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CÂMARA MUNICIPAL DE CONDEIXA-A-NOVA

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CÂMARA MUNICIPAL DE CONDEIXA-A-NOVA

REGULAMENTO DO SERVIÇO DE SANEAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS URBANAS DO MUNICÍPIO DE CONDEIXA-A-NOVA

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REGULAMENTO DO SERVIÇO DE SANEAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS URBANAS DO MUNICÍPIO DE CONDEIXA-A-NOVA

Enquadramento geral

O Decreto-Lei n.º 194/2009, de 20 de agosto, que aprova o regime jurídico dos serviços municipais de abastecimento público de água, de saneamento de águas residuais urbanas e de gestão de resíduos urbanos, obriga que as regras da prestação do serviço aos utilizadores constem de um regulamento de serviço, cuja aprovação compete à respetiva entidade titular. O regulamento de serviço, por ser um instrumento jurídico com eficácia externa, constitui a sede própria para regulamentar os direitos e obrigações da entidade gestora e dos utilizadores no seu relacionamento, sendo mesmo o principal instrumento que regula, em concreto, tal relacionamento. Os contratos de fornecimento e de recolha celebrados com os utilizadores correspondem a contratos de adesão, cujas cláusulas contratuais gerais decorrem, no essencial, do definido no regulamento de serviço.

Estando em causa serviços públicos essenciais, é especialmente importante garantir que a apresentação de tais regras seja feita de forma clara, adequada, detalhada e de modo a permitir o efetivo conhecimento, por parte dos utilizadores, do conteúdo e da forma de exercício dos respetivos direitos e deveres.

Em cumprimento de uma exigência do Artigo 62.º do Decreto-Lei n.º 194/2009, de 20 de agosto, a Portaria n.º 34/2011, de 13 de janeiro, veio estipular o conteúdo mínimo dos regulamentos de serviço, identificando um conjunto de matérias que neles devem ser reguladas.

Este Regulamento tem como legislação habilitante, o Artigo 241.º da Constituição da República Portuguesa, a Lei n.º 75/2013 — Lei que estabelece o regime jurídico das autarquias locais, de 12 de setembro, alterada pela Lei n.º 7-A/2016, de 30 de março; a Lei n.º 58/ 2005 — Lei da Água, de 29 de dezembro na redação dada pelo Decreto-Lei n.º 130/2012, de 22 de junho, e demais legislação complementar; o Lei n.º 226 -A/2007, de 31 de maio; Decreto-Regulamentar n.º 23/95, de 23 de agosto, Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de agosto, a Lei n.º 23/96, de 26 de julho e respetivas alterações; o artigo 21.º da Lei n.º 73/2013 — Lei do Regime Financeiro das Autarquias Locais, de 03 de setembro, com respeito pela exigência constante da Lei n.º 53-E/2006, de 29 de dezembro; e do DL n.º 555/99 de 16 de dezembro, na sua versão atual.

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A presente proposta de regulamento após aprovação pelo órgão executivo é submetida a consulta pública, por um período de 30 dias úteis, através da sua colocação no sítio da internet, da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova e nos locais e publicações de estilo.

Em cumprimento do disposto no n.º 4, do Artigo 62.º, Decreto-Lei n.º 194/2009, de 20 de agosto na sua atual redação, a proposta é, em simultâneo com o decurso da consulta pública, submetida a parecer da Entidade Reguladora (ERSAR). Após tais procedimentos, é a presente proposta de regulamento submetida à aprovação da Assembleia Municipal.

Por sua vez, o regime de tarifas preconizado assegura uma utilização mais racional dos recursos, permitindo aos munícipes a perceção do valor da água e da importância dos recursos hídricos, por natureza escassos. Assim, o Município de Condeixa-a-Nova, fica dotado de um instrumento que lhe permite fazer face às necessidades de gestão, no sentido de se assegurar um maior equilíbrio económico e financeiro, e por outro lado, garantir aos munícipes a salvaguarda de valores essenciais como a segurança, saúde pública e um maior conforto dos utilizadores.

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Índice

CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS ... 8

Artigo 1.º Lei habilitante ... 8

Artigo 2.º Objeto ... 8

Artigo 3.º Âmbito ... 8

Artigo 4.º Legislação aplicável ... 8

Artigo 5.º Entidade titular e entidade gestora do sistema ... 9

Artigo 6.º Definições ... 9

Artigo 7.º Simbologia e unidades ... 14

Artigo 8.º Regulamentação técnica ... 14

Artigo 9.º Princípios de gestão ... 14

Artigo 10.º Disponibilização do regulamento ... 15

CAPÍTULO II - DIREITOS E DEVERES ... 15

Artigo 11.º Deveres da entidade gestora ... 15

Artigo 12.º Deveres dos utilizadores ... 16

Artigo 13.º Direito à prestação do serviço ... 17

Artigo 14.º Direito à informação ... 18

Artigo 15.º Atendimento ao público ... 18

CAPÍTULO III - SISTEMAS DE SANEAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS URBANAS ... 18

CONDIÇÕES DE RECOLHA DE ÁGUAS RESIDUAIS URBANAS ... 18

SECÇÃO I -Artigo 16.º Obrigatoriedade de ligação à rede geral de saneamento ... 18

Artigo 17.º Dispensa de ligação ... 19

Artigo 18.º Exclusão da responsabilidade ... 20

Artigo 19.º Lançamentos e acessos interditos ... 20

Artigo 20.º Descargas de águas residuais industriais ... 22

Artigo 21.º Monitorização da descarga ... 23

Artigo 22.º Interrupção ou restrição na recolha de águas residuais urbanas por razões de exploração ... 23

(5)

Artigo 23.º Interrupção da recolha de águas residuais urbanas por facto imputável ao

utilizador ... 24

Artigo 24.º Restabelecimento da recolha ... 25

SISTEMA PÚBLICO DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS... 26

SECÇÃO II -Artigo 25.º Modelo de sistemas ... 26

Artigo 26.º Instalação e conservação ... 26

REDES PLUVIAIS ... 26

SECÇÃO III -Artigo 27.º Gestão dos sistemas de drenagem de águas pluviais ... 26

RAMAIS DE LIGAÇÃO ... 27

SECÇÃO IV -Artigo 28.º Instalação, conservação, renovação e substituição de ramais de ligação ... 27

Artigo 29.º Utilização de um ou mais ramais de ligação ... 28

Artigo 30.º Entrada em serviço ... 28

SISTEMAS DE DRENAGEM PREDIAL ... 28

SECÇÃO V -Artigo 31.º Caraterização da rede predial ... 28

Artigo 32.º Separação dos sistemas ... 28

Artigo 33.º Projeto da rede de drenagem predial ... 29

Artigo 34.º Execução, inspeção, ensaios das obras das redes de drenagem predial... 29

Artigo 35.º Anomalias sistemas prediais ... 30

FOSSAS SÉPTICAS ... 30

SECÇÃO VI -Artigo 36.º Conceção, dimensionamento e construção de fossas sépticas ... 30

Artigo 37.º Manutenção, recolha, transporte e destino final de lamas e águas residuais de fossas sépticas ... 32

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO ... 32

SECÇÃO VII -Artigo 38.º Medição de caudal ... 32

Artigo 39.º Localização e tipo de medidores ... 33

Artigo 40.º Manutenção e verificação ... 33

Artigo 41.º Leituras ... 34

(6)

CAPÍTULO IV - CONTRATO COM O UTILIZADOR ... 34

Artigo 43.º Contrato de recolha ... 35

Artigo 44.º Contratos especiais ... 35

Artigo 45.º Domicílio convencionado ... 36

Artigo 46.º Vigência dos contratos ... 37

Artigo 47.º Suspensão e reinício do contrato ... 37

Artigo 48.º Denúncia ... 38

Artigo 49.º Caducidade ... 38

CAPÍTULO V - ESTRUTURA TARIFÁRIA E FATURAÇÃO DOS SERVIÇOS ... 38

ESTRUTURA TARIFÁRIA... 39

SECÇÃO I -Artigo 50.º Incidência ... 39

Artigo 51.º Estrutura tarifária ... 39

Artigo 52.º Tarifa fixa ... 41

Artigo 53.º Tarifa variável ... 41

Artigo 54.º Tarifário pelo serviço de recolha, transporte e destino final de lamas de fossas sépticas ... 42

