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Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular – Câmara Municipal de Penamacor

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Instituto Politécnico da Guarda

R E L A T Ó R I O D E P R O J E T O

LOURENÇO DOS SANTOS ALEIXO

RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIADO EM ENGENHARIA TOPOGRÁFICA

(3)

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO

ALUNO:

Nome: Lourenço dos Santos Aleixo Número de Estudante: 1010582 Curso: Engenharia Topográfica

LOCAL DE ESTÁGIO:

Instituição: Câmara Municipal de Penamacor

Morada: Largo do Município – 6090-543 PENAMACOR Telefone: 277 394 106

FAX: 277 394 196

E-mail (Geral): secretaria.gap@cm-penamacor.pt

Site: www.cm-penamacor.pt

ORIENTADOR DE ESTÁGIO (DOCENTE):

Maria Elisabete Santos Soares (Eng.ª Geógrafa)

SUPERVISOR DE ESTÁGIO (INSTITUIÇÃO):

Raúl Álvaro Caldeira Tudela Laranjeira (Eng.º Civil)

PERÍODO DE ESTÁGIO:

Inicio: 7 de abril de 2014 Termo: 7 de outubro de 2014

(4)

PLANO DE ESTÁGIO

Para a realização deste estágio na Câmara Municipal de Penamacor teria de haver um plano para a realização do mesmo. Assim, este estágio estava composto de forma a realizar dois trabalhos, que consistiam na realização de dois levantamentos topográficos ligados à Rede Geodésica Nacional, para posteriormente serem elaborados projetos sobre os mesmos.

Os projetos a realizar foram um de ampliação de um cemitério na freguesia de Benquerença e um outro que tinha como objetivo, a implementação de um Sistema de Abastecimento de Água Público e um Sistema de Drenagem de Águas Residuais Domésticas ao longo de um caminho rural na freguesia de Meimoa.

Após a realização destes dois projetos, um outro objetivo referente a este estágio era de acompanhamento das obras após adjudicação das empreitadas, nomeadamente, apoio topográfico e fiscalização das obras no local, para averiguar se as obras estavam a ser executadas de acordo com os projetos.

No final das obras ter-se-ia de elaborar as telas finais para junção das mesmas no processo das empreitadas.

(5)

RESUMO

No presente relatório relativo à Unidade Curricular de Projeto, realizada em contexto de estágio na Câmara Municipal de Penamacor, constam todos os trabalhos realizados ao longo do período de estágio, que se julgaram relevantes para apresentação neste relatório. No geral, neste estágio o objetivo não incidia apenas na realização de levantamentos topográficos, mas também na concretização sobre os mesmos de projetos de engenharia. É de salientar que para execução de todos os trabalhos/projetos, foram utilizados vários equipamentos de apoio à Topografia e ainda equipamentos informáticos adequados para os mesmos.

Ao longo do período de estágio, realizaram-se os seguintes trabalhos:

 Levantamento topográfico do cemitério na freguesia de Benquerença e sua envolvente;  Realização do projeto de “Ampliação do Cemitério da Freguesia de Benquerença”;  Acompanhamento das obras de ampliação do cemitério da freguesia de Benquerença;  Elaboração de telas finais do cemitério da freguesia de Benquerença;

 Levantamento topográfico do caminho rural, no sítio do Avial, freguesia de Meimoa;  Realização do projeto de “Implementação de rede de abastecimento de água e rede de

drenagem de águas residuais, no caminho rural, sítio do Avial”.

Palavras Chave:

Topografia, Levantamento Topográfico, Piquetagem, Implantação, Dimensionamento Hidráulico, Dimensionamento Hidráulico-Sanitário

(6)

AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos os professores que me acompanharam durante estes três anos, pelos conhecimentos que me transmitiram e que acredito que serão fundamentais para o meu futuro profissional. Agradeço especialmente à Professora Maria Elisabete Santos Soares, por ter aceite ser minha orientadora durante este estágio e por estar presente para me prestar esclarecimentos na realização do mesmo e na elaboração do presente relatório, o meu muito obrigado por tudo. Agradecimentos ao Professor Nuno Álvaro Freire de Melo pelo apoio que me deu para a realização de trabalhos da área específica de Infraestruturas Hidráulicas, o meu muito obrigado.

Agradeço igualmente ao Senhor Raul Álvaro Caldeira Tudela Laranjeira, Eng.º Civil, Chefe de Equipa Multidiciplinar do Setor de Obras, Serviços Urbanos, Ambiente e Desporto e meu supervisor durante o estágio na Câmara Municipal de Penamacor, pelos conhecimentos que me transmitiu, nomeadamente na realização de projetos e acompanhamento de obras entre outros. Agradecer à Senhora Ana Isabel da Conceição Valente, Eng.ª Civil, Técnica Superior no Serviço de Coordenação de Obras, que muito me apoiou tanto durante o decorrer do curso como durante o estágio, transmitindo-me conhecimentos fundamentais para diversas áreas de engenharia, o meu grande bem haja. Agradecer com muito carinho à minha mãe, por sempre me ter apoiado nas minhas decisões durante esta etapa, pois sem o apoio dela não conseguiria atingir os meus objetivos, MUITO OBRIGADO MÃE.

Os meus sinceros agradecimentos ao Senhor Presidente da Câmara Municipal de Penamacor, Dr. António Luís Beites Sores, por ter aceite que eu realizasse o estágio nessa instituição em simultâneo com a realização das minhas funções de Assistente Técnico na mesma, muito obrigado.

E por último, mas não menos importante, quero agradecer à Senhora Olga Maria Pereira Gonçalves, Eng.ª Topógrafa e Eng.ª Civil, por tudo o que me ensinou ao longo dos tempos em que trabalhamos como equipa na Câmara Municipal de Penamacor, muito obrigado.

(7)

Índice

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO ... i

PLANO DE ESTÁGIO ... ii

RESUMO ... iii

AGRADECIMENTOS ... iv

Índice de Figuras ... viii

Índice de Tabelas... x

CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO ... 1

I.1 - Breve descrição dos trabalhos realizados ... 1

CAPÍTULO II - APRESENTAÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO ... 3

II.1 - O Concelho de Penamacor ... 3

II.2 - Organização dos Serviços da Câmara Municipal de Penamacor ... 4

II.3 - Localização de Serviços em que se realizou o estágio ... 5

II.4 - Composição dos Serviços de Coordenação de Obras ... 6

II.4.1 - Serviços Administrativos ... 6

II.4.2 - Obras Públicas ... 7

II.4.3 - Obras Particulares, Planeamento e Ordenamento do Território ... 7

II.4.4 - Fiscalização ... 7

II.5 - Local exato da realização do estágio ... 8

II.6 - Equipamento utilizado no estágio ... 8

CAPÍTULO III - METODOLOGIA UTILIZADA NA REALIZAÇÃO DOS TRABALHOS DE TOPOGRAFIA ... 12

III.1 - Conceito de Topografia... 12

III.2 - Levantamento Topográfico ... 12

III.2.1 - Levantamento pelo Método de Irradiação ... 13

CAPÍTULO IV - TRABALHOS REALIZADOS ... 16

IV.1 - AMPLIAÇÃO DO CEMITÉRIO DA FREGUESIA DE BENQUERENÇA ... 16

IV.1.1 - A Freguesia de Benquerença ... 16

IV.1.2 - Objetivos do Trabalho ... 18

IV.1.3 - Metodologia adotada para a realização do trabalho ... 22

(8)

IV.1.3.2 - Trabalho de Gabinete ... 25

IV.1.3.3 – Acompanhamento/Fiscalização da Obra ... 38

IV.1.3.4 – Alterações em Obra ... 51

IV.1.3.5 - Fase de Acabamentos ... 54

IV.1.3.6 - Conclusão da Obra ... 54

IV.2 - REDE DE ABASTECIMENTO E DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS DOMÉSTICAS, NO SÍTIO DO AVIAL – MEIMOA ... 60

