo diesel é tido como vilão do período, com variação de 17,27% nas bombas. O reajuste salarial de motorista e ajudantes (10,2%) é o segundo na lista de insumos que mais elevaram o custo do frete, seguido por despesas administrativas (5,67%), salários administrativos (10,12%), pneus (12,7%), veículos (6,87%), seguros (6,07%) e repacapagem (3,77%).

Como o frete não é tabelado, segundo a associação, não há como medir quanto de fato foi repassado

por transportador. As empresas afirmam que não conseguiram transferir para os contratos o valor integral dos novos preços devido à “diminuição no ritmo da atividade econômica mundial”. Pesquisa feita pela NTC & Logística com 132 empresas do ramo mostra que mais da metade das transportadoras aumentaram em até 5% o valor do frete no ano passado, sendo que 26 mantiveram os preços e 10 delas, em vez de reajustes, deram descontos para os clientes. Na outra ponta, apenas sete aumentaram os preços acima de 15%.

O diretor técnico-executivo da NTC & Logística, Neuto Gonçalves dos Reis, afirma que a entrada em vigor da Euro 5 (legislação do C o n s e l h o N a c i o n a l d o M e i o Ambiente que induz a redução da emissão de poluentes) e da Lei do Motorista, que impõe limite de trabalho diário para os condutores, aliada aos reajustes do combustível, resultaram em forte impacto no valor do frete. Segundo ele, somente a limitação do tempo de direção dos motoristas teve impacto entre 21% e 28% no custo operacional. E diz que as empresas absorveram parte do aumento, reduzindo, assim, os ganhos. “Não há facilidade para repassar este aumento. O lucro sobre o frete está baixo. Antes se tinha lucro na casa de dois dígitos, hoje está muito menor, próximo de 3%, 4%, se muito 7%”, afirma Reis.

Efeito Cascata

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) e ex-secretário de Agricultura de Minas Gerais, Alysson Paolinelli, critica a política de combustível do governo federal e

justifica a alta do frete com os reajustes seguidos do óleo diesel. “O diesel é a mola mestra do país. Mas o governo coloca a gasolina mais barata e o óleo diesel mais caro”, afirma Paolinelli. A consequência, segundo ele, é que o frete acaba por ser mais caro que o produto. A saca de 60 quilos do milho custa R$ 7,50, enquanto para embarcá-lo para o exterior o produtor rural do Centro-Oeste paga, em média, R$ 17. O frete é mais que o dobro do valor da produção.

Apesar de o agronegócio brasileiro investir pesado em aumento de produtividade, acaba que a expansão da safra, recorde nos últimos anos, fica engessada. “Chega a limitar o crescimento. Os Estados Unidos importaram milho do Brasil no ano passado, mas, quanto pior a conservação das estradas, mais alto o custo do frete”, diz o presidente da Abramilho. O coorde-nador do Núcleo de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral, Paulo Tarso Resende, cita pesquisa feita pela instituição em que se verifica que 6,5% do faturamento das empresas é usado para cobrir custos logísticos. Nos Estados Unidos é a metade. Isso se deve à integração do sistema modal, inexistente no Brasil e bem estruturado na terra do Tio Sam. “Frete aqui é custo, lá é serviço”, diz Resende. O especialista recorda a frase “Em casa que falta pão, ninguém tem razão” para explicar que as condições precárias da infraestrutura acabam por estabelecer “um chororô de todos os lados: empresários, governantes e indústria”. E diz: “Tudo vira motivo para acobertar a especulação. E ninguém tem razão”.

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Legislação

TCU LIBERARÁ ESTUDOS DA EBP PARA PORTO DE SANTOS

O Tribunal de Contas da

União (TCU) deve considerar parcialmente legais os estudos realizados pela Estruturadora Brasileira de Projetos (EBP), consultoria criada por oito bancos comerciais em parceria c o m o B N D E S , p a r a a concessão e arrendamento de áreas e instalações portuárias previstas no Programa de Investimento em Logística.

O relatório do ministro Weder de Oliveira, que será votado amanhã (12) no plenário do tribunal, deve avalizar os planos da EBP para os blocos 1 (Santos e Pará) e 2 (Paranaguá, Salvador, Aratu e São Sebastião) do programa do governo federal, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo. Mas deve determinar a reelaboração dos estudos para

os lotes 3 e 4, que inclui portos do Nordeste e do Sul do País.

