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PLANO DE MANEJO PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO PAPAGAIO. Encarte 2

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(1)

PLANO DE MANEJO

PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO PAPAGAIO

(2)

INSTITUTO ESTADUAL DE FLORESTAS – IEF

NÚCLEO DE COMPENSAÇÃO AMBIENTAL - NCA

DO

PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO PAPAGAIO

Planejamento do Parque

BELO HORIZONTE – MINAS GERAIS Outubro, 2009

GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - SEMAD

PLANO DE MANEJO

(3)

GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS Aécio Neves da Cunha

SECRETÁRIO DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - SEMAD

José Carlos Carvalho

SECRETÁRIO ADJUNTO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – SEMAD

Shelley de Souza Carneiro

DIRETOR GERAL DO INSTITUTO ESTADUAL DE FLORESTAS Shelley de Souza Carneiro

VICE-DIRETOR GERAL Geraldo Fausto da Silva

DIRETORIA DE ÁREAS PROTEGIDAS Nádia Aparecida Silva Araújo

GERÊNCIA DE GESTÃO DE ÁREAS PROTEGIDAS – GEGAP Roberto Coelho Alvarenga

DIRETOR DE BIODIVERSIDADE Célio Murilo de Carvalho Valle

GERÊNCIA DE PROJETOS E PESQUISAS - GPROP José Medina da Fonseca

ESCRITÓRIO REGIONAL SUL Dalton de Oliveira - Supervisor

GERÊNCIA DO PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO PAPAGAIO Solange Lemgruber Boechat

NÚCLEO DE COMPENSAÇÃO AMBIENTAL- Projeto 914 BRA 2006 Laura Lago

(4)

EQUIPE DE SUPE CNICO

INSTIT IEF:

Responsabilidade Técnica / DIAP Olíria Fontani Villarinhos

Infaide Patrícia do Espírito Santo

Mariotoni Machado Pereira (PROMATA) Sônia Maria Carlos Carvalho (PROMATA)

Janaína Aparecida Batista Aguiar

Téc ul

Júlia Cecília Martins Braga

Belmira Evânia Mendes Marques de Santana (Gerente Parque Estadual Nova Baden) RVISÃO E ACOMPANHAMENTO TÉ

UTO ESTADUAL DE FLORESTAS –

Técnicos GEGAP Adélia Lima Benito Drummond

Cristiane Fróes Marcos Martins (Estagiário)

Ronaldo Ferreira

Técnicos GPROP Denise Fontes Priscila Moreira Andrade nicos Escritório Regional S Solange Lemgruber Boechat

(5)

FICHA TÉCNICA:

ƒ Coordenação Geral: Cláudia Maria Rocha Costa – Valor Natural

ƒ Coordenação Gerencial: Cleani Paraíso Marques e Rogério Fábio Bittencourt Cabral – NEXUCS- Núcleo de Excelência em Unidades de Conservação

ƒ Coordenação da Avaliação Ecológica Rápida: Claudia Maria Rocha Costa – Valor Natural

ƒ Equipe Técnica:

• Flora: Leonardo Viana da Costa e Silva (consultor autônomo)

Pedro L. Viana e Nara Furtado de Oliveira Mota – Universidade Federal de Minas Gerais

Assistentes: Gustavo Mascarenhas Maciel e Lívia Echter

• Mastofauna: Marcelo Passamani (Universidade Federal de Lavras) Rafael Luiz Aarão Freitas e Luiz Gustavo Dias - Biotropicos

ƒ Avifauna: Charles Gladstone Duca Soares – Consultor autônomo

ƒ Entomofauna: Dr. Fernando Amaral da Silveira – Universidade Federal de Minas Gerais

Dra. Roselaini Mendes do Carmo da Silveira e Roderic Breno Martines - Biobrasilis Consultoria Ambiental Ltda

• Hepertofauna: Renato Feio – Universidade Federal de Viçosa Assistentes: Eliana Faria de Oliveira e Julia Tolledo Santos

• Solos, Geologia, Geomorfologia: Luiz Cláudio Ribeiro Rodrigues e Dorotéo Émerson Storck de Oliveira – Centro Universitário de Caratinga

Felipe Nogueira Bello Simas e Carlos Ernesto Schaffer – Universidade Federal de Viçosa

Assistentes de campo: David Feital e Julia Silva

• Hidrologia: Fernando Alves Carneiro e Paula Santana Diniz – COPASA-MG • Uso Público: Raquel Cristine Muller – ABETA

• Sócio-economia: Márcio Carneiro dos Reis e Ronaldo Lares Peixoto – consultores autonomos

Assistentes: Isabel Andrade Pinto; Gabriela Carneiro Reis e Aline Pinto Leite. Etagiários de campo: Dani Correa; Rafael Giulianett; Ricardo de Souza; Rosana Diniz

• Mapeamento: Silvia Raquel de Almeida Magalhães e Sônia de Souza Ferreira – Azul Consultoria

• Comunicação: Paula Azevedo de Moraes Costa

• Planejamento Estratégico: Rogério Fábio Bittencourt Cabral – – NEXUCS – Núcleo de Excelência em Unidades de Conservação

• Planejamento da Unidade de Conservação: Cláudia Maria Rocha Costa e Gisela Herrmann – Valor Natural

Rogério Fábio Bittencourt Cabral e Cleani Paraíso Marques – NEXUCS – Núcleo de Excelência em Unidades de Conservação

• Guias e apoio de campo: Bruno Dias; Evander Gonçalves; Aton Wilches; Carlos Adalberto Pila; Denildo dos Santos; Ewerton Teodoro; Felipe Conde; Nemo Simas; Pedro Mello; Ramon Gaspar; Samuel Abreu; Tatiana Curátola

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SUMÁRIO

1. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO PARQUE ESTADUAL SERRA DO PAPAGAIO 12

1.1.METODOLOGIA E CONTEXTUALIZAÇÃO DO PLANEJAMENTO... 12

1.2.SÍNTESE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO PESP ... 14

1.3.MAPA ESTRATÉGICO DO PESP ... 19

1.4.MONITORAMENTO ESTRATÉGICO DO PESP ... 23

1.4.1. Monitoramento dos Programas de Manejo: ... 23

1.4.2. Monitoramento do Direcionamento Estratégico: ... 23

2. ZONEAMENTO DO PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO PAPAGAIO ... 26

2.1.DESCRIÇÃO DAS ZONAS PROPOSTAS PARA O PESP ... 28

2.1.1. Zona Intangível: ... 28

2.1.2. Zona Primitiva: ... 28

2.1.3. Zona de Uso Extensivo: ... 30

2.1.4. Zona de Uso Intensivo: ... 36

2.1.5. Zona de Uso Especial:... 37

2.1.6. Zona de Recuperação: ... 38

2.1.7. Zona Histórico-Cultural: ... 40

2.1.8. Zona de Amortecimento:... 41

2.1.9. Zona a ser inserida no Parque Estadual da Serra do Papagaio:... 45

3. PROGRAMAS DE MANEJO ... 47

3.1.PROGRAMA DE PROTEÇÃO E MANEJO DO MEIO AMBIENTE... 48

3.1.1 Sub-programa de Proteção dos Recursos do Parque ... 48

3.1.2. Sub-programa de Controle Ambiental no Entorno ... 54

3.1.3. Sub - Programa de Manejo dos Recursos Naturais ... 58

3.2.1. Sub-programa de Recreação e Ecoturismo... 66

3.2.2. Sub-programa de Interpretação e Educação Ambiental ... 74

3.2.3. Sub-programa de Capacidade Suporte ou Capacidade de Carga ... 81

3.3.PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO COM O ENTORNO... 83

3.3.1 – Sub Programa de Relações Públicas ... 83

3.3.2 - Sub-programa de Incentivo a Alternativas de Desenvolvimento ... 87

3.3.3 - Sub-programa de Cooperação Institucional ... 94

3.4.PROGRAMA DE PESQUISA E MONITORAMENTO... 97

3.4.1 – Sub-programa de Pesquisa ... 97

3.4.2. Sub-programa de Monitoramento Ecológico ... 107

3.5–PROGRAMA DE OPERACIONALIZAÇÃO... 110

(7)

3.5.2 - Sub-programa de Administração e Manutenção ... 113

3.5.3. Sub Programa de Infra-estrutura e Equipamentos ... 116

3.5.4. Sub Programa de Recursos Humanos ... 119

3.6–PLANO DE NEGÓCIOS... 132

3.6.1 – Necessidade de Recursos ... 132

3.6.2 – Fontes de Recursos ... 134

3.6.2.1. Visitação e Concessão de Serviços Turísticos ... 135

3.6.2.2. Orçamentos do IEF e PROMATA ... 135

3.6.2.3. Compensação Ambiental ... 136

3.6.2.4. ICMS Ecológico... 136

3.6.2.5. Pagamento por Serviços Ambientais – Água... 137

4. PROGRAMA DE QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO... 140

(8)