IV.2.1 - Objetivos do Trabalho ... 60

IV.2.2 - Considerações Gerais para Sistemas de Distribuição de Água ... 64

IV.2.2.1 - Sistemas de Distribuição de Água ... 64

IV.2.2.2 - Traçado e Tipos de Redes de Distribuição ... 64

IV.2.2.3 - Condições Prévias ao Dimensionamento da Rede ... 65

IV.2.2.3.1 - Pressões Necessárias nas Condutas de Distribuição ... 66

IV.2.2.3.2 - Velocidades Recomendadas ... 66

IV.2.2.3.3 - Diâmetros Mínimos ... 67

IV.2.3 - Considerações Gerais para Sistemas de Drenagem de Águas Residuais Domésticas 69 IV.2.3.1 - Sistemas de Drenagem de Águas Residuais ... 69

IV.2.3.2 – Estudo do Traçado das Redes de Drenagem ... 70

IV.2.3.3 – Conceção dos Sistemas de Drenagem de Águas Residuais ... 70

IV.2.3.4 – Constituição de Redes de Drenagem de Águas Residuais Domésticas ... 71

IV.2.3.5 – Dimensionamento Hidráulico-Sanitário de Sistemas Públicos de Drenagem de Águas Residuais ... 73

IV.2.3.5.1 – Diâmetro Mínimo ... 73

IV.2.3.5.2 – Velocidades Máximas ... 74

IV.2.3.5.3 – Velocidades Mínimas ... 74

IV.2.3.5.4 – Altura Máxima ... 74

IV.2.3.5.5 – Inclinação Máxima ... 75

IV.2.3.5.6 – Inclinação Mínima ... 75

IV.2.4 - Trabalho de Campo ... 76

IV.2.5 - Trabalho de Gabinete ... 76

(9)

IV.2.5.1.2 – Dimensionamento da Rede ... 82

IV.2.5.1.2.1 - Resultados obtidos do Dimensionamento da Rede ... 84

IV.2.5.1.3 – Verificação de Pressões na Rede ... 85

IV.2.5.1.3.1 - Resultados obtidos da Verificação de Pressões Mínimas e Máximas ... 93

IV.2.5.1.4 – Verificação de Situação de Combate a Incêndios ... 95

IV.2.5.1.5 – Conclusões relativamente à Rede de Abastecimento de Água... 98

IV.2.5.2 - Cálculos de Dimensionamento Hidráulico-Sanitário de Sistema Público de Drenagem de Águas Residuais Domésticas ... 98

IV.2.5.2.1 – Determinação de Caudais para o Ano 0 e Ano 40 ... 101

IV.2.5.2.2 – Apresentação dos resultados obtidos tabelados ... 106

IV.2.5.2.3 – Conclusões relativamente à Rede de Drenagem de Águas Residuais Domésticas ... 108

CONCLUSÕES FINAIS ... 109

BIBLIOGRAFIA ... 110

ANEXO 1 ... 111

(10)

Índice de Figuras

Figura 1 - Organização administrativa do concelho de Penamacor ... 3

Figura 2 - Organigrama para o ano de 2014 ... 4

Figura 3 - Localização da CMP e dos Serviços de Coordenação de Obras ... 5

Figura 4 - Serviços para a realização de estágio ... 8

Figura 5 - Programas Informáticos ... 9

Figura 6 - Equipamentos Informáticos ... 10

Figura 7 - Equipamento para topografia... 11

Figura 8 - Método de levantamento topográfico por irradiação ... 13

Figura 9 - Determinação das coordenadas de um ponto por irradiação ... 14

Figura 10 - Método de levantamento topográfico por multi - irradiação ... 15

Figura 11 - Gráfico com valores totais da população da freguesia de Benquerença ... 16

Figura 12 - Gráfico referente à população da freguesia de Benquerença por faixa etária ... 17

Figura 13 - Enquadramento geográfico da freguesia de Benquerença ... 17

Figura 14 - Entrada para a zona a intervencionar ... 18

Figura 15 - Zona destinada a estacionamento ... 19

Figura 16 - Vista da área a intervencionar repleta de resíduos sólidos (1) ... 19

Figura 17 - Vista da área a intervencionar replenta de resíduos sólidos (2) ... 20

Figura 18 - Localização do cemitério com a área destinada a ampliação ... 21

Figura 19 - Área disponível para sepulturas ... 21

Figura 20 – Fase de orientação a zeros “aproximadamente a Norte” ... 23

Figura 21 - Marcação da 2.ª estação ... 23

Figura 22 - Rede de estações utilizadas ... 25

Figura 23 - Pontos importados ... 26

Figura 24 - Edição de camadas ... 26

Figura 25 - Edição de entidades ... 27

Figura 26 - Edição de características ... 27

Figura 27 - Edição de características de desenho ... 28

Figura 28 - Edição de modelo do terreno ... 29

Figura 29 - Cálculo da rede de triângulos ... 29

Figura 30 - Apresentação de curvas de nível ... 30

Figura 31 - Planta topográfica final ... 31

Figura 32 - Esboço inicial do projeto ... 31

Figura 33 - Pontos específicos para determinação da altimetria em projeto ... 32

Figura 34 – Visualização de um perfil longitudinal ... 33

Figura 35- Configuração do perfil longitudinal tipo ... 34

Figura 36 - Configuração dos dados a visualizar ... 34

Figura 37 - Visualização de traçado para perfil longitudinal ... 35

Figura 38 - Perfil longitudinal com a respetiva rasante ... 36

(11)

Figura 41 – Remoção de resíduos sólidos ... 39

Figura 42 - Remoção do asfalto ... 40

Figura 43 - Demolição de muro de xisto ... 41

Figura 44 - Demolição de muros de vedação ... 41

Figura 45 - Demolição de muro que servia de alçado principal ... 42

Figura 46 - Remoção de árvores ... 42

Figura 47 - Visualização da área a escavar ... 43

Figura 48 - Escavação de área destinada a talhões ... 44

Figura 49 - Material resultante do crivo ... 45

Figura 50 - Colocação do material crivado nas áreas destinadas aos talhões ... 45

Figura 51 - Colocação de rocha para fundações ... 46

Figura 52 - Construção de muro ... 46

Figura 53 - Construção de muro a Norte da área a intervencionar ... 47

Figura 54 - Fase de acabamentos relativamente aos muros ... 47

Figura 55 - Piquetagem dos vértices dos talhões ... 48

Figura 56 - Indicação de referência da cota relativamente à guia ... 49

Figura 57 - Tipo de caleira para drenagem de águas pluviais ... 49

Figura 58 - Local de colocação das caleiras de drenagem ... 50

Figura 59 – Colocação de almofada de areia para calçada ... 50

Figura 60 - Localização de entrada prevista em projeto... 51

Figura 61 - Localização da entrada não prevista em projeto ... 52

Figura 62 - Abertura de fundações para pilares ... 52

Figura 63 - Pormenores construtivos de acesso ao cemitério... 53

Figura 64 - Piquetagem dos locais a implantar o lancil ... 54

Figura 65 - Acesso ao interior do cemitério da parte antiga (antes) ... 55

Figura 66 - Acesso ao interior do cemitério da parte antiga (depois) ... 56

Figura 67 - Acesso ao cemitério (antes) ... 56

Figura 68 - Acesso ao cemitério (depois) ... 57

Figura 69 - Zona da entrada ajardinada ... 57

Figura 70 - Vista do interior da zona ampliada ... 58

Figura 71 - Vista do interior do cemitério com ligação ao antigo ... 58

Figura 72 - Vista antes das obras da zona de ampliação ... 59

Figura 73 - Vista depois das obras da zona ampliada ... 59

Figura 74 - Planta de localização da zona a intervencionar ... 61

Figura 75 - Enquadramento da zona a intervencionar na REN ... 62

Figura 76 - Legenda da figura 75 ... 63

Figura 77 - Percurso para determinar a cota do reservatório... 86

Figura 78 - Localização do primeiro aglomerado urbano com indicação do caudal localizado ... 88

(12)

Índice de Tabelas

Tabela 1 – Dimensionamento da Rede ... 85

Tabela 2 - Cálculo da pressão mínima e respetivas cotas piezométricas ... 92

Tabela 3 - Cálculo de pressões mínimas e cotas piezométricas em todos os Nós ... 93

Tabela 4 - Verificação de pressões na rede ... 94

Tabela 5 – Flutuações de pressões nos Nós... 94

Tabela 6 - Verificação de situações de incêndio ... 95

Tabela 7 - Cálculo da pressão mínima e respetivas cotas piezométricas para situações de combate a incêndios... 97

(13)

CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO

A concretização do já referido estágio foi definido ao abrigo do protocolo efetuado entre a Escola Superior de Tecnologia e Gestão e a Ordem dos Engenheiros Técnicos (OET), com o propósito de que no final da realização do estágio numa Instituição, com uma duração mínima de seis meses, o aluno incorpore esta Ordem como membro.

