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Aula 03 Sujeitos Processuais: Partes e Procuradores. Direito Processual Civil p/ Técnico Judiciário (Direito) do TJMG (2ª Instância)

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Aula 03 – Sujeitos Processuais:

Partes e Procuradores

Direito Processual Civil p/ Técnico Judiciário (Direito) do TJMG (2ª Instância)

Prof. Henrique Santillo

(2)

Sumário

SUMÁRIO 2

SUJEITOS PROCESSUAIS: PARTES E PROCURADORES 3

PARTES 4

Capacidade Processual 4

PROCURADORES 18

DEVERES DAS PARTES E DOS PROCURADORES 28

Deveres 28

SUCESSÃO DAS PARTES 37

SUCESSÃO DOS PROCURADORES 40

DISPOSITIVOS DE LEI UTILIZADOS NESTA AULA 42

QUESTÕES COMENTADAS PELO PROFESSOR 48

LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS 83

GABARITO 96

RESUMO DIRECIONADO 97

(3)

Sujeitos Processuais: Partes e Procuradores

Chegamos a uma nova etapa do nosso curso. Vamos nos dedicar, neste momento, ao estudo dos sujeitos que, de forma mais ou menos intensa, participam de alguma maneira do processo judicial.

Veja: para que o processo se desenvolva e alcance sua finalidade desejada, que é a de resolver o litígio que é levado ao Poder Judiciário, é preciso que haja a participação dos mais variados personagens:

Do autor, que inicia a ação com a apresentação de sua petição inicial;

Do réu, que contesta esse pedido que lhe é dirigido;

Do juiz, que julgará os pedidos do autor e dirá, ao fim, quem será amparado pelas normas do nosso ordenamento jurídico, ou até mesmo poderá colocar um fim ao processo sem analisar o mérito.

Dos servidores que efetuam atos que dão movimento ao processo, seja juntando um documento, seja publicando alguma sentença para que as partes possam dela recorrer; d

Do Ministério Público, atuando como fiscal da lei com a finalidade de preservar interesses difusos e coletivos ou atuando como parte

Dentre vários outros sujeitos...

O CPC dedica o Livro III da Parte Geral, que se estende do art. 70 ao art. 187, aos sujeitos do processo.

Primeiro trata das partes e de seus procuradores, da pluralidade de partes e da possibilidade de intervenção de terceiros. Em seguida, do Ministério Público, dos órgãos judiciários e dos auxiliares da justiça, regulamentando a atuação do juiz e dos seus auxiliares.

Seguindo a ordem do CPC, na aula de hoje, trataremos de questões relativas às partes e aos seus procuradores: capacidade processual, procuradores, deveres das partes e procuradores e sucessão processual.

Sugiro que acompanhe a aula de hoje fazendo a leitura dos seguintes artigos:

Vamos lá?

Arts. 70 ao 81

Arts. 103 ao 112

Código de Processo

Civil - Lei 13.105/15

(4)

Partes

Quando falamos em partes do processo, o primeiro pensamento que nos vem à cabeça é a figura do autor e do réu – o que de certa forma está certo! O clássico processualista Chiovenda1 já afirmava que a parte processual pode ser definida como aquele que pede ou contra quem é pedida uma providência jurisdicional.

Assim, no procedimento comum, que é o nosso foco no momento, será autor, por exemplo, aquele que ingressa com uma ação pedindo ao juiz que condene alguém a lhe pagar certa quantia – este último será denominado réu.

E quem pode figurar como parte em um processo?

Em outros termos, quem pode ajuizar uma ação para pedir uma providência ao Poder Judiciário? Quem poderá ser citado para integrar o processo? Pode ser parte (seja como autor, seja como réu) quem tem a possibilidade de ser titular de direitos e obrigações no âmbito civil.

Você se lembra das aulas de direito civil?

Código Civil; Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.

Isso quer dizer que qualquer pessoa poderá figurar como parte em um processo civil – seja ela uma pessoa capaz (maior de 18 anos), absolutamente incapaz (menor de 16 anos), relativamente capaz (por exemplo, alguém que possua alguma enfermidade mental e que não pode expressar a sua vontade), as pessoas jurídicas (como as empresas), entes públicos (a União e todos os outros), e por aí vai...

Logo, podemos concluir com total segurança que todas as pessoas, sem exceção, têm capacidade de ser parte, porque são titulares de direitos e obrigações na ordem civil.

Capacidade Processual

Se todos possuem capacidade de ser parte, então todas essas pessoas poderão atuar nos processos judiciais por si sós?

Obviamente, não!

Basta pensar na situação de uma criança de 10 anos que é demandada por alguém.

Ela não teria a mínima condição de exercer os atos do processo de forma efetiva e racional!

1 SANTOS, Moacyr Amaral. Primeiras Linhas de Direito Processual Civil. 23ª edição. São Paulo: Saraiva, 2006, vol. 2

(5)

Como o Código de Processo Civil resolveu tal questão?

Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo.

A lógica aqui é a seguinte: se a pessoa está apta a exercitar os seus direitos de forma autônoma na esfera civil, poderá também exercer - por si só - atos dentro de um processo. Assim, se uma pessoa possui capacidade civil para celebrar um contrato ou para vender um imóvel, também poderá recorrer de uma decisão sem auxílio de outrem, por exemplo.

Portanto, a capacidade processual (ou capacidade para estar em juízo) pode ser denominada como a capacidade de figurar no processo judicial por si mesmo, sem o auxílio de outrem.

Veja:

Fátima, 32 anos, capaz de exercer seus direitos e obrigações na esfera civil terá, por consequência, capacidade processual – poderá ingressar com uma ação de indenização por danos morais contra José, seu desafeto que a ofendeu publicamente no Facebook, sem a necessidade de ser assistida ou representada por alguma outra pessoa.

Mas, como vimos, nem todas as pessoas terão a capacidade processual, ou seja, a aptidão para estar em juízo pessoalmente. São, por exclusão, as pessoas incapazes2, que não poderão, por si só, figurar em um processo e exercer os atos processuais sozinhas, não tendo, por consequência a capacidade processual.

A regularização dessa situação está no art. 71, que possibilita a participação do incapaz no processo, desde que representado ou assistido por seus pais, por tutor ou por curador:

Art. 71. O incapaz será representado ou assistido por seus pais, por tutor ou por curador, na forma da lei.

