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CURSO DE FORMAÇÃO DE GUARDAS

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Academic year: 2022

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CURSO DE FORMAÇÃO DE GUARDAS

(2)

2

DIREITO PROCESSUAL PENAL

Sessão n.º 11 4 horas

CURSO DE FORMAÇÃO DE GUARDAS

(3)

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS:

Distinguir Processo Comum, Sumário, Abreviado e Sumaríssimo;

Explicar as Finalidades do Inquérito;

Identificar a quem compete a direção do Inquérito;

Identificar a competência para a realização dos atos de Inquérito;

Recordar os atos que podem ser delegados nos OPC;

Identificar as conclusões possíveis do Inquérito;

DIREITO PROCESSO PENAL

Sessão n.º 11

(4)

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS:

Distinguir Meios de Prova e Meios de Obtenção da Prova;

Relacionar as finalidades da prova com os fins do Inquérito;

Enunciar os métodos proibidos de prova;

Explicar em que consiste a livre apreciação da prova;

Explicar em que consiste a Prova Testemunhal;

Compreender o que é o ouvir dizer e sua relevância;

Compreender a relevância de um testemunho objetivo;

DIREITO PROCESSO PENAL Sessão n.º 11

4

(5)

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS:

Identificar quem pode ser testemunha e quem está impedido ou se pode recusar;

Enunciar os Direitos e Deveres das testemunhas;

Distinguir Primeiro Interrogatório Judicial de Arguido detido, Primeiro interrogatório não judicial de arguido detido e outros interrogatórios;

Explicar as finalidades de uma acareação;

Explicar as finalidades de um Reconhecimento;

DIREITO PROCESSO PENAL

Sessão n.º 11

(6)

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS:

Explicar as finalidades da reconstituição do Facto;

Explicar as finalidades de uma Perícia

Relacionar as medidas cautelares quanto à prova constantes no art. 171.º n.º 1, 2 e 4 e a realização de um exame médico-legal;

Compreender a importância da perícia médico-legal e forense no âmbito dos crimes contra as pessoas;

Explicar as finalidades de uma da Prova documental;

DIREITO PROCESSO PENAL Sessão n.º 11

6

(7)

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS:

Interiorizar a importância da proteção dos vestígios de um crime no âmbito dos exames;

Distinguir Busca de Revista;

Enunciar os pressupostos e finalidades de uma busca e de uma revista;

Identificar as situações passíveis de serem classificadas como buscas domiciliárias;

Enunciar as formalidades de uma Busca Domiciliária; e Enunciar os procedimentos a adotar numa apreensão.

DIREITO PROCESSO PENAL

Sessão n.º 11

(8)

PROCESSO COMUM

• (artigo 241.º e 242.º CPP )

Notícia do crime - OPC denúncia

OPC - Medidas cautelares e de polícia:

Relativas aos meios de prova (249.º):

- Exame dos vestígios do crime;

- Colher informações das pessoas;

- Proceder a apreensões.

MP

(9)

MP abertura do inquérito (262.º n.º 2 CPP)

Inquérito:

- O objetivo é a investigação criminal;

- É dirigido pelo MP, mas pode ser efetuado pelos OPC (art. 263.º);

- Certos atos são reservados à competência do JIC (268.º e 269.º CPP);

• - Nesta fase é mantido o segredo de justiça.

PROCESSO COMUM

(10)

Processo Comum ≠ Processos Especiais

Supressão de fases processuais e simplificação de formalidades Processo Especiais:

• Processo Sumário;

• Processo Abreviado; e

• Processo Sumaríssimo.

PROCESSO COMUM

(11)

Processo Sumário:

O processo sumário vem regulado nos artigos. 381.º

a 391.º do CPP.

- Não há inquérito,

nem instrução; e

- Audiência inicia-se imediatamente e a acusação é

nela

apresentada.

PROCESSOS ESPECIAIS

(12)

Processo Sumário:

Será baseado na presunção de que na detenção em flagrante delito existe prova simples e evidente que permitem a condenação num prazo relativamente curto.

PROCESSOS ESPECIAIS

(13)

PROCESSOS ESPECIAIS

Pressupostos de aplicação (artigo 381.º CPP):

• Detenção em flagrante delito;

• Detenção efetuada por autoridade judiciária ou entidade policial ou outra pessoa (prazo máximo de entrega de 2 horas, com auto

sumário de entrega)

Processo Sumário:

(14)

Crimes que não podem ser julgados em processo sumário:

- Associação criminosa;

- Tráfico de pessoas;

- Tráfico de armas;

- Tráfico de estupefacientes ou substâncias psicotrópicas;

- Corrupção;

- Tráfico de influências;

- Participação económica em negócio;

- Branqueamento;

- Omissão de denúncia.

- Discriminação racial, religiosa ou sexual;

- Tortura e outros tratamentos cruéis, degradantes ou

desumanos;

- Tortura e outros tratamentos cruéis, degradantes ou desumanos graves;

- Crimes contra a segurança do estado (artigos 308.º a 346.º do

CP);

- Crimes previstos na Lei Penal Relativa às Violações do Direito Internacional Humanitário (Lei nº

31/2004, de 22 de julho).

PROCESSOS ESPECIAIS

(15)

Processo Abreviado

:

O processo abreviado vem regulado nos artigos 391.º-A a 391.º- G do CPP;

É a forma especial mais simples: só ao nível da instrução, encurtamento de

prazos e simplificação de certos atos; e

Os pressupostos para aplicação desta forma de processo vêm regulados no artigo 391.º-A e B do CPP.

PROCESSOS ESPECIAIS

(16)

Provas simples e evidentes de que resultem indícios suficientes do crime;

Não tiverem decorrido mais de 90 dias desde aquisição da notícia do crime;

Pena de prisão não superior a 5 anos (abstratamente ou concretamente proposta pelo MP); e

Eventual requisito negativo implícito da não competência do tribunal coletivo.

Processo Abreviado:

PROCESSOS ESPECIAIS

(17)

Para efeitos do nº1 , considera-se que há provas simples e evidentes quando:

O agente tenha sido detido em flagrante delito e o julgamento não puder efetuar-se sob a forma de processo sumário;

A prova for essencialmente documental e possa ser recolhida no prazo previsto para a dedução da acusação; ou

A prova assentar em testemunhas presenciais com versão uniforme dos factos.

Processo Abreviado:

PROCESSOS ESPECIAIS

(18)

Processo Sumaríssimo:

O processo sumaríssimo vem regulado nos artigos 392.º a 398.º do CPP; e

A forma com mais particularidades: há condenação sem julgamento. Não há também intervenção do assistente, salvo o acordo na forma de processo, nem é permitida a intervenção de partes civis.