A realização do estágio curricular decorreu na Câmara Municipal de Penamacor, nomeadamente, nos Serviços de Coordenação de Obras.

Com os conhecimentos adquiridos no curso de Engenharia Topográfica, os quais se poderão aplicar em várias áreas, o presente estágio vem com o intuito desses mesmos “saberes” serem aplicados no dia-a-dia da Câmara Municipal de Penamacor, em toda a sua realidade, nomeadamente na realização de levantamentos topográficos, elaboração de projetos propostos e acompanhamento da execução das respetivas empreitadas, ou, caso assim seja necessário, resolver no local possíveis alterações que se verifiquem serem necessárias à continuação das obras e implementá-las com a maior celeridade possível. A elaboração do relatório, relativo a todas as atividades realizadas durante o período de estágio no âmbito da Unidade Curricular de Projeto, é imprescindível para a conclusão da Licenciatura em Engenharia Topográfica, da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Guarda.

I.1 - Breve descrição dos trabalhos realizados

Os trabalhos que foram realizados ao longo deste período de estágio estavam já previstos pela autarquia para serem realizados com a maior brevidade possível, isto por serem considerados imprescindíveis para as freguesias em causa.

Para o primeiro projeto a realizar, que consistia na ampliação de um cemitério, já se denotava que seria necessária uma ampliação por já não haver capacidade para dar resposta à população da freguesia, cuja faixa etária em maioria é idosa. Ainda, no que respeita a este projeto, foi feito o acompanhamento da obra de fiscalização e de apoio topográfico para a implantação das várias componentes deste projeto.

(14)

Relativamente ao segundo projeto, igualmente já estava previsto solucionar o problema para o abastecimento de água e drenagem de águas residuais domésticas de uma moradia, em Avial, freguesia de Meimoa, que se situa aproximadamente a 400 metros das infraestruturas existentes (Estrada Nacional 233). No entanto, para esta situação desenvolveu-se um projeto não só para os consumidores dessa mesma moradia mas também para outros consumidores com moradia existente na envolvente ao traçado, para o caso de posteriormente requererem a esta autarquia a ligação por ramal às infraestruturas ai implantadas.

(15)

CAPÍTULO II - APRESENTAÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO

II.1 - O Concelho de Penamacor

Penamacor é um concelho da Beira Baixa, pertencente ao Distrito de Castelo Branco. É delimitado a Norte pelo concelho do Sabugal, a Sul pelo concelho de Idanha-a-Nova, a Oeste pelo concelho do Fundão e a Este pela Extremadura Espanhola.

A unidade administrativa do concelho de Penamacor corresponde a uma área de 563,60

Km2, configurando um quadrilátero mais ou menos regular, onde as distâncias

relativamente ao centro geográfico e sede de concelho, não diferem muito de freguesia para freguesia, como se pode constatar na Figura 1.

As distâncias da sede do concelho aos centros urbanos de maior dimensão são de 48 quilómetros para a Covilhã; 50 para Castelo Branco e 66 para a cidade da Guarda.

Organização Administrativa

O concelho é composto por 12 freguesias: Águas, Aldeia do Bispo e Aldeia de João Pires (em União de Freguesias); Bemposta e Pedrógão S. Pedro (em União de Freguesias); Aranhas, Benquerença, Meimoa, Meimão, Penamacor, Salvador e Vale da Sr.ª da Póvoa.

(16)

II.2 - Organização dos Serviços da Câmara Municipal de Penamacor

Nos termos e para os efeitos do n.º 2, do Artigo 11.º, do Decreto-Lei n.º 116/84, de 6 de abril, com a redação dada pela Lei n.º 44/85, de 13 de setembro, é dever, serem publicados os Organigramas dos Municípios. Assim e em conformidade com a Alteração à Estrutura Orgânica dos Serviços, aprovada em Reunião de Câmara de 21 de novembro de 2012 e Sessão da Assembleia Municipal de 30 de novembro de 2012, publicou-se em Diário da República o Organigrama deste Município, apresentado de seguida na Figura 2.

Figura 2 - Organigrama para o ano de 2014

(17)

II.3 - Localização de Serviços em que se realizou o estágio

O estágio decorreu no Setor de Obras, Serviços Urbanos, Ambiente e Desporto (SOSUAD) da Câmara Municipal de Penamacor, mais concretamente nos Serviços de Coordenação de Obras.

Este Serviço localiza-se não no edifício principal (Paços do Concelho), mas sim num outro edifício recuperado recentemente, situado no Largo Júlio Rodrigues da Silva, também conhecido como Antigo Quartel. Na Figura 3, identificam-se as respetivas localizações.

Figura 3 - Localização da CMP e dos Serviços de Coordenação de Obras

(18)

II.4 - Composição dos Serviços de Coordenação de Obras

Tal como outras Câmaras Municipais, cada setor é composto por uma hierarquia. No caso da Câmara Municipal de Penamacor, os Serviços de Coordenação de Obras são organizados por:

 Serviços Administrativos;  Obras Públicas;

 Obras Particulares, Planeamento e Ordenamento do Território;  Fiscalização.

Como se pode verificar através da Figura 2, os Serviços de Coordenação de Obras não é a única estrutura orgânica do Setor de Obras, Serviços Urbanos, Ambiente e Desporto, sendo também os Serviços Urbanos, Ambiente e Desporto, uma outra estrutura pertencente a este Setor. Todo este grupo é liderado pelo Chefe de Equipa Multidisciplinar.

II.4.1 - Serviços Administrativos

Os Serviços Administrativos são compostos por um Coordenador Técnico, cinco Assistentes Técnicos e um Assistente Operacional.

Ao Coordenador Técnico compete zelar pelo bom funcionamento da parte administrativa deste Serviço. Quanto aos Assistentes Técnicos, dois têm como função atendimento direto ao público para esclarecimentos de dúvidas, receção de elementos que compõem os diversos projetos para licenciamento, entre outros tipos de serviços relacionados com obras particulares, emissão de certidões, etc.. Um outro Assistente Técnico tem como função apoiar de uma forma mais técnica na receção de projetos de arquitetura, em que após a receção destes procede às respetivas medições, para posteriormente estas servirem para cálculo de taxas para emissão de alvarás de obras. Relativamente a este Assistente Técnico, tem ainda como função proceder ao acompanhamento da equipa de vistorias.

(19)

Outro Assistente Técnico desempenha igualmente funções equiparadas às mencionadas anteriormente, nomeadamente medição de projetos e ainda funções relacionadas com Topografia.

O quinto Assistente Técnico tem a função de fiscalizar obras.

Relativamente ao Assistente Operacional tem como função dar apoio aos Assistentes Técnicos afetos ao atendimento ao público.

II.4.2 - Obras Públicas

Este gabinete é composto por um Técnico Superior com as funções de Fiscalização de Obras Públicas, elaboração dos diversos processos para realização de empreitadas e ainda a elaboração de projetos de engenharia civil.

