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Competências do administrador: uma análise comparativa entre a necessidade do mercado e a formação dos acadêmicos do curso de administração da UNIJUÍ Campus Ijuí

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UNIJUÍ – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul DACEC – Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação

Curso de Administração

FERNANDA NATÁLIA DA ROSA

COMPETÊNCIAS DO ADMINISTRADOR: UMA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A NECESSIDADE DO MERCADO E A FORMAÇÃO DOS

ACADÊMICOS DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DA UNIJUÍ CAMPUS IJUÍ

Trabalho de Conclusão de Curso

Orientador: Prof. Ms. Gustavo Arno Drews

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FERNANDA NATÁLIA DA ROSA

COMPETÊNCIAS DO ADMINISTRADOR: UMA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A NECESSIDADE DO MERCADO E A FORMAÇÃO DOS

ACADÊMICOS DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DA UNIJUÍ CAMPUS IJUÍ

Trabalho de Conclusão do Curso de Administração da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, como requisito parcial para a conclusão de curso e consequente obtenção de título de Bacharel em Administração.

Orientador: Prof. Ms. Gustavo Arno Drews

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus, pelo dom da vida e por ter me iluminado durante toda a trajetória da graduação. Agradeço aos meus pais, minha base de tudo, que com dedicação me ensinaram a construir princípios e valores, além de sempre me apoiarem e incentivarem em todos os mementos, sempre acreditando neste sonho a torná-lo realidade.

Ao meu namorado, Jair, por toda compreensão, amor e paciência durante esse período, e por estar sempre disposto a me ajudar em tudo que fosse preciso. Agradeço, também, por todas as vezes que alegrou meus dias com sua presença e pelas palavras de incentivo. Aos meus amigos por estarem sempre presentes em todos os momentos, apoiando, aconselhando e participando de todos os acontecimentos.

A Unijuí e aos professores do Curso de Administração, agradeço aos ensinamentos e auxílio ao longo dessa jornada.

De forma especial, agradeço meu professor orientador, Mestre Gustavo Arno Drews, por me aceitar como orientanda e acreditar na minha capacidade, pela dedicação e atenção dispensadas, nunca medindo esforços para que mais uma etapa se concretizasse. Para finalizar, agradeço a todos os meus colegas e amigos, que de uma forma ou de outra se fizeram presentes nesta longa e importante jornada da minha vida.

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“Apesar dos nossos defeitos, precisamos enxergar que somos pérolas únicas no teatro da vida e entender que não existem pessoas de sucesso ou pessoas fracassadas. O que existe são pessoas que lutam pelos seus sonhos ou desistem deles”.

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COMPETÊNCIAS DO ADMINISTRADOR: UMA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A NECESSIDADE DO MERCADO E A FORMAÇÃO DOS ACADÊMICOS DO

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DA UNIJUÍ CAMPUS IJUÍ1

Fernanda Natália da Rosa2, Gustavo Arno Drews3

1

Trabalho de Conclusão de Curso de Administração da Unijuí Campus Ijuí

2

Acadêmica do Curso de Administração do Departamento de Ciências Adminis-trativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação, fer.natalia@hotmail.com

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Professor Orientador (Mestre, Administrador), gadrews@unijuí.edu.br Introdução

As empresas estão cada vez mais exigindo profissionais qualificados nas suas competências, adequando-se para atender as exigências do mercado. Com isso, as competências adquiridas ao longo da vida acadêmica devem ser suficientes para a conquista de espaço no mercado de trabalho, como iniciativa por parte do futuro profissional pela busca continua de novos conhecimentos.

Desta forma, o desempenho de uma organização depende fortemente das competências de seus funcionários e da forma como os mesmos foram capacitados e estimulados durante a graduação, de modo que sejam capazes de reunir seus conhecimentos, habilidades e atitudes atingindo o exigido das organizações. Fleury e Fleury (2001) argumentam que trabalho não é mais o conjunto de tarefas associadas ao cargo, mas se torna o prolongamento direto da competência que o individuo mobiliza em face de uma situação profissional cada vez mais mutável e complexa.

Espera-se que o acadêmico que realiza o curso de Administração desenvolva as competências necessárias para aplicá-las no exercício de sua profissão, atendendo as exigências perante o seu campo de atuação profissional. Nesta perspectiva, considera-se importante saber o que pensam os acadêmicos, bem como, as organizações usuárias de profissionais administradores, frente às competências desenvolvidas ao longo da graduação.

O presente trabalho pretende analisar duas percepções: a primeira diz respeito às competências desenvolvidas durante o processo da formação acadêmica do curso de Administração da Unijuí campus Ijuí; e a segunda averiguar quais são as competências que o mercado de trabalho está buscando, especificamente nos administradores, a fim de gerar resultados à organização.

Metodologia

De acordo com Vergara (2000), as pesquisas podem ser classificadas seguindo dois critérios: quanto aos fins e quanto aos meios. Quanto aos fins esta é uma pesquisa exploratória e descritiva. Pode ser considerada também como uma pesquisa bibliográfica, documental e de campo.

Os sujeitos de uma pesquisa, segundo Vergara (2000), “(...) é um conjunto de elementos que possuem as características que serão objeto de estudo”. Sendo assim, os sujeitos da pesquisa concentram-se em três universos distintos: os acadêmicos do curso de Administração matriculados no campus Ijuí, as organizações locais potenciais usuárias dos serviços de administradores e a

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coordenação do curso de Administração, a fim de saber suas percepções quanto às competências adquiridas durante a graduação.

Inicialmente a coleta de dados deste estudo foi realizada de forma bibliográfica, e documental, com o uso de livros do acervo da Biblioteca Universitária Mário Osório Marques, artigos disponíveis em meios eletrônicos que se relacionam com o tema do estudo e documentos primários e originais como o Projeto Pedagógico do Curso (PPC) e nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN). Após isso, a coleta de dados realizou-se por meio do preenchimento de questionários que foram enviados por meio eletrônico aos acadêmicos do curso de Administração, as organizações locais empregadoras e para a coordenação do curso de Administração. Portanto, a partir das informações obtidas com os questionários aplicadas junto aos acadêmicos, organizações e coordenação do curso de Administração, os dados foram tabulados no software da Microsoft Excel, transformando-os em percentuais na forma de tabelas. Na sequencia, foram realizadas comparações entre os dados coletados nos questionários aplicados, com a finalidade de responder a questão de estudo proposta buscando embasamento no referencial teórico construído durante a pesquisa.

