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Spharion Aventuras de Dico Saburó

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Academic year: 2021

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PROJETO PEDAGÓGICO

L Ú C I A M A C H A D O D E A L M E I D A

Spharion

Aventuras de Dico Saburó

te p roje to ped ag ógi co r ef er e-s e à o br a Sph ari on , d a Edi to ra Á ti ca . N ão pod e s er c om er ci aliza do. El abo ra çã o: J uli an a d e S ouza T opan.

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te p roje to ped ag ógi co r ef er e-s e à o br a Sph ari on , d a Edi to ra Á ti ca . N ão pod e s er c om er ci aliza do. El abo ra çã o: J uli an a d e S ouza T opan.

Aqui você vai encontrar sugestões de atividades para serem desenvolvidas em sala

de aula antes, durante e depois da leitura. Elas propõem reflexões sobre a história,

sobre a estrutura narrativa e sobre temas interdisciplinares, para além da ficção.

1.

GÊNERO: NOVELA DE FICÇÃO CIENTÍFICA

Ao começar a leitura da obra, leia com os alunos a epígrafe do livro (p. 17). Além de abordar o gênero epígrafe, pergunte a eles se sabem quem foi Isaac Newton, e, ex-plicitando que se trata de um físico, por que eles acham que um trecho de um texto científico seria epígrafe de um romance. Em seguida, leia a “nota da autora” (p. 15) e, a partir disso, inicie a abordagem do gênero ficção científica. Uma vez que ele é também amplamente difundido no cinema, peça aos alunos que citem exemplos de filmes de ficção científica e use-os para começar a falar sobre as características estruturais do gênero. Além disso, aborde seu advento, no século XIX, com o livro

Frankenstein (1818), de Mary Shelley, e leve para a sala de aula trechos de autores

importantes, como o francês Júlio Verne (1828-1905) e o russo Isaac Asimov (1920- -1992), autores de Vinte mil léguas submarinas e Eu, robô, respectivamente, entre outros. É interessante ressaltar que esses e outros livros de ficção científica, ao abordarem um mundo imaginário, acabaram por prever uma série de inovações científicas e tecnológicas e, em outra perspectiva, por influenciar cientistas a de-senvolver o que era apenas imaginado pelos romancistas. Para uma preparação para esta atividade, sugerimos a leitura dos artigos: “As definições de ficção científi-ca da críticientífi-ca brasileira contemporânea”, de Arnaldo Pinheiro de Mont’Alvão Júnior, no link: <www.gel.org.br/estudoslinguisticos/volumes/38/EL_V38N3_30.pdf>; “A literatura de ficção científica como veículo de divulgação científica na educação informal em ciência”, no link: <www.uesc.br/seminariomulher/anais/PDF/Mesas/ LUCIA%20DE%20LA%20ROCQUE%20&%20CLAUDIA%20KAMEL.pdf>.

2.

O SOBRENATURAL E A PARAPSICOLOGIA

No capítulo 1, apresenta-se um dos personagens principais da obra, Dico Saburó, que, ainda recém-nascido, assusta os pais ao levitar sobre o próprio berço e soltar faíscas elétricas dos dedos. Tanto a mãe quanto o pai julgam ter gerado um ende-moniado, mas, procurando o padre, este esclarece ao casal que Dico é sensitivo ou

paranormal, isto é, um ser com habilidades especiais, advindas do próprio poder de

sua mente, e não do sobrenatural, segundo a parapsicologia. Mais velho, Dico será capaz de ter visões de lugares distantes e tempos remotos ou futuros, o que auxiliará o inspetor Pimentel em suas investigações. Retomando com os alunos essas pas-sagens, pergunte a eles o que sabem sobre parapsicologia e se eles se recordam de outras obras literárias ou cinematográficas que apresentam seres paranormais. Em seguida, solicite a eles uma pesquisa sobre o tema, em que identifiquem as origens

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te p roje to ped ag ógi co r ef er e-s e à o br a Sph ari on , d a Edi to ra Á ti ca . N ão pod e s er c om er ci aliza do. El abo ra çã o: J uli an a d e S ouza T opan.

dos estudos de parapsicologia, seus principais pesquisadores e difusores, e como se desenvolveram pesquisas para determinar os fenômenos dessa ciência. Em seguida, exiba em sala de aula o filme Minority Report – A nova lei (de Steven Spielberg, EUA, 2002), no qual paranormais são utilizados em serviços de investigação policial.

