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Carteira Semanal de Ações Mirae

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Academic year: 2021

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Carteira Semanal de Ações – Mirae

A semana passada começou com os investidores globais avaliando os fortes números divulgados sobre criação de empregos nos EUA na sexta-feira anterior. Foram criadas 224 mil vagas em junho, sendo esperadas 160 mil e este dado acabou esfriando os ânimos em relação a uma estratégia agressiva do FED em cortar juros ao longo do 2S19. A reversão desta expectativa deu o tom negativo na abertura dos negócios nas bolsas de valores no exterior. Na terça-feira, feriado em São Paulo e com o mercado acionário local fechado, as bolsas de valores no exterior conseguiram registrar uma recuperação tênue, com as expectativas agora voltadas para o discurso do presidente do FED, que aconteceria no dia seguinte. A surpresa veio com este discurso de Jerome Powell, que confirmou no evento que o FED estaria iniciando em breve um ajuste no patamar de juros dos EUA, decorrente da fraqueza que surgiu na economia mundial nos últimos meses e que em parte se explica pela guerra comercial feita entre EUA com a China e outros países. Com este novo discurso de Powell as expectativas dos investidores passaram a se direcionar para a ocorrência de um anúncio de corte de juros já na próxima reunião que acontece no final deste mês. Como outros bancos centrais, inclusive o do Brasil já deram esta sinalização, o que se espera é que a estratégia seja acompanhada de forma quase generalizada. É bom relembrar que para o nosso banco central iniciar o processo de corte teria como principal condição a aprovação da Reforma da Previdência e a boa notícia para este tema veio na quarta-feira á noite, quando foi aprovado o texto-base da reforma feita pelo relator em primeiro turno pelo plenário da Câmara dos Deputados por 379 votos favoráveis e 131 contrários. Os trabalhos voltaram no dia seguinte para discussão no Congresso para a avaliação de alguns destaques que ainda não foram analisados e cuja finalização levará á votação do texto final para o segundo turno e ai sim seguirá para avaliação no Senado, quando será introduzida a participação de Estados e Municípios na modelagem. O presidente do Congresso, Rodrigo Maia, esperava conseguir aprovar toda a pauta com os deputados até o próximo dia 17, dia que antecede o início do recesso parlamentar, mas a data ficou para 06 de agosto. A conclusão desta nova etapa da Reforma da Previdência se mostra importante e diante da incerteza de que este prazo não seria cumprido tirou força do Ibovespa na sexta-feira, levando a encerrar a semana em -0,18% a 103.906 pontos. Já a relação dólar x real confirmou queda de 2% na semana, fechando com cotação de R$ 3,75.

Carteira Recomendada:

(*) Semana passada

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A Próxima Semana:

A próxima semana terá uma agenda econômica muito importante e vai se iniciar com a divulgação de uma série de indicadores de atividade na China no domingo, com destaques para vendas no varejo, produção industrial e o PIB do 2T19. Os eventuais impactos da guerra comercial com os EUA poderão estar presentes nestes números e, se confirmado, amplia ainda mais a visão de que o processo de desaceleração da economia mundial segue em evolução, com eventuais riscos de recessão mais á frente, o que alimenta a expectativa de uma estratégia coordenada entre bancos centrais em breve. Do nosso lado fica a expectativa sobre a continuidade da aprovação da Reforma da Previdência. Com a finalização de avaliação por parte do Congresso, ou o texto final do segundo turno, previsto para após o recesso parlamentar (início de agosto), o que ocorre na sequência será a avaliação por parte do Senado. Segundo comentado pelo seu atual presidente daquela casa, o tempo esperado para a finalização do texto deve ficar em torno de 45 dias na casa, o que indica sua finalização para meados de setembro/outubro. Tão logo seja aprovada esta reforma, outras medidas serão implementadas pelo governo, como a Reforma Fiscal (já em estudo no legislativo), programas de privatização, o Banco Central independente e a modelagem para um programa de energia mais barata, com ênfase em gás.

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Carteira Recomendada:

(*) Semana atual

Empresa

Código

Part.

Preço

%

R$ (*)

Banco do Brasil ON

BBAS3

10

52,00

Cemig PN

CMIG4

10

15,12

Energias do Brasil ON

ENBR3

10

19,64

Gerdau Met PN

GOAU4

10

6,96

Itaubanco PN

ITUB4

10

36,46

Pão de Açúcar PN

PCAR4

10

93,95

Petrobras PN

PETR4

10

28,53

Ultrapar ON

UGPA3

10

20,48

Usiminas PNA

USIM5

10

9,43

Vale ON

VALE3

10

51,81

Fonte: Economática Cotação: 12/07/2019

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Destaques:

BANCO DO BRASIL ON: O Banco do Brasil divulgou forte resultado no 1T19, com os números superando as expectativas dos investidores. Apesar de ainda apresentar um dos mais baixos retornos sobre patrimônio entre seus pares, conseguiu se destacar na linha do indicador de inadimplência acima de 90 dias. O novo governo já sinalizou que não há interesse em privatizar o banco, mas pretende alienar ativos em sua estrutura para torna-lo mais competitivo no setor. Entendemos que este será o principal gatilho para o preço da ação ao longo deste ano. Esperamos melhora de rentabilidade ao longo dos próximos trimestres.