Se a incapacidade for relativa, segundo os termos da legislação civil, a pessoa será assistida por seus pais, por seu tutor ou por seu curador, ao passo que a incapacidade absoluta exige que a pessoa seja representada por alguma dessas figuras.

2 Código Civil, Art. 3º. São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.

Art. 4º. São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:

I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

II - os ébrios habituais e os viciados em tóxicos;

III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;

IV - os pródigos.

(6)

Exemplificando: uma criança de 5 anos, que é considerada absolutamente incapaz, tem capacidade de ser parte (poderá ajuizar uma ação de alimentos em face de seu pai, por exemplo), mas não poderá atuar, sozinha, no processo.

Assim sendo, costumamos dizer que ela até tem capacidade se ser parte, mas não possui capacidade processual, devendo estar acompanhada para que seja resolvido o problema de sua incapacidade processual, mediante representação de sua mãe ou de algum outro responsável.

Veja esta questão:

(FGV – TJ/AM – 2013) Em relação às partes e aos procuradores, julgue o item abaixo:

Todo aquele que possui personalidade jurídica tem capacidade de ser parte, mas nem toda capacidade de ser parte decorre da personalidade jurídica.

RESOLUÇÃO:

Perfeito! Toda pessoa, sem exceção, tem capacidade de ser parte, porque são titulares de direitos e obrigações na ordem civil. Isso decorre da personalidade jurídica que surge a partir do nascimento com vida

Código Civil; Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.

Contudo, nem toda capacidade de ser parte decorre da personalidade jurídica. Por quê?

Porque há expressa autorização legal para que os entes sem personalidade jurídica, como a massa falida, herança jacente ou vacante, o espólio, as sociedades irregulares e o condomínio figurem como partes no processo!

Vamos ver esse assunto logo abaixo!

C UIDADO !

Não devemos confundir a figura do curador que representa o incapaz no processo, o qual acabamos de ver (art.

71, CPC/2015), com a do curador especial, que deverá ser nomeado para representar em juízo algumas partes consideradas mais fragilizadas em decorrência de determinado tipo de situação, em que se presume que elas teriam dificuldades em contratar algum advogado para representá-las no processo. O código deixa explícito que a curatela especial é exercida pela Defensoria Pública.

(7)

Veja quem são essas partes:

Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao:

I - incapaz, se não tiver representante legal OU se os interesses deste colidirem com os daquele, enquanto durar a incapacidade;

II - réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado.

Parágrafo único. A curatela especial será exercida pela Defensoria Pública, nos termos da lei.

Vamos destrinchar cada uma das situações trazidas pela nossa legislação?

No primeiro caso, a lei confere, em duas situações, um curador especial ao incapaz:

Que não possui representante legal, pois há a presunção de que ele não teria condições de procurar um advogado e contratá-lo para defender seus interesses na demanda.

Importante: o curador especial irá representa-lo somente enquanto durar a situação de incapacidade – ou seja, quando o incapaz se tornar civilmente capaz, terá condições de praticar, por si só, os atos do processo.

Cujos interesses são opostos aos do seu representante legal, já que nessa situação, há um conflito de interesses entre o incapaz e aquele que o representa, o que prejudicaria a defesa do incapaz em um processo, trazendo-lhe grandes prejuízos.

Vamos a um exemplo que ocorre frequentemente?

Imagine o caso de uma ação de investigação de paternidade proposta pelo suposto pai contra sua filha, menor absolutamente incapaz, a qual foi devidamente citada através de sua mãe, a representante legal da criança, que não constituiu advogado para oferecer contestação e tampouco levou a filha à perícia genética agendada.

Isso caracteriza um evidente conflito de interesses a representante legal e a menor, que tem o direito de conhecer suas origens. Daí, nesse caso, o juiz fará a nomeação de curador especial à criança, para que exerça uma efetiva defesa de seus interesses, enquanto perdurar a incapacidade.

No segundo caso, há nomeação de um curador especial réu preso que for revel. Qual a explicação para isso? Sabemos da imensa dificuldade de o réu preso contratar um advogado, sobretudo para defendê-lo em causas no âmbito cível. Em muitos casos, ele pode não constituir um advogado e acaba sendo revel no processo (são casos que ele é citado, mas não apresenta defesa, se tornando revel – o processo acaba correndo sem a sua participação).

Como o processo não pode correr sem que ele exercite o seu contraditório e ampla defesa, ainda mais considerando essa situação delicada, o juiz nomeará um curador especial, até que seja contratado um advogado pelo réu preso.

(8)

O último caso é o do réu revel citado por edital ou por hora certa3. Como nesses casos não se tem certeza se o réu efetivamente foi citado e ficou sabendo dos termos do processo, por precaução um curador especial é nomeado para defendê-lo no processo, até que um advogado seja contratado pelo réu.

Então, podemos perceber que estes três institutos que acabamos de estudar (representação, assistência e curadoria especial) guardam íntima relação entre si, já que seu objetivo maior é o de regularizar a representação processual daquele que já possui capacidade de ser parte, mas é desprovido de capacidade processual!

Apenas a título de curiosidade...

Podemos então perceber que estes três institutos que acabamos de estudar (representação, assistência e curadoria especial) guardam íntima relação entre si, já que seu objetivo maior é o de regularizar a representação processual daquele que já possui capacidade de ser parte, mas é desprovido de capacidade processual!

3 A citação por edital é uma espécie de citação ficta ou presumida, ou seja, nessa espécie de citação não temos certeza de que o conhecimento da existência da ação tenha chegado ao conhecimento do réu. tem cabimento sempre que o réu se encontre em lugar incerto, não sabido ou em casos expressos em lei.

Será nomeado

CURADOR ESPECIAL

ao...

Incapaz...

...sem representante legal OU

...com interesses colidentes

Réu preso revel sem advogado

Réu revel Citado por edital

OU

Citado com hora certa

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Julgue o item abaixo:

(FCC – TRT/PR – 2013)

No tocante à capacidade processual e postulatória, o juiz dará curador especial ao réu preso, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado.

RESOLUÇÃO:

Cuidado com o peguinha!

O juiz nomeará curador especial apenas ao réu preso que seja revel, ou seja: ao réu preso que, mesmo citado, não contestou os termos da ação que foi movida contra ele, enquanto ele não constituir um advogado para o defender.

A redação do enunciado dá a entender que será nomeado curador especial a todo réu preso, indistintamente, o que não é verdade.

Quanto ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado para representá-lo, não há erro.

Veja:

Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao:

II - réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado.