PROCESSOS ESPECIAIS

(19)

Os pressupostos para aplicação desta forma de processo vêm regulados no artigo 392.º CPP:

- Indícios suficientes de crime punível com pena de prisão de

limite máximo não superior a 5 anos ou só com pena de multa;

- O MP entenda que ao caso deve ser

aplicada concretamente pena ou medida de segurança não privativa de liberdade; e

- Concordância do assistente, se o crime for particular.

Processo Sumaríssimo:

PROCESSOS ESPECIAIS

(20)

O INQUÉRITO

O inquérito é a primeira fase que o processo atravessa na forma comum;

Fase obrigatória

O Inquérito é o conjunto de diligências realizadas, destinando-se a possibilitar uma decisão correta do MP, em ordem a acusar ou não o suspeito do crime.

FINALIDADES DO INQUÉRITO

(21)

O

INQUÉRITO

Direção do Inquérito:

• Cabe ao MP,

assistido pelos OPC que atuam sob a

direção e orientação do MP e na sua dependênc ia

funcional;

Competência para a realização do

inquérito:

O MP competente

é o que exercer funções no local em que

o crime tiver sido

cometido;

COMPETÊNCIAS PARA A DIREÇÃO DO INQUÉRITO

Art.º 264.º CPP Art.º

263.º CPP

(22)

Enquanto este local não for conhecido inicia o processo o MP do local em que primeiro tiver havido a noticia do crime.

No entanto qualquer magistrado ou MP, pode proceder, em caso de urgência ou de perigo na demora, a actos de inquérito,

nomeadamente de detenção, de interrogatório e de aquisição e conservação, de meios de prova;

Se o crime for cometido no estrangeiro, é competente o MP que exercer funções junto do tribunal competente para o julgamento;

Art.º 264.º

CPP

COMPETÊNCIAS PARA A DIREÇÃO

DO INQUÉRITO

(23)

Atos que podem ser delegados pelo MP nos OPC:

O encargo de procederem a quaisquer investigações relativas

ao inquérito;

A faculdade de ordenar a efetivação da perícia

relativamente a determinados tipos de crime, em caso de urgência ou de perigo na demora,

nomeadamente quando a perícia deva ser realizada conjuntamente

com o exame de vestígios;

DELEGAÇÃO DE ACTOS NOS OPC

Art.º 270.º CPP

(24)

No prazo máximo de 6 meses, o MP, encerra o processo, por:

• Arquivamento – Art. 277.º e seguintes;

ou

• Dedução de acusação - Art. 283.º.

Este encerramento tem o prazo máximo:

• De 6 meses (se houver arguidos presos ou sob obrigação de

permanência na habitação);

• De 8 meses nos restantes casos.

CONCLUSÕES POSSÍVEIS DO INQUÉRITO

Art.º 276.º CPP

(25)

O prazo de 6 meses referido, é elevado:

Para 8 meses, quando o inquérito tiver por objeto um dos crimes

previstos no n.º 2 do art.º 215º CPP;

Para 10 meses, quando, o procedimento se revelar de excecional

complexidade, nos termos da parte final do n.º 3 do art.º 215º CPP;

e

Para 12 meses, nos casos referidos no n.º 3

do art.º 215º.

CONCLUSÕES POSSÍVEIS DO INQUÉRITO

Art.276º

CP P

(26)

Resumindo:

Arquivamento - Por despacho do MP, logo que tiver recolhido prova bastante de se não ter verificado

crime – art.º 277.º CPP, ou nos termos do art.º 280.º CPP;

Acusação - Havendo indícios suficientes de se ter verificado o crime e os seus agentes – decorre

dos art.º 283.º, 284.º e 285.º do CPP; e

CONCLUSÕES POSSÍVEIS DO

INQUÉRITO

(27)

Suspensão provisória do Processo - Se o crime for punível com pena de prisão não superior a 5 anos, ou outra sanção que não a de prisão, o MP determina com concordância do Juiz de Instrução – art.º 281.º CPP.

CONCLUSÕES POSSÍVEIS DO

INQUÉRITO

(28)

Meios de Prova:

O art.º 341.º do CC dispõe que “as provas têm por função a demonstração da realidade dos factos”; e

No CPP são apresentados vários meios de prova, mas não são só esses os únicos admitidos no processo penal.

Meios de Obtenção de Prova:

São instrumentos de que se servem as AJ para investigar e recolher meios de prova.

MEIOS DE PROVA VS MEIOS DE OBTENÇÃO DE PROVA

28

Art.º 171.º

CPP Art.º 124.º

CPP

(29)

29 Constituem objeto da prova todos os

factos juridicamente relevantes para a:

Existência ou inexistência do crime;

Punibilidade ou não punibilidade do arguido;

Determinação da pena ou da medida de segurança aplicáveis; e

Determinação da responsabilidade civil (quando tiver lugar pedido civil).

OBJECTO DA PROVA

Art.º 124.º CPP

(30)

São admissíveis as provas que não forem proibidas por lei.

É um limite à

descoberta da verdade;

A busca da verdade não é um valor

absoluto;

Há valores que se sobrepõem.

LEGALIDADE DA PROVA

Art.º 125.º CPP

(31)

O Princípio da Legalidade consagra a proibição da aquisição de prova através de meios desleais, devendo a investigação criminal ser

realizada em conformidade com o respeito dos direitos da pessoa e a dignidade humana.

PRINCÍPIO DA LEGALIDADE OU LEGITIMIDADE DA PROVA

Art.º 125.º CPP

(32)

São nulas as provas obtidas mediante tortura, coação ou, em geral, ofensa da integridade física e moral das pessoas;

Bem como, ressalvados os casos previstos na lei (art. 177.º, 179.º e 187.º), as obtidas mediante intromissão na vida

privada, no domicílio, na correspondência e nas

telecomunicações sem o consentimento do respetivo titular.

PROIBIÇÃO DE PROVA

Art.º 32.º CRP Art.º 126.º

CPP

(33)

Exemplos de Métodos Proibidos de Prova:

Tortura – Art. 243.º CP;

Coação – Art. 154.º CP; e

Ofensas à Integridade Física – Art. 143.º ss – ou Moral, mediante as formas referidas nas alíneas a) a e).

PROIBIÇÃO DE PROVA

Art.º 126.º

CPP

(34)

“Se o uso dos métodos de obtenção de provas previstos neste artigo constituir CRIME, podem aquelas ser utilizadas com o fim exclusivo de proceder contra os agentes do mesmo.”

• As provas obtidas através de métodos proibidos apenas podem ser utilizados com o fim exclusivo de levar à punição de quem as obteve de forma ilegal.

PROIBIÇÃO DE PROVA

Art.º 126.º

CPP

(35)

Determinados factos não podem ser objeto de prova:

• Factos que constituem Segredo de Estado (Art.º 137.º do CPP).