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1: Necessidade de recursos para implantação e gestão do Parque Estadual da Serra do Papagaio... 133 Tabela 2: Recursos recebidos pelos municípios do entorno do Parque Estadual da Serra do Papagaio oriundos do ICMS Ecológico ... 137 Tabela 3: Avaliação do Parque Estadual da Serra do Papagaio em relação aos critérios estabelecidos pelo Modelo de Excelência em Gestão Publica ... 140

(9)

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1: Modelo de Gestão Estratégica proposto ... 14

Figura 2: Lógica do Planejamento Estratégico ... 17

Figura 3: Mapa Estratégico de Curto Prazo do Parque Estadual da Serra do Papagaio (1 a 2 anos)... 20

Figura 4: Mapa Estratégico de Médio Prazo do Parque Estadual da Serra do Papagaio – (3 a 5 anos)... 21

Figura 5: Mapa Estratégico de Longo Prazo do Parque Estadual da Serra do Papagaio – (5 a 10 anos)... 22

Figura 6: Zoneamento do Parque Estadual da Serra do Papagaio... 27

Figura 7: Atrativos do Parque Estadual da Serra do Papagaio ... 31

Figura 8: Zona de Amortecimento do Parque Estadual da Serra do Papagaio... 42

Figura 9: Modelo de desdobramento dos objetivos estratégicos e do plano de ação para os programas de manejo propostos para o Parque Estadual da Serra do Papagaio ... 47

Figura 10: Estrutura funcional proposta para a organização do trabalho no Parque Estadual da Serra do Papagaio... 123

Figura 11: Auto Avaliação do Parque Estadual da Serra do Papagaio com o instrumento 250 pontos ... 141

Figura 12: Auto Avaliação do Parque Estadual da Serra do Papagaio com o instrumento 250 pontos ... 141

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ÍNDICE DE QUADROS

Quadro I: Avaliação dos Programas de Manejo do Parque Estadual da Serra do Papagaio 23 Quadro II: Proposta de Monitoramento da Implementação dos Programas de Manejo do Parque Estadual da Serra do Papagaio ... 24 Quadro III: Perfil requerido para os funcionários do PESP: ... 120 Quadro IV: Síntese da provisão de pessoal necessário para a implementação e Gerenciamento do PESP... 121 Quadro V: Cronograma de alocação de recursos humanos no Parque Estadual da Serra do Papagaio, conforme demanda do Plano de Manejo... 122

(11)

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO PARQUE

ESTADUAL SERRA DO PAPAGAIO

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1.PLANEJAMENTOESTRATÉGICODOPARQUEESTADUALSERRADOPAPAGAIO

1.1. METODOLOGIA E CONTEXTUALIZAÇÃO DO PLANEJAMENTO

A efetividade das unidades de conservação (UC) é uma condição essencial para o sucesso das políticas e ações de conservação da biodiversidade. Para que as mesmas atinjam seus objetivos, devem ser gerenciadas como uma organização que precisa criar e entregar valor aos seus beneficiários ou usuários. Toda e qualquer organização existe com esta finalidade: criar valor a partir dos recursos que são por ela assumidos e entregar este valor aos beneficiários na forma de produtos e serviços.

A efetividade da organização está relacionada à sua capacidade de criar e entregar os valores que os beneficiários requisitam. Esta constatação determina algumas conclusões importantes sobre o papel das organizações e consequentemente das unidades de conservação:

• A determinação do que é valor passa necessariamente pela compreensão e tradução das necessidades e expectativas dos beneficiários da organização; • As unidades de conservação possuem entre seus principais beneficiários a

sociedade, as comunidades e municípios do entorno, os visitantes, os pesquisadores – sendo que cada um destes grupos de beneficiários possuem necessidades e expectativas específicas em relação aos valores que a unidade de conservação cria e entrega;

• O grupo beneficiário denominado sociedade, em função do seu caráter difuso e genérico, é representado, na maioria dos casos, através de um conjunto de requisitos legais que estabelecem condições para o funcionamento das organizações públicas. No caso das unidades de conservação a Lei N° 9.985, de 18 de julho de 2000 estabelece para cada grupo (uso sustentável e proteção integral) e para cada categoria de manejo, um conjunto de serviços, produtos e atividades específicos, que determinam em última instância o tipo de valor a ser criado e a forma de se entregar esse valor aos beneficiários.

Um dos principais valores a ser criado e entregue por uma UC é a conservação da biodiversidade, aliado a outros valores determinados pela categoria da unidade e também pelo seu processo de criação. Tendo em vista que os recursos disponíveis para a sua operação (criação e entrega de valores) são insuficientes para atender a todas as necessidades e expectativas dos beneficiários e que os interesses destes beneficiários são em geral conflitantes entre si, as UCs necessitam ser muito mais efetivas no seu planejamento. Assim, no processo de planejamento de uma unidade de conservação é necessário realizar escolhas conscientes de quais beneficiários e quais interesses serão prioritariamente atendidos e, desta forma, onde e como deverão ser alocados os recursos finitos.

O planejamento estratégico das unidades de conservação constitui a oportunidade de promover a realização destas difíceis escolhas sobre as necessidades e expectativas que serão prioritariamente atendidas pela operacionalização da unidade, mantendo sua atuação orientada primordialmente pelos preceitos legais.

Neste contexto é compreensível que as orientações para o manejo de qualquer unidade de conservação não podem prescindir de uma reflexão estratégica sobre:

• Para onde ir? Quais os desafios futuros que a unidade de conservação pode e precisa assumir?

• Onde está? Em relação à situação futura desejada, qual a posição da UC? Quais os fatores internos ou externos que a aproximam e a distanciam dos desafios futuros?

(13)

• Como chegar lá? Conhecendo aonde se quer chegar e onde se está, é possível escolher caminhos ou estratégias que a conduzirão aos desafios futuros assumidos. O processo de planejamento estratégico, que integra um esforço maior e mais complexo de gerir estrategicamente uma organização, conduz a unidade de conservação a realizar escolhas e priorizações de forma a construir uma hipótese ou aposta estratégica sobre o seu sucesso.

Esta hipótese, ou aposta estratégica, é viabilizada pela identificação de iniciativas estratégicas materializadas em planos de ação e programas de manejo ou temáticos, que precisam atuar de forma integrada e complementar para o alcance dos resultados estratégicos propostos. A metodologia de gestão estratégica proposta para o Parque Estadual da Serra do Papagaio (PESP) consiste na adaptação do modelo do Balanced Scorecard® (BSC), que considera as etapas de desenvolvimento e planejamento como precursoras da execução (Kaplan, 2008). A execução é orientada pelos produtos destas etapas: plano estratégico (mapa estratégico e conjunto consistente de objetivos estratégicos) e plano operacional (programas de manejo, POAs, etc.).

O ciclo de gestão estratégica passa também pelo teste da hipótese assumida mediante a avaliação das iniciativas (os planos de ação e os programas de manejo estão sendo implementados de acordo com o planejado?) e dos resultados estratégicos (as iniciativas estão levando aos resultados esperados?). Os momentos de avaliação das iniciativas e dos resultados constituem oportunidades únicas para refletir sobre os caminhos e os rumos tomados, mas também, e principalmente, para considerar estratégias emergentes – caminhos, oportunidades ou contingências que a UC se deparará durante a execução da sua estratégia, como proposto na Figura 1.

(14)

Figura 1: Modelo de Gestão Estratégica proposto

1.2.SÍNTESE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO PESP

O planejamento estratégico do Parque Estadual da Serra do Papagaio considerou a necessidade de estabelecer uma estrutura para a unidade ser gerida estrategicamente. A síntese do planejamento é apresentada junto com uma metodologia para avaliação estratégica, envolvendo o acompanhamento dos Objetivos Estratégicos e também dos Programas de Manejo.

O primeiro passo para a gestão estratégica do PESP foi a identificação das diretrizes estratégicas - Missão, Visão de Futuro e Princípios e Valores assumidos pela Unidade. Essas diretrizes foram definidas em uma oficina de planejamento, envolvendo a Gerência da Unidade, Diretoria de Áreas Protegidas (IEF), representação do Escritório Regional Sul (IEF) e representantes nomeados do Conselho Consultivo.