Resposta: E

Capacidade dos Cônjuges nas Ações Imobiliárias

Em regra, as pessoas casadas possuem plena capacidade processual. Poderão ajuizar os mais diversos tipos de ações sem precisar do consentimento expresso de seus respectivos cônjuges.

No entanto, o Código de Processo Civil restringe essa plena capacidade processual de pessoas casadas e que vivem em união estável em algumas situações específicas que envolvam direitos reais sobre imóveis.

C

URIOSIDADE

Ações sobre direitos reais imobiliários são aquelas que se fundam em direitos reais sobre imóveis.

O que são direitos reais sobre imóveis?

O Código Civil nos dá a resposta (art. 1.225): propriedade, domínio, superfície, servidão predial, usufruto de imóvel, uso de imóvel, habitação, direito do promitente comprador do imóvel, anticrese, hipoteca, concessão de uso especial para fins de moradia e concessão de direito real de uso

(10)

Leia com muita atenção o dispositivo:

Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens.

§ 1o Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para a ação:

I - que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens;

II - resultante de fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou de ato praticado por eles;

III - fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da família;

IV - que tenha por objeto o reconhecimento, a constituição ou a extinção de ônus sobre imóvel de um ou de ambos os cônjuges.

§ 2º Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu somente é indispensável nas hipóteses de composse ou de ato por ambos praticado.

§ 3o Aplica-se o disposto neste artigo à união estável comprovada nos autos.

Assim, o caput do art. 73 afirma que o cônjuge (ou companheiro – veja o §3º) precisa da autorização de sua esposa (outorga marital) ou de seu esposo (outorga uxória) para ingressar em juízo para discutir direitos reais que recaiam sobre imóveis do casal.

Tal exigência só não se aplica quando os cônjuges são casados pelo regime de separação absoluta de bens. A explicação para isso é que, no regime de separação absoluta de bens, cada cônjuge poderá dispor dos seus bens da forma como quiser.

Assim, Mário precisará da autorização de sua esposa caso pretenda ajuizar uma ação demarcatória com a finalidade de fazer cessar a confusão de limites entre o seu imóvel rural e o de seu confinante, fixando novos limites para cada um. Isso só não ocorrerá se ambos forem casados no regime de separação absoluta de bens.

Pode acontecer de o outro cônjuge não autorizar o ajuizamento da ação, sem motivo plausível para isso (imagine o caso de um casamento que esteja perto de seu fim e que os cônjuges já não se acertam mais), ou que ele se encontre em um estado em que sua autorização esteja impossibilitada, como alguém que se encontre em coma.

Nesses casos específicos, o juiz poderá suprir essa autorização e complementar a incapacidade:

Art. 74. O consentimento previsto no art. 73 pode ser suprido judicialmente quando for negado por um dos cônjuges sem justo motivo, ou quando lhe seja impossível concedê-lo.

Parágrafo único. A falta de consentimento, quando necessário e não suprido pelo juiz, invalida o processo.

Por outro lado, caso alguém deseje ajuizar uma ação contra uma pessoa casada ou em união estável, deverá incluir no polo passivo da ação o outro cônjuge ou companheiro quando a ação:

(11)

1.

Se fundar em direito real imobiliário;

2.

Disser respeito a fato relativo a ambos os cônjuges ou ato praticado pelos dois; por questões óbvias, ambos os cônjuges deram causa à ação, então os dois terão de responde-la

3.

Cobrar dívida contraída por um dos cônjuges em prol da família;

4.

Cujo pedido se refira à discussão sobre ônus relativo a imóvel de um ou dos dois cônjuges – uma ação que discuta a hipoteca, por exemplo.

Há uma exceção pra tudo isso que acabamos de ver:

Se a ação imobiliária disser respeito à posse sobre algum imóvel, a citação do outro cônjuge ou a necessidade de sua autorização somente ocorrerá em duas situações:

Se o ato em discussão...

Se o ato em discussão houver sido praticado por ambos os cônjuges

Se houver composse (ambos os cônjuges exercendo a posse sobre um imóvel, em conjunto).

Portanto...

Que versem sobre direito real imobiliário, exceto se houver regime de separação absoluta de bens

O cônjuge/companheiro precisa do consentimento do outro para propor ações...

Fato que diga respeito a ambos os cônjugesou de ato praticado por eles;

Dívida contraída por um dos cônjugesa bem da família;

Reconhecimento, a constituição ou a extinção deônus sobre imóvel de um ou de ambos os cônjuges.

Direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens;

•Ações possessórias: ato por ambos praticados ou composse.

Ambos os cônjuges/companheiros serão necessariamente citados para as ações que versarem sobre..

(12)

Duas questões para você fixar o assunto:

(IBFC – MP/SP – 2013) Julgue o item abaixo:

Em todas as ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu é sempre indispensável.

RESOLUÇÃO:

Nada disso.

Não serão todas as ações possessórias que exigirão a participação do cônjuge.

Isso só será exigido nos casos de composse ou ato por ambos praticado:

Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens.

(FGV – TJ/AM – 2013) Julgue o item abaixo:

O cônjuge casado sob regime de separação absoluta de bens necessita do consentimento do outro para a propositura de ações em que haja composse.

RESOLUÇÃO:

Afirmativa incorreta.

Como estão casados sob o regime de separação absoluta de bens, não será necessário o consentimento do outro cônjuge para propor ações em que haja composse:

Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens.

E os casos em que as pessoas jurídicas figuram como parte no processo?

O CPC/2015 regula a capacidade da pessoa jurídica, independentemente de sua participação no processo ser como autora, ré ou terceira interveniente. Assim, se pretendo ajuizar uma ação contra uma empresa, quem a representará no processo? Quem praticará os atos em seu nome?

É o que veremos logo abaixo nas hipóteses trazidas pelo CPC:

Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente:

I - a União, pela Advocacia-Geral da União, diretamente ou mediante órgão vinculado;

II - o Estado e o Distrito Federal, por seus procuradores;

III - o Município, por seu prefeito ou procurador;

IV - a autarquia e a fundação de direito público, por quem a lei do ente federado designar;

V - a massa falida, pelo administrador judicial;

(13)

VI - a herança jacente ou vacante, por seu curador;

VII - o espólio, pelo inventariante;

VIII - a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, não havendo essa designação, por seus diretores;

IX - a sociedade e a associação irregulares e outros entes organizados sem personalidade jurídica, pela pessoa a quem couber a administração de seus bens;

X - a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador de sua filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil;

XI - o condomínio, pelo administrador ou síndico.