3.

ESTRUTURA: CARACTERÍSTICAS DO NARRADOR

Spharion mistura dois gêneros: a novela de ficção científica e a novela policial, já que

na obra há a exploração de conhecimentos e temas científicos e, ao mesmo tempo, a história de investigação de vários assassinatos, cometidos pelo mesmo criminoso. Aproveite a exibição do filme Minority Report – A nova lei para explicitar em sala de aula essa mistura de gêneros, tanto no filme como no livro, abordando aspectos da estrutura narrativa que causam efeitos importantes em tais gêneros específicos. Desta forma, leia com os alunos trechos em que se evidencia a voz do narrador de ficção científica, que se preocupa em justificar eventos da narrativa com base em co-nhecimentos da ciência (o que não deixa de ser uma preocupação didática, pois há a intenção de informar o leitor, popularizando conhecimentos científicos). Do mesmo modo, retome em sala de aula trechos em que o narrador policial aparece, na explici-tação dos passos da investigação do crime. Além disso, vale ressaltar um tom folhe-tinesco em algumas passagens: na forma como o narrador apresenta Dina Saburó; na construção do suspense narrativo pela técnica do corte do capítulo, bem como na perigosa aventura dos personagens no final, ao invadirem o esconderijo de Spharion.

4.

ESPAÇO NARRATIVO: DIAMANTINA

Ao iniciar a leitura da obra, solicite aos alunos que busquem, em softwares ou sites de mapas, a cidade de Diamantina, precisando sua localização geográfica (caso os alunos não disponham de dispositivos móveis ou a escola não tenha computa-dores, leve para a sala de aula mapas do Brasil e do estado de Minas Gerais para essa atividade). Oriente os alunos para, ao longo da leitura, coletar as informações que forem surgindo sobre a cidade (aspectos geográficos – vegetação, relevo, clima – históricos, sociais, econômicos). A partir do que os alunos trouxerem de infor-mações retiradas da obra, os professores de História e Geografia podem ampliar o conhecimento dos alunos sobre a cidade, apresentando informações que não aparecem no livro, ou mesmo atualizando-as (uma vez que a narrativa se passa nos anos 1970). Assim, os professores podem abordar as mudanças na cidade de Diamantina nos últimos 40 anos, enfatizando as diferenças entre as atividades econômicas, as relações de trabalho e sociais nos anos 1970 e nos dias atuais.

5.

OS DESEJADOS DIAMANTES

Em Spharion, a sucessão de crimes do assassino homônimo está diretamente relacionada à sua busca por diamantes, motivo pelo qual ele vai para a cidade de

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te p roje to ped ag ógi co r ef er e-s e à o br a Sph ari on , d a Edi to ra Á ti ca . N ão pod e s er c om er ci aliza do. El abo ra çã o: J uli an a d e S ouza T opan.

Diamantina. Ao longo do livro, apresentam-se aspectos históricos, sociais, eco-nômicos e simbólicos dessa pedra, que podem ser explorados por professores de diversas disciplinas, em aulas ou trabalhos de pesquisa. Solicite aos alunos que entrem no site do Museu do Diamante (<http://museudodiamante.museus.gov. br>), mencionado no capítulo 10, e que façam pesquisas sobre a descoberta do diamante, quando e onde ele começou a ser polido (o que é mencionado no capí-tulo 21). A partir daí, o professor de História pode retomar a narrativa de Pedro so-bre o diamante Ko-i-noor, entre os capítulos 19 e 20, para falar do diamante como símbolo de poder. Além disso, o professor de Geografia pode falar do mercado internacional de joias e da exploração econômica do diamante e dos conflitos ge-rados pelo garimpo ilegal e contrabando. Para isso, sugerimos a exibição do filme

Diamante de sangue (Edward Zwick, EUA/Alemanha, 2006) e a leitura das

reporta-gens: “Para onde vão nossos diamantes”, Revista Época, no link: <http://revistaepoca. globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI56383-15223,00-PARA+ONDE+VAO+NOSSOS+ DIAMANTES.html>; “Indígenas do povo cinta-larga fecham o garimpo na terra indígena do Parque do Aripuana”, portal da Funai, no link: <www.funai.gov.br/ index.php/comunicacao/noticias/561-indigenas-do-povo-cinta-larga-fecham--garimpo-na-terra-indigena-parque-do-aripuana-ro-mt>; e “Rondônia: índios e garimpeiros reabrem garimpo de diamantes na reserva Roosevelt”, no link: <www. rondoniadinamica.com/arquivo/rondonia-indios-e-garimpeiros-reabrem-garim-po-de-diamantes-na-reserva-roosevelt,66408.shtml>.