(15)

MISSÃO DO PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO PAPAGAIO

Proteger a biodiversidade da mata atlântica, os campos de altitude, os bosques de araucária, as águas e as belezas cênicas da Mantiqueira, contribuindo para melhoria da qualidade de vida do entorno, através da valorização das comunidades e das atividades

que gerem alternativas de renda ambientalmente sustentáveis.

Por ser o primeiro instrumento de planejamento de uma unidade ainda não implantada, o grupo identificou a necessidade de construir a Visão de Futuro da unidade em dois horizontes: cinco e dez anos, definidas a seguir:

VISÃO DE FUTURO DO PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO PAPAGAIO

VISAO DE FUTURO– 5 Anos: Implantar a estrutura e a infra-estrutura administrativa e de uso público e realizar a regularização fundiária em pelo menos 50% da área. VISÃO DE FUTURO – 10 Anos; Ser uma Unidade de Conservação de Proteção Integral referência na relação com as comunidades do entorno e na geração de conhecimento para

a proteção e recuperação das águas e da Mata Atlântica na sua área de influência

Para alcançar a missão e a visão de futuro projetada para o PESP, e orientar as ações de gestão, os seguintes valores foram definidos:

PRINCÍPIOS E VALORES • Dedicação e compromisso com a Missão.

• Respeito ao ambiente, às pessoas e aos acordos. • Busca do equilíbrio entre os diversos interesses. • Persistência em alcançar os resultados.

• Trabalho em equipe, compartilhando decisões e responsabilidades. • Construir relações baseadas em confiança nas pessoas e nos processos. • Transparência na disseminação de informações, critérios e regras.

• Integridade, retidão e honestidade. Eficiência na gestão.

Uma vez definidas as diretrizes estratégicas, foram listados e analisados os fatores internos e externos ao PESP que poderiam contribuir ou dificultar o alcance das visões de futuro estabelecidas. Desta análise, que considerou as principais ameaças, oportunidades, fraquezas e fortalezas da unidade, resultou um conjunto de desafios estratégicos que foram transformados em objetivos – resultados a serem perseguidos pelo PESP. Estes objetivos, distribuídos em dimensões que estabelecem uma relação de causa e efeito entre si,

onstituem o Mapa Estratégico da unidade. c

O planejamento estratégico do Parque Estadual da Serra do Papagaio considerou também o seu enquadramento nas categorias de manejo do Sistema Nacional de Unidades de Conservação, que estabelece como objetivos básicos para a unidade “a preservação de

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ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico”. Considerou ainda o que estabelece seu decreto de criação (Decreto Estadual N° 39.793 de 5 de agosto de 1998) que orienta como sua finalidade “proteger a fauna e a flora locais, as nascentes de rios e córregos da região, bem como criar condições para o desenvolvimento de pesquisas científicas e para a ampliação do turismo ecológico.”

Os objetivos estratégicos do PESP foram também norteados pelas respostas às cinco dimensões consideradas:

• AMBIENTE: Para realizar a Missão e alcançar a Visão de Futuro, como devemos cuidar do ambiente?

• GRUPOS DE INTERESSE: Para realizar nossa Missão, como devemos cuidar dos nossos usuários e grupos de interesse?

• PROCESSOS INTERNOS: Para cuidar do ambiente e nos relacionar harmoniosamente com os grupos de interesse, em quais processos devemos ser excelentes? Quais devem ser priorizados?

• APRENDIZADO: Para realizar sua Visão, como o PESP deve aprender e melhorar? Quais competências e quais tecnologias serão essenciais?

• RECURSOS: Para atingirmos nossos objetivos e realizar nossa Visão, como acessaremos os recursos necessários? Como buscaremos a sustentabilidade financeira?

A figura 2 ilustra a lógica do planejamento estratégico proposto para o PESP, com a integração das dimensões listadas acima com a visão de futuro e a missão da UC.

(17)

Figura 2: Lógica do Planejamento Estratégico do Parque Estadual da Serra do Papagaio

(18)

Os objetivos estratégicos foram organizados para os horizontes de planejamento de curto prazo (1 a 2 anos), médio prazo (2 a 5 anos) e longo prazo (5 a 10 anos), possibilitando projetar a evolução do desempenho do PESP ao longo do tempo, consistente com o processo de implementação e consolidação da unidade, conforme segue:

Objetivos Estratégicos de Curto Prazo: • Eliminar/Controlar o fogo

• Retirar o gado • Eliminar a caça

• Sensibilizar comunidades e visitantes (apoiando o combate ao fogo, caça e gado) • Estreitar relacionamento com as comunidades

• Aumentar a efetividade do conselho • Estruturar a equipe

• Fortalecer o Plano de Proteção (fogo caça e gado) • Regularizar a situação fundiária

• Implantar Programa de Educação Ambiental (ênfase fogo caça e gado) • Implantar estrutura administrativa e operacional

• Estabelecer Programa de Comunicação

• Desenvolver a competência da equipe para apoio às soluções no entorno • Implantar sistema de comunicação

• Assegurar orçamento do PROMATA • Aumentar orçamento IEF

• Buscar recursos de compensação ambiental Objetivos Estratégicos de Médio Prazo:

• Eliminar/Controlar o fogo • Retirar o gado

• Eliminar a caça

• Aumentar a conectividade com fragmentos florestais no entorno • Recuperar áreas degradadas

• Promover a pesquisa e a disseminação do conhecimento

• Sensibilizar comunidades de visitantes (apoiando o combate ao fogo, caça e gado) • Estreitar relacionamento com as comunidades

• Assegurar a efetividade do conselho • Credenciar e capacitar guias

• Atrair pesquisadores

• Consolidar o Plano de Proteção • Regularizar a situação fundiária

• Implantar Programa de Educação Ambiental • Incentivar pesquisas relevantes

• Estruturar trilhas e ordenar o fluxo turístico • Desenvolver a competência da equipe • Assegurar orçamento do PROMATA • Aumentar orçamento IEF

• Buscar recursos de compensação ambiental

• Buscar fontes alternativas através de projetos e parcerias

• Estudar a viabilidade técnica e financeira da concessão de serviços turísticos • Estabelecer parcerias com municípios para uso do ICMS Ecológico

• Estruturar projeto de pagamento por serviços ambientais (água). Objetivos Estratégicos de Longo Prazo:

• Eliminar/Controlar o fogo • Retirar o gado

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• Eliminar a caça

• Aumentar a conectividade com fragmentos florestais no entorno • Recuperar áreas degradadas

• Promover a pesquisa, a disseminação e a aplicação do conhecimento • Fortalecer e valorizar atividades econômicas sustentáveis no entorno • Comunidades e visitantes atuantes na gestão da unidade

• Ser referência no relacionamento com comunidades • Participação intensificada do Conselho na gestão

• Ser referência na geração, disseminação e aplicação de conhecimentos • Melhorar o Programa de Comunicação

• Consolidar o Plano de Proteção • Regularizar a situação fundiária

• Continuar a implementação do Programa de Educação Ambiental • Incentivar pesquisas relevantes

• Estruturar trilhas e ordenar o fluxo turístico

• Manter investimentos no desenvolvimento da competência da equipe • Buscar a excelência em gestão

• Assegurar orçamento do PROMATA • Aumentar orçamento IEF

• Buscar recursos de compensação ambiental

• Buscar fontes alternativas através de projetos e parcerias

• Estudar a viabilidade técnica e financeira da concessão de serviços turísticos • Estabelecer parcerias com municípios para ICMS Ecológico

• Estruturar projeto de pagamento por serviços ambientais (água).

1.3.MAPA ESTRATÉGICO DO PESP

O mapa estratégico é uma ferramenta de alinhamento e comunicação da estratégia acordada para o PESP de uma forma visual e simples. Ele é construído a partir da identificação dos Resultados Objetivados nas dimensões Ambiente e Usuários e consequentemente dos vetores de mudanças que possibilitarão o alcance destes resultados nas dimensões dos Processos Internos, Aprendizado e Recursos.

A relação de causa e efeito representada pelo mapa estratégico precisa explicar como o PESP irá acessar e gerenciar seus Recursos, para Aprender, e gerenciar seus Processos Internos (Programas) para que consiga se relacionar harmoniosamente com os Usuários (Grupos de Interesse) e desta forma garantir a conservação da biodiversidade (Ambiente). A divisão dos mapas estratégicos nos horizontes de planejamento (curto, médio e longo prazos) além de orientar claramente a gestão do PESP para os resultados prioritários, possibilita a identificação dos objetivos estratégicos que precisam ser desdobrados com o apoio de indicadores, metas e planos de ação coerentes. O mapa estratégico do PESP de curto, médio e longo prazo é apresentado nas figuras 3 a 5.