Esse assunto é bastante explorado pela banca que provavelmente elaborará a sua prova. Então, vamos esquematizar?

R

EPRESENTAÇÃO

P

ROCESSUAL DE

P

ESSOAS

J

URÍDICAS E

E

NTES

D

ESPERSONALIZADOS

UNIÃO

A GU

ESTADOS

DISTRITO FEDERAL

P ROCURADORES

MUNICÍPIO

P REFEITO

OU

P ROCURADOR

(14)

AUTARQUIA

FUNDAÇÃO DE DIREITO

PÚBLICO

A QUELE Q UE A L EI D O E NTE F EDERADO

D ESIGNA

MASSA FALIDA

A DMINISTRADOR J UDICIAL

HERANÇA

JACENTE/VACANTE

C URADOR

ESPÓLIO

I NVENTARIANTE

Se Dativo → Sucessores devem ser intimados

PESSOA JURÍDICA

A QUELE Q UE O S A TOS C ONSTITUTIVOS

D ESIGNAM

não designando

D

IRETORES SOCIEDADE/ASSOCIAÇÃO

IRREGULARES OUTROS ENTES

ORGANIZADOS SEM

PERSONALIDADE

JURÍDICA

P

ESSOA

Q

UE

A

DMINISTRA

S

EUS

B

ENS

Não podem se valer de sua irregularidade quando demandadas!

(15)

PESSOA JURÍDICA

ESTRANGEIRA

G ERENTE /R EPRESENTANTE /A DMINISTRADOR

D A

F ILIAL /A GÊNCIA /S UCURSAL

Presume-se a autorização para eles receberem citação.

CONDOMÍNIO

A DMINISTRADOR /S ÍNDICO

Assim, temos acima exemplos de casos que envolvem a representação processual da pessoa jurídica ou de entes sem personalidade jurídica4: o representante não será parte, mas apenas atuará em seu nome de forma a defender os seus interesses no âmbito de um processo.

Vamos falar, por exemplo, do inciso VI: se uma pessoa falece e não deixa testamento ou herdeiro conhecido, os bens da herança serão arrecadados, reunidos e ficarão com um curador, por meio de um processo judicial, até que sejam entregues a algum sucessor (herança jacente) ou, não sendo isso possível, que seja feita declaração de vacância (herança vacante). esse conjunto de bens (que, pela lei civil não possui personalidade jurídica) poderá ser autor ou réu em demandas judiciais. Então, o CPC/2015 lhe concede capacidade de ser parte e, com a representação do curador, capacidade processual.

MUITA ATENÇÃO: a temática da representação processual tem sido bastante cobrada em concursos. Vamos exercitar!

(IBFC - HOSPITAL METROPOLITANO DR.CÉLIO DE CASTRO – 2015) Devem ser representados em juízo, ativa e passivamente:

Assinale a alternativa correta.

a) o espólio, pelo inventariante.

b) a massa falida, pelo gestor de fato.

c) a herança jacente ou vacante, pelo síndico.

4 Entes despersonalizados são pessoas a quem a lei civil não conferiu a capacidade jurídica, muito embora possam ser titulares de direitos e obrigações!

(16)

d) o Município, por seu curador.

RESOLUÇÃO

A alternativa correta é a ‘a’, já que o espólio será sim representado pelo inventariante.

Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente:

VII - o espólio, pelo inventariante;

Veja o erro das outras:

III - o Município, por seu prefeito ou procurador;

V - a massa falida, pelo administrador judicial;

VI - a herança jacente ou vacante, por seu curador;

Há algumas regrinhas especiais contidas nos parágrafos do art. 75.

Vamos a elas?

§ 1º Quando o inventariante for dativo, os sucessores do falecido serão intimados no processo no qual o espólio seja parte.

Saiba que o espólio é um conjunto de bens sem personalidade jurídica deixados por alguém que faleceu.

Poderá figurar como autor ou réu em processos. Quem o representa judicialmente é o inventariante. No entanto, pode ser que o inventariante seja dativo – ou seja, nomeado pelo juiz e não possua vínculo com o falecido ou herdeiros – por isso a necessidade de intimação destes últimos, para que tenham ciência dos atos do processo que poderão interferir em seus futuros bens.

§ 2º A sociedade ou associação sem personalidade jurídica não poderá opor a irregularidade de sua constituição quando demandada.

Nesse caso, essas sociedades ou associações irregulares, quando rés, não poderão alegar a questão da irregularidade para pleitear a extinção do processo sem mérito, já que o próprio Código supre a questão da incapacidade através da indicação da pessoa a quem couber a administração de seus bens para representá-la no processo.

§ 3º O gerente de filial ou agência presume-se autorizado pela pessoa jurídica estrangeira a receber citação para qualquer processo.

Aqui, não é necessário que o gerente de filial ou agência instaladas no Brasil receba autorização expressa da pessoa jurídica estrangeira para ser citado em ação na qual seja réu.

(17)

§ 4º Os Estados e o Distrito Federal poderão ajustar compromisso recíproco para prática de ato processual por seus procuradores em favor de outro ente federado, mediante convênio firmado pelas respectivas procuradorias.

Dessa forma, por exemplo, é possível que o Estado de GO celebre convênio com o Estado de TO, de maneira que os procuradores de TO atuem em demandas propostas contra o Estado de GO no TO – e vice-versa!

E quando for verificado, no curso do processo, que a parte não possui capacidade processual, como o caso da presença de um menor de 17 anos sem a assistência de seus responsáveis? Ou, então, alguma irregularidade na representação, como no caso de uma pessoa jurídica figurando como autora no processo, sendo representada por seu diretor sem juntar o estatuto da empresa para fazer prova de tal qualidade?

Veja como o CPC/2015 disciplina tais situações:

Art. 76. Verificada a incapacidade processual OU a irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o processo E designará prazo razoável para que seja sanado o vício.

§ 1o Descumprida a determinação, caso o processo esteja na instância originária:

I - o processo será extinto, se a providência couber ao autor;

II - o réu será considerado revel, se a providência lhe couber;

III - o terceiro será considerado revel [se no polo passivo] ou excluído do processo [se no polo ativo], dependendo do polo em que se encontre.

§ 2o Descumprida a determinação em fase recursal perante tribunal de justiça, tribunal regional federal ou tribunal superior, o relator:

I - não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente;

II - determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido.

