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XVIII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP - CAMPUS GUARUJÁ

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XVIII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP - CAMPUS GUARUJÁ

A enfermagem e a realização do pré-natal masculino

¹ Nayara Alves de Souza; Janaicia Ramos de Almeida ², Larissa Kozloff Naves3

¹ Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). Guarujá, São Paulo, Brasil. Discente.

nayara.souza@sou.unaerp.edu.br

² Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). Guarujá, São Paulo, Brasil. Discente.

Janaicia.almeida@sou.unaerp.edu.br

³ Instituto de Estudos e Pesquisa (IEP). Santos, São Paulo, Brasil. Docente. lnaves@unaerp.br

Este simpósio tem o apoio da Fundação Fernando Eduardo Lee

Saúde: O cuidado de enfermagem em diferentes ciclos da vida: criança, adolescente, mulher, homem e idoso

Formato: artigo Apresentação: oral

RESUMO

Visando fortalecer o vínculo familiar, a participação masculina começou a apresentar uma grande relevância a partir de vários aspectos que fortaleçam para implementações de práticas humanizadas e vivências naturais durante o parto, o enfermeiro através do pré-natal irá orientar a esse pai sobre o reconhecimento do seu papel junto com a gestante, despertando sentimentos de importância e realização. Tendo como objetivo descrever a atuação do enfermeiro no pré-natal do homem, o texto é de revisão integrativa da literatura, onde foi utilizada LILACS e BDENF como base de dados.

Palavras-chave:Pré-natal masculino; Enfermagem ABSTRACT

Aiming to strengthen the family bond, male participation began to show great relevance from several aspects that strengthen the implementation of humanized practices and natural experiences during childbirth, the nurse through prenatal care will guide this father on the recognition of their role together with the pregnant woman, awakening feelings of importance and accomplishment. Aiming to describe the role of nurses in prenatal care for men, the text is an integrative literature review, where LILACS and BDENF were used as databases.

Key-words: Prenatal Care, Father-Child Relations, Nursing

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1 INTRODUÇÃO

A autonomia corporal é instituída como um direito do ser humano, onde a pessoa tem liberdade e direito sobre seu corpo, sendo assim significa que no planejamento familiar é um direito privativo da mulher ou do casal. O pré-natal de preferência deve ser iniciado no primeiro trimestre, onde são realizadas por no mínimo seis consultas com o médico e o enfermeiro durante todo o período gestacional na unidade de saúde primária, a gestante deverá ser encaminhada para abertura do SISPRENATAL (Sistema de Acompanhamento da Gestante e o enfermeiro irá solicitar os pedidos de exames, ecografias e atualização ou abertura da carteirinha de vacinação. (LOPES, et al. 2021).

No contexto do pré-natal, atualmente ainda observamos os serviços e atividades se desenvolverem exclusivamente a gestante, o que dificulta a participação do parceiro durante a gestação. Sendo também desafiador ao enfermeiro e aos profissionais de saúde, buscando mudar essa figura e perspectiva de cuidado e interligar as gestantes aos seus parceiros. (CLÍMACO, et al. 2020).

Há situações onde a genitora não aceita a presença paterna, devido algum desconforto de violência doméstica, por privacidade no momento da consulta, por não terem relação amorosa com o parceiro e até mesmo por acreditarem na experiências de mulheres mais velhas, tendo como referência de maternidade suas mães e avós. O enfermeiro deverá observar cada caso e refletir e focar nas ações de promoção em saúde que possibilite e diminua tais questões por parte da gestante, como denunciar o agressor. (COUTO, et al. 2020).

Mesmo quando o parceiro quer estar presente no pré-natal e a gestante aceita esse acompanhamento, ainda assim é um processo de transformação para esse homem, que se inicia durante a gravidez e o enfermeiro deverá contribuir nesse processo de transição, implicando que a pessoa chegue num estado de estabilidade.

(SILVA, et al.2020).

Quando o pai se faz presente nas primeiras consultas do pré-natal é importante que o enfermeiro possa incluir durante este atendimento o sentimento de paternidade, gerando juntamente com a gestante essa descoberta da gravidez, comumente a fase gestacional é um período no qual o corpo da mulher sofre mudanças logo nos primeiros meses de gravidez, no entanto, essa compaixão passa a existir no momento do nascimento do bebê ou até mesmo no seu crescimento, este é o habitual dos primeiros contatos pai e bebê, porém a paternidade pode ser aflorada junto com a mãe em todo seu período gravídico.

