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Rev. adm. empres. vol.43 número2

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Academic year: 2018

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ABR/MAIO/JUN/2003 • ©RAE • 129 FRANCISCO ALVES

INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS

TEORIA SOCIAL HOJE Anthony Giddens e Jonathan Turner (Orgs.). São Paulo: Editora da Unesp, 1999. 609 p. Giddens e Turner partem da idéia de que não há consenso em Teoria Social e que é justamente essa diversidade quando, mapeada, que pode fornecer as bases conceituais e orientar o leitor em sua escolha teórico-metodológica. A coletânea apresenta autores renomados na discussão sobre, entre outros, behaviorismo e pós-behaviorismo, interacionismo simbólico, teoria parsoniana, estrutura-lismo e pós-estruturaestrutura-lismo, etnometodologia e teoria crítica.

HANDBOOK OF QUALITATIVE RESEARCH Norman Denzin and Yvonna Lincoln (Eds.). Thousand Oaks: Sage, 1994. 643 p. É possível encontrar, nas 643 páginas deste livro, uma vasta discussão sobre diversas abordagens qualitativas. Na primeira parte, vários autores discutem a história, as tradições, as preferências, bem como questões políticas e éticas presentes na pesquisa qualitativa. A segunda parte está dedica-da aos principais paradigmas presentes na abordedica-dagem qualitativa: construtivismo, teoria crítica, feminismo, modelagem étnica e questões culturais. Na terceira parte, o leitor encontra a discussão de uma série de estratégias de pesquisa: estudo de caso, etnografia, pesquisa clínica, biografias, entre outras. Na quarta parte, são apresentados métodos de coleta de dados e de análise de material empírico, como, por exemplo, técnicas de observação, análise de imagens, e uso de computador em pesquisa qualitativa. Na quinta parte, diversos autores discutem a “a arte da interpretação”. E, na última parte, são apresentados alguns questionamentos sobre o futuro da pesquisa qualitativa.

REFLEXIVE METHODOLOGY – new vistas for qualitative research Mats Alvesson and Kaj Skoldberg. London: Sage, 2001. 319 p.

O livro de Alvesson e Skolberg tem um apelo particular, uma vez que os dois, além de especialistas em métodos qualitativos, são também professores em escolas de Administração. Os autores indicam claramente sua posição: “o conhecimento não pode ser separado do conhecedor” e “dados e fatos são construções ou resultam de interpretação” (p. 1). A partir dessas proposições, os autores discu-tem, entre outras, hermenêutica, etnometodologia, etnografia, fenomenologia crítica.

PRÁTICAS DISCURSIVAS E PRODUÇÃO DE SENTIDO NO COTIDIANO Mary Jane Spink (Org.). São Paulo: Cortez, 2000. 296 p.

O livro de Mary Jane e colaboradores é estimulante por vários aspectos: além de apresentar a abor-dagem teórico-metodológica – apoiada no construcionismo –, também discute vários procedimen-tos de coleta e análise de dados, em documenprocedimen-tos, mídia e entrevistas, de modo que o leitor encontra indicações práticas e rigor metodológico para orientação da pesquisa. Trata-se de uma abordagem em Ciências Humanas ligada à Análise do Discurso e à importância da linguagem não só na constru-ção do conhecimento, mas também nas práticas do cotidiano.

PESQUISA-AÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES Michel Thiollent. São Paulo: Atlas, 1997. 164 p.

Para aqueles que entendem que a ação e a transformação organizacional são fundamentais no traba-lho científico, este livro de Thiollent é uma indicação fundamental. É claro que a pesquisa-ação insere-se nas controvérsias que envolvem todo o campo do conhecimento científico: a pesquisa científica deve ser necessariamente aplicada? A pesquisa científica deve ser necessariamente empíri-ca? De acordo com Thiollent, existe na pesquisa-ação “um grande desafio [que] consiste em desen-volver a instrumentalidade sem excluir o ‘espírito crítico’” (p. 26).

PESQUISA QUALITATIVA EM ADMINISTRAÇÃO

O desenvolvimento da pesquisa qualitativa está associado às dife-rentes abordagens teóricas das Ciências Sociais que floresceram ao longo do século XX. Ainda que sob a denominação “pesquisa quali-tativa” coexistam diversos sentidos, sua essência está ligada a uma abordagem intepretativista do tema e é, muitas vezes, associada a uma crítica das abordagens positivistas e /ou meramente quantitati-vas. Pesquisadores que se apóiam em abordagens qualitativas parti-lham, de modo geral, de uma visão do mundo como uma realidade construída e da existência de uma relação entre o sujeito que

pes-quisa e o objeto que é pespes-quisado. Por outro lado, as abordagens quantitativas enfatizam a mensuração, a neutralidade na relação sujeito-objeto e uma análise causal entre variáveis. Ainda hoje a pesquisa qualitativa é questionada e criticada por não oferecer a objetividade pretendida pela ciência. Apesar disso, a oposição e o estranhamento entre pesquisa qualitativa e quantitativa vêm sendo abandonados e abordagens multimétodos tornam-se cada vez mais freqüentes. Abaixo encontramos algumas obras sobre o tema indicadas pela Professora Maria José Tonelli da FGV-EAESP.

Referências

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