II.4.3 - Obras Particulares, Planeamento e Ordenamento do Território

Neste gabinete é onde se processa todo o desenvolvimento técnico dos processos de licenciamento de obras particulares. É através do Técnico Superior afeto a este serviço que é feita a apreciação dos diversos projetos e outros pedidos efetuados pelos munícipes, como por exemplo, pedidos de certidões de destaque de prédios entre outras.

Está igualmente com funções de revisão do Plano Diretor Municipal, com o apoio de outros trabalhadores deste Serviço de Obras.

II.4.4 - Fiscalização

Como já referido no ponto (II.4.1), a este serviço está afeto um Assistente Técnico que tem como função fiscalizar as obras que estão a decorrer e mesmo a abertura de autos de contraordenação quando as obras se verificam estar a ser realizadas ilegalmente.

(20)

II.5 - Local exato da realização do estágio

Este estágio, tal como o plano de estágio menciona, consistiu na realização de levantamentos topográficos e em sua sequência a execução de projetos. Assim, o local onde o mesmo decorreu, foi no Gabinete de Obras Públicas (Figura 4).

Figura 4 - Serviços para a realização de estágio

(Fonte: http://www.cm-penamacor.pt/cmp/index.php/municipio/camara/organigrama)

II.6 - Equipamento utilizado no estágio

De seguida apresenta-se o equipamento cedido pela Câmara Municipal de Penamacor para a realização deste estágio, o qual é composto por programas informáticos, equipamentos informáticos utilizados em gabinete e campo e ainda equipamento topográfico utilizado em

(21)

Programas Informáticos (Figura 5)

Os programas informáticos utilizados durante o estágio foram os que se apresentam em seguida e que são programas destinados a trabalhos de Topografia nomeadamente o

Autodesk MAP 2004 (Figura 5, a)) e o CARTOMAP 5.2 (Figura 5, b)), que se utilizaram

na realização dos diversos projetos de engenharia. Relativamente ao AutoCAD 2008 (Figura 5, c)), foi utilizado em campo aquando o acompanhamento da respetiva obra, isto por se ter mais facilidade na consulta do projeto em causa e para o caso de se ter de modificar alguma das características do projeto. Assim, não houve necessidade de me deslocar ao gabinete para fazer as devidas alterações e regressar ao local da obra para proceder às alterações, resultando numa poupança de tempo.

a) Autodesk MAP 2004; b) CARTOMAP 5.2; c) AutoCAD 2008.

(22)

Equipamentos Informáticos (Figura 6)

a) Monitor hp 2035;

b) Hp Workstation xw 8200; c) Portátil hp 530;

d) Plotter hp HEWLETT PACKARD DesignJet 750C Plus.

Figura 6 - Equipamentos Informáticos

Equipamento para Topografia (Figura 7)

a) Estação Total TOPCON - GPT-7005i; b) Tripé;

c) Bastão; d) Prisma;

(23)
(24)

CAPÍTULO III - METODOLOGIA UTILIZADA NA

REALIZAÇÃO DOS TRABALHOS DE TOPOGRAFIA

III.1 - Conceito de Topografia

A palavra Topografia, proveniente do grego, designa a representação “grafia” de lugares “topo” da Terra. Numa definição simples, a Topografia tem como objetivo representar detalhadamente a superfície da Terra, sob a forma de plantas ou cartas.

É habitualmente considerado do âmbito da Topografia o trabalho realizado sobre as plantas topográficas, como sejam, por exemplo, a medição de comprimentos, a avaliação de áreas, o traçado de perfis ou o cálculo de volumes. Os projetos de ações a realizar no terreno efetuados sobre plantas topográficas, normalmente do âmbito da Engenharia Civil, deverão ser posteriormente implantados no terreno. Esta atividade de implantação e materialização de pontos no terreno, também designada por piquetagem, é igualmente uma tarefa do âmbito da Topografia. Consiste essencialmente em, dadas as coordenadas de pontos de uma estrutura que se projetou numa planta, localizar e materializar essas posições no terreno.

Na Topografia são utilizadas coordenadas planas, resultantes de uma projeção cartográfica que transforma a superfície curva da Terra (superfície de referência – elipsoide), numa superfície plana.

III.2 - Levantamento Topográfico

Um Levantamento Topográfico consiste no conjunto de métodos e de técnicas que, através de medições de ângulos e de distâncias, utilizando instrumentos topográficos adequados ao rigor pretendido possibilitam a representação geométrica de uma parcela da superfície terrestre, com o rigor e a aproximação necessários.

Para ser possível tal representação, será necessário, por um lado, determinar as coordenadas planimétricas (M, P) dos pontos representativos dos elementos da superfície e, por outro lado, a representação do relevo que obriga ao conhecimento de uma terceira

(25)

Recorre-se ao método clássico de levantamento, ou seja, à medição direta sobre o terreno usando instrumentos topográficos, por exemplo Estações Totais, para áreas pequenas e grandes escalas, por exemplo 1:100 a 1:500. Para áreas de maiores dimensões e escalas inferiores é utilizado o método aéreo-fotogramétrico, método remoto que recorre a medições indiretas sobre fotografias adquiridas a partir de plataformas aéreas.

As observações de campo são feitas para determinar o relevo de uma pequena porção da superfície terrestre e a localização de objetos naturais e artificiais (infraestruturas) nela contidos.

Atualmente pode ser usado, em alternativa aos taqueómetros ou às estações totais, o sistema GNSS - Global Navigation Satellite System. O uso deste equipamento em trabalhos de levantamento pode ser largamente integrado com a Estação Total, tirando-se partido dos dois tipos de instrumentos.

III.2.1 - Levantamento pelo Método de Irradiação

O nome deste método deve-se ao facto de a estação estar colocada numa zona central, local este que permite ao utilizador observar uma maior área e poder expandir os pontos de apoio para outros locais necessários para uma melhor visualização da área a levantar (Figura 8).

Figura 8 - Método de levantamento topográfico por irradiação

Legenda:

E1 - Estação inicial

- Sentido de orientação - Visadas

(26)

Para cada ponto obtém-se uma distância horizontal e um ângulo horizontal ou seja coordenadas polares (Figura 9).

Figura 9 - Determinação das coordenadas de um ponto por irradiação

As expressões usadas para a determinação das coordenadas do ponto A são as seguintes:

            cos AP yA yP sen AP xA xP (III.1) Em que:

xP – Coordenada a calcular do ponto P; xA – Coordenada conhecida;

AP - Distância entre A e P;

α – Ângulo horizontal ou Rumo;

yP – Coordenada a calcular do ponto P; yA – Coordenada conhecida.

 Ângulo horizontal ou Rumo – Ângulo formado entre o Norte Cartográfico e a direção da visada.

Legenda:

A - Estação inicial (Coordenadas conhecidas) P - Estação a coordenar N – Norte Cartográfico α – Rumo da direção AP N

α

P A

(27)

No entanto em diversos levantamentos topográficos como foi o caso neste trabalho, não foi possível realizar o levantamento topográfico na totalidade a partir de uma só estação. Assim procedeu-se à marcação de outras estações, para se poder realizar o levantamento topográfico na sua totalidade pelo método de levantamento topográfico por multi-irradiação (Figura 10).

Figura 10 - Método de levantamento topográfico por multi - irradiação

Os pontos de pormenor deverão ser para a planimetria os necessários para definir a forma dos objetos existentes no terreno que interessam ao trabalho, de forma a representa-los na planta topográfica.

Para a altimetria, que normalmente é representada por curvas de nível, será necessário observar para além dos pontos para representação planimétrica, alguns pontos que apesar de não terem nenhuma característica planimétrica de assinalar, são importantes para definir o relevo. Esses pontos são aqueles em que há variação do declive do terreno, quer em valor absoluto quer em direção.