Determinados meios de prova não podem ser utilizados:

• Testemunhas não esclarecidas sobre a faculdade de recusa de depoimentos (n.º 2 do Art.º 134.º do CPP).

TIPOS DE PROIBIÇÃO DA PROVA

(36)

Salvo quando a lei dispuser de maneira diferente, a prova é

apreciada segundo as regras da experiência e a livre convicção da entidade competente:

A apreciação da prova é discricionária, mas nunca poderá ser arbitrária

O Tribunal apreciará a prova com base em critérios objetivos e, portanto, em geral suscetível de motivação e controlo; e

Na apreciação da prova deve constar uma exposição dos motivos que fundamentam a decisão do Tribunal.

PRINCÍPIO DA LIVRE APRECIAÇÃO DA PROVA

Art.º

127.º CPP

36

(37)

Exceções ao Princípio da livre apreciação da prova:

• Valor probatório de

documentos autênticos ou autenticados (Art.º 169.º do CPP);

• Caso julgado, não

obstante este apenas se encontrar regulado

indiretamente no CPP a propósito do pedido cível (Art.º 84.º do CPP);

• Confissão integral e sem reservas em julgamento (Art.º 344.º do CPP); e

PRINCÍPIO DA LIVRE APRECIAÇÃO

DA PROVA

(38)

Exceções ao Princípio da livre apreciação da prova:

• A prova pericial (Art.º 163.º do CPP).

Estas exceções integram-se no princípio da prova legal e têm grande importância pois o desrespeito pelas mesmas implica a violação de normas de direito, com as consequentes

implicações em matéria de recurso. 38

PRINCÍPIO DA LIVRE APRECIAÇÃO

DA PROVA

(39)

O Inquérito compreende o conjunto de diligências que visam investigar a

existência de um crime (n.º 1).

Ex: Provas

O art. 341.º do CC dispõe que “as

provas têm por função a demonstração da realidade dos factos”;

FINS DO INQUÉRITO

Art.º 262.º CPP

(40)

1 – Prova testemunhal (declarações de

qualquer pessoa que tenha conhecimento direto de factos);

2 – Declarações do arguido, do assistente e das partes civis (declarações do arguido, do

assistente e das partes civis sobre factos que possuam conhecimento direto);

3 - Prova por acareação (declarações para

verificar a contradições entre arguidos,

assistentes, testemunhas e as partes civis);

MEIOS DE PROVA

40

Livro III CPP

(41)

4 – Prova por reconhecimento (quando há necessidade de reconhecer qualquer

pessoa ou objeto);

5 – Reconstituição do facto (reprodução tão fiel quanto possível de como ocorreu o

facto);

6 – Prova pericial (quando a apreciação dos factos exigem especiais conhecimentos

técnicos, científicos ou artísticos); e

7 – Prova documental (junção ao processo de documento para fazer prova).

MEIOS DE PROVA

(42)

A testemunha é inquirida sobre factos de que possua conhecimento direto e que constituam

objeto da prova, isto é, tenham sido objeto das suas perceções, não só

através da VISTA, mas também do PALADAR, da AUDIÇÃO, do TACTO

e do OLFACTO.

TESTEMUNHA – é a pessoa que não sendo perito, consultor técnico ou sujeito processual, sabe coisas que dizem respeito ao objeto do processo.

1 - PROVA TESTEMUNHAL

42

Art.º 128.º

CPP

(43)

A PROVA TESTEMUNHAL – é a que resulta de transmissão ao tribunal, por certas pessoas, de informações de facto, que interessam à decisão da causa, e que foram pela mesma pessoa

adquiridas.

O testemunho deve ser objetivo, não deve à verdade dos factos.

OBJECTIVOS E LIMITES DA PROVA TESTEMUNHAL

Art.º 128.º e 129.º

CPP

(44)

Se o depoimento resultar do que se ouviu dizer a pessoas

determinadas, o juiz pode chamar estas a depor. Se o não fizer, o depoimento produzido não pode, naquela parte, servir como meio de prova, salvo se a inquirição das pessoas indicadas não for possível por morte, anomalia psíquica superveniente ou impossibilidade de serem encontradas.

OBJECTIVOS E LIMITES DA PROVA TESTEMUNHAL

44

Art.º 128.º e 129.º

CPP

(45)

VOZES PÚBLICAS, não é admissível, não pode servir de

prova o depoimento que reproduza BOATOS. A reprodução de boatos, sem que a testemunha tenha conhecimento direto do seu objeto, não é admissível e não pode ser levada em conta, como meio de prova.

É uma proibição absoluta

OBJECTIVOS E LIMITES DA PROVA TESTEMUNHAL

Art.º 130.º CPP

(46)

CONVICÇÕES PESSOAIS, em regra, não valem como prova, apenas são admissíveis nos casos do n.º 2, al. a) e b).

É uma proibição relativa

OBJECTIVOS E LIMITES DA PROVA TESTEMUNHAL

46

Art.º 130.º

CPP

(47)

CAPACIDADE E DEVER DE TESTEMUNHAR

Qualquer pessoa pode ser testemunha, independentemente da idade, das suas relações com os sujeitos processuais (parentes, afinidade,

etc.). Foi assim abolida a distinção entre testemunha e declarante.

“Qualquer pessoa que se não encontrar interdita por anomalia

psíquica tem capacidade para ser testemunha e só pode recusar-se nos casos previstos na lei.”

Art.º 131.º

CPP

(48)

Salvo quando a lei dispuser de forma diferente, incumbem à testemunha os deveres de:

Se apresentar, no tempo e no lugar devidos, à autoridade por

quem tiver sido legitimamente convocada ou notificada,

mantendo-se à sua disposição até ser por ela desobrigada;

Prestar juramento, quando ouvida por autoridade judiciária;

Direitos e deveres da testemunha

DEVERES GERAIS DA TESTEMUNHA

48

Art.º 132.º

CPP

(49)

c) Obedecer às indicações que legitimamente lhe forem dadas quanto à forma de prestar depoimento;

d) Responder com verdade às perguntas que lhe forem dirigidas. [Se não responder com verdade é punido nos termos do Artigo 360.º do CP - falsidade de testemunho Pode haver atenuação nos

termos do Art.º 364.º, al. b) do CP e 344.º do CPP]

DEVERES GERAIS DA TESTEMUNHA

Art.º 132.º

CPP

(50)

A testemunha não é obrigada a responder a perguntas quando alegar que das respostas resulta a sua responsabilização penal.

Para o efeito de ser notificada, a testemunha pode indicar a sua residência, o local de trabalho ou outro domicílio à sua escolha.