Veja de forma esquematizada as providências que serão tomadas caso haja irregularidade na representação ou verificação de incapacidade processual:

Suspensão do processo por prazo razoável para correção do vício

Se descumprido pela parte

a) Extinção do processo sem resolução de mérito, se o vício tiver de ser sanado pelo autor.

b) Revelia, se o vício tiver de ser sanado pelo réu.

c) Exclusão do processo ou revelia, se o vício tiver de ser sanado por terceiro.

Se descumprido nos tribunais

a) Não conhecimento [“recebimento”] do recurso, se o vício tiver de ser sanado pelo recorrente.

b) Desentranhamento das contrarrazões [retirada da resposta do recorrido do processo], se o vício tiver de ser sanado pelo recorrido.

(18)

Vamos a uma questão para fixar o conteúdo?

(CESPE – TCE/PA – 2015 - Adaptada) A respeito da jurisdição, da ação e dos sujeitos do processo, julgue o item subsecutivo.

O juiz que constatar a incapacidade processual da parte em determinada ação deverá julgar extinto o processo.

RESOLUÇÃO:

Afirmativa incorreta. Segundo o CPC/2015, caso o juiz verifique a incapacidade processual da parte, deverá suspender o processo e designar prazo razoável para que o vício seja sanado:

Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício.

Procuradores

Na maioria dos casos, as pessoas não possuem conhecimentos técnicos e jurídicos suficientes para ingressar com uma ação no Judiciário e para praticar os atos processuais que lhes competem no âmbito de um processo judicial.

5

Vamos pensar no caso de Rosa, uma senhora de 75 anos, analfabeta, que pretende ajuizar uma ação contra um banco por ter passado longas horas na fila de espera para ser atendida. Pretendendo demandar a instituição financeira, não seria razoável exigir-lhe todo o conhecimento jurídico para montar sua defesa e para se manifestar nos autos do processo quando for necessário.

5 Imagem disponível em: https://idec.org.br/dicas-e-direitos/fila-de-banco-demorada-saiba-seus-direitos

(19)

Levando isso em conta, o nosso ordenamento jurídico exige que a parte - regra geral - seja representada quando do ajuizamento da ação e da prática alguns atos processuais por um bacharel em direito que foi aprovado no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil e que, por consequência, está inscrito nessa entidade:

Art. 103. A parte será representada em juízo por advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil.

Parágrafo único. É lícito à parte postular em causa própria quando tiver habilitação legal.

Essa é a chamada capacidade postulatória conferida aos advogados, um requisito que deve ser observado na maioria dos casos. Portanto, como regra geral, o advogado “fala” nos autos do processo em nome da parte.

Contudo, o parágrafo único nos mostra que há situações permitidas em lei em que alguém poderá ingressar com uma ação sem a representação por advogado, postulando em causa própria.

Veja quando a parte poderá postular em causa própria:

Impetrar habeas corpus

Ajuizar ação no Juizado Especial Cível (com valor da causa de até 20 salários mínimos)

Ajuizar ação no Juizado Especial Federal (JEF) e no Juizado Especial da Fazenda Pública (JEFP)

Advogados: podem ajuizar qualquer ação em causa própria, ou seja, defendendo seus próprios interesses sem a necessidade de ser representado por outro advogado.

Nesse último caso, quando o advogado postula em causa própria, algumas determinações lhe foram impostas:

1.

Deve indicar seu endereço, OAB e sociedade de advogados que eventualmente integra – com a finalidade de ser intimado dos atos que ocorrem no processo.

2.

Deve comunicar qualquer alteração de endereço.

(20)

E se houver descumprimento dessas determinações?

Se o advogado for autor o juiz determinará que ele emende a sua petição inicial para indicar dos dados; se não emendar em 5 dias, a sua petição será indeferida.

Se o advogado não comunicar a mudança de endereço no curso do processo as intimações enviadas ao endereço antigo, que consta nos autos, serão consideradas válidas, ou seja, será considerado que o advogado tenha sido efetivamente intimado, mesmo não tendo sido, na realidade.

Veja a previsão legal:

Art. 106. Quando postular em causa própria, incumbe ao advogado:

I - declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço, seu número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil e o nome da sociedade de advogados da qual participa, para o recebimento de intimações;

II - comunicar ao juízo qualquer mudança de endereço.

§ 1o Se o advogado descumprir o disposto no inciso I [declarar o endereço], o juiz ordenará que se supra a omissão, no prazo de 5 (cinco) dias, antes de determinar a citação do réu, sob pena de indeferimento da petição.

§ 2o Se o advogado infringir o previsto no inciso II [não comunicar a alteração de endereço], serão consideradas válidas as intimações enviadas por carta registrada ou meio eletrônico ao endereço constante dos autos.

Por outro lado, o advogado precisará provar nos autos que a parte lhe conferiu poderes para que possa atuar em nome dela no processo, ou seja, é necessária a prova de que houve um contrato de mandato entre o cliente e o profissional jurídico - e isso é feito por meio da apresentação de um documento, que é a procuração – a qual deve ser juntada aos autos do processo.

Os poderes conferidos pela parte ao seu advogado podem vir expressados de duas formas na procuração.

Veja só:

a. Procuração geral para o foro (cláusula ad judicia ou para o foro em geral).

Essa procuração permite ao advogado realizar os principais atos relativos à sua atuação em juízo.

No caso que vimos logo acima, o advogado de Rosa poderá recorrer, contestar, manifestar ciência dos atos etc. sem a autorização expressa de sua cliente.

(21)

Estão englobados, aqui, todos os que não são considerados poderes especiais, os quais devem estar autorizados por meio de uma cláusula própria na procuração, que veremos logo abaixo

b. Procuração com poderes especiais (cláusula específica)

São poderes que se relacionam com a prática de atos processuais considerados mais importantes.

Assim, o advogado da parte somente poderá realizar tais atos a seguir se esses poderes forem concedidos e mencionados de forma específica na procuração.

São os seguintes:

1.

receber citação pelo seu cliente (ou seja, o oficial de justiça entregará diretamente o mandado de citação ao advogado e não à parte, como normalmente ocorre!)