(LOPES,et al. 2021).

A participação masculina começou a obter importância através de lutas para implementações de práticas humanizadas e vivências naturais durante o parto, observou-se favorecer e fortalecer o vínculo familiar, proporcionando ao pai o reconhecimento do seu papel frente a gestante e despertar esses sentimentos de importância e realização. (LOPES,et al. 2021).

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Em 2005, foi criada a Lei Federal nº 11.108, que assegura o direito de um acompanhante de livre escolha da mulher durante o período gravídico-puerperal, deste modo, a Lei do Acompanhante pode apoiar para a inclusão dos homens no pré-natal, fortalecer este vínculo conforme o Ministério da Saúde (MS) e modificar o binômio de mãe-bebê para o trinômio mãe-pai-bebê. (LOPES, et al. 2021).

Segundo o Ministério da Saúde (2016), o Guia do Pré-Natal do Parceiro para Profissionais de Saúde, abordou a portaria GM/MS nº: 1.944 instituída em 2009, o PNAISH (Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem), que tem como objetivo facilitar e ampliar o atendimento e os serviços de saúde da Rede SUS (Sistema Único de Saúde) com qualidade a população masculina, na faixa etária de 20 a 59 anos.

O PNAISH traz uma perspectiva de inclusão da paternidade por meio do pré-natal do parceiro dentro das discussões e nas ações propostas, que desenvolve diferentes ações como campanhas, materiais educativos, seminários e capacitações voltadas a valorização da paternidade e a organização dos serviços, sensibilizando homens, mulheres, comunidade, gestores e trabalhadores da saúde sobre o tema.

(BRASIL, 2016).

Promoção das estratégias e ações educativa ressaltadas pelo enfermeiro, sensibilizar e qualificar o atendimento para acolher melhor este pai desde do teste de gravidez, explicar os benefícios da participação do pai e as etapas do pré-natal, informar o casal sobre a licença paternidade dos 5 dias que são garantidos por lei, orientar sobre o registro civil de nascimento, expor a Lei do Acompanhante, respeitando o direito de escolha da mulher, orientar sobre a participação do pai no momento do nascimento através de ações simples como o acesso ao clampeamento (corte) do cordão umbilical ao nascer e ao primeiro banho, acolher esse pai como protagonista, orientar como o pai pode favorecer a amamentação, além de separar as atividades domésticas e da criança. (BRASIL, 2016).

O enfermeiro da saúde da família ao abrir o pré-natal com o parceiro, ele deverá seguir uma rotina de abertura para ambos, um processo divido em cinco passos: 1. Contato com a postura acolhedora, neste momento o enfermeiro irá acolher esse casal e informar sobre as ações, cuidados durante a gestação e solicitar os exames, 2. Coletar os testes rápidos, 3. Atualizar a vacinação, 4. A escuta e a comunicação efetiva do enfermeiro, 5. Discutir e orientar sobre os direitos previstos em lei, é importante orientar caso a gestante seja de alto risco e as chances deste bebê ser prematuro ou de baixo peso e incentivar que visitem e conheçam a unidade neonatal do hospital de referência. (BRASIL, 2016).

Dessa maneira, é notável a atuação do enfermeiro durante os diferentes ciclos de vida e, especialmente no acompanhamento e realização do pré-natal. Tendo em vista a importância da presença do genitor no pré-natal, como o enfermeiro deve atuar no pré-natal do homem?

Este estudo irá proporcionar a importância do acompanhamento e participação da figura paterna durante o pré-natal.

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2 OBJETIVOS

Descrever a atuação do enfermeiro no pré-natal do homem.

3 REFERENCIAL TEÓRICO

Esta pesquisa foi estruturada pelo Ministério da Saúde que criou um Guia do Pré-natal do Parceiro para Profissionais de Saúde, que contextualiza os benefícios do acompanhamento paterno, a atuação do enfermeiro e de toda equipe de enfermagem, onde direciona o profissional de saúde a ter conhecimento e direcionamento sobre a saúde do homem e sua importância benéfica durante as consultas do pré-natal, parto e pós-parto. (BRASIL, 2016).

