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N.º 3/84. revista MARÇO 125$00

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revista

MARÇO

N.º 3/84

125$00

(2)

N.

0

3/84

MARÇO

revista

Director: A. Gentil Martins Redactores: A. Osório de Araújo Tello Morais A. Castanhinha

,

.

sumario

Editorial

Relatório de Actividades de 1983 3

Plano de Actividades para 1984 23

Medicina Estatal só •••

melhor que nada Medicina Convencionada

a solução socialmente mais justa Um Sistema Misto

em que o Estado e a iniciativa privada se coexistem

e se complementam

NA CAPA, •A SANGRADOURA•

Pintura da Escola Holandesa - Século XVII de Gulmigh Gerritz van Brekelenkam

Propriedade, Administração e Redacção:

Ordem dos Médicos Preço Av. Almfranle Reis, 242. 2.º-Esq.

Telef. 805412 - 1000 LISBOA.

editorial

CAMINHOS DO FUTURO

A. GENTIL MARTINS

Os problemas a médio e longo prazo da

política portuguesa, nomeadamente na Saúde

Este Editorial é baseado em transcrições que,

segundo pensamos, definem em linhas gerais as

intenções da pai ítica governamental.

«Quando os recursos escasseiam, é necessário

privilegiar as acções prioritárias,

para que se efec­

tuem de acordo com as necessidades vitais de todos

1

os portugueses».

Será realmente que a Saúde é uma

delas

ou haverá, como diria Orwell,

outras priorida­

des mais prioritárias?

Será que os médicos também

irão beneficiar de subsídio especial

por estarem

«permanentemente» em alerta para o caso de

catástrofe natural, epidemia, ou mesmo caso de

guerra?

Quando se vê a redução das verbas para a

Saúde, isto não pode deixar de nos chocar, já que

parece contradizer a ideia de que «há que devolver

aos problemas económicos a sua verdadeira di­

mensão de problemas sociais, ultrapassando uma

perspectiva abusivamente truncada, pseudo rigo­

rosa e mecanicista!»

É positivo constatar que o modelo de desenvolvi­

mento económico que se pretende para Portugal

traduz a expressão de

«um projecto d� sociedade

PUBLICAÇÃO MENSAL Execução gráfica:

avulso: 125$00

-

Altagráfica

24.000 exemplares Estrada da Carvoeira Tetefs. 52483/52874 - 2640 MAFRA

(3)

Leia neste número

Editorial

1

Relatório de Actividades de 1983

3

Infraestruturas de Apoio - Organização Interna

Política de Saúde Nacional

Conselho Nacional de Deontologia Médica

Conselho Nacional

do Médico Interno e Clínica Geral

Actividade Jurídica Carreiras Médicas Convenções

Código de Nomenclatura

de Actos Médicos e Valor Relativo V Congresso Nacional de Medicina

Defesa Sócio-Profissional Relações com o Governo

Revista

Fundo de Solidariedade

Mútua para cobertura dos Riscos

de Responsabilidade Civil Profissional dos Médicos

Especialidades e Competências Médicas

Lista de existências de Especialistas

Congressos, Simpósios, Jornadas

e Conferências Nacionais Comissões ou Grupos de Trabalho

Pareceres Relações Públicas Comunicados e Circulares Relações Internacionais Congressos, Simpósios, Jornadas

e Conferências Internacionais

Plano de Actividades para 1984

23

Infraestruturas de Apoio

e Organização Interna

Meios de Acção da Ordem dos Médicos

que pretende progressivamente transformar Portu­

gal numa nação moderna, desenvolvida e integrada

nos padrões da Europa Ocidental. Não será contes­

tável «cada português» em vez de perguntar

O

que

o Estado faz por ele, haverá antes de perguntar o

que faz por si próprio e pelo futuro colectivo de

Portugal. Há pois que valorizar na Sociedade aquilo

que constitui o cerne do desenvolvimento econó­

mico: o trabalho, a imaginação criadora, a iniciativa

face ao risco».

Constata-se que

«o nosso sistema fiscal actual

não serve, é injusto, asfixiante e destimulante do

trabalho».

É

necessário reconhecer a responsabilidade na vida

económica nacional que cabe a cada um dos parceiros,

pois

«não pode competir ao Estado, na realidade, o

encargo de ser o responsável directo pela criação

de riqueza».

« Portugal não poderá viver com um Estado qu.

não cumpre compromissos financeiros assumidos

e tal é uma situação inaceitável».

É

por outro lado

«essencial repor no seu lugar

cimeiro os valores morais» em que assenta qualquer

nação.

Por tudo isto a Ordem espera que haja uma

mudança radical na orientação das estruturas da

Saúde. Não é verdade que desde 1979 a Lei 56/79,

vulgo SNS Arnault, nunca deixou de estar em vigor

com os catastróficos resultados que todos conhecem?

Também de tudo o acima exposto parece evidente

que

a Ordem dos Médicos espera urgente cumpri­

mento das Convenções, da actualização dos

respectivos valores, o cumprimento dos prazos, o

pagamento de retroactivos, etc., etc.

Não poc:iendo competir ao Estado o encargo d.

responsável directo pela criação de riqueza

também parece igualmente válido que não deve

competir ao Estado o ser responsável directo pela

prestação de cuidados de saúde! Compete-lhe,

sim, ser o dinamizador da iniciativa face ao risco,

dinamizador da imaginação criadora, aquele que

cria condições de trabalho e que finalmente supre

eventuais carências daqueles que não têm por si

próprios

capacidade para o fazer.

é

tempo pois

que a filosofia explicitada passe a

ser aplicada no campo da saúde: isto, por uma

simples questão de coerência e até de realismo

político.

(4)

relatório de actividades de 1983

• INFRAESTRUTURAS DE APOIO

- ORGANIZAÇÃO INTERNA

A actividade da Ordem dos Médicos exercida pelos seus Corpos Directivos e muito especialmente pelo Conselho Nacional Executivo tem vindo a crescer intensamente e durante o ano de 1983 foi essa tendência manifestamente acentuada. De facto quer a nível interno, pelo aumento de número de Médicos ·inscritos, quer a nível de relações externas pela multiplicidade e complexidade dos problemas que afectam a Classe sócio-profissionalmente e a popula-• ção em geral a nível de cuidados de saúde, assiste-se a um aumento contínuo e acelerado das solicitações que pesam sobre a Ordem dos Médicos.

A título exemplificativo de toda esta actividade atente-se no volume de correspondência processada só no Conselho Nacional Executivo e referente ao ano que ora finda. Foram recebidos 4.266 ofícios e envia­ dos 16.643 ofícios, em comparação com 3.578 recebi­ dos e 10.422 enviados em 1982 e 3.431 recebidos e 9.347 enviados em 1981.

Daqui decorre a necessidade de melhorar a organi­ zação interna, possibilitando a resposta adequada às situações que se apresentam e que foi um facto sempre presente no espírito das pessoas que contri­ buíram com o seu trabalho para o funcionamento das estruturas da Ordem dos Médicos.

O problema do espaço físico necessário ao bom funcionamento do Conselho Nacional Executivo ficará praticamenie resolvido, pois com a extinção da Caixa de Previdência dos Médicos Portugueses será o seu património entregue à Ordem dos Médicos, nomeada­ mente o prédio sito na Avenida Almirante Reis onde já tem sede o Conselho Nacional Executivo. Em breve disporemos dum novo piso completo, onde se encon­ travam as instalações da C_aixa de Previdência dos

Médicos Portugueses, o que permitirá triplicar a área actual.

Sem prejuízo do exposto, visitaram-se e avaliaram­ -se prédios urbanos, na tentativa de encontrar condi­ ções para, em Lisboa, se criar a Casa do Médico. Apesar dos esforços desenvolvidos nenhuma proposta adequada se encontrou até agora, ainda que pareçam perspectivar-se soluções que já poderiam merecer o apoio da Classe.

Entretanto está neste momento em estudo um projecto de microfilmagem dos arquivos actuais (à semelhança do que se fez na Secção Regional do Sul) o que levará a economia de espaço verdadeiramente importante, ao mesmo tempo que se aumenta a segurança dos arquivos existentes, dadas as cópias que ficam à guarda das Secções Regionais.

Procedeu-se também à informatização dos Serviços Administrativos da Ordem dos Médicos, processo que ainda está em curso.

Apesar de tudo o trabalho encontra-se já bastante avançado.

O que se realizou até ao momento desenvolveu-se em 4 blocos que se descrevem do seguinte modo:

BLOCO 1 -FICHEIRO MÉDICO -Elaboraram-se programas em «Cobol» destinados a aceitar a informa­ ção respeitante ao Ficheiro Médico, através de termi­ nais interactivos.

