• Nenhum resultado encontrado

Antropologia Econômica. Aula 5 Antropologia e Funcionalismo. Prof.: Rodrigo Cantu

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Antropologia Econômica. Aula 5 Antropologia e Funcionalismo. Prof.: Rodrigo Cantu"

Copied!
41
0
0

Texto

(1)

Antropologia Econômica

Aula 5 – Antropologia e Funcionalismo Prof.: Rodrigo Cantu

(2)

Selvageria

(1877)

Barbárie Civilização

(3)

Bronisław

Malinowski

(4)
(5)

• Prestações matrilineares

• Sagali

• Gimwali

• Kula

(6)
(7)
(8)
(9)

Potlatch

(10)
(11)

Potlatch

(12)

Potlatch

(13)

Potlatch

(14)

Potlatch

• Estudado por Franz Boas no final do século XIX • Povos do noroeste da América do Norte

• Ocorre ligado a nascimentos, mortes, casamentos e outros grandes eventos, normalmente no inverno

• Ritual festivo com distribuição e destruição de bens • Aumenta a

honra

do organizador e anfitrião

(15)
(16)

Alfred

Radcliffe-Brown

(1881-1955) Bronisław

Malinowski

(1884-1942)

Funcionalismo

Social

Funcionalismo

Biológico

(17)

Bronisław

Malinowski

(1884-1942)

(18)

Assim, a tarefa de estabelecer os critérios de identificação, tanto no trabalho de campo como na teoria, é talvez a mais importante contribuição para o Estudo do Homem, do ponto de vista científico. Abordemos esta questão a partir do problema elementar do pesquisador de campo. Quando ele, em primeiro lugar, fixa residência entre o povo cuja cultura deseja compreender, catalogar e apresentar ao mundo em geral, obviamente se defronta com a questão do que quer dizer identificar um fato cultural. Porque, claramente, identificar é o mesmo que compreender. Compreendemos o comportamento de outra pessoa quando podemos aquilatar seus motivos, seus impulsos, seus costumes, isto é, sua reação total às condições em que ela se encontra. Quer usemos a psicologia introspectiva e digamos que compreensão significa identificação dos processos mentais, ou quer, como behavioristas, afirmemos que sua reação ao estímulo integral da situação segue linhas que para nós são familiares na base de nossas próprias experiências

(19)

Um princípio muito simples, mas frequentemente negligenciado, ocorre imediatamente. As ações, arranjos materiais e os meios de comunicação que são mais diretamente significativos e compreensíveis são os que se ligam às necessidades orgânicas do homem, com as emoções e com os métodos práticos de satisfazê-las. Quando as pessoas comem ou repousam, quando elas se atraem mutuamente ou se envolvem na corte, quando elas se aquecem ao fogo, dormem sobre um catre, quando das buscam alimento e água para preparar uma refeição, nós não nos surpreendemos, não temos dificuldade cm fazer um relato claro ou revelar a membros de uma cultura diferente, em nosso país, o que está realmente acontecendo.

(20)

Até agora aprendemos que a natureza humana impõe sobre todas as formas de comportamento, por mais complexas e altamente organizadas, um certo determinismo. Este consiste de uma série de sequências vitais, indispensáveis ao funcionamento sadio do organismo e da comunidade como um todo, e que devem ser incorporadas a todo sistema tradicional de comportamento organizado. [...]

Consideremos agora como os impulsos, atividades e satisfações realmente ocorrem dentro de um meio cultural. Quanto ao impulso, é claro que em toda sociedade Humana é transformado pela tradição. Ele aparece ainda em sua forma dinâmica como uma tendência, mas como uma tendência modificada, modelada c determinada pela tradição.

(21)

A determinação cultural é um fato familiar no tocante à fome ou ao apetite, em suma, à disposição de comer. As limitações do que é considerado saboroso, admissível, ético; os tabus mágicos, religiosos, higiênicos e sociais sobre a qualidade, os ingredientes e a preparação do alimento; a habitual rotina de estabelecer o horário e o tipo de apetite — tudo isso podia ser exemplificado com nossa própria civilização, com os regulamentos e princípios de judaísmo ou do islamismo, do bramanismo ou do xintoísmo, assim como também com toda cultura primitiva. O apetite sexual, persistente e invariavelmente permitido dentro de limites, é também cercado das mais rigorosas proibições, como no incesto, nas abstinências temporárias, e votos de castidade, temporâneos ou permanentes.