CEMIG PN: No geral, o resultado da Cemig do 1T19 foi bom e acima da expectativa. Foi beneficiada pelo reajuste tarifário na Cemig D em maio/18, pelo aumento de demanda, migração de cliente do ACR para o ACL e melhor preço Spot. Os indicadores de eficiência DEC e FEC continuam melhorando. Além do PDV do 4T18, esperamos novos programas ao longo da atual administração. A empresa vem tentando vender ativos, para reduzir o seu endividamento e não descartamos até mesmo a possibilidade de ser privatizada. Recentemente anunciou que deverá vender parte de sua participação detida na Light, na oferta que será efetuada.

ENERGIAS DO BRASIL ON: No geral o resultado da EDP, no 1T19 ficou em linha com o estimado no segmento de geração e foi melhor no segmento de distribuição, tanto em São Paulo, como no Espírito Santo. Em São Paulo o volume de perdas caiu, mas no Espírito Santo, mostrou leve deterioração, que foi mais que compensado pela redução de despesas operacionais. Recentemente a ANEEL soltou nota técnica de revisão tarifária da EDP Espírito Santo, acima do esperado. Já a EDP São Paulo deverá passar pelo processo de revisão tarifária em outubro/19. A empresa vem aumentando a sua penetração no segmento de transmissão. O cenário de queda nas taxas de juros ajuda o setor e recentemente as ações da EDP vem tendo uma fraca performance em Bolsa. Existem rumores de que a China Three Gorges Corporation estaria estudando uma possível fusão de seus próprios ativos com a Energias do Brasil, todavia, em fato relevante a EDP Energias do Brasil disse desconhecer qualquer notícia sobre esse evento.

GERDAU METALURGIA PN: A Gerdau Metalurgia é a holding que controla da Metalúrgica Gerdau. A Gerdau apresentou bom resultado no 1T19, com destaque para o Ebitda superando as expectativas dos investidores. A empresa registrou queda nas vendas físicas de aço, decorrente do menor volume de produção e vendas (sazonalidade) e pela desconsolidação de ativos ao longo do ano. Apesar do volume ter decrescido 8% em relação ao 4T18 e de -3,5% sobre o 1T18, os maiores preços praticados em todas as suas unidades e o efeito cambial minimizaram o impacto no faturamento do 1T19. Seguindo o mesmo comportamento em relação ao 1T18, a evolução dos negócios no mercado doméstico mostrou desempenho modesto, atrelado a recuperação ainda gradual da economia doméstica e na América do Norte os negócios fluíram em bom nível, refletindo o bom momento da economia local, principalmente nos EUA.

ITAUBANCO PN: O Itaú divulgou bom resultado no 1T19 e superou o consenso do mercado. Manteve posição de destaque no setor, com números sólidos e um dos melhores retornos do setor. A expectativa de seus gestores para 2019 continua otimista para o Brasil, após a aprovação da Reforma da Previdência e de outras Reformas e medidas que deverão ocorrer, para destravar a economia interna. Em relação ao resultado do 2T19, ainda esperamos um resultado sem maiores novidades, devido ao fato da economia no período ter sido fraca, em virtude da expectativa de andamento e aprovação da Reforma da Previdência. Esperamos uma maior recuperação da economia e para os bancos, a partir do 4T19, que deverá então aquecer um maior volume de empréstimos e de outros serviços. No ano, as ações do ITUB4 acumulam uma alta de apenas 10,2%, inferior ao Ibovespa..

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PÃO DE AÇÚCAR: No geral, o resultado do Pão de Açúcar no 1T19 foi bom, com crescimento de receita, beneficiado principalmente pelo aumento de receita e de vendas do Assaí e nos demais segmentos também foi beneficiado por estratégias de marketing e de fidelização. Por outro lado os custos foram maiores, devido a maior concorrência no setor. A empresa continua com uma situação financeira satisfatória. A queda nas taxas de aplicações resultou em menor resultado financeiro no período. Somos otimistas com o setor de alimentos e com o Pão de Açúcar, que deverá se beneficiar da recuperação da economia interna no 2S19 e em 2020. Recentemente a GPA anunciou uma reestruturação, no qual assumirá o Grupo Exito e terá que desembolsar cerca de R$ 4 bilhões em dinheiro em toda a operação, o que deverá levar a relação dívida líquida / Ebitda a 1,8 a 2,0x e estará adquirindo o Exito num preço atraente. Outro ponto positivo será a migração das ações PN do GPA para o novo mercado irá beneficiar os acionistas. Após a operação, que deverá ser concluída nos próximos meses, vemos uma empresa mais forte na América Latina e consequentemente em condições de capturara e melhora da economia esperada para a região, principalmente no Brasil e na Argentina, com aumento de lucro e desalavancagem nos meses seguintes. Nessa operação, o GPA estará adquirindo operações na Colômbia, Uruguai e Argentina e mantendo as operações no Brasil.