BLOCO 2-TABELAS DE CÓDIGOS-Criação e manutenção de ficheiros auxiliares para registo de determinadas informações de carácter geral e conse­ quentes processamentos a realizar. Entre aquelas tabelas citam-se as do Código Postal, as do Distrito/ /Concelhos as de Especialidades a de Instituições Hospitalares, a de Situação Militar, a de Estado Civil, a das Faculdades de Licenciatura e das Carreiras Médi­ cas, etc.

Informam-se todos os Colegas q ue, perante qualquer eventual inquérito discipli­ nar a que possam ser sujeitos e quando pretendam que a Ordem dos Médicos seja parte e apoie no processo (ao abrigo do Art. 15.0, alínea d) do Estatuto da OM - Dec. Lei 282/77 de 5 de Julho de 1977), deverão informa-se na respectiva Secção Regional, previamente a ser ouvidos em auto, de quais os seus direitos solicitando, se necessário, apoio imediato à Consultadoria Jurldica da Secção.

Igualmente se aconselham todos os Colegas e m tais circunstâncias a exigirem, durante todas as fases do inquérito, a presença do seu advogado.

(5)

BLOCO 3 - GERAÇÃO DE MAPAS - Facilidades para aquisição de Mapas ou «Display» dos Médicos que se encontrem dentro dos critérios da selecção pedidos. Por outro lado e para maior rapidez e eficiência, existem ficheiros auxiliares e que nos permitem muitas vezes suprimir a pesquisa no Ficheiro Médico.

BLOCO 4- TRATAMENTO DE QUOTAS - For­ mulação de recolha interactiva mas agora respeitante à quotização, com as necessárias facilidades de carregamento e actualização do respectivo ficheiro da quotização e do ficheiro de contas correntes.

Programa para o processamento de quotas permitindo facilidades para, trimestralmente emitir as quotas a cobrar fornecendo os respectivos mapas para os Bancos, para os cobradores, para os C.T.T. etc.

Foi desenvolvido um programa onde se encontram facilidades para o controlo do pagamento ou não das quotas, fornecendo as respectivas listagens dos pagos e não pagos.

Neste programa de controlo de cobranças é possível após a emissão das quotas e depois das respectivas cobranças, confirmar as quotas pagas e não pagas, tendo em atenção a necessidade da actualização das contas correntes, sendo possível proporcionar lista­ gens de quotas em dívida.

Em relação ao Pessoal, foi possível dispôr até Agosto dum Secretário-Geral a tempo completo na pessoa do Dr. Sérgio Moreira. Neste momento pro­ cura-se efectuar a sua substituição. Entretanto tem trabalhado em regime-de tempo parcial o Colega Dr. Conceição e Silva, como assessor médico, dada a

Importante:

necessidade de apoio ao Presidente, nomeadamente nas rotinas técnico-administrativas.

Foram também contratados, um Contabilista em tempo parei.ai, uma Secretária, uma Correspondente em Língua Estrangeira, uma Dactilógrafa, um Asses­ sor de Imprensa e um Consultor Jurídico, tendo sido demitidos uma Chefe de Serviços, um Secretário e uma Dactilógrafa.

Em 1983, o Conselho Nacional Executivo utilizou: Assessor Médico

Assessor de Imprensa Advogado (2)

Contabilista (Tempo Parcial) 1 .ª Escriturária (4)

Arquivista

Dact. Língua Estrangeira Oper. Computador 2.ª Dactilógrafa (2) Contínuo

Auxiliar de Limpeza

No Porto e a partir de 7 de Outubro, passou a sede . da Secção Regional do Norte a funcionar nas magnífi-cas instalações da Quinta da Arca d'Água.

Em Coimbra, iniciaram-se os estudos para a compra de um terreno para construção da futura sede ou então para compra de uma sede aproJ:)riada.

Também em Lisboa se tem continuado a procurar um local adequado à instalação da sede e serviços dependentes da Secçâ:l Regional do Sul, havendo alguns locais francamente promissores.

IMPOSTO PROFISSIONAL

Tem esta Ordem conhecimento que numerosos Colegas estão a ser notificados pela

Repartição de Finanças local de que devem fazer um pagamento suplementar de imposto

profissional por não ter sido considerada válida a declaração feita.

Se bem que o art.º 10.º do Código de Imposto Profissional preveja a

possibilidade de avaliação por parte dos Chefes das Finanças Locais quanto à

validade das declarações feitas também não é menos verdade que o pôr em

causa a declaração do médico só pode ter lugar perante dados objectivos que testemunhem

irregularidades não podendo de modo algum ter a base apenas em avaliações subjectivas ou

não provadas.

Assim sugere-se a todos os Colegas que entendam ter feito declarações

válidas que não deixem de recorrer ao Contencioso das respectivas Secções

Regionais a fim de contestar de imediato a avaliação subjectiva feita pela

respectiva Repartição de Finanças. Não podemos esquecer que existe todo um

sistema de escrita e de recibos selados bem como um sistema de inspecção

às mesmas, sendo pois inaceitável a utilização de critérios subjectivos na

penalização dos médicos.

(6)

11

• POLÍTICA DE SAÚDE NACIONAL

No capítulo da política de Saúde manteve-se inalte­ rável a posição assumida desde há vários anos pela Ordem dos Médicos entendendo-se como necessária a criação de um Serviço Nacional de Saúde que corresponda às necessidades da população, proteja o indivíduo quando ele mais carenciado está, isto é, na situação da doença e cujo ponto fundamental consiste na salvaguarda da inteira liberdade de escolha do Médico pelo Doente.

A aceitação deste facto, conjugado com os altos custos da Medicina e que a colocam fora das possibili­ dades económicas da maioria da população, condu­ zem à proposta lógica da criação de um esquema misto de conteúdo eminentemente social, em que coexistam a Medicina Privada, a Medicina Convencio­ nada e a Medicina do Estado.

O actual titular da pasta da Saúde já reconheceu publicamente a razão de ser das muitas críticas feitas à actual legislação respeitante à Saúde, nomeadamente ao Decreto das Carreiras e sua regulamentação, afirmando também ser a presente estrutura inoperacio-• nal, pesadíssima, burocrática e cara, com o triplo dos

funcionários necessários.

De igual modo afirmou ser o princípio da livre escolha do Médico pelo Doente subscrito e aprovado pelo Governo, sendo necessário criar ·condições permitindo a justa recompensa do mérito, do esforço e da competência de cada um, ao contrário do que se passa por exemplo na actual Carreira de Clínica Geral, em que o Médico, trabalhe ou não, seja responsável ou não, recebe praticamente o mesmo vencimento (e ainda por cima trabalha de graça, para o Estado e por deontologia ... acrescentamos nós).

Parecem-nos palavras muito significativas e espera­ mos que rapidamente elas se transformem em reali­ dade.

Neste momento existe um grupo de trabalho informal constituído por representantes da Ordem e do Ministro, cuja função é o estudo das soluções que mais correctamente permitam a reformulação da legislação de Saúde. A sua dinâmica é no entanto inaceitavel­ mente lenta e sem que disso sejam responsáveis as estruturas da Ordem.

Mantiveram-se todas as propostas já anteriormente apresentadas nomeadamente a . Proposta de Bases para o Serviço Nacional de Saúde,·estando a Ordem dos Médicos aberta à discussão, em termos construti­ vos, dos assuntos em causa.

Cabe aqui uma chamada de atenção para um ponto importante: o ano de 1983 dividiu-se em dois períodos distintos, sendo o primeiro durante a vigência do Governo anterior e o segundo desde a tomada de posse do novo Governo.

Durante o primeiro manteve-se a tendência que já vinha do ano anterior, de completo desacordo com os responsáveis Governamentais pela Saúde, chegando­ -se até à ruptura, na medida em que a preocupação principal desses responsáveis parecia ser, a partir de certa altura, a destruição da Ordem dos Médicos como organização representativa dos Médicos e com capaci­ dade de defesa dos mesmos no campo

sócio-profissio-nal e não o aproveitamento das funções de consulta e apoio que, por inerência, cabem a esta.

Assistiu-se a uma tentativa claramente orientada, por parte do Ministério dos Assuntos Sociais e Secre­ taria de Estado da Saúde, para colocar os Médicos numa posição de completa subserviência, sendo-lhes imposta uma dependência absurda perante o burocrata, o funcionário administrativo. Na verdade quase nos é lícito pensar que os únicos obstáculos impeditivos de se conseguir em Portugal «o Serviço Nacional de Saúde perfeito», no pensar daqueles responsáveis, seriam os Médicos e os Doentes. Sem uns nem outros tudo funcionaria no melhor dos Mundos! ...