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1.4.MONITORAMENTO ESTRATÉGICO DO PESP

O Planejamento Estratégico reflete a escolha feita num dado momento, de acordo com a realidade da UC. Como essa realidade é dinâmica, é necessária a atualização permanente das escolhas realizadas e dos rumos estabelecidos. O monitoramento estratégico é a oportunidade que a gestão da unidade dispõe para identificar as oportunidades de melhorias no planejamento estabelecido e considerar a necessidade de incorporar novas estratégias a partir da análise do contexto atual e dos resultados da implementação do planejamento. O monitoramento recomendado para o PESP deve acontecer em dois níveis diferentes, de acordo com os objetivos e com a periodicidade:

1.4.1. Monitoramento dos Programas de Manejo

A avaliação dos Programas de Manejo do PESP deve ser realizada com a intenção de assegurar que as ações planejadas estejam sendo executadas e de que os resultados esperados estejam sendo alcançados. A recomendação é que este monitoramento seja executado da seguinte forma:

Quadro I: Avaliação dos Programas de Manejo do Parque Estadual da Serra do Papagaio

QUEM QUANDO COMO

Gerente do PESP e Coordenadores responsáveis pelos Programas Reuniões trimestrais

1. Acompanhamento dos indicadores e metas 2. Acompanhamento das ações / programas /

projetos

3. Acompanhamento dos prazos, itens de verificação, resultados esperados e investimentos previstos

4. Registro das conclusões

5. Atualização das decisões decorrentes.

1.4.2. Monitoramento do Direcionamento Estratégico:

Além da avaliação dos Programas de Manejo, a gestão do PESP precisa analisar criticamente se as Diretrizes Estratégicas estabelecidas (Missão, Visão de Futuro e Valores) e os Objetivos Estratégicos priorizados continuam pertinentes e adequados. Para promover a reflexão estratégica sobre os rumos do PESP é necessário considerar as mudanças ocorridas no ambiente interno e externo, bem como o nível de alcance dos resultados propostos. A recomendação é que este monitoramento seja executado conforme o Quadro II.

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Quadro II: Proposta de Monitoramento da Implementação dos Programas de Manejo do Parque Estadual da Serra do Papagaio

QUEM QUANDO COMO

Gerente do PESP, Coordenadores,

Representantes do Conselho Consultivo e Equipe IEF (Escritório Regional e Sede / DIAP)

Reuniões anuais

1. Análise crítica das Diretrizes Estratégicas (Visão, Missão e Valores) – continuam adequados?

2. Análise crítica dos mapas estratégicos 3. Análise crítica dos objetivos estratégicos: • Os objetivos estratégicos ainda são essenciais? • As metas estabelecidas estão sendo

alcançadas no ritmo planejado?

• Os recursos (investimentos) previstos estão coerentes com os resultados alcançados?

4. Registro das conclusões

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ZONEAMENTO DO PARQUE ESTADUAL

SERRA DO PAPAGAIO

(26)

2. ZONEAMENTO DO PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO PAPAGAIO

De acordo com a Lei que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Lei No 9.985, de 18 de julho de 2.000) o zoneamento é a “definição de setores ou zonas em uma unidade de conservação com objetivos de manejo e normas específicos, com o propósito de proporcionar os meios e as condições para que todos os objetivos da unidade possam ser alcançados de forma harmônica e eficaz”. O objetivo do zoneamento é organizar espacialmente a área em parcelas, denominadas zonas, que demandam distintos graus de proteção e intervenção, contribuindo para que a Unidade cumpra seus objetivos de manejo. O zoneamento do PESP foi definido a partir da analise conjunta das especificidades das diferentes áreas temáticas; da necessidade de proteção para sítios específicos; da identificação de fragilidades intrínsecas da unidade de conservação; da missão identificada durante o planejamento estratégico do PESP; e das áreas com vocação para uso para visitação ou para a implantação da infraestrutura.

As propostas de zoneamento elaboradas com foco nos meios físico e biológico foram integradas numa proposta única, que foi discutida de forma participativa pelos gestores do PESP, técnicos do IEF, do Escritório Regional Sul e representantes do Conselho Consultivo do Parque. O zoneamento do PESP é apresentado na Figura 6.

As zonas adotadas nesse trabalho foram aquelas definidas no “Roteiro Metodológico para o Planejamento para Parque Nacional, Reserva Biológica, Estação Ecológica” (IBAMA, 2002), cujas definições e justificativas são apresentadas no item 2.1, que trata das zonas de manejo do Parque Estadual da Serra do Papagaio.

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(28)

2.1.DESCRIÇÃO DAS ZONAS PROPOSTAS PARA O PESP

2.1.1. Zona Intangível:

Definição: É aquela onde a natureza permanece intacta. Não é permitida nenhuma alteração humana. Representa o maior grau de conservação. Funciona como matriz de repovoamento de outras zonas. Dedicada à proteção integral de ecossistemas, dos recursos genéticos e ao monitoramento ambiental. O objetivo básico do manejo é a preservação garantindo a evolução natural (IBAMA, 2002).

Descrição e Justificativa:

Nenhuma região do PESP foi incluída nessa zona, tendo em vista que todo o parque já sofreu algum grau de alteração, seja histórica, seja pela pratica do fogo para o manejo de pastagem ou pela presença do gado.

2.1.2. Zona Primitiva:

Definição: É aquela onde ocorreu pouca ou mínima alteração, contendo espécies da flora e fauna ou fenômenos naturais de grande valor científico. Deve possuir as características de Área de Influência entre zona Intangível e Zona de Uso Extensivo. O objetivo básico do manejo é a preservação do ambiente natural e ao mesmo tempo facilitar as atividades de pesquisa científica, educação ambiental e proporcionar formas primitivas de recreação (IBAMA, 2002).

Descrição e Justificativa: As porções mais preservadas dos diferentes geoambientes que compõem o PESP estão incluídas nessa zona, em função da singularidade destes ecossistemas no contexto regional e do potencial destas áreas enquanto referência para recuperação e monitoramento do PESP. Nessa categoria encontram-se os grotões e vales encaixados, os paredões abruptos, e os ambientes florestados, onde se acredita que existam novos registros de espécies para a unidade ou mesmo novas espécies para a ciência. Os ambientes florestados estão incluídos nessa categoria, onde não é permitida a visitação, devido à importância para a comunidade de espécies arborícolas, como alguns felinos e primatas, e pelo refúgio que oferece às demais espécies de mamíferos do Parque. Além dos ambientes florestais, as áreas de campo localizadas acima de 1800 metros de altitude também estão incluídas na zona primitiva, sendo importante reduzir e monitorar a visitação.

As encostas e o cume das serras do Papagaio, do Gamarra e do Pico do Garrafão, devem ser incluídos nessa zona, delimitando-se em cada uma dessas localidades o espaço especifico para manutenção de trilhas para visitação, incluídas na Zona de Uso Extensivo. Também faz parte desta zona a Mata de Araucária existente ao longo do ribeirão Santo Agostinho, as florestas das cabeceiras esquerdas do Santo Agostinho na região do Pico do Garrafão, e as florestas que fazem limite com a RPPN Matutu.

As áreas encharcadas e nascentes nas regiões do Retiro dos Pedros e Pico do Garrafão também estão nessa zona, pela presença de elementos importantes da anurofauna, como Melanophryniscus moreirae e Physalaemus jordanensis. Além da relevância para a fauna de anfíbios, os campos brejosos representam importantes pontos de captação e acumulo de água, atuando como verdadeiras caixas que regulam a vazão das principais nascentes e cursos d’água do PESP e entorno.

A região do Retiro dos Pedros também integra essa zona, devido a sua importância como sitio histórico-cultural da região.

(29)

As áreas indicadas acima só poderão compor a zona primitiva após a regularização fundiária do Parque. Até que isso ocorra, comporão efetivamente a zona primitiva as áreas de preservação permanente determinadas pelo Código Florestal e pela Lei Estadual 14.309/02, a saber:

• Todas as áreas localizadas acima de 1800 metros de altitude;

• As áreas localizadas ao redor de lagoa ou reservatório de água, natural ou artificial, desde o seu nível mais alto, medido horizontalmente, em faixa marginal cuja largura mínima seja de: a) 15m (quinze metros) para o reservatório de geração de energia elétrica com até 10ha (dez hectares), sem prejuízo da compensação ambiental; b) 30m (trinta metros) para a lagoa ou reservatório situados em área urbana consolidada; c) 30m (trinta metros) para corpo hídrico artificial, excetuados os tanques para atividade de aqüicultura; d) 50m (cinqüenta metros) para reservatório natural de água situado em área rural, com área igual ou inferior a 20ha (vinte hectares); e) 100m (cem metros) para reservatório natural de água situado em área rural, com área superior a 20ha (vinte hectares);

• As áreas localizadas a 50 metros de todos os cursos d’água com largura igual ou superior a 10m (dez metros) e inferior a 50m (cinqüenta metros).

