UNI`v'ERSIDADE
FEDERAL DE
SANTA
CATARINA
VIVIAN
MONTE
ALTO
MARQUES
VILLARES
O
PERFIL
DO
GESTOR
DE
PESSOAS
COM
DESENVOLVIMENTO
PARA
A
EFICIÊNCIA
DO
TRABALHO EM
EQUIPES,
FRENTE
ÀS
MUDANÇAS
ORGANIZACIONAIS.
FLORIANÓPOLIS
O
PERFIL
DO GESTOR
DE
PESSOAS
COM
DESENVOLVIMENTO PARA
A
EFICIÊNCIA
DO TRABALHO
EM
EQUIPES,
FRENTE
AS
MUDANÇAS
ORGANIZACIONAIS.
Trabalho
de
Conclusãodo
Estágio Supervisionado,como
requisito parcial para a obtençãodo
graude
Bacharel
em
Administração da Universidade Federalde
Santa Catarina, área de concentraçãoem
RecursosHumanos.
Orientador: Prof. Ms. Dante Marciano Girardi
Fi.oR|ANÓPor.|s
2004
VIVIAN
MONTE
ALTO
MARQUES
VILLARES
O
PERFIL
DO GESTOR
DE
PESSOAS
COM
DESENVOLVIMENTO PARA
A
EFICIÊNCIA
DO
TRABALHO EM
EQUIPES,
FRENTE AS
MUDANÇAS
ORGANIZACIONAIS.
Este trabalho
de
Conclusãode
Estágio foi julgadoadequado
e aprovadoem
sua fora final pela Coordenadoria
de
Estágiosdo
Departamentode
Ciência .da Administraçãoda
Universidade Federalde
Santa Catarina,em
10de
fevereirode
2004
Prof. Sinésio Stefano Dubiela Ostroski
Coordenador de Estágios
Apresentada à
Banca
Examinadora integrada pelos professores:Prof. Dašntelvlš iano Girardi, Ms.
'
Orientador
CVC.
v/»Ê?Ô/ze;
Prof. Nelson Colossi, Dr.
Membro
I/ ._ , Pot.n.|z
| r. p b/
ê Iu
e
porsempre
iluminarmeu
caminho, e àminha
família,em
especial ensão,aos
meus
pais eao
meu
esposo
Marcelo peloamor
ecompre
apoio, essenciaisp
ara a conclusão deste trabalho.AGRADEÇO,
Ao
chegar .aofim
do
cursode
Bacharelem
administração, perceboque
váriaspessoas
tiveram papéis importantes nesta caminhada,que
iniciou-sehá 5
anos
aproximadamente,desde
aquelesque
incentivaram-me ,quanto aquelesque
apoiaram-me.Dentre essas
pessoas
gostaria de agradecerem
especial:Ao
meu
esposo Marcelo, pelacompreensão
pelosmomentos
quenos
privamosdo
convivio efetivo. 'Aos
meus
pais, Lydio eAnna
Helena, pelos ensinamentos e confiança.Aos
meus
irmãos, Karene
Luiz Carlos, porsennos
uma
família.Ao meus
amigos
Elaine eRobson
pelo apoio e ajudano
desenvolver destetrabalho.
Ao
professor' Dante. pelo ensinamentoe
por sua compreensão.Aos
professoresem
geralcom
os quais tive o privilégiode
conviver eaprender,
que não mediram
esforços paraque
hoje obtivesse omáximo
de
aproveitamento possível, ministrando suas disciplinas
com
especial dedicação ecomprometimento ' ¬
Aos
colegasde
classe pelosmomentos
compartilhados.Aos
demais amigos pelos incentivos recebidos. zE
principalmente aDeus
que
me
proporcionou essa oportunidade e .temsempre
guiado osmeus
caminhos.do
finnamento; e osque
a muitos ensinam a justiça refulgirãocomo
as estrelas,sempre
e eternamente”RESUMO
VILLARES,
Vivian M. A. M. Perfildo
Gestor
de
pessoas,com
desenvolvimento
para a eficiência
do
trabalhoem
equipe, frente asmudanças
organizacionais. (73f.).Trabalho de Conclusão
de
Estágio (Graduaçãoem
Administração) Curso
de
Administração, Universidade Federalde
Santa Catarina,Florianópolis,
2004
.A
pesquisatem
por objetivo ldentificar o perfildo
gestor de pessoas, para melhorar odesempenho
pessoalem
face os diferentes modelos organizacionais, tornando mais eficiente o trabalhoem
equipe frente às mudanças.A
metodologiautilizada foi a pesquisa exploratória,
com
investigação bibliográfica, e teveuma
abordagem
qualitativa.O
tema
trabalhoem
equipetem
se destacado na literaturade
administração, assimtambém
osmodelos de
aprendizagem organizacionalque
são relacionados a própria cultura
da
empresa.As mudanças
organizacionaisrequereram a transferência dos gerentes de recursos
humanos
para os Gestoresde
Pessoas
devido a necessidadede
adaptaçãoao
novo ambiente. (interno e externo).O
mercado
competitivo necessitaque
asempresas
se posicionemrapidamente
com
as transformações, por isso devem' valorizar os talentos de cadaum
dos seus colaboradores.O
perfildo
Gestorde Pessoas
é definido de acordocom
a crença e os valoresda empresas
e sua capacidadede
criarmodelos
eprincípios para todo o sistema da organização no alcance dos objetivos
previamente determinados.
Palavras-chave: Gestor
de
pessoas; modelos da administração;mudanças
organizacionais; trabalhoem
equipe.Figura 01
-
Visão sistêmicado modelo
de gestão ... ..Figura 02
-
Condições parauma
efetiva participação das pessoas Figura 03-
Autoprojeto ... ._1.1 1.2 1.2.2 Objetivos específicos ... __ 1.3 2.2 Tipo
de
pesquisa ... _. 2.3 Objeto 'de-'estudo‹. ... _.2.4 Procedimento adotado na realizaçaodapesquisa.__ 3
|=uNoA|v|ENTAçÃo
rEÓR|cA
... ... _. Sistemade
Gestão ... _. Modelo ... _. Definição demodelo
... __ 3.1 3.2 3.2.1 3.2.2 3.3 3.3.1 3.3.2 3.3.3 3.3.4 3.3.5 3.3.6 3.3.7 3.3.8 3.3.9 3.3.10 3.3.11 3.3.12 1INTRODUÇÃO
... ._su|v|ÁR|o
Tema
e problemade
pesquisa ... __Objetivos ... __ ~« 1.2.1 ' Objetivo geral ... _. Justificação
do
estudo ... _. 2METODOLOGIA
... _. 2.1Abordagem
da pesquisa ... ._ Modelode
gestão ... _.Conc
Mode
Mode
Mode
Mode
Mode
Mode
Mode
Mode
Mode
Mode
Mode
Modelosde
administração. ... _. e. . _ _ _ nto de administração ... _. _o de administração cientifica. ... __ ao de relações humanas. _______________________ __ ode
administração burocrática _____________ ._ io sistemáticode
administração. ___________ _. ,o contingencial de administração. ... __ jode
administração por objetivos ()APO)o
de
administração estratégica ... _.o
de
administração participativa. __________ ._o de administração empreendedora. .... ._
o de administração holística. ... ._
3.4.1 Administração
de
3.4.2 VNovas
perspectivas para o Gestor
de Pessoas
3.4.3.
