• Nenhum resultado encontrado

Prova: DESAFIO. (Disponível em: < Acesso em: 1 ọ nov )

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Prova: DESAFIO. (Disponível em: < Acesso em: 1 ọ nov )"

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

Colégio Nome: ____________________________________________________ N.º: _____ Endereço: _________________________________________ Data: _________ Telefone: _________________ E-mail: __________________________________

Disciplina: PORTUGUÊS RESOLUÇÃO

PARA QUEM CURSARÁ O 9.OANO DO ENSINO FUNDAMENTAL EM 2019 Prova:DESAFIO

Texto para as questões 1 e 2.

(Disponível em: <http://palavrasdesaber.blogspot.com/2012/04/batente-tirinha.html>. Acesso em: 1.onov. 2018.)

QUESTÃO 1

O humor da tira está na

a) quantidade de dados que se pode transportar no pen-drive apresentado.

b) dedução do homem sobre a quantidade de músicas armazenadas em seu iPod. c) pergunta da mulher no penúltimo quadrinho.

d) expressão do homem no penúltimo quadrinho. e) conclusão que o homem faz no último quadrinho.

RESOLUÇÃO

A graça da história se deve ao fato de o homem concluir que tem uma quantidade de ideias bem mequetrefes em seu cérebro que, em hipótese alguma, se compara à quantidade de memória citada para cada um de seus aparatos tecnológicos.

(2)

QUESTÃO 2

O objetivo do texto exposto nos quadrinhos é mostrar que é

a) importante saber empregar as novas tecnologias a nosso favor, entretanto, o uso excessivo delas pode nos prejudicar.

b) interessante adquirir uma grande quantidade de aparelhos para suprir a falta de memória humana.

c) vantajoso possuir equipamentos com grande quantidade de memória, para proteger a segurança das informações obtidas.

d) necessário parar de utilizar aparelhos eletrônicos, pois eles causam muitos prejuízos ao homem no mundo moderno.

e) importante substituir o quanto antes o uso da memória humana por equipamentos eletrônicos, por estes serem bem mais eficazes.

RESOLUÇÃO

O texto apresentado na tirinha tem a intenção de mostrar que é importante saber usar as novas tecnologias em nosso benefício, no entanto, o uso exagerado pode ser prejudicial.

Resposta: A

Texto para as questões de 3 a 15.

O HOMEM QUE RESOLVEU CONTAR APENAS MENTIRAS

Naquela manhã, acordou disposto a só contar mentiras. A não dizer uma única verdade. A ninguém. Nem à própria mulher. E assim quando afirmou: “vou para o trabalho”, empregou sua primeira mentira. Não ia. Tinha resolvido faltar, esquecer o escritório, a mesa, os papéis. Parar, ficar na rua.

Quando disse bom-dia para o zelador do prédio, também mentia, porque odiava o zelador, um oportunista, que não conservava o prédio, fazia fofocas entre empregadas, pedia gorjetas, ganhava porcentagem na compra de materiais de limpeza.

Quando disse o endereço ao motorista do táxi, também mentia, não pretendia ir para aquele lugar. Mas o chofer exigira o destino pois as pessoas vivem exigindo as coisas. E nem sempre temos vontade ou possibilidade de fazer. E as exigências crescem e se tornam parte de nossa vida diária. Nos acostumamos com elas, nos acomodamos, sem perceber que cada concessão é um pedaço da gente mesmo, envenenado, que a gente engole.

Quando o homem entrou no bar e pediu café, mentia, porque não queria café. Estava apenas fazendo um teste, enquanto observava o gesto maquinal daquele empregado que destacava uma ficha e a entregava. Será que aquele funcionário, alguma vez, imaginou que alguém pudesse não querer café? Pedir, por pedir, mas não querer? Nem sequer desejar ver a xícara fumegante?

