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Leitura Seminario

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Academic year: 2021

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(1)Como ler melhor: algumas considerações Parte I Por Rodrigo Farias. Você sabe ler? Se você chegou até aqui, eu espero sinceramente que a resposta seja "Sim". É até provável que você não só tenha dado essa resposta mentalmente, como a tenha feito acompanhar de um sorriso desdenhoso e uma exclamação como "É claro!". No entanto, saiba que boa parte das pessoas que responde a tal pergunta com um sonoro "Sim", na verdade deveriam simplesmente dizer, "Não como poderia". E isso não tem nada a ver com o alfabeto. Praticamente todos os internautas são alfabetizados. São capazes de reconhecer palavras e frases, apreender-lhes o significado e pronunciá-las em voz alta. Uma parte expressiva deles pode até se dar ao luxo de identificar e corrigir erros gramaticais ou ortográficos daquilo que lêem. Uma parte menor ainda é habilitada para sintetizar o conteúdo do que lê, mesmo quando se trata de assuntos fora de alguma especialização que por acaso possuam. Finalmente, uma pequena minoria não só é capaz de discutir, mas também de fazê-lo com competência, identificando idéias principais e secundárias, a linha de argumentação usada para expô-las, os pontos fracos e fortes de cada argumentos, e, se for o caso, compará-los com os de outras fontes e assim chegar a uma conclusão. Este último grupo não apenas assimila informação, mas a processa, avalia e a transforma em conhecimento. A que grupo você pertence? Se é a essa pequena elite de iluminados, esse texto não é para você. Ao invés de lê-lo sem proveito, sugiro que escreva outro dividindo com os menos favorecidos as suas técnicas de leitura. Se elas estiverem tão assimiladas que você nunca sequer se deu conta delas, você pode seguir o mesmo método do nosso texto de Falácias e Erros de Raciocínio e usar o método inverso: mostrar como não se deve ler. Em ambos os casos, estará aplicando melhor o seu tempo do que lendo um texto que só vai dizer o que você já sabe. Agora, se você é do tipo que: • • • •. chega ao fim de um livro sem conseguir lembrar do início; freqüentemente cochila durante uma leitura mais longa, mesmo quando o assunto interessa; várias vezes compra um livro aparentemente bom para descobrir, depois de quinze páginas, que ele não vale meia pataca; tem dificuldade para resumir as idéias principais do autor, e quando tenta acaba sempre produzindo resumos muito maiores que o desejável;.

(2) • •. está sempre tendo de queimar os neurônios com livros difíceis de entender, mas obrigatórios para um curso, trabalho ou aula; toda vez que vê um colega falar sobre uma leitura que você também fez, acaba se perguntando, "Como é que eu não vi isso?".... Este texto foi escrito pensando em você.. 1 - Informação X Esclarecimento 1.1 - Um diagnóstico triste A maior parte das pessoas lê mal. Num país como o Brasil, em que a grande massa da população não chega sequer a completar o Ensino Fundamental, isso soa como um truísmo, mas aqui estamos nos referindo também aos felizardos que conseguiram chegar não apenas ao fim do Ensino Médio, mas até mesmo, e principalmente, ao Ensino Superior. Infelizmente, a posse de um diploma não é garantia de uma capacidade de leitura eficaz. Nossa estrutura educacional é falha, muito aquém do que seria preciso para realmente formar um cidadão, e isso vale tanto para o ensino público quanto para grande parte do particular. Além disso, em nossa cultura, ler ainda não é uma prioridade, o que se reflete no mercado editorial: a maioria dos livros têm baixas tiragens (o padrão de uma edição é 3.000 exemplares, num país de mais de 160 milhões) e demoram a vender, salvo um ou outro best-seller, geralmente de ficção. E como se não bastasse, o fato de alguém comprar um livro não significa que vá lê-lo de fato, e mesmo que o leia, não significa que vá entendê-lo tanto quanto a obra merece. Daí se deduz a pobreza do nosso país no campo da leitura. Mas problemas nessa área não são exclusividade do Brasil, tampouco de países pobres. Já na década de 70, Mortimer Adler -- cujas idéias fundamentam este textos -- já denunciava que a capacidade de leitura dos norte-americanos que não passava do nível do sexto ano letivo, ou seja, mais ou menos o do nosso primário ou 5.ª série. O autor cita um artigo que o professor James Mursell, da Escola de Professores da Universidade de Columbia, escreveu para a revista Atlantic Monthly, em 1939: "Os estudantes aprendem a ler de forma efetiva em sua língua materna? Sim e não. Até o quinto e o sexto ano, a leitura é de fato ensinada e bem aprendida. Neste nível nos deparamos com um progresso constante, mas a partir daí caminha-se para a estagnação. Não porque o indivíduo tenha chegado ao seu limite natural de eficiência quando ele chega ao sexto ano, porque já está mais do que provado que estudantes mais velhos, e até mesmo adultos, podem continuar fazendo enormes progressos com a orientação adequada. Tampouco isso quer dizer que todos os estudantes do sexto ano lêem suficientemente bem para todos os objetivos práticos. Um número considerável de alunos fracassa no curso secundário simplesmente porque não se mostram aptos a apreender o sentido de uma página impressa. Eles podem melhorar; eles precisam melhorar; mas não melhoram. O aluno médio das escolas secundários já leu um bocado, e se ele entrar numa universidade vai ler mais ainda; mas provavelmente ele ainda é um leitor fraco e incompetente (observem que isso vale para o estudante médio, não para aquele que recebeu um tratamento especial). Ele pode ler e apreciar um texto simples de ficção. Mas coloque-o diante de um ensaio escrito com rigor, diante de um argumento exposto de forma concisa e cuidadosa, ou uma passagem que exige alguma reflexão crítica, e ele estará perdido. Já foi demonstrado, por exemplo, que o estudante médio revela uma incapacidade surpreendente de indicar qual é o ponto central de um texto, ou os níveis.