O
futuroda
gestão de pessoas. ... ._3.5 Eficiência
do
trabalhoem
equipes ... ._3.5.1 Definição de eficiência ... .. 3.5.2 Trabalho
em
equipes ... ._ 3.6Mudança
organizacional. ... .. 3.6.1 Aprendizado organizacional . ... ..4
coNs|oERAçõEs\
|=|NA|s. ... .. 5SUGESTOES
... ._REFERENCIAS
... ..1
|NTRoouçÃo
Durante anos compreendeu-se
que
as áreasde
recursoshumanos
fundamentavam-se nas necessidades
de
controlar e dirigir os trabalhadores,acompanhando
horasde
trabalho, ausênciase
horários.O
termo gestor de recursoshumanos
geravauma
percepção de distância, inflexibilidade e burocracia. Taispercepções foram evoluindo ao longo dos
tempos
e grandes *descobertas baseadasem
pesquisas elevaram o gestor de recursoshumanos
à funçãode
gestorde
pessoas.Com
asmudanças
constantes o papeldo
profissionalque
trabalhacom
pessoas
que
até então era operacional, contratando, cadastrando, selecionando, administrando folhasde pagamento
e efetuando demissões, hoje estábaseado
naadministração e estratégia
do
negócio, muitas vezes atuandocomo
consultorem
gestãode
pessoas.Busca-se no presente trabalho promover
um
levantamento teórico sobre aAdministração
de
RecursosHumanos - ARH,
sua evolução histórica, estilos, sistemaseobjetivos, o
que
se consideravacomo
dificuldades básicas e as funçõesdo
administrador
de
recursos humanos, até chegar-se a evoluçãoda
áreacomo
gestãode
pessoas e o seu principal responsávelcomo
gestorde
pessoas.Além
disso, proporcionarum
ambiente favorável paraum
bom
desenvolvimentodo
-trabalhoem
equipe. \fisandoque
estetem
estadoem
lugar de destaque na literatura especializadana área. Q
1.1
Tema
e problema da pesquisaA
época
atual ,como
se sabe,vem
sendo marcada
por grandes e rápidasmudanças.
A
tendência mundial hoje aponta para a transculturalidadee
a transnacionalidadecomo
de
decorrênciado
processode
globalização,onde
também
sepercebe
um
movimento
paranão
se deixar perder a cultura e os valores locais.No
mundo
empresarial, o serhumano
caminha para deixarde
ver a organizaçãoem
que
trabalha
com
um
mecanismo onde é apenas
uma
peça.As
empresas, por sua vez,passam
a tratá-locomo
um
individuo cujas potencialidades precisam ser descobertas e otimizadas. Tanto pela situaçãoeconômica do
País quanto pelasmudanças
ocorridas nas empresas; o profissionalde
recursos
humanos
deverá apresentar-secom
um
perfil bastante diferente. Já não sepode
permitirque
os caprichosdo mercado de
trabalho determinem *quem sai equem
fica na empresa.
As
organizaçõesque
forem incapazesde
modificartseus sistemasde
recursos
humanos
, até estemomento
tratando os trabalhadorescomo
recursos,mesmo
para atender às realidadesdo
futuro, perderão avantagem
competitiva.Aquelas
que
conseguirem criarum
modelo
novo e dinâmicode
recursoshumanos
irãosegurar os talentos altamente qualificados, necessários para o sucesso no ambiente
futuro de competição global.
Pergunta-se então:
Qual
o
perfildo
gestorde pessoas
para melhoraro
desempenho,
pessoalem
face os- diferentes
modelos
organizacionais,desenvolvendo de forma mais
13
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo Geral
ldentificar o perfil
do
gestor de pessoas, para melhorar odesempenho
pessoalem
face os diferentes modelos organizacionais, tornando mais eficiente o trabalhoem
equipe frente às mudanças.1.2.2. Objetivos Específicos
a) ldentificar o perfil
do
gestorde
pessoas;b) Analisar os modelos
de
gestão;c) ldentificar
um
método
para melhorar odesempenho
pessoal;d) Analisar a eficiência
do
trabalhoem
equipe frente asmudanças
organizacionais.
1.3 Justificativa
Países
com
grande desenvolvimentoeconômico
e empresarialvêm
buscando, acentuadamente, o apoio administrativo das consultorias organizacionais.Também
noBrasil, essa atividade se encontra
em
fasede
expansão,embora
com
taxasde
crescimentos inferiores as dos Estados Unidos e
de
outros países desenvolvidos-Embora
hajauma
presença crescente desta atividade no processode
gestão dasempresas
brasileiras, assimcomo
encontram-sealgumas
publicaçõesque
abordam
os serviços de consultoria e o trabalhodo
gestorde
pessoas.Atualmente
em
todo omundo
as organizaçõesbuscam
cada vez mais novasalternativas para gerir negócios
que
venham
contribuir para a melhoriade
resultadoscom
eficiência e eficácia.Conforme
Pinchot e Pinchot (1994), parece estar mais perto a realidade dos modelosde
sistemas tendocomo
basede
gestão o uso da inteligência individual egrupal dos
componentes
das organizações. Este parece sero
novo paradigmaque
vem
comandando
as organizações, pois reúne as habilidades indispensáveis para enfrentar a globalização dos mercados,que
a cada dia se torna mais competitivo.Contudo
para implementar estes programas inteligentes de gestão, é› precisoque
haja grande disposição, consciência, vontade e comprometimentocom
astransformações
do
todo.As
organizaçõestem
se tornado cada vez mais exigentes,com
necessidadesde
adaptaçãoe
de
oferecer produtos e serviçosde
melhor qualidadeaos seus clientes.