• Em nascente, ainda que intermitente, qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50m (cinqüenta metros)

• No topo de morros, monte ou montanha, em área delimitada a partir da curva de nível correspondente a dois terços da altura da elevação em relação à base;

• Em encosta ou parte dela, com declividade igual ou superior a cem por cento ou 45° (quarenta e cinco graus) na sua linha de maior declive, podendo ser inferior a esse parâmetro a critério técnico do órgão competente, tendo em vista as características edáficas da região;

• Nas linhas de cumeada, em seu terço superior em relação à base, nos seus montes, morros ou montanhas, fração essa que pode ser alterada para maior, a critério técnico do órgão competente, quando as condições ambientais assim o exigirem;

• Em borda de tabuleiro ou chapada, a partir da linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100m (cem metros), em projeção horizontal.

PROCEDIMENTOS PARA GESTÃO

• Não será permitida visitação turística ou atividades de recreação na zona primitiva; • Serão permitidas atividades de pesquisa científica, educação ambiental, fiscalização

e monitoramento;

• As atividades permitidas não poderão comprometer a integridade dos recursos naturais;

• As atividades de educação ambiental deverão ser monitoradas pelos funcionários do Parque e não poderão fazer uso de elementos externos à paisagem, sendo utilizados apenas folhetos e informações oferecidas pelos condutores;

• Os locais de amostragem para as pesquisas devem ser aprovados previamente pela direção do Parque;

• Nas amostragens não serão permitidas alterações no ambiente, como aberturas de trilhas e marcação de árvores com pregos ou arames que comprometam a integridade das mesmas;

• As espécies ameaçadas de extinção só poderão ser manipuladas ou coletadas com a aprovação do IEF e da direção do Parque;

• Não será permitida a construção de edificações ou qualquer outra infra-estrutura na Zona Primitiva;

(30)

PROCEDIMENTOS PARA GESTÃO (Continuação)

• A fiscalização na Zona Primitiva nas áreas localizadas próximo às trilhas de acesso dos visitantes deverá ser intensificada, especialmente nos fins de semana, feriados e férias escolares;

• Os focos de erosão deverão ser recuperados;

• É proibido o trânsito de veículos, exceto em ocasiões especiais como combate a incêndio ou salvamento de emergência;

• Os pesquisadores e outras pessoas autorizadas deverão trazer de volta todo o lixo produzido.

2.1.3. Zona de Uso Extensivo:

Definição: constituída na sua maior parte por áreas naturais, podendo apresentar algumas alterações humanas. Caracteriza-se como Área de Influência entre a Zona Primitiva e a Zona de Uso Intensivo. O objetivo do manejo é a manutenção do ambiente natural com mínimo impacto humano, apesar de oferecer acesso e facilidade públicos para fins educativos e recreativos (Ibama, 2002).

Descrição e Justificativa: A vocação natural do PESP para visitação, por suas belezas cênicas, cachoeiras, e potencial para esportes de aventura, definem muitas áreas como “Zonas de Uso Extensivo”. Fazem parte desta categoria os seguintes atrativos: Pico do Papagaio; Picos do Canjica e do Bandeira; Retiro dos Pedros; Pico do Garrafão; Cachoeiras do Santo Agostinho, entre outros. Alguns desses atrativos devem ter visitação monitorada, além de atividades de educação ambiental com grupos pequenos. As trilhas e atrativos inseridos nessa zona são apresentados na figura 7, e descritos a seguir.

A. Conjunto de atrativos do Pico do Papagaio: localizado no extremo norte do Parque, no município de Aiuruoca (Fotos 1 e 2). O acesso ao conjunto de atrativos do Pico do Papagaio será feito pelo Vale dos Garcias, cuja trilha leva à Pousada Abrigo do Lado de Lá, onde se propõe a adaptação para montagem de um dos centros de visitantes propostos para o PESP. Existe já um largo que vem sendo utilizado como estacionamento, e que deverá ser mantido para que os visitantes com interesse em conhecer essa área possam deixar seus veículos antes de seguirem a pé até o futuro Centro de Visitantes.

(31)

Figura 7: Atrativos do Parque Estadual da Serra do Papagaio

A trilha do Pico do Papagaio pode ser guiada ou auto-guiada até o Retiro dos Pedros, local onde é possível visitar as ruínas de um antigo muro de pedras, possivelmente construído por escravos, além da Toca do Retiro (abrigo natural). Nas proximidades encontra-se o Pico do Canjica (mirante natural) e o Pico do Bandeira (ponto culminante da Serra do Papagaio com cerca de 2.300 metros de altitude), além do Santuário, da Pedra Redonda e da Pedra Quadrada, locais de grande beleza cênica onde é possível implantar atividades de escalada. São cerca de 7 quilômetros de caminhada até o Pico do Papagaio.

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Foto 1: Pico do Papagaio (foto: Bruno Dias) Foto 2: Pedra Quadrada (Foto: Bruno Dias)

Ao chegar ao Retiro dos Pedros é importante que o visitante disponha de placas que possibilitem a identificação dos atrativos existentes (Pico do Papagaio, Pico do Canjica, Pedra Quadrada, Pedra Redonda, Mirante do Gamarra – Fotos 3 e 4), e promovam a interpretação ambiental da paisagem. Propõem-se ainda a abertura de uma trilha com aproximadamente 1.300 metros (hum mil e trezentos) de extensão ligando o Centro de Visitantes proposto à trilha principal, já nas proximidades da Pedra Redonda, a fim de criar um pequeno circuito para aqueles que não desejarem ir até o Pico do Papagaio, ou mesmo para facilitar o retorno de quem vem do Pico. Trata-se de um acesso utilizado atualmente pela Pousada Abrigo do Lado de Lá, que passa por um local de grande beleza cênica, onde é possível visualizar uma das nascentes do Ribeirão do Papagaio.

Foto 3: Vista do Retiro dos Pedros (Foto: Luiz Cláudio Rodrigues)

Foto 4: Vista do Pico do Canjica (Foto: Pedro Viana)

O outro acesso ao Pico será feito a partir do Camping da Tati, localizado na Comunidade da Pedra do Papagaio, no Vale do Matutu. Essa trilha é o primeiro local de acesso ao Pico pelo Vale do Matutu. Vale destacar que aqueles que dispuserem de apoio, poderão percorrer a Trilha da Serra do Papagaio a partir do Centro de Visitantes e saírem do Parque pela Trilha que dá acesso ao Camping da Tati, no Matutu. Essa travessia curta tem cerca de 12 (doze) quilômetros de extensão.

Tendo em vista ser esse o atrativo mais visitado do PESP, a estruturação do conjunto de trilhas que dá acesso ao mesmo, e a reforma da Pousada Abrigo do Lado de Lá para implantação de um centro de visitantes deve ser priorizado pelo programa de uso público.

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B. Pico do Garrafão: Ponto culminante do PESP, o Pico é também conhecido como Pico do Santo Agostinho. Tem aproximadamente 2.360 metros de altitude e permite uma visão de 360º da região, sendo possível contemplar o maciço do Itatiaia, a Serra Fina (Pedra da Mina e Pico dos Três Estados), a Mitra do Bispo, a Careta, o Papagaio, entre outras serras que compõem a magnitude do Complexo da Mantiqueira. A trilha terá inicio na propriedade do Sr. Odir. Nesse local, próximo ao Centro de Pesquisa, deverá ser implementado outro Centro de Visitantes. Conforme justificado no documento “Diagnóstico do Uso Publico”, a conformação do PESP, e a dificuldade de transitar no seu interior devido ao relevo, justificam a implantação de dois centros de visitantes, além de postos de recepção e controle dos visitantes. Esses locais estão descritos no diagnostico do uso publico, que compõem a serie de documentos do plano de manejo.

A trilha levará ao topo da serra de Santo Agostinho, mais comumente conhecida como Pico do Garrafão. É imprescindível que para esta atividade os visitantes passem antes pelo Centro de Visitantes, a fim de obterem mais informações e possibilitar o controle dos acessos. No Pico do Garrafão a interpretação deve ter como foco a paisagem e suas características naturais, com destaque para o relevo, clima, geomorfologia, vegetação, fauna, entre outras características especificas dessa região de grande altitude.

Esse é o segundo local mais visitado e conhecido do PESP. Sua estruturação deve ser priorizada, junto com o conjunto de atrativos que fazem parte da serra do Papagaio.