Artigo 55.º Execução de ramais de ligação ... 42

Artigo 56.º Tarifários especiais ... 43

Artigo 57.º Acesso aos tarifários especiais ... 45

Artigo 58.º Aprovação dos tarifários ... 45

FATURAÇÃO ... 45

SECÇÃO II -Artigo 59.º Periodicidade e requisitos da faturação ... 45

Artigo 60.º Prazo, forma e local de pagamento ... 46

Artigo 61.º Prescrição e caducidade ... 47

Artigo 62.º Arredondamento dos valores a pagar ... 47

Artigo 63.º Acertos de faturação ... 48

CAPÍTULO VI - PENALIDADES ... 49

(7)

Artigo 65.º Negligência e reincidência ... 49

Artigo 66.º Processamento das contraordenações e aplicação das coimas ... 50

Artigo 67.º Produto das coimas ... 50

Artigo 68.º Cláusula penal em caso de atraso de pagamento ... 50

CAPÍTULO VII - RECLAMAÇÕES ... 50

Artigo 69.º Direito de reclamar ... 51

Artigo 70.º Resolução de conflitos ... 51

CAPÍTULO VIII - DISPOSIÇÕES FINAIS ... 51

Artigo 71.º Integração de lacunas ... 52

Artigo 72.º Entrada em vigor ... 52

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REGULAMENTO DO SERVIÇO DE SANEAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS URBANAS DO MUNICÍPIO DE CONDEIXA-A-NOVA

CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS Lei habilitante Artigo 1.º

O presente Regulamento tem o seu suporte legal no Decreto-Lei n.º 194/2009, de 20 de agosto, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 92/2010 de 20 de agosto e Lei 12/94 de 6 de março, na Portaria n.º 34/2011, de 13 de janeiro, e no Decreto Regulamentar n.º 23/95, de 23 de agosto — em tudo o que não contrarie o disposto no mencionado decreto-lei, até à aprovação do decreto regulamentar previsto no Artigo 74.º do mesmo diploma legal — conjugado com a alínea d) do Artigo 14.º e a alínea a) n.º 3 do Artigo 21.º, ambos da Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro, com respeito pelas exigências constantes da Lei n.º 23/96, de 26 de julho, do Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio, e do Decreto-Lei n.º 152/97, de 19 de junho, todos na redação em vigor.

Objeto Artigo 2.º

O presente Regulamento estabelece as regras a que obedece a prestação do serviço saneamento de águas residuais urbanas aos utilizadores finais no Município de Condeixa-a-Nova.

Âmbito Artigo 3.º

O presente Regulamento aplica-se em toda a área do Município de Condeixa-a-Nova às atividades de conceção, projeto, construção e exploração dos sistemas públicos e prediais de saneamento de águas residuais urbanas.

Legislação aplicável Artigo 4.º

Em tudo quanto for omisso neste Regulamento, são aplicáveis as disposições legais em 1.

vigor na lei respeitantes aos sistemas públicos e prediais de saneamento de águas residuais urbanas, nomeadamente:

O Decreto-Lei n.º 194/2009, de 20 de agosto, em especial os respetivos a.

capítulos VII e VII, referentes, respetivamente, às relações com os utilizadores e ao regime sancionatório, este último complementado pelo regime geral das

(9)

contraordenações e coimas, constante do Decreto-Lei n.º 433/82, de 27 de outubro;

O Decreto Regulamentar n.º 23/95, de 23 de agosto, em particular no que b.

respeita à conceção e ao dimensionamento dos sistemas públicos e prediais de drenagem de águas residuais e pluviais, bem como à apresentação dos projetos, execução e fiscalização das respetivas obras, e ainda à exploração dos sistemas públicos e prediais;

O Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, no que respeita às regras de c.

licenciamento urbanístico aplicáveis aos projetos e obras de redes públicas e prediais de drenagem de águas residuais;

O Decreto-Lei n.º 152/97, de 19 de junho, no que respeita aos sistemas de d.

drenagem pública de águas residuais que descarreguem nos meios aquáticos e à descarga de águas residuais industriais em sistemas de drenagem;

A Lei n.º 23/96, de 26 de julho, a Lei n.º 24/96, de 31 de julho, o Decreto-Lei n.º e.

195/99, de 8 de julho, e o Despacho n.º 4186/2000 (2.ª série), de 22 de fevereiro, no que respeita às regras de prestação de serviços públicos essenciais, destinadas à proteção dos utilizadores e dos consumidores.

A conceção e o dimensionamento das redes prediais podem ser feitos de acordo com o 2.

estabelecido nas Normas Europeias aplicáveis, desde que não contrariem o estipulado na legislação portuguesa.

Entidade titular e entidade gestora do sistema Artigo 5.º

1. O Município de Condeixa-a-Nova é a Entidade Titular que, nos termos da lei, tem por atribuição assegurar a provisão do serviço de saneamento de águas residuais urbanas no respetivo território.

2. Em toda a área do Município de Condeixa-a-Nova, a Entidade Gestora responsável pela conceção, construção e exploração do sistema público de saneamento de águas residuais urbanas é a Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova.

Definições Artigo 6.º

(10)

"Acessórios": peças ou elementos que efetuam as transições nas tubagens, a.

como curvas, reduções uniões, etc.;

Agregado familiar: conjunto de pessoas ligadas entre si por vínculo de b.

parentesco (cônjuge, filhos, mãe, pai e/ou sogros, ou outras situações equiparadas desde que vivam em economia comum).

"Avaria": evento detetado em qualquer componente do sistema que necessite de c.

medidas de reparação / renovação, incluindo causado por:

i. Seleção inadequada ou defeitos no fabrico dos materiais, deficiências na construção ou relacionados com a operação;

ii. Corrosão ou outros fenómenos de degradação dos materiais, externa ou internamente;

iii. Danos mecânicos externos, por exemplo devidos à escavação, incluindo danos provocados por terceiros;

iv. Movimentos do solo relacionados com efeitos provocados pelo gelo, por períodos de seca, por tráfego pesado, por sismos, por inundações ou outros.

"Águas pluviais": águas resultantes do escoamento de precipitação atmosférica, d.

originadas quer em áreas urbanas quer em áreas industriais. Consideram-se equiparadas a águas pluviais as provenientes de regas de jardim e espaços verdes, de lavagem de arruamentos, passeios, pátios e parques de estacionamento, normalmente recolhidas por sarjetas, sumidouros e ralos; "Águas residuais domésticas": águas residuais de instalações residenciais e e.

serviços, essencialmente provenientes do metabolismo humano e de atividades domésticas;

"Águas residuais industriais": as que sejam suscetíveis de descarga em f.

coletores municipais e que resultem especificamente das atividades industriais abrangidas pelo REAI - Regulamento do Exercício da Atividade Industrial, ou do exercício de qualquer atividade da Classificação das Atividades Económicas Portuguesas por Ramos de Atividade (CAE);

"Águas residuais urbanas": águas residuais domésticas ou águas resultantes da g.

mistura destas com águas residuais industriais e/ou com águas pluviais;

"Câmara de ramal de ligação": dispositivo através do qual se estabelece a h.

(11)

limite da propriedade e em zonas de fácil acesso e cabendo a responsabilidade pela respetiva manutenção à entidade gestora quando localizada na via pública ou aos utilizadores nas situações em que a câmara de ramal ainda se situa no interior da propriedade privada;

"Coletor": tubagem, em geral enterrada, destinada a assegurar a condução das i.