DEVER DE TESTEMUNHAR

50

Art.º 132.º CPP

(51)

4. Sempre que deva prestar depoimento, ainda que no decurso de ato vedado ao público, a testemunha pode fazer-se acompanhar de advogado, que a informa, quando entender necessário, dos direitos que lhe assistem, sem intervir na inquirição.

5. Não pode acompanhar testemunha, nos termos do número anterior, o advogado que seja defensor de arguido no processo.

DEVER DE TESTEMUNHAR

Art.º 132.º CPP

(52)

IMPEDIMENTOS DA TESTEMUNHA

O impedimento consignado no presente artigo, segundo o qual os

coarguidos num mesmo processo não podem depor como testemunhas, significa tão só que o impedimento só se verifica em relação às infrações em que haja os mesmos.

52

Art.º 133.º

CPP

(53)

O art.º 134.º do CPP faz referência às pessoas que possuem uma relação familiar com o arguido e não com a pessoa ofendida. Só àquelas, portanto, há que fazer advertência constante do n.º 2.

RECUSA DA TESTEMUNHA

Art.º 134.º CPP

(54)

SEGREDO PROFISSIONAL

“1 - Os ministros de religião ou confissão religiosa e os advogados, médicos, jornalistas, membros de instituições de crédito e as demais pessoas a quem a lei permitir ou impuser que guardem segredo podem

escusar-se a depor sobre os factos por ele abrangidos”.

Estas entidades podem escusar-se a depor sobre os factos cobertos pelo segredo profissional. A autoridade judiciária perante a qual o depoimento deve ser prestado procede a averiguações sumárias.

54

Art.º 135.º CPP

(55)

SEGREDO DE FUNCIONÁRIO

Regula o segredo dos funcionários sobre factos que

constituem segredo e de que tiverem tido conhecimento no exercício das suas funções e constitui afloramento do que estabelece no artigo anterior e no seguinte;

O conceito de funcionário é o que se estabelece no art.º 386.º do CP.

Art.º 136.º

CPP

(56)

SEGREDO DE ESTADO

A simples invocação, por parte da testemunha, da existência de segredo de Estado, faz suspender o depoimento e desencadear a tramitação constante no n.º 3. O segredo de Estado é um caso

particular e especialmente regulado dentro do segredo profissional;

Importa aqui salvaguardar a segurança interna e externa do Estado e da defesa da ordem constitucional.

56

Art.º 137.º CPP

(57)

Regras gerais:

Sempre que o arguido prestar declarações, e ainda que se encontre detido ou preso, deve encontrar-se livre na sua pessoa, salvo se forem necessárias

cautelas para prevenir o perigo de fuga ou atos de violência (n.º 1);

Às declarações do arguido é correspondentemente aplicável o disposto nos artigos 128. e 138. , salvo quando a lei dispuser de forma diferente (n.º 2); e

O arguido não presta juramento em caso algum (n.º 3).

2 - DECLARAÇÕES DO ARGUIDO, DO ASSISTENTE E DAS PARTES CIVIS

Art.º 140.º CPP

(58)

58 1 — O arguido detido que não deva ser de imediato julgado é interrogado pelo juiz de instrução, no prazo máximo de quarenta e oito horas após a detenção, logo que lhe for presente com a indicação circunstanciada dos

motivos da detenção e das provas que a fundamentam;

58 Art.º 141º

do CPP

2 - DECLARAÇÕES DO ARGUIDO, DO

ASSISTENTE E DAS PARTES CIVIS

(59)

59 2 — O interrogatório é feito exclusivamente pelo juiz, com assistência do

Ministério Público e do defensor e estando presente o funcionário de justiça. Não é admitida a presença de qualquer outra pessoa, a não ser

que, por motivo de segurança, o detido deva ser guardado à vista.

2 - DECLARAÇÕES DO ARGUIDO, DO

ASSISTENTE E DAS PARTES CIVIS

Art.º 141º do CPP

(60)

60 3 — O arguido é perguntado pelo seu nome, filiação, freguesia e concelho

de naturalidade, data de nascimento, estado civil, profissão, residência, local de trabalho, sendo-lhe exigida, se necessário, a exibição de documento oficial bastante de identificação. Deve ser advertido de que a

falta de resposta a estas perguntas ou a falsidade das respostas o pode fazer incorrer em responsabilidade penal.

60 Art.º 141º

do CPP

2 - DECLARAÇÕES DO ARGUIDO, DO

ASSISTENTE E DAS PARTES CIVIS

(61)

61 4 - Seguidamente, o juiz informa o arguido:

a) Dos direitos referidos no n.º 1 do artigo 61. , explicando-lhos se isso for necessário;

b) De que não exercendo o direito ao silêncio as declarações que prestar poderão ser utilizadas no processo, mesmo que seja julgado na ausência, ou não preste declarações em

audiência de julgamento, estando sujeitas á livre apreciação da prova;

c) Dos motivos da detenção;

Art.º 141 do CPP

2 - DECLARAÇÕES DO ARGUIDO, DO

ASSISTENTE E DAS PARTES CIVIS

(62)

62 d) Dos fato que lhe são concretamente imputados, incluindo, sempre que

forem conhecidas, as circunstâncias de tempo, lugar e modo;

62

Art.º 141 do CPP

2 - DECLARAÇÕES DO ARGUIDO, DO

ASSISTENTE E DAS PARTES CIVIS

(63)

63 e) Dos elementos do processo que indiciam os factos imputados, sempre que a sua comunicação não puser em causa a investigação, não dificultar a descoberta da verdade nem criar perigo para a vida, a integridade física ou psíquica ou a liberdade dos participantes processuais ou das vitimas

do crime;

Ficando todas as informações, à exceção das previstas na alínea d), a constar do auto de interrogatório.

Art.º 141 do CPP

2 - DECLARAÇÕES DO ARGUIDO, DO

ASSISTENTE E DAS PARTES CIVIS

(64)

64 5 — Prestando declarações, o arguido pode confessar ou negar os factos

ou a sua participação neles e indicar as causas que possam excluir a ilicitude ou a culpa, bem como quaisquer circunstâncias que possam relevar para a determinação da sua responsabilidade ou da medida da

sanção.

64

Art.º 141 do CPP

2 - DECLARAÇÕES DO ARGUIDO, DO

ASSISTENTE E DAS PARTES CIVIS

(65)

65 6 — Durante o interrogatório, o MP e o defensor, sem prejuízo do direito

de arguir nulidades, abstêm-se de qualquer interferência, podendo o juiz permitir que suscitem pedidos de esclarecimento das respostas dadas pelo arguido. Findo o interrogatório, podem requerer ao juiz que formule

àquele as perguntas que entenderem relevantes para a descoberta da verdade. O juiz decide, por despacho irrecorrível, se o requerimento há de

ser feito na presença do arguido e sobre a relevância das perguntas.