Resultados e Discussão

O presente estudo refere-se ao Trabalho de Conclusão de Curso e tem como tema identificar as competências dos administradores, realizando uma análise comparativa das necessidades do mercado e a formação dos acadêmicos do curso de Administração da Unijuí campus Ijuí. A pesquisa realizada conta com uma amostra de composta por acadêmicos onde 48,9% dos respondentes são da faixa etária dos 20 a 25 anos, onde 57,4% são do sexo feminino e 42,6% do sexo masculino. Analisando o período do curso, percebe-se que a maior concentração dos acadêmicos pesquisados encontra-se no período final do curso de Administração, está no 10º semestre do curso. Durante a pesquisa, que 36,2% dos acadêmicos responderam que o motivo que levou pela escolha do curso de Administração foi a possibilidade de uma formação generalista e abrangente. Verificou-se que o curso de Administração abre oportunidades para o mercado de trabalho, assim a maior parte dos acadêmicos da amostra analisada demonstra estar ligada a uma organização, sendo 85,1%, enquanto 14,9% ainda não estão inseridos no mercado de trabalho. Na amostra de organizações pesquisadas, observou-se que 37,5% das organizações atuam no ramo do comércio, 33,3% no ramo de serviços e 16,7% são indústrias, e que em relação às áreas de alocação dos administradores apresentou-se um percentual de 79,2% na área da administração geral, seguida da área de financeira e contábil. Quando perguntadas sobre como avaliam o profissional em Administração com relação às competências desenvolvidas no mercado de trabalho, 45,8% das organizações consideram bom o desempenho dos profissionais, e 20,8% os que consideram muito bons e regulares a atuação dos administradores nas suas funções dentro da organização.

A análise comparativa entre os acadêmicos do curso de Administração campus Ijuí, as organizações locais usuárias do serviço de administradores e a coordenação do curso de Administração foi analisada a partir das oito competências do Administrador conforme consta no projeto pedagógico do curso de Administração da UNIJUÍ. Diante do apurado na pesquisa realizada com os acadêmicos do curso de administração, com as organizações locais empregadoras dos serviços de administradores e da coordenação do curso de Administração, a partir dos

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questionários, foi possível identificar o perfil dos acadêmicos do curso de administração, o perfil das organizações locais e da coordenação do curso, identificando se as competências constituídas na graduação estão atingindo as expectativas esperadas pelas organizações ao contratarem os administradores. Os acadêmicos em sua maioria consideram que conseguem desenvolver as oito competências do administrador, destacando o grupo de competências I, quanto à competência de pensar estrategicamente na tomada de decisões, com maior concordância de 91,5%, dos acadêmicos pesquisados. Na percepção das organizações a competência que os acadêmicos se destacam é a competência do grupo V, com um grau de concordância de 95,9% diz respeito à competência de ter consciência da qualidade e das implicações éticas no exercício profissional.

Avaliou-se que as competências necessárias aos administradores, são adquiridas por grande parte dos acadêmicos, mas, através da integração proposta por este estudo, tanto para o desenvolvimento das competências como para a preparação do mercado de trabalho, o curso ainda poderá abranger a totalidade de acadêmicos, visto que todo administrador deve adquirir estas competências para o melhor desenvolvimento profissional.

Conclusões

Conclui-se que este estudo analisou a realidade e as perspectivas profissionais dos acadêmicos, quanto à constituição das competências necessárias aos administradores e a área de atuação dos acadêmicos atualmente, visando contribuir com a carreira profissional e com o Projeto Pedagógico do Curso, onde se pode avaliar a percepção dos graduandos, das organizações locais potenciais usuárias do serviço de administradores e da coordenação do curso frente este tema. Os resultados deste estudo atenderam de maneira positiva os objetivos, visto que foram analisados, os acadêmicos e as organizações, as competências necessárias aos administradores e o mercado de trabalho na realidade.

Palavras-Chave: Curso de Administração. Diretrizes Curriculares Nacionais. Formação Baseada em Competências. Mercado de Trabalho.

Referências Bibliográficas

FLEURY, Maria Tereza Leme; FLEURY, Afonso A. Construindo o Conceito de Competência. Revista de Administração Contemporânea, Vol. 05 Edição Especial, 2001.

VERGARA, S. C. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

DCN – Diretrizes Curriculares Nacionais

LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

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LISTA DE FIGURAS

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Características dos acadêmicos pesquisados ... 41 Tabela 2: Características das organizações pesquisadas ... 43 Tabela 3: Percepção da amostra de acadêmicos e de organizações quanto ao administrador ter constituído competências de reconhecer, definir problemas e propor soluções ... 45 Tabela 4: Percepção da amostra de acadêmicos e de organizações quanto ao administrador ter constituído competências de pensar estrategicamente a tomada de decisões ... 46 Tabela 5: Percepção da amostra de acadêmicos e de organizações quanto ao administrador ter constituído competências de introduzir modificações nos processos de gestão ... 47 Tabela 6: Percepção da amostra de acadêmicos e de organizações quanto ao administrador ter constituído competências de atuar preventivamente de maneira a antecipar a ocorrência de problemas ... 48 Tabela 7: Percepção da amostra de acadêmicos e de organizações quanto ao administrador ter constituído competências de transferir conhecimentos adquiridos nas aulas a colegas e a outras pessoas ... 48 Tabela 8: Percepção da amostra de acadêmicos e de organizações quanto ao administrador ter constituído competências de tomar decisões em situações de diferentes graus de complexidade ... 49 Tabela 9: Percepção da amostra de acadêmicos e de organizações quanto ao administrador ter constituído competências de expressar-me de maneira a poder apresentar proposta sobre diversos assuntos empresariais ... 50 Tabela 10: Percepção da amostra de acadêmicos e de organizações quanto ao administrador ter constituído competências de comunicar-me com segurança em processos de negociação ... 51 Tabela 11: Percepção da amostra de acadêmicos e de organizações quanto ao administrador ter constituído competências de estabelecer comunicações interpessoais e intergrupais eficazes ... 52 Tabela 12: Percepção da amostra de acadêmicos e de organizações quanto ao administrador ter constituído competências de refletir criticamente sobre a esfera da produção de bens e serviços ... 53 Tabela 13: Percepção da amostra de acadêmicos e de organizações quanto ao administrador ter constituído competências de compreender a posição e a função da produção na estrutura organizacional ... 54 Tabela 14: Percepção da amostra de acadêmicos e de organizações quanto ao administrador ter constituído competências de desenvolver raciocínio lógico, crítico e analítico para operar com valores e formulações matemáticas presentes nas decisões organizacionais ... 55 Tabela 15: Percepção da amostra de acadêmicos e de organizações quanto ao administrador ter constituído competências de expressar-me de modo crítico e criativo diante dos diferentes ambientes organizacionais e sociais ... 56

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Tabela 16: Percepção da amostra de acadêmicos e de organizações quanto ao administrador ter constituído competências de ter iniciativa perante situações novas ou desafiadoras ... 57 Tabela 17: Percepção da amostra de acadêmicos e de organizações quanto ao administrador ter constituído competências de ter vontade de continuar a aprender ... 58 Tabela 18: Percepção da amostra de acadêmicos e de organizações quanto ao administrador ter constituído competências de ter consciência do que seja um trabalho de qualidade ... 59 Tabela 19: Percepção da amostra de acadêmicos e de organizações quanto ao administrador ter constituído competências de estar aberto às mudanças constantes da vida organizacional ... 60 Tabela 20: Percepção da amostra de acadêmicos e de organizações quanto ao administrador ter constituído competências de ter consciência da qualidade e das implicações éticas do meu exercício profissional ... 61 Tabela 21: Percepção da amostra de acadêmicos e de organizações quanto ao administrador ter constituído competências de desenvolver a capacidade de transferir conhecimentos da escola para o ambiente de trabalho ... 62 Tabela 22: Percepção da amostra de acadêmicos e de organizações quanto ao administrador ter constituído competências de revelar-me profissional adaptável a diferentes demandas da empresa ... 63 Tabela 23: Percepção da amostra de acadêmicos e de organizações quanto ao administrador ter constituído competências de ter capacidade para elaborar, implementar e consolidar projetos em organizações ... 65 Tabela 24: Percepção da amostra de acadêmicos e de organizações quanto ao administrador ter constituído competências de desenvolver capacidade para realizar consultoria em gestão e administração ... 66