(3) de ênfase e subordinação num texto argumentativo. Para todos os efeitos, ele continua sendo um leitor da sexta série ao longo da universidade.". Isso era verdade nos EUA em 1939. Em 1972, quando Adler citou esse artigo, ainda era. Alguém tem dúvidas de que seja também no Brasil de hoje? Pergunte a si mesmo quantos livros você já leu este ano. Melhor ainda, experimente fazer uma pesquisa informal entre seus conhecidos: quantos livros já lidos nos últimos 12 meses?. 1.2 - Leitura ativa Para entendermos o que significa dizer que alguém tem um nível de "sexta série", como diz o texto citado, precisamos estabelecer algumas distinções fundamentais. A primeira dela diz respeito à natureza da leitura. Segundo Adler, toda leitura exige um certo grau de atividade por parte do leitor, mas que pode variar tanto, que podemos falar, para fins didáticos, em leitura ativa e leitura passiva. A leitura passiva seria aquela em que predomina a mera recepção de informações. Você decodifica o texto, não pensa sobre ele. É ler com a postura com que geralmente costumamos ver televisão. Um caso extremo é quando lemos um texto de maneira superficial, "passando os olhos", sem realmente nos interessarmos por ele. O resultado é apenas uma memorização mais ou menos superficial do que se leu. Já a leitura ativa digna desse nome é aquela em que o leitor se esforça ao máximo para captar a mensagem que o autor tenta lhe transmitir. Ele dialoga com o texto que tem diante dos olhos, tenta determinar suas idéias centrais e a ligação entre elas. Enfim, o leitor verdadeiramente ativo é aquele que "está presente" na leitura, alerta, empenhado em compreender a mensagem do autor. Quanto mais ele é, mais eficaz será sua leitura.. 1.3 - Finalidades da leitura Todo o mundo alguma vez já aprendeu algo que mudou sua maneira de entender o mundo, ou um aspecto dele. Pode ter sido por meio de uma palestra, de uma aula, de um filme, uma conversa com um amigo ou -- o que nos interessa aqui -- um texto escrito ou livro. É quando, mais do que uma informação nova, nos damos conta de que captamos algo mais essencial, uma forma de compreensão, uma espécie de ferramenta mental -- a lógica por trás de alguma coisa. Nessas ocasiões, nós não apenas aprendemos o "quê", mas também e principalmente o "como" e o "porquê". É nossa compreensão que se alarga. Trazendo isso para o mundo da leitura de livros (e deixando de fora aqueles voltados para o mero entretenimento), Adler dá um exemplo muito simples. Suponhamos que você tenha um livro que deseje ler. Ora, esse livro consiste de um amontoado de palavras escrito por uma pessoa com a intenção de comunicar algo a você. Portanto, seu sucesso na leitura vai depender do quanto você conseguirá captar da mensagem que o autor tentou comunicar. Óbvio, não? Porém, a sua relação com o livro, continua ele, pode assumir duas formas. Se você entende perfeitamente o que autor quis passar, então vocês dois têm mentes afins e você pode ter assimilado informação, mas não necessariamente compreensão. A leitura pode simplesmente ter expressado uma compreensão comum que ambos já tinham antes de se encontrarem..

