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Arq Bras Endocrinol Metab vol.50 número1

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Academic year: 2018

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4 Arq Bras Endocrinol Metab vol 50 nº 1 Fevereiro 2006

O

S ACHADOS DE UMA PESQUISAcientífica crescem de importância quan-do esta nos possibilita imediata aplicação na nossa prática clínica. É o que acontece com o artigo “Contribuição da Glicemia Pós-desjejum para o Controle Glicêmico do Paciente Com Diabetes Melito Tipo 2”, por Sar-tori e cols. publicado nesta edição dos Arquivos (1).

Em nossos ambulatórios e consultórios, a auto-monitorização tem sido cada vez mais incentivada, também no paciente portador de diabetes mellitus tipo 2. Esta conduta, baseada nas numerosas evidências da importância do bom controle glicêmico, muitas vezes tem sua realização, na freqüência que seria desejável, dificultada devido ao elevado custo e ao desconforto físico e social que representa. A informação de que nestes pacientes existe uma maior excursão da glicemia durante o período mati-nal, independente do índice de massa corpórea, da HbA1c, da terapia uti-lizada e do status residual da célula beta (2), nos permite direcionar melhor nossos pacientes no horário da realização de sua glicemia capilar, fornecen-do subsídio para a otimização fornecen-do controle metabólico de nossos pacientes. Interessante ressaltar que, estudos publicados há mais de uma déca-da já descreviam este fenômeno. Em 1989 (3), foram descritas anormali-dades qualitativas e quantitativas na concentração da glicose e da insulina de pacientes diabéticos não insulino dependentes. Neste estudo, além da observação de que os níveis de glicemia eram mais elevados após o desje-jum, também foram descritos níveis de insulinema mais elevados após o almoço. Em artigo mais recente (4), onde foi realizado monitoramento contínuo da glicose com o objetivo de determinar a prevalência e extensão das excursões glicêmicas em pacientes portadores de diabetes tipo 2 bem controlados, os valores médios da glicemia 2 horas após o desjejum tam-bém se mostraram mais elevados.

Novas pesquisas se fazem necessárias com o objetivo de conhecer melhor este fenômeno biológico, porém já traz mensagem importante para a nossa prática clínica, pois, devido a correlação com a hemoglobina glica-da, vislumbra uma maior eficácia com menor ônus financeiro para o paciente portador de diabetes mellitus tipo 2.

REFERÊNCIAS

1. Sartori MS, Aragon FF, Padovani CR, Pimenta WP. Contribuição da glicemia pós-desjejum para o controle glicêmico do paciente com diabetes melito tipo 2. Arq Bras Endocrinol Metab 2006;50/1: 53-59.

2. Monnier L, Colette C, Rabasa-Lhoret R, Lapinski H, Caubel C, Avignon A, et al. Morning hyperglycemic excursions: a constant failure in the metabolic control of non-insulin-using patients with type 2 diabetes. Diabetes Care 2002;25:737-41

editorial

Algumas Considerações Sobre a Glicemia

Pós-desjejum

Vivian C.M. Ellinger

Presidente do Departamento de Diabetes da SBEM e Coordenadora Científica do Serviço de

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Considerações Sobre a Glicemia Pós-desjejum

Ellinger

5 Arq Bras Endocrinol Metab vol 50 nº 1 Fevereiro 2006

3. Calles-Escandon J, Jaspan J, Robbins DC. Posprandial oscillatory patterns of blood glucose and insulin in NIDDM. Abnormal diurnal insulin secretion patterns and glucose homeostasis independent of obesity. Diabetes Care 1989;12:709-14

4. Hay LC, Wilmshurst EG, Fulcher G. Unrecognized hypo-and hyperglycemia in well-controlled patients with type 2 diabetes mellitus: the results of continuous glucose monitoring.Diabetes Technol Ther 2003;5(1):19-26

Endereço para correspondência:

Vivian C.M. Ellinger

Instituto Estadual de Endocrinologia e Diabetes Rua Moncorvo Filho 90 - Centro

20211-340 Rio de Janeiro, RJ Fax: (21) 2221-7577

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