2.

confessar fatos relativos ao litígio;

3.

reconhecer a procedência do pedido

4.

transigir, ou seja, celebrar acordo

5.

renunciar à pretensão que é a base do pedido;

6.

receber valores e dar quitação

7.

firmar compromisso, ou seja, assinar um documento que preveja a arbitragem para

8.

resolver o conflito já existente, o que denominamos de compromisso arbitral;

9.

afirmar que a parte representada é pobre para fins de concessão de justiça gratuita

Veja mais uma vez:

Dessa forma, se na procuração constar apenas a informação de que a parte conferiu ao advogado poderes para atuar de forma geral no foro, o advogado poderá realizar os mais diversos atos, exceto o rol dos atos que acabamos de ver, que deverão ser autorizados de forma clara e expressa na procuração.

Percebe como são atos que, em sua grande parte, colocam em jogo o próprio direito da parte? Não seria cabível que o advogado possuísse “carta-branca” para praticá-los livremente sem a expressa autorização de seu cliente!

(22)

Veja só a previsão no CPC/2015:

Art. 105. A procuração geral para o foro, outorgada por instrumento público ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, exceto receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência econômica, que devem constar de cláusula específica.

§ 1º A procuração pode ser assinada digitalmente, na forma da lei.

§ 2º A procuração deverá conter o nome do advogado, seu número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil e endereço completo.

§ 3º Se o outorgado [advogado] integrar sociedade de advogados, a procuração também deverá conter o nome dessa, seu número de registro na Ordem dos Advogados do Brasil e endereço completo.

§ 4º Salvo disposição expressa em sentido contrário constante do próprio instrumento, a procuração outorgada na fase de conhecimento é eficaz para todas as fases do processo, inclusive para o cumprimento de sentença.

Leia o seguinte esquema para memorização, já que este é um assunto muito abordado por questões de concurso.

P ROCURAÇÃO G ERAL P ARA O

F ORO

Permissão geral ao advogado para realizar os principais atos relativos à sua atuação em juízo.

Ex: recorrer, contestar, dar ciência, etc.

(23)

P ROCURAÇÃO C OM P ODERES

E SPECIAIS

Necessária para o advogado praticar os seguintes atos

:

R

ECEBER

C

ITAÇÃO

C

ONFESSAR

R

ECONHECER

A P

ROCEDÊNCIA

T

RANSIGIR

R

ENUNCIAR

À P

RETENSÃO

R

ECEBER

V

ALORES

/D

AR

Q

UITAÇÃO

F

IRMAR

C

OMPROMISSO

D

ECLARAR

P

OBREZA

D

O

C

LIENTE

O Código, nos parágrafos subsequentes, ainda disciplina algumas regras referentes à procuração. Vamos a cada uma delas!

Perceba que a procuração deverá conter, no mínimo:

Nome do advogado

+

Número da OAB

+

Endereço do advogado

+

Indicação do nome da sociedade de advogados, número de registro na OAB e endereço (se o advogado for integrante de uma sociedade, obviamente)

Além disso, o §4º enuncia uma regra muito importante: a procuração que foi concedida na fase de conhecimento é aproveitada, também, no cumprimento de sentença, não devendo ser renovada nessa fase

(24)

(a não ser que o advogado e seu cliente decidiram de forma contrária, ou seja, convencionaram que haveria outra procuração para que o advogado o defenda durante a fase de satisfação do direito).

Anota aí...

Como regra, a procuração valerá até o término do processo, independentemente do tempo que o processo durar e para todas as fases, inclusive a fase executiva.

Vimos que, em regra, o advogado deverá ajuizar a ação com a respectiva prova da procuração. No entanto, o art. 104 nos traz casos que o advogado pode ajuizar uma ação sem a apresentação da procuração:

Art. 104. O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente.

§ 1º Nas hipóteses previstas no caput, o advogado deverá, independentemente de caução, exibir a procuração no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período por despacho do juiz.

§ 2º O ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente àquele em cujo nome foi praticado, respondendo o advogado pelas despesas e por perdas e danos.

(25)

Assim, temos que:

Caso haja urgência (imagine uma situação em que a parte esteja com risco de vida e necessite da providência judicial o quanto antes)

OU

Quando se estiver próximo da data de ocorrência da preclusão, de decadência ou prescrição6

O A

DVOGADO

P

ODERÁ

P

OSTULAR

S

EM

P

ROCURAÇÃO!

Nessas situações, o advogado deverá juntar a procuração em 15 dias, os quais poderão ser prorrogados por mais 15 dias, ou seja, o prazo para juntada poderá alcançar 30 dias.

Se o advogado não juntar a procuração nesse período?

Haverá a ineficácia dos atos praticados por ele em relação à parte que ele representa.

Isso quer dizer que o ato continua existindo no processo, mas não surtirá efeitos para a parte que seria beneficiada pela sua prática.

Veja só: se alguma medida for pedida pelo autor, ela não surtirá efeitos no patrimônio do réu caso não seja apresentada, como um pedido de busca e apreensão de algum objeto.

Uma observação: para postular sem procuração, nesses casos, o advogado está dispensado de prestar caução para indenizar eventuais prejuízos pela não apresentação posterior da procuração.

Ou seja, o advogado não deverá prestar nenhuma garantia ao juízo – seja em dinheiro, bens ou de qualquer outra espécie!

6 Genericamente dizendo, prescrição e decadência dizem respeito à perda de um direito, por motivos do não exercício pelo seu titular.

Já a preclusão é a perda do direito de agir no processo em decorrência da passagem do tempo, como por exemplo, o direito de resposta da parte preclui se passado o prazo que lhe foi conferido para tanto.

(26)

Nesse caso, se não houver a juntada da procuração, haverá a ineficácia dos atos quanto à parte que não outorgou o mandato, como, por exemplo, se alguma medida for pedida pelo autor, ela não surtirá efeitos no patrimônio do réu caso não seja apresentada, como um pedido de busca e apreensão de algum objeto.

Veja uma questão interessante sobre o assunto de hoje:

(FGV – TJ/AM – 2013) Analise a decisão que trata da situação verídica na qual a parte, sem representante processual, assinou a contestação.

"O Magistrado sentenciante decretou a revelia do Apelante em razão de não ter constituído procurador nos autos e condenou-o ao pagamento, a título de danos morais, no valor de 30 (trinta) salários mínimos (...) recorrente não trouxe nenhuma justificativa da falta de representação por advogado, fazendo-o tão somente em sede de Apelação quando junta declarações de pessoas moradoras daquele município, significando preclusão no seu direito, porque não o fez oportunamente"

Partindo da temática em foco, julgue o item abaixo.