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LISTA DE QUADROS

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 13

1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 15

1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA ... 15

1.2 PROBLEMA OU QUESTÃO DE ESTUDO ... 16

1.3 OBJETIVOS ... 16

1.4 JUSTIFICATIVA ... 17

2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 19

2.1 O ENSINO SUPERIOR ... 19

2.2 A PROFISSÃO ADMINISTRADOR E O ENSINO DA ADMINISTRAÇÃO ... 22

2.3 ADMINISTRAÇÃO COMO UMA CIÊNCIA CONTEMPORÂNEA ... 28

2.4 FORMAÇÃO EMPREENDEDORA PARA GESTORES DE ORGANIZAÇÕES INOVADORAS E CRIATIVAS ... 30

2.4.1 Educação Empreendedora ... 31

2.4.2 Organizações Criativas e Inovadoras ... 32

3 METODOLOGIA ... 34

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ... 34

3.2 UNIVERSO AMOSTRAL E SUJEITOS DA PESQUISA ... 35

3.3 COLETA DE DADOS ... 35

3.4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ... 37

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS ... 38

4.1 CARACTERIZAÇÃO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO ... 38

4.2 DESCRIÇÕES DOS SUJEITOS DA PESQUISA ... 39

4.2.1 Características da Amostra dos Acadêmicos Pesquisados ... 40

4.2.2 Características da Amostra das Organizações Pesquisadas ... 42

4.3 DIAGNÓSTICO E ANÁLISE DAS PERCEPÇÕES DOS SUJEITOS DE PESQUISA ... 43

4.3.1 Grupo de Competências I ... 45

4.3.2 Grupo de Competências II ... 50

4.3.3 Grupo de Competências III ... 52

4.3.4 Grupo de Competências IV ... 54

4.3.5 Grupo de Competências V ... 57

4.3.6 Grupo de Competências VI ... 60

4.3.7 Grupo de Competências VII ... 64

4.3.8 Grupo de Competências VIII ... 65

CONCLUSÃO ... 70

REFERÊNCIAS ... 72

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INTRODUÇÃO

As empresas estão cada vez mais exigindo profissionais qualificados nas suas competências, adequando-se para atender as exigências do mercado. Com isso, as competências adquiridas ao longo da vida acadêmica devem ser suficientes para a conquista de espaço no mercado de trabalho, como iniciativa por parte do futuro profissional pela busca continua de novos conhecimentos.

Desta forma, o desempenho de uma organização depende fortemente das competências de seus funcionários e da forma como os mesmos foram capacitados e estimulados durante a graduação, de modo que sejam capazes de reunir seus conhecimentos, habilidades e atitudes atingindo o exigido das organizações.

Fleury e Fleury (2001) argumentam que trabalho não é mais o conjunto de tarefas associadas ao cargo, mas se torna o prolongamento direto da competência que o individuo mobiliza em face de uma situação profissional cada vez mais mutável e complexa.

Espera-se que o acadêmico que realiza o curso de Administração desenvolva as competências necessárias para aplicá-las no exercício de sua profissão, atendendo as exigências perante o seu campo de atuação profissional. Nesta perspectiva, considera-se importante saber o que pensam os acadêmicos, bem como, as organizações usuárias de profissionais administradores, frente às competências desenvolvidas ao longo da graduação.

Neste sentido, o presente trabalho, analisa três percepções: a primeira diz respeito às competências desenvolvidas durante o processo da formação acadêmica do curso de Administração da Unijuí campus Ijuí; a segunda averiguar quais são as competências que o mercado de trabalho está buscando, especificamente nos administradores, a fim de gerar resultados à organização e a terceira a coordenação do curso de Administração sobre a constituição de competências e habilidades dos acadêmicos durante a graduação.

O acadêmico de um curso superior geralmente é cercado de grande expectativa, marcado pela satisfação e idealização de que o ambiente educacional satisfaça as necessidades, promova mudanças pessoais e permita ao aluno constituir-se um profissional. No entanto, o reconhecimento desse profissional será

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reconhecido pelo mercado de trabalho através de competências capazes de agregar valor à organização.

O presente trabalho está estruturado em cinco capítulos distintos: o primeiro refere-se à contextualização do estudo, onde se apresenta a delimitação do tema e questão de estudo, além dos objetivos gerais e específicos e a justificativa do estudo em realização.

O segundo capítulo compreende o referencial teórico como base de sustentação ao estudo em realização, baseado na literatura de diversos autores acerca do assunto, trazendo presente o conceito de ensino superior, a profissão do administrador e o ensino da administração, além de administração como uma ciência contemporânea, bem como sua importância na formação empreendedora para gestores de organizações inovadoras e criativas.

No terceiro capítulo constam os procedimentos metodológicos deste estudo, onde se descrevem a classificação da pesquisa, universo amostral e sujeitos da pesquisa, coleta de dados e a análise e interpretação dos dados.

No quarto capítulo encontra-se a apresentação dos resultados, as análises e interpretações obtidas da pesquisa. E por fim, apresenta-se a conclusão, onde será descrito as contribuições da pesquisa, a percepção e as proposições da autora, e as propostas para estudos futuros.

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1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Este capítulo tem como objetivo descrever a contextualização do estudo, através da apresentação do tema, do problema ou questão de estudo, além dos objetivos, geral e específico e a justificativa para a realização do trabalho.

1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA

Tendo em vista o aumento da competitividade no mercado de trabalho, percebe-se uma exigência de profissionais cada vez mais qualificados e que apresentam resultados eficazes e satisfatórios. Com essa realidade, o desenvolvimento de competências possui um papel significativo na medida em que contribui na formação pessoal e para a mudança de atitudes nas práticas de trabalho.

Para Fleury (2004), competência é saber agir responsável e reconhecido, que implica em integrar, transferir conhecimento, recursos e habilidades que agregam valor à organização e ao indivíduo. No contexto organizacional, a palavra competência vem assumindo diversos significados, alguns ligados às características da pessoa como conhecimento, atitudes e habilidades, e outros, a tarefa e aos resultados.

O estudo de como está sendo trabalhada a constituição das competências através do ensino-aprendizagem do curso de Administração da Unijuí campus Ijuí, faz-se necessário para que o acadêmico possa analisar o que vem sendo apresentado pela universidade com vistas a atingir as exigências das organizações usuárias do serviço de administradores.

É importante então, que os acadêmicos de Administração busquem capacitar-se para que sejam capazes de desempenhar um bom papel profissional no seu campo de atuação. Diante de tal importância, o tema deste estudo é identificar a constituição das competências dos alunos do curso de Administração com vistas a atingir o mercado de atuação profissional.

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1.2 PROBLEMA OU QUESTÃO DE ESTUDO

A partir do tema, problematizou-se a questão de estudo com o propósito de verificar se os acadêmicos do curso de Administração, da Unijuí, constituem as competências necessárias para atingir o papel de administradores exigido pelas organizações.