Buscam
técnicas que solucionem problemas;mas
esquecem que
a solução requer mais doque
amera
aplicação dessasque
seguem
roteirospadronizados.. _
Processos mentais
e
emocionais profundos precisam ser ativados tantoem um
nivel
do
indivíduo, quanto no grupode
uma
forma geral, pois estes determinaram aqualidade dos resultados finais. '
Segundo
Oliveira (2003), as técnicasnão fazem
maisdo que
operacioná-los,enquanto o
método
garante a sua coerência global.O
amadurecimento das equipes no15
competentemente os
fenômenos
psicológicos, oque
seria tarefa para dinâmicasde
grupo. Para
quem
abordado
pontode
vista sistêmico, a fusão deambos
é natural einevitável,
com
efeitos poderosos sobre a capacidade dos gruposde
trabalho para aimplementação da melhoria contínua. '
A
escolhado tema
deu-se pelo interesse de desenvolverum
trabalhoque
mostre a importância, a necessidade
de
um
trabalho continuo por gestores de pessoascom
os indivíduosde
uma
organização, paraque
se torne mais eficiente o trabalhoem
equipe, provocandomudanças
em
todauma
cadeia e se tornando cada vez mais preparado paraum
mercado
competitivo.Após
a detiniçãodo
tema,do
problema e dos objetivos deste trabalho,discute-se nesse tópico os procedimentos metodológicos
que servem de
suporte para o desenvolvimentodo
estudo.A
-metodologia éum
ponto de encontro ede
convergência entre pesquisadores e filósofos etem
com
objetivos, convidar a filosofia a interessar-se pelos problemas práticos,e
assim ajudar acompreender
nos mais amplos termos não os produtosda
pesquisamas
o próprio processo (CASTRO,
1977).Segundo
Richardson (11985),método
em
pesquisa significa a escolhade
procedimentos sistemáticos para a descrição e explicação
de
fenômenos. Para sedeterminar qual o
método de
'investigação apropriado para a descrição eexplicação de
fenômeno
em
pesquisa cientifica, faz-se necessário considerar a natureza e o nivelde
aprofundamento do problema.2.1
Abordagem
da
pesquisaEste trabalho desenvolveu estudos
em
relação aos fatoresque
influenciam o perfil
do
Gestorde
Pessoas por intermedioda
abordagem
qualitativa.
Para Minayo (2000) a ciência social
tem
sua pesquisa voltada para osseres humanos, dentro
de
uma
relação entre o sujeitoe
objeto,onde
esteé
totalmente qualitativo, apresentando sua realidade no contexto da dinâmica existente
em
uma
forma individual ou coletiva da sociedadeem
que
se estuda,17 extraindo desse dinamismo as possibilidades dos significados necessários a pesquisa.
Segundo
Chizzotti (2001), a finaiidadede
uma
pesquisa qualitativa éintervir
em
uma
situação insatisfatória,mudar
condições percebidascom
transformáveis,onde
pesquisador e pesquisadoassumem,
voluntariamente. '2.2 Tipo
de
pesquisaA
pesquisa utilizada foido
tipo exploratóriocom
investigação bibliográficautilizando livros, artigos científicos, periódicos e paginas da internet.
As
pesquisas exploratóriastêm
como
principal finaiidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias, objetivando a formulaçãode
problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores. Habitualmenteenglobam
levantamento bibliográfico e documental, entrevistas e estudosde
caso(GIL, 1994). '
2.3 Objeto
de
estudoCom
base nas informações coletada e teorias estudadas, esta pesquisa tevecomo
objetode
estudo a ser desvendado, o perflldo
Gestor ,de Pessoas
_ frente àsmudanças
organizacionais.2.4 Procedimento adotado na realização
da
pesquisaPara Castro (1977), o objeto
da
atividade científica é a classificaçãometódicados
fatos, seguida pela identificaçãode
suas relações e seqüênciasrepetitivas.
Um
estudo científicopode
buscar a identificação dessas relaçõesmediante o estudo
de
frações de diferentestamanhos
do
universo dos fatosconsiderados. '
Deste modo,
com
a análise dos conceitosde
vários autores e atravésdo
contexto histórico dos modelos
de
administração examinou-se fatos da realidade empresarial perante as diversasmudanças do mercado
globalizado. Identificando3
FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRrcA
3.1 Sistema
de
gestãoDe
acordocom
Guerreiro (1989), a gestão tem sido caracterizada pelos teóricos da administraçãocomo
um
processode tomada de
decisões.A
gestãoexiste, portanto,
em
funçãoda
necessidadede
se tomar decisões.Para Stoner e
Freeman
(1995), atomada de
decisãoé
a identificaçãode
um
problema específico e escolhade
uma
linhade
ação para se resolvê-lo ou aproveitaruma
oportunidade,uma
pane
importantedo
trabalhode
todo administrador.Portanto, a eficácia da
tomada
de decisão está ligada a capacidadedo
gestor
em
identificar o problema. Para Stoner eFreeman
(1995, p.182), “ o processode
identificaçãodo
problemaé
muitas vezes in`formale
intuitivo” _Assim, a identificação
do
problemanem
sempre
é confiável. Administradorescometem
erros na identificação dos problemas. Stoner eFreeman
(1995)descrevem
três categorias principais de armadilhas
que
os administradorespodem
encontrar na percepçãodos
problemas: falsa associaçãode
eventos, falsa expectativade
eventos
e
falsas auto-percepçõese
imagens sociais. APara Guerreiro (1989), o ser
humano
é potencialmenteum
tomadorde
decisões, devido
ao
seu livre arbítrio, liberdadeque
possuide
implementar sua açõesque
oconduzem
ao atendimento das suas necessidades, e porque normalmente existem diversas alternativasde
ação disponíveis.Explica
que
a potencialidadede
tomar decisões dos indivíduos se manifestam igualmente nas empresas.A
empresa,como
os individuos,tem
propósitos a
serem
atingidos e precisa, portanto, decidir sobreque
ações ecomo
devem
ser executadas,de
forma a atingir tais propósitos.Jones (1973, p.28) explica que:
decisão é
como
um
curso de ação escolhido por aquele que decide,que optou por determinado caminho por julgá-lo o mais eficaz à sua
disposição para alcançar os objetivos ou o objetivo visado no
momento
- ou seja, a melhor maneira de resolverum
problema
em
aberto.Portanto, decisao
pode
ser consideradacomo
uma
conclusão aque chegou
uma
determinada pessoa sobrecom
deve agir, depoisda
análise de qual a melhoralternativa para alcançar os objetivos traçados.
Nas
empresas,de
acordocom
Guerreiro (1989), os eventos econômicos seconstituem nos objetivos de
tomada de
decisão, e os indivíduos tomadoresde
decisões são os gestores.