O advogado poderá procurar em juízo sem mandato se a parte representada assinar a petição inicial conjuntamente, constituindo tacitamente o patrono.

RESOLUÇÃO:

Nada disso. Não há embasamento legal para essa assertiva

Só há duas situações especificas que autorizam o advogado a atuar em juízo sem mandato conferido pela parte:

Art. 104. O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, OU para praticar ato considerado urgente.

Para encerrar este tópico referente aos procuradores das partes, vamos nos debruçar sobre os direitos dos advogados:

Art. 107. O advogado tem direito a:

I - examinar, em cartório de fórum e secretaria de tribunal, mesmo sem procuração, autos de qualquer processo7, independentemente da fase de tramitação, assegurados a obtenção de cópias e o registro de anotações, salvo na hipótese de segredo de justiça, nas quais apenas o advogado constituído terá acesso aos autos;

II - requerer, como procurador, vista dos autos de qualquer processo, pelo prazo de 5 (cinco) dias;

III - retirar os autos do cartório ou da secretaria, pelo prazo legal, sempre que neles lhe couber falar por determinação do juiz, nos casos previstos em lei.

7 Autos são as peças de um processo, como as petições, termos de audiências, certidões, decisões, sentenças etc.

(27)

§ 1º Ao receber os autos, o advogado assinará carga em livro ou documento próprio.

§ 2º Sendo o prazo comum às partes, os procuradores poderão retirar os autos somente em conjunto OU mediante prévio ajuste, por petição nos autos.

§ 3º Na hipótese do § 2o, é lícito ao procurador retirar os autos para obtenção de cópias, pelo prazo de 2 (duas) a 6 (seis) horas, independentemente de ajuste e sem prejuízo da continuidade do prazo.

§ 4º O procurador perderá no mesmo processo o direito a que se refere o § 3o se não devolver os autos tempestivamente, salvo se o prazo for prorrogado pelo juiz.

Portanto, tem o advogado:

Direito de acessar os autos em primeiro grau ou em tribunal, mesmo sem procuração para o processo Isso está previsto para que ele possa fazer anotações relevantes a respeito de processos que poderão auxiliá-lo em outras causas.

Aqui, ele não retirará o processo do fórum ou da secretaria, apenas fará uma consulta.

EXCEÇÃO: processos sob segredo de justiça → somente advogados habilitados poderão ter acesso!

Direito de retirar os autos (fazer carga) para consulta, pelo prazo de 5 dias

Diferente do caso anterior, aqui o advogado precisa ser procurador de uma das partes do processo para retirar os autos do cartório.

Direito de retirar os autos para manifestação

Por óbvio, somente para o advogado com procuração, e a carga é prevista para que possa haver a manifestação adequada sobre algum ponto ou decisão do processo.

Imagine o caso de um documento ser juntado pela parte contrária – nada mais justo que o advogado possa retirar os autos do processo para analisar, com calma, o documento ou peça que demanda a sua manifestação.

Todos nós sabemos que grande parte dos processos, na atualidade, tramitam de forma eletrônica. Quando, por exemplo, o juiz intima as partes para que se manifestem sobre um documento juntado, no prazo comum de 5 dias, não surge problema algum nos autos eletrônicos: cada advogado acessará o documento em seu computador e se manifestará adequadamente dentro do prazo.

No entanto, surge um problema quando estamos diante de processo físico de papel, quando existe um prazo comum para ambas as partes se manifestarem, naturalmente há um conflito: ambos os advogados precisarão retirar os autos para que possam analisa-los e se manifestar da forma mais adequada.

(28)

Como resolver isso?

1.

Poderá haver acordo entre as partes

Nesse caso, elas devem informar como será a divisão em relação à carga – os autos ficarão 2 dias com o autor e 3 dias com o réu;

2.

Poderão retirar os autos em conjunto

3.

Poderão retirar os autos para efetuar cópias, individualmente e independente de acordo (ajuste).

Atenção! Eles podem retirar os autos para tirar cópias pelo prazo de

2 a 6 horas

!

Terminado o prazo, o advogado deverá devolver os autos. É uma situação que ocorre bastante, já que o advogado poderá tirar cópias apenas dos documentos que considera essenciais para efetuar alguma defesa ou manifestação!

Professor, se o advogado não devolver os autos do processo no prazo indicado (2 a 6 horas)?

Ele perderá o direito de retirar os autos para efetuar cópias no mesmo processo!

Deveres das Partes e dos Procuradores

Vimos em aulas passadas que o art. 5º consagrou, expressamente, o princípio da boa-fé objetiva. Os artigos 77 a 81 do CPC/2015 dão concretude ao princípio da boa-fé no processo civil, estabelecendo verdadeiro dever de probidade processual:

Art. 5º Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé.

Vamos estudar agora algumas condutas processuais impostas e vedadas pela CPC/2015, bem como as respectivas responsabilizações e sancionamentos em caso de violação delas.

Deveres

O art. 77, do CPC/2015, impõe deveres às partes, procuradores, terceiros intervenientes, auxiliares da Justiça (servidores, testemunhas, peritos, defensores públicos, membros do MP e de todos os sujeitos que participem do processo:

Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo:

I - expor os fatos em juízo conforme a verdade;

II - não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de fundamento;

(29)

III - não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à defesa do direito;

IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação;

V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou profissional onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou definitiva;

VI - não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso.

Vejamos um a um:

a. Expor os fatos em juízo conforme a verdade

Esse dever tem como objetivo vedar a mentira proferida com o intuito de tumultuar o processo ou prejudicar a parte contrária.

Ex: uma parte nega, intencionalmente, ser sua uma assinatura aposta em um contrato de compra e venda e, após perícia, fica claro que era realmente sua.

b. Não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de fundamento

Viola esse dever a parte que, tendo consciência, apresenta sua pretensão ou defesa que sabe não possuir fundamento jurídico para acolhimento.

c. Não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à defesa do direito;

A parte não pode solicitar provas e praticar atos inúteis com o propósito claro de retardar ou dificultar o andamento ou o julgamento do processo.

Exemplo: imagine a parte que pede que testemunhas inexistentes sejam ouvidas pelo juiz, que indica endereço Incorreta de testemunhas existentes somente para travar o andamento do processo...

d. Cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação;

É necessário, então, que as decisões jurisdicionais, independente da sua natureza, sejam cumpridas, efetivadas!