Esse guia traz o conhecimento sobre a Lei do Acompanhante e a política Nacional de Atenção à Saúde do Homem (PNAISH) na qual as ações e estratégicas devem ser implantas e não só sobre aos direitos dos homens, mas como o direito de escolha da gestante, sugerindo um acompanhante a sua escolha, porém durante todo pré-natal quando há a presença do pai é importante que o vínculo pai-mãe-bebê seja iniciado desde da descoberta da gestação. Também enfatiza a importância da saúde do homem e como a sua presença auxilia e apoia a gestante nesse momento. (BRASIL, 2016).

4 MATERIAL E MÉTODOS

A busca dos dados foi realizada na BVS é uma Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde (BVS-MS), disponível na internet desde 2001, é responsável pela veiculação, no qual são publicadas as informações bibliográficas produzidas pelo Ministério da Saúde, bem como informações gerais na área de ciências da saúde (BVS, 2021).

Foram utilizando os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Pré-natal Masculino” e “Enfermagem” com o operadorbooleano AND.

Os critérios de inclusão foram: estudos disponíveis na íntegra online, textos completos, idioma português, dos últimos 5 anos. O período da coleta de dados ocorreu em setembro de 2021.

Os critérios de exclusão foram: realizar a leitura na integra e selecionar os (8) artigos dentro da temática e que não fossem de revisão integrativa. Portanto, restaram (8) amostras dos dados apresentas no (2) LILACS e (6) LILACS/ BDENF, que foram selecionados.

Para coleta dos dados de pesquisa realizou a busca na base de dados que identificou em 885 artigos, ao utilizar os filtros selecionou 466 textos completos, 160 do idioma em português e resultou 60 artigos nos últimos 5 anos de publicação e por último foram revisados na íntegra os 8 artigos e escolhidos os artigos que retratam a

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temática do estudo.

Delimitou-se a busca por artigos dos últimos 5 anos (2018 a 2021) por serem mais recentes.

Figura 1. Fluxograma do método de busca e da seleção dos textos.

Fonte:As autoras.

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Quadro 1. Distribuição dos artigos selecionados segundo nº do artigo, ano, título, autores e periódicos.

Artigo Ano Título Autores Periódicos

1 2021 Transição para a

paternidade no período pré-natal.

SILVA, C.; PINTO, C; MARTINS, C.

Revista Ciência e Saúde Coletiva.

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2 2021 Conhecimento e atitudes paternas acerca da importância do aleitamento materno.

BRÁULIO, T. I. C;

DAMASCENO, S. S;

CRUZ, R. S. B. L. C;

et al.

Revista Escola Anna Nery

3 2021 Participação do pai jovem no acompanhamento do pré-natal: a visão do profissional de saúde.

MELLO, M. G;

PARAUTA, T. C;

SALDANHA, B. L;et al.

Revista Online de Pesquisa: Cuidado é Fundamental.

4 2020 A presença do genitor no pré-natal: um estudo de representações sociais com gestantes.

COUTO, P. L. S;

GOMES, A. M. T;

VILELA, A. B. A; et al.

Revista Enfermagem UERJ.

5 2020 Pré-natal masculino: um relato de experiência no contexto da educação em saúde.

CLIMACO, C. C. C;

VILELA, A. B. A;

BOERY, E. N; et al.

Revista Oficial do Conselho Federal de Enfermagem.

6 2020 Pré-natal como facilitador na participação do

acompanhante no

processo de trabalho de parto e parto.

SOUZA, M. A. R;

WALL, M. L;

THULER, A. C. M.

C; et al.

Revista Online de Pesquisa: Cuidado é Fundamental.

7 2019 Pré-natal masculino:

desafios na prática de enfermagem na atenção básica à saúde.

MEDEIROS. M. S;

COUTINHO S. P. M;

MAIA, A. M. C. S;et al.

Revista de Divulgação Científica Sena Aires.

8 2018 O comportamento paterno na consulta pré-natal.

CAVALCANT, M. A.

A; TSUNECHIRO, M. A.

Revista Paulista de Enfermagem.