Assim, o sistema
de
gestãode
uma
empresa compreende
o processode
planejamento, execução e controle e é determinado fundamentalmente pelo seu
modelo de
gestão,que
corresponde às crenças, valores e princípios básicosque
regem
a formacomo
ela é administrada.3.2 Modelos
3.2.1 Definição
de modelo
O
serhumano,
até hoje pelo menos,tem
resolvido problemas trabalhandocom
abstraçõesda
natureza submetida a estudo. Essas abstrações são modelos.21
Os
modelos são na realidade as imagens intelectuais sobre as quais se desenvolve o conhecimento obtidode
um
trabalho, explicito ou não,de
seleçãode
elementos relevantesda
porçãoda
realidadeem
análise.Nas
ciências sociais o termo “Teoria” e o termo “Modelo” estão diretamenteassociados, pelo fato
de
os modelos terem sido desenvolvidos a partirda
teoria.Um
modelo pode
ser caracterizadocomo
um
artifício para expressar a teoriade
forma clara e conveniente.É
uma
simplificação deliberada para facilitar acompreensão de
estruturase
relações complexas, atravésda
segregaçãode
aspectos fundamentais relativos ao problema
em
foco.u
O
advento da ciênciada
administração e a crescente utilizaçãode métodos
quantitativostem
estimulado oemprego de
modelos, não só porque amente
humana
é incapazde
captar ou entender,sem
auxílio necessário, as complexidadesde
um
problemade
decisão.Através
da
simplificação das complexidadesda
vida real,de
tal formaque
amente
humana
possa captar pelomenos
o significado dos relacionamentos maisimportantes, os modelos clareiam as etapas
de
questõesque
devem
ser respondidas.H
Portanto, eles oferecem oportunidades para melhorar a qualidade
de
predições, assim
como
para melhorar a qualidadede
informações utilizadas noprocesso
de
tomada de
decisão, pela definição mais precisa do tipo de informação requerida.3.2.2
Modelo de
gestãoDe
uma
forma explícita ou não, omodelo de
gestãosempre
existenuma
empresa
e se constituide
um
conjuntode
idéias, normas, princípiose
conceitos,que
reflete as crenças e valores dos proprietários do capital,com
o objetivode
estruturaras principais relações organizacionais e garantir o
bom
funcionamento da empresa.O
modelo
de gestãodeve
conter as regras dosdonos da
organização, noque
se refere aos procedimentos dos gestores na empresa, funcionandocomo
direcionadorda
gestão empresarial.Parisi e Nobre (1999)
mencionam que
essemodelo
trata das regrasde
relacionamento entre os acionistas (ou seus representantes)
e
os gestoresda
empresa.Uma
versão explicita domodelo
é importante e evitaque
o gestor desperdicetempo
e energia, tentando deduzircomo
se esperaque
ele atue.Portanto, é altamente recomendável
que
aempresa
tenhaum
modelo de
gestão formal, especialmente
em
uma
organização,que
é bastante descentralizadae
com
iteração muito grande entre diversas áreas.Uma
característica importantedo modelo de
gestão,de
acordocom
Farias (1998) diz respeito à temporalidadede
suas normas. Nele sódevem
constarprincípios duradouros,
que
nãodependem
de
conjunturas oufiquem
àmercê de
modismo.23 I Crenças e Valores t I Modelos de Gestão I I
Princípios permanentes que orientam os gestores
l
Sistema Sistema Sistema Sistema
de Organiza Social de
G°Stã° -cional informações
Figura 1
-
Visão sistêmicado modelo
de gestão
Fonte: Parisi e Nobre (1999, p.112).
Observa-se
que
o modelode
gestão é formadocom
base nas crenças evalores dos acionistas,
que
acabam
se refletindoem
princípios permanentesdefinidos no modelo
e que
condicionam a atuação dos gestores._
De
acordocom
Guerreiro(1989), omodelo
de gestão é caracterizadocomo
um
subsistemado
sistema institucional, correspondendo aum
conjuntode
princípiosa
serem
observados que assegurem:a) a redução
do
riscodo empreendimento
no cumprimentoda
missão e a garantiade que
aempresa
estarásempre buscando
o melhorem
todosos sentidos;
b) o estabelecimento de
uma
estruturade
operaçõesadequadas que
c) a orientação geral dos esforços através
de
um
estilo e “filosofia”de
trabalhoque
criem atitudes construtivas;d) a
adoção de
um
clima motivador e o engajamento de todos, principalmente dos gestores,em
torno dos objetivosda
empresa
e das suasatividades;
e) a aferição se a
empresa
está cumprindo a sua missão ou não, se foi feitoo
que
deveria ter sidoem
termosde
produtos, recursos e esforços, e se, oque
não
foi, estásendo
corrigido ou aperfeiçoado;f) o conhecimento
do
comportamento das variáveis relativas aos ambientesexternos e intemos e suas tendências, do resultado da avaliação de planos
alternativos
de
ação e das transações/eventos ocorridosem
cada periodo ede onde
e noque
“as coisas” não correram satisfatoriamente.Esses princípios condicionam a atuação dos gestores no sentido
de que
aempresa
cumpra
a sua missão, ou seja, esses principiosdemonstram
claramente asregras dos
donos do
capital noque
se refere aos procedimentos dos gestores na empresa.Guerreiro (1989) ressalta
que
o conjunto'de
princípios e definiçõesdo
modelo de
gestão impacta todos os demais subsistemasdo
sistemaempresa
asaben
a) sistema fisico
-
é impactado quanto à tecnologia utilizada nos processos produtivos, nívelde
modernização dos escritórios, utilizaçãode
edificiospróprios ou alugados;
b) sistema social
-
é impactado por definições como, admitir profissionais já experientes ou dar ênfase no potencial das pessoas ministrando25
treinamentos necessários e investimentos na formação dos
mesmos;
manter programasde
prêmios incentivos;n
c) sistema formal - é impactado quanto aos princípios básicos de estrutura organizacional, grau
de
descentralizaçãode
autoridade, graude
formalidadeda estrutura;
d) sistema
de
informação-
esse sistema é impactado quanto ao nívelde
investimentos
em
sistemas, se as informações requeridas deverão ser obtidas por sistemas formais ou não, próprias ou pacotes, gerais ouespecificas, integrado ou não;
e) sistema
de
gestão-
é impactado quanto a se haverá ounão
planejamento estratégico e operacional e suas características básicas, curto e/ou longo prazo, amplitude, freqüência e metodologia empregada.