(3)

Com a ficha na mão, saiu pela rua. Outra mentira, não queria ficar na rua. Mas se entrasse no escritório, seria mentira maior. Odiava o escritório, o empregado, os colegas. De duas mentiras, preferiu a menor, ainda que, ponderando, descobrisse que ficar com a mentira menor era igualmente fuga, mentira, porque nesse dia tinha decidido mentir. E quando se decide uma coisa, o melhor é levá-la até o fim.

Andou. Pensando como a cidade era bonita com seus prédios batidos de Sol e os vidros dando mil reflexos. Bonita com a gente que andava apressada para trabalhar e construir alguma coisa. Bonita na tranquilidade da vida, no sossego das casas, na calma que se estampava nos rostos das gentes. Bonita no que oferecia de futuro e de perspectivas. Bonita nos carros que andavam em fila, ruidosamente, um atrás do outro, sempre para frente, sempre para frente. Bonita na fumaça negra que escapava dos veículos e subia em espirais, milhares de fumaças reunidas, formando uma bela nuvem negra, como um negro véu, que surgia sobre a terra, espanando o Céu.

Andou sem querer andar. Viu, sem querer ver. Sentiu, sem querer sentir. Cansou, sem querer cansar.

Tudo uma grande mentira neste dia. Como mentira era a vida que ele vivia, cotidianamente, falsificada, pré-fabricada, exaurida, imposta. Suada. Que repousante era viver este dia de mentira. Negar tudo, reviver.

Andou até a hora de voltar para casa. Outra mentira, não queria voltar para casa, o lar, o aconchego, o refúgio, a fuga. A verdade de sua vida encerrada entre aquelas quatro paredes, a família, o amor, o carinho, o aconchego, o lar, o refúgio, a fuga, a realidade.

Não voltar e andar. Percorrendo as ruas, entrando nos prédios, conversando com as pessoas. No entanto, não tinha vontade de conversar. Sabia que precisava, mas não tinha vontade de falar. Falava pouco, sua língua andava entorpecida, sem prática. O medo é que um dia desacostumasse e perdesse a capacidade de se comunicar. E como andava difícil se comunicar. Ficou parado numa esquina, esperando a noite passar. Quando o dia chegou, tinha acabado o período da mentira, podia enfrentar de novo a verdade. E disse bom-dia ao porteiro, deu o endereço ao táxi, ligou para a mulher e o patrão. Disse no emprego que estava doente. E, na verdade, estava.

(Ignácio de Loyola Brandão. O homem do furo na mão e outras histórias. São Paulo: Ática, 2000. Adaptado.)

QUESTÃO 3

Os fatos narrados no texto sugerem que, em seu dia de mentiras, a personagem principal a) deixa de lado todos os seus sonhos de conquista.

b) percebe que as escolhas de sua vida foram acertadas. c) limita-se a fazer somente do que gosta.

d) rompe, pelo menos nesse dia, com todas as suas obrigações. e) faz desse dia o mais feliz de sua vida.

(4)

RESOLUÇÃO

De acordo com o texto, a personagem principal resolveu ter um dia diferente, deixando de lado os seus afazeres e compromissos, rompendo com uma rotina que parecia fazer dela uma pessoa infeliz.

Resposta: D

QUESTÃO 4

Todas as palavras destacadas nos trechos a seguir têm função qualitativa, exceto em a) “Quando disse bom-dia para o zelador do prédio(...)”.

b) “(...) odiava o zelador, um oportunista, que não conservava o prédio(...)”. c) “(...) enquanto observava o gesto maquinal daquele empregado...”. d) “Nem sequer desejar ver a xícara fumegante?”.

e) “Pensando como a cidade era bonita com seus prédios batidos de Sol(...)”.

RESOLUÇÃO

Em a, a palavra destacada exerce a função de locução adjetiva. Em c, d e e, exercem a função de adjetivo. A característica principal dessa classe de palavras é qualificar um substantivo. Já em b, a palavra destacada exerce a função de substantivo, cuja principal função é nomear seres, coisas ou objetos.