(4) Agora, pode acontecer de você perceber que não está conseguindo entender tudo que o livro oferece. Algumas coisas fazem sentido, outras não. O livro tem mais a dizer do que aquilo que foi possível captar, de certa maneira ele excede o seu nível de compreensão ao lê-lo. Logo, para conseguir dar conta de tudo que o autor quis comunicar, é preciso alargar sua capacidade compreensiva. Como fazer isso? Pode-se pedir ajuda a outra pessoa, consultar outros livros. Entretanto, Adler propõe que, de maneira geral, isso pode ser feito, antes de mais nada, trabalhando no livro.[1] "Sem nada além do poder de sua própria mente, você manipula os símbolos à sua frente de tal forma que passe de um estado de compreender menos para um estado de compreender mais. Esse avanço, conquistado pela mente que trabalha num livro, corresponde a uma leitura de alto nível, o tipo de leitura que um livro que desafia sua compreensão merece.". Nem sempre a distinção entre um tipo de leitura e outra é clara. Muitas vezes ela é muito tênue. Porém, grosso modo, podemos dizer que textos plenamente compreensíveis, como jornais, revistas, são essencialmente informativos. Não nos atordoam com a complexidade peculiar de quando ultrapassamos nossos limites. Por outro lado, sempre que lemos um texto que nos deixa, ao fim de uma leitura atenta, a sensação de que nã entendemos tudo, ele merece ser tratado como uma leitura compreensiva. "Quais são as condições sob as quais esse tipo de leitura -- leitura para compreensão -- ocorre? Existem duas: primeira, há uma desigualdade inicial de compreensão. O autor deve ser 'superior' ao leitor em compreensão, e seu livro deve transmitir de uma maneira legível os conhecimentos que ele possui e que faltam aos seus leitores em potencial. Segunda, o leitor tem que estar habilitado a superar essa desigualdade em alguma medida, se não completamente, aproximandose sempre do escritor. Na medida em que a igualdade é alcançada, a clareza na comunicação é atingida. Em resumo, só podemos aprender com nossos 'superiores', Devemos saber quem eles são e como aprender com eles. Quem possui esse conhecimento domina a arte da leitura no sentido que nos interessa neste livro. Qualquer pessoa que saiba ler provavelmente terá habilidade para, em alguma medida, ler desta forma.Mas todos nós, sem exceção, podemos aprender a ler melhor e, gradualmente, ganhar mais pelos nossos esforços, direcionando-os para textos mais recompensadores.". Podemos resumir o que vimos até agora em uma única frase: •. A qualidade de uma leitura depende do esforço investido nela, pelo menos em se tratando de livros inicialmente acima de nossa capacidade e que por isso são capazes de nos levar à transição de um estado de entender menos para um estado de entender mais.. 2 - Níveis de leitura Para Adler, existem quatro níveis de leitura. Repare que são "níveis" e não "tipos", porque os níveis mais altos absorvem os mais baixos. São eles, do mais baixo para o mais alto: 1 - Leitura Elementar - corresponde ao nível ensinado na escola primária. A preocupação de quem lê nesse nível é com a linguagem em si, a decodificação da escrita, que com qualquer outra coisa. A pergunta que norteia esse nível é: "O que a frase diz?"..

(5) 2 - Leitura Averiguativa (também chamada de "pré-leitura" ou "garimpagem") - este nível é voltado para a melhor avaliação possível de um texto ou livro num período curto de tempo. Por exemplo, quando estamos de passagem por uma livraria, vemos um livro que parece interessante e precisamos saber se ele é bom antes de decidirmos se vamos comprálo. Existem alguns bons macetes para isso, dos quais trataremos mais adiante. Por ora, basta saber que a pergunta básica deste nível é: "Este livro é sobre o quê?". 3 - Leitura Analítica - é a leitura completa, a melhor que se pode fazer, ativa por excelência. No dizer de Adler, "se a leitura averiguativa é a melhor que se pode fazer num determinado período de tempo, então a leitura analítica é a melhor leitura possível quando não existe limite de tempo". É um nível de leitura voltado basicamente para a compreensão, de modo que, se seu objetivo é apenas informação ou entretenimento, ele pode não ser necessário. 4 - Leitura Sintópica ou Comparativa - implica a leitura de muitos livros sobre um certo tema, pondo-os em relação uns com os outros e com o tema. Estudantes de Ciências Humanas são obrigados a se familiarizar com ela. É o nível mais difícil de se alcançar, e não há pleno acordo sobre suas regras. Porém, é também o mais recompensador de todos os níveis. Por questões de espaço, aqui trataremos apenas da leitura averiguativa e de algumas sugestões para a leitura analítica.. 2.1 - Leitura averiguativa Conforme já foi dito, este nível é na verdade uma pré-leitura, uma inspeção mais ou menos rápida de um material de que, por limitações de tempo, você não pode dar conta por inteiro ainda. Isso não significa que seja pouco útil, muito pelo contrário. Pessoas que têm uma grande carga de leitura, sejam profissionais ou estudantes, podem se beneficiar muito com o conhecimento de técnicas simples de leitura averiguativa. Afinal, mais que qualquer outra coisa, ela foi feita para poupar tempo e nem todo livro merece uma leitura analítica. Saber separar o joio do trigo é uma necessidade cada vez mais premente no mundo de hoje. Aqui vai uma lista de sugestões para uma boa garimpagem, divididas em duas fases para fins didáticos. A primeira tem como finalidade saber se o livro merece uma leitura mais atenta; a segunda, facilitar a leitura de um livro difícil: A) Pré-leitura propriamente dita: •. Comece pela capa e pela folha de rosto. Muitos livros hoje têm títulos comerciais que não dizem nada sobre seu conteúdo, mas deixam uma pista no subtítulo. Veja o que ele diz, se houver um. Livros expositivos, de não-ficção, normalmente têm um. Também preste atenção ao nome do autor. Soa familiar? Existe alguma referência extra? Livros de autores de algum renome freqüentemente mostram ao lado do seu nome uma indicação do tipo "Autor de [nome de obra mais conhecida]". Também verifique a edição do livro; uma obra com várias edições e/ou reimpressões certamente é bem-sucedida e pode dar uma idéia da sua popularidade.. •. No verso da folha de rosto costuma ficar a ficha catalográfica do livro, com a notação bibliográfica e os tópicos que ele aborda. Isso é muito importante, especialmente quando se trata de livros de caráter mais acadêmicos. Por exemplo,.