Legenda: E1 - Estação inicial E2 - Estação 2 E3 - Estação 3 - Sentido de orientação - Visadas

(28)

CAPÍTULO IV - TRABALHOS REALIZADOS

IV.1 - AMPLIAÇÃO DO CEMITÉRIO DA FREGUESIA DE BENQUERENÇA

Este trabalho desenvolveu-se em três fases, realizadas tanto em campo como em gabinete, sendo elas as seguintes:

1) Realização do levantamento topográfico;

2) Realização do projeto de ampliação do cemitério;

3) Acompanhamento/Fiscalização da execução da empreitada.

IV.1.1 - A Freguesia de Benquerença

Benquerença é uma freguesia do concelho de Penamacor, com 28,68 km² de área e 575 habitantes (Graficamente Figura 11) em que na sua maioria é população idosa (Graficamente Figura 12), de acordo com os Censos 2011. Tem como principais atividades a agricultura, olivicultura, silvicultura, pecuária, serração, fabrico de materiais de construção, serralharia civil e o pequeno comércio.

Figura 11 - Gráfico com valores totais da população da freguesia de Benquerença

(Fonte: INE – Censos 2011)

HM H M TOTAL 575 278 297

POPULAÇÃO FREGUESIA DE

BENQUERENÇA

(29)

Figura 12 - Gráfico referente à população da freguesia de Benquerença por faixa etária

(Fonte: INE – Censos 2011)

Esta freguesia está situada a Oeste relativamente ao concelho, a cerca de 17 Km de Penamacor. Fica situada entre as Serras de Santa Marta e da Opa e na margem esquerda da Ribeira da Meimoa (Figura 13).

Figura 13 - Enquadramento geográfico da freguesia de Benquerença

(Fonte: www.cm-penamacor.pt)

HM H M HM H M HM H M HM H M 0 - 14 anos 15 - 24 anos 25 - 64 anos 65 ou mais anos

29 14 15 43 26 17 240 126 114 263 112 151

POPULAÇÃO FREGUESIA DE

BENQUERENÇA

(30)

IV.1.2 - Objetivos do Trabalho

Este projeto tinha por objetivo a ampliação do cemitério da referida freguesia. Inicialmente foi-se ao local para analisar toda a envolvente, os prédios adjacentes, os seus proprietários e qual o tipo de cultura que os prédios (terreno) detinham. Esta análise tinha como objetivo estudar a direção para a qual era possível a ampliação do cemitério, sem envolver grandes custos e burocracias, nomeadamente relacionada com expropriações.

A solução encontrou-se por unanimidade, tanto por parte da Junta de Freguesia como por parte do Executivo, pois a Junta de Freguesia usufruía de um terreno adjacente ao já existente cemitério, sendo esta área destinada a estacionamento (Figuras 14, 15 e 16).

(31)

Figura 15 - Zona destinada a estacionamento

No entanto, nem toda a área era destinada a estacionamento como se poderá verificar nas

Figuras 16 e 17, parte dessa área estava a ser utilizada para depósito de resíduos sólidos, o

que não era o local adequado para o efeito.

(32)

Figura 17 - Vista da área a intervencionar replenta de resíduos sólidos (2)

É de destacar que aquando o estudo para a construção/ampliação de um cemitério terá que se ter em conta que a área e a geometria do terreno se deve aproximar o mais possível da forma quadrangular ou retangular. No entanto, a área disponível não tinha uma forma retangular, mas sim uma forma geométrica triangular (Figura 18), em que seria nessa mesma área que se teria de obter uma solução, para tirar o máximo partido para a implantação dos “talhões” destinados a sepulturas. Isto tendo em atenção a faixa etária da população que prevalece na freguesia de Benquerença e a lotação quase esgotada do cemitério existente (Figura 19).

(33)

Figura 18 - Localização do cemitério com a área destinada a ampliação

(34)

IV.1.3 - Metodologia adotada para a realização do trabalho

1) Trabalho de campo; 2) Trabalho de gabinete;

3) Acompanhamento/Fiscalização da obra.

IV.1.3.1 - Trabalho de Campo

Como já foi referido anteriormente, a população desta freguesia é na sua maioria idosa e a lotação do cemitério existente é quase de 100%, pelo que a realização deste projeto teve de ser executado o mais célere possível, do que resultou que o levantamento topográfico que serve de base para todo o projeto não foi ligado à Rede Geodésica Nacional, por não ter meios para o realizar, tal como previsto no plano de estágio. No entanto, deixaram-se pontos estação fixos e permanentes (Pregos de sinalização) para apoio no decorrer da empreitada, nomeadamente nos trabalhos de implantação (piquetagem).

Para a realização deste levantamento topográfico agiu-se da seguinte forma conforme se discrimina nos seguintes pontos:

1) Procedeu-se ao reconhecimento da zona na qual incidia o levantamento topográfico, nomeadamente, infraestruturas existentes e todos os pormenores importantes para executar a planta topográfica e posteriormente a realização do projeto em causa;

2) Para o início do levantamento topográfico e como este não foi ligado à Rede Geodésica Nacional, escolheu-se um local para iniciar o levantamento topográfico com a colocação da primeira estação E1 à qual foram atribuídas coordenadas fictícias (M= 80000 m; P= 55000 m; N= 400 m) com orientação a zeros “aproximadamente orientado a Norte” (Figura 20);

(35)

Figura 20 – Fase de orientação a zeros “aproximadamente a Norte”

3) Na sequência do ponto anterior, antes de dar início ao levantamento pormenorizado dos pontos de interesse da estação inicial E1, procedeu-se à marcação de uma segunda estação E2 para dar seguimento ao levantamento topográfico (Figura 21).

Figura 21 - Marcação da 2.ª estação

Legenda:

E1 - Estação inicial E2 - 2.ª Estação

- Sentido de orientação - Visada para a 2.ª Estação Legenda:

E1 - Estação inicial

(36)

4) Tendo sido efetuada todas as medições necessárias para a planta topográfica visíveis da 1.ª estação E1, incluindo não só os pontos de pormenor, mas também pontos sobre o terreno para determinar as cotas do mesmo, isto para posteriormente em gabinete se proceder ao cálculo das curvas de nível com base no MDT (Modelo Digital do Terreno), avançou-se para a 2.ª estação E2;

5) Após o respetivo estacionamento da Estação Total no ponto de estação E2, orientou-se desta para a estação anterior E1. Efetuada a orientação procedeu-se a uma contra leitura para a mesma, com o intuito de se verificar se as coordenadas estavam corretas, isto é, de acordo com as atribuídas inicialmente à estação E1 (tal como referido anteriormente no ponto 2). Tendo efetuado a contra leitura, constatou-se que as diferenças eram aproximadamente de 1 mm o que se considerou que se poderia prosseguir com o trabalho. Assim, de seguida procedeu-se da mesma forma como mencionado no ponto 3), marcando uma nova estação E3, para avançar no terreno com o respetivo levantamento topográfico, repetindo-se o mesmo método de contra leituras sempre que se estacionava numa nova estação, isto até concluir todo o levantamento topográfico.

Para a realização de todo o levantamento topográfico, houve a necessidade de serem utilizadas 7 estações, posicionadas em locais específicos para a boa realização do levantamento topográfico (Figura 22).

(37)

Figura 22 - Rede de estações utilizadas

IV.1.3.2 - Trabalho de Gabinete

Finalizado o levantamento topográfico em campo, deu-se início ao trabalho em gabinete procedendo-se em primeiro lugar à transferência dos dados em formato txt da Estação Total, para o computador, para posteriormente serem importados para o Programa CARTOMAP 5.2. Após importar os pontos, obteve-se uma nuvem dos mesmos com indicação dos respetivos códigos, índices e cotas. (Figura 23).

Legenda: - Estações

(38)

Figura 23 - Pontos importados

Com a finalidade de se poder trabalhar corretamente no ambiente CARTOMAP e posteriormente em AutoCAD, teve de se atribuir a cada código atribuído em campo, uma denominação para a camada (Figura 24), criar uma entidade (Figura 25) que deverá ter a mesma denominação da camada e por último atribuir as características (Figura 26) dessa mesma entidade, que deverá ter igualmente a mesma designação.