Já no segundo período a situação foi substancial­ mente diferente. Após a tomada de posse do novo Governo e decorrido um período indispensável para estudo dos problemas existentes na Saúde pelos actuais responsáveis do sector, foi possível estabele­ cer uma via de diálogo, compreensão mútua e de estudo conjunto das soluções necessárias. Uma grande escolha persiste todavia: é a falta de fundos para a Saúde que, demagogicamente, os políticos pretendem afirmar gratuita, pelo menos tendencialmente, segundo a constituição que temos e urge alterar. Outra escolha inultrapassável é que os Governos não se. podem guardar nas boas palavras e terão que mostrar por actos concretos e que já tardam demasiado, as suas opções e o seu respeito pelos direitos dos médicos como profissionais de saúde.

Ainda dentro da problemática da Saúde Nacional é necessário referir que a Classe conforme claramente o demonstrou no plebiscito cujos resultados foram publi­ cados na Revista n.º 1 de 1983, continua a repudiar o actual Serviço Nacional de Saúde e a defender o Estatuto da Ordem dos Médicos, em que esta se assume como uma organização com funções técnicas, deontológicas e sindicais.

Tem também a Ordem dos Médicos continuado a· lutar pela aplicação estrita de um Numerus Clausus, pois sem isto assistir-se-á à eclosão grave do desem­ prego Médico, à má formação universitária dos futuros Médicos e à deficiente formação pós-graduada. Aliás é de notar que este problema é também fonte de preocupação para várias Ordens e Organismos Simila-res bem como para a Comissão Permanente dos Médicos da CEE e estruturas universitárias de vários outros Países.

Finalmente a respeito do problema da Odontologia opôs-se a Ordem firmemente à legalização de novos Odontologistas bem como a criação de Faculdades de Odontologia, que não oferecessem garantias de quali­ dade, ao mesmo tempo que se criaram as condições para a inscrição dos Médicos Dentistas na Ordem dos Médicos, através de regulamentação própria.

• CONSELHO NACIONAL

DE DEONTOLOGIA MÉDICA

Foi chamado a dar o seu Parecer sobre alguns aspectos deontológicos de entre os quais se salienta um solicitado por um Deputado da Assembleia Regio­ nal da Madeira sobre a problemática do Aborto e no

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qual se pede uma definição de Vida, e a partir de que altura se considera, após a concepção, ela existir. • CONSELHO NACIONAL DO MÉDICO INTERNO

E CLÍNICA GERAL

Como se esperava, a actividade deste Conselho cresceu bastante durante o ano findo.

Procurou-se sempre esclarecer as dúvidas e os problemas que individualmente os Colegas puseram bem como a Carreira de Clínica Geral e Internatos Médicos, sugerindo soluções para os problemas existentes.

De salientar as propostas apresentadas ao CNE acerca do desemprego que ameaça as camadas médicas jovens bem como uma outra acerca dos exames de saída dos internatos de especialidade, visando eliminar a duplicação desnecessária de provas.

• ACTIVIDADE JURÍDICA

A Assessoria Jurídica funcionou a dois níveis dife­ rentes: um em que se procurou prestar assistência legal aos Colegas que recorreram à Ordem por problemas profissionais embora eles por vezes afec­ tassem simultaneamente vários Colegas (por exemplo a situação dos Médicos Municipais) e todos esses casos vêm já mencionados no capítulo da defesa sócio-profissional); ao segundo nível diz respeito a situação que envolveu a Ordem e a Classe no seu todo:

- O recurso à greve, em representação dos médi­ cos decidido pela Direcção da Ordem

- A capacidade de outorga de Convenções com os S.M.S. (ou estruturas oficiais de saúde)

- A capacidade de outorgar contratos colectivos de trabalho.

Em relação aos problemas da greve e da capacidade de celebração de contratos colectivos de trabalho está a ser accionada a via processual que visa a declaração desses direitos, decorrentes de natureza sindical, da Ordem dos Médicos, contestado há alguns anos pelo Conselho da Revolução.

Quanto à celebração de Convenções com os S.M.S. foi interposto recurso para o Supremo Tribunal Admi­ nistrativo, na sequência do Parecer negativo da Procu­ radoria Geral da República.

• CARREIRAS MÉDICAS

Neste âmbito continuou-se a pugnar pela mudança da legislação que as rege, integrando-as no espírito e nos princípios definidos na Proposta de Bases do Serviço Nacional de Saúde apresentado já em Janeiro de 1979 e nos projectos de Carreiras e Internatos também já propostos pela Ordem.

Durante o ano de 1983 foram postos a nú os princípios e condicionantes orientadores dos projectos legislativos dos anteriores responsáveis governamen­ tais, consubstanciados no Decreto-Lei 310/82 e muito especialmente na sua regulamentação por Portarias e

Despachos ulteriores de onde ressaltam os «benefí­ cios» que trazem a Médicos e Doentes.

Assim, deixaram os Clínicos Gerais de poderem escolher livremente os seus horários, obrigados que foram a manter-se em rotatividade, com atendimento entre as 8 horas e as 20 horas. Passaram a ter que atender as urgências em simultâneo com a sua consulta diária, deixaram de receber o pagamento de horas ditas incómodas (nocturnos, domingos e feria­ dos) e para cúmulo, falaciosamente, esticaram-se as 12 horas que por lei seriam destinadas à urgência para 24 horas (em regime de prevenção, mas de qualquer modo obrigando o Médico a manter-se inteiramente à disposição da entidade patronal, neste caso o Estado). Verificou-se uma progressiva caixificação da Carreira de Clínica Geral e o chamado Médico de Família nunca surgiu na prática. Alguns destes «benefícios» foram anulados graças aos esforços do Conselho Nacional Executivo e esperamos que os restantes venham também a sê-lo.

Na Carreira Hospitalar o panorama foi igualmente lastimoso a começar pelas ilegalidades dos Concursos

de Acesso à Carreira e pela violação do Estatuto da Ordem - «criando» novas Especialidades e preten­ dendo atribuir títulos de Especialista, passando pela • interferência na formação dos Médicos recém-licen­ ciados, em que aquela foi preterida a favor de critérios de pseudo-assistência a população.

Também nada foi feito pela melhoria das condições formativas dos Internos do Internato Complementar. Quanto à Carreira de Saúde Pública objectivou-se uma excessiva preponderância dela sobre a de Clínica Geral, na medida em que, por exemplo, a nível de Concelhos, foram os Médicos de Clínica Geral coloca­ dos na prática na dependência dos Delegados de Saúde.

A Direcção Médica de um Hospital Concelhio deve­ ria em princípio caber ao Médico da Carreira de Clínica Geral mais graduado, pois a formação de base da Carreira de Clínica Geral e de Saúde Pública divergem profundamente, até por terem finalidades diferentes. Em qualquer dos casos também na Saúde Pública existiu um paralelo com as outras Carreiras: tudo se fez· para se retirarem aos Médicos das Carreiras direitos adquiridos, impondo-lhes mais obrigações sem qualquer contrapartida.

O que atrás ficou exposto serve para demonstrar� que as actuais Carreiras não servem e que não é suficiente remendá-las: há sim que alterá-las de raíz, como foi sempre intransigentemente defendido pelo Conselho Nacional Executivo.

• CONVENÇÕES

O problema das Convenções foi um dos que maior atenção mereceu por parte do Conselho Nacional Executivo, não só por afectar grande número de Colegas e pessoas deles dependentes e por ser uma forma de assistência. médica que se pretende estender o mais possível, tornando-se na base preponderante do Serviço Nacional de Saúde, mas também pelos ataques violentos dirigidos contra elas.

Com efeito o Ministro Luís Barbosa e o Secretário de Estado Paulo Mendo, na sua tentativa de destruição do

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«Poder Médico Organizado», representado pela Or­ dem dos Médicos e que poderia dificultar a imposição dos seus esquemas de Saúde, ou por esquecerem ou por conhecerem bem demais o que socialmente, como profissão liberal a Ordem representa, viram nas Convenções o meio ideal de dividirem os Médicos e lhes retirarem direitos tão duramente ganhos após o 25 de Abril, por forma a levá-los novamente para uma situação de completa impotência perante o poder estatal.

