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Colégio Santa Dorotéia

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Academic year: 2021

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Texto

(1)

Colégio Santa Dorotéia - BH 1111 Conteúdo a ser revisto

LEITURA

 Interpretação de textos narrativos  Compreensão da estrutura narrativa LÍNGUA: USOS E REFLEXÃO

 Ideia implícita e explícita  Linguagem figurada  Tipos de discurso  Coesão e coerência • ANÁLISE LINGUÍSTICA

 Revisão de classes de palavras na construção do texto  Uso da forma do diminutivo

SINTA o encanto da narrativa memorialística de um grande escritor mineiro, ouvindo um trecho do livro "Por Parte de Pai", de Bartolomeu Campos Queirós. O texto 1 desta atividade traz fragmentos desse livro. FAÇA a conexão pelo link indicado abaixo.

Enviado em 22 de out de 2010 Rádio Poeta - Podcasts Literários Narração: Alan Villela

Música: "Realejo" por Various Artists (Google Play • iTunes)

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=s9F4yjxUJFA> Acesso em 04 de fev. 2016.

Bom trabalho!

Nívia

Nívia

Nívia

Nívia

e

R

R

Rina

R

ina

ina

ina

Disciplina: Língua Portuguesa

Série: 7ª – Ensino Fundamental

Professoras: Nívia e Rina

Aluno(a): _______________________________________________ No: _____ Turma: _____

Estudos Autônomos

Data: 29 / 02 / 2016

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Colégio Santa Dorotéia - BH 2 2 2 2

TEXTO 1

Por parte de pai

1. [...] Todo acontecimento da cidade, da casa do vizinho, meu avô escrevia nas

paredes. Quem casou, morreu, fugiu, caiu, matou, traiu, comprou, juntou, chegou, partiu. Coisas simples, como a agulha perdida no buraco do assoalho, ele escrevia. A história do açúcar sumido durante a guerra estava anotado. Eu não sabia por que os soldados tinham tanta coisa a adoçar. Também desenhava tesouras desaparecidas, serrotes sem dentes, facas perdidas. E a casa, de corredor comprido, ia ficando bordada, estampada de cima a baixo. As paredes eram o caderno de meu avô. Cada quarto, cada sala, cada cômodo, uma página [...]. Para cada notícia escolhia um canto. Conversa mais indecente, ele escrevia bem no alto. Era preciso ser grande para ler, ou aproveitar quando não tinha ninguém em casa. Caso de visitas, ele anotava o dia, a hora, o assunto ou a falta de assunto. Nada ficava no esquecimento, em vaga lembrança. (p.11)

2. [...] Enquanto ele escrevia, eu inventava história sobre cada pedaço da parede. A casa do meu avô foi o

meu primeiro livro. Até história de assombração tinha. [...] História não faltava. Eu mesmo só parei de urinar na cama quando meu avô ameaçou escrever na parede. O medo me curou. Leitura era coisa séria e escrever mais ainda. Escrever era não apagar nunca mais. O pior é que, depois de ler, ninguém mais esquece, se for coisa de interesse. (p.12/14)

3. Sempre vivi com alguma coisa me atordoando, ameaçando, procurando explicação, interrogando os

rumos. [...] Minha cama ficava no fundo do quarto. Pelas frestas da janela soprava um vento resmungando, cochichando, esfriando meus pensamentos, anunciando fantasmas. O escuro apertava minha garganta, roubava meu ar. (p. 16/17).

4. [...] Apreciava meu avô e sua maneira de não deixar as palavras se perderem. Sua letra, no meio da

noite, era a única presença viva, acordada comigo. Cada sílaba um carinho, um capricho penetrando pelos olhos até o passado. (p.18)

5. [...] Eu tinha o amor do meu avô, e para que mais? Seu carinho me encharcava os olhos quando me

oferecia dinheiro, um tostão por fio, para arrancar seus cabelos brancos. Ele gostava era da minha mão de neto, passeando sobre ele, mansa, eu sabia. Ser ou não ser grisalho era outra coisa. E se a tristeza ameaçava meu avô – eu lia isso nas rugas de sua testa ou no arco das sobrancelhas – eu me oferecia, de graça, para catar alguns fios a mais, zelosamente. (p. 19/20).