(39)

Figura 25 - Edição de entidades

Figura 26 - Edição de características

Aquando a definição das características para cada entidade é que se atribuiu uma cor, espessura, tipo de linha, entre outras, a essa mesma entidade. Este procedimento repetiu-se tantas vezes quantas as necessárias, isto é, para cada código atribuído em campo.

(40)

Relativamente às linhas, também foi possível definir se as linhas se pretendiam ser suavizadas ou não (Figura 27).

Figura 27 - Edição de características de desenho

Após a realização do esboço do levantamento topográfico em gabinete utilizando as diversas ferramentas que o CARTOMAP dispõe, nomeadamente, desenhar linhas, arcos, circunferências, etc, procedeu-se ao cálculo das curvas de nível da seguinte forma:

Em primeiro lugar teve de se criar a Rede Irregular de Triângulos, da seguinte forma:

1) Edição de Modelo do Terreno (Figura 28), na qual é indicada a designação do tipo de MDT, tipo de modelo e nível de cota;

(41)

Figura 28 - Edição de modelo do terreno

2) Preenchidos os respetivos campos referidos anteriormente, procedeu-se ao cálculo da rede de triângulos indicando quais as camadas a incluir, linhas de rotura, zonas de inclusão e zonas de exclusão (Figura 29).

(42)

Feito o cálculo, foi criada uma rede de triângulos com base na altimetria referente a cada ponto observado em campo.

Na sua sequência e como sendo necessário para a apresentação final da planta topográfica, com base na rede de triângulos procedeu-se à apresentação das curvas de nível configurando as mesmas na janela apresentada na Figura 30.

Para esta configuração teve de se indicar qual o modelo digital do terreno a ter em conta, que neste caso foi o designado por “mdt” (editado anteriormente) e indicar todas as especificações que se pretendiam para a forma de apresentação das curvas de nível.

Figura 30 - Apresentação de curvas de nível

Como resultado final obteve-se a planta topográfica com todos os pormenores necessários e igualmente a visualização das curvas de nível para a representação do relevo do terreno (Figura 31).

(43)

Figura 31 - Planta topográfica final

Tendo-se concluído a planta topográfica do existente, deu-se início ao estudo da ampliação do cemitério começando-se por traçar alinhamentos retos, nomeadamente os que iriam formar os “talhões” e igualmente os alinhamentos destinados à elaboração dos perfis longitudinais (Figura 32).

Figura 32 - Esboço inicial do projeto

Relativamente aos alinhamentos retos destinados aos perfis longitudinais para determinação das pendentes para o projeto, teve-se em consideração pontos específicos (PK’s) (Figura 33), em que estes foram determinantes para apresentação em perfil

(44)

longitudinal da respetiva informação relativamente a cada ponto. A informação que se pretendia obter no perfil longitudinal para esta situação, era nomeadamente as coordenadas planimétricas, a respetiva cota do terreno e distâncias entre pontos conforme se pode visualizar na Figura 34.

Os pontos referidos anteriormente, foram selecionados de acordo com a plataforma que se pretendia definir para o projeto final.

Figura 33 - Pontos específicos para determinação da altimetria em projeto

Legenda:

(45)

Figura 34 – Visualização de um perfil longitudinal

Para a realização dos diversos perfis longitudinais necessários à consulta em fase de obra, os mesmos foram realizados em parte no CARTOMAP, sendo os procedimentos para a configuração dos mesmos apresentados nas Figuras 35 e 36. No entanto, no que concerne à rasante foi efetuada no AutoCAD.

Para a configuração do perfil longitudinal, inicialmente teve de se traçar sobre a planta topográfica o traçado pretendido para a representação do perfil longitudinal do terreno. Para o traçado criou-se outra camada (layer), atribui-se uma designação ao traçado, uma entidade e as suas características. Neste caso foi atribuída a designação de “perfis_long”. Na sua sequência procedeu-se à configuração do perfil longitudinal “Dados do perfil”, nomeadamente sobre a distribuição longitudinal que se pretendia apresentar no mesmo (Figura 35).

(46)

Figura 35- Configuração do perfil longitudinal tipo

Após a realização deste procedimento para edição de perfis longitudinais, seguiu-se a seleção dos dados disponíveis que se pretendia que o perfil longitudinal apresentasse (Figura 36), isto relativamente ao seu conteúdo.

(47)

Para a realização da rasante sobre os perfis longitudinais exportados do CARTOMAP para o AutoCAD, houve a necessidade de se traçarem outros perfis longitudinais, quantos os necessários, para apoio à elaboração da rasante nos perfis longitudinais finais.

Um perfil longitudinal que foi essencial para o apoio na elaboração da rasante, foi o traçado lateral relativamente à área a intervencionar, conforme indicado a linha amarela na

Figura 37. Ora isto, porque as cotas de saída da rasante tiveram origem no passeio interior

do cemitério que não teve qualquer alteração. Com o conhecimento dessas cotas, deu-se início à composição da rasante sobre os perfis longitudinais finais, para obtenção das cotas de projeto e futura implantação em obra.

Figura 37 - Visualização de traçado para perfil longitudinal

Como a finalidade desta parte do trabalho era obter as cotas das rasantes nos respetivos pontos específicos em cada perfil longitudinal, desenharam-se as rasantes com início sobre o passeio existente no interior do cemitério “linha amarela” da Figura 37, tendo-se na sua sequência definido uma boa inclinação (1 %) para a drenagem das águas pluviais. Assim, sabendo-se as cotas iniciais (passeio existente), a respetiva distância entre pontos no perfil longitudinal e o valor para a inclinação pretendida, calcularam-se as cotas dos restantes

(48)

pontos (Figura 38), obtendo-se os perfis longitudinais finais de projeto (Peça Desenhada

n.º 6, do Anexo 1).

Nota: Rasante desenhada a linha contínua de cor vermelha.

Figura 38 - Perfil longitudinal com a respetiva rasante

É de salientar que relativamente a cada ponto específico, aquando o traçado dos perfis longitudinais no CARTOMAP, obtiveram-se automaticamente as suas respetivas coordenadas.

Como referido anteriormente, após a realização da planta topográfica e os traçados dos perfis longitudinais necessários à elaboração do projeto no CARTOMAP, exportou-se o ficheiro para o AutoCAD em formato dxf (Figura 39), para a edição gráfica relativamente à atribuição de tramas para o pavimento e melhoramento dos pormenores, isto tanto em

(49)

desenhar os alçados existentes, alçados a demolir e alçados a construir (Peças Desenhadas

n.os 7 a 9, do Anexo 1). Todo este projeto teve como base a planta topográfica, que após os

melhoramentos gráficos realizados no AutoCAD, obteve-se a planta topográfica final com indicação da altimetria através das curvas de nível, todas as infraestruturas existentes no terreno e todos os pormenores necessários à representação da situação existente do local (Peça Desenhada n.º 2, do Anexo 1).

Figura 39 - Exportação do ficheiro do CARTOMAP para AutoCAD

Tendo o projeto concluído relativamente às peças desenhadas, medições efetuadas, nomeadamente, áreas, volumes e metros lineares, isto para a elaboração do mapa de quantidades, calculada a estimativa orçamental ou preço base para contratação, caderno de encargos elaborado de acordo com o projeto, complementou-se toda a parte de trabalho de gabinete com a plotagem das respetivas peças desenhadas para serem anexadas ao restante processo e dar-se início às obras após adjudicação.

(50)

IV.1.3.3 – Acompanhamento/Fiscalização da Obra

No acompanhamento da obra procedia-se, ao registo fotográfico das várias fases da obra de acordo com o desenvolvimento da mesma, às respetivas medições para a realização de autos de medição mensal, nomeadamente, medições de muros, de colocação de guias e lancil, assentamento de calçada e todos os trabalhos necessários para uma boa realização dos mesmos. Procedia-se ainda à piquetagem das diversas infraestruturas.