C. Pico da Careta: também chamado de Pico do Chapéu, localiza-se na Serra da Careta, no município de Baependi. Seu ponto culminante está a aproximadamente 2.080 (dois mil e oitenta) metros de altitude. É um ponto de destaque no PESP e poderá ser visitado por acessos que levam a outros atrativos do Parque. A trilha de acesso principal à serra da Careta é aquela conhecida como Trilha do Nenzo, acessada a partir da Comunidade da Vargem, no município de Baependi. O acesso é feito por estrada de terra, a partir da sede do município, indo em direção ao bairro rural da Vargem. Para o ordenamento da visitação nesse local, deverá ser implantado na Comunidade da Vargem um Posto de Recepção e Controle dos Visitantes. Esse Posto deve ser instalado em parceria com a Prefeitura Municipal de Baependi. A proposta é que esse Posto ofereça informações sobre o PESP e sobre a trilha, e contabilize a entrada de visitantes, comunicando com uma central instalada no Centro de Visitantes principal. A trilha tem uma extensão de cerca de cinco quilômetros, bastante íngreme, com grau de dificuldade elevado. Lá do alto se tem uma visão de 360º da região, com destaque para os demais pontos culminantes do PESP e os municípios de Baependi e Caxambu.

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D. Trilha do Juju: tendo como ponto de apoio o Posto de Recepção e Controle a ser implantado no bairro rural da Piracicaba, proposto nesse plano de manejo, a Trilha do Juju tem inicio junto a Cachoeira de mesmo nome. É uma das mais bonitas da região, ponto de destaque no município de Baependi, amplamente visitada pelos moradores da região. É formada pelo rio Piracicaba e tem cerca de 50 (cinqüenta) metros de extensão. A trilha tem inicio na margem direita do rio. Após uma subida íngreme, de difícil acesso, o visitante poderá percorrer quase toda a crista da Serra da Careta até o Pico, desfrutando de um visual extremamente belo. O visitante caminhará durante a maior parte do passeio junto à divisa do PESP. São cerca de oito quilômetros de trilha até o Pico.

E. Trilha do Chapadão: A Trilha do Charco ou do Chapadão terá inicio no Centro de Visitantes a ser implantado junto ao Centro de Pesquisa, na antiga Fazenda Santa Rita. Após superar um trecho com declividade acentuada por entre uma porção de mata, a trilha segue por áreas de campo, até o Chapadão, com cerca de 2.000 metros de altitude e grande beleza cênica, por onde se caminha em direção ao noroeste até a Serra da Careta. São ao todo sete quilômetros de trilha, com diferentes graus de dificuldade, mas que exigem do visitante condicionamento físico.

F. Trilha das Araucárias: Essa trilha terá inicio a partir do Centro de Visitantes a ser implantado junto ao Centro de Pesquisa, e permitirá o acesso do público em geral, não havendo declividade acentuada ou qualquer outro fator limitante. São cerca de três quilômetros de extensão por entre o bosque de araucárias, localizado às margens do rio Santo Agostinho. A trilha percorrerá a margem esquerda do rio e passará, em sua maior parte, próximo à divisa do PESP. É o local mais propicio para se conhecer a Floresta Ombrófila Mista, que é uma das características únicas do PESP, sendo a única unidade de conservação a proteger esse tipo de ambiente em Minas Gerais.

Pelo acesso facilitado, e proximidade com o centro de visitantes proposto, sugere-se que esse atrativo seja implantado prioritariamente, junto com os demais indicados como prioritários, a saber, atrativos da serra do Papagaio e do Pico do Garrafão.

G. Vias de escalada na Serra do Papagaio: esses atrativos fazem parte do complexo da Pedra do Papagaio. Para desfrutar das vias de escalada da Pedra do Papagaio os visitantes acessarão o Parque a partir da Trilha do Camping da Tati, que dá acesso fácil ao conjunto de vias. Já para a prática de escalada na Pedra Redonda, localizada também na Serra do Papagaio, os visitantes poderão utilizar tanto o acesso pelo Vale do Matutu quanto pelo Vale dos Garcias.

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PROCEDIMENTOS PARA GESTÃO

• Serão permitidas atividades de pesquisa, monitoramento ambiental, visitação educativa e recreativa, e fiscalização;

• As atividades de uso público e recreação deverão ser de baixa intensidade;

• As trilhas deverão estar bem demarcadas, através da utilização de placas, evitando a dispersão dos visitantes e o pisoteio inadequado dos campos de altitude;

• As placas interpretativas deverão ser fixadas em locais estratégicos, possibilitando o melhor entendimento da paisagem, e favorecendo a contemplação dos recursos naturais relevantes para a sensibilização ambiental, sempre em harmonia com a paisagem. Preferencialmente deverá utilizar madeira plástica para as placas de sinalização.

• O PESP deverá estabelecer parceria com os proprietários do entorno, onde se iniciam as trilhas propostas, para o correto uso e manejo da área;

• Não será implantada infra-estrutura de pernoite na área do PESP e não será permitida a pernoite no Parque;

• Serão permitidas travessias curtas, de um dia de duração, desde que o visitante entre na trilha a tempo de percorrê-la, saindo do Parque no final do dia;

• As trilhas devem prever locais de parada para descanso e contemplação, permitindo que os visitantes desfrutem das belezas naturais do Parque;

• O PESP deverá implementar um eficiente Sistema de Gestão da Segurança para evitar riscos ao visitante, especialmente nos locais de maior declividade, conforme detalhado no documento de diagnóstico do uso público;

• A atividade de escalada somente ocorrerá com o acompanhamento de um condutor membro de alguma associação especializada, ou por alguma operadora privada credenciada pelo PESP;

• As associações de condutores ou operadoras deverão obrigatoriamente implementar um Sistema de Gestão da Segurança para a atividade de escalada, demonstrando o direcionamento de esforços para assegurar a integridade dos visitantes e da administração da unidade de conservação;

• Para a prática de escalada o visitante deverá assinar um Termo de Conhecimento dos Riscos;

• Os equipamentos utilizados deverão ser certificados e estar em perfeitas condições de uso, devendo ser apresentados ao PESP documentos que atestem a observação • ividade de cavalgada no interior do PESP até a revisão

• everão ser orientados

• ntes adentrar nos campos e florestas adjacentes e

-se a fragilidade do ambiente e os riscos de

• erá ser permanente

e intensificada nos fins de semana, feriados e férias escolares; dessa norma;

Não será permitida a at desse plano de manejo;

Os equipamentos e atividades de interpretação e recreação d para facilitar a compreensão e a apreciação da área visitada; Não será permitido aos visita

localizados na zona primitiva;

Poderão ser instalados sanitários secos nas áreas vocacionais mais distantes do Centro de Visitantes, respeitando

contaminação dos cursos d’água;

• Não será permitido o uso de sabonetes e shampoo nos cursos d’água;

• Não será permitida a duplicação de trilhas no caso de áreas já erodidas ou atoleiros; A fiscalização ao longo das trilhas de acesso dos visitantes dev

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PROCEDIMENTOS PARA GESTÃO (Continuação)

• Os focos de erosão nas trilhas deverão ser recuperados; • Os visitantes deverão trazer de volta todo o lixo produzido;

• Não será permitido o transito de veículos tracionados para esporte no interior do PESP, sendo permitido apenas veículos oficiais com fins de fiscalização, salvamento, pesquisa, monitoramento e combate a incêndios;

• As atividades de canionismo só serão permitidas com fins científicos, desde que atestada a sua relevância para o PESP, até que estudos específicos sejam realizados para estabelecer a viabilidade da pratica dessa atividade;

• Será proibido implantar trilhas, acessos ou estradas em regiões com substrato rochoso susceptível à erosão.

2.1.4. Zona de Uso Intensivo:

Definição: constituídas por áreas naturais ou alteradas pelo homem. O ambiente é mantido o mais próximo possível do natural, devendo conter: centro de visitantes, museus, outras facilidades e serviços. O objetivo geral do manejo é o de facilitar a recreação intensiva e a educação ambiental em harmonia com o meio (IBAMA, 2002).

Descrição e Justificativa: O tamanho e conformação do PESP tornam o deslocamento difícil, sendo impossível cruzar o Parque. Dessa maneira será necessária a instalação de uma infra-estrutura mais complexa para que o PESP atinja os objetivos de educação ambiental, recreação, contemplação e conservação dos recursos naturais. Propõe-se a implantação de dois centros de visitantes, duas portarias e três postos de recepção e controle de visitantes.