Desta forma, o modelo
de
gestão,que
é caracterizadocomo
um
subsistemado
sistema institucional, impacta a todos os demais subsistemas da empresa. Estes impactospodem
se darde
maneiras diferentes nas empresas,dependendo
dascrenças, valores e convicções dos
empreendedores
e administradores da empresa.Guerreiro (1989) apresenta
um
conjunto básicode
definições quedevem
incorporar o modelo
de
gestão da empresa.a) deve haver planejamento estratégico;
b) os planos
devem
ser estabelecidos a partirde
uma
seleçãode
a ternativas operacionais; _
c)
deve
haver planejamento operacional;d) deve haver controle das atividades;
f) os
desempenhos
devem
objetivar tanto a eficácia quanto a eficiência;g)
deve
haver revisõese
ajustessempre que
ocorreremmudanças
nasvariáveis dos ambientes externo e interno
que
invalidem os planos;h)
deve
haveruma
preocupaçãocom
a identificação e a avaliaçãodas
impactações das variáveis internas e das variáveis ambientais (inflação, alterações/ajustes nos planos, volume operacional, eficiência):i) a gestão deve ser voltada principalmente para a rentabilidade,
compreendendo
a contribuição dos produtos e das áreas organizacionais;j) o controle
deve
ser executadoem
nivel das áreas operacionais,ao
nívelda
administração das áreas operacionais e nasempresas
como
um
todo; k)devem
ser atribuídos às áreas custos e receitas sobre os quais elastenham
efetivo controle;l) nas definições
de
funçõesdevem
ser considerados os aspectos'de
responsabilidade e autoridade,
de
forma a facilitar a atuação dos gestorese
eliminar “ áreas cinzentas”;
m)
a gestão deve contemplar os aspectos operacionais, financeirose
econômicos
dos eventos;n) os resultados deve evidenciar, separadamente, as contribuições
das
gestões operacionais e financeiras
de cada
área;o) o sistema
de
informações gerenciaisdeve
ser formal e possibilitarinterfaces
com
os sistemas operacionais, objetivando a integração;p) o sistema de informações
deve
ser estruturado sob o conceito debanco
de
dados;q) as informações e relatórios
devem
atender os conceitose
omodelo de
27
r) a
mensuração
das transaçõesdeve
ser efetuadacom
a utilizaçãode
conceitos econômicos; e
s) aos recursos, produtos/serviços das diversas atividades
devem
seratribuídos, respectivamente, custos e receitas
com
base no valorde
mercado.
A
importância desse conjunto básico reside no fatode que
as característicasdo
sistemade
gestão,empregado
pela empresa,segundo
Guerreiro '(1989),
dependem
fundamentalmente dessas definições e, por outro lado, a caracterizaçãodo
sistemade
informaçãoque
deve das suporteao
processo de gestãodepende
das caracteristicasdo
sistemade
gestão, e sobretudo das definições domodelo
de
gestão.
d
Entretanto, o
modelo
de gestão ébaseado
em um
conjuntode
conceitos eprincípios coerente entre si,
que
refletem as crençase
valores dos proprietáriosda
empresa,
com
objetivode
orientar os gestores no cumprimento da missão 'da
organização.
A
partirdo modelo de
gestão definido para aempresa
é caracterizado o processo de gestãoque
será adotado pela organização.3.3 Modelos
de
administração3.3.1 Conceito
de
administraçãoA
palavra administrar tem vários significados: Michaelis (1998), traduzcomo
gerir, ministrar, conferir. Entretanto,quando
se tratade
empresas, organizações é importante a busca deum
consensoem
seu significado.Kwasnicka (1995), administração é
um
processo interativo fundamental,que
busca a obtenção dos resultados especificos.A
Para Stoner e
Freeman
(1995),define
administraçãocomo
o
processode
planejar, organizar, liderar e controlar o trabalho dosmembros
da
organização ede
usar todos os recursos disponiveis
da
organização para alcançar objetivosestabelecidos. V
A
administração já foichamada
de
“a artede
fazer coisas atravésde
pessoas" esta definição foi
dada
por Folletapud
Stoner eFreeman
(1995),chamando
a atenção para o fato deque
os administradores alcançam objetivos,consequentemente
de
todos realizarem as tarefas necessárias.Cabe
ressaltarque
não é possivel definirum
conceito universal, pois adefinição
muda
à medidaque
muda
os ambientesda
organização.Com
o passar dos anos, àmedida
em
que, o conhecimento sobrecomo
conduzir e lidarcom
organizações foisendo
pesquisado, organizado e sistematizadopor diferentes estudiosos, obsen/ou-se a formação e surgimento das Escolas
de
Administração.
Cada
Escola de Administração apresentaum
modelo,que
por sua vezexpõe
sua filosotia, se o conoeito,,sua estruturação e suas técnicas gerenciais,na tentativa
de
organizar o trabalhode
gerenciar pessoase
recursosem
direção a objetivos pré-estabelecidos.Apesar
da antigüidade das práticas da administração, esta áreado
conhecimento só passou a se sistematizadacom
o rigor cientifico a partirde
1903,quando
estudos e pesquisas realizadas permitiram aplicar ométodo
cientifico para descrever, explicar e predizer oque
acontecia nacondução
e manejode
pessoas erecursos
componente
de organizaçõeshumanas
atuantesem
várias áreas esegmentos
da sociedade.29
A
partirdo ano
de 1903 até2002
surgiram,em
seqüência histórica, osModelos de
Administração: Cientifico, RelaçõesHumanas,
Burocrático, Sistêmico, Por Objetivos, Estratégico, Participativo, Empreendedor, Holístico e Virtual(CHIAVENATO,
1999).3.3.2
Modelo de
administração científicaO
modelo
surgiuem
parte, da necessidadede
se aumentar a produtividade,buscava determinar cientificamente os melhores
métodos
para a realizaçãode
qualquer tarefa e para selecionar, treinar e motivar os trabalhadores. _ '
Este teve início nos Estados Unidos e na França,
com
estudos de Taylor eFayol, por volta
do
inicio do século XX. Tinhacomo
objetivo principal, fundamentar cientificamente as atividades de administração, eliminando suas formas impiricas eimprovisadas (Gil,1994)
Kwasnicka (1995), discorda
quando
dizque
apesarde
admitir-seque
a históriada
administração científicacomeçou
com
Frederick Wiss/ow Tay/orem
1895,há indícios
de
que
o enfoque cientificode
controlar as indústrias teriauma
origem anterior, especialmente na Grã- Bretanhaem
1795.Em
se tratando dos estudosde
Taylor a autora mostraque
para ele oobjetivo principal era resolver o problema dos salários, por verificar
que
no sistemade
pagamento
por dia trabalhado, oshomens
logo concluíramque
não havianenhuma
vantagem, o trabalho árduo. Então viu a necessidadede
criarum
método
para obter otempo
- padrão e otempo
unitário por açõesdo
trabalho no todo.Segundo
Stoner eFreeman
(1995), Taylor acreditavaque
os trabalhadoresque
se alcançassem os padrões mais elevadosnão
precisariam termedo
de
ser despedido, porque se beneficiariamde
sua maior produtividade.V Kwasnicka (1995), nos fala
da
contribuiçãode
Fayolcom
a aplicabilidadede
seus princípios nas funções administrativas,
que
vêm
sendo
utilizado até os diasde
hoje: planejamento, organização, direção, coordenação e controle.Stoner e
Freeman
(1995), ainda destacaque
Fayol acreditavaque
com
previsão cientifica e
método
adequado
de administração, os resultados satisfatóriosseriam inevitáveis.
O
pensamento
centralpode
ser resumido naafirmação
deque alguém
seráum
bom
administrador a medidaque
planejar cuidadosamenteseus
passos, organizar e coordenar racionalmente as atividadesde
seus subordinados e soubercomandar
e controlar suas atividades.Uma
das idéias centraisdo
modeloé
ado
Homo
Economicus.O
homem
éum
ser eminentemente racional e aoftomaruma
decisão conhece todos os cursos
de
ação disponível,bem
como
as conseqüênciasda opção
porum
deles.Silva (1996), discorda
quando afirma que
o controle por supervisão éuma
agressão, melhor seria o controle por resultados.