Deste modo não mantiveram compromissos assumi­ dos por anteriores Governos quanto à actualização e revisão dos valores das tabelas dos Actos Médicos e Exames Complementares de Diagnóstico; aumenta­ ram ainda mais os atrasos nos pagamentos, embora o pagamento pelos utentes de certas taxas moderado­ ras, parte integrante dos honorários devidos pelos Actos Médicos convencionados fosse cobrado de imediato pelos Serviços Médico-Sociais. Tudo isto contra o frontal e repetido alerta e denúncia por parte do Conselho Nacional Executivo da Ordem dos Médi­ cos. Mas este nada conseguirá se os médicos não lhe derem todo o seu claro e motivado apoio e que representa no fundo a sua própria e mais eficaz • defesa.

Entretanto afirmavam que se os Médicos, através de Associações desligadas da Ordem ou até, pasme-se, individualmente, quisessem negociar directamente com o Governo «não haveria qualquer problema financeiro» e tudo seria mais fácil ...

Assim foi feito individualmente com alguns Cardiolo­ gistas e colectivamente com a Associação Portuguesa dos Médicos Radiologistas.

Por fim como corolário de toda est_a campanha, resolveu o Ministério dos Assuntos Sociais homologar um Parecer da Procuradoria Geral da República (baseado ele próprio num Parecer do Conselho da Revolução e que a Ordem contesta, que afvirmava a inconstitucionalidade do Estatuto da Ordem na parte referente às suas capacidades sindicais) já existente desde há longa data (mas que só em Março de 1983 foi decidido utilizar), denunciando unilateralmente as Convenções.

A Ordem dos Médicos contestou ou irá contestar judicialmente todos estes actos, inclusive o Parecer do Conselho da Revolução, que será entregue ao Tribunal Constitucional. Entretanto as Convenções continuaram a funcionar como anteriormente.

Com a tomada de posse do novo governo foi possível alterar substancialmente a situação estabele­ cendo t..:!TI diálogo construtivo e o Senhor Ministro da Saúde pediu novo Parecer à Procuradoria Geral da República, nos termos propostos pela Ordem, acerca da possibilidade desta definir Convenções com o Governo. Mantiveram-se entretanto em funcionamento todas as Convenções esperando-se a actualização dos valores das Convenções, que no entanto até agora não se concretizaram o que é não só totalmente imoral e ilegal como inaceitável.

O novo Parecer da Procuradoria Geral da República, porque ainda baseado na declaração de inconstitucio­ nalidade dos direitos sindicais da Ordem continua a não permitir a esta actuar em contratação colectiva mas permite-lhe no entanto a possibilidade de estabe­ lecer parâmetros a que devem obedecer as

Conven-ções a subscrever entre os Serviços Oficiais e os Médicos que a elas queiram aderir.

Quer isto dizer que, quando há vontade política por parte do Governo, a Ordem pode «negociar» as Convenções com os órgãos oficiais indicados.

Na situação actual as perspectivas melhoraram mas não pode a Ordem, enquanto organismo de Classe, permitir que os Médicos continuem na dependência «apenas de boas vontades». É necessário e está a tentar-se com todos os recursos existentes, repor a acção sindical, inclusive ria contratação colectiva para defesa sócio-profissional dos Médicos, como atributo da Ordem.

Entretanto estão em fase de reactivação as Comis­ sões de Controlo das Convenções e, por acordo com o Ministério, irá esta efectúar também estudos que permitam estabelecer com justiça e realismo os valo­ res dos custos técnicos e honorários Médicos, para o que a Ordem já tem os respectivos estudos económi­ cos feitos e lhe permitirão, se necessário, contestar os resultados dos estudos apresentados pelo Governo, através dos seus Serviços.

• CÓDIGO DE NOMENCLATURA

DE ACTOS MÉDICOS E VALOR RELATIVO

Foi publicado em 1983 o novo Código de Nomencla­ tura de Actos Médicos e seu Valor Relativo, após estudos exaustivos em que colaboraram os Colégios de Especialidades, os Conselhos Regionais da Ordem, o Conselho Nacional de Medicina Livre e o Conselho Nacional Executivo. As propostas dos Colégios, base do Código e Tabela tiveram nesta último aspecto que sofrer algumas alterações no sentido de equilibrar os valores entre os actos Médicos das várias especialida­ des e que seguramente os Membros dos Colégios não deixarão de compreender ser necessário.

Pretendeu-se com este Código obter um conjunto de valores comparativo entre todos os Actos Médicos, que deste modo poderá ser utilizado quer para a Clínica Privada quer para a Convenção. Quanto à primeira os limites de valor de «K» serão de 90$00 e de 450$00, isto é: abaixo de 90$00 considera-se que o Médico está a degradar a imagem profissional e deve então cobrar honorários se entender que o Doente não pode pagar aquele valor, e acima dos 450$00 a Ordem não concederá laudo, caso ele lhe seja solicitado.

No que respeita às Convenções o valor de «K» será naturalmente acordado entre as partes intervenientes. Naqueles sectores em que são necessários grandes investimentos em meios técnicos separou-se o valor do Acto Médico do valor correspondente ao custo técnico «C», dependente este dos custos materiais e humanos necessários à realização do acto.

Para 1983 o valor de C foi calculado a 75$00. O objectivo principal que se espera alcançar com este Código de Nomenclatura de Açtos Médicos e seu Valor Relativo será a transformação de vários sistemas de contratos com pagamento por Acto Médico em verdadeiras Convenções, levando à sua generalização e obstando a que os Médicos sejam obrigados a aceitar valores impostos unilateralmente por outrém, como até aqui tem quase sempre sucedido. Para isto impõe-se um esforço conjunto e a colaboração activa 7

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de cada um para o que desde já se alertam todos os Colegas.

• V CONGRESSO NACIONAL DE MEDICINA

Realizou-se em Outubro, nas instalações da Funda­ ção Calouste Gulbenkian, em Lisboa, o V Congresso Nacional de Medicina, cumprindo-se um dos deveres estatutários da Ordem dos Médicos.

Cremos ter sido um acontecimento de grande relevo na vida nacional pela importância de que se revestiu e que contou com o contributo dos Colégios das Espe­ cialidades da Ordem. Estiveram presentes entre ou­ tros, o Presidente da República, Primeiro-Ministro e o Ministro da Saúde.

Como temas dominantes deste Congresso quere­ mos destaca_r a «Homenagem ao Médico Jubilado», a «Homenagem à Fundação Calouste Gulbenkian e ao Prof. Fernando da Fonseca», o «Estado e a Arte», «Educação Médica Contínua», «O papel do Médico e os Direitos Humanos» e a Exposição sobre «O papel do Médico na acção Sócio-Cultural» e que ficou a dever o seu brilho à acção excepcional do Colega Luís Silveira Botelho.

Ao homenagear o Médico Jubilado mais não fez a Ordem dos Médicos, em nome da Classe, do que reconhecer os enormes serviços prestados pelos Colegas com mais de 70 anos à Medicina e ao País através do seu trabalho, dos seus sacrifícios, da sua dedicação, competência e qualidades humanas. Foi atribuído a todos os Médicos Jubilados um Diploma comemorativo desta homenagem.

Com a homenagem à Fundação Calouste Gulbenkian e ao Prof. Fernando da Fonseca pretendeu-se agrade­ cer o grande contributo prestado à Medicina, à Ciência e ao Povo Português pela Fundação e pelos seus dirigentes.

Analisando a parte científica do Congresso, enten­ deu-se que a sua orientação devia obedecer à divulga­ ção a todos os Médicos dos enormes avanços a nível técnico e dos ·conhecimentos a que se assistiu nos últimos 3 anos, a um ritmo cada vez mais acelerado. Só isso lhes permitirá orientar mais correctamente os seus Doentes quando forem necessários os meios de diagnóstico e tratamento mais especializados: por outras palavras, procedeu-se, em termos práticos, à determinação do Estado da Arte, tendo tal tarefa cabido aos Colégios das Especialidades. Ainda neste âmbito é de salientar a realização de um Curso sobre Diabetes, que foi seguido de uma prova de avaliação voluntária, e que se deseja venha a ter valor curricular importante.

Realçou-se a Educação Médica Continua através de uma Mesa Redonda em que se procurou demonstrar a grande importância que ela detém numa época em que os conceitos e os conhecimentos Médicos evoluem constante e rapidamente.