Fonte: As autoras.

Quadro 2. Distribuição dos artigos selecionados segundo Nº de artigos, objetivos, metodologia e principais resultados.

Artigo Objetivos Metodologia Principais Resultados 1 O quanto a transição

pode ser desafiadora e problemática de se tornar pai.

Qualitativo, exploratório, descritivo, transversal e retrospectivo.

Surgiram 3 temas:

“experienciar da transição”,

“desenvolvimento da identidade como pai” e

“(des) construção de pontes para a transição”.

(7)

2 Analisar o conhecimento e as ações paternas acerca do aleitamento.

Descritivo transversal, de abordagem quantitativa, realizado com 220

homens-pais de

lactantes com idades de entre 30 dias e seis meses, vivenciando ou não o processo de

amamentação e

residindo no mesmo domicílio que o binômio.

Dos homens-pais estudados, 36,4% não tinham conhecimento sobre vantagens da amamentação, 48,6%

não acompanharam as gestantes nas consultas de pré-natal e dos pais que trabalham, 68,2%

relataram auxiliar a mãe

no aleitamento

realizando atividades domésticas ou cuidar de outros filhos.

3 Conhecer a visão do enfermeiro/as e médicos/as sobre a

paternidade na

adolescência; identificar ações direcionadas ao jovem pai no pré-natal.

Qualitativa. Os documentos/entrevistas com os profissionais.

As participantes afirmaram a diferença entre ser pais jovens e adultos, sobressaiu a maturidade. A maioria desaprovou a gravidez na adolescência e não a frequência e participação dos pais ás consultas.

4 Analisar aspectos sociais da presença do genitor no pré-natal para as gestantes.

Descritivo e qualitativo. A análise aponta a palavra “não” como a mais concentrada e persistente na fala das gestantes.

5 Relatar a vivência e experiência de uma enfermeira com o pré-natal masculino na perspectiva de educação em saúde.

Relato de experiência, por meio de um estágio de pós-graduação.

A vivência permitiu pensar sobre a atuação do profissional de Enfermagem Obstétrica e construir saberes direcionados para a saúde do homem. A realização de atividade na sala de espera, não

aconteceu como

esperado, porém a consulta do pré-natal se mostrou com uma oportunidade de reflexão

(8)

e mudança de hábitos a partir da troca de experiências.

6 Descrever as ações

realizadas pelo acompanhante, conforme informações coletadas no pré-natal.

Qualitativo, descritivo, exploratório, com 21 acompanhantes, com uso de um questionário semiestruturado.

Surgiram em duas classes: 1. A informação no pré-natal sobre o direito do acompanhante e 2. A participação do acompanhante junto à parturiente e as ações executadas.

7 Descrever os desafios existentes nas práticas de enfermagem quanto a implementação do pré-natal masculino.

Descritivo, qualitativo e realizado com dez enfermeiras que atuam na saúde básica.

Existe dificuldades relacionadas com as dimensões da formação acadêmica e profissional, tal como compreensão e adesão masculina e consequentemente a inserção masculina no pré-natal.

8 Obter a experiência do

homem como

acompanhante na consulta do pré-natal.

Qualitativa e entrevistas semiestruturadas.

Foram encontrado cinco temas: os motivos para acompanhar a mulher; o homem no contexto ambulatorial; o homem acompanhante no contexto familiar; as dificuldades em

acompanhar as

consultas pré-natais; a

experiência da

participação.

Fonte: As autoras.

Em análise os resultados apresentados são baseados em evidência literária de abordagem qualitativa no estudo. O resultado é apresentado com oito artigos agrupados durante o período gravídico com a intervenção paterna para qualificar durante o acompanhamento deste pai e consequentemente apoiando está gestante.

Segundo Bráulio et al. (2021), Climaco et al. (2020) e Cavalcant e Tsunechiro (2018), eles abordam um ponto crucial entre si que nada mais é do que os benefícios que este pai pode proporcionar e refletir durante a gestação, porém cada um apresenta onde e como isso pode favorecer o período gravídico.