(6) na ficha catalográfica do excelente "A Educação dos Sentidos", de Peter Gay, editado pela Companhia das Letras, ficamos sabendo que o livro trata de: 1. Classe média - História - século 19. 2. Sexo (Psicologia) - Aspectos sociais século 19. Ou seja, em uma ou duas linhas, ficamos sabendo que o livro trata da história dos aspectos sociais e da psicologia do sexo das classes médias no século 19. E ainda nem lemos uma única frase que realmente tenha sido escrita pelo autor •. Agora que você já sabe do que trata o livro, em linhas gerais, podemos passar aos detalhes -- o índice. É o mapa da estrutura do livro e há autores que se esmeram na sua confecção, especialmente quando se trata de ensaios e trabalhos acadêmicos. Obras antigas eram extremamente minuciosas nos seus índices, com títulos que chegavam a ser verdadeiras sinopses. Porém, hoje em dia, esse é um hábito que caiu em desuso, e os velhos índices analíticos muitas vezes dão lugar a índices com títulos misteriosos que mais parecem peças publicitárias. Ainda assim, você só vai saber se o índice é bom conferindo-o, então convém fazê-lo.. •. Além do índice tradicional, algumas obras contêm índices onomásticos ou remissivos nas suas últimas páginas. Ali estarão listados nomes e temáticas de forma específica, bem como as páginas onde são citados. É uma boa fonte para ter um panorama dos assuntos tratados pelo autor e pode ser útil usá-lo para identificar passagens potencialmente interessantes e fazer uma leitura rápida. Naturalmente, a importância de um assunto pode ser avaliada pelo número de vezes em que é citado e se isso acontece muitas vezes é possível que ele seja um dos pontos centrais do livro.. •. Leia a contracapa do livro. Algumas vezes contém trechos da introdução, em outras, como em livros americanos, referências elogiosas publicadas na imprensa. O mais provável, em se tratando de uma obra brasileira, é que você encontre uma sinopse do livro feita pela editora.. •. Leia a orelha. Livros mais recentes costumam trazer uma breve resenha da obra, assinada por alguém importante na área temática em questão, ou uma sinopse mais aprofundada que a da contracapa. Também é comum encontrarmos uma nota biográfica do autor: onde nasceu, suas credenciais acadêmicas e/ou profissionais, outras obras que tenha escrito. Isso é especialmente útil em obras de não-ficção.. •. Dê uma olhada na bibliografia, se houver. Ali você pode ter uma idéia da erudição da obra que tem em mãos, bem como ter referências sobre o mesmo assunto ou outros a ele relacionados. É até possível que encontre uma indicação que seja mais importante para o tema que o livro que tem ora em mãos. Cruzando os autores ali indicados com o índice onomástico, pode-se ter uma idéia de quais das obras listadas foram mais importantes para o autor do livro que você está examinando.. •. O livro contém apêndices? Obras históricas ou jornalísticas, por exemplo, costumam deixar a reprodução mais extensa de fontes documentais ou iconográficas para essa parte do livro. Também é freqüente encontrar estatísticas, tabelas, e outros dados que podem ser muito pesados para serem transcritos no corpo da obra. Às.

(7) vezes, trata-se de uma abordagem mais profunda de subtemáticas muito específicas. Em todo o caso, se há apêndices, dar uma olhada neles pode ser crucial para sua decisão sobre o livro valer ou não a pena. •. Folheie o livro. Leia alguns parágrafos, talvez duas ou três páginas, se o tempo permitir. Os últimos parágrafos de um capítulo muitas vezes contêm uma síntese do que foi abordado nos anteriores,e os do último capítulo -- não necessariamente o epílogo, quando existe -- podem conter uma síntese das idéias centrais do livro todo.. •. E, por último mas não menos importante, ao folhear o livro, veja se a estética o agrada. Isso pode ser irrelevante para obras recentes, com apenas uma edição disponível, mas pode fazer muita diferença para aquelas mais antigas ou clássicas, disponíveis em várias edições, por várias editores ou, no caso de autores estrangeiros, em várias traduções. A fonte utilizada torna a leitura agradável? A impressão é boa ou há falhas? A paginação está correta? A diagramação (organização dos blocos de textos na página) é bem feita? A encadernação é de boa qualidade ou o livro parece estar prester a soltar páginas? No caso da tradução, em se tratando de obras literárias ou mais técnicas, pode ser conveniente procurar uma referência antes. Se toda tradução é uma traição, como dizia Voltaire, algumas traições são particularmente sórdidas e podem distorcer o pensamento do autor. Obras de filosofia e psicanálise vertidas do alemão, repletas de neologismos difíceis de traduzir para o português, por exemplo, costumam esbarrar nesse problema, como os leitores de Freud e Kant devem saber. A escolha da edição, nesse caso, se torna particularmente importante, especialmente quando algumas obras não são traduzidas do original, mas de outra tradução, geralmente inglesa ou francesa, e não raro antigas e "ajustadas" ao gosto da época.. B) Leitura superficial Findas essas etapas, que constituem um tipo muito ativo de leitura, você já será capaz de dizer bastante coisa sobre o livro que tem em mãos, e se ele vale uma leitura analítica. Se não valer, nem por isso deixará de saber as idéias principais do autor, que tipo de obra escreveu e ampliar sua cultura geral, quem sabe deixando o livro para uma consulta futura. Mas suponhamos que o livro valha a pena e você opte por lê-lo de fato, ou, o que é bem possível, simplesmente tenha de lê-lo por obrigação. Ao fim de algumas páginas atentas, você descobre que a obra é complexa. Muito complexa. Você chega à página 15 e se dá conta de que não está entendendo as coisas como deveria, e torna a ler do começo. Esbarra em algumas palavras ou frases obscuras, tenta decifrá-las e descobre que está perdendo muito mais tempo do que gostaria empacado nas primeiras páginas. E a leitura se torna uma fonte de angústias. Os leitores de primeira viagem de literatura clássica talvez se identifiquem com essa situação. Qualquer curioso mediano que, na adolescência, tenha tentado ler Shakespeare ou Camões, ou simplesmente um poema nas aulas de Literatura, foi sério candidato a esse tipo de frustração. Para alguns, entender a Teoria da Relatividade pode ser muito mais simples que o primeiro ato de "Romeu e Julieta". Nas palavras de Adler (grifos meus):.