QUEIRÓS, Bartolomeu Campos. Por parte de pai. Belo Horizonte: RHJ, 1995. (Adaptado)

VOCABULÁRIO:

indecente: inconveniente, que fere o pudor, a moral.

QUESTÃO 1

No livro “Por parte de pai”, a narrativa vai sendo construída pelo olhar de uma criança sobre o mundo ao seu redor, carregado de sentimentos poéticos. Antônio, narrador-personagem, é um menino que experimenta a vida na casa dos avós paternos, local onde vive parte da sua infância como quem lê um livro de memórias. TRANSCREVA duas frases do texto 1 que comprovam esse tipo de narrador.

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Colégio Santa Dorotéia - BH 3333

avô é:

a) “A casa do meu avô foi meu primeiro livro.” (§2) b) “Leitura era coisa séria e escrever mais ainda.” (§2) c) “Nada ficava no esquecimento, em vaga lembrança.” (§1)

d) “A história do açúcar sumido durante a guerra estava anotado.” (§1)

e) “Apreciava meu avô e sua maneira de não deixar as palavras se perderem.” (§4)

QUESTÃO 3

Fica evidente no livro “Por parte de pai” a relação afetuosa entre o avô e o neto. COPIE uma passagem do texto 1 contendo o relato do narrador que explicitamente

a) revela o amor que o avô sentia pelo neto:

________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________

b) mostra o carinho que o neto nutria pelo avô:

________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________

QUESTÃO 4

RELEIA esta passagem que inicia o 2º parágrafo:

Nesse trecho, percebe-se que acontecem duas ações – uma realizada pelo avô e outra, pelo neto. A relação entre essas duas ações está CORRETAMENTE explicitada na alternativa:

a) Sempre que os acontecimentos eram escritos pelo avô, histórias eram criadas pelo neto. b) Há uma comparação entre os fatos de o avô escrever e de o menino inventar histórias. c) As histórias do avô e do neto eram fruto da imaginação desses personagens.

d) Existe uma contradição entre o que fazia o avô e o que menino realizava. e) O avô escrevia para provocar a imaginação do pequeno Antônio.

QUESTÃO 5

No livro “Por parte de Pai”, por ele se constituir de uma prosa poética, há uma linguagem bastante elaborada e repleta de figuras de linguagem. OBSERVE este trecho do parágrafo 3:

PESQUISE em sua gramática o conceito de figuras de linguagem.

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[...] Enquanto ele escrevia, eu inventava história sobre cada pedaço da parede.

“Minha cama ficava no fundo do quarto. Pelas frestas da janela soprava um vento resmungando, cochichando, esfriando meus pensamentos, anunciando fantasmas.”

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Colégio Santa Dorotéia - BH 4 4 4 4

TEXTO 2

Criança

Cecília Meireles

Cabecinha boa de menino triste, de menino triste que sofre sozinho, que sozinho sofre, – e resiste.

Cabecinha boa de menino ausente, que de sofrer tanto, se fez pensativo, e não sabe mais o que sente...

Cabecinha boa de menino mudo, que não teve nada, que não pediu nada, pelo medo de perder tudo.

Cabecinha boa de menino santo,

que do alto se inclina sobre a água do mundo para mirar seu desencanto.

Para ver passar numa onda lenta e fria a estrela perdida da felicidade

que soube que não possuiria.

Disponível em: < http://www.citador.pt/poemas/crianca-cecilia-meireles>. Acesso em 04 de fev. 2016.

QUESTÃO 6

Nesse poema, a palavra “cabecinha” é uma metáfora que o eu lírico utiliza, repetidamente, para apresentar a descrição de um menino.

a) APONTE duas características desse menino descrito no texto.

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b) RELEMBRE as características do gênero poema. Em seguida, OBSERVE um recurso empregado no poema (TEXTO 2) para criar o efeito de sonoridade. IDENTIFIQUE esse recurso e

TRANSCREVA dois exemplos.