Outra Mesa Redonda de grande interesse e cuja importância importa frizar foi a que se centrou sobre o tema «O Médico e os Direitos Humanos», numa altura em que tanto se discute o papel do Médico nas sociedades humanas e se repudia a sua participação na pena de morte ou na tortura. Julgamos ser útil relembrar que foi aprovado no ano que passou, pela

Assembleia Geral da Organização das Nações Unid_as um texto que consagra os pontos de vista da As�ocia­ ção Médica Mundial, expressos na Declaraçao de Tóquio, que a Ordem dos Médicos subscreve, e em que se interdita ao Médico qualquer actuação na aplicação de pena de morte, na tortura, ou em tratamentos cruéis ou degradantes para os prisionei­ ros. Sublinhou-se também a importância da Deontolo­ gia na prática da Medicina.

Importante ainda no Congresso foi a exposição cultural, da qual se editou um catálogo, e grande valor bibliográfico, que pode ser ainda adquirido pelos Colegas que o desejem, e na qual se realçou a importância e a qualidade da intervenção dos Médicos Portugueses não só na Medicina, mas também na Política e na Cultura, e ainda o reflexo na vida das populações traduzido pelas múltiplas homenagens prestadas ao longo dos tempos por essas mesmas populações e consagradas na toponimia, na estatutá­ ria, etc ...

• DEFESA SÓCIO-PROFISSIONAL

Foi a defesa sócio-profissional preocupação do Conselho Nacional Executivo, numa altura em que foram constantes os ataques

à

Classe e aos seus direitos. Questões houve que foram resolvidas a contento, outras não, e muitas há que estão penden­ tes. Vejamos os assuntos sobre os quais se debru­ çaram as estruturas dirigentes da Ordem no intuito da sua solução:

- Remuneração das chamadas horas incómodas (noites, sábados, domingos e feriados).

- Alteração ilegal do horário de Clínica Geral de 45 para 57 horas, com base no Decreto-Lei 62/79 sobre o pagamento de horas extraordinárias e que nada tem a haver com os horários de trabalho da Carreira de Clínica Geral.

- Alteração arbitrária por algumas ARS dos horários dos médicos, fragmentando as 12 horas de urgência e estabelecendo turnos sem a devida antecedência e audição dos Médicos interessados.

- Defesa do direito dos Clínicos Gerais de fixarem

os seus horários de consulta normal, posto em causa , pelo então Secretário de Estado de Saúde.

- Requisição de Médicos, como o caso dos Psi­ quiatras, feita em situações de não emergência.

- Atitude descriminatória contra os Médicos inte­ grados nas Carreiras, quando doentes, obrigando-os a comparecer a Junta Médica no prazo de oito dias, ao contrário do que se passa com os outros funcionários d9 Ministério dos Assuntos Sociais.

- Questão levantada por uma ARS afirmando erra­ damente que o Clínico Geral não pode atender no regime de Convenção doentes inscritos no ficheiro de outros Médicos da Carreira.

- Tentativa de resolução do problema de alguns Médicos Municipais a quem algumas Câmaras se recusam a pagar, de acordo com o Estatuto do Médico. - Remuneração dos Médicos Municipais, de acordo com o estipulado no Decreto-Lei 373/79.

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- Portaria Regulamentadora de Trabalho das Em­ pregadas de Consultório, extensão de CCT negociado por algumas Associação Patronais e para a qual a Ordem terá que ser ouvida na sua aplicação à generalidade dos Médicos.

- Convenções e o não cumprimento dos prazos acordados pelo seu pagamento, a não actualização dos valores de «K» nas datas previstas (e quando tal aconteceu a actualização foi insuficiente e apenas para o «K» do Acto Médico). Também a necessidade de serem fornecidos os elementos permitindo a imple­ mentação dos sistemas de controlo de qualidade, foi repetidas vezes exigida dos Governos.

- A possibilidade dos Delegados e Subdelegados de Saúde e Médicos Municipais que aderiram à Carreira de Saúde Pública, acumularem as duas funções, até atingirem a reforma, sem perda de direitos.

- A atribuição de subsídio adicional idêntico ao dos Médicos de Clínica Geral aos Médicos da Carreira de Saúde Pública, de acordo com o estabelecido no Decreto-Lei 310/82.

- O Imposto Profissional e o problema das auto-de­ clarações contestadas.

- Rescisão unilateral de contrato pelos Serviços Médico-Sociais em relação com os Médicos que optaram pelas Carreiras.

� O problema da acumulação, que nada na Lei expressamente proibe, entre lugares de Subdelegado de Saúde e Serviços Médico-Sociais, Médicos de empresa ou ainda Medicina Convencionada.

- O pedido feito a alguns Colegas pelos SMS no sentido de reporem salários recebidos por trabalho realizado efectivamente.

- A exigência de reposição feita aos Médicos Internos de Internato Complementar de quantias rece­ bidas por trabalho efectivamente prestado em regime de 45 horas antes de tal lhes ter sido autorizado.

- A luta pela actualização dos vencimentos e pagamentos de retroactivos aos Médicos dos Serviços Médicos-Sociais.

- A ilegalidade do desconto das faltas não justifica­ das no ordenado e simultaneamente nas férias quando um Médico não esteja sujeito ao Estatuto .da Função Pública nos S.M.S.

- O direito a licença para férias aos Internatos do primeiro ano do Internato Geral.

- A tomada de posse dos lugares de Clínica Geral em termos eventuais (situação prontamente escla­ recida).

- As questões relacionadas com o desemprego Médico.

- A uniformização das remunerações dos Médicos Civis que prestam serviço na G.N.R.

- O problema da inscrição na Segurança Social dos Trabalhadores Independentes.

- A questão do Hospital Distrital de Portalegre e o pagamento das urgências em regime de prevenção.

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-- A tentativa de impôr aos Médicos que trabalham nos Serviços Médico-Sociais um aumento de número de doentes que têm de ver nos períodos de consulta.

· -A necessária actualização dos vencimentos dos Médicos dependentes de outros Ministérios que não o da Saúde, como por exemplo, o Ministério da Justiça e o MEC, etc, etc . . .

- O problema levantado pela abertura de vagas de estágio de análises clínicas para licenciados em Farmácia, em Hospitais Centrais, quando essas vagas fazem falta a Médicos que querem estagiar em Patologia Clínica.

- Aplicação a curto prazo, aos Médicos do Instituto Português de Oncologia de Francisco Gentil, do Estatuto do Médico e das Carreiras Médicas.

- Médicos integrados na Carreir_a Hospitalar (ao abrigo do despacho da S.E.S.A. 27.7.70 Diário da República li Série n.º 185, 11.8.70) sendo especialistas pela Ordem - serem dispensados das provas públi­ cas referidas no art.º 1.º do Decreto-Regulamentar n.º 51/78 de 15/12, para se igualarem em direitos na Carreira Hospitalar aos médicos integrados por con­ curso da mesma.

Entretanto vários foram os pontos conseguidos, entre os quais salientamos:

- A garantia recebida de permanência dos Médicos Policlínicos nos Hospitais até à realização dos Concur­ sos de entrada no Internato Complementar e na Clínica Geral.

- A garantia de simultaneidade do Concurso de entrada no Concurso do Internato Complementar e na Clínica Geral.

- A realização separada dos Concursos para os actuais P4, P3 e P2.

- Revisão e alargamento do mapa de vagas para o Internato Complementar com aumento rateado daque­ las pelos três cursos de candidatos.

- Possibilidade de actualização do número de vagas em Clínica Geral.

- Eliminação do cartão de eleitor como factor preferencial na colocação dos Clínicos Gerais.

- Assegurada a ponderação das médias de curso nos casos de desvios significativos.

- A garantia de suspensaão do Despacho 18/83 relativo às colocações provisórias dos Assistentes Hospitalares, com realização a curto prazo de novo concurso definitivo e garantia do pagamento do venci­ mento no Hospital em que se encontram.

- Retoma das Convenções suspensas pelo Go­ verno anterior é novo pedido de esclarecimento à Procuradoria Geral da República, agora formulado em termos correctos e que tiveram a concordância da Ordem dos Médicos.

- Insistência do Ministério da Saúde junto do Ministério das Finanças para que sejam fornecidas as verbas que permitam pagar rapidamente as dívidas 9

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aos Médicos, correspondentes não só aos aumentos devido aos Serviços Médico-Sociais desde 1 de Janeiro de 1982 como também aos atrasos de paga­ mento de actuais Convenções.

- Obteve também a Ordem garantias formais de que o Ministro da Saúde irá anular todos os Despachos ilegais que assinou face aos dados errados que lhe foram fornecidos pelos seus serviços e nomeadamente por algumas Administrações Regionais de Saúde e Hospitalares, a propósito de despedimentos dos Servi­ ços Médico-Sociais.