águas residuais domésticas, industriais e/ou pluviais; “Caudal": o volume, expresso em m3

, de águas residuais numa dada secção j.

num determinado período de tempo;

"Concentração": a quantidade total de uma substância descarregada ao longo de k.

um determinado período de tempo, dividida pelo volume total de águas residuais descarregadas ao longo do mesmo período de tempo, expressa em mg/L; "Contrato": vínculo jurídico estabelecido entre a Entidade Gestora e qualquer l.

pessoa, singular ou coletiva, pública ou privada, referente à prestação, permanente ou eventual, do serviço pela primeira à segunda nos termos e condições do presente Regulamento;

"Diâmetro nominal": compreende as letras DN seguidas de um número inteiro m.

adimensional, o qual está indiretamente relacionado com a dimensão física, em mm, do diâmetro interior da passagem ou do diâmetro exterior da ligação; "Estrutura tarifária": conjunto de tarifas aplicáveis por força da prestação do n.

serviço de abastecimento público de água e respetivas regras de aplicação; "Fossa sética": tanque de decantação destinado a criar condições adequadas à o.

decantação de sólidos suspensos, à deposição de lamas e ao desenvolvimento de condições anaeróbicas para a decomposição de matéria orgânica;

"Inspeção / Fiscalização": atividade conduzida por funcionários da Entidade p.

Gestora ou por esta acreditados, que visa verificar se estão a ser cumpridas todas as obrigações decorrentes do presente Regulamento, sendo, em regra, elaborado um relatório escrito da mesma, ficando os resultados registados de forma a permitir à Entidade Gestora avaliar a operacionalidade das infraestruturas e informar os utilizadores de eventuais medidas corretivas a serem implementadas;

"Lamas": mistura de água e de partículas sólidas, separadas dos diversos tipos q.

de água por processos naturais ou artificiais;

"Local de consumo": ponto da rede predial, através do qual o imóvel é ou pode r.

(12)

"Medidor de caudal": dispositivo que tem por finalidade a determinação do s.

volume de água residual produzido podendo, conforme os modelos, fazer a leitura do caudal instantâneo e do volume produzido, ou apenas deste, e ainda registar esses volumes;

"Pré-tratamento das águas residuais": processo, a cargo do utilizador, destinado t.

à redução da carga poluente, à redução ou eliminação de certos poluentes específicos, ou à regularização de caudais, de forma a tornar essas águas residuais aptas a ser rejeitadas no sistema público de drenagem;

"Programa de monitorização": conjunto de determinações analíticas a serem u.

efetuadas às águas residuais a serem descarregadas para o sistema público de drenagem, a cargo do utilizador industrial, com a periodicidade e sobre os parâmetros fixados na autorização de ligação, antes da sua descarga no sistema, com o objetivo de evidenciar o cumprimento da autorização de descarga concedida;

"Ramal de ligação de águas residuais": troço de coletor que tem por finalidade v.

assegurar a recolha e condução das águas residuais domésticas e industriais desde o limite da propriedade até ao coletor da rede de drenagem;

"Reabilitação": trabalhos associados a qualquer intervenção física que prolongue w.

a vida de um sistema existente e/ou melhore o seu desempenho estrutural e/ou hidráulico, envolvendo uma alteração da sua condição ou especificação técnica; a reabilitação estrutural inclui a substituição e a renovação; a reabilitação hidráulica inclui a substituição, o reforço, e eventualmente, a renovação;

"Renovação": qualquer intervenção física que prolongue a vida do sistema ou x.

que melhore o seu desempenho, no seu todo ou em parte, mantendo a capacidade e a função inicial e que pode incluir a reparação;

"Reparação": intervenção destinada a corrigir anomalias localizadas; y.

"Serviço": exploração e gestão do sistema público municipal de recolha, z.

transporte e tratamento de águas residuais domésticas e industriais no concelho de Condeixa-a-Nova;

"Serviços auxiliares": serviços prestados pela Entidade Gestora, de carácter aa.

conexo com os serviços de saneamento de águas residuais, mas que pela sua natureza, nomeadamente pelo facto de serem prestados pontualmente por solicitação do utilizador ou de terceiro, ou de resultarem de incumprimento contratual por parte do utilizador, são objeto de faturação específica;

(13)

"Sistema separativo": sistema constituído por duas redes de coletores, uma bb.

destinada às águas residuais domésticas e industriais e outra à drenagem de águas pluviais ou similares e respetivas instalações elevatórias e de tratamento e dispositivos de descarga final;

"Sistema de drenagem predial" ou "rede predial": conjunto constituído por cc.

instalações e equipamentos privativos de determinado prédio e destinados à evacuação das águas residuais até à rede pública;

"Sistema público de drenagem de águas residuais" ou "rede pública": sistema de dd.

canalizações, órgãos e equipamentos destinados à recolha, transporte e destino final adequado das águas residuais, em condições que permitam garantir a qualidade do meio recetor, instalado, em regra, na via pública, em terrenos da Entidade Gestora ou em outros, cuja ocupação seja do interesse público, incluindo os ramais de ligação às redes prediais;

"Substituição": substituição de uma instalação existente por uma nova quando a ee.

que existe já não é utilizada para o seu objetivo inicial,

"Tarifário": conjunto de valores unitários e outros parâmetros e regras de cálculo ff.

que permitem determinar o montante exato a pagar pelo utilizador final à Entidade Gestora em contrapartida do serviço;

"Titular do contrato": qualquer pessoa individual ou coletiva, pública ou privada, gg.

que celebra com a Entidade Gestora um contrato de recolha de águas residuais, também designada, na legislação aplicável, por utilizador ou utente;

"Utilizador final": pessoa singular ou coletiva, pública ou privada, a quem seja hh.

assegurado de forma continuada o serviço de saneamento de águas residuais e que não tenha como objeto da sua atividade a prestação desse mesmo serviço a terceiros, podendo ainda ser classificado como:

i. "Utilizador doméstico": aquele que use o prédio urbano servido para fins habitacionais, com exceção das utilizações para as partes comuns, nomeadamente as dos condomínios;

ii. "Utilizador não-doméstico": aquele que não esteja abrangido pela subalínea anterior, incluindo o Estado, as autarquias locais, os fundos e serviços autónomos e as entidades dos sectores empresariais do Estado.

(14)

Simbologia e unidades Artigo 7.º

A simbologia dos sistemas públicos e prediais a utilizar a utilizar é a indicada nos anexos VIII 1.

e XIII, do Decreto Regulamentar nº 23/95, de 23 de agosto.

As unidades em que são expressas as diversas grandezas devem observar a legislação 2.

portuguesa.

Regulamentação técnica Artigo 8.º

As normas técnicas a que devem obedecer a conceção, o projeto, a construção e a exploração do sistema público, bem como as respetivas normas de higiene e segurança, são as aprovadas nos termos da legislação em vigor.

Princípios de gestão Artigo 9.º

A prestação do serviço de saneamento de águas residuais urbanas obedece aos seguintes princípios:

Princípio da promoção tendencial da universalidade e da igualdade de acesso; a.

Princípio da qualidade e da continuidade do serviço e da proteção dos interesses b.

dos utilizadores;

Princípio da transparência na prestação de serviços; c.

Princípio da proteção da saúde pública e do ambiente; d.

Princípio da garantia da eficiência e melhoria contínua na utilização dos recursos e.

afetos, respondendo à evolução das exigências técnicas e às melhores técnicas ambientais disponíveis;

Princípio da promoção da solidariedade económica e social, do correto f.

ordenamento do território e do desenvolvimento regional;

Princípio da sustentabilidade económica e financeira dos serviços; g.

Princípio do utilizador-pagador. h.

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Disponibilização do regulamento Artigo 10.º

O Regulamento está disponível no sítio da internet da Entidade Gestora e nos serviços de atendimento, sendo neste último caso fornecidos exemplares mediante o pagamento da quantia definida no tarifário em vigor e permitida a sua consulta gratuita.