3.3.3
Modelo de
relaçõeshumanas
fO
modelo de
relaçõeshumanas
nasceu da necessidade de se corrigir a forte tendência àdesumanização do
trabalho, surgidacom
a aplicaçãode métodos
rigorosos, cientificos e precisos, aos quais os trabalhadores deveriam forçosamente se submeter.31
Um
dos primeiros estudiosos dessemodelo
foi EltonMayo
que
viu anecessidade
de
reconhecer e explicar a naturezahumana
ou a dinâmicada
organização.
Kwasnicka (1995) mostra
que
o administradorda
organização deve entenderas reações
de
seus subordinadosem
relação aos seus trabalhos e asmudanças
que
ocorrem, ele precisa entender oque
eles desejamdo
trabalho.Para Stoner e
Freemam
(1995), relaçõeshumanas
éum
termofreqüentemente usado para descrever o
modo
como
os administradores interagemcom
seus subordinados.Os
autores aindadestacam
que
essemodelo
ao enfatizar as necessidadessociais, o movimento das relações
humanas
avançou, alémda
abordagem
clássica,que
tratava a produtividadequase
exclusivamentecomo
urn, problemade
engrenagem.
Kwasnicka (1995) ainda destaca o estudo de
Hawthome
que
representouum
marco
nestemodelo
de
administração.As
conclusões mais importantesdesse
estudo foram.a) determinação
do
nivelde
produção pornormas
sociaise
integraçãodo
`
individuo
ao
grupo;b) os indivíduos não
agem
isoladamente,mas seguem
o grupo;c) as
recompensas e
sanções impostas pelo grupo detenninam ocomportamento do indivíduo;
d) o reconhecimento
da
existênciade
grupos informaisbem
estruturados;e) as relações
humanas
constituem as interações entre pessoas e grupos;As
idéias centrais dessemodelo
éque
o mais importanteque o
individuoé o
grupo.
O
trabalho éuma
atividade grupal.O
Homo
Socialem
substituição aoHomo
Economicus,com
as seguintescaracteristicas:
O
homem
é apresentadocomo
um
ser, cujo comportamentonão pode
ser reduzido aesquemas
simples e mecanicistas;V
O
homem
é, aum
só tempo, condicionado pelo sistema sociale
pelasdemandas
de ordem
biológica; _Em
que
pesem
as diferenças individuais, todohomem
possui necessidadesde
segurança, afeto, aprovação social, prestígio e auto-realização.O
grupo informal-
Os
grupos informais são aqueles constituídos porum
conjuntode
indivíduos suficientemente pequeno,de
formaque possam
comunicar-se, direta e freqüentemente.
A
escola reconheceu o papel do grupo e sua influênciadentro
da
empresa.Os
grupos informais dentroda
fábricaexercem
grande controle sobre os hábitos no trabalhoe
atitudesdo
trabalhador individualmente.A
colaboração grupalnão
ocorre por acidente,mas
ao contrário,deve
ser planejada e desenvolvida.Se
tal colaboração for alcançada, as relações no trabalhopodem
chegar auma
coesãoque
resista aos efeitosdo
desmembramento
de
uma
sociedade
em
adaptação.Participação nas Decisões
-
ohomem
deveria participarda
decisãoque
desse origem à tarefaque
fosse executar; porém, esta participação tinha restrições.A
sua amplitude deveria variarde
acordocom
a situação ecom
o padrãode
liderança. imaginava-seque
o tipode
liderança mais eficaz sena o democrático,33
contribuindo para o seu aperfeiçoamento e o controle deveria .ser feito por resultados.
O
mundo
socialdo
adulto é padronizado, primeiramente,em
relação e suaatividade no trabalho.
A
necessidade de reconhecimento e segurança e o senso de pertencer a algo são mais importantes na determinaçãodo
moraldo
trabalhador eada
suaprodutividade,
do
que
as condições fisicas sob as quais ele trabalha. rO
trabalhador éuma
pessoa cujas atitudes e eficiência são condicionadas pelasdemandas
sociais, tanto dentrocomo
fora da fábrica.Esse modelo
embora
pareça que se preocupa exclusivamentecom
obem
estar dos trabalhadores, no fundo favorece decisivamente a administração.
Essa
teoriatem
sido criticada, tenazmente, pelo fatode
desenvolveruma
sutil estratégia de enganar os operários e faze-los trabalhar mais e exigir menos.
Essa estratégia manipulativa visava modificar o comportamento do
empregado
em
favor dos objetivos da administração.
3.3.4
Modelo
de administração burocráticaA
partirda
década de
40, as criticas feitas tanto à Teoria Clássica-
pelo seu mecanicismo,como
à teoria das RelaçõesHumanas -
pelo seu romantismoingênuo, revelavam a falta
de
uma
teoria da organização, sólida e abrangente eque
sen/isse
de
orientação para o trabalhodo
administrador. Alguns estudiosos foram buscar nas obrasde
um
sociólogo,Max
Weber, a inspiração para essa nova teoriada
organização. Surgiu assim a Teoria da Burocracia na Administração.Kwasnicka (1995) destaca
que
essemodelo
foi primeiramente descritocomo
um
tipo idealde
estrutura organizacional porMax
Weber;
equando
estedesenvolveu o seu modelo,
não
havia intençõesde que
esse fosseum
modelo
para organização,mas
muito mais,um
identificador das características tipicas dedeterminados tipos
de
organização.A
burocracia éuma
formade
organizaçãohumana que
se- baseia naracionalidade, isto é, na
adequação
dos meios aos objetivos (fins) pretendidos, afim
de
garantir amáxima
eficiência possivel no alcance desses objetivos.As
idéias centrais dessemodelo segundo
Max
Weber:
`a)
normas
e regulamentos exaustivos; b) divisãodo
trabalhocom
cargos definidos;c)
desempenho
estabelecido por padrões e procedimentos definidos;d) hierarquia preestabelecida; e) autoridade única
do
superior;f) seleção
e
promoção
atravésda
competência técnica,g) profissionalização dos participantes.
Tem
como
objetivos: amáxima
eficiênciada
organização; o_Homo
Administrativo, extremamente preocupado
com
o aspecto racionaldo
comportamento humano; e o processo de
tomada de
decisão é consideradouma
das idéias centrais deste modelo. Esse processo decisório envolve a seleção, consciente e inconsciente,
de
determinadas ações, entre aquelasque
são fisicamente possiveis para o agente e para aquelas pessoas sobre s quais ele exerce influencia e autoridade.35
Enfatiza as
normas
e regulamentos; formalismo das comunicações, divisãoracional
do
trabalho; impessoalidade; hierarquiada
autoridade; rotinas padronizadase meritocracia e competência técnica.