Art.º 141 do CPP

2 - DECLARAÇÕES DO ARGUIDO, DO

ASSISTENTE E DAS PARTES CIVIS

(66)

66 7 - O interrogatório do arguido é efetuado, em regra, através de registo

áudio ou audiovisual, só podendo ser utilizado outros meios,

designadamente estenográficas ou estenotípicos, ou qualquer outro meio técnico idóneo a assegurar a reprodução integral daqueles, ou a

documentação através de auto, quando aqueles meios não estiverem disponíveis, o que deverá ficar a constar do auto;

8 - Quando houver lugar a registo áudio ou audiovisual deve, ser

consignados no auto o início e o termo da gravação de cada declaração;

9 – É correspondentemente aplicável o disposto no artigo 101º.

66

Art.º 141 do CPP

2 - DECLARAÇÕES DO ARGUIDO, DO

ASSISTENTE E DAS PARTES CIVIS

(67)

67 1 — O arguido detido que não for interrogado pelo juiz de instrução em ato seguido à detenção é apresentado ao MP competente na área em que a detenção se tiver operado, podendo este ouvi-lo sumariamente;

2 — O interrogatório obedece, na parte aplicável, às disposições relativas ao primeiro interrogatório judicial de arguido detido;

Art.º 143 do CPP

2 - DECLARAÇÕES DO ARGUIDO, DO

ASSISTENTE E DAS PARTES CIVIS

(68)

68 3 — Após o interrogatório sumário, o MP, se não libertar o detido,

providencia para que ele seja presente ao juiz de instrução nos termos dos artigos 141. e 142. ; e

4 — Nos casos de terrorismo, criminalidade violenta ou altamente organizada, o MP pode determinar que o detido não comunique com

pessoa alguma, salvo o defensor, antes do primeiro interrogatório judicial.

68 Art.º 143

do CPP

2 - DECLARAÇÕES DO ARGUIDO, DO

ASSISTENTE E DAS PARTES CIVIS

(69)

É um meio de prova que consiste em pôr frente a frente, isto é, em confronto direto,

pessoas (arguidos, assistentes, testemunhas, partes civis), que entre si se encontram em

contradição sobre aspetos relacionados com o objeto do processo e seja de prever que desse confronto se possam ultrapassar as diferenças existentes em favor da descoberta da verdade.

3 - PROVA POR ACAREAÇÃO

(70)

Quando é que a acareação tem lugar?

Oficiosamente; ou A requerimento

Reconhecer é identificar alguém ou alguma coisa com interesse decisivo para o

esclarecimento dos factos objeto de prova.

• De pessoas;

• De objetos.

A lei contempla duas espécies de prova por reconhecimento:

3 - PROVA POR ACAREAÇÃO

Art.º 146 do CPP

(71)

O reconhecimento de pessoas faz-se por

obediência a regras próprias estabelecidas no art.º 147, e cuja inobservância lhe retira valor probatório (n.º 7 do art.º

147).

• As regras são:

• Reconhecimento intelectual (n.º 1 do art.º 147.º);

• Reconhecimento físico (n.º 2 e n.º 3 do art.º 147.º)

4 - PROVA POR

RECONHECIMENTO

(72)

Reconhecimento de pessoas:

Havendo necessidade de se proceder ao reconhecimento de qualquer pessoa, solicita- se:

• Identificação que a descreva;

• Se já a tinha visto antes e em que condições; e

• outras circunstâncias essenciais para a identificação.

4 - PROVA POR

RECONHECIMENTO

Art.º 147

do CPP

(73)

Reconhecimento de objetos:

O reconhecimento de objetos só ocorre relativamente a objetos relacionados com o crime em investigação e obedecerá, com as

necessárias adaptações, às formalidades prescritas no n.º1 do art.º 147.º;

Não valerá como meio de prova o reconhecimento que não respeite as formalidades prescritas na lei; e

4 - PROVA POR RECONHECIMENTO

Art.º 148 do CPP

(74)

5 – RECONSTITUIÇÃO DO FACTO

Art.º 150.º CPP

Pressupostos e procedimento:

1 — Quando houver necessidade de determinar se um facto poderia ter ocorrido de certa forma, é admissível a sua reconstituição. Esta consiste na reprodução, tão fiel quanto possível, das condições em que se afirma ou se supõe ter ocorrido o facto e na repetição do modo de realização do mesmo;

(75)

5 – RECONSTITUIÇÃO DO FACTO

Art.º 150.º

CPP

2 — O despacho que ordenar a reconstituição do facto deve conter uma indicação sucinta do seu objeto, do dia, hora e local em que ocorrerão as diligências e da forma da sua efetivação, eventualmente com recurso a meios audiovisuais. No mesmo despacho pode ser designado perito para execução de operações determinadas; e

3 — A publicidade da diligência deve, na medida do possível, ser evitada.

(76)

Tem lugar quando a perceção ou apreciação dos factos exigirem

especiais conhecimentos técnicos, científicos ou artísticos - perícias - os peritos são auxiliares do juiz, ajudam-no em conhecimentos que o mesmo não tem - Ex: autópsia.

6 - PROVA PERICIAL

76

Art.º 151.º

CPP

(77)

Enquanto que os exames incidem sobre pessoas, lugares e coisas e limitam-se à mera observação, no sentido de verificar se existem vestígios, as perícias são meios de prova em que a perceção ou a apreciação de factos recolhidos exigem conhecimentos técnicos,

científicos ou artísticos de especialidade – Ex: a recolha de sangue é um exame, mas já é perícia determinar a quem pertence esse mesmo sangue.

Art.º 151.º

CPP

6 - PROVA PERICIAL

(78)

1 — É admissível prova por documento, entendendo-se por tal a

declaração, sinal ou notação corporizada em escrito ou qualquer outro meio técnico, nos termos da lei penal.

2 — A junção da prova documental é feita oficiosamente ou a requerimento, não podendo juntar-se documento que contiver

declaração anónima, salvo se for, ele mesmo, objeto ou elemento do crime.

7 – PROVA DOCUMENTAL

Art.º 164.º

CPP

(79)

1 — O documento deve ser junto no decurso do inquérito ou da instrução e, não sendo isso possível, deve sê – lo até ao

encerramento da audiência.”

2 — Fica assegurada, em qualquer caso, a possibilidade de

contraditório, para realização do qual o tribunal pode conceder um prazo não superior a oito dias.

7 – PROVA DOCUMENTAL

Art.º 165.º CPP

(80)

3 - O disposto nos números anteriores é correspondentemente aplicável a pareceres de advogados, de jurisconsulto ou de técnicos, os quais

podem sempre ser juntos até ao encerramento da audiência.