Resposta: B

QUESTÃO 5

No início do primeiro parágrafo, o autor usou aspas (“ “) para indicar a) um trecho escrito propositalmente de maneira incorreta.

b) uma passagem importante. c) fala da personagem.

d) comentário irônico.

e) pensamentos da personagem.

RESOLUÇÃO

No início do primeiro parágrafo, em “vou para o trabalho”, foram usadas aspas para demarcar a transcrição da fala da personagem.

(5)

QUESTÃO 6

Observe, no primeiro parágrafo, o número de frases iniciadas pelo conectivo e. A repetição desse conectivo sugere que a sensação da personagem é provocada

a) por uma sucessão de acontecimentos interligados por uma relação de causa e consequência.

b) por uma sucessão de acontecimentos imprevistos. c) por alguns fatos pouco inesperados.

d) pelo modo de agir de outras pessoas.

e) por um acúmulo de fatos de teor semelhante.

RESOLUÇÃO

O conectivo e é usado reiteradamente para introduzir, numa longa enumeração, fatos do cotidiano da personagem que lhe exigem as mesmas respostas padronizadas, estranhas a seus desejos e sentimentos.

Resposta: E

QUESTÃO 7

Em “De duas mentiras, preferiu a menor, ainda que, ponderando, descobrisse que ficar com a mentira menor era igualmente fuga(...)”, o conectivo em destaque expressa ideia de a) condição. b) concessão. c) comparação. d) causa. e) consequência. RESOLUÇÃO

Ainda que é uma locução conjuncional constituída pelo advérbio ainda e a conjunção que. Essa expressão introduz orações subordinadas adverbiais concessivas, exprimindo

oposição ou restrição ao que é dito na frase subordinante. Resposta: B

QUESTÃO 8

Sem prejuízo de sentido, as palavras em destaque nas frases a seguir podem ser substituídas pelas sugeridas entre parênteses, exceto em

a) “(...) enquanto observava o gesto maquinal daquele empregado (...)” (mecânico). b) “Nem sequer desejar ver a xícara fumegante?” (muito quente).

c) “Que repousante era viver este dia de mentira” (incômodo).

d) “(...)não queria voltar para casa, o lar, o aconchego, o refúgio, a fuga” (aconchego). e) “Falava pouco, sua língua andava entorpecida, sem prática” (adormecida).

(6)

RESOLUÇÃO

A única substituição que não pode ser feita é aquela indicada na alternativa

c – repousante, no contexto apresentado, significa sossego, tranquilidade e não incômodo conforme informa a alternativa.

Resposta: C

QUESTÃO 9

Os fatos narrados no texto evidenciam que o cotidiano das pessoas é repleto de a) atos mecânicos. b) escolhas conscientes. c) fatos extraordinários. d) desafios. e) aborrecimentos. RESOLUÇÃO

O texto narra uma série de atos repetidos maquinalmente, que não correspondem aos sentimentos e desejos da personagem, tal como dizer bom-dia ao zelador que odiava, indicar o destino ao motorista de táxi sem saber para onde desejava ir, pedir um café, entrar no escritório etc.

Resposta: A

QUESTÃO 10

No trecho “(...) formando uma bela nuvem negra, como um negro véu(...)” temos uma figura de linguagem que consiste em

a) atenuar o sentido desagradável, grosseiro e indecoroso de uma palavra ou expressão. b) empregar uma palavra por outra, com a qual mantém relação. No caso, a parte

pelo todo.

c) expressar ideia contrária do que se pensa com a finalidade de criticar. d) confronto entre dois termos para ressaltar a semelhança entre eles. e) exagero intencional de uma expressão.

RESOLUÇÃO

No trecho indicado, o autor confronta dois termos para ressaltar a semelhança entre eles. No caso, compara a nuvem negra a um véu negro, dando assim, maior expressividade ao período.