Para tanto, este estudo apresenta-se embasado na seguinte questão:

Quais as competências devem ser constituídas pelos acadêmicos do curso de Administração da Unijuí – Campus Ijuí com vistas a atingir as expectativas e potencialidades esperadas pelas organizações?

1.3 OBJETIVOS

Através da definição dos objetivos em um projeto de pesquisa, pode-se identificar qual resultado se pretende alcançar. Destaca-se a importância do mesmo, pois através deste determina-se previamente o que será estudado. Os objetivos são classificados em geral, que determina o propósito do estudo, e específicos, que determinam efetivamente o que será realizado para que o objetivo geral possa ser cumprido.

Este estudo tem como objetivo geral verificar junto aos acadêmicos e uma amostra de organizações potenciais usuárias dos serviços de administradores quais as competências que devem ser constituídas pelos acadêmicos do curso de administração da Unijuí – Campus Ijuí com vistas a atingir as expectativas em relação às competências deste profissional por parte das organizações.

A partir do objetivo geral definem-se os objetivos específicos:

- levantar a percepção de uma amostra de acadêmicos do curso de Administração da Unijuí - Campus Ijuí quanto ao desenvolvimento de suas competências com vista a constituir um perfil que atenda às expectativas do mercado de trabalho;

- identificar as expectativas de uma amostra de organizações locais potenciais usuárias dos serviços de administradores com relação às competências do profissional em Administração;

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- identificar a percepção da coordenação do curso de Administração acerca da efetiva constituição de competências pelos graduandos de administração;

- pesquisar na legislação normativa e no projeto pedagógico os aspectos relacionados com as competências esperadas do profissional em Administração;

- comparar e analisar as informações resultantes das fontes pesquisadas; - apresentar desafios e propor estratégias para os acadêmicos de

Administração, bem como, para o curso de Administração, com vistas a potencializar as oportunidades para constituição de competências exigidas pelo mercado de trabalho.

1.4 JUSTIFICATIVA

A escolha do tema de pesquisa parte da observação da realidade do mercado de trabalho em termos da busca de profissionais capacitados de competências que são constituídas durante a graduação, atingindo as expectativas e potencialidades esperadas pelas organizações.

Sendo assim, se faz necessário um estudo com os acadêmicos do curso de Administração e com organizações potenciais usuárias dos serviços de administradores para através dessa amostragem descobrir como são constituídas suas competências e como estão se preparando para atingir o esperado pelo mercado de trabalho.

Para o mercado, significa reconhecer o quanto à universidade e os docentes vêm se empenhando para preparar os acadêmicos de Administração em relação ao desenvolvimento de competências para atender o mercado de trabalho, através de processos e metodologias de ensino e aprendizagem.

Para o curso de Administração, pretende-se contribuir para uma reflexão na melhoria na qualidade do ensino superior na formação acadêmica, visando desenvolver no graduando um perfil adequado as exigências do mercado. A orientação e a experiência pode ser um fator de relevância para desenvolver a capacidade dos acadêmicos, e com isso focar não só na preparação teórica, mas sim na constituição de competências, tornando-os profissionais preparados para atingir o esperado pelas organizações.

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Para os acadêmicos, estudar como estão se preparando para a inserção nas organizações torna-se importante para um entendimento de suas competências para o mercado. Espera-se que com essa preparação desperte o interesse dos mesmos na busca do aperfeiçoamento das competências como um diferencial profissional.

Como acadêmica do curso de Administração este trabalho contribui como uma possibilidade de conhecer as diretrizes do curso bem como seu projeto pedagógico, aprofundando os conhecimentos em relação à percepção dos acadêmicos às competências desenvolvidas pelo curso para a transição ao mercado de trabalho.

Destaca-se a importância do desenvolvimento deste trabalho de conclusão de curso para a Unijuí, e para os estudantes, principalmente do curso de administração, pois o trabalho se encontrará disponível como fonte de consulta, o que contribui para aprofundar conhecimentos com relação ao tema estudado.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

O referencial teórico apresenta a revisão bibliográfica, que tem como objetivo descrever os estudos sobre o tema e o problema, já realizados por autores. A partir de Vergara (2000, p. 32), “denomina-se referencial teórico o capítulo do projeto que tem por objetivo apresentar os estudos sobre o tema”, ou especificamente sobre a questão de estudo, já realizada por outros autores.

Desta forma, este capítulo apresenta os seguintes tópicos: o Ensino Superior, a profissão Administrador e o Ensino da Administração, a Administração como uma ciência contemporânea, a Formação Empreendedora para gestores de organizações inovadoras e criativas, além de aspectos importantes referentes à Educação Empreendedora e Organizações criativas e inovadoras.

2.1 O ENSINO SUPERIOR

Nas últimas décadas a globalização econômica e cultural tem conferido às políticas educacionais e às orientações curriculares um caráter de homogeneidade em que a questão da formação de competências assume centralidade. No Brasil, as Diretrizes do Ministério de Educação têm enfatizado a importância de agregar à tradicional listagem de conteúdos informativos, no planejamento curricular, a definição de competências básicas necessárias à participação social e à inserção no mundo do trabalho (MARQUES, 2006).

Na dinâmica institucional, de acordo com o artigo 24 do Estatuto da UNIJUÍ, “O ensino organiza-se em cursos, atendendo às diretrizes curriculares gerais estabelecidas pelo Ministério da Educação e da Cultura (MEC) e às diretrizes curriculares específicas da UNIJUÍ”.

Assim, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB – Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, define e regulariza o sistema de Educação brasileiro com base nos princípios presentes na Constituição. Na LDB é onde encontramos os princípios gerais da educação, bem como formação e diretrizes para a carreira dos profissionais da educação.

A LDB apresenta em seu Artigo 39º uma visão nova para a Educação Profissional que deve conduzir o cidadão “ao permanente desenvolvimento de

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aptidões para a vida produtiva”, intimamente “integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia”.

De acordo com a LDB, no seu capítulo IV, artigo 43, diz que a educação superior tem por finalidade:

I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo;

II - formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua;

III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive;

IV - promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação; V - suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração;

VI - estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade;

VII - promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição.

Já a avaliação do ensino superior tem um marco regulatório público trazido na Lei 10.861/2004, que em 14.04.2004 instituí o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES – com o objetivo de assegurar processo nacional de avaliação das instituições de educação superior, dos cursos de graduação e do desempenho acadêmico de seus estudantes, nos termos do art. 9º, VI, VIII e IX, da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Esta tem a sua regulamentação na Portaria do Ministério da Educação nº 2.051, de 9 de julho de 2004 (BRASIL, 2004).

O SINAES orienta e define mecanismos orientados para a melhoria da qualidade da educação superior. A busca permanente da sua “eficácia institucional e efetividade acadêmica e social e, especialmente, a promoção do aprofundamento dos compromissos e responsabilidades sociais das instituições de educação superior, por meio da valorização de sua missão pública, da promoção dos valores democráticos, do respeito à diferença e à diversidade, da afirmação da autonomia e da identidade institucional” (BRASIL 2004).