CAPÍTULO II - DIREITOS E DEVERES Deveres da entidade gestora Artigo 11.º

Compete à Entidade Gestora, designadamente:

Cumprir e fazer cumprir o presente Regulamento; a.

Recolher e transportar a destino adequado as águas residuais produzidas pelos b.

utilizadores, assim como as lamas das fossas sépticas existentes na sua área de intervenção;

Tratar e controlar a qualidade das águas residuais, nos termos da legislação em c.

vigor;

Garantir a qualidade, regularidade e continuidade do serviço, salvo casos d.

excecionais expressamente previstos neste Regulamento e na legislação em vigor;

Definir para a recolha de águas residuais urbanas os parâmetros de poluição e.

suportáveis pelo sistema público de drenagem e fiscalizar o seu cumprimento; Assumir a responsabilidade da conceção, construção e exploração do sistema f.

público de saneamento de águas residuais urbanas bem como mantê-lo em bom estado de funcionamento e conservação;

Promover a elaboração de planos, estudos e projetos que sejam necessários à g.

boa gestão dos sistemas;

Manter atualizado o cadastro das infraestruturas e instalações afetas ao sistema h.

público de saneamento de águas residuais urbanas, bem como elaborar e cumprir um plano anual de manutenção preventiva para as redes públicas de saneamento de águas residuais urbanas;

Submeter os componentes do sistema público, antes de entrarem em serviço, a i.

ensaios que assegurem o seu bom funcionamento;

Promover a instalação, a substituição ou a renovação dos ramais de ligação; j.

(16)

Promover a atualização tecnológica dos sistemas, nomeadamente quando daí k.

resulte um aumento da eficiência técnica e da qualidade ambiental;

Promover a atualização anual do tarifário e assegurar a sua divulgação junto dos l.

utilizadores, designadamente nos postos de atendimento e no sítio na internet da Entidade Gestora;

Proceder em tempo útil à emissão e envio das faturas correspondentes aos m.

serviços prestados e à respetiva cobrança;

Disponibilizar meios de pagamento que permitam aos utilizadores cumprir as n.

suas obrigações com o menor incómodo possível;

Dispor de serviços de atendimento aos utilizadores, direcionados para a o.

resolução dos seus problemas relacionados com o serviço público de saneamento de águas residuais urbanas;

Manter um registo atualizado dos processos das reclamações dos utilizadores e p.

garantir a sua resposta no prazo legal;

Fixar os valores limite de emissão dos parâmetros caraterísticos das águas q.

residuais industriais para efeitos de descarga nos coletores municipais, nos termos deste Regulamento e em cumprimento do disposto no Artigo 54.º do Decreto-Lei n.º 226 -A/2007, de 31 de maio e, em conjunto com a ARH competente, nos casos aplicáveis nos termos do mesmo diploma legal;

Prestar informação essencial sobre a sua atividade; r.

Cumprir e fazer cumprir o presente Regulamento. s.

Deveres dos utilizadores Artigo 12.º

Compete aos utilizadores, designadamente: Cumprir o presente Regulamento; a.

Não fazer uso indevido ou danificar qualquer componente dos sistemas públicos b.

de saneamento de águas residuais urbanas;

Não fazer uso indevido ou danificar as redes prediais e assegurar a sua c.

conservação e manutenção;

Manter em bom estado de funcionamento os aparelhos sanitários e os d.

(17)

Avisar o Município de Condeixa-a-Nova de eventuais anomalias nos sistemas e e.

nos medidores de caudal; Não alterar o ramal de ligação; f.

Não proceder a alterações nas redes prediais sem prévia autorização da g.

Entidade Gestora quando tal seja exigível nos termos da legislação em vigor e do presente Regulamento, ou se preveja que cause impacto nas condições de recolha em vigor;

Não proceder à execução de ligações ao sistema público sem autorização da h.

Entidade Gestora;

Permitir o acesso ao sistema predial por pessoal credenciado da entidade i.

gestora, tendo em vista a realização de ações de verificação e fiscalização; Não efetuar descargas ou ligar ao sistema público, águas pluviais, águas de j.

minas e regadios;

Pagar pontualmente as importâncias devidas, nos termos da legislação em vigor, k.

do presente Regulamento e dos contratos estabelecidos com a Entidade Gestora;

Sempre que haja alteração do utilizador efetivo do serviço, o novo utilizador, que l.

disponha de título válido para a ocupação do local de consumo, deve solicitar a celebração de contrato de fornecimento antes que se registem novos consumos, sob pena da interrupção de fornecimento de água, salvo se o titular do contrato autorizar expressamente tal situação.

Direito à prestação do serviço Artigo 13.º

Qualquer utilizador cujo local de consumo se insira na área de influência da Entidade 1.

Gestora tem direito à prestação do serviço de saneamento de águas residuais urbanas, através de redes fixas, sempre que o mesmo esteja disponível.

Para efeitos do disposto no número anterior, o serviço de saneamento considera-se 2.

disponível desde que o sistema infraestrutural da Entidade Gestora esteja localizado a uma distância igual ou inferior a 20 metros do limite da propriedade.

Nas situações não abrangidas pelo número anterior, o utilizador tem o direito de solicitar à 3.

(18)

Direito à informação Artigo 14.º

Os utilizadores têm o direito a ser informados de forma clara e conveniente pela Entidade 1.

Gestora das condições em que o serviço é prestado, em especial no que respeita aos tarifários aplicáveis.

A Entidade Gestora dispõe de um sítio na internet no qual é disponibilizada a informação 2.

essencial sobre a sua atividade, designadamente:

Identificação da Entidade Gestora, suas atribuições e âmbito de atuação; a.

Relatório e contas ou documento equivalente de prestação de contas; b.

Regulamentos de serviço; c.

Tarifários; d.

Condições contratuais relativas à prestação dos serviços aos utilizadores; e.

Indicadores de qualidade do serviço prestado aos utilizadores; f.

Informações sobre interrupções do serviço; g.

Contactos e horários de atendimento. h.

Atendimento ao público Artigo 15.º

A Entidade Gestora dispõe de um local de atendimento ao público e de um serviço de 1.

atendimento telefónico e via internet, através dos quais os utilizadores a podem contatar diretamente.

O atendimento ao público é efetuado nos dias úteis de acordo com o horário publicitado no 2.

sítio da internet e nos serviços da Entidade Gestora, tendo uma duração mínima de 6 horas diárias.

A Entidade Gestora dispõe ainda de um serviço de assistência permanente, que funciona de 3.

forma ininterrupta todos os dias do ano.

CAPÍTULO III - SISTEMAS DE SANEAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS URBANAS CONDIÇÕES DE RECOLHA DE ÁGUAS RESIDUAIS URBANAS SECÇÃO I -

Obrigatoriedade de ligação à rede geral de saneamento Artigo 16.º

Sempre que o serviço público de saneamento se considere disponível, nos termos do n.º 2 1.

(19)

Instalar, por sua conta, a rede de drenagem predial; a.

Solicitar a ligação à rede pública de saneamento. b.

A obrigatoriedade de ligação à rede pública abrange todas as edificações, qualquer que seja 2.

a sua utilização, sem prejuízo do disposto no Artigo 17.º.

Os usufrutuários, comodatários e arrendatários podem, mediante autorização dos 3.

proprietários, decisão judicial ou disposição legal que lhes seja atribua esse direito, requerer a ligação dos prédios por eles habitados à rede pública.

As notificações aos proprietários dos prédios para cumprimento das disposições dos 4.

números anteriores são efetuadas pela Entidade Gestora nos termos da lei, sendo-lhes fixado, para o efeito, um prazo nunca inferior a 30 dias.

Após a entrada em funcionamento da ligação da rede predial à rede pública, os proprietários 5.

dos prédios que disponham de sistemas próprios de tratamento de águas residuais devem proceder à sua desativação no prazo máximo de 30 dias, sem prejuízo de prazo diferente fixado em legislação ou licença específica.

Para efeitos do disposto no número anterior, as fossas devem ser desconectadas, 6.

totalmente esvaziadas, desinfetadas e aterradas.