Dos itens atrás indicados dois há que importa destacar:

- O que se prende com a Segurança Social dos Trabalhadores Independentes e a respeito do qual tudo se tem tentado no sentido de levar os vários Governos a aceitarem a posição da Ordem, que defende a voluntariedade da inscrição ficando a descontar para a dita «Caixa» apenas os Colegas que não possuíssem qualquer outro esquema de protec­ ção, com descontos sobre horário completo ou os que não ultrapassassem os 55 anos e mesmo assim, até a um valor obrigatório não excedendo três ordenados mínimos nacionais e com indexação ao ordenado mínimo nacional como sucede com os Advogados e Solicitadores. Tai não foi até agora possível, pois parece claro que a Segurança Social dos Trabalhado­ res Independentes, funcionando nos moldes decididos pelo Governo, resultará num novo imposto para os Médicos e numa importante fonte de receitas para o Estado. Aqui só a Classe unida, e com uma posição de firmeza, poderá contrapôr a decisão, já tomada pelo Governo. A felicidade não pode ser imposta como o paraíso não precisa de muros para que se não saia dele.

- O problema do desemprego médico é também um assunto sobre o qual se tem a Ordem dos Médicos debruçado há vários anos e não apenas agora, como com outros acontece .. .

As soluções estão apontadas: é necessário impôr um Numerus Clausus em Medicina que não ultrapasse por ano, para o total do País a abertura de 180 vagas e alterar o sistema de saúde, de sistema fechado para

·um sistema aberto, nos moldes preconizados pela Ordem, respeitando as regalias adquiridas pelos Cole­ gas já integrados nas Carreiras e concedendo facilida­ des aos Colegas mais novos na fase inicial da sua actividade clínica. O que se pretende para todos é condições de exercício profissional independente e não necessariamente ou preferentemente como fun­ cionário público.

Porém, se o Governo entender não modificar o sistema de saúde nem actuar sobre as entradas para as Faculdades, a Ordem responsabilizá-lo-á inteira­ mente pela situação que inevitavelmente surgirá e reivindicará o pleno emprego para todos nos serviços oficiais. Se tal se verificasse os médicos deveriam tomar consciência do facto de se estar perante uma verdadeira agressão à Classe, visando retirar-lhe o estatuto profissional que detém como profissão liberal e levando à sua completa proletarização.

• RELAÇÕES COM O GOVERNO

Neste capítulo podemos afirmar que o ano terminou muito melhor do que começou. Com efeito, a colabora­ ção existente com o Governo em geral e o Ministério da Saúde em particular, tem sido boa.

No entanto, até pelas más experiências vividas no passado, sabemos todos que vai uma distância muito grande entre as palavras e os actos.

Não bastam afirmações.de concordância dos princí­ pios gerais defendidos pela Ordem nem mesmo a constituição de grupos de trabalho que se propõem estudar alternativas à situação presente: é necessário a efectivação das mudanças reclamadas.

Espero pois a Ordem do actual Governo que, após um tempo mais que suficiente para estudo dos proble­ mas do sector, começam a surgir as provas da vontade real de desenvolvimento de um esquema de Saúde humanizado, respeitador dos direitos legítimos de todos, feito em colaboração com os Médicos e não contra eles ou à custa deles.

Continua a aguardar-se a promulgação como De­ creto-Lei do Código Disciplinar da Ordem, o que tem causado sérias dificuldades na acção disciplinar que a Ordem deve exercer para defesa dos direitos e

dignificação da Classe.

1

Ministério da Saúde

Após um período de relações tensas com o Dr. Luís Barbosa (M.A.S.) e Paulo Mendo (S.E.S.), têm-se realizado regularmente (em média uma por mês) reuniões entre o Ministro da Saúde e seus Assessores e o Conselho Nacional Executivo, nas quais foram múltiplos os assuntos abordados entre os quais cita-mos: o Estatuto da Ordem, tendo sido exigido o seu inteiro respeito, nomeadamente a exclusiva titulação

de Especialistas pela Ordem (posto em causa pela Portaria 1103/82), o Estatuto do Médico, ciclos de estudos especiais, o Serviço Nacional de Saúde e a restruturação das Carreiras Médicas, o projecto da Direcção Geral dos Cuidados Primários de Saúde, a criação de um Serviço Nacional de Verificação de Baixas, a colocação em pleno funcionamento dos Hospitais Distritais com equipes médicas completas, Concursos Médicos, Lei de Gestão Hospitalar, desem- \

prego Médico, situação nos actuais Serviços Médico­ -Sociais, Convenções, Códigos Deontológico e Disci­ plinar, segredo profissional, atestados médicos e sua legislação, selo médico, tentativa abusiva de

legaliza-ção de Odontologistas, Impostos, Segurança Social dos Médicos, especialidades farmacêuticos, hemodiá-lise, numerus clausus, alcoolismo, destacamento de Médicos (Decreto-Lei 373/79), remunerações dos Mé­ dicos nas várias Carreiras, independentes ou não do Ministério da Saúde, e muitos outros já apontados ou incluídos noutros capítulos deste relatório.

Acrescentaremos que vários foram os problemas resolvidos pela colaboração directa entre a Ordem dos Médicos e o Ministério, nomeadamente a revogação da Circular Normativa n.º 1 /83 de 3 de Fevereiro em que o Secretário de Estado da Saúde tinha proibida toda e qualquer troca de correspondência entre os estabelecimentos oficiais de Saúde e a Ordem dos Médicos.

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(l

Ministério da Justiça

A Ordem voltou a insistir na actualização dos valores pagos pelas peritagens nos Tribunais, sem alteração de há longos anos a esta parte.

Alertou o Ministério para a falta de Serviços Médicos Legais no Sul do País e também para o facto da legislação sobre Alcoolémia dever contemplar peões envolvidos em acidentes e ser injustificada a retenção da multa aos automobilistas erradamente acusados.

A Ordem elaborou um estudo crítico sobre a nova legislação sobre estupefacientes mas que infelizmente não foi contemplado na sua maior parte e o que certamente implicará, a mais curto prazo, na sua alteração dados os erros que contém como seja o permitir que, em urgência, o farmacêutico forneça medicamentos sem receita médica, etc, etc.

Ministério do Trabalho

Procurou-se resolver a problemática das Portarias Regulamentadoras de Trabalho, até aqui simples extensão de negociações feitas entre os Sindicatos e algumas entidades Médicas mas apenas representati­ vas de um sector muito restrito da Classe. Pugnou-se por uma diferenciação nítida entre os Médicos contro­ lando uma verdadeira empresa e aqueles que exercem a profissão com carácter fundamentalmente individual. Secretário de Estado do Tesouro

Procurou-se «avançar» com um projecto de «selo médico» que ficou completo (incluindo o próprio modelo do selo) mas que aguarda ainda ·a vontade política para a sua promulgação. Estão já no entanto ultrapas­ sados os problemas técnicos. Procurou-se ainda resol­ ver os problemas ligados à tributação fiscal, quer à tributação abusiva quer quanto a possíveis descontos. Director Geral das Contribuições e Impostos

Foram tratados vários assuntos relativos à tributação dos Médicos e muito especialmente os seguintes:

- Regularização da situação daqueles Médicos agora acusados de não ter passado recibos oficiais do modelo 2 em relação a trabalho exercido em regímen Convencionado para os Serviços Médico-Sociais e que em vez dos citados recibos passaram recibos fornecidos pelos próprios Serviços Oficiais (SMS).

Contamos que esse assunto tenha ficado esclarecido e não dê lugar, portanto, a quaisquer problemas para os Colegas que assim procederam, já que foi manifesta a sua boa fé e a resposta esclarecedora por parte das Finanças apenas chegou em meados de 83, enquanto que as penalizações que pretendiam impôr-se, corres­ pondiam a 1981 e 1982 ..

- Clarificação da interpretação dada pelas Finan­ ças em relação aos descontos permitidos por viagens para efeitos de Congressos e acções de valorização profissional. Defesa do conceito de que são as despe­ sàs efectivamente feitas que terão de ser descontadas

e só perante a ausência de documentação se justificará a utilização apenas dos descontos oficiais para a

Função Pública.

- Sensibilização para a necessidade de aplicar aos Médicos o mesmo tipo de descontos que é aplicado às Sociedades Comerciais, ou seja, desconto sobre valo­ res reais em relação a material e equipamento, descontos em relação a viaturas, despesas de repre­ sentação, etc, por forma a não se tornar necessário o recurso à formação de Sociedades como forma de obstar aos agravos de uma fiscalidade injusta e pesada.