Após intensa negociação entre TCU e o governo federal, inclusive com a intervenção do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, a liberação será feita para evitar eventuais prejuízos maiores decorrentes da demora nos processos, lançados para

audiência pública em outubro. A licitação de Santos e dos portos paraenses estava interrompida desde o ano passado devido a questiona-mentos do Ministério Público à p r e f e r ê n c i a d a d a p e l a Secretaria Especial de Portos (SEP) à EBP. Segundo fontes ouvidas pela reportagem, o TCU adotará entendimento diferente para os blocos seguintes de concessão de portos. A pedido do MP, uma equipe do tribunal fará um pente f i n o n o s e s t u d o s d a E B P. Procurado pela reportagem, o TCU i n f o r m o u q u e n ã o p o d e r i a antecipar o voto do ministro Weder de Oliveira.

Fonte: Jornal do Comércio

A estima é de ser colhida em 2014 de 55,1 milhões de hectares.

A safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deve encerrar o ano em 190,3 milhões de toneladas, segundo estimativa divulgada nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O

volume é 1,1% superior ao registrado em 2013.

Os dados fazem parte da segunda estimativa feita pelo IBGE para a safra deste ano – a previsão divulgada nesta quarta caiu em 3,6 milhões de toneladas (-1,6%) em relação à divulgada em fevereiro. A estimativa da área a ser colhida em

2014, de 55,1 milhões de hectares, também apresentou acréscimo de 4,3% frente à área colhida em 2013 (52,8 milhões de hectares).

FONTE: G1

SAFRA DE GRÃOS DEVE SER 1,1% MAIOR ESTE ANO, ESTIMA IBGE

Cenário, Mercado e Economia

A Polícia Civil de Uberlândia prendeu 15 integrantes de uma quadrilha suspeita de roubo a cargas e caminhões na região durante operação em combate ao crime. As informações foram confirmadas pelo delegado chefe do 9º Departamento da Polícia Civil, Samuel Barreto. Segundo

informações preliminares, os integrantes são de São Paulo e M i n a s G e r a i s . D u r a n t e a operação, que começou há pelo menos um mês, foram apreendi-d o s v e í c u l o s e c a m i n h õ e s roubados. De acordo com o d e l e g a d o r e s p o n s á v e l p e l a operação, Eduardo Leal, o grupo

roubava veículos e cargas em Minas Gerais e levava para ser desmanchado em Araçatuba (SP). Ainda informou que proprietários de postos de combustíveis também são investigados pela compra de produtos adulterados.

Fonte: G1

POLÍCIA CIVIL DE UBERLÂNDIA PRENDE QUADRILHA DE ROUBO A CARGAS NA REGIÃO

Legislação e Fiscalização

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www.webntc.org.br/eventos/eventos_gerais/ficha.asp?codigo=939

Auditório Nereu Ramos | Anexo 2 Câmara dos Deputados - Brasília/DF

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Trânsito e Legislação

ANTT ESCLARECE SOBRE O SEGURO OBRIGATÓRIO DE CARGAS

R e c e n t e m e n t e a

Superintendência de Serviços de Transporte Rodoviário e Multimodal de Cargas - SUROC, da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), divulgou o Comunicado SUROC/ANTT nº 001/2014. O Comunicado não traz nenhuma alteração nas leis aplicáveis ao transporte de cargas, apenas informa sobre a obrigatoriedade do seguro de Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário - Carga (RCTR-C) e alerta para não haver confusão com o seguro obrigatório de veiculo automotor de via terrestre (DPVAT).

Conforme o Decreto-Lei nº 73/1966 (artigo 20, alínea “m”) e Decreto nº 61.867/1967 (artigo 10), o seguro de responsabilidade civil do transportador rodoviário de carga (RCTR-C) é obrigatório para os transportadores. Este seguro

garante o reembolso das repara-ções pecuniárias a que o transpor-tador esteja obrigado, por força de lei, por perdas ou danos causados a bens e mercadorias de terceiros que lhe tenham sido entregues para transporte, em função de acidente com o veiculo transportador. Em resposta à consulta efetuada sob o p r o t o c o l o n º 1 7 0 2 1 8 5 d e 19.02.2014, a ANTT a fim de evitar mal entendidos, mencionou que o Comunicado SUROC/ANTT nº 001/2014 não teve o condão de converter a obrigatoriedade de contratação de seguro em requisito para obtenção do registro no RNTRC. Os requisitos para a inscrição continuam sendo os elencados na Resolução ANTT nº 3.056/2009. A ANTT enfatizou que a verificação do atendimento à obrigação de contratação do seguro de responsabilidade civil por