Os pareceres constituem abordagens técnicas não vinculantes sobre questões colocadas por factos de que os seus autores não têm

conhecimento direto;

O parecer não é meio de prova.

Acórdão do TRC, de 5/11/2008

7 – PROVA DOCUMENTAL

Art.º 165.º

CPP

(81)

PROVA DOCUMENTAL - Recurso a qualquer documento, entendendo- se por documento qualquer objeto elaborado pelo homem com o fim de

reproduzir ou representar uma pessoa, coisa ou facto ( Art.º 362.º do CC).

Entende-se por documento, o disposto na alínea a) do Art.º 255.º do CP.

7 – PROVA DOCUMENTAL

(82)

O Princípio da Livre Apreciação da Prova significa que não há critérios legais acerca do valor a atribuir às provas, que o juiz as valorará segundo a sua convicção pessoal, conforme o disposto no Art.º 127.º

CPP:

“Salvo quando a lei dispuser diferentemente, a prova é apreciada segundo as regras da experiência e a livre convicção da entidade

competente.”

7 – PROVA DOCUMENTAL

(83)

Valor probatório dos documentos autênticos e autenticados.

• “Consideram-se provados os factos materiais constantes de

documento autêntico ou autenticado enquanto a autenticidade do documento ou a veracidade do seu conteúdo não forem

fundadamente postas em causa.”

VALOR DOS DOCUMENTOS

Art.º 169.º

CPP

(84)

Reprodução mecânica de documentos:

• “Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, quando não se puder juntar ao auto ou nele conservar o original de qualquer documento, mas unicamente a sua reprodução mecânica, esta tem o mesmo valor probatório do original, se com ele tiver sido identificada nesse ou noutro processo.”

VALOR DOS DOCUMENTOS

Art.º 168.º

CPP

(85)

1 – Exames;

2 – Revistas e Buscas;

3 – Apreensões; e

4 – Escutas Telefónicas.

MEIOS DE OBTENÇÃO DE PROVA

(86)

1 - EXAMES

POR MEIO DE EXAMES:

• Das pessoas, dos lugares e das coisas;

Inspecionam-se os vestígios que possa ter deixado o crime e todos os indícios relativos:

• Ao modo como e ao lugar onde foi praticado; e

• Às pessoas que o cometeram ou sobre as quais foi cometido.

Art.º 171.º

CPP

(87)

Os OPC devem para isso, logo que houver noticia da prática do crime:

• Providenciar para evitar que os vestígios se apaguem ou alterem antes de examinados;

• Proibir, se necessário, a entrada ou o trânsito de pessoas estranhas no local do crime; e

• Evitar quaisquer actos que prejudiquem a descoberta da verdade.

1 - EXAMES

Art.º

171.º CPP

(88)

Os OPC devem no caso de, vestígios alterados ou desaparecidos:

• Descrever estado em que se encontram as pessoas, os lugares e as coisas em que possam ter existido;

• Procurar, quanto possível, reconstituí-los; e

• Descrever o modo, tempo e causas da alteração ou desaparecimento.

1 - EXAMES

Art.º 171.º

CPP

(89)

Enquanto não estiver presente no local a autoridade judiciária ou o OPC competente, cabe a qualquer agente da autoridade tomar

provisoriamente providências para preservação dos vestígios se de outro modo houver perigo iminente para obtenção da prova:

• Proibindo, se necessário, a entrada ou o trânsito de pessoas estranhas no local do crime;

• Evitar quaisquer atos que prejudiquem a descoberta da verdade.

1 - EXAMES

Art.º 171.º CPP

(90)

SUJEIÇÃO A EXAME:

• Se alguém, independentemente da sua qualidade, pretender eximir- se, obstar a qualquer exame devido, ou a facultar coisa que deva ser examinada.

A Autoridade Judiciária pode:

• Compelir pessoas a sujeitarem-se a exame; ou

• Compelir a facultar coisa que deva ser examinada.

1 - EXAMES

Art.º 172.º CPP

(91)

Os exames suscetíveis de ofender o pudor das pessoas devem respeitar a dignidade.

Ao exame só assistem:

• Quem a ele proceder e a autoridade judiciária competente,

podendo o examinando fazer-se acompanhar de pessoa da sua confiança.

1 - EXAMES

Art.º 172.º CPP

(92)

• Artigo 154.º, n.º 2 – Perícia sem

características físicas ou psíquicas em que a pessoa não presta consentimento;

• Artigo 156.º, n.º 5 – Realizadas por médico ou outra pessoa legalmente autorizada e não podem causar perigo para a vida; e

• Artigo 156.º, n.º 6 – (…) só podem ser utilizados no processo em curso ou já instaurado, devendo ser destruídos,

mediante despacho do juiz, logo que não sejam necessário.

É APLICÁVEL AOS EXAMES:

1 - EXAMES

(93)

PESSOAS NO LOCAL DO EXAME

A AJ ou os OPC competentes podem determinar que:

• Alguma ou algumas pessoas se não afastem do local do exame; e

• Obrigar se necessário, com auxilio de força pública, as que pretenderem afastar-se a que nele se conservem, enquanto o exame não terminar e a sua presença for indispensável.

1 - EXAMES

Art.º 173.º CPP

(94)

• Cabe a qualquer agente da

autoridade tomar provisoriamente providências para preservação dos vestígios se de outro modo houver perigo iminente para obtenção da prova:

• Proibindo, se necessário, a entrada ou o trânsito de pessoas estranhas no local do crime;

• Evitar quaisquer atos que prejudiquem a descoberta da verdade (n.º4).

PESSOAS NO LOCAL DO EXAME:

1 - EXAMES

Art.º 173.º

CPP

(95)

2 - REVISTAS E BUSCAS

1 - Quando houver indícios de que alguém oculta na sua pessoa

quaisquer objetos relacionados com um crime ou que possam servir de prova, é ordenada revista;

2 - Quando houver indícios de que os objetos referidos no número anterior, ou o arguido ou outra pessoa que deva ser detida, se

encontram em lugar reservado ou não livremente acessível ao público, é ordenada busca.

Art.º 174.º

CPP

(96)

3 - As revistas e as buscas são autorizadas ou ordenadas por despacho pela autoridade judiciária competente,

devendo esta, sempre que possível, presidir à diligência;

4 - O despacho previsto no número anterior tem um prazo de validade máxima de 30 dias, sob pena de nulidade;

5 - Ressalvam-se das exigências contidas no n.º 3 as revistas e as buscas efetuadas por OPC nos casos:

2 - REVISTAS E BUSCAS

Art.º 174.º

CPP

(97)

a) De terrorismo, criminalidade violenta ou altamente organizada, quando haja fundados indícios da prática iminente de crime que ponha em grave risco a vida ou a integridade de qualquer pessoa;

b) Em que os visados consintam, desde que o consentimento prestado fique, por qualquer forma, documentado; ou

c) Aquando de detenção em flagrante por crime a que corresponda pena de prisão.