(8) "O enorme prazer que vem de ler Shakespeare, por exemplo, foi estragado para gerações de estudantes secundários que eram forçados a avançar em 'Júlio César', 'Como gostais' ou 'Hamlet' cena a cena, decifrando todas as palavras estranhas num glossário e estudando todas as notas acadêmicas de rodapé. O resultado disso é que eles nunca leram de fato uma peça de Shakespeare. Quando eles chegavam ao final, já tinham esquecido o início e já tinham perdido a visão de conjunto. Em vez de serem forçados a adotar essa abordagem pedante, eles deveriam ser encorajados a ler a peça de uma vez só e discutir o que tivessem assimilado desta primeira e rápida leitura. Só então eles estariam prontos para estudar a peça cuidadosamente, porque já teriam entendidoo suficiente sobre ela para aprenderem mais.". Com a experiência de quem tentou ler Shakespeare com um dicionário do lado aos 12 anos, posso dizer que esse é um ótimo conselho. Leia sem se angustiar pelos pontos obscuros, pelas notas de rodapé herméticas, pelos neologismos mal-explicados e as referências exóticas. Essa primeira leitura, aqui chamada de "superficial" no sentido positivo, serve para nos familiarizar com a obra em todos os seus aspectos: idéias centrais, estilo, vocabulário etc. Ela vai identificar os pontos mais ou menos difíceis, vai nos sinalizar para o tipo de ajuda de que talvez possamos precisar, vai nos preparar, enfim, para a segunda leitura e o alargamento de nossa compreensão -- o benefício mais duradouro de uma boa leitura. Pode ser que tenham nos ensinado justamente o contrário. Muitos pais e instrutores bem intencionados ensinam as crianças e jovens a procurar no dicionário qualquer termo obscuro, ou pesquisar sobre algum tema desconhecido que surja no texto. Isso não está errado, mas deve ser feito no momento certo, sem interromper a leitura inicial. Especialmente porque, especialmente no caso de crianças, a preocupação com esses detalhes e a angústia daí gerada pode fazer com que a leitura se torne uma atividade penosa demais.. NOTAS: 1 - Por "livro" nos referimos, naturalmente, a obras voltadas para o leitor em geral, por difíceis que sejam..

(9) Leitura Analítica O que é um texto ? Um texto é um capítulo ou parte de um livro, um artigo de revista ou jornal, que seja importante no estudo de determinado assunto. O texto é uma unidade completa de raciocínio. Trata de um assunto em torno do qual o autor aborda um dos mais diversos problemas existentes e também se posiciona de determinada forma diante do problema abordado. Para justificar a posição assumida, o autor apresenta argumentos que são compostos por idéias ou conceitos. O que é a leitura analítica ? A leitura analítica é o trabalho de leitura organizada de um texto, através da abordagem aprofundada, buscando descobrir sua estrutura, compreender o nexo das idéias do autor e levar a uma interpretação crítica e, enfim, ao melhor aproveitamento do mesmo. Quando se faz ? Faz-se quando se quer separar as informações relevantes e imprescindíveis para a compreensão de um texto, daquelas meramente ilustrativas, que aparecem mais como exercício de retórica, dependendo do estilo do autor e/ou gênero literário. Qual a vantagem ? A prática da leitura analítica, conforme as etapas que descreveremos a seguir, leva o educando ao hábito do estudo aprofundado e interessante, apreendendo o conteúdo essencial em lugar do acidental, possibilitando construir conscientemente o seu conhecimento. É comum o educando imaginar que daqui a diante toda leitura deverá ser analítica. Se bem que a técnica pode ser aplicada a qualquer texto, utiliza-la-emos para as obras de estudo relacionadas com o curso, em especial aquelas que implicam em manter um diálogo com o autor do texto para apreensão e compreensão de suas idéias a fim de assumir uma postura de leitor crítico. Atente para as afirmações seguintes: O homem, na interação com o mundo, adquire experiência social, cultural e histórica.. O homem, refletindo sobre essa experiência, produz uma obra: o texto escrito.. Outro homem, na leitura dessa obra, interpreta a experiência do autor, refletindo erm confronto com a sua própria experiência. O que pode ser ilustrado com o esquema a seguir:. Interage. HOMEM. Resulta. MUNDO. EXPERIÊNCIA.