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Contempla o SINAES os mecanismos de avaliação de instituições de ensino, de cursos e de desempenho dos estudantes, prevendo momentos internos e externos para gerar dados globais e integrados inerentes aos propósitos previstos nos projetos pedagógicos de cada instituição e cada programa. A avaliação dos cursos de graduação objetiva identificar as condições de ensino proporcionadas aos estudantes, em que se enquadram questões relacionadas com perfil do corpo docente, com instalações físicas e com a organização didático-pedagógica. Assim a avaliação do Curso de Administração assume todas as diretrizes e orientações que emanam desse sistema de avaliação.

O processo de avaliação leva em consideração aspectos como ensino, pesquisa, extensão, responsabilidade social, gestão da instituição e corpo docente. O Sinaes reúne informações do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) e das avaliações institucionais e dos cursos. As informações obtidas são utilizadas para orientação institucional de estabelecimentos de ensino superior e para embasar políticas públicas. Os dados também são úteis para a sociedade, especialmente aos estudantes, como referência quanto às condições de cursos e instituições.

Diz o art. 2º dessa Lei que o Sinaes, ao promover a avaliação de instituições, de cursos e de desempenho dos estudantes, deverá assegurar:

I - avaliação institucional, interna e externa, contemplando a análise global e integrada das dimensões, estruturas, relações, compromisso social, atividades, finalidades e responsabilidades sociais das instituições de educação superior e de seus cursos;

II - o caráter público de todos os procedimentos, dados e resultados dos processos avaliativos;

III - o respeito à identidade e à diversidade de instituições e de cursos; IV - a participação do corpo discente, docente e técnico administrativo das instituições de educação superior, e da sociedade civil, por meio de suas representações.

Essa abordagem mostra que se faz importante a preparação para além do domínio operacional chegando à menção de que a educação deve permitir o desenvolvimento de competências e habilidades para que os alunos sejam mais autônomos e que haja espaço para a Educação Empreendedora.

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2.2 A PROFISSÃO ADMINISTRADOR E O ENSINO DA ADMINISTRAÇÃO

A atividade do administrador consiste em guiar e convergir às organizações rumo ao alcance de objetivos. Todas as organizações existem para algum proposito ou objetivo, e o administrador é o responsável pela combinação e aplicação de recursos organizacionais para o alcance de resultados (CHIAVENATO, 2004).

Melo (2007) afirma que o administrador deve ser um agente de mudanças em seu cotidiano, deve exercer um papel de educador e orientador capaz de modificar comportamentos, atitudes e inclusive, influenciar a cultura organizacional. Para isso, o profissional da administração precisa de criatividade, agilidade, capacidade de adaptar-se continuamente, confiança e constância em seus sistemas de gestão.

Administrar é executar, através de pessoas, funções para se chegar a um determinado resultado esperado, de acordo com um trabalho organizado em todos os níveis a fim de se atingir todos os objetivos (TEIXEIRA, 2003).

De acordo com o artigo 2º da Lei 4.769 de 1965, que dispõe sobre o exercício da profissão do Administrador, o mesmo poderá exercer suas atividades, como profissional liberal ou não, mediante:

a) pareceres, relatórios, planos, projetos, arbitragens, laudos, assessoria em geral, chefia intermediária, direção superior;

b) pesquisas, estudos, análise, interpretação, planejamento, implantação, coordenação e controle dos trabalhos nos campos da administração, como administração e seleção de pessoal, organização e métodos, orçamentos, administração de material, administração financeira, relações públicas, administração mercadológica, administração de produção, relações industriais, bem como outros campos em que esses se desdobrem ou aos quais sejam conexos (BRASIL, 1965).

O curso de Administração da Unijuí recebe uma formação de profissionais que desenvolvam habilidades de associar a teoria com a prática, construindo a capacidade de resolver questões estratégicas diante do atual contexto. Chiavenato (2004) afirma que, “administrar não significa simplesmente executar tarefas ou operações, mas fazer com que elas sejam executadas por pessoas em conjunto de maneira satisfatória e que traga resultados”.

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Para garantir que a formação do administrador esteja dentro dos padrões básicos de qualidade e uniformidade necessários para obtenção do diploma existe a necessidade de um controle e avaliação da qualidade do sistema de ensino através das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), cujo objetivo é orientar os cursos de graduação.

O artigo 4º das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Administração (DCN) deve possibilitar a formação profissional que revele, pelo menos, as seguintes competências e habilidades:

I - reconhecer e definir problemas, equacionar soluções, pensar estrategicamente, introduzir modificações no processo produtivo, atuar preventivamente, transferir e generalizar conhecimentos e exercer, em diferentes graus de complexidade, o processo da tomada de decisão; II - desenvolver expressão e comunicação compatíveis com o exercício profissional, inclusive nos processos de negociação e nas comunicações interpessoais ou intergrupais;

III - refletir e atuar criticamente sobre a esfera da produção, compreendendo sua posição e função na estrutura produtiva sob seu controle e gerenciamento;

IV - desenvolver raciocínio lógico, crítico e analítico para operar com valores e formulações matemáticas presentes nas relações formais e causais entre fenômenos produtivos, administrativos e de controle, bem assim expressando-se de modo crítico e criativo diante dos diferentes contextos organizacionais e sociais;

V - ter iniciativa, criatividade, determinação, vontade política e administrativa, vontade de aprender, abertura às mudanças e consciência da qualidade e das implicações éticas do seu exercício profissional;

VI - desenvolver capacidade de transferir conhecimentos da vida e da experiência cotidianas para o ambiente de trabalho e do seu campo de atuação profissional, em diferentes modelos organizacionais, revelando-se profissional adaptável;

VII - desenvolver capacidade para elaborar, implementar e consolidar projetos em organizações; e

VIII - desenvolver capacidade para realizar consultoria em gestão e administração, pareceres e perícias administrativas, gerenciais, organizacionais, estratégicos e operacionais.

Através da resolução CNE/CES (Brasil, 2005), o Ministério da Educação divulga a definição de competências e habilidades do administrador constante na lei de Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Administração e Bacharelado, a serem observadas pelas Instituições de Ensino Superior em sua organização curricular. No artigo 3º dispõem sobre o que segue:

O Curso de Graduação em Administração deve ensejar, como perfil desejado do formando, capacitação e aptidão para compreender as questões científicas, técnicas, sociais e econômicas da produção e de seu gerenciamento, observados níveis graduais do processo de tomada de

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decisão, bem como para desenvolver gerenciamento qualitativo e adequado, revelando a assimilação de novas informações e apresentando flexibilidade intelectual e adaptabilidade contextualizada no trato de situações diversas, presentes ou emergentes, nos vários segmentos do campo de atuação do administrador.

O artigo 2º das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Administração (DCN) apresenta:

A organização do curso de que trata esta Resolução se expressa através do seu projeto pedagógico, abrangendo o perfil do formando, as competências e habilidades, os componentes curriculares, o estágio curricular supervisionado, as atividades complementares, o sistema de avaliação, o projeto de iniciação científica ou o projeto de atividade, como Trabalho de Curso, componente opcional da instituição, além do regime acadêmico de oferta e de outros aspectos que tornem consistente o referido projeto pedagógico.