Para os prédios onde o serviço de saneamento de águas residuais não se encontre 7.

disponível, ou seja necessário o reforço das infraestruturas existentes, e, seja necessário e possível o prolongamento da rede pública, a Entidade Gestora analisará casuisticamente a viabilidade de ligação, tendo em consideração os aspetos técnicos urbanísticos e financeiros inerentes e os interesses das partes envolvidas, sendo o pagamento da responsabilidade do interessado /requerente.

A Entidade Gestora comunica à autoridade ambiental competente as áreas servidas pela 8.

respetiva rede pública na sequência da sua entrada em funcionamento.

Dispensa de ligação Artigo 17.º

Estão dispensados da obrigatoriedade de ligação ao sistema público de saneamento: 1.

Os edifícios que disponham de sistemas próprios de saneamento devidamente a.

licenciados, nos termos da legislação aplicável, designadamente unidades industriais;

Os edifícios cuja ligação se revele demasiado onerosa do ponto de vista técnico b.

(20)

assegurem adequadas condições de salvaguarda da saúde pública e proteção ambiental;

Os edifícios ou fogos cujo mau estado de conservação ou ruína os torne c.

inabitáveis e estejam de facto permanentemente desabitados; Os edifícios em vias de expropriação ou demolição.

d.

A dispensa é requerida pelo interessado, podendo a Entidade Gestora solicitar documentos 2.

comprovativos da situação dos prédios a dispensar.

Exclusão da responsabilidade Artigo 18.º

A Entidade Gestora não é responsável por danos que possam sofrer os utilizadores, decorrentes de avarias e perturbações ocorridas na rede pública de saneamento, desde que resultantes de:

Casos fortuitos ou de força maior; a.

Execução, pela Entidade Gestora, de obras previamente programadas, desde b.

que os utilizadores tenham sido expressamente avisados com uma antecedência mínima de 48 horas;

Atos, dolosos ou negligentes praticados pelos utilizadores, assim como por c.

defeitos ou avarias nas instalações prediais.

Lançamentos e acessos interditos Artigo 19.º

Sem prejuízo do disposto em legislação especial, é interdito o lançamento na rede pública 1.

de drenagem de águas residuais, qualquer que seja o seu tipo, diretamente ou por intermédio de canalizações prediais, de quaisquer matérias, substâncias ou efluentes que danifiquem ou obstruam a rede pública de drenagem e ou os processos de tratamento das águas residuais e os ecossistemas dos meios recetores, nomeadamente:

Águas residuais industriais ou a sua mistura com as águas residuais domésticas a.

produzidas pela mesma unidade industrial que não tenham sido objeto de autorização específica;

Águas residuais contendo gases nocivos ou malcheirosos e outras substâncias b.

que, por si só ou por interação com outras, sejam capazes de criar inconvenientes para o público ou interferir com o pessoal afeto à operação e manutenção do sistema público de drenagem, bem como possam interferir com

(21)

o processo de tratamento ou com a qualidade dos respetivos efluentes ou condicionem a ecologia do meio recetor ou o destino final das lamas produzidas; Águas residuais industriais previamente diluídas;

c.

Gasóleo, benzeno, nafta, gasolina ou outros líquidos, sólidos ou gases d.

inflamáveis; e/ou explosivos;

Águas residuais contendo líquidos, sólidos ou gases venenosos, tóxicos ou e.

radioativos, em concentrações consideradas inaceitáveis pelas entidades competentes e efluentes que, pela sua natureza química ou microbiológica, constituam um elevado risco para a saúde pública ou para a exploração e conservação dos sistemas de drenagem e tratamento de efluentes;

Águas residuais contendo gases nocivos ou malcheirosos que, por si só ou por f.

interação com outras substâncias, provoquem riscos elevados para a saúde pública ou para a conservação e exploração das infraestruturas;

Efluentes de laboratórios ou de instalações hospitalares que, pela sua natureza g.

química ou microbiológica, constituem um elevado risco para a saúde pública ou para a conservação dos sistemas de drenagem e tratamento de efluentes; Águas residuais com propriedades corrosivas ou incrustantes, designadamente h.

com pH inferior a 5.5 ou superior a 9.5;

Águas residuais com temperatura superior a 30.ºC; i.

Entulhos, areias, lamas, cinzas, cimento, resíduos de cimento ou qualquer outro j.

produto resultante da execução de obras;

Lamas extraídas de fossas sépticas e gorduras ou óleos de câmaras retentoras k.

ou dispositivos similares, que resultem de operações de manutenção;

Quaisquer outras substâncias que, de uma maneira geral, possam obstruir e ou l.

danificar as canalizações e seus acessórios ou causar danos nas instalações de tratamento e que prejudiquem ou destruam o processo de tratamento final. As águas residuais cujas caraterísticas, definidas pelos parâmetros definidos nos Anexos III 2.

e IV do presente Regulamento, excedam os Valores Máximos Admitidos neles fixados, não podem afluir ao sistema público de drenagem.

As águas residuais produzidas pelas unidades industriais, quando se suspeite de alterações 3.

dos valores, podem estar sujeitas a testes de ecotoxicidade cujos resultados poderão condicionar a aceitação das referidas águas.

(22)

Só a Entidade Gestora pode aceder à rede pública de drenagem, sendo proibido a pessoas 4.

estranhas a esta proceder:

À abertura de caixas de visita ou outros órgãos da rede; a.

Ao tamponamento de ramais e coletores; b.

À extração dos efluentes. c.

Descargas de águas residuais industriais Artigo 20.º

Os utilizadores que procedam a descargas de águas residuais industriais no sistema público 1.

devem respeitar os parâmetros de descarga definidos na legislação em vigor e os valores definidos nos Anexos III e IV do presente Regulamento.

O critério de diluição subjacente à fixação de concentrações das substâncias descritas no 2.

Anexo III não se aplica às substâncias do Anexo IV, que pelo seu nível de perigosidade, devem ser eliminadas nas descargas das águas residuais antes da sua afluência à rede pública de drenagem.

Os utilizadores industriais devem tomar as medidas preventivas necessárias, 3.

designadamente a construção de bacias de retenção ou reservatórios de emergência, para que não ocorram descargas acidentais que possam infringir os condicionamentos a que se refere o número anterior.

No contrato de recolha são definidas as condições em que os utilizadores devem proceder 4.

ao controlo das descargas, por forma a evidenciar o cumprimento do disposto no n.º 1. O documento pelo qual a Entidade Gestora estabelece as condições a serem cumpridas no 5.

decurso de um determinado período de tempo, para que as águas residuais industriais de uma determinada unidade industrial, ou das unidades industriais de um dado setor económico, possam ser descarregadas nas redes de coletores municipais, deverá ser emitido ao abrigo do disposto no Artigo 54.º do Decreto-Lei n.º 226 -A/2007, de 31 de maio. A Entidade Gestora pode exigir o pré-tratamento das águas residuais industriais pelos 6.

respetivos utilizadores, por forma a cumprirem os parâmetros de descarga referidos no n.º 1. Sempre que entenda necessário, a Entidade Gestora pode proceder, direta ou 7.

indiretamente, à colheita de amostras para análise e aferição dos resultados obtidos pelo utilizador, nos seus autocontrolos.

A Entidade Gestora pode impor o valor do caudal máximo horário a lançar no sistema 8.

(23)

Caso ocorra alguma descarga acidental, não obstante as medidas adotadas, o responsável 9.

pelas instalações industriais deve informar, de imediato, a Entidade Gestora, do sucedido. Os prejuízos resultantes de descargas, ainda que acidentais, constituem objeto de 10.

indemnização nos termos da lei e, nos casos aplicáveis, de procedimento criminal.