(22)

Necessidades básicas Respostas culturais

Metabolismo Aprovisionamento

Reprodução Parentesco

Confortos corporais Abrigo

Segurança Proteção

Movimento Atividades

Crescimento Treinamento

Saúde Higiene

(23)

[A] produção de alimento e sua distribuição são sistemas de comportamento organizado e fazem parte do aprovisionamento tribal ou nacional. Muito frequentemente a tribo ou o Estado entram neste processo, na medida em que uma grande empresa é controlada, tributada e eventualmente mesmo organizada pelo Estado. Por outro lado, existem condições em que a produção, a distribuição, a preparação e o consumo de alimentos são efetuados dentro de uma mesma instituição, ou seja, o lar. Isso ocorre, mesmo nas culturas mais adiantadas, quando uma fazenda agrícola situada em lugar remoto tem de depender fundamentalmente de sua própria produção da maior parte dos artigos imprescindíveis, pelo menos no que se relaciona com alimentos. Isso não é menos verdadeiro a propósito da maioria das comunidades agrícolas primitivas, onde o apoio mútuo e a troca de serviços e bens são frequentemente necessários, exatamente por causa das técnicas algo primitivas que são usadas.

(24)

Alfred

Radcliffe-Brown

(25)
(26)
(27)

Émile

Durkheim

(28)

Emile Durkheim

Analogia

organicista

Problema da

integração social

– solidariedade

Solidariedades

mecânica

e

orgânica

Anomia

do mercado

Remoralização da economia por meio da

colaboração entre

corporações

(29)

A definição de Durkheim é que a "função" de uma instituição social é a correspondência entre ela e as necessidades do organismo social. Essa definição requer algum esclarecimento. Em primeiro lugar, para evitar possível ambiguidade e, em particular, a possibilidade de uma interpretação teleológica, eu gostaria de substituir a palavra "necessidades" pela expressão "condições necessárias de existência", ou, se se usar a palavra "necessidades", deve ser compreendida apenas nesse sentido. Convém notar aqui, como um ponto a que voltaremos, que qualquer tentativa para aplicar esse conceito de função em ciência social envolve a suposição de que há condições necessárias de existência para as sociedades humanas, exatamente como as há para os organismos animais, e que elas podem descobrir-se por meio da espécie adequada de indagação científica.

(30)

O conceito de

função

tal como se define

aqui

envolve,

assim,

a

noção

de

uma

estrutura

que consiste numa

série de

relações

entre entidades unitárias, sendo

mantida a

continuidade da estrutura

por

um

processo vital

formado pelas atividades

(31)

Estrutura orgânica

(32)

Para melhor elucidação do conceito é conveniente usar a analogia entre a vida social e a vida orgânica. Como todas as analogias, precisa ela usar-se com cuidado. Um organismo animal é um aglomerado de células e fluídos intersticiais dispostos em relação uns com os outros, não como um agregado, mas sim como um todo integrado. Para o bioquímico, é um sistema complexamente integrado de moléculas complexas. O sistema de relações pelo qual essas unidades se ligam é a estrutura orgânica. Conforme o sentido dado aqui às palavras, o organismo não é em si a estrutura; é uma coleção de unidades (células ou moléculas) dispostas numa estrutura, isto é, numa série de relações: o organismo tem uma estrutura. Dois animais completamente desenvolvidos da mesma espécie e sexo consistem em unidades semelhantes combinadas numa estrutura semelhante. Deve definir-se, assim a estrutura como uma série de relações entre as entidades. (A estrutura de uma célula é, do mesmo modo, uma série de relações entre moléculas complexas, e a estrutura de um átomo é uma série de relações entre elétrons e prótons).

(33)

Enquanto vive, conserva o organismo certa continuidade de estrutura, embora não conserve a identidade completa de suas partes constituintes. Ele perde algumas de suas moléculas constituintes pela respiração ou excreção; recebe outras pela respiração e absorção alimentar. Com o correr do tempo suas células constituintes não ficam as mesmas, mas a disposição estrutural das unidades constituintes permanece semelhante. Ao processo pelo qual se mantém essa continuidade estrutural do organismo chama-se vida. O processo vital consiste nas atividades e interações das unidades constituintes do organismo, as células, e os órgãos formados pelas células.