parte dos transportadores dar-se-á no ato da fiscalização, e seguirá o estabelecido na Resolução nº 3.056/2009 (artigo 23, inciso VIII; artigo 32, incisos I e II; artigo 34, inciso VIII e artigo 39, inciso II).

Assim, apesar do seguro de responsabilidade civil do transpor-tador rodoviário ser obrigatório, não é necessário a sua comprovação para o registro no RNTRC.

Finalizando, destaco que a ausência do registro no RNTRC isentará a seguradora de qualquer responsabilidade ou obrigação relativa ao seguro de RCTR-C em caso de sinistro, conforme dispõe o artigo 42, inciso V, da Resolução CNSP nº 219/2010. Aparecido Mendes Rocha, vice presidente do Clube Internacional de Seguros de Transportes - CIST.

Fonte: ANTT

04

Sala de Imprensa

MINISTRO CÉSAR BORGES: DUPLICAÇÃO DAS TRÊS RODOVIAS

CONCEDIDAS TRARÁ MAIS SEGURANÇA AOS USUÁRIOS

Os contratos de concessão das rodovias 163/MS, BR-163/MT e BR-040/DF/GO/MG que foram assinados dia 12/03, no Palácio do Planalto vão garantir uma logística melhor, segundo o

ministro dos Transportes, César Borges. “Essa logística vai dar aos usuários das rodovias federais brasileiras condições de trafegar com mais segurança e de gastar menos tempo, além de reduzir c u s t o s ” , e x p l i c o u , d u r a n t e c e r i m ô n i a c o n d u z i d a p e l a presidenta da República, Dilma Rousseff. Os documentos foram firmados entre a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e as empresas Companhia de Participações em Concessões (Grupo CCR), Odebrecht e Invepar, detentores das concessões da BR 1 6 3 / M S , B R 1 6 3 / M T e B R -040/DF/GO/MG, respectivamente. Borges também ressaltou que, além da duplicação em cinco anos e dos serviços previstos ao longo dos 30 anos de contrato, também é importante a modicidade tarifária

alcançada nos leilões desses três lotes rodoviários. “As tarifas de pedágio oferecidas não estão elevadas, então vamos prestar melhores serviços sem que isso pese no bolso do brasileiro”, completou.

As três estradas completam o grupo de cinco lotes de rodovias l e i l o a d a s e m 2 0 1 3 q u e j á formalizaram os contratos de concessão. As demais são BR0 5 BR0 / G O / M G e B R s -060/153/262/DF/GO/MG. Pelas regras, as duplicações previstas deverão ser concluídas em cinco anos e a cobrança do pedágio só começará após a conclusão de 10% das obras previstas para a duplicação. (PS)

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M o t o r i s t a s c o m deficiência poderão ficar isentos do pagamento de pedágio em rodovias. A proposta (PLS 452/2012) foi aprovada pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, em decisão terminativa e, caso não seja apresentado recurso para apreciação em plenário, seguirá para análise da Câmara dos Deputados.

Como o projeto não menciona recursos orçamen-tários para cobrir as isenções, o relatório da senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) conclui que “o benefí-cio seria custeado pelo aumento do

valor do pedágio para os demais motoristas”. Por isso, para assegu-rar a viabilidade econômica da proposta, Lúcia Vânia destaca que é necessário impor limite à

gratuidade.

S e g u n d o e l a , t a l limitação pode se dar em função de fatores como a r e n d a d a p e s s o a c o m d e f i c i ê n c i a , o g r a u d e comprometimento da sua acessibilidade e os recursos médico-hospitalares que precisa alcançar usando a rodovia, mas uma emenda acatada pelos senadores e s t a b e l e c e q u e e s s a regulamentação ficará a cargo do Executivo.

Fonte: Agência Brasil

MOTORISTAS COM DEFICIÊNCIA PODEM TER ISENÇÃO DE PEDÁGIO EM

RODOVIAS

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