(10) Reflexão. Redige. Texto. Autor Autor. Publica Texto. Lê. Autor. Leitor Diálogo. Etapas da Leitura Analítica 1. Delimitação da Unidade de Leitura Qual o texto a ser analisado ? Normalmente o professor indica o texto a ser analisado. Quando tal não ocorre, é necessário fazer um levantamento bibliográfico para verificar que texto atende mais de perto os objetivos do assunto a ser estudado. 2. Conhecimento prévio do texto Trata-se de localizar o texto no contexto da obra e do pensamento mais geral do autor. É necessário responder às seguintes questões: - O texto faz parte de que obra ? Como ela se caracteriza ? - Quando foi escrito ? - Quem é o autor ? O que pensa ? O que já escreveu ? Para responder a essas questões: Consultar resenhas, informações biográficas, revistas especializadas, suplementos literários. Não havendo, consultar a biblioteca ou o professor. Ler as orelhas e o prefácio do livro do qual foi retirado o texto (no caso de capítulos ou partes de um livro). 3. Primeira Leitura Objetivo: Trata-se de preparar o texto para a compreensão através da “limpeza” do mesmo. Para isso, é necessário: - Numerar os parágrafos ( § ).

(11) - Fazer uma leitura corrida e completa do texto - Observar tudo o que é desconhecido no texto (grifar ou fazer um círculo em torno das palavras) - Terminada a leitura, fazer a “limpeza do texto”, procurando esclarecer tudo o que foi levantado. Para isso, recorrer a dicionários da língua portuguesa, dicionários especializados, enciclopédias, manuais, etc. Sugestão – elaborar um glossário das palavras desconhecidas, num caderno, a partir da leitura dos textos do curso. Observação – Os procedimentos sugeridos para essa primeira leitura são de fundamental importância na medida em que é impossível o estudo sério de um texto se os significados dos conceitos que nele aparecem não estiverem suficientemente claros. Para isso só se deve passar para a etapa seguinte da leitura analítica quando esta estiver cumprida. 4. Segunda Leitura Objetivo – Preparar o texto para a compreensão e para adquirir uma visão do conjunto do mesmo através da elaboração do esquema. Para isso é necessário: - fazer uma leitura mais pausada do texto - durante a leitura grifar as “palavras-chaves”. Cada parágrafo existente no texto é um momento do desenvolvimento do raciocínio, o desdobramento da argumentação, a apresentação das idéias e conceitos que, no seu conjunto, demonstram a posição assumida pelo autor. Daí a necessidade de se ter com clareza que idéia, que conceito o autor aborda em cada um dos parágrafos do texto. São as palavras-chaves. Para o levantamento destas, pode-se proceder da seguinte forma: - Pergunta-se: de que trata esse parágrafo? A partir daí, grifa-se essas palavras. Às vezes, vários parágrafos tratam do mesmo conceito; sendo assim, só é necessário grifar quando aparecer pela primeira vez. Importante: Não confundir palavras-chaves do texto com as idéias que me atraem, que me chamam a atenção, que me interessam no texto. Essas serão grifadas numa etapa posterior da leitura analítica. - Elaboração do ESQUEMA: É a apresentação lógica dops principais momentos do raciocínio do autor no texto. O objetivo da elaboração do esquema é adquirir uma visão do conjunto das idéias apresentadas no texto. Todo texto logicamente estruturado possui introdução, desenvolvimento e conclusão. Na introdução (que é composta pelos primeiros parágrafos) o autor normalmente apresenta o assunto, o problema levantado em torno dele e a posição que vai defender a partir do problema. No desenvolvimento, o autor apresenta os argumentos que justificam a posição assumida. Na conclusão (últimos parágrafos), o autor fecha o texto apresentando o resultado de seu raciocínio. Para elaborar o esquema é necessário detectar em quais parágrafos o autor introduz, desenvolve e conclui o texto. Em seguida apresentar em cada uma dessas partes as “palavras-chaves” grifadas que, no seu conjunto, comporão o esquema do raciocínio lógico do autor, possibilitando, assim, a visão do todo do texto. O esquema pode ser elaborado com o vocabulário do autor do texto. Observação – o desenvolvimento da leitura analítica até a elaboração do esquema pode ser uma exigência dos professores quando precisam da preparação do aluno para a discussão de um texto em sala de aula..