Além disso, não se deve criar embaraços, dificuldades no cumprimento, como a parte que demora para fornecer endereço quando pedido pelo juiz.

e. Declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou profissional onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou definitiva;

Aqui, temos o dever de declaração do endereço para fins de intimação, que, por consequência, faz com que tutela jurisdicional se dê de forma rápida e efetiva, já que o Poder Judiciário não ficará perdendo tempo tentando localizar as partes.

(30)

É explicitado, também, o dever de atualização do endereço, quando ocorrer sua modificação temporária ou definitiva. Assim, o autor que vai passar 2 meses de férias na casa de praia de seus primos, em outra comarca, deverá comunicar o juízo acerca dessa alteração momentânea de endereço!

f. Não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso.

Quando o processo se inicia, é proibido que os sujeitos façam alterações fáticas em algum bem ou direito que esteja sendo discutido no processo – essa prática é conhecida como atentado.

Exemplo: a parte oculta, esconde um bem que seria objeto de prova e alega no processo que ele foi destruído por uma enchente.

A

TENÇÃO

!

Caso haja inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso, o juiz deve:

1. determinar o restabelecimento do estado anterior

ou seja, determinar o fim do atentado) 2. proibir a parte de falar nos autos até a purgação do atentado

a parte só poderá fazer

requerimentos, recorrer, falar de forma geral no processo até que se restabeleça o estado anterior), independentemente da aplicação da multa.

Além disso, há a proibição de que partes, procuradores, juízes, membros do MP e da Defensoria Pública, e a qualquer pessoa que participe do processo

Empreguem expressões ofensivas nos escritos apresentados em juízo

Se manifestem oralmente ou se portem de modo ofensivo de forma presencial Se houver repetição do comportamento: sujeito não mais poderá falar durante o ato que se realiza:

Art. 78. É vedado às partes, a seus procuradores, aos juízes, aos membros do Ministério Público e da Defensoria Pública e a qualquer pessoa que participe do processo empregar expressões ofensivas nos escritos apresentados.

§ 1o Quando expressões ou condutas ofensivas forem manifestadas oral ou presencialmente, o juiz advertirá o ofensor de que não as deve usar ou repetir, sob pena de lhe ser cassada a palavra.

§ 2o De ofício ou a requerimento do ofendido, o juiz determinará que as expressões ofensivas sejam riscadas e, a requerimento do ofendido, determinará a expedição de certidão com inteiro teor das expressões ofensivas e a colocará à disposição da parte interessada.

(31)

Assim, por mais absurda que seja a decisão do juiz ou a manifestação da outra parte, todos devem se comportar de forma educada, polida, civilizada e as decisões e manifestações devem ser impugnadas da forma correta.

Hora de mais uma questão:

(FCC – TCE/CE – 2015 - Adaptada)

Em relação aos deveres das partes e de seus procuradores, é defeso às partes e seus advogados empregar expressões ofensivas nos escritos apresentados no processo, cabendo ao juiz mandar riscá- las, exclusivamente a requerimento do ofendido que sofreu as ofensas.

RESOLUÇÃO:

Afirmativa incorreta! A providência de mandar riscar as expressões ofensivas também pode ser tomada de ofício pelo juiz, por sua própria iniciativa:

Art. 78. É vedado às partes, a seus procuradores, aos juízes, aos membros do Ministério Público e da Defensoria Pública e a qualquer pessoa que participe do processo empregar expressões ofensivas nos escritos apresentados.

Resposta: E

Ato atentatório à dignidade da justiça

Caso os seguintes deveres sejam descumpridos:

Cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais (de natureza provisória ou final) e não criar embaraços à sua efetivação (inc. IV)

Não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso (inc. VI)

Veja quais são as providências que deverão ser tomadas:

O juiz deverá, primeiramente, advertir as partes de que esse descumprimento poderá ser considerado um

ato atentatório à dignidade da justiça

.

§ 1º Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer das pessoas mencionadas no caput de que sua conduta poderá ser punida como ato atentatório à dignidade da justiça.

(32)

Se a parte ou terceiro, mesmo sob advertência, continuar descumprindo os referidos deveres, o juiz aplicará multa de até 20% do valor da causa, fixada de acordo com a gravidade da conduta. No entanto, se o valor da causa for irrisório ou inestimável (muito baixo, como em pequenas cobranças ou até mesmo sem valor, como em ações de adoção), o juiz pode estipular a multa em até 10 salários mínimos.

Se não for paga no prazo que o juiz estipulou, a multa será inscrita como dívida ativa da União ou do Estado e cobrada por meio de uma execução fiscal.

§ 2ºA violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à dignidade da justiça, devendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa de até vinte por cento do valor da causa, de acordo com a gravidade da conduta.

§ 3º Não sendo paga no prazo a ser fixado pelo juiz, a multa prevista no § 2o será inscrita como dívida ativa da União ou do Estado após o trânsito em julgado da decisão que a fixou, e sua execução observará o procedimento da execução fiscal, revertendo-se aos fundos previstos no art. 97.

§ 4º A multa estabelecida no § 2o poderá ser fixada independentemente da incidência das previstas nos arts. 523, § 1º [multa de 10% pelo não cumprimento da sentença de pagar no prazo de 15 dias], e 536, § 1o. [astreintes].

§ 5º Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa prevista no § 2o poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo.

Agora, caso o ato atentatório à dignidade da justiça for praticado por advogados, defensores públicos e membros do MP, o juiz não aplicará a multa a eles, já que deverá ser apurada pelo respectivo órgão de classe ou corregedoria, ao qual o juiz oficiará.

Assim, se o advogado da parte ocultar o bem que seria objeto de perícia no processo, deve o juiz comunicar a Ordem dos Advogados do Brasil para que haja a apuração de sua conduta e, se for o caso, que seja aplicada a punição.

§ 6º Aos advogados públicos ou privados e aos membros da Defensoria Pública e do Ministério Público não se aplica o disposto nos §§ 2o a 5o, devendo eventual responsabilidade disciplinar ser apurada pelo respectivo órgão de classe ou corregedoria, ao qual o juiz oficiará.

Além disso, aqueles que representam judicialmente as partes (seja advogado, seja defensor público ou membro do Ministério Público) não poderão ser obrigados a cumprir alguma decisão judicial que caiba somente às partes.

Exemplificando para você: o juiz não pode determinar que o advogado do autor entregue algum documento descrito na decisão caso seu cliente tenha descumprido a mesma decisão.

§ 8º O representante judicial da parte não pode ser compelido a cumprir decisão em seu lugar.

Referências

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