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Almoço como momento terapêutico: uma abordagem de educação em saúde com mulheres alcoolistas.

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Academic year: 2017

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ALMOÇO COMO MOMENTO TERAPÊUTI CO: UMA ABORDAGEM

DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM MULHERES ALCOOLI STAS

Silzet h Schlicht ing1 Maria Crist ina Faber Boog2

Claudinei José Gom es Cam pos3

O alcoolism o é problem a relevante em saúde pública. O uso de etílicos por m ulheres tem crescido e a procura por t rat am ent o aum ent ado. O est udo propõe ressignificação do alim ent o para essas m ulheres com o est rat égia de redução de danos. O obj et ivo da pesquisa foi est udar e discut ir a experiência do alm oço com o m om ento terapêutico, explicitando pressupostos teóricos, estratégias e resultados im ediatos. Utilizou- se m étodo clínico-qualitativo e análise do conteúdo. Os resultados, divididos em sete categorias, referem -se ao processo de intervenção educativa: am biência com o facilitadora; com partilhar o alim ento - tornar-se com panheiro; am pliação da per cepção do alim ent o; alim ent os e seus significados; sexualidade; r ecaídas; depr essão x m ot ivação. A educação em saúde realizada durant e o alm oço é um a possibilidade de int ervenção t erapêut ica desde que o profissional de saúde perceba o alim ento na sua m ultidim ensionalidade, que contem pla tanto aspectos nutricionais com o aspect os sim bólicos, relevant es para a criação de vínculos e m ot ivação para o t rat am ent o.

DESCRI TORES: alim ent ação; nut rição; saúde pública; enferm agem ; alcoolism o

LUNCHTI ME AS A THERAPEUTI C MOMENT: A HEALTH

EDUCATI ON APPROACH W I TH ALCOHOL-DEPENDENT W OMEN

The alcoholism is a relevant problem in public health. The use of alcohol am ong wom en has increased as well as t he search for t reat m ent . This research proposes t he resignificat ion of food t o t hese wom en, as a harm reduction strategy. The research aim ed to study and to discuss the experience of lunchtim e as a therapeutic m om ent, presenting theoretic assum ptions, strategies and im m ediate results. The clinical- qualitative m ethodology and the content analysis were used. The results, divided in seven categories, refer to the educational intervention process: environm ent as facilit at or; sharing food - becom ing a part ner; broadening t he percept ion of food; food and it s m eanings; sexualit y; relapses; depression x m ot ivat ion. The heat h educat ion perform ed during lu n ch is a p ossib ilit y of t h er ap eu t ic in t er v en t ion , p r ov id ed t h at t h e h ealt h p r of ession als p er ceiv e t h e m ult idim ensionalit y of food, consider ing t he nut r it ional aspect s as m uch as t he sy m bolic ones, w hich ar e relevant for t he creat ion of bonding and m ot ivat ion for t he t reat m ent .

DESCRI PTORS: feeding; nut rit ion; public healt h; nursing; alcoholism

EL ALMUERZO COMO MOMENTO TERAPÉUTI CO: UN ENFOQUE

DE EDUCACI ÓN EN SALUD CON MUJERES ALCOHÓLI CAS

El alcoholism o es un problem a de im portancia para la salud pública. El consum o etílico por m uj eres va en increm ent o, al m ism o t iem po que la búsqueda por su t rat am ient o. El est udio propone el re- significado del alim ento com o una estrategia para la reducción de daños. El objetivo de la investigación fue estudiar y discutir la experiencia de utilizar el horario del alm uerzo com o una condición terapéutica, siendo explicitados los supuestos t eóricos, est rat egias y result ados inm ediat os. Fue ut ilizada la m et odología clