Novos Modelos Assistenciais:
a busca de uma forma de
remuneração mais adequada.
“... no mundo desenvolvido e em alguns emergentes, como mais recentemente na África do Sul, usa-se um modelo relacionado a diagnósticos em que há valores pré-definidos
para alguns procedimentos...” “... aqui em muitos casos se trabalha com um cheque em branco entre hospitais e seguradoras”.
Luiz Augusto Carneiro - Superintendente Executivo IESS
“...modelo de remuneração diferente e maior
transparência poderia ajudar a segurar a escalada de
preços e forçaria a competição entre operadoras e uma
negociação melhor entre hospitais e planos...”
Luiz Augusto Carneiro - Superintendente Executivo IESS
“... há indícios de abusos financeiros na distribuição de OPMEs...” “...agência deve promover medidas para inibir a cobrança de preços indevidos e práticas ilegais no segmento, entre elas, a adoção
por parte dos planos de protocolos clínicos com indicação
Clara do uso de cada material e padronização da nomenclatura de produtos idênticos ou similares...”
Martha Oliveira - Diretoria de Desenvolvimento Setorial ANS
“... o desafio agora é racionalizar os custos assistenciais, diminuir os índices de judicialização e desperdício e, principalmente, combater essa sinistra cadeia de corrupção que põe em xeque todo o sistema de saúde brasileiro...”
Declínio da mortalidade por doenças infecciosas
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLOGICA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA
Urbanização Industrialização Maior renda Educação Tecnologia médica e de saúde pública Declínio
da fertilidade Envelhecimentoda população Emergência de doençascrônico-degenerativas
Recessão econômica e aumento das
desigualdades
Persistência ou reemergência de doenças infecciosas
População de risco era a infantil
Doenças infecciosas
Fatores de risco socioeconômicos e ambientais
Medidas preventivas eficazes (vacinas)
Tratamentos para doenças agudas
Doenças crônicas não transmissíveis
Fatores de risco genéticos e comportamentais
Medidas preventivas pouco eficazes
Tratamentos complexos, crônicos e caros
Hospitalização
Controle crônico ou incapacidade (Ramos, 2014)
Fonte: Sistema de Informações de Beneficiários-SIB/ANS/MS. Dados atualizados até 06/2018
Beneficiários de planos privados de saúde,
Fontes: DIOPS/ANS/MS – 12/06/2018. Notas: 1. Dados de 2018 referentes ao 1º trimestre. 2. Dados preliminares, sujeitos à revisão. 3. Somente a partir de 2007, as operadoras da modalidade Autogestão passaram a enviar obrigatoriamente informações financeiras, com exceção daquelas por SPC (Secretaria Previdência Complementar), obrigadas a partir de 2010. As Autogestões por RH (Recursos Humanos) não são obrigadas a enviar informações financeiras.
Receita de contraprestações das operadoras
(em Reais - Brasil - 2008-2018)
3 Maiores mercados de saúde do mundo
Saúde suplementar em números
47
77
618
Despesas per capta com saúde $1,100 (9.3% of GDP) $8,390 (16.2% of GDP) $3,460 (9.1% of GDP)
Fonte: OECD.org, Datasus – Ministry of Health
Crescimento das despesas per capta com saúde
Brasil USA OECD média
OECD Average
Na última década, o crescimento dos gastos com saúde per capita diminuiu tanto no Brasil
como em outros países desenvolvidos.
17,5 18,5 19,5 18,0 19,0 20,0 20,5 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Gastos com Saúde nos Estados Unidos , % em relação ao PIB por ano
Falha na prestação de serviço
Falha na coordenação de cuidados Overtreatment
Complexidade administrativa
Falha de precificação
Gastos que correspondem ao aumento do PIB Fraude e abuso do sistema
R EA LIDADES E ÊN FASE S Gestão de caixa Curto prazo Produtividade (> que competitividade) CENÁRIO A
Cenários que representam a evolução
de um sistema de saúde suplementar
Nosso desafio: Ter visão para criar um cenário de Saúde e não de Doença.
Planejamento a longo prazo Crescimento Retorno no longo prazo Ambiente de baixa competição CENÁRIO B Planejamento estratégico Concorrência elevada Foco no SWOT Margens apertadas Dilema curto X longo prazo
CENÁRIO C Gestão estratégica
Planeja-se bem e
falha-se na implementação
Necessidade de
controles outros que não apenas financeiros Engajamento amplo de toda a sociedade CENÁRIO D Governança Clinica e Corporativa Foco em resultados Alinhamento com toda cadeia de stakeholders Compliance Reestruturação do modelo de saúde Redução dos conflitos de agenda entre players Geração de valor CENÁRIO E
ANS propõe indicadores de qualidade como referência de remuneração de profissionais. Três linhas são consideradas prioritárias, sendo elas:
ONCOLOGIA, ODONTOLOGIA. e CUIDADO AO IDOSO
Revista DOC – ano 8 | número 46
“... a ideia é criar um modelo baseado em avaliação mais ampla do procedimento, incluindo a verificação do histórico do paciente. Precisamos demonstrar que a nova forma de remuneração vai melhorar a gestão, aumentar a eficiência e diminuir o desperdício,
garantindo a sustentabilidade do setor”.
Carlos Goulart – Presidente Executivo ABIMED
“... Hoje o sistema predominante é o fee for service, pelo qual os prestadores de serviço de saúde são pagos por procedimento, o que leva a uma ênfase maior no volume do serviço prestado. Esse sistema, segundo especialistas, estimula a realização de procedimentos desnecessários, elevando os custos,
sem resultado significativo para o paciente”.
Carlos Goulart – Presidente Executivo ABIMED
TAXA
Mudança de paradigma
Nenhuma diminuição de custo pode acarretar diminuição de resultado.
VALOR = resultado (centrado no paciente)
Valor = Resultado / Custos
BOM: Aumentar custos e aumentar o resultado
(ICER – incremental cost effectiveness) Criar comitê de produtos novos
ÓTIMO: Diminuir custos sem afetar o resultado
Diminuir o custo de implantes e materiais (referência de preço para itens mais usados)
Diminuir o desperdício
Todos os aspectos do caminho do cuidado
devem adicionar valor (transfusões: autotransfusão, cell saver)
EXCELENTE: Diminuir custos e melhorar
o resultado
Plano de alta (múltiplas opções, grande
variedade de custo, grande variação na rotina dos médicos)
Evitar transfusões (gerenciamento do banco
de sangue)
Diminuir complicações (TVP, readmissões,
infecção de sítios cirúrgicos)
Centros com grande volume de casos (curva
Melhorar a saúde da população
Reduzir ou controlar o custo per
capita da saúde
Melhorar a experiência do paciente
com a atenção à saúde: qualidade,
segurança e confiabilidade
Identificando as necessidades sociais do sistema de saúde
Aborda três metas principais:
melhor cuidado, por meio de um cuidado
mais confiável, seguro e em tempo hábil;
prevenção, resultando em uma saúde melhor
para a população;
redução de custos, pois o financiamento
da saúde afeta outras áreas econômicas.
Portanto, o Triple Aim se refere a um cuidado
melhor, uma saúde melhor e custos reduzidos,
basicamente.
Melhorar a saúde da população Diminuir custos Aumentar a satisfação do pacienteTRIPLE AIM: prevenção, assistência e custos.
Pilares dissociáveis em um sistema de saúde com mais qualidade.
“Imagine um sistema de saúde em que o hospital não é centro
do cuidado, mas o suporte de toda uma comunidade, que dele
se cerca e se beneficia.
Um sistema em que a prevenção é a palavra-chave, e cujo
custo é acompanhado com muito mais previsibilidade.
Os hospitais são grandes motores do sistema econômico
moderno de saúde, mas deveriam investir não somente
em estrutura, mas em atenção à população e prevenção”.
Linha de cuidado
Organização da porta de entrada - Avaliação de
risco
Realizar o percurso assistencial do usuário. O
processo de saúde é sistêmico, focado na
necessidade do paciente.
Acesso, programas de promoção à saúde e
prevenção de riscos e doença, coordenação e
integração do cuidado , hierarquização da rede,
Visão de futuro da qualidade setorial
Tempo Acumulado Grau de Maturi dad e Desenvolvimento Construção de modelos de GSP Difusão e utilização de medidas de resultado Certificação Consolidação MaturaçãoDefinição ACO -
Accountable Care Organizations
Grupos de médicos, hospitais
e outros prestadores de cuidados de
saúde, que se unem voluntariamente
para oferecer cuidados coordenados
e de alta qualidade.
O objetivo da atenção coordenada
é garantir que os pacientes recebam
o cuidado certo no momento certo,
evitando a duplicação desnecessária
de recursos e garantindo a qualidade
assistencial.
ACOs & Parcerias
ACO & Sistema de Saúde
Pense além dos ”modelos usuais "
na montagem da rede preferencial. construa uma infraestrutura que Não basta selecionar parceiros, promova a colaboração.
Aproveite as oportunidades para direcionar volumes para provedores
de alta qualidade.
Considere parcerias com tipos de provedores complementares para
abordar todas necessidades.
Identifique oportunidades para colaborar com fornecedores de PAC, em níveis estratégicos e operacionais.
Proposta de Valor perfeita e capacidade clínica para garantir
a execução em todos os níveis.