(34)

Passando da vida orgânica para a vida social, se examinarmos uma comunidade tal como uma tribo africana ou australiana, podemos reconhecer a existência de uma estrutura social. Os seres humanos individuais, as unidades essenciais nesse caso, ligam-se por uma série definida de relações sociais num todo integrado. A continuidade da estrutura social, como a da estrutura orgânica, não é destruída pelas mudanças nas unidades. Os indivíduos podem deixar a sociedade, seja por morte, ou de outro modo; outros podem entrar nela. A continuidade da estrutura mantém-se pelo processo da vida social, que consiste nas atividades e interações dos seres humanos individuais e dos grupos organizados, em que eles se unem. A vida social da comunidade define-se aqui como o funcionamento da estrutura social. A função de uma atividade recorrente, como a punição de um crime ou uma cerimônia funérea, é o papel que ela representa na vida social como um todo e, portanto, a contribuição que faz à manutenção da continuidade estrutural.

(35)

Morfologia

Fisiologia

(36)

Morfologia

Estrutura orgânica e funcionamento

Vida vs Sociedade

(37)

Desenvolvimento

Mudança do tipo estrutural durante o curso da

vida

(38)

Fisiologia

Funcionamento normal

(39)

Unidade funcional

“condição em que todas as partes do

sistema social operam juntas com um grau

suficiente de

harmonia

ou

coerência

interna, isto é,

sem

produzir conflitos persistentes

que não possam ser nem resolvidos nem

regulados”.

(40)

Em relação com as estruturas orgânicas, podemos achar critérios estritamente objetivos pelos quais distinguir a doença da saúde, o patológico do normal, porque a doença é aquilo que ou ameaça o organismo com a morte (a dissolução de sua estrutura) ou interfere nas atividades que são características do tipo orgânico. As sociedades não morrem no mesmo sentido em que morrem os animais e não podemos, portanto, definir a disnomia como sendo o que conduz, quando não controlado, à morte de uma sociedade. Além disso, uma sociedade difere de um organismo por isso que ela pode mudar seu tipo estrutural, ou pode ser absorvida como parte integrada de uma sociedade maior.

(41)

Talvez, pois, pudéssemos dizer que, enquanto que um organismo atacado por uma doença virulenta reagirá e, se falha a sua reação, morrerá, uma sociedade que é lançada numa condição de desunidade ou incongruência funcional (porque identificamos isso, agora, provisoriamente, com a disnomia) não morrerá, a não ser em casos relativamente raros como o de uma tribo australiana esmagada pela força destrutiva do homem branco, mas continuará a lutar por alguma espécie de eunomia, alguma modalidade de saúde social, e pode, no curso dessa luta, alterar o seu tipo estrutural. O "funcionalista" tem, ao que parece, amplas oportunidades de observar esse processo, nos dias presentes, nos povos nativos sujeitos ao domínio das nações civilizadas, e nessas próprias nações.

Referências

Documentos relacionados

O compromisso do curso foi de assegurar o devido treinamento aos professores para a utilização das ferramentas de comunicação, bem como o aperfeiçoamento do uso

O Climate Policy Initiative/ Núcleo de Avaliação de Políticas Climáticas da PUC-Rio trabalha para aprimorar políticas públicas de energia e uso da terra gerando evidências para

Refletindo sobre a minha própria prática acadêmica, como antropóloga, pesquisadora do campo dos estudos de gênero e feminista e também instigada pelo desejo de compreender a

Estarão abertas, entre 03 a 22 de outubro, as inscrições para o Processo Seletivo do Programa de Pós-Graduação em Geografia (Mestrado e Doutorado).. Maiores informações

Podendo inferir características dos consumidores e do tempo de deslocamento, além de poder observar, ainda que não conclusivamente, a presença ou não de concorrentes, o assessor

Avila y La Cueva, que menciona o número de vizinhos e o valor dos dízimos das freguesias de Tui na década de 1830 (quando os dízimos não estavam no seu apogeu), acrescenta

O colega Sérgio Ricardo, Presidente da Associação dos Magistrados do Espírito Santo (AMAGES), lembrou que, na gestão anterior da AMB, foi aprovada uma proposta,

Alexy refere-se à sugestão de que sua distinção entre princí pios e regras apresentaria "uma certa afinidade" com a diferença entre programa e valores