Secretaria de Estado da Segurança Social

Os assuntos abordados foram a Segurança Social dos Trabalhadores Independentes, em que há uma profunda discordância entre a Ordem dos Médicos e o Governo, a regularização da situação da antiga Caixa de Previdência dos Médicos Portugueses - a integrar no Fundo de Solidariedade da Ordem dos Médicos e o eventual contributo da Ordem dos Médicos para a revisão das tabelas de incapacidade por acidente de trabalho ou doenças profissionais.

Secretaria de Estado dos Desportos

Foram tratados fundamentalmente três problemas nomeadamente: dar conhecimento ao Secretário de Estado dos Desportos da Declaração sobre Código de Ética em Medicina Desportiva, da recente Declaração da Associação Médica Mundial sobre o Boxe e final­ mente quanto à problemática do funcionamento dos Centros de Medicina Desportiva - e em que as autori­ zações para prática de desporto devem estar condicio­ nadas às características desse mesmo desporto e não baseadas numa lei de «tudo ou nada». Foi igualmente chamada a atenção ao Secretário de Estado sobre a _ necessidade de deixar ao atleta o máximo de liberdade de actuação após ser informado dos eventuais riscos que possa correr a sua saúde, pela prática de determinado desporto.

Ministério da Indústria e Energia

A Ordem esteve representada na C.P.C.R.I., Comis­ são criada no âmbito deste Ministério com a finalidade de estudar formas de protecção das radiações ionizan­ tes. Desta Comissão saiu uma proposta de Portaria proibindo o fabrico e a venda de pára-raios radioacti­ vos e ainda uma outra sobre a criação na Direcção Geral de Saúde duma Comissão Nacional de Protec­ ção contra radiações.

• REVISTA

No ano de 1983 procedeu-se à restruturação da Revista, com a alteração do aspecto gráfico tendo sido entregue a sua coordenação a um profissional da Comunicação Social bastante qualificado, de onde resultou melhoria nítida da qualidade da Revista da Ordem dos Médicos.

Tentou-se também fazer a sua expedição com Porte Pago, mas surgiram dificuldades que se procuram tornear.

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Problema grave para a r9solução do qual se envida­ ram os maiores esiorços é o da não recepção da Revista por muitos Colegas. Neste momento pensa­ mos que os Colegas que ainda. as não recebem não têm as moradas actualizadas, pelo que solicitamos que o façam com a maior brevidade possível.

• FUNDO DE SOLIDARIEDADE

Não foi até agora possível iniciar na prática a acção directa do Fundo de Solidariedade no auxílio a Cole­ gas, pois não se conseguiu estabilizar as verbas para tanto necessárias. As razões prendem-se com a compra da Casa do Médico, na Secção Regional do Norte. na qual foram gastas grande parte das verbas disponíveis. o que poderia impedir o cumprimento de compromissos a assumir em relaçao ao Fundo e seus beneficiários.

• MUTUA PARA COBERTURA DOS RISCOS DE RESPONSABILIDADE CIVIL PROFISSIONAL DOS MÉDICOS

Iniciaram-se os estudos, nomeadamente a orçamen­ tação e planeamento, de um sistema para cobertura de riscos da responsabilidade Civil Profissional dos Médi­ cos. Tal sistema de seguros ficaria na dependência do Conselho Nacional Executivo. Os estudos deverão ficar concluídos ainda no primeiro trimestre de 1984.

Uma das vantagens em relação a tal sistema. será a rentabilização do Computador adquirido pela Ordem dos Médicos e sobretudo a redução significativa dos prémios a pagar por cada Médico. Projecta-se um seguro global, independente da Especialidade exercida e cujo prémio anual será, em princípio, estabelecido de acordo com a sinistridade que teve lugar nos anos imediatamente anteriores.

• ESPECIALIDADES E COMPETÊNCIAS MÉDICAS

ESPECIALIDADES

Anatomia Patológica Anestesiología Cardiologia Cirurgia Geral Cirurgia Pedíátrica Cirurgia Plástica Cirurgia Torácica Dermatologia Endocrinologia Estomatologia Fisiatria Gastroenterologia Ginecologia Ginecologia/Obstetrícia Hematologia Clínica Medicina Interna Neurologia Neurocirurgia Obstetrícia Oftalmologia Otorrinolaringologia Ortopedia Patologia Clínica Pediatria Pedopsiquiatria Pneumologia Psiquiatria Radiodiagnóstico Radioterapia Urologia

Durante o ano de 1983 seguiram-se as directivas que levaram à normalização da vida da Ordem neste campo.

Apresentamos a seguir o quadro dos exames.

CONCORRERAM

APROV.

REPROV.

2 1 9 3 4 1 12 2 2 2 2 3 1 1 4 4 5 5 3 2 11 8 5 4 7 6 4 3 2 2 1 13 4 2 1 1 2 2 7 2 4 27 22 13 8 17 6 15 9 20 8 2 1 8 2 14 9 10 7 2 1 4 1 231 126 8

DESIST.

N. ADMIT.

1 6 2 1 6 2 1 1 3 1 1 1 2 1 9 1 5 1 4 11 6 12 1 1 5 5 3 1 3 84 13

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1

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LISTA DE EXISTÊNCIAS DE ESPECIALISTAS EM 1.1.84 Anatomia Patológica . . . 52 Anestesiologia . . . 259 Cardiologia . . . 346 Cirurgia Geral ... 679 Cirurgia Pediátrica . . . 46

Cirurgia Plástica e Reconstrutiva . . . 43

Cirurgia Torácica . . . 48 Cirurgia Vascular ... . Dermatologia . . . 115 Endocrinologia . . . 82 Estomatologia ... 618 Fisiatria . . . 130 Generalistas . . . 71 Gastroenterologia . . . 145 Ginecologia ... 138 Ginecologia/Obstetricia ... 277 Hematologia Clínica . . . 13 Medicina Interna ... 345 Medicina Nuclear . . . 27 Medicina Tropical . . . 86 Nefrologia . . . 37 Neurologia ... 138 Neuro-Cirurgia . . . 49 Obstetrícia . . . 103 Oftalmologia ... 257 Ortopedia ... 231 Otorrinolaringologia ... 221 Patologia Clínica ... 366 Pediatria ... 618 Pedopsiquiatria . . . 31 Pneumotisiologia ... 230 Psiquiatria . . . 382 Radiodiagnóstico . . . 236 Radioterapia/Medicina Nuclear . . . 73 Reumatologia . . . 26 Urologia . . . 120 Competência de Electroencefalografia 21

Competência de Medicina Desportiva 5

Competência Hidrologia Médica 13

TOTAL 6.677

CONGRESSOS, SIMPÓSIOS, JORNADAS E CONFERÊNCIAS EM QUE A ORDEM DOS

MÉDICOS ESTEVE PRESENTE EM 1983 NACIONAIS

- Ili Congresso Nacional do Policlínico Lisboa, 1 O - 13 Janeiro

Dr. António Gentil Martins

- li Jornadas Internacionais de Reumatologia Lisboa, 27 - 28 Janeiro

Dr. António Gentil Martins

-- 111 Congresso Nacional de Cirurgia

Lisboa, 3 Março

Dr. António Gentil Martins

- VI Congresso Português de Cardiologia Troia, 13 Março

Dr. António Gentil Martins (Comissão de Honra) (não presente)

- Encontro sobre Responsabilidades Médicas e Sociais na Área de Sines

Sines 17 Março Dr. Mendes Magalhães

- 1 Congresso Internacional de Medicina Legal do Porto

Porto, 22 - 25 Junho

Dr. António Gentil Martins (Comissão de Honra) (não presente)

- Reunião Conjunta das Sociedades Luso--Espanholas e Italianas de Neurocirurgia

9 - 1 O - 11 Maio, Lisboa Dr. A. Gentil Martins

- IV Congresso Português de Geriatria Lisboa 26 - 29 Outubro

- li Congresso Nacional de Técnicos de Radiologia Lisboa 28 - 30 Novembro

Dr. António Gentil Martins

- Secção Conjunta da Sociedade Portuguesa de Cirurgia e da Sociedade Portuguesa de Gastroenterologia