2 - REVISTAS E BUSCAS

Art.º 174.º CPP

(98)

6 - Nos casos referidos na alínea a) do número anterior, a realização da diligência é, sob pena de nulidade, imediatamente comunicada ao juiz de instrução e por este apreciada em ordem à sua validação.

2 - REVISTAS E BUSCAS

Art.º 174.º

CPP

(99)

2 - REVISTAS E BUSCAS

As pessoas, lugares e coisas podem ser objeto de exame com vista à recolha de vestígios resultantes do crime e todos os indícios relativos ao modo como e ao lugar onde foi praticado, as pessoas que o cometeram ou sobre as quais foi cometido.

Ninguém se pode eximir ou obstar a qualquer exame devido ou de facultar a coisa a ser examinada (art.º 172.º CPP)

(100)

As revistas preventivas ou de segurança são as previstas no artigo 251.º do CPP.

• REVISTA DEVE SER FEITA A:

• Suspeitos da prática de um crime e que possa ter na sua posse objetos relacionados com um crime; e

• A detidos, para verificar se possui algum objeto na sua posse.

2 - REVISTAS E BUSCAS

(101)

2 - REVISTAS E BUSCAS

PARA SER FEITA É NECESSÁRIO:

(como meio de obtenção da prova art.º 174 CPP)

Autorização judicial;

O consentimento do visado, desde que fique documentado;

Nos termos do Art.º 174.º, n.º 5 al. a) e c) do CPP (Sem autorização nem consentimento).

(102)

2 - REVISTAS E BUSCAS

Criminalidade violenta – quem se dirigir contra a vida, integridade física ou liberdade das pessoas e sejam puníveis com pena de

prisão de máximo igual ou superior a 5 anos. (Art.º 1, al. j) do CPP) Consentimento do visado – desde que haja consentimento do

visado e fique devidamente documentado esse consentimento, pode ser feita de dia ou de noite, independentemente da hora.

(103)

2 - REVISTAS E BUSCAS

1 - Antes de se proceder a revista é entregue ao visado, salvo nos casos do n.º 5 do artigo anterior, cópia do despacho que a

determinou, no qual se faz menção de que aquele pode indicar, para presenciar a diligência, pessoa da sua confiança e que se apresente sem delonga.

2 - A revista deve respeitar a dignidade pessoal e, na medida do possível, o pudor do visado.

Art.º 175.º

CPP

(104)

Antes da busca:

Entregar a quem tiver a disponibilidade do lugar cópia do despacho (ou a parente, vizinho, porteiro, alguém que o substitua).

Indicar que pode:

• Assistir à diligência; e

• Fazer-se acompanhar ou substituir por pessoa da sua confiança.

2 - REVISTAS E BUSCAS

Art.º 176.º

CPP

(105)

Durante a busca:

Pode proceder-se à revista de pessoas:

• AJ ou OPC podem determinar que as pessoas se não

afastem do local da busca;

Cabe a qualquer agente de autoridade determinar que as pessoas não se afastem do local

da busca (até chegar entidade competente).

2 - REVISTAS E BUSCAS

Art.º 176.º CPP

(106)

Busca domiciliária:

A busca em casa habitada ou numa sua dependência fechada:

Só pode ser ordenada ou autorizada pelo juiz; e

Só pode ser efetuada entre as 7 e as 21 horas (sob pena de nulidade).

2 - REVISTAS E BUSCAS

Art.º 177.º CPP

(107)

Entre as 21 e as 7 horas, a busca domiciliária só pode ser realizada nos casos de:

Terrorismo ou criminalidade especialmente violenta ou altamente organizada;

Consentimento do visado, documentado por qualquer forma;

Flagrante delito pela prática de crime punível com pena de prisão superior, no seu máximo, a 3 anos.

2 - REVISTAS E BUSCAS

Art.º 177.º CPP

(108)

As buscas domiciliárias podem também ser ordenadas pelo Ministério Público ou ser efetuadas por OPC:

Nos casos referidos no n.º 5 do artigo 174.º, entre as 7 e as 21 horas;

Nos casos referidos nas alíneas b) e c) do número anterior, entre as 21 e a 7 horas.

2 - REVISTAS E BUSCAS

Art.º

177.º CPP

(109)

• É sob pena de nulidade, presidida pessoalmente pelo juiz, o qual avisa previamente o presidente do conselho local da Ordem dos Advogados ou da Ordem dos Médicos, para que o

mesmo, ou um seu delegado, possa estar presente.

Busca em escritório de advogado ou consultório médico:

2 - REVISTAS E BUSCAS

Art.º 177.º CPP

(110)

3 - APREENSÕES

São apreendidos os objetos:

Que tiverem servido ou estivessem destinados à prática de um

crime

;

Que

constituírem o seu produto, lucro, preço ou

recompensa;

Deixados pelo agente no local

do crime; e

Suscetíveis de servir a prova.

Art.º 178.º

CPP

(111)

Destino dos objetos apreendidos:

Juntos ao processo, quando possível,

ou

Confiados à guarda do funcionário de justiça adstrito ao processo, ou

Confiados à guarda de um

depositário

De tudo se faz menção no auto

3 - APREENSÕES

Art.º 178.º CPP

(112)

São autorizadas, ordenadas ou validadas por despacho da Autoridade Judiciária;

Apreensões pelos OPC sem autorização da AJ (alínea c) do nº 2 do art.º 249):

• No decurso de revistas ou de buscas

• Quando haja urgência ou perigo na demora

SUJEITAS A VALIDAÇÃO PELA AJ NO PRAZO MÁXIMO DE 72 HORAS

3 - APREENSÕES

Art.º 178.º

CPP

(113)

Os titulares de bens ou direitos objetos de apreensão podem requerer ao Juiz de Instrução:

• A modificação ou revogação da medida:

• Durante o Inquérito, podendo correr em separado, com junção dos elementos necessários à decisão (art.º 68º n.º 5 CPP).

3 - APREENSÕES

Art.º 178.º

CPP

(114)

Objetos apreendidos suscetíveis de ser declarados perdidos a favor do estado:

Se não pertencerem ao arguido, a autoridade judiciária ordena a presença do interessado e ouve-o;

e

A autoridade judiciária prescinde da presença do interessado quando esta não for possível.

3 - APREENSÕES

Art.º 178.º

CPP

(115)

Elaborar auto discriminatório das apreensões efetuadas;

Entregar cópia, se solicitado, ao visado (art.º 183º n.º2 CPP); e

No auto, deve fazer-se constar a qualidade e quantidade dos objetos apreendidos (art.º 94º, 99º e 100º CPP).