Provedores de Saúde Domiciliar e de Cuidados Paliativos
Clínica médica
centrada
no paciente
Cuidado certo Cuidado certoRemuneração certa
Cuidado certo
Remuneração certa Conexões certas
Grupo de médicos
colaborativos
Acordo com hospitais individuais
Grupos
de especialidades
em áreas distintas
O caminho para o Valor Maior
Accountable
Care
Organization
Cuidado
responsável
e colaborativo
Cuidado
colaborativo
Cuidado certo Remuneração certa Conexões certas Local corretoPAGAMENTO – o que está acontecendo
Categoria 1:
Fee for Service.
Categoria 2:
Fee for Service integrado com qualidade assistencial.
Categoria 3:
Modelos alternativos, baseados no Fee for Service.
Categoria 4:
Modelos de remuneração na Saúde Suplementar
Infraestrutura e Processos
Transição de Taxa Por Serviço (Fee-for-Service)
para reembolsos baseados em valor
Tempo Mix de Recei ta Período de transição de receita
Taxa por serviço Reembolsos
Modelos de remuneração na Saúde Suplementar
Diferentes sistemas de pagamento equacionam diferentes problemas de custo e qualidade do cuidado em saúde.
Fonte: Center for Healthcare Quality & Payment Reform, 2017.
Por que se preocupar com as estratégias de Bundle Payment?
Pressão dos custos não vão cessar
Desperdício no sistema (variabilidade de custos e resultados)
Prestadores estão na melhor posição para identificar desperdícios e oportunidades para melhoria
Oportunidade de redesenhar o cuidado, aumentar o valor mas também dividir os ganhos/lucros Necessidade de contínuo accountability, liderança, tolerância ao risco
Pagamento relacionado a performance reduz custos em 9% (CMS-2012)
REDUÇÃO DO CUSTO DA DESCONFIANÇA QUE ONERA O SISTEMA
Resultados:
1. Valor aos pacientes
2. Aumento da autonomia dos médicos
3. Volume para os hospitais
“Ignore new payment methodologies
(e.g., Bundle Payments) at your own peril.”
Peter Lee, JD, former director of Delivery System Reform, HHS
Affordable care act - OBAMACARE
O trem deixou a estação, quem sair na frente estará em posição de vantagem perante a concorrência.
O que precisamos?
PCPs
Sistemas Hospitalares
ACOs
Médicos
Integradores
Hospitais focados em Promover saúde Transição no cuidado Dados e informação Cuidado coordenado de alta qualidade</>
O Mundo Velho O Mundo Novo O Mundo Futuro - colaborativo
• “Fee for Service”: baseado no volume. • Práticas independentes, silos.
• Integração clínica e compartilhamento de informação limitados.
• Incentivos alinhados via contratos baseados em valor através múltiplos produtos.
• Governança comum e divisão de dados.
• Ênfase no bem-estar, prevenção e gerenciamento de saúde populacional.
• Cuidados com a saúde de maneira próativa (promoção e prevenção).
• Parceiros integrados e alinhados que encontrarão o valor das parcerias.
• Divisão de responsabilidades baseado em como cada parte pode melhor servir o cliente.
• Nova geração de produtos de seguradora com valor único e experiência do paciente. CONSUMIDOR Cias de soluções de saúde Hospitais de transição de cuidado Unidades avançadas de integração e coordenação de cuidados Casas de Saúde
Clinicas Médicas multi-especialidades
+ Hospitais CONSUMIDOR Hospitais de transição de cuidado Grupo Médico Hospitais 1 2 3 Médicos Cia de seguros de saúde Unidades avançadas de integração e coordenação de cuidados Cias de soluções de saúde Casas de Saúde Hospitais Hospitais de transição de cuidado Clinicas Médicas multi-especialidades CONSUMIDOR
Data & Analytics
Suporte
Unidades avançadas de integração e coordenação
Futuro disruptivo
CONSUMIDOR Wearables Mudança de modelo de comercialização Venda online Health Techs Tele-medicina Cias de soluções de saúde Casas de saúde Hospitais Hospitais de transição de cuidado Unidades avançadas de integração e coordenação de cuidados Clinicas médicas multi-especialidades Vídeo de saúde 20 anos no mercado de saúde; Gestao de Saude Populacional
Gestão Saúde 360 - modelo único e inovador
que integra, organiza e coordena os cuidados e serviços de saúde, gerando mais eficiência e qualidade de assistência ao beneficiário;
Rede Cuidar - médicos, nutricionistas, psicólogos,
fisioterapeutas que trabalham integrados na coordenação do cuidado do indivíduo.
Diálogo sempre
Transparência
Envolvimento da sociedade
Regulação efetiva
Qualidade da assistência
Geração de Dados e Informação
Sócia Presidente do Grupo Santa Celina - Presidente do Conselho da ASAP E-mail: anaelisa@gruposantacelina.com.br