(7)

QUESTÃO 11

O trecho “Como mentira era a vida que ele vivia, cotidianamente, falsificada, pré-fabricada, exaurida, imposta. Suada.” sugere que a personagem mentia por razões de ordem a) pessoal. b) social. c) psicológica. d) familiar. e) profissional. RESOLUÇÃO

Ao usar qualificativos “falsificada”, “pré-fabricada”, ‘exaurida” e, sobretudo, “imposta”, o autor atribui a mentira às imposições do contexto social – leva-se uma vida de mentiras para se corresponder às exigências do meio social.

Resposta: B

QUESTÃO 12

No trecho “Falava pouco, sua língua andava entorpecida, sem prática”, os verbos destacados exprimem fatos

a) concluídos.

b) incertos, duvidosos.

c) supostamente concluídos no passado.

d) passados anteriores a outros também passado. e) inacabados no momento em que são narrados.

RESOLUÇÃO

O pretérito imperfeito exprime um fato em realização, inacabado no momento em que é narrado.

Resposta: E

QUESTÃO 13

No trecho “Sabia que precisava, mas não tinha vontade de falar.”, a alteração em que a conjunção mas é substituída sem perda de sentido original é

a) “Sabia que precisava, porém não tinha vontade de falar”. b)“Sabia que precisava, portanto não tinha vontade de falar”. c) “Sabia que precisava, assim não tinha vontade de falar”. d)“Sabia que precisava, porque não tinha vontade de falar”. e) “Sabia que precisava, isto é, não tinha vontade de falar”.

(8)

RESOLUÇÃO

Mas é uma conjunção coordenativa sindética adversativa que expressa oposição, adversi

-dade. O mesmo ocorre com porém. Temos em b e c – conclusão; d e e - explicação. Resposta: A

QUESTÃO 14

Em “Quando o dia chegou, tinha acabado o período da mentira(...)”, o conectivo em destaque pode ser substituído, sem alteração de sentido, por:

a) no momento em que. b) uma vez que.

c) desde que. d) mesmo que. e) embora.

RESOLUÇÃO

No período apresentado, a conjunção quando exprime tempo; o mesmo ocorre com no

momento em que. Temos em b – causa; c – condição; d e e – concessão.

Resposta: A

QUESTÃO 15

No trecho “Disse no emprego que estava doente. E, na verdade, estava.”, a doença a que se refere o autor sugere

a) cansaço físico. b) inconformismo. c) infelicidade. d) preguiça. e) malandragem. RESOLUÇÃO

Todas as ações da personagem principal indicam que estava infeliz com a sua vida, entediada com seu cotidiano. No dia em que resolveu apenas contar mentiras, tentou reviver, relaxar, já que acreditava que seria uma fuga e se sentiria, pelo menos por um dia, feliz, apenas mentindo para si.

Referências

Documentos relacionados

Não vou dizer o nome agora para que o prefeito não fique preocupado, já que vai ter que desembolsar algo em torno de uns setenta mil reais, para pagamento da peça.. Não é

Maurício não sabia por onde começar, mas sabia que precisava fazer alguma coisa já, senão teria de abandonar o paraíso endividado e voltar para a selva de pedra.... Levando

Certamente esse obstáculo miúdo não era culpado, mas dificultava a marcha, e o vaqueiro precisava chegar, não sabia onde..

“Logo, é a partir dos saberes práticos ou experienciais que os professores expressam seus próprios valores, juízos e sua concepção de ensino, realizam julgamentos,

Entendeu-se a importância da Arquitetura Moderna no Brasil e seus grandes nomes influentes, como arquitetos renomados, apontando principalmente o arquiteto Oscar

Como se eu jamais pudesse saber de mim mesmo por completo, a vontade que eu tinha de dizer não sabia, ela mesma, aonde queria chegar.. E esta busca por dizer e ser exato não

Deus deu os alimentos para prover a fome do homem, bem como a água para saciar sua sede.. Já

Partindo do principio de que a inteligência é uma ferramenta para criar outras ferramentas e que tanto a poesia como a ciência são criações da inteligência