Monitorização da descarga Artigo 21.º

O utilizador industrial fica obrigado ao cumprimento dos parâmetros definidos no quadro 1.

constante Anexos III e IV do presente Regulamento, devendo enviar com a frequência, pelo menos trimestral, à Entidade Gestora, um relatório de autocontrolo, para que se possa aferir da conformidade dos resultados, métodos de colheita, amostragem, medição de caudal e análise definidos no presente Regulamento e na legislação aplicável.

Os resultados do processo de autocontrolo são enviados à Entidade Gestora com a 2.

expressa indicação:

Dos intervenientes nas colheitas, nas amostragens, nas medições de caudal e a.

nas análises;

Dos locais de amostragem e medições; b.

Das datas e horas em que tiveram lugar todos os sucessivos passos do c.

processo de autocontrolo;

Dos métodos analíticos de referência; d.

Dos métodos de amostragem, conservação e transporte de amostras. e.

Os resultados do processo de autocontrolo deverão ser apresentados à Entidade Gestora 3.

no prazo máximo de 45 dias após a realização do autocontrolo e deverão ser guardados pelo utilizador industrial por um período mínimo de 3 anos.

Interrupção ou restrição na recolha de águas residuais urbanas por razões de Artigo 22.º

exploração

A Entidade Gestora pode interromper a recolha de águas residuais urbanas nos seguintes 1.

casos:

Trabalhos de reparação, reabilitação ou substituição de ramais de ligação, a.

(24)

Trabalhos de reparação, reabilitação ou substituição do sistema público ou dos b.

sistemas prediais, sempre que exijam essa interrupção; Casos fortuitos ou de força maior.

c.

A Entidade Gestora comunica aos utilizadores, com a antecedência mínima de 48 horas, 2.

qualquer interrupção programada no serviço de recolha de águas residuais urbanas.

Quando ocorrer qualquer interrupção não programada na recolha de águas residuais 3.

urbanas aos utilizadores, a Entidade Gestora informa os utilizadores que o solicitem da duração estimada da interrupção, sem prejuízo da disponibilização desta informação no respetivo sítio da internet e da utilização de meios de comunicação social, e, no caso de utilizadores especiais, tais como hospitais, adota medidas específicas no sentido de mitigar o impacto dessa interrupção.

Em qualquer caso, a Entidade Gestora está obrigada a mobilizar todos os meios adequados 4.

à reposição do serviço no menor período de tempo possível e a tomar as medidas que estiverem ao seu alcance para minimizar os inconvenientes e os incómodos causados aos utilizadores dos serviços.

Interrupção da recolha de águas residuais urbanas por facto imputável ao Artigo 23.º

utilizador

A Entidade Gestora pode interromper a recolha de águas residuais urbanas, por motivos 1.

imputáveis ao utilizador, nas seguintes situações:

Quando o utilizador não seja o titular do contrato de recolha de águas residuais a.

urbanas e não apresente evidências de estar autorizado pelo mesmo a utilizar o serviço e não seja possível a interrupção do serviço de abastecimento de água; Quando não seja possível o acesso ao sistema predial para inspeção ou, tendo b.

sido realizada inspeção e determinada a necessidade de realização de reparações, em auto de vistoria, aquelas não sejam efetuadas dentro do prazo fixado, em ambos os casos desde que haja perigo de contaminação, poluição ou suspeita de fraude que justifiquem a suspensão;

Quando forem detetadas ligações clandestinas ao sistema público, uma vez c.

decorrido prazo razoável definido pela Entidade Gestora para regularização da situação;

(25)

Quando forem detetadas ligações indevidas ao sistema predial de recolha de d.

águas residuais domésticas, nomeadamente, pluviais, uma vez decorrido prazo razoável definido pela Entidade Gestora para a regularização da situação; Quando forem detetadas descargas com caraterísticas de qualidade em violação e.

dos parâmetros legais e regulamentares aplicáveis, uma vez decorrido um prazo razoável definido pela Entidade Gestora para a regularização da situação; Mora do utilizador no pagamento da utilização do serviço, quando não seja f.

possível a interrupção do serviço de abastecimento de água; Em outros casos previstos na lei.

g.

A interrupção da recolha de águas residuais urbanas, com fundamento em causas 2.

imputáveis ao utilizador, não priva a Entidade Gestora de recorrer às entidades judiciais ou administrativas para garantir o exercício dos seus direitos ou para assegurar o recebimento das importâncias devidas e ainda, de impor as coimas que ao caso couberem.

A interrupção da recolha de água residuais com base no n.º 1 só pode ocorrer após a 3.

notificação ao utilizador, por escrito, com a antecedência mínima de vinte dias relativamente à data que venha a ter lugar, e deve ter em conta os impactos previsíveis na saúde pública e na proteção ambiental.

Não podem ser realizadas interrupções do serviço em datas que não permitam, por motivo 4.

imputável à Entidade Gestora, que o utilizador regularize a situação no dia imediatamente seguinte, quando o restabelecimento dependa dessa regularização.

Restabelecimento da recolha Artigo 24.º

O restabelecimento do serviço de recolha de águas residuais urbanas por motivo imputável 1.

ao utilizador depende da correção da situação que lhe deu origem.

No caso da mora no pagamento, o restabelecimento depende da prévia liquidação de todos 2.

os montantes em dívida, ou da subscrição de um acordo de pagamento, incluindo o pagamento da tarifa de restabelecimento.

O restabelecimento da recolha é efetuado no prazo máximo de 24 horas após a 3.

regularização da situação que originou a interrupção.

O restabelecimento do recolha pode ser realizado em prazo superior ao referido no número 4.

anterior quando, justificadamente, careça da realização pela entidade gestora de trabalhos técnicos não possíveis de realizar naquele prazo, devendo, nestes casos o utilizador ser previamente informado das especificidades dos trabalhos a realizar e a duração previsível.

(26)

SISTEMA PÚBLICO DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS SECÇÃO II -

Modelo de sistemas Artigo 25.º

O sistema público de drenagem deve ser tendencialmente do tipo separativo, constituído por 1.

duas redes de coletores distintas, uma destinada às águas residuais domésticas e industriais e outra à drenagem de águas pluviais.

O sistema público de drenagem de águas residuais urbanas não inclui linhas de água ou 2.

valas, nem a drenagem das vias de comunicação.

Instalação e conservação Artigo 26.º

Compete à Entidade Gestora a instalação, a conservação, a reabilitação e a reparação da 1.

rede pública de drenagem de águas residuais urbanas, assim como a sua substituição e renovação.

A instalação da rede pública de drenagem de águas residuais no âmbito de novos 2.

loteamentos, pode ficar a cargo do promotor, nos termos previstos nas normas legais relativas ao licenciamento urbanístico, devendo a respetiva conceção e dimensionamento, assim como a apresentação dos projetos e a execução das respetivas obras cumprir integralmente o estipulado na legislação em vigor, designadamente o disposto no Decreto-Regulamentar n.º 23/95, de 23 de agosto, e no Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, bem como as normas municipais aplicáveis e outras orientações da entidade gestora. Quando as reparações da rede geral de drenagem de águas residuais urbanas resultem de 3.

danos causados por terceiros, os respetivos encargos são da responsabilidade dos mesmos.

REDES PLUVIAIS SECÇÃO III -

Gestão dos sistemas de drenagem de águas pluviais Artigo 27.º

Compete à Entidade Gestora a instalação, a conservação, a reabilitação e a reparação do 1.

sistema de águas pluviais, assim como a sua substituição e renovação.

Na conceção de sistemas de drenagem de águas pluviais, devem ser atendidas as 2.

seguintes regras de dimensionamento:

Inclusão de toda a água pluvial recolhida nas zonas adjacentes à bacia de a.

(27)

Adoção de soluções que contribuam para a redução dos caudais de ponta, b.

nomeadamente através da conceção de bacias de armazenagem;

Adoção de soluções técnicas que contribuam para a reutilização da água na c.

rega de espaços verdes.

Na conceção de sistemas prediais de drenagem de águas pluviais, a ligação à rede pública 3.

é feita diretamente para a caixa de visita de ramal, situada no passeio, ou, caso não exista rede pública de águas pluviais, para a valeta do arruamento.