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Colégio Santa Dorotéia - BH 5555 IMAGEM 1 IMAGEM 2

Cada imagem pode ser relacionada a uma ideia diferente dentre as apresentadas no texto 2 em relação à caracterização do menino. EXPLIQUE a relação de cada imagem com essa ideia distinta. ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________

TEXTO 3

HAICAI

Que cheiro cheiroso De terra molhada quando A chuva chuvisca!...

SOUZA, Ângela Leite de. Três gotas de poesia. São Paulo: Moderna, 2002.

QUESTÃO 7

O haicai, forma de poema, surgida no Japão no século XVI, composta de três versos, geralmente, relaciona a natureza a aspectos da existência humana; é como um flagrante do olhar sobre um detalhe da natureza.

APONTE o fenômeno da natureza que serviu de tema ao haicai do texto 3.

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Colégio Santa Dorotéia - BH 6 6 6 6 OS POEMAS Mario Quintana

Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam

no livro que lês.

Quando fechas o livro, eles alçam voo como de um alçapão.

Eles não têm pouso nem porto

alimentam-se um instante em cada par de mãos e partem. E olhas, então, essas tuas mãos vazias,

no maravilhado espanto de saberes que o alimento deles já estava em ti…

Disponível em:<http://www.revistabula.com/2329-os-10-melhores-poemas-de-mario-quintana>. Acesso em 04 de fev. 2016.

GABARITO

QUESTÃO 1

RESPOSTA ESPERADA: os trechos que podem comprovar esse tipo de narrador deverão conter o emprego de primeira pessoa nos verbos ou nos pronomes, por exemplo:

“[...] Todo acontecimento da cidade, da casa do vizinho, meu avô escrevia nas paredes.” [...] Enquanto ele escrevia , eu inventava história sobre cada pedaço da parede

QUESTÃO 2

e) “Apreciava meu avô e sua maneira de não deixar as palavras se perderem.” (§4)

QUESTÃO 3

a) RESPOSTA ESPERADA

“Eu tinha o amor do meu avô, e para que mais?” b) RESPOSTA ESPERADA

“eu me oferecia, de graça, para catar alguns fios a mais, zelosamente.?”

QUESTÃO 4

a) Sempre que os acontecimentos eram escritos pelo avô, histórias eram criadas pelo neto.

QUESTÃO 5

RESPOSTA ESPERADA

As figuras de linguagem são recursos usados na fala ou na escrita para tornar mais expressiva a mensagem transmitida.

É muito importante saber identificar as diversas figuras de linguagem, porque desta forma é possível compreender melhor diferentes textos.

Compreender e saber usar figuras de estilo nos capacita a usar de forma mais eficaz a linguagem como fenômeno social e nos ajuda a vislumbrar o simbolismo de algumas conversas e obras escritas.

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Colégio Santa Dorotéia - BH 7777 Pela descrição presente no poema, pode-se perceber que se trata de um menino de boas atitudes; triste; solitário; sofrido; pensativo; calado; que nada pedia pelo receio de perder as poucas coisas boas que a vida lhe deu.

b) RESPOSTA ESPERADA

Um recurso empregado para criar o efeito de sonoridade é o uso de rimas alternadas, que pode ser percebido, por exemplo, entre “triste” (primeiro verso, primeira estrofe) e “resiste” (terceiro verso, primeira estrofe); “ausente” (primeiro verso, segunda estrofe) e “sente” (terceiro verso, segunda estrofe); “mudo” (primeiro verso, terceira estrofe) e “tudo” (terceiro verso, terceira estrofe); “santo” (primeiro verso, quarta estrofe) e “desencanto” (terceiro verso, quarta estrofe); “fria” (primeiro verso, quinta estrofe) e “possuiria” (terceiro verso, quinta estrofe)

c) RESPOSTA ESPERADA

A imagem 1 sugere, pela expressão facial do menino nela representado, que se trata de uma criança triste, sozinha, o que representa a ideia abordada na estrofe 1 e a imagem 2, pela posição em que o menino está (sentado com as perninhas cruzadas, mão no queixo) retrata um menino pensativo, de acordo com a ideia presente na estrofe 2.

QUESTÃO 7

RESPOSTA ESPERADA

No haicai do texto 3, o aspecto da natureza que foi abordado é a chuva, que provoca um cheiro gostoso de terra molhada.

Referências

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