Lisboa

Dr. António Gentil Martins

- lii Jornadas de Medicina Interna do Porto Porto, 22 - 24 Novembro

Dr. J. Guimarães dos Santos

- li Congresso Nacional de Educação Médica Lisboa, 16 - 17 Dezembro

Dr. António Gentil Martins

- Jornadas Médicas do Hospital de Torres Novas Dr. A. Castanhinha

- Simpósio Saúde em Portugal

Perspectivas para os Jovens Licenciados Porto

Dr. António Gentil. Martins

- Sessão Solene Inaugural da Sociedade Portuguesa de Oncologia

Lisboa, 18 Maio

Dr. António Gentil Martins

- Colóquio Medicina Convenc1onaaa - Suas Vantagens e Convenientes

12 Dezembro

Dr. Artur Osório Araújo

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COMISSÕES OU GRUPOS DE TRABALHO EM QUE A ORDEM DOS MÉDICOS SE FEZ REPRESENTAR

- Comissão de Protecção Contra as Radiações e Ionizantes

Lisboa

Ora. Narfia

dei

Rosário Macedo

- Grupo de Trabalho Sobre Medicamentos de Venda Livre

Dr. F. José de Melo e Castro

- Grupo de Trabalho Sobre Estruturas de Saúde Dr. António Gentil Martins

Dr. Fernando Costa e Sousa Dr. Davide Carvalho

• PARECERES

Foram vários os pareceres dados pela Ordem sendo os mais importantes:

- Âmbito de actuação dos Psicólogos (Inspecção Médica ADSE)

- Decreto-Lei da criação no Ministério da Saúde, da Direcção-Geral dos Cuidados Primários de Saúde (acerca deste projecto de Decreto-Lei foram tecidas sérias reservas e críticas, não só em relação ao seu articulado, mas também e sobretudo em relação aos principias que o enformavam). - Projecto de Decreto-Lei sobre Drogas Psicotrópi­

cas Estupefacientes.

- Hemodiálise

- Instituto de Medicina Tropical e colaboração com os

Países de expressão Portuguesa.

• RELAÇÕES PÚBLICAS

Procurou a Ordem e o CNE manter os Colegas e a população em geral informados dos problemas profissio­ nais da Saúde existentes.

Para isso foi especialmente imprtante a actividade do aliado de lmpresnsa junto dos meios de Comunicação Social.

Foram realizadas várias conferências de imprensa com covocação da televis�o. rádio e Imprensa escrita e foraam regularmente emitidos comunicados do CNE.

Passamos a enumerar umas e outros:

12. 1.83- Conferência de Imprensa - Secção Re­ gional do Norte

Análise da Posição Médica manifestada em Referendo face à política do MAS/SES

16. 3.83 - Conferência de Imprensa - Secção Re­ gional do Norte

Relação com o MAS

Desemprego de Médicos de Clínica Geral 22.10.83 - Conferência de Imprensa - Secção Re­

gional do Sul

V Congresso de Medicina

9.11 .83 - Conferência de Imprensa - Secção Re­ gional do Sul

Problemática do Desemprego Médico

COMUNICADOS E CIRCULARES

DO CONSELHO NACIONAL EXECUTIVO (À CLASSE E AOS MEIOS

DE COMUNICAÇÃO SOCIAL)

8. 1 .83 - Aconselha os Médicos dos SMS que não optaram pela Função Pública a aguardar o esclarecimento da aplicabilidade jurídica

do Despacho de 22.11.82 da SES.

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5. 3.83 - Faltas por doenças dadas por Médicos integrados nas Carreiras Oficiais e carác­ ter descriminatório de tal regulamentação. 5. 3.83 - Médicos do Curso licenciado em 1978 no

desemprego.

12. 3.83 - Reafirma a frontal discordância do espírito e letra dos Diplomas legais que regulam as Carreiras Médicas e respectivos Con­ cursos.

12. 3.83 - Considera imperioso a imediata

integra-ção dos Médicos despedidos após um concurso ilegal, até à conclusão de nego­ ciações entre MAS/SES e a Ordem dos Médicos para estabelecimento de

parâ-•• �

metros de novos concursos. ,._ 30. 3.83 - Vem manifestar as diferenças de fundo

com a política da Secretaria de Estado da Saúde.

14. 5.83 - Analisa a política do MAS/SES e exige a urgente legislação de saúde.

18. 5.83 - Informa todos os Colegas que ainda não é obrigatória a contribuição dos Médicos para o regímen dos Trabalhadores Independentes.

28. 5.83 - Repudia o Decreto sobre o absentismo e solicita a sua imediata revogação.

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5. 8.83 - Informa que se mantém integralmente em vigor as actuais Convenções com a Or­ dem dos Médicos.

9. 8.83- Alerta os Médicos para a necessidad� de possuírem documentação clínica apro­ priada sobre os doentes aos quais pas­ sem atestados médicos.

13. 9.83 - Informa a Classe acerca dos resultados da reunião de 7 /9 com o Ministro da Saúde.

8.10.83 - Dá a conhecer a posição da Ordem dos Médicos sobre o problema do desem­ prego médico e sobre o concurso para Chefes de Clínica.

16.10.83 - Aborda as colocações de Assistentes Hospitalares e o desemprego médico informando que tais problemas serão apresentados ao Ministro da Saúde. 21.10.83 - Informa os Colegas dos resultados obti­

dos na reunião com o Ministro da Saúde realizada no mesmo dia.

5.11 .83 - Informa sobre as garantias obtidas do Ministro da Saúde acerca dos problemas

sacio-profissionais existentes.

5.11 .83 - Torna público um documento do CNMI­ -CG em que são analisadas as causas do desemprego dos médicos, propondo-se directivas conducentes à solução daquele.

14.12.83 - Aconselha todos os Colegas a que suspendam a sua inscrição no regime de Segurança Social dos Trabalhadores ln­ dependentes até surgir novo comunicado do CNE.

• RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Neste sector procuraram-se alargar ao máximo os contactos com organizações Médicas internacionais, como por exemplo: a Associação Médica Mundial, a Federação Europeia dos Médicos Assalariados (F.E.M.S.), União Europeia dos Médicos Especialistas, Comité Permanente dos Médicos da CEE, P.W.G. (Grupo Permanente de Trabalho dos Médicos Juniores). U.E.M.S., U.E.M.O., G.I.P.E.

Verifica-se que os problemas enfrentados pela Classe em Portugal, são muito semelhantes _aos que os Médicos de outros Países, nomeadamente Europeus e do Sul (Grécia, Itália, Portugal e Espanha), fazem face presentemente: ao desemprego médico, baixa de

esta-tuto sócio-profissional, dependência de estruturas buro­ cráticas administrativas, entrada excessiva de estudan­ tes para as Faculdades de Medicina com deficiência de formação pré e post de graduado, problemas de Deontologia, etc.

Entre os assuntos estudados apontamos o papel do Médico e os direitos humanos (tortura e pena de morte), formação médica contínua, uniformização dos currículos das especialidades nos diversos Países da CEE, pro­ blemas dos médicos mais jovens, etc.

De notar que a próxima reunião do P.W.G. ficou agendada para 1984 em Portugal.

O Presidente da Ordem dos Médicos terminou em Veneza em Outubro o seu mandato de Presidente da Associação Médica Mundial.

Durante o ano iniciou-se um inquérito à escala mundial, sobre demografia médica.

Seguidamente indicamos as reuniões em que a Ordem dos Médicos se fez representar.

CONGRESSO, SIMPÓSIOS, JORNADAS E CONFERÊNCIAS A QUE A ORDEM DOS MÉDICOS

ESTEVE PRESENTE EM 1983 INTERNACIONAIS

Científicas

- IV European Congress on Continuing Medical Education

Bad Nauheim 21-22 Janeiro Dr. A. Gentil Martins - VI Reunião do Comité de Peritos de Transfusão e lmuno-HemAtologia do Conselho da Europa Lisboa 16 - 19 Maio Dr. A. Gentil Martins, Dr. Francisco Parreira

- li Reunião Internacional de Angiologia Lisboa 27 - 28 de Maio

- 1 Reunião Luso-Espanhola de Ultrasonografia Obstetrícia e Ginecologia

Lisboa 3 - 4 de Junho Dr. A. Gentil Martins - 1 Congresso Internacional das Associações

Italiana, Espanhola e Portuguesa de Patologia Clínica

Barcelona 22 de Junho Dr. A. Gentil Martins - Reunião Atlântico Mediterrânica

de Gastrenterologia

Lisboa 17 de Set.º - 7 de Out.º Paquete Funchal, Dr. A Gentil Martins, Comissão de Honra (não presente)

- X Congresso Luso-Espanhol de Dermatologia Algarve 13 - 15 de Outubro

- Surgical Specialist Society

Porto 14 - 15 de Outubro Dr. Guimarães dos Santos

- VIII Reunião Internacional de lmuno-Alergologia Lisboa 9 - 12 de Novembro Dr. Ramiro Ávila

Referências

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