Só
que
os objetivos partem dos fundadores ou dirigentes. Portanto, a concentração da administração,como
uma
estruturade tomada de
decisões, serefere aos efeitos
de
projetos formais sobre atomada de
decisões, não incluindouma
análise sistemática dos processos interpessoaisque
nãofazem
parteda
estrutura formal.A
análise é mais descritiva (mostra oque
é) emenos
prescritiva(mostra o
que deve
ser).3.3.5
-
Modelo
sistemáticode
administraçãoEntre 1950
e
1970, háuma
tendência para a integração das várias ciências naturais e sociais. Essa integração parecia orientar-se parauma
teoria geraldos
sistemas. Neste ambiente, o biólogo alemão Ludwing von Bertalanffy
concebeu
omodelo do
sistema aberto, entendidocomo
um
complexo de elementosem
interaçãoe
em
intercâmbio continuocom
o ambiente.H
Stoner e
Freeman
(1995), estemodelo tem
uma
visão daorganizaçãocomo
um
sistema unificado e direcionado das partes inter-relacionadas.Para Kwasnicka (1995), é
uma
abordagem
interativa, na teoria administrativa, ele tenta combinar os vários elementos da ciência comportamental, administrativa e aabordagem
clássicade
forma coesa.E
aindadefine
sistemacomo
um
grupode
elementos inter-relacionados e integrados a formade
obter resultados.A
idéia central desse éque
oHomo
Funcional.Há
uma
tendência muitopessoas, entendendo-se
pag
como
um
conjuntode
atividades associadas aum
ponto específicodo espaço
organizacional, aque
sepode chamar çargg
O
pressuposto básico desse esquema, ou modelo, é' o deque
a organizaçãoé
um
sistema aberto.Como
sistema e o ambiente,que
definem
uma
esferade ação
e
um
determinado grau de abertura,que dão
uma
idéiade
sua receptividade a insumos.Uma
critica à teoria geral dos sistemas está no seu bioiogismo. Para analisaras organizações utilizam-se instrumentos importados
da
biologia e adaptados ànatureza social das organizações, o teórico é vitima
do que
chamamos
ilusão científica, isto é, passa a acreditarque
o objeto de sua análise tende a tornar-se tãoprevisível quanto os sistemas biológicos e
que
seucampo
do
conhecimento sepresta ao rigor cientifico
que
caracteriza as ciências fisicas.Na
ênfasedada
às relações entre organização e ambiente, a maioria dos teóricosde
sistemas na análise organizacional, parece daruma
importância excessivaao
papeldesempenhado
pelo último.A
organização depende, para sua sobrevivência,do
crescimento e eficiênciade
sua adaptabilidade ao ambiente, oque
quer dizer
que
a organizaçãomais
propensa a sobreviver, crescere
ser eficienteé
aquela na qual os papéis,
normas
e valores estiverem mais de acordocom
asdemandas
do
ambiente, o que,em
última análise, traduzum
posição idealistaque
pressupõe a primazia do sistema cultural,
com
relaçao aos sistema social e técnicoe
que
negligência o papel dinâmico das contradições internas das organizações.3.3.6
-
Modelo
contigencialde
administraçãoA
abordagem
sistêmica citada anteriormente contribuiu e muito parao
desenvolvimento deste novomodelo
o contigencial.37
A
teoriada
contingência nasceu a partir deuma
série de pesquisas feitas para verificar quais modelosde
estruturas organizacionais são mais eficazesem
determinados tipos
de
indústrias.Os
pesquisadores, cada qual isoladamente,procuram confirmar se as organizações eficazes
de
determinados tiposde
industriasseguiam os pressupostos da Teoria clássica,
como
divisãodo
trabalho, a amplitudede
controle, a hierarquia e autoridade, etc.Os
resultados surpreendentementeconduziram a
uma
novaconcepção de
organização: a estruturade
uma
organização e o seu funcionamento são dependentesde
interfacecom
o ambiente externo.Em
outros termos, não há
uma
únicae
melhor formade
organizar.Kwasnicka (1995), destaca
que
estemodelo
reconheceque
as diferençasexistem,
que
um
sistema organizacional é o resultado da interaçãode
subsistemase
do
ambiente.Essas pesquisas e estudos foram contingentes, à
medida
em
que
procuraram
compreender
e explicar omodo
como
asempresas
funcionavamem
diferentes condições. Essas condições variam
de
acordocom
o ambiente ou contextoque
aempresa
escolheucomo
seu domíniode
operação.Em
outras palavras, essas condições são ditas “de fora"da
empresa, isto é, do seu ambiente.Essas contingências externas
podem
ser consideradascomo
oportunidadesou
como
restrições que influenciam a estrutura e os processos internosda
organização.As
idéias centrais desse modelo, dizque
A
Teoriada
Contingência salietaque
as características das organizações são variáveis dependentesdo
ambiente eda
tecnologia. Dal aenorme
importânciado
estudo sobre o ambiente e a tecnologia.Stoner,
Freeman
(1995), conceitua essemodelo de abordagem
contigencialalcance dos objetivos organizacionais,
pode
variarem
situações ou circunstânciasdiferentes.
A
teoria procura explicarque
não há nadade
absoluto nos principiosda
organização.Os
aspectos universais e normativosdevem
ser substituídos pelo critério de ajuste entre organização, ambiente e tecnologia.As
premissas contingências sãode que
tudo muda; o ambiente, a tecnologia, as leis, logo, as situações administrativas são especificas eexigem
tratamento personalizado (sob medida) dos gerentes.
Todos
osmodelos
administrativos são ferramentas válidas, cabe ao gerente usá-las e combiná-las nomomento
adequado, seguindo as características exigidas pela situação.Na
Administração Contingêncianão
existe “ a melhor maneirade
administrar”.É
impossível usarum
único modelo; acombinação
de modelos é necessária.Flexibilidade
que
éum
imperativo para decidir, conforme as contingênciasdo
momento.