Assim deverão compor a Zona de Uso Intensivo o local onde está inserido o Centro de Pesquisa, na porção centro-sul do PESP, e onde deverá ser construído um Centro de Visitantes. Esse Centro deverá ser equipado com banheiros e lanchonete. O detalhamento do centro de visitantes encontra-se no documento especifico do “Diagnóstico do Uso Publico” que compõe a serie de documentos gerados para o plano de manejo do PESP. Como apoio ao visitante, propõe-se a construção de um restaurante, nessa mesma região, onde originalmente havia o curral da Fazenda Santa Rita.

Outro centro de visitantes deverá ser construído na porção norte do Parque, onde se localiza a Pousada Abrigo do Lado de Lá. Uma vez adquirida pelo PESP, a construção existente deverá ser reformada para abrigar o Centro de Visitantes da porção norte. Próximo ao local há estacionamento que deverá ser mantido para que os visitantes possam deixar seus veículos antes de seguirem a pé até o Centro de Visitantes. Nessa região também deverá ser instalada uma portaria para controle da visitação.

Alem dos Centros de Visitantes, deverão ser instaladas duas portarias no PESP: uma na porção norte, na bifurcação das estradas Garcia/Lico/Fim da Picada; e outra na porção centro/sul, região da bifurcação Engenho/Santa Rita / Itamonte-Alagoa.

Tendo em vista a extensão do PESP, propõe-se a instalação de três postos de recepção e controle do visitante, nos bairros rurais da Vargem, Piracicaba e Vale do Matutu. Esses Postos serão instalados fora da área do Parque, na zona de amortecimento.

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PROCEDIMENTOS PARA GESTÃO

• Poderá ocorrer a recreação intensiva e educação ambiental em harmonia com o meio;

• Poderão ser feitas obras de recuperação e manutenção das facilidades já existentes;

• As edificações e obras não podem causar danos ao meio ambiente circundante e não podem contaminar os solos e os recursos hídricos;

• Novas edificações deverão respeitar a fragilidade e capacidade do meio, e serem projetadas em harmonia com a paisagem;

• As novas construções devem privilegiar as normas e tecnologias de economicidade de energia, água e utilizar, sempre que possível, materiais “ecologicamente corretos”;

• Os materiais para construção ou reforma não poderão ser retirados da Unidade, a não ser que sejam elementos exóticos que necessitem ser removidos para a segurança das construções ou da biota;

• Os esgotos deverão ser tratados, preferencialmente com tecnologias alternativas de ara local apropriado;

baixo impacto, e o lixo retirado e levado p • Deverá ser estimulada a coleta seletiva;

• A utilização das infra-estruturas desta zona será subordinada à capacidade de carga estabelecida para as mesmas;

• As atividades previstas, bem como os elementos de interpretação ambiental inseridos na paisagem (placas, painéis, mirantes) deverão levar o visitante a entender a filosofia e as praticas de conservação da natureza, aproximar os visitantes ao meio natural e valorizar as riquezas do ambiente;

• Deverão ser instaladas sinalizações educativas ou para orientação dos visitantes; • A utilização da infra-estrutura e facilidades pelos visitantes deverá estar de acordo

com as normas de visitação;

• Os moradores poderão transitar pela trilha que liga Alagoa a Baependi na época das festividades tradicionais, devendo, no entanto comunicar à Sede Administrativa ou ao Centro de Visitantes;

• Será permitido o uso dessa trilha para a travessia do gado para o comercio, devendo, no entanto, ser adotadas medidas que garantam que o gado não irá ultrapassar os limites definidos para tal. A travessia de gado deve ser informada

• e não observarem o disposto acima serão impedidos de

• rosão nas trilhas e nos acessos para os veículos do IEF deverão ser • A velocidade máxima permitida é de 30km/hora. Não é permitido buzinar.

com antecedência e a fiscalização deve ser intensificada nessas ocasiões; Os condutores de gado qu

fazer uma nova travessia; Os focos de e

recuperados;

2.1.5. Zona de Uso Especial:

ruturas ou os efeitos das obras no ambiente atural ou cultural do Parque (IBAMA, 2002).

Definição: Contém as áreas necessárias à administração, manutenção e serviços da unidade de conservação, abrangendo habitações, oficinas e outros. Essas áreas serão escolhidas e controladas de forma a não conflitarem com seu caráter natural, e devem localizar-se, sempre que possível, na periferia do Parque. O objetivo geral de manejo é minimizar o impacto da implantação das est

n

Descrição e Justificativa: Nessa zona está incluída a estrutura de apoio à administração localizada na região da antiga Fazenda Santa Rita, que inclui casa de vigilantes, casa da policia ambiental, centro de pesquisa e galpões. Uma sede administrativa deverá ser

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implementada na rodovia que liga Itamonte a Alagoa, que encontra-se em fase de asfaltamento. Existem construções nessa região que podem ser aproveitadas para a sede administrativa. No entanto, como o PESP já possui muitas pendências fundiárias, deve-se evitar desgastes adicionais em processos de desapropriação para instalação dessa sede administrativa, sob pena de acirrar conflitos ou reforçar a imagem negativa de que o Parque

eio “tomar a terra das pessoas”.

as, redutores de velocidade, cancelas, autos de fração em caso de desrespeito às regras.

em, Comunidade da Piracibaba e Vale do Matutu, na omunidade da Pedra do Papagaio.

v

Também deve ser incluído nessa zona o trecho da rodovia Itamonte-Alagoa que corta o Parque, a qual deverá funcionar como uma estrada-parque e ser submetida a regras de segurança, como limite de velocidade, regras para manutenção, controle de transporte de cargas perigosas. É importante ressaltar que nesse trecho da estrada deverão ser adotadas medidas de proteção à fauna, como lombad

in

Compõem ainda essa zona os Postos de Recepção e Controle do Visitante, a serem implantados na Comunidade da Varg

C

Nessa zona deverão estar localizadas a do Parque, não comportando visitação; A infra-estrutura e serv

ambiente circundante;

• As instalações dessa zona preferencialmente deverão estar na periferia do Parque; Toda obra de recuperação e/ou manutenção de infra-estrutura deverá causar o mínimo impacto possível ao meio ambiente;

Esta zona deverá conter locais específicos para a guarda e deposito dos res

• íduos

sólidos gerados na unidade, até que sejam removidos para o aterro sanitário; Os esgotos deverão ser tratados, preferencialmente com tecno

• logias alternativas de

baixo impacto, e o lixo retirado e levado para local apropriado;

Os materiais para construção ou reforma não poderão ser retirados da Unidade, a não ser que sejam elementos exóticos que necessitem ser removidos para a segurança das construções ou da biota;

• O estacionamento de veículos nessa zona somente será permitido aos funcion e prestadores de serviços;

Os acessos necessários para as atividades de administração e fiscalização do Parque deverão ter obras de contenção de processos erosivos incidentes sobre as trilhas.

Os aceiros e trilhas utilizadas pelos veículos do IEF em locais de solo muito frágeis ou que já apresentam processos erosivos, deverão receber o tratamento adequado, tais como: endurecimento da trilha, calçamento, canaleta e desvio de água pluvial; • Deverão ser instaladas cancelas, limite e redutores de velocidade e sinalização na

estrada que liga Alagoa a Itamonte, na porção que corta o PESP; nidos d

• Os motoristas que ultrapassarem os limites defi

roibidos de transitar na rodovia; reincidirem, deverá ser p

• A velocidade máxima permitida é de 30Km/hora.

PROCEDIMENTOS PARA GESTÃO

• s estruturas para administração e serviços

• iços administrativos do Parque não devem impactar o meio

ários •

everão ser autuados, e se

• Não é permitido buzinar.

2.1.6. Zona de Recuperação:

Definição: Contém áreas consideravelmente alteradas pelo homem. Essa é uma zona provisória que, uma vez restaurada, deverá ser incorporada a uma das zonas permanentes. No caso de espécies exóticas introduzidas, essas deverão ser removidas e a restauração

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deverá ser natural ou naturalmente agilizada. O objetivo geral de manejo é deter a

portante é seguramente a retirada do gado da unidade, uma vez que sse impacta o solo e a biota, e ainda traz consigo a pratica do uso do fogo para manejo da

para restabelecer a conexão florestal, o que particularmente necessário na margem esquerda do ribeirão Santo Agostinho, nas

m vista que esta rea encontra-se já bastante erodida, ou muito fragilizada, recomenda-se o fechamento

ente. O trecho situado entre o Centro de Pesquisa e a região do Garrafão também demanda ações de recuperação das regiões das cascalheiras exploradas na mineração de ouro. degradação dos recursos ou restaurar a área (IBAMA, 2002).