O Projeto Pedagógico do curso, além da clara concepção do curso de graduação em Administração, com suas peculiaridades, seu currículo pleno e sua operacionalização, abrangerá, sem prejuízo de outros, os seguintes elementos estruturais:

I - objetivos gerais do curso, contextualizados em relação às suas inserções institucionais, política, geográfica e social;

II - condições objetivas de oferta e a vocação do curso;

III - cargas horárias das atividades didáticas e da integralização do curso; IV - formas de realização da interdisciplinaridade;

V - modos de integração entre teoria e prática;

VI - formas de avaliação do ensino e da aprendizagem;

VII - modos de integração entre graduação e pós-graduação, quando houver;

VIII - incentivo à pesquisa, como necessário prolongamento da atividade de ensino e como instrumento para a iniciação científica;

IX - concepção e composição das atividades de estágio curricular supervisionado, suas diferentes formas e condições de realização, observado o respectivo regulamento;

X - concepção e composição das atividades complementares; e,

XI - inclusão opcional de trabalho de curso sob as modalidades monografia projeto de iniciação científica ou projetos de atividades, centrados em área teórico-prática ou de formação profissional, na forma como estabelecer o regulamento próprio.

Conforme o Art. 5º das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Administração (DCN) os cursos de graduação em Administração deverão contemplar, em seus projetos pedagógicos e em sua organização curricular, conteúdos que atendam os seguintes campos interligados de formação: Conteúdos

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de Formação Básica, Conteúdos de Formação Profissional, Conteúdos de Estudos Quantitativos e suas Tecnologias e Conteúdos de Formação Complementar.

Uma vez que o administrador lida em seu dia a dia com diferentes pessoas e situações, torna-se indispensável que este utilize de suas competências para a resolução de acontecimentos diários. Para isso, é necessário que ele tenha adquirido essas competências durante sua formação acadêmica, a fim de estar preparado para a execução de sua atividade profissional.

A partir dos anos 80 as empresas brasileiras passaram a incorporar os conceitos de competências percebendo que a combinação de conhecimentos e habilidades técnicas com as sociais permitia o desenvolvimento de competências cruciais (FLEURY E FLEURY in ZARIFIAN, 2001).

Zarifian (2001), diz que competência é a inteligência prática de situações que se ampara nos conhecimentos adquiridos e os transforma com tanta força quanto for à complexidade das situações. Tomar iniciativa e assumir responsabilidades do indivíduo diante de situações profissionais com as quais depara. Além disso, Zarifian (2001, p. 72), complementa que se trata de “um entendimento prático de situações que se apoia em conhecimentos adquiridos e os transforma na medida em que aumenta a diversidade das situações”, enfatizando a dinâmica de aprendizagem.

Ainda Fleury e Fleury (2004, p. 30) definem competência “como um saber agir responsável e reconhecido, que implica mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos, habilidades, que agreguem valor econômico à organização e valor social ao indivíduo”. A figura 1 mostra essas definições.

Figura 1: Competência como fonte de valor para o indivíduo e para a organização

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Através da Figura 1, os autores propõem algumas definições de competências do profissional:

- saber agir: saber o que e por que faz; saber julgar, escolher, decidir; - saber mobilizar: saber mobilizar recursos de pessoas, financeiros,

materiais;

- saber comunicar: compreender, processar, transmitir informações e conhecimentos;

- saber aprender: trabalhar o conhecimento e a experiência;

- saber comprometer-se: saber engajar-se e comprometer-se com os objetivos da organização;

- saber assumir responsabilidades: ser responsável, assumindo os riscos e as consequências de suas ações;

- ter visão estratégica: conhecer e entender o negócio da organização, seu ambiente, identificando oportunidades e alternativas.

O conceito competências abrange uma variedade de abordagens e interpretações com que se apresenta, portanto, de um conceito consolidado. O termo competência passou a ser incorporado à linguagem organizacional, no início do século passado, para “qualificar a pessoa capaz de desempenhar eficientemente determinado papel” (CARBONE et al., 2009, p. 42).

Segundo Dutra (2002), “uma pessoa é competente quando, com suas capacidades, consegue entregar e agregar valor para o negócio/empresa, para ela própria e para o meio onde vive” (DREWS; PIZOLOTTO, 2009).

Para Silveira (2010):

São competências de atuação profissional: saber fazer ou atuar, saber aplicar conhecimentos e experiência, possuir visão de conjunto, capacidade de estabelecer estratégias, capacidade de definir diretrizes, estruturas e sistemas organizacionais, saber elaborar conceitos, premissas e pressupostos, saber elaborar documentos normativos, capacidade de planejar, estruturar e ordenar ações, capacidade de coordenar e orientar atividades administrativas e operacionais inclusive informatizadas, saber orientar e atuar em equipe, saber localizar, identificar e reunir dados e informações, capacidade de estabelecer correlação entre dados e fatos, capacidade de representar organizações virtual e graficamente por meio de símbolos. Além de conduzir reuniões de trabalho, saber definir prioridades de ação, saber levantar, definir e gerenciar processos, saber diagnosticar e avaliar situações, saber assimilar e promover inovações, saber administrar o tempo, saber cuidar autodesenvolvimento profissional.

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As organizações e as pessoas propiciam um processo continuo de troca de competências, onde a empresa transfere seu patrimônio para as pessoas, preparando-as e enriquecendo-as para enfrentar novas situações profissionais e pessoais, seja dentro ou fora da organização.

De acordo com Dutra (2001 p.27), “o estabelecimento das competências individuais deve estar vinculado à reflexão sobre as competências organizacionais, uma vez que há uma influência mútua entre elas”.

Na visão de Leme (2005), as competências dividem-se em dois grupos: as competências técnicas e as competências comportamentais. As competências técnicas estão relacionadas com o que o profissional precisa saber para desempenhar sua função e a competência comportamental é “tudo que o profissional precisa demonstrar como seu diferencial competitivo e tem impacto em seus resultados, por exemplo, criatividade, flexibilidade, foco em resultados e no cliente, organização, planejamento, liderança e tantas outras” (LEME, 2005, p.15).

Ainda Leme (2005):

Competências são os conhecimentos, as habilidades e as atitudes, o CHA, que são os diferenciais de cada pessoa e tem impacto em seu desempenho e consequentemente nos resultados de seu trabalho. O conhecimento é o saber, é o que se aprende nas escolas, nas universidades, nos livros, no trabalho e na escola da vida. E a atitude é o querer fazer, que leva a trabalhar o comportamento.

Através de Gramigna (2007), a competência pode ser observada no dia a dia e no trabalho, e pode ser baseada em três blocos de indicadores (conhecimento, habilidade e atitude), com os seguintes significados:

- conhecimento = saber (informações, fatos, procedimentos e conceitos); - habilidades = saber fazer (capacidade de colocar seus conhecimentos

em ação para gerar resultados, domínio de técnicas, talentos e capacidades);

- atitudes = querer fazer (valores, princípios, comportamentos, pontos de vista, opiniões, percepções e atos pessoais).

De acordo com Brasil (2005), o egresso de Administração precisa atender a certas exigências curriculares e de mercado. Espera-se do egresso de Administração capacitação e aptidão para compreender as questões: científicas, técnicas, sociais e econômicas da produção e de seu gerenciamento, observando os

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níveis graduais do processo de tomada de decisão. Exige-se também do perfil do profissional de Administração a capacidade para desenvolver gerenciamento qualitativo e adequado, de forma a revelar assimilação de novas informações. Capacidade de apresentar flexibilidade intelectual e adaptabilidade contextualizada no trato de situações diversas, presentes ou emergentes, nos vários segmentos do campo de atuação do administrador.