(12) 5. Terceira Leitura Objetivos – compreensão do texto e elaboração do resumo ou fichamento. Para verificar se houve compreensão do texto, é necessário ler novamente o texto tentando responder às seguintes perguntas: - Qual o assunto do texto ? Todo texto trata de um assunto ou tema, dentro das mais diversas áreas do saber humano. Portanto a resposta a essa questão é normalmente feita com 2 ou 3 palavras. Exemplo: O ato de estudar ou A ciência contemporânea. Importante – nem sempre o título corresponde ao assunto tratado no texto. - Sobre o assunto tratado, qual o problema abordado pelo autor ? Todo texto aborda um dos possíveis problemas diante do assunto tratado. A resposta a essa questão deve ser elaborada através de uma frase interrogativa. Exemplos (relacionados com os já dados acima): O que é estudar ? Existe ciência pura ? É possível a neutralidade científica ? Importante: Normalmente os autores abordam um único problema. - Qual a posição assumida pelo autor diante do problema abordado ? (Qual é a palavra do autor ? Qual a “palavra dele” sobre o problema abordado ? Qual é a idéia central, a tese?) A resposta a essa questão é a resposta à frase interrogativa do problema, portanto deve ser apresentada através de uma frase afirmativa. Exemplos (posições possíveis a partir dos problemas levantados acima): -Estudar é assumir uma postura curiosa e crítica diante dos livros e da realidade. - O ato de estudar deve ser sério, metódico e disciplinado. - Não existe ciência pura pois ela sempre sofre influências sociais. - Toda ciência, direta ou indiretamente é ideológica, por isso não existe neutralidade científica. Importante – Nem sempre os problemas e as posições assumidas pelo autor aparecem claramente no texto. - Quais os argumentos apresentados pelo autor para justificar a posição assumida ? (Como o autor defende a posição que assumiu ? Quais argumentos apresenta ?) Para responder a essas questões, é necessário elencar todas as justificativas apresentadas no texto. A ELABORAÇÃO DO RESUMO OU FICHAMENTO O que é ? É um trabalho que consiste em apresentar por escrito a compreensão ou entendimento do texto estudado. Como se faz ? A partir das respostas às questões levantadas (assunto, problema, posição e argumento). Deve-se elaborar uma redação resumida, com vocabulário próprio e que tenha uma estrutura lógica (introdução, desenvolvimento e conclusão). Na introdução apresenta-se o assunto, problema e posição do autor. No desenvolvimento, os argumentos e na Conclusão, a própria conclusão do autor..

(13) Essa técnica de trabalho é muito importante à medida em que se constitui na documentação dos textos estudados e portanto devem ser redigidos em folhas de papel sulfite ou fichas duras com todas as referências bibliográficas do texto e no alto da página à esquerda e o assunto abordado à direita para que possa ser arquivado em ordem alfabética de autor ou assunto. 6. A crítica ao texto Objetivo – Dialogar com o autor analisando o texto criticamente. Até aqui a leitura analítica consistiu basicamente em ouvir, compreender e expressar o entendimento das idéias do autor do texto. Trata-se agora de “ir além” do próprio texto tentando refletir em torno de sua mensagem e verificar a contribuição do mesmo párea o aprofundamento dos estudos e compreensão da realidade. Para isso é necessário dialogar com o autor respondendo as seguintes questões: - Por que o autor apresentou essa posição no texto ? - Por que seus argumentos são esses ? - Que visão de realidade existe por trás dessas posições ? - Quais as influências que recebeu ? - Quais as diferenças e semelhanças de idéias desse com as de outros autores ? (associação de idéias) - Os argumentos do autor são convincentes ? Ele prova a sua tese ? - Qual a minha posição frente às idéias apresentadas pelo autor no texto ? O que sugere o texto ? Observações – A crítica ao texto não precisa necessariamente ser reduzida ao “concordo” ou “não concordo” com as idéias do autor. O importante é que se desenvolva uma reflexão no sentido de levantar todas as contribuições das idéias do autor, assim como as possíveis lacunas, contradições que aparecem no texto. O posicionamento crítico do aluno frente aos textos que analisa é uma tarefa que exige muitos estudos, leituras das mais variadas posições frente um problema e fundamentalmente “olhos críticos” para a realidade. 7. Problematização Trata-se de levantar os problemas fundamentais em torno do texto, os problemas que realmente são necessários para uma reflexão pessoal e principalmente para o debate em grupo. 8. Síntese pessoal A partir da leitura analítica do texto base e de textos afins, das reflexões pessoais e dos debates em grupo, elaborar uma síntese pessoal sobre o assunto estudado. Trata-se de escrever o seu texto, a SUA PALAVRA sobre o assunto. Assim, o edifício do conhecimento, de construção coletiva, ganhará novas dimensões culturais.. O SEMINÁRIO DE TEXTOS O que é ? É um método de estudos, uma atividade de sala de aula muito utilizada na Universidade quando existe uma proposta de debates em torno de temas que exigem reflexão e aprofundamento dos mesmos..