PETROBRAS PN: A Petrobras divulgou o resultado do 1T19 e já havia consenso de que o número da linha final viria mais fraco por conta de ajustes contábeis e pela queda de produção anunciada um dia antes. A produção de óleo e gás da Petrobras alcançou 2,460 milhões de barris de barris de óleo equivalente por dia (boed), queda de 4% na comparação com os últimos três meses de 2018. A estatal atribuiu a redução à usual concentração de paradas de manutenção no primeiro trimestre. Em nossa visão o desempenho da empresa deve mostrar substancial melhora no médio prazo, considerando a continuidade do processo de vendas de ativos e a finalização da questão da cessão onerosa. Seguimos otimistas com a empresa e sua nova gestão.

ULTRAPAR ON: No geral, o resultado do 1T19 foi novamente, mais fraco do que o esperado. A melhora de receitas na Oxiteno, Ultragaz, Ultracargo e Extrafarma, não foram suficientes para neutralizar a queda na Ipiranga. A queda de Ebitda foi de decorrente de maiores custos na Ipiranga e Oxiteno principalmente. Em relação as margens fracas, esperamos uma melhora das mesmas no 2S19 e em 2020, quando tivermos um melhor cenário econômico, em consequência da aprovação da Reforma da Previdência e da expectativa de aprovação de outras medidas que beneficiem a economia. No curto prazo, o grande desafio da Ultrapar e cortar custos e traçar novas estratégias de crescimento e de entrega de resultados até mesmo em outros negócios, uma vez que a consolidação no setor de distribuição não parece mais possível. Todavia, confiamos no management e nos controladores da empresa esperamos novidades em 2019 e lembramos que em bolsa as ações vem tendo uma fraca performance.

USIMINAS PNA: A atividade de siderurgia no Brasil tem relação direta com o fluxo de crescimento da economia e dos investimentos realizados em bens de capital e infraestrutura. Com uma correlação de 2,5x contra o PIB, a demanda por aço no Brasil ainda segue prejudicada, desde a crise do biênio 2015/16, mas continuamos observando uma gradativa melhora trimestre a trimestre. Este foi o cenário em que a Usiminas atuou no 1T19 com seu braço de siderurgia. Para minimizar o impacto do cenário ainda negativo em siderurgia, a Usiminas ampliou os negócios em seu braço de minério de ferro, que por sinal atravessou um período de forte alta de preços, decorrente da redução da oferta do produto com o acidente na unidade Brumadinho da Vale e pelo fato de outras unidades mineradoras locais precisaram ser paralisadas no 1T19 por conta de segurança. O gatilho para a retomada de grandes números para a empresa têm relação com o sucesso do governo em implementar suas reformas na economia, com poder para gerar grande fluxo de pedidos nos dois braços em que atua. A ação encontra-se defasada em Bolsa.

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VALE ON: A Vale divulgou o resultado do 1T19 e com ele uma boa parte de valores negativos relacionados ao acidente de Brumadinho. Decorrente do acidente naquela unidade, a Vale registrou forte queda de produção de minério de ferro e pelotas no período. Apesar deste fator determinar queda das vendas físicas destes produtos no 1T19, ocorreu uma substancial mudança na relação oferta x procura por estes produtos no mercado transoceânico, já que com a redução da oferta ocorreu forte alta no preço destes dois produtos. O preço do minério de ferro saiu de US$ 65/tonelada (antes do acidente) para US$ 95/tonelada ao final do trimestre, o que fez com que o preço médio de venda da Vale se situasse em US$ 82,7/tonelada no 1T19. Este substancial aumento de preço acabou minimizando a redução das vendas físicas. Na teleconferência os representantes da empresa citaram ter contabilizado grande parcela das perdas previstas com o acidente, inclusive a baixa deste ativo, mas novos processos podem surgir ao longo do ano. O que podemos citar que o pior do lado financeiro já ocorreu. Nas ultimas semanas, o preço do minério de ferro continua superando os US$ 110/ton no porto de Qingdao, o que é positivo para a Vale.

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Referências

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