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Por tanto Bráulio et al. (2021) busca identificar como o acompanhamento e a presença paterna reflete durante a fase do aleitamento materno, seu estudo obteve informações que cerca de 36,4% não tinham conhecimento sobre vantagens da amamentação e 68,2% relataram auxiliar a mãe no aleitamento realizando atividades domésticas ou cuidados dos outros filhos. O que consegue mensurar um dos benefícios que o pai pode proporcionar e apoiar essa puérpera neste momento.

No entanto Climaco et al. (2020), através de um relato de experiência de uma enfermeira que atuou no pré-natal do homem, observou-se a necessidade de uma qualidade e mudanças de hábitos, gerando um olhar diferenciado pelo enfermeiro no momento do atendimento ao homem durante o pré-natal e como consequentemente irá beneficiar essa gestação.

Conforme Cavalcant e Tsunechiro (2018), apesar de saber que a inserção masculina pode beneficiar não só a gestante mas como o pai, eles buscaram saber a experiência do homem, através de um entrevista com 15 participantes. Apenas 4 dos participantes referiu ter planejado a gravidez, ou seja, tanto a gestante quanto esse pai não esperavam por esse momento o que pode interferir neste acompanhamento.

Para Bráulio et al. (2021), Mello et al. (2021), Souza et al. (2020) Medeiros et al. (2019) e Cavalcant e Tsunechiro (2018), o vínculo paterno é criado durante as consultas do pré-natal e todos tem uma visão em comum dos desafios do acompanhamento nas consultas que são enfrentados por esses pais.

Sendo assim, Bráulio et al. (2021), apresenta em dados de porcentagem que cerca de 48,6% dos pais que não acompanharam as gestantes nas consultas por terem vínculo empregatício e não serem dispensados e Souza et al. 2020, aponta que não houve informação quanto ao direito na participação do pai durante as consultas.

Já para Silva et al. 2021 quando se retratamos de paternidade e vínculo existe um processo transitório que se divide em: “experiência da transição”,

“desenvolvimento da identidade como pai” e “(des)construção de pontes para a transição”, pois nesse estudo identifica que existe essa necessidade de entender o processo do papel paterno e como isso pode beneficiar esse vínculo.

E, por fim, Couto et al. 2020 busca ressaltar a visão das gestantes frente ao acompanhamento do pai no pré-natal e como o enfermeiro junto aos demais profissionais podem conduzir e apoiar de forma positiva. Observou-se que as algumas gestantes não se sentem apoiadas durante o pré-natal com a presença paterna e alguns motivos encontrados foram por violência doméstica, mesmo quando não relatam, por se sentirem mais confortáveis para tirar suas dúvidas apenas com o enfermeiro, mais confiantes quando se reportam a mulheres com experiências pessoais na maternidade, onde já representam a figura materna ou até mesmo por não terem vínculo amoroso com o pai.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

(10)

A temática em questão apresenta-se com poucas referências na literatura de acordo com os critérios de busca adotados. A realização do pré-natal masculino é um assunto atualmente emergido na sociedade, porém ainda nota-se a carência de ações e estratégias organizadas pelo enfermeiro da saúde da família e como será realizada a inclusão do parceiro durante o pré-natal, sendo voltado aos benefícios que o acompanhante pode remeter e favorecer no período gravídico para que sejam refletidos durante toda a gestação, no pré-parto, parto e pós-parto e os impactos positivos que esse vínculo criado desde do pré-natal vai favorecer na vida deste casal.

REFERÊNCIAS

BRASIL, Ministério da Saúde. Guia do pré-natal do parceiro para profissionais de saúde.Secretaria de atenção à saúde, São Paulo, edição, p. 6-52, 2016. Disponível em:

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25 (4), p. 1-6, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.1590/2177-9465-EAN-2020-0473. Acesso em:

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COUTO, P. L. S; GOMES, A. M. T; VILELA, A. B. A; et al. A presença do genitor no pré-natal: um estudo de representações sociais com gestantes. Revista Enferm. UERJ. Rio de Janeiro, v. 20, p.

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MELLO, M. G; PARAUTA, T. C; SALDANHA, B. L; et al. Participação do pai jovem no

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Janeiro, v. 12, n. 7068, p. 95-100, 2021. Disponível em:

https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1048100. Acesso em: 14 ago. 2021.

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http://seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/viewFile/7201/pdf_1. Acesso em: 03 set.

2021.

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