(14) Qual a vantagem ? Essa técnica apresenta algumas vantagens sobra a técnica da aula expositiva, pois permite uma dinâmica que leva à participação de todos os elementos da classe no trabalho didático, além de possibilitar o aprofundamento de temas, o desenvolvimento do espírito crítico e questionador, como também o debate democrático entre os seus participantes. Condições para sua realização Condição básica – envolvimento e participação de todos os elementos da classe. Para isso é necessário: - Planejamento e programação dos temas dos seminários através da discussão da classe com o professor. - Divisão da classe em grupos, constituídos de seis elementos no máximo, cada um. - De acordo com o planejamento, os temas a serem desenvolvidos serão distribuídos entre os grupos formados. - Para cada um dos temas é indicado um texto básico e outros complementares. A Preparação do SEMINÁRIO Todos devem se preparar para o Seminário através da LEITURA ANALÍTICA DO TEXTO BÁSICO. Somente assim será possível a participação de todos nos debates desenvolvidos em sala de aula. Preparação do Seminário pelo Grupo Coordenador - A preparação do Texto Básico -Leitura analítica - Esclarecimento de todos os conceitos, doutrinas e autores que aparecem no texto básico, recorremdo para isso a dicionários de língua portuguesa, dicionários técnicos e especializados, enciclopédias e manuais especializados. - Leitura analítica de Textos Complementares - Elaboração de um texto-roteiro contendo: - apresentação do assunto do Seminário, mostrando a relação entre esse e o assunto anterior - um esquema do texto básico, de acordo com as orientações da leitura analítica. - Localização do texto básico na obra e no pensamento geral do autor - Localização histórica do autor do texto básico, assim como as influências recebidas na formação do seu pensamento. - Apresentação de esclarecimentos dos principais conceitos que aparecem no texto básico. - Levantamento dos problemas fundamentais sobre o assunto do Seminário para debate em classe. A REALIZAÇÃO DO SEMINÁRIO - O professor introduz o assunto do Seminário. - O grupo responsável pelo Seminário apresenta os passos de encaminhamento do Seminário, assim como as técnicas a serem utilizadas para o debate e o tempo destinado a cada atividade..

(15) - O grupo responsável apresenta os principais momentos do texto básico (rapidamente) e pergunta à classe se existe, no texto, algum ponto que exige novos esclarecimentos. - Levantamento dos problemas para o debate. - O DEBATE – É a fase mais importante do Seminário, pois permite o aprofundamento, a reflexão, o confronto de posições divergentes. A técnica mais usual para o debate é a seguinte: - O grupo responsável pelo Seminário levanta um mínimo de problemas, ou seja, os mais relevantes e que podem gerar polêmica. - Divide-se a classe em grupos encarregados do debate em torno dos problemas levantados. Deve-se estipular um tempo para isso. - Cada grupo elege um relator que deverá anotar os pontos fundamentais debatidos. Esse relatório poderá ser exigido pelo professor. - È interessante que os membros do grupo responsável se distribuam nos vários grupos formados na classe, para que assim possam acompanhar os debates e esclarecer possíveis dúvidas. - O professor poderá acompanhar esse trabalho, percorrendo os grupos e orientando, dessa forma, os debates. - Após a discussão em grupos pequenos, abre-se o debate com a classe toda: - cada relator apresenta uma síntese do que foi discutido no grupo; - o grupo responsável, como coordenador dos debates, aponta os possíveis pontos divergentes, os pontos obscuros, procurando, dessa forma, animar o debate, estimulando o confronto de idéias. - para finalizar, o grupo responsável faz a síntese das discussões e das conclusões dos debates. A AVALIAÇÃO Nessa última fase, professor, grupo responsável e a classe fazem uma análise da apresentação, realização e debate do trabalho realizado..

(16) Recomendações para apresentação de seminários 1) Planeje sua apresentação. Organize a apresentação antes, de forma a expor o conteúdo selecionado no tempo disponível. 2) Apresente o assunto no começo do seminário. Na introdução deve-se contextualizar o tema a ser tratado, lançado-se mão de figuras, explanações, etc. 3) Faca uma abordagem critica do tema tratado. Procure estabelecer as vantagens e limitações das possíveis formas de tratar o assunto (inclusive da forma escolhida). 4) Não fale sobre o que não sabe. Não escolha para a apresentação pontos sobre os quais tenha duvida ou que não compreende. Estes pontos saltam aos olhos de quem conhece o assunto. 5) Apresente uma conclusão consistente no final do seminário. O seu trabalho deve acrescentar alguma coisa ao estudo do tema, por mais simples que seja a contribuição. Lançar uma nova leitura sobre o tema pode ser uma contribuição. Evite conclusões genéricas e que não dizem nada. 6) Não se desvie do tema selecionado. Caso considere importante apresente algum conceito básico, abra uma janela e fale sobre o ponto, mas não torne este ponto o assunto da maior parte do seminário. 7) Procure ficar calmo e relaxado durante a apresentação. O nervosismo não ajuda. 8) Faça uma previa da apresentação. Isto ajuda a dimensionar o tempo e melhorar o conteúdo. 9) Use a biblioteca. Não se limite às referencias bibliográficas apresentadas pelo professor. A visita às seções de livros e de periódicos sobre o assunto será de muita utilidade. A biblioteca dispõe ainda de instrumentos de busca através de palavras chave que podem ser utilizados. Alguns destes instrumentos estão disponíveis na rede (como por exemplo www.probe.br). 10) Consulte o professor da disciplina durante o desenvolvimento do trabalho. Questões como duvidas ou redirecionamentos no trabalho podem ser tratadas nestas conversas. 11) Cuide da qualidade do material de sua apresentação. Para transparências utilize uma fonte de letra de fácil leitura (recomenda-se no mínimo tamanho 20). As figuras também devem ter boa qualidade de visualização. 12) Utilize sabiamente os recursos disponíveis. No caso de transparências o recurso esconder o conteúdo com um papel opaco por traz e exibir conforme avança a explicação deve ser utilizado quando conveniente. 13) Disponha os materiais que serão utilizados durante a apresentação de forma que fique confortável sua utilização. Ficar segurando vários objetos atrapalha a fluência da apresentação..

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Referências

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