Convivercom
a ambigüidade; tudo muda.Não
háuma
receita para administrar.Em
uma
apreciação critica, verifica-seque
a Teoriada
Contingênciaé
eminentemente ecêtica e interativa,
mas
aomesmo
tempo, relativista e situacional.Em
alguns aspectos, pareceque
a Teoria da Contingência é muito maisuma
maneira relativade
se ver omundo
doque
propriamenteuma
teoria administrativa.3.3.7
-
Modelo de
administração por objetivos(APO)
A
Teoria Neoclassista deslocou progressivamente a atenção antes colocada39
enfoque
baseado
no “processo” e a preocupação maiorcom
as atividades (meios)passaram
a ser substituídos porum
enfoque nos resultados e objetivos alcançados(fins)
A
Administração por Objetivos(APO)
ou Administração por Resultados constituium
modelo
administrativo bastante difundido e plenamente identificadocom
o espirito pragmático e democrático da Teoria Neoclassista.Drucker (1961)
apud
Toledo (1981)define
essemodelo
como
um
sistemadinâmico
que
integra as necessidadesda empresa de
conseguir as suas metas, lucrose
crescimento,com
as necessidadesdo
dirigente para contribuirao
seupróprio desenvolvimento profissional. ~
A
De
acordocom
Reddin (1977)apud
Toledo (1981) aAPO
é oestabelecimento
de
áreasde
efetividade enormas de
efetividade para posições gerenciais, e a sua conversão periódicaem
objetivos mensuráveis, articulado verticale horizontalmente
com
a planilhaçãodo
futuro.O
autor aindada
ênfase à necessidadede
preparaçãode
equipes dirigentes para adotarem aAPO.
idéias centrais são
que
aAPO
éuma
técnica de direção de esforços, atravésdo
planejamentoe
controle administrativo, fundamentada no principio deque
para atingir resultados a organização precisa antes definirem
que
negócio está atuando eaonde
pretende chegar.A
APO
éum
processo dinâmicoque
integra a necessidade decompanhia de
alcançar os seus objetivos
de
lucro e crescimento, a par da necessidade do gerentede
contribuir para o seu próprio desenvolvimento.É
um
estilo exigente ecompensador de
administraçãode
empresas.Na
APO
os gerentes, superiores e subordinadosde
uma
organização,em
conjunto,deflnem
suas metascomuns
e especificam as áreas principaisde
responsabilidadede
cada posiçãoem
relação aosresultados esperados de- cada
um
e utiliza essas medidascomo
guias para a melhoroperação
do
setor e verificaçãoda
contribuiçãode
cadaum
de
seusmembros.
Em
uma
apreciação crítica:Os
objetivosda empresa
são definidos muitosuperficialmente e não refletem todos os interesses
da
companhia; a não existênciade
uma
experiênciaadequada
para a realizaçãodo
plano; o levantamento incompleto ou efetuado forade
época;quando
os resultados imediatosnão
são acessíveis, as pessoasficam
impacientes paracom
o projeto e asempresas
geralmente falham
em
tomar providências para revisas e atualizar periodicamente o planoem
vistade
mudanças
na companhia, flutuações econômicas emudanças
nastendências sociais.
3.3.8
-
Modelo de
administração estratégicaEm
meado
dadécada de
60, teve inicio o usode
estratégiacomo
formade
adequar ambiente e sistemas
de
planejamentocomo
a resposta a obsolescênciados processos tradicionais
de
planos a médio e longos prazos. Para lidarcom
mudanças
e turbulência crescente, surgiu o sistemade
planejamento estratégico.A
partir dadécada de
70,uma
nova forma,denominada
administraçãoestratégica,
deu
mais complexidade ao sistema administrativo no tratocom
o novo ambiente.Stoner e
Freeman
(1995), conceitua essemodelo
como
padrãobaseado
noprincipio
de que
o projeto globalde
uma
organização sópode
ser descrito se oalcance for
somado
à política e à estratégiacomo
um
dos fatores principais na41
Idéias centrais
de
acordocom
Ansoffapud
Stoner eFreeman
(1995) ,considerado
como
o pai desse movimento, por Ter sidoquem
mais contribuiu para oamadurecimento dessas idéias e o primeiro
que
o usou o termo Administração Estratégica; Eledefine
a palavra estratégiade
uma
forma técnica, atravésde
algumas explicações, como:
'
a) o negócio
em
que
em
que
estamos, b) as tendênciasque
se verificam;c) decisões heuristicas (perguntas e respostas) de primeira ordem;
d) padrão
de
decisões; e) nicho competitivo;f) características
de
portifólio;g) sumarizando: onde, quando,
com
quem,
como, fará aempresa
seusnegócios?
Porter
apud
Vasconcellos (2001) colocaque
nenhuma
empresa pode
ousar entrar nomercado
competitivosem uma
definição clara decomo
posicionar-se
em
seu setor, ou seja,sem
ter estratégia.As
organizaçõespodem
realizar suasadequações
às turbulências e àsmudanças de
formasimplese
compacta, escolhendo prioridades e outorgandovalores ou ênfases diferentes a cada
um
dos seguintes itens:a) o diagnóstico estratégico
-
que
permiteum
posicionamento euma
revisãode
atitudes.b) o desenvolvimento estratégico
-
que
possibilita alocar recursos eplanos
de
treinamento, ou ainda, de estrutura; abrange o movimento de...para..., isto é, ação propriamente dita.
c) a administração
do
processo-
que
consisteem
elaborar cronogramas e cumprir prazos sentindo-se a evolução. Permite destacar os projetos ouproblemas importantes
que
devem
receber tratamento diferenciadodas
rotinas.d) o orçamento estratégico
-
regula o fluxode
fundos, analisa possibilidadesde
recursos,dá
novos empreendimentos. Pelo orçamento competitiva e oequilibrio entre recursos operacionais e estratégicos.
No
aspecto crítico;embora
seja a primeira vezque
um
modelo
se preocupaem
olhar para “fora da- organização”, ou seja, oque
está no ambiente externo (clientes, mercado, etc.), ele não temuma
visão maiorde
toda a cadeia produtiva.É
um
modeloque
se preocupacom
amudança
mas uma
empresa não tem
controledos
fatoresque
compõe
o seu setor; é limitada.3.3.9
-
Modelo
de administração participativaO
trabalhode
equipe éuma
das grandes viradas dos nossos tempos.As
mudanças
operadas na gestãode
algumasempresas tem
pujança renovadorade
uma
legitima revolução, batizada de administração participativa. Este conceitomarca
ofim
deuma
era e o iniciode
outra.A
divisão rígidado
trabalho cede lugar a equipes multifuncionais, nas quais cada operário esta preparado para cumprir43
Idéias Centrais: Pré-condições
a) eliminar do autoritarismo dos dirigentes (democratização); b) redução violenta dos niveis hierárquicos;
c) desaparecimento progressivo das especializações funcionais;
d) co- envolvimento
do
sindicato;e)
espaço
para surgimentode
novos lideres efetivos.Alguns modelos participativos:
a) apatia degrada o processo decisório, . b) democracia dentro e fora da empresa;
c)
empregados
assumem
a gestão edetém
o capitalda empresa
(autogestão);d)
empregados
participamda
gestãoda empresa
(co-gestão); e) equilíbriode
poderes;f) participação
na
organizaçãodo
trabalho;g) participação na politica geral
da
empresa; h) comissão e conselhos partidários.V
Galbraith (1995), coloca o
modelo de
administração participativacom
recompensas,
como
ganhos
compartilhados, bônusbaseados
em
metas, participação nos lucros e participação acionáriabaseado
cada vez mais nodesempenho
organizacional eda
equipe.Em
um
aspecto critico a essemodelo
participativo é que para aimplementação é necessária toda