As diversas definições de competência indicam que o indivíduo possui capacidade de compreender diversas situações e de tomar a devida atitude perante esta. O desenvolvimento deste conceito no âmbito organizacional é apresentado por meio da gestão por competências a sua relevância no desempenho das atividades empresariais e no que concede ao desenvolvimento humano.

2.3 ADMINISTRAÇÃO COMO UMA CIÊNCIA CONTEMPORÂNEA

Administração é o processo de tomar e colocar em pratica as decisões sobre objetivos e utilização de recursos. O processo administrativo abrange quatro tipos de decisões, também chamadas processos ou funções: planejamento, organização, execução e controle (MAXIMIANO, 2002, p. 26).

Para Maximiano (2012, p. 6) a “Administração é o processo de tomar decisões sobre objetivos e utilização de recursos”. Administrar significa desenvolver um processo administrativo que parte do diagnóstico no meio organizacional para a formulação de planos de negócios e para por esse plano em ação aloca os recursos, provê equipes de trabalhos, coordena os processos e monitora o impacto deste ciclo sobre o desempenho das organizações. Hoje isto assume importância sem precedentes considerando a atual sociedade com o basicamente organizacional (MAXIMIANO, 2012).

Chiavenato (1994) define Administração como:

Administração é interpretar os objetivos propostos pela empresa e transformá-los em ação empresarial por meio de planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços em todas as áreas e em todos os níveis da empresa, a fim de atingir tais objetivos.

Já para Lacombe (2009), a Administração é como uma arte de fazer diagnósticos, de elaborar planos, dimensionar objetivos, rumos e recursos, dirigir

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pessoas que executam o trabalho e monitorar o alcance de resultados econômicos, sociais e ambientais nas organizações hoje ditas da era da informação.

De acordo com Faria (2009), a administração possui quatro princípios fundamentais:

 planejamento: é o começo de tudo, onde o trabalho deve ser planejado e testado;

 preparo: a segunda etapa do processo, onde são selecionados os trabalhadores conforme suas competências e aptidões para então prepará-los para produzirem da melhor forma o que foi planejado;

 controle: controlar o andar do processo de trabalho para garantir que está sendo executado conforme o planejado;

 execução: após o controle do que foi planejado é o momento de executar, distribuindo de maneira adequada às atribuições e responsabilidades.

A administração das organizações está sempre focada no alcance de objetivos estratégicos. Em um mundo cada vez mais competitivo e imprevisível, a maneira como se define e se revê continuamente a estratégia organizacional é fundamental para a sobrevivência e o sucesso da organização. As organizações podem estar divididas em três níveis operacionais: estratégico, tático e operacional, de acordo com o tipo de trabalho que é desenvolvido por cada nível:

 nível estratégico (institucional): para Silva (2008) corresponde a alta administração, pois determina os objetivos de longo prazo e a direção para a organização como um todo. Já para Chiavenato (2004) é o nível administrativo mais elevado da organização, pois está em contato direto com o ambiente externo, com o mundo que rodeia a organização, e recebe o impacto das mudanças e pressões ambientais. Nesse nível o administrador deve possuir uma visão estratégica e orientada para o futuro;  nível tático (intermediário): funciona como uma camada amortecedora dos impactos ambientais, pois recebe as decisões globais tomadas no nível estratégico e as transforma em programas de ação para o nível operacional, segundo Chiavenato (2004). Para Silva (2008) corresponde a media administração, pois coordena e decide os produtos ou serviços que serão produzidos;

 nível operacional: para Silva (2008) corresponde à supervisão, pois coordena a execução das tarefas de todo o pessoal operacional. Chiavenato (2004) afirma que é o nível que administra a execução e a realização das tarefas e atividades cotidianas, nesse nível o administrador deve possuir uma visão operacional.

Já um planejamento estratégico é fundamental para as organizações, pois ele possibilita a empresa se preparar para desafios que serão enfrentados futuramente, promovendo uma reflexão entre os responsáveis e permitindo programar as melhores ações para o alcance dos objetivos.

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Segundo Oliveira (2006):

O planejamento estratégico é o processo gerencial que possibilita aos executivos das organizações estabelecerem a melhor direção a ser seguida, visando aumentar a interação com o ambiente, exercendo a atividade de forma inovadora e diferenciada. O planejamento estratégico é de responsabilidade dos níveis mais altos das organizações, tendo como principal função a formulação de objetivos quanto à seleção de caminhos a serem traçados para seu alcance, levando em consideração condições internas e externas das organizações e sua evolução.

Deste modo, o planejamento estratégico auxilia os administradores a alcançarem um objetivo que deverá ser mantido em alinhamento com as metas e recursos organizacionais. Portanto, o conceito de planejamento estratégico pode ser entendido que a organização precisa estar sempre em busca de adaptações das estratégias organizacionais as constantes mudanças, levando em conta os recursos disponíveis e os objetivos da empresa.

2.4 FORMAÇÃO EMPREENDEDORA PARA GESTORES DE ORGANIZAÇÕES INOVADORAS E CRIATIVAS

Para Lopes (2010) uma formação empreendedora enfatiza o uso intenso de metodologias de ensino que permitem aprender fazendo, e se caracteriza por isso, pois o indivíduo se defronta com eventos críticos que o forçam a pensar de maneira diferente, buscando saídas e alternativas, ou seja, aprendendo com a experiência, com o processo.

Para atender às demandas contemporâneas, o empreendedor precisa adquirir conhecimentos e habilidades relacionados com o que deseja realizar e continuar a conceber, além de desenvolver e concretizar visões que norteiam as atividades que dirige: “a coisa mais importante é estar num processo dinâmico de aprendizagem, em que possa continuar a aprender indefinidamente [...] ele continuará a aprender coisas que considera interessante ou que tenha identificado como necessárias para seu objetivo” (FILION, 1991, p. 64).

Souza et al (2005) afirmam ser essencial para a formação empreendedora a existência de dispositivos que proporcionem ao aluno aprender a compreender o mundo, comunicar e colaborar em contexto competitivo. É necessário também desenvolver o raciocínio criativo e a capacidade de resolução de problemas, para

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que se possa encarar a vida em uma perspectiva criativa, com domínio pessoal, processo no qual são desenvolvidos o autoconhecimento, o autodesenvolvimento e o pensamento sistêmico. Estes possibilitam clareza na percepção do todo e das relações entre as partes e a liderança. Essa formação enfatiza a perseverança, a imaginação e a criatividade, associadas à inovação, passando a ser importante não só o conteúdo do que se aprende, mas, sobretudo, como é aprendido. Uma formação que abrace todas essas características necessita, para atingir seus objetivos, de uma adequação dos conteúdos e de práticas didático-pedagógicas mais apropriadas, sem focar apenas em métodos comuns de transmissão de conhecimentos contemplados pelo ensino tradicional.