Para se proceder à piquetagem dos diversos pontos necessários à implantação da obra, recorreu-se ao método por irradiação (Figura 40).

Como no momento do levantamento topográfico em campo, fixaram-se várias estações de apoio à realização da piquetagem, foram usadas duas estações uma para estacionar a Estação Total e outra para a sua orientação.

Figura 40 - Método de irradiação para piquetagem

Ao oposto do levantamento topográfico por irradiação em que se mede uma distância e um rumo para determinação das coordenadas, na piquetagem as coordenadas dos pontos são conhecidas e inseridas na Estação Total. Em campo, as indicações para a marcação dos respetivos pontos que se visualizam na Estação Total é uma distância e um rumo.

Desta forma, em campo teve-se que direcionar a Estação Total para o local a piquetar, até que o rumo indicado na Estação Total atingisse o valor de 0,000 grados. Em seguida, foi

Legenda: E1 - Estação 1 E2 - Estação 2 Orientação

Alinhamentos para piquetagem dos pontos

(51)

ou outro até se encontrar no alinhamento correto. Estando no alinhamento correto e o bastão devidamente verticalizado, fazendo as medições na Estação Total, foi visualizado no ecrã da mesma que distância teria de se deslocar, para trás ou para a frente até se posicionar no local exato.

Como também era necessário indicar a cota do mesmo ponto, aquando o posicionamento correto foi igualmente visualizado no ecrã qual o valor em metros, que poderia corresponder a escavação ou aterro.

Era ainda um objetivo deste trabalho verificar se as obras decorriam de acordo com o projeto ou em caso de alterações, serem analisadas se estas seriam benéficas ou não para a obra. Caso as alterações fossem positivas eram implementadas.

 Movimento de Terras e Demolições

Para a tarefa de movimento de terras e demolições, procedeu-se em primeiro lugar à remoção de resíduos sólidos existentes no local (Figura 41) e igualmente à remoção total do asfalto existente (Figura 42).

Relativamente ao que se visualiza na Figura 41, remoção de resíduos sólidos, antes de se dar início a estes trabalhos foram colocadas em locais específicos estacas com a indicação das cotas aproximadas que a plataforma iria ter no final.

(52)

Figura 42 - Remoção do asfalto

Relativamente ao asfalto e outros materiais que não pudessem ter qualquer utilidade, foram transportados para um local destinado a depósito de resíduos sólidos. Os restantes resíduos (Figura 41), como a sua composição era da mesma qualidade do restante solo do terreno, foram utilizados para terraplanagem da área a ser intervencionada.

Conforme o previsto em projeto, teve-se igualmente de se proceder à demolição de muros, nomeadamente, o muro em xisto (Figura 43), os muros que serviam de vedação ao início do arruamento (Figura 44) e o muro do alçado principal, resultante da primeira ampliação a que foi sujeito o cemitério (Figura 45).

(53)

Figura 43 - Demolição de muro de xisto

(54)

Figura 45 - Demolição de muro que servia de alçado principal

Com a demolição dos muros e remoção dos resíduos sólidos, a tarefa seguinte foi a de transplantar as árvores existentes no local (Figura 46), para um outro indicado pela Junta de Freguesia de Benquerença.

(55)

Como seria de prever, com a circulação de máquinas pesadas no local o terreno começou por ficar de certa forma compactado. Desta forma, e também como previsto em projeto, iniciou-se à escavação com máquinas apropriadas nos locais onde seriam implantados os talhões. A profundidade da escavação de 2 metros para o caso do subsolo ser composto por rocha maciça, tendo-se verificado que era da mesma composição dos terrenos envolventes (Figura 41). Assim, procedeu-se à reposição desse mesmo material nos talhões após ser devidamente crivado.

Para se proceder à escavação, o empreiteiro teria de ter conhecimento da localização dos futuros talhões. Assim sendo, procedeu-se à piquetagem de pontos, mas, com um afastamento de 0,40 m relativamente ao posicionamento exato das guias de betão, sendo este afastamento para o interior dos talhões conforme se representa esquematicamente na

Figura 47. Isto, porque não faria sentido escavar toda a zona do talhão a uma profundidade

de 2 metros, se de acordo com o regulamento a abertura de sepulturas teria que cumprir um afastamento relativamente ao limite dos talhões no mínimo de 0,40 metros. Sendo assim, todos os pontos foram piquetados respeitando o afastamento de aproximadamente 0,40 metros.

(56)

Ainda é de salientar que esta tarefa afeta à equipa de topografia não foi realizada na sua totalidade de uma só vez, para que as máquinas pudessem ser manobradas com melhor facilidade, tendo sido piquetado um talhão de cada vez.

É de evidenciar que esta piquetagem foi marcada inicialmente por estacas, mas para uma melhor visibilidade dos operadores de máquinas foram substituídas por bandeirolas sinalizadoras (Figura 48).

Figura 48 - Escavação de área destinada a talhões

Conforme avançava a escavação, todo o material era crivado (Figura 49), sendo que a parte do solo resultante do método de crivo era reposto na parte escavada (Figura 50). As partes do solo com maior granulometria foram transportadas para o depósito de resíduos sólidos.

Para devolver aos locais de escavação as mesmas quantidades de terra, houve a necessidade de recorrer a câmaras de empréstimo com solo adequado para o efeito.

(57)

Figura 49 - Material resultante do crivo

Figura 50 - Colocação do material crivado nas áreas destinadas aos talhões

 Construção de Muros e Elementos Estruturais

Após a conclusão do movimento de terras e das demolições, deu-se início à construção dos novos muros para delimitar o local. Começou-se por fazer as fundações para o muro que substituiu o antigo, composto por pedra de xisto (Figura 51). Para isso houve a necessidade de se fazer o alinhamento do muro a construir, tendo-se procedido à piquetagem de três pontos que definiram o respetivo alinhamento.

(58)

Para não recorrer à câmara de empréstimo, nomeadamente de rocha para as fundações do respetivo muro, as pedras de xisto que compunham o muro antigo foram utilizadas para a base das fundações de forma a suportar o muro em blocos com uma altura aproximada de 2 metros (Figura 51).

Figura 51 - Colocação de rocha para fundações

Para a estabilidade do muro foram construídos pilares em betão armado com um espaçamento entre eles de 2 metros (Figura 52), de acordo com o projetado e representado na Peça Desenhada n.º 4, do Anexo 1.

(59)

O muro já existente situado a Norte da área a intervencionar, aquando a escavação dos talhões junto ao mesmo, verificou-se não estar nas devidas condições de segurança, tendo-se optado por demoli-lo e construir de novo com a aplicação de pilares em betão armado de forma a ficar mais estável e a não se desmoronar num futuro próximo (Figura 53).

Figura 53 - Construção de muro a Norte da área a intervencionar

Concluída a construção dos respetivos muros, iniciou-se a aplicação do reboco (Figura

54). Para finalizar as tarefas realizou-se a fase de acabamentos, as pinturas.

(60)

 Aplicação de Elementos de Betão

Concluída a fase de construção de muros e elementos estruturais nesta área, procedeu-se à piquetagem dos pontos específicos para a delimitação correta dos talhões para serem colocadas as guias de remate de passeios (Figura 55).

Figura 55 - Piquetagem dos vértices dos talhões

Relativamente à zona de implantação dos talhões, foi solicitado por parte do encarregado de obras se haveria a possibilidade de em vez de se fazer a piquetagem e materialização dos locais exatos para a definição da plataforma, implantar já nesta fase os pontos de delimitação dos talhões com indicação da cota a que deveria ficar o topo da guia. Isto, para não haver mais movimentos de máquinas para a terraplanagem final da plataforma nas áreas que seriam destinadas a abertura de sepulturas, o que iria compactar demais essas mesmas zonas.