Descrição e Justificativa: Como grande parte da área do PESP já foi, e ainda é região de uso pecuário intenso, e ao mesmo tempo, existem diversas rotas de trânsito humano estabelecido, seja para a condução do gado, seja para acesso aos pontos turísticos, existem diversas regiões que necessitam de medidas de recuperação. Entre as medidas a serem adotadas a mais im

e

pastagem natural.

Como o Parque não está implantado, existe um emaranhado de trilhas que deverá ser fechado ao transito de pessoas. Algumas dessas trilhas necessitam de ações de recuperação em decorrência de processos erosivos já existentes, como a trilha do trutário e do Retiro dos Pedros. Além dos focos erosivos existentes ao longo de trilhas, também deverão ser incluídas nessa Zona alguns locais

é

proximidades da sede da Fazenda Santa Rita.

Na região do Retiro dos Pedros deverão ser adotadas medidas de recuperação não apenas da trilha, mas dos diversos acessos que foram e continuam a ser abertos por praticantes de esportes com veículos tracionados, especialmente motos e jipes. Tendo e

á

temporário à visitação, enquanto medidas de recomposição são adotadas.

É também necessária a adoção de medidas de recuperação em todas as trilhas que levam aos atrativos principais, de forma a minimizar o impacto que já é evidenciado. O plano de manejo recomenda a abertura de apenas uma trilha para cada atrativo, o que implica no fechamento de vários acessos que foram abertos aleatoriamente pelos moradores e guias locais. Essas trilhas que deverão ser desativadas também demandarão ações de recuperação, embora a maioria requeira apenas o isolamento para que ocorra a recomposição natural. Focos erosivos na região do Centro de Pesquisa, Pico do Garrafão e Chapadão, também devem ser recuperados. Os ambientes em evidente sucessão de espécies devido a incêndios, como aqueles próximos ao Pico do Garrafão, na região do Gamarra, entre outros, embora façam parte dessa Zona, demandarão como ação de recuperação a retirada do gado, deixando a recuperação do ambiente ocorrer naturalm

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PROCEDIMENTOS PARA GESTÃO

• Os processos erosivos identificados no acesso e no entorno do Retiro dos Pedros, e nos campos hidromórficos ai existentes deverão ser recuperados prioritariamente com a adoção de técnicas especiais de engenharia com um caráter obrigatoriamente conservacionista;

• Todas as trilhas existentes no PESP, diferentes daquelas propostas para o uso publico, descritas na Zona de Uso Extensivo, deverão ser fechadas à visitação;

• Um trabalho de comunicação deverá ser adotado para informar e sensibilizar a população quanto ao uso restrito às trilhas indicadas nesse documento;

• Os focos de erosão identificados e mapeados deverão ser recuperados segundo recomendações do plano de manejo;

• Deverão ser estabelecidas normas para drenagem e contenção de encostas nas estradas que cortam o PESP, realizando manutenção constante;

• Não deverão ser implantadas trilhas, acessos ou estradas em regiões com substrato rochoso susceptível à erosão, como nas imediações da Pousada Abrigo do Lado de Lá e do Retiro dos Pedros. Deve-se recuperar o solo nas trilhas existentes nesses locais e transferi-las para as cristas dos morros, onde o solo é menos frágil;

• Para as regiões de erosão mais intensa será necessária a contratação de estudos específicos de engenharia para definir a melhor técnica a ser utilizada para a recomposição;

• Promover campanha educativa para evitar a entrada de peixes exóticos dentro da área do Parque, especialmente voltada para os trutários;

• Promover campanha educativa junto aos criadores de gado do entorno, que utilizam a área do PESP como pastagem, propondo alternativas para estes criadores.

.1.7. Zona Histórico-Cultural: 2

Definição: é aquela onde são encontradas amostras do patrimônio histórico/cultural ou arqueo-palentológico, que serão preservadas, estudadas, restauradas e interpretadas para o publico, servindo à pesquisa, educação e uso cientifico. O objetivo geral de manejo é o de

roteger sítios históricos ou arqueológicos, em harmonia com o meio ambiente. p

Descrição e Justificativa: Nessa zona incluem-se os túneis de mineração, registros de lavra do passado, muros de pedras antigos e algumas casas ocupadas no tempo do garimpo, a exemplo daquela presente na margem esquerda do ribeirão Santo Agostinho, a jusante da sede da Fazenda Santa Rita. Engloba ainda o Retiro dos Pedros, local onde é possível visitar as ruínas de um antigo muro de pedras, possivelmente construído por

scravos, além da Toca do Retiro (abrigo natural). e

PROCEDIMENTOS PARA GESTÃO

• Deverão ser conservadas as manifestações culturais e históricas do Parque e da região;

m a paisagem; • Não será permitida a criação de estrutura e equipamentos que agrida

• As áreas degradadas e os focos erosivos deverão ser recuperados;

• O deslocamento da comunidade para as festas de Nha Chica e demais festividades religiosas deverão ser permitidas e acompanhadas por intensificação da fiscalização.

(41)

2.1.8. Zona de Amortecimento:

Definição: entorno de uma unidade de conservação, onde as atividades humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas, com o propósito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade (SNUC – Lei n° 9.985/00). É a área que exerce alguma influência sobre a unidade de conservação, considerando-se principalmente os municípios e a micro-bacia onde a mesma está inserida.

Descrição e Justificativa: A delimitação da zona de amortecimento (ZA) levou em consideração a inclusão de áreas que são estratégicas para proteção e/ou para manutenção da biota do Parque (Figura 8). As áreas de vegetação florestal externas ao Parque, em todo o seu entorno, são fundamentais para a fauna de mamíferos, especialmente para aquelas espécies que requerem áreas de uso mais extensas. Espécies de aves e abelhas também dependem de espécies de plantas que florescem em altitudes mais baixas, sendo que muitas espécies desses grupos transitam pelo gradiente altitudinal em diferentes épocas do ano. A forma complexa do PESP, com largura média de 4 km torna a unidade mais suscetível aos efeitos das atividades desenvolvidas na borda.

Para minimizar esses efeitos é fundamental a manutenção de corredores ecológicos e de fragmentos florestais no entorno, devendo essas áreas serem incluídas na rotina de manejo da Unidade. A busca pela definitiva proteção destas áreas, que somam vegetação florestal e de altitude, irá ampliar as chances de manutenção da diversidade faunística e florística do PESP. Um programa de incentivo à criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) nessas áreas, garantindo sua manutenção em caráter perpétuo é uma estratégia que deve ser adotada. Outra iniciativa que deve ser adotada pela gestão do PESP junto com o Núcleo do IEF é influir para que as reservas legais das propriedades vizinhas sejam localizadas preferencialmente na zona de amortecimento do Parque, protegendo os remanescentes florestais localizados em altitudes inferiores àquelas presentes no interior da unidade e favorecendo a manutenção dos corredores de fauna.

Tendo em vista que o uso do fogo representa a principal pressão para o PESP, a adoção de praticas de uso e manejo do solo no entorno deve receber um cuidado especial na zona de amortecimento. O controle da criação de gado e da pratica de queimadas para limpeza de pasto no entorno deve ser intensificado, de forma a evitar o maior comprometimento dos campos nativos do PESP. A esse respeito, deve ser exigido dos produtores que adotem medidas para garantir que o gado criado no entorno não entre na unidade de conservação. A prática da apicultura, tida na região como atividade de baixo impacto, deve ser reavaliada e monitorada na zona de amortecimento do PESP. A presença de populações selvagens da abelha exótica Apis melífera no parque é inevitável. Entretanto, é preciso evitar a pressão adicional que as grandes populações desta abelha em grandes apiários comerciais podem exercer sobre o ambiente no entorno. Por isto a apicultura comercial, principalmente em larga escala, deve ser desestimulada na zona de amortecimento do PESP, numa faixa de 1 km do limite da unidade. Deve-se evitar que novos apiários sejam instalados em regiões da zona de amortecimento onde a atividade ainda não é explorada, pelo menos até que dados mais concretos sobre o impacto da apicultura sobre o ambiente do parque sejam obtidos. Deve ser dada ainda atenção especial para as áreas sob pressão de caça. Os levantamentos da fauna de mamíferos identificaram a presença de cachorros em todas as trilhas amostradas, sendo alguns de raças tidas como cães de caça. A maior pressão de caça foi identificada na região do bairro da Vargem, devendo ser intensificada nessa região ações de educação ambiental e fiscalização.

Atenção especial deve ser dada à conservação de áreas florestais em cotas mais baixas, contínuas com florestas mais altas dentro do PESP, especialmente as que acompanham os

Referências

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