2.4.1 Educação Empreendedora

O termo Educação Empreendedora surgiu no século XVII e teve origem na economia, buscando inspirar nos alunos a vontade de empreender. Para isso, busca desenvolver as qualidades e habilidades necessárias á um empreendedor, como a capacidade de enxergar oportunidades, a proatividade e a confiança. Investir em uma educação empreendedora significa investir no futuro sócio econômico de um país, tento em vista as dificuldades econômicas encontradas no Brasil, empreender pode ser a solução para aqueles que não conseguem um local no mercado de trabalho.

A Educação Empreendedora consiste na busca pelo desenvolvimento de qualidades e habilidades necessárias a um empreendedor, a alguém que pretende ter seu próprio negócio. O objetivo final deve ser formar indivíduos preparados para alcançar sucesso, independentemente de vierem a iniciar novas empresas (DOLABELA, 2003).

Para Lopes (2010):

O conceito de Educação Empreendedora abrange todos os níveis educacionais, incluindo tanto a concepção mais ampla segundo a qual o ensino promove o desenvolvimento de atitudes e habilidades que não são diretamente relacionadas à criação de novos negócios, quanto uma concepção mais restrita e que focaliza a criação de um negócio.

De acordo com Fillion (1999), o campo de empreendedorismo tem atraído muitos especialistas de diversas áreas e se encontra um ponto de aglutinação das

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ciências humanas. O autor também destaca que a Educação Empreendedora é diferente do ensino tradicional por ser mais ligada à experiência, à prática e à contextualização do mundo real, além de preparar o indivíduo para lidar com riscos, incertezas, falta de recursos e incentivar a análise e a criatividade.

Rabbior (1990 em Guimarães, 2002) traça como objetivos da educação empreendedora:

● conscientizar a respeito do empreendedorismo e da carreira empreendedora;

● influenciar atitudes, habilidades e comportamentos empreendedores; ● desenvolver qualidades pessoais relacionadas às competências necessárias para o mundo moderno: criatividade, assumir riscos e assumir responsabilidades;

● incentivar e desenvolver empreendedores;

● desenvolver conhecimentos, técnicas e habilidades focados no mundo dos negócios e necessários para a criação de uma empresa;

● auxiliar empreendedores e empresas, através de conhecimento e ferramentas, a melhorar sua competitividade.

Assim, a Educação Empreendedora oportuniza ao estudante enxergar e avaliar determinada situação, assumindo uma posição proativa frente a ela, capacitando-o a elaborar e planejar formas e estratégias de interagir com aquilo que ele passou a perceber. A Educação Empreendedora auxilia na compreensão da realidade, estimulando a reflexão sobre transformações e inovações, buscando ações planejadas e tecnicamente embasadas, além de estimular e compelir a transformar positivamente sua realidade, nas esferas pessoal, econômica e social.

2.4.2 Organizações Criativas e Inovadoras

A necessidade de conviver em ambientes complexos, dinâmicos e competitivos é um dos principais fatores que tem feito às empresas buscarem a inovação contínua nos diversos aspectos do seu trabalho. A busca de vantagens competitivas tem feito às organizações tomarem decisões rápidas e inovadoras, pois as regras preestabelecidas já não causam o mesmo efeito. É essa “necessidade da inovação que tem levado a cada ano dezenas de milhares de executivos e funcionários de entidades mais heterogêneas a participarem de programas de criatividade com vistas a encontrar caminhos que lhes possibilitem fazer um uso maior de seus recursos criativos” (ALENCAR, 1996, p. 13).

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A Criatividade e a Inovação são, atualmente, os elementos básicos da cultura organizacional que mais ganharam relevância na nossa era (Era da Informação), mais precisamente a partir de 1991. Ambas permitiram às empresas e países não só uma nova dimensão de desempenho, mas também “enxergar o presente pelo olhar do futuro”.

Conforme Alencar (1996):

Observa-se que criatividade e inovação são domínios muito próximos. Ambos os conceitos estão intimamente relacionados e têm sido usados, às vezes, como sinônimos. A criatividade, entretanto, pode ser considerada como o componente conceptual da inovação, ao passo que a inovação englobaria a concretização e aplicação das novas ideais. Por essa razão, o termo inovação tem sido utilizado no nível das organizações e o termo criatividade no nível do indivíduo ou grupos de indivíduos.

Teixeira (2002) descreve a criatividade como a capacidade de desenvolver uma coisa nova a partir de uma coisa antiga ou de promover a existência de algo novo, aproveitável, útil e de real e comprovada importância.

Drucker (1994) conceitua inovação como sendo o instrumento dos empreendedores pelo qual eles exploram a mudança como uma oportunidade de negócio ou serviço diferente. Para o autor a inovação pode ser aprendida como uma disciplina e ser praticada. Os empreendedores necessitam buscar de forma deliberada as fontes de inovação, as mudanças e seus sintomas que vão indicar oportunidades de sucesso da inovação.

Criatividade e inovação não são sinônimas, mas andam juntas. Criatividade é pensar coisas novas, inovação é fazer coisas novas acontecerem. Nesse sentido, percebe-se que as organizações necessitam compreender a criatividade como fomento para a inovação.

As empresas estão cada vez mais à procura de pessoas intraempreendedoras, ou seja, inovadoras e criativas. A criatividade e a inovação são temas importantes do mundo corporativo. Não basta ser criativo, tem que colocar a mão na massa e inovar, fazer acontecer. Nas empresas a inovação é o procedimento de introduzir uma ideia, colocando-a em prática. A criatividade não é só um diferencial ela é requisito obrigatório e saber inovar é a condição para continuar no mercado.

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3 METODOLOGIA

Este capítulo apresenta os processos metodológicos utilizados para o desenvolvimento deste trabalho, contendo a classificação da pesquisa, o universo amostral e os sujeitos da pesquisa, coleta de dados, a análise e interpretação dos dados, e por fim a sistematização do estudo, com a finalidade de atingir os objetivos propostos.

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

De acordo com Vergara (2000), as pesquisas podem ser classificadas seguindo dois critérios: quanto aos fins e quanto aos meios. Quanto aos fins esta é uma pesquisa exploratória e descritiva.

Para Vergara (2000), “a investigação exploratória é realizada em área na qual há pouco conhecimento acumulado e sistematizado. Por sua natureza de sondagem não comporta hipótese que, todavia, poderá surgir durante ou ao final da pesquisa”. Sendo assim, é exploratória porque visa proporcionar maior conhecimento do tema estudado, visto que os resultados alcançados possam servir de referencia para uma possível reflexão sobre o projeto politico pedagógico de curso.

A pesquisa descritiva conforme Vergara (2000), “expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza”. Nesse sentido, o estudo faz uma analise das percepções dos alunos, das organizações e da coordenação do curso a respeito das competências a serem desenvolvidas, conforme propostas pelas Diretrizes Curriculares.

Quanto aos meios a pesquisa é classificada como bibliográfica documental e pesquisa de campo. Bibliográfica porque a pesquisa conta com muitos livros e autores, para um melhor embasamento sobre o assunto. Segundo Gil (2002) a pesquisa bibliográfica se desenvolve com embasamento em materiais já elaborados, como livros e artigos científicos. Também é pesquisa documental, pois se baseia em documentos como Projeto Pedagógico do Curso (PPC) e nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN). E pesquisa de campo, pois se tratará de uma investigação empírica realizada através da aplicação de questionários aos acadêmicos, às

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