A descarga dos sistemas de águas pluviais deve ser feita nas linhas de água da bacia onde 4.

se insere, sendo necessário assegurar a compatibilidade com as caraterísticas das linhas de água recetoras. A ligação ficará condicionada à execução de eventuais obras, em função das condicionantes existentes.

RAMAIS DE LIGAÇÃO SECÇÃO IV -

Instalação, conservação, renovação e substituição de ramais de ligação Artigo 28.º

A instalação dos ramais de ligação é da responsabilidade da Entidade Gestora, a quem 1.

incumbe, de igual modo, a respetiva conservação, renovação e substituição, sem prejuízo do disposto nos números seguintes.

A instalação de ramais de ligação com distância superior a 20 metros pode também ser 2.

executada pelos proprietários dos prédios a servir, mediante autorização da Entidade Gestora, nos termos por ela definidos e sob sua fiscalização.

No âmbito de novos loteamentos a instalação dos ramais deve ficar a cargo do promotor, 3.

nos termos previstos nas normas legais relativas ao licenciamento urbanístico.

Só há lugar à aplicação de tarifas pela construção de ramais de ligação nos casos previstos 4.

no Artigo 55.º.

Quando as reparações na rede geral ou nos ramais de ligação resultem de danos causados 5.

por terceiros, os respetivos encargos são suportados por estes.

A instalação da rede pública de drenagem de águas residuais no âmbito de novos 6.

loteamentos, deve ficar a cargo do promotor, nos termos previstos nas normas legais relativas ao licenciamento urbanístico, devendo a respetiva conceção e dimensionamento, assim como a apresentação dos projetos e a execução das respetivas obras cumprir integralmente o estipulado na legislação em vigor, designadamente o disposto no Decreto-Regulamentar n.º 23/95, de 23 de agosto, e no Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, bem como as normas municipais aplicáveis e outras orientações da Entidade Gestora.

(28)

Utilização de um ou mais ramais de ligação Artigo 29.º

Cada prédio é normalmente servido por um único ramal de ligação, podendo, em casos especiais, a definir pela Entidade Gestora, ser feito por mais do que um ramal de ligação.

Entrada em serviço Artigo 30.º

Nenhum ramal de ligação pode entrar em serviço sem que as redes de drenagem prediais tenham sido verificadas e ensaiadas, nos termos da legislação em vigor, exceto nas situações referidas no presente Regulamento.

SISTEMAS DE DRENAGEM PREDIAL SECÇÃO V -

Caraterização da rede predial Artigo 31.º

As redes de drenagem predial têm início no limite da propriedade e prolongam-se até aos 1.

dispositivos de utilização.

A instalação dos sistemas prediais e a respetiva conservação em boas condições de 2.

funcionamento e salubridade é da responsabilidade do proprietário.

Os sistemas prediais ficam sujeitos a ações de inspeção da Entidade Gestora sempre que 3.

haja reclamações de utilizadores, perigos de contaminação / poluição ou suspeita de fraude. Para efeitos previstos no número anterior, o proprietário, usufrutuário, comodatário e/ou 4.

arrendatário deve permitir o livre acesso à Entidade Gestora desde que avisado, por carta registada ou outro meio equivalente, com uma antecedência mínima de 8 dias, da data e intervalo horário, com amplitude máxima de duas horas, previsto para a inspeção.

O respetivo auto de vistoria é comunicado aos responsáveis pelas anomalias ou 5.

irregularidades, fixando o prazo para a sua correção.

Em função da natureza das circunstâncias referidas no n.º 3, a Entidade Gestora pode 6.

determinar a suspensão do fornecimento de água.

Separação dos sistemas Artigo 32.º

É obrigatória a separação dos sistemas prediais de drenagem de águas residuais domésticas, dos sistemas de águas pluviais.

(29)

Projeto da rede de drenagem predial Artigo 33.º

É da responsabilidade do autor do projeto das redes de drenagem predial a recolha de 1.

elementos de base para a elaboração dos projetos, devendo a Entidade Gestora fornecer toda a informação de interesse, designadamente a existência ou não de redes públicas, nos termos da legislação em vigor.

O projeto da rede de drenagem predial está sujeito a consulta da Entidade Gestora, para 2.

efeitos de parecer ou aprovação nos termos do Artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, na sua redação atual, apenas nas situações em que o mesmo não se faça acompanhar por um termo de responsabilidade subscrito por um técnico autor do projeto legalmente habilitado que ateste o cumprimento das normas legais e regulamentares aplicáveis, seguindo o conteúdo previsto no n.º 4 do presente artigo e no Anexo I.

O disposto no número anterior não prejudica a verificação aleatória dos projetos nele 3.

referidos.

O termo de responsabilidade, cujo modelo consta do Anexo l ao presente Regulamento, 4.

deve certificar, designadamente:

A recolha dos elementos previstos no anterior n.º 1; a.

Articulação com a Entidade Gestora em particular no que respeita à interface de b.

ligação do sistema público e predial tendo em vista a sua viabilidade.

As alterações aos projetos das redes prediais que previsivelmente causem impacto nas 5.

condições de recolha em vigor devem ser efetuadas com a prévia concordância da Entidade Gestora, aplicando-se ainda o disposto nos nº 2 a 4 do presente artigo.

Execução, inspeção, ensaios das obras das redes de drenagem predial Artigo 34.º

A execução das redes de drenagem predial é da responsabilidade dos proprietários, em 1.

harmonia com os projetos referidos no artigo anterior.

A execução das canalizações dos sistemas prediais fica sujeita à fiscalização da Entidade 2.

Gestora, que deve verificar se a obra decorre de acordo com o projeto previamente aprovado.

O técnico responsável pela execução da obra deve informar por escrito a Entidade Gestora, 3.

com a antecedência mínima de 5 dias úteis, o seu início e fim, para efeitos de fiscalização, ensaio e vistoria, de modo a permitir a verificação da sua conformidade com o projeto aprovado e com as disposições legais em vigor.

(30)

A Entidade Gestora deve efetuar a fiscalização e os ensaios necessários, verificando as 4.

canalizações no prazo de 8 dias úteis, após a receção da comunicação da conclusão dos trabalhos, na presença do técnico responsável.

A fiscalização e os ensaios devem ser feitos com as canalizações, juntas e acessórios à 5.

vista.

A realização de vistoria pela Entidade Gestora, para atestar a conformidade da execução 6.

dos projetos de redes de drenagem predial com o projeto aprovado ou apresentado, prévia à emissão da licença de utilização do imóvel, é dispensada mediante a emissão de termo de responsabilidade por técnico legalmente habilitado para esse efeito, de acordo com o respetivo regime legal, que ateste essa conformidade.

O termo de responsabilidade a que se refere o número anterior certifica o cumprimento do 7.

disposto na alínea b) do n.º 4 do artigo anterior e segue os termos da minuta constante do Anexo II ao presente Regulamento.

O disposto nos números anteriores não prejudica a verificação aleatória da execução dos 8.

referidos projetos.

Sempre que julgue conveniente a Entidade Gestora procede a ações de inspeção nas obras 9.

dos sistemas prediais, que podem incidir sobre o comportamento hidráulico do sistema e a ligação do sistema predial ao sistema público.

O técnico responsável pela obra deve informar a Entidade Gestora da data de realização 10.

dos ensaios de eficiência e das operações de desinfeção previstas na legislação em vigor, para que aquela os possa acompanhar.

Anomalias sistemas prediais Artigo 35.º

Logo que seja detetada uma anomalia em qualquer ponto da rede predial ou nos dispositivos de drenagem de águas residuais, deve ser promovida a reparação pelos responsáveis pela sua conservação.