Sendo possivel a implantação e materialização dessa forma, em gabinete, tal como se determinou a rasante em locais específicos para a definição da plataforma, procedeu-se da mesma forma para os pontos específicos dos limites dos talhões. Para se calcular as respetivas cotas, foi necessário traçar perfis longitudinais, quantos os necessários, isto é,

(61)

cotas de início dos perfis longitudinais (passeio interior do cemitério), as distâncias e a inclinação, traçaram-se as respetivas rasantes a passar nos alinhamentos dos talhões. Mas como o pretendido era a cota do topo da guia (Figura 56), apenas houve a necessidade de somar 0,05 m às cotas obtidas, isto porque a diferença de cota do cimo das guias relativamente à dos passeios era de 0,05 m.

Figura 56 - Indicação de referência da cota relativamente à guia

Com a implantação das guias, colocaram-se de seguida as caleiras com grelha (Figura 57) de acordo com o projetado para a drenagem de águas pluviais, as quais se situavam aproximadamente do local onde era o alçado principal da primeira ampliação do cemitério (Figura 58).

(62)

Figura 58 - Local de colocação das caleiras de drenagem

Com a colocação de todas as guias que iriam delimitar os talhões, deu-se início à colocação da calçada sobre uma almofada de areia misturada com cimento (Figura 59).

(63)

IV.1.3.4 – Alterações em Obra

Como quase na sua totalidade as obras sofrem alterações na fase de execução, esta não foi exceção.

De acordo com o que estava projetado, a entrada principal iria situar-se no início do arruamento principal (Figura 60), no entanto e por alguns moradores que possuem terrenos adjacentes à obra não concordarem com a entrada no local projetado, teve de se arranjar uma solução, chegando-se a um consenso que o melhor local para ser colocada a entrada principal, seria o mais afastado do arruamento principal (Figura 61).

(64)

Figura 61 - Localização da entrada não prevista em projeto

Com a situação resolvida relativamente à entrada principal, procedeu-se à piquetagem do local para a colocação dos pilares de granito maciço. A piquetagem foi realizada pelos mesmos métodos já referidos anteriormente, sendo esta piquetagem destinada à abertura das fundações que iriam servir de suporte para os pilares (Figura 62).

(65)

Com esta alteração, também houve a necessidade de alterar a configuração das zonas ajardinadas lateralmente ao arruamento. Assim, foi necessário proceder-se à determinação de novos alinhamentos para a colocação dos lancis para a delimitação das zonas ajardinadas, com a finalidade de obter as coordenadas planimétricas dos locais específicos. Para se saber quais as cotas a atribuir a cada ponto, traçou-se um perfil longitudinal ao longo do arruamento de acesso ao cemitério com início no arruamento principal (cota de projeto conhecida) até ao limite dos talhões (cota de projeto conhecida). Como o perfil longitudinal foi traçado ao eixo do arruamento e sabendo que para cada lado, a inclinação teria de ser de 2,5 % para o escoamento das águas pluviais de acordo com o projetado (Figura 63), considerando as distâncias do eixo até ao limite onde seria assente o lancil, a cota ao eixo e a respetiva inclinação, determinou-se a cota do lancil relativamente ao arruamento, seguindo-se a soma de 0,10 m à cota obtida para se determinar a cota de topo do lancil.

Figura 63 - Pormenores construtivos de acesso ao cemitério

Tendo-se obtido todas as coordenadas planimétricas e respetivas cotas para esta implantação, procedeu-se de imediato à sua piquetagem e materialização (Figura 64).

(66)

Figura 64 - Piquetagem dos locais a implantar o lancil

IV.1.3.5 - Fase de Acabamentos

Após a conclusão de todos os trabalhos discriminados nos pontos anteriores, seguiram-se os acabamentos, nomeadamente, pinturas de muros em todo o cemitério, colocação de relva nos espaços destinados a zonas verdes, limpeza do local, colocação de portão, pintura do portão existente, a colocação de uma nova árvore e abertura de uma caldeira com a devida profundidade para serem aplicados todos os nutrientes necessários ao seu desenvolvimento e por fim o desmonte de estaleiro.

IV.1.3.6 - Conclusão da Obra

Com o termo da obra a 5 de agosto de 2014, verificou-se que a mesma foi realizada com sucesso, não se tendo verificado atrasos na execução da empreitada. No entanto, com a ocorrência de algumas alterações, o valor da obra sofreu um aumento relativamente ao valor pelo qual foi a empreitada adjudicada, por se constatar no seu desenvolvimento, ser necessário fazer algumas modificações relativamente à sua estética, tendo-se verificado no final um excelente resultado.

(67)

No que concerne ao mais importante, que era o bom aproveitamento do terreno para ocupação por sepulturas, o resultado foi o mesmo do projetado, um total de 164 sepulturas, que terão de ser implantadas de acordo com o regulamento, respeitando todas as medidas relativamente a afastamentos como se pode verificar pela Peça Desenhada n.º 1, do

Anexo 1.

Conseguiu-se obter um bom resultado para a obra, que poderia inicialmente ser visualizada de uma forma bastante “pesada”, mas com o aproveitamento e execução de espaços verdes, o local revelou-se ser agradável e não doloroso para a população. Ainda é de salientar, que ao nível de arquitetura conseguiu-se conforme projetado, a conservação do alçado principal pertencente à primeira construção do cemitério.

Em seguida apresentam-se fotografias do local de como era antes e depois das obras concluídas, podendo-se verificar igualmente através da Tela Final (Peça Desenhada 1 –

Conclusão de Obra, do Anexo 1).

(68)

Figura 66 - Acesso ao interior do cemitério da parte antiga (depois)

(69)

Figura 68 - Acesso ao cemitério (depois)

(70)

Figura 70 - Vista do interior da zona ampliada

(71)

Figura 72 - Vista antes das obras da zona de ampliação

(72)

IV.2 - REDE DE ABASTECIMENTO E DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS DOMÉSTICAS, NO SÍTIO DO AVIAL – MEIMOA

Este trabalho apenas se desenvolveu em duas fases, por à data de conclusão do estágio a empreitada ainda não ter sido adjudicada.

As fases apresentam-se em seguida:

1) Realização de levantamento topográfico;

2) Realização de projeto de rede de abastecimento público de água e rede de drenagem de águas residuais domésticas, que inclui realização do traçado e respetivos cálculos de dimensionamento hidráulico e hidráulico-sanitário.

IV.2.1 - Objetivos do Trabalho

O objetivo da realização deste projeto consistiu em fazer a implementação da rede de distribuição de água e da rede de drenagem de águas residuais domésticas relativamente a uma moradia situada aproximadamente a 400 metros da conduta de abastecimento de água e emissário de águas residuais domésticas mais próximo.

As referidas redes serão implantadas ao longo do caminho rural, sito no Sítio do Avial, da freguesia de Meimoa.

Para a elaboração deste trabalho teve-se em consideração nos cálculos efetuados, os prédios já compostos por um edifício ao longo do caminho, para o caso de no futuro, os proprietários solicitarem à Câmara Municipal a ligação através do ramal de ligação às infraestruturas que serão implementadas aquando a data de adjudicação da empreitada. Relativamente aos cálculos de dimensionamento hidráulico e hidráulico-sanitário, ter-se-ia de se efetuarem para um horizonte de projeto de 40 anos. Normalmente para esses cálculos, envolveria o número de habitantes atual e a probabilidade de um aumento da população no local para uma projeção até 40 anos. Nesta situação não se realizaram os cálculos nessas condições, por não se prever um aumento da população naquele local. A justificação para a não realização de cálculos para um horizonte de projeto de 40 anos

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terrenos estarem abrangidos pela Reserva Ecológica Nacional, de acordo com o Plano Diretor Municipal em vigor, como se poderá verificar nos extratos de localização obtidos através do site da Câmara Municipal de Penamacor em PDM online (Apenas disponível o

PDM em vigor), www.cm-penamacor.pt. (Figuras 74, 75 e 76).

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Referências

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