3 - APREENSÕES

(116)

O depositário é de livre nomeação, exceto:

• Dinheiro e joias  CGD à ordem do Juiz

• Penhores  Prestamistas

• Objetos do crime em exame  LPC e IML

O depositário limita-se a guardar e conservar os objetos, não podendo fazer uso do apreendido (crime – nº 5 do art.º 205º e 348º CP)

3 - APREENSÕES

(117)

Apreensão de coisas sem valor, perecíveis, perigosas ou deterioráveis.

Se a apreensão respeitar a coisas sem valor, perecíveis, perigosas, deterioráveis ou cuja utilização implique perda de valor ou qualidades, a autoridade judiciária pode ordenar, conforme os casos, a sua venda ou afetação a finalidade pública ou socialmente útil, as medidas de conservação ou manutenção necessárias ou a sua destruição

imediata

.

3 - APREENSÕES

Art.º 185.º CPP

(118)

Salvo disposição legal em contrário, a autoridade judiciária determina qual a forma a que deve obedecer a venda, de entre as previstas na lei processual civil.

O produto apurado nos termos do número anterior reverte para o Estado após a dedução das despesas resultantes da guarda, conservação e venda.

3 - APREENSÕES

Art.º 185.º CPP

(119)

Aposição e levantamento de selos

Sempre que possível, os objetos apreendidos são selados. Ao

levantamento dos selos assistem, sendo possível, as mesmas pessoas que tiverem estado presentes na sua aposição, as quais verificam se os selos não foram violados nem foi feita qualquer alteração nos objetos apreendidos.

3 - APREENSÕES

Art.º 184.º CPP

(120)

CURSO DE FORMAÇÃO DE GUARDAS

2014/2015

(121)

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS:

Distinguir Processo Comum, Sumário, Abreviado e Sumaríssimo;

Explicar as Finalidades do Inquérito;

Identificar a quem compete a direção do Inquérito;

Identificar a competência para a realização dos atos de Inquérito;

Recordar os atos que podem ser delegados nos OPC;

Identificar as conclusões possíveis do Inquérito;

SÍNTESE

(122)

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS:

Distinguir Meios de Prova e Meios de Obtenção da Prova;

Relacionar as finalidades da prova com os fins do Inquérito;

Enunciar os métodos proibidos de prova;

Explicar em que consiste a livre apreciação da prova;

Explicar em que consiste a Prova Testemunhal;

Compreender o que é o ouvir dizer e sua relevância;

Compreender a relevância de um testemunho objetivo;

122

SÍNTESE

(123)

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS:

Identificar quem pode ser testemunha e quem está impedido ou se pode recusar;

Enunciar os Direitos e Deveres das testemunhas;

Distinguir Primeiro Interrogatório Judicial de Arguido detido, Primeiro interrogatório não judicial de arguido detido e outros interrogatórios;

Explicar as finalidades de uma acareação;

Explicar as finalidades de um Reconhecimento;

SÍNTESE

(124)

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS:

Explicar as finalidades da reconstituição do Facto;

Explicar as finalidades de uma Perícia

Relacionar as medidas cautelares quanto à prova constantes no artigo 171.º n.º 1, 2 e 4 e a realização de um exame médico-legal;

Compreender a importância da perícia médico-legal e forense no âmbito dos crimes contra as pessoas;

Explicar as finalidades de uma da Prova documental;

124

SÍNTESE

(125)

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS:

Interiorizar a importância da proteção dos vestígios de um crime no âmbito dos exames;

Distinguir Busca de Revista;

Enunciar os pressupostos e finalidades de uma busca e de uma revista;

Identificar as situações passíveis de serem classificadas como buscas domiciliárias;

Enunciar as formalidades de uma Busca Domiciliária; e Enunciar os procedimentos a adotar numa apreensão.

SÍNTESE

(126)

12 6 QUESTÃO:

Que tipos de processos especiais existem?

RESPOSTA:

Existem 3, o Processo Sumário, Sumaríssimo e o Abreviado.

126

CONFIRMAÇÃO / AVALIAÇÃO

(127)

12 7 QUESTÃO:

Quais são as finalidades do Inquérito?

RESPOSTA:

O inquérito é a primeira fase que o processo atravessa na forma comum;

É o conjunto de diligências realizadas, destinando-se a possibilitar uma decisão correta do MP, em ordem a acusar ou não o suspeito do crime.

127

CONFIRMAÇÃO / AVALIAÇÃO

(128)

12 8 QUESTÃO:

A quem é que compete a direção do inquérito?

RESPOSTA:

Cabe ao MP, assistido pelos OPC que atuam sob a direção e orientação do MP e na sua dependência funcional;

O MP competente é o que exercer funções no local em que o crime tiver sido cometido;

128

CONFIRMAÇÃO / AVALIAÇÃO

(129)

12 9 QUESTÃO:

Quais as conclusões possíveis do Inquérito?

RESPOSTA:

Arquivamento, Acusação e Suspensão Provisória do Processo.

129

CONFIRMAÇÃO / AVALIAÇÃO

(130)

13 0 QUESTÃO:

Dê exemplos de métodos proibidos de Prova?

RESPOSTA:

Tortura – Artigo 243.º CP;

Coação – Artigo. 154.º CP; e

Ofensas à Integridade Física – Artigo. 143.º ss – ou Moral, mediante as formas referidas nas alíneas a) a e).

130

CONFIRMAÇÃO / AVALIAÇÃO

(131)

13 1 QUESTÃO:

Quais são os Meios de Prova consagrados no CP?

RESPOSTA:

Prova testemunhal, Declarações do arguido, do assistente e das partes civis, Prova por acareação, prova por reconhecimento, reconstituição do facto, prova pericial e prova documental.

131

CONFIRMAÇÃO / AVALIAÇÃO

(132)

13 2 QUESTÃO:

Em que é que consiste a Prova por Acareação?

RESPOSTA:

Consiste em pôr em confronto direto, pessoas (arguidos, assistentes, testemunhas, partes civis), que entre si se encontram em contradição sobre aspetos relacionados com o objeto do processo e seja de prever que desse confronto se possam ultrapassar as diferenças existentes em favor da descoberta da verdade.

132

CONFIRMAÇÃO / AVALIAÇÃO

(133)

13 3 QUESTÃO:

Qual a diferença mais relevante entre os Exames e as Perícias?

RESPOSTA:

Os exames incidem sobre pessoas, lugares e coisas e limitam-se à mera observação, no sentido de verificar se existem vestígios, as perícias são meios de prova em que a perceção ou a apreciação de factos recolhidos exigem conhecimentos técnicos, científicos ou artísticos de

especialidade.

133

CONFIRMAÇÃO / AVALIAÇÃO

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