FOSSAS SÉPTICAS SECÇÃO VI -

Conceção, dimensionamento e construção de fossas sépticas Artigo 36.º

As fossas sépticas devem ser reservatórios estanques, concebidos, dimensionados e 1.

construídos de acordo com critérios adequados, tendo em conta o número de habitantes a servir, e respeitando nomeadamente os seguintes aspetos:

(31)

Podem ser construídas no local ou pré-fabricadas, com elevada integridade a.

estrutural e completa estanquidade de modo a garantirem a proteção da saúde pública e ambiental;

Devem ser compartimentadas, por forma a minimizar perturbações no b.

compartimento de saída resultantes da libertação de gases e de turbulência provocada pelos caudais afluentes (a separação entre compartimentos é normalmente realizada através de parede provida de aberturas laterais interrompida na parte superior para facilitar a ventilação);

Devem permitir o acesso seguro a todos os compartimentos para inspeção e c.

limpeza;

Devem ser equipadas com deflectores à entrada, para limitar a turbulência d.

causada pelo caudal de entrada e não perturbar a sedimentação das lamas, bem como à saída, para reduzir a possibilidade de ressuspensão de sólidos e evitar a saída de materiais flutuantes.

O efluente líquido à saída das fossas sépticas deve ser sujeito a um tratamento 2.

complementar adequadamente dimensionado e a seleção da solução a adotar deve ser precedida da análise das caraterísticas do solo, através de ensaios de percolação, para avaliar a sua capacidade de infiltração, bem como da análise das condições de topografia do terreno de implantação.

Em solos com boas condições de permeabilidade, deve, em geral, utilizar-se uma das 3.

seguintes soluções: poço de infiltração, trincheira de infiltração ou leito de infiltração.

No caso de solos com más condições de permeabilidade, deve, em geral, utilizar se uma 4.

das seguintes soluções: aterro filtrante, trincheira filtrante, filtro de areia, plataforma de evapotranspiração ou lagoa de macrófitas.

O utilizador deve requerer à autoridade ambiental competente a licença para a descarga de 5.

águas residuais, nos termos da legislação aplicável para a utilização do domínio hídrico. A apresentação dos projetos e a execução das respetivas obras devem cumprir o estipulado 6.

na legislação em vigor, designadamente o disposto no Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro.

(32)

Manutenção, recolha, transporte e destino final de lamas e águas residuais de Artigo 37.º

fossas sépticas

A responsabilidade pela manutenção das fossas sépticas é dos seus utilizadores, de acordo 1.

com procedimentos adequados, tendo nomeadamente em conta a necessidade de recolha periódica e de destino final das lamas produzidas.

As lamas e efluentes devem ser removidas sempre que o seu nível distar menos de 30 cm 2.

da parte inferior do septo junto da saída da fossa.

A titularidade dos serviços de recolha, transporte e destino final de lamas e efluentes de 3.

fossas sépticas é municipal, cabendo a responsabilidade pela sua provisão à Entidade Gestora.

A Entidade Gestora pode assegurar a prestação deste serviço através da combinação que 4.

considere adequada de meios humanos e técnicos próprios e/ou subcontratados.

O serviço de limpeza é executado no prazo máximo de 15 dias após a sua solicitação pelo 5.

utilizador.

É interdito o lançamento das lamas e efluentes de fossas sépticas diretamente no meio 6.

ambiente e nas redes de drenagem pública de águas residuais.

As lamas e efluentes recolhidos são entregues para tratamento numa estação de tratamento 7.

de águas residuais equipada para o efeito.

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO SECÇÃO VII -

Medição de caudal Artigo 38.º

A pedido do utilizador final ou por iniciativa da Entidade Gestora pode ser instalado um 1.

medidor de caudal, desde que isso se revele técnica e economicamente viável.

Sempre que o utilizador final tenha outra fonte de abastecimento de água para consumo 2.

humano, para além do serviço de abastecimento público, a Entidade Gestora poderá exigir a instalação de um medidor de caudal para as águas residuais.

Os medidores de caudal são fornecidos e instalados pela Entidade Gestora, a expensas do 3.

utilizador final.

A instalação dos medidores pode ser efetuada pelo utilizador final desde que devidamente 4.

autorizada pela Entidade Gestora.

A medição do caudal e o controlo analítico que o utilizador final desde já autoriza a Entidade 5.

(33)

efeito em recintos vedados, com fácil acesso, ficando o utilizador final responsável pela respetiva proteção e segurança.

O utilizador final industrial deverá instalar na área afeta a cada unidade industrial, uma caixa 6.

localizada a montante da descarga no sistema público, para efeitos de medição de caudal e de controlo analítico das águas residuais descarregadas, sendo as caraterísticas destas caixas aprovadas pela Entidade Gestora.

O utilizador industrial é obrigado a facultar o acesso à caixa referida no ponto anterior, 7.

sempre que a Entidade Gestora o entenda necessário.

Quando não exista medidor o volume de águas residuais recolhidas é estimado e faturado 8.

nos termos previstos do Artigo 53.º do presente Regulamento.

Localização e tipo de medidores Artigo 39.º

A Entidade Gestora define a localização e o tipo de medidor, tendo em conta: 1.

O caudal de cálculo previsto na rede de drenagem predial; a.

As caraterísticas físicas e químicas das águas residuais. b.

Os medidores podem ter associados equipamentos e/ou sistemas tecnológicos que 2.

permitam à Entidade Gestora a medição dos níveis de utilização por telecontagem.

Manutenção e verificação Artigo 40.º

As regras relativas à manutenção, à verificação periódica e extraordinária dos medidores, 1.

bem como à respetiva substituição são definidas com o utilizador não-doméstico no respetivo contrato de recolha.

O medidor fica à guarda e fiscalização imediata do utilizador, o qual deve comunicar à 2.

Entidade Gestora todas as anomalias que verificar no respetivo funcionamento.

No caso de ser necessária a substituição de medidores por motivos de anomalia, exploração 3.

ou controlo metrológico, a Entidade Gestora avisa o utilizador da data e do período previsível para a deslocação.

Na data da substituição é entregue ao utilizador um documento de onde constem as leituras 4.

dos valores registados pelo medidor substituído e pelo medidor que, a partir desse momento, passa a registar o volume de águas residuais recolhido.

(34)

Leituras Artigo 41.º

Os valores lidos são arredondados para o número inteiro anterior ao volume efetivamente 1.

medido.

As leituras dos medidores são efetuadas com uma frequência mínima de duas vezes por 2.

ano e com um distanciamento máximo entre duas leituras consecutivas de oito meses. O utilizador deve facultar o acesso da Entidade Gestora ao medidor, com a periodicidade a 3.

que se refere o n.º 2, quando este se encontre localizado no interior do prédio servido. Sempre que, por indisponibilidade do utilizador, se revele por duas vezes impossível o 4.

acesso ao medidor por parte da Entidade Gestora, esta avisa o utilizador, com uma antecedência mínima de dez dias através de carta ou meio equivalente, da data e intervalo horário, com amplitude máxima de duas horas, de terceira deslocação a fazer para o efeito, assim como da cominação da suspensão do serviço de abastecimento de água, quando o mesmo esteja contratado com a Entidade Gestora, ou da aplicação de uma sanção pecuniária diária até que seja possível a leitura, no valor fixado no respetivo contrato.

A Entidade Gestora disponibiliza aos utilizadores meios alternativos para a comunicação de 5.

leituras, nomeadamente internet, serviço de mensagens curta de telemóvel (SMS), serviços postais ou o telefone, as quais são consideradas para efeitos de faturação sempre que realizadas nas datas para o efeito indicadas nas faturas anteriores.

Avaliação de volumes recolhidos Artigo 42.º

Nos locais em que exista medidor e nos períodos em que não haja leitura, o volume de águas residuais recolhido é estimado:

Em função do volume médio de águas residuais recolhido, apurado entre as a.

duas últimas leituras reais efetuadas pela Entidade Gestora;

Em função do volume médio de águas residuais recolhido de utilizadores com b.

caraterísticas similares no âmbito do território municipal verificado no ano anterior, na ausência de qualquer leitura subsequente à instalação do medidor.

Referências

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