6.

MINERAÇÃO E GARIMPO NO BRASIL

A partir da abordagem, em sala de aula, do mercado internacional de joias, e aproveitando as reportagens indicadas anteriormente, é interessante abordar outro tema central da obra: a mineração. Partindo das descrições do livro, os professores de História e Geografia podem aprofundar os aspectos econômicos e sociais da mineração no Brasil, desde a descoberta de metais e pedras preciosas em Minas Gerais, no século XVIII, até a descoberta de outros locais ricos em mi-nérios nos séculos XIX e XX. Além de explicitar os conflitos sociais advindos da busca desenfreada por ouro e pedras preciosas (riqueza que alimentava o imagi-nário de tantos garimpeiros pobres, que migravam com suas famílias pelo sonho de “enricar”), é importante que os professores de Geografia e Biologia abordem as consequências ecológicas do garimpo, que, ao longo do tempo, não apenas alterou a paisagem e o relevo de alguns lugares, como destruiu florestas, poluiu os rios e o solo.

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ATIVIDADE ESPECIAL

Feira de Ciências

Como todo bom livro de ficção científica, Spharion apresenta uma série de

in-formações sobre variadas ciências, que se misturam aos aspectos ficcionais do

livro, criando um clima misterioso e surreal na obra. A proposta deste projeto é

utilizar essas informações como ponto de partida para uma Feira de Ciências.

PRIMEIRO PASSO Nas aulas de Língua Portuguesa, a partir da abordagem do gênero

ficção científica, o professor solicitará aos alunos que identifiquem os trechos da obra que apresentam teorias e conhecimentos científicos. Dessa forma, explicará aos alunos a ideia de se fazer uma Feira de Ciências em que fossem abordados os temas científicos apresentados no livro.

SEGUNDO PASSO Nas aulas de Biologia, Geografia, Química, Física e Matemática, os professores retomarão trechos da obra que se referem a conhecimentos específicos de suas disciplinas. Por exemplo, o professor de Geografia deve abordar os diferentes tipos de rocha citados; os de Matemática e Física, os mecanismos de engenharia na extração do diamante dos leitos dos rios; o de Biologia, os impactos ecológicos dessa extração; o de Química, a constituição do diamante e a utilização do diamante bruto e seus componentes (entre eles, o carbono 14) em experiências científicas, etc.

TERCEIRO PASSO Os professores envolvidos devem dividir os alunos em grupos e

fazer entre eles a escolha (ou sorteio) dos temas que comporão a Feira de Ciências, a partir do primeiro e segundo passos. Além disso, devem orientar os grupos a fazerem pesquisas, a fim de ampliar, aprofundar e atualizar os conhecimentos de cada tema abordado no livro.

QUARTO PASSO Nas aulas de Língua Portuguesa e Arte, os professores abordarão

o gênero exposição oral, trabalhando a variante oral culta da língua portuguesa e técnicas para se falar em público de forma clara e cativante.

QUINTO PASSO Nas aulas de Língua Portuguesa, o professor orientará os alunos a

fazer uma seleção de informações, entre os resultados de suas pesquisas, para es-crever um texto que servirá de base para sua exposição oral. Além disso, orientará os alunos na escrita de cartazes, infográficos e outros gêneros que possam compor os estandes da Feira de Ciências, além de textos de divulgação do evento para os demais alunos da escola.

SEXTO PASSO Nas aulas de Arte, os alunos devem produzir maquetes, imagens

ilus-trativas e outros recursos plásticos que comporão a Feira. Todos os professores de-vem orientar e ajudar os alunos na organização, distribuindo os estandes pelo espa-ço, montando experimentos e maquetes, etc. A Feira deve ocorrer com a participação de alunos, professores, pais, funcionários e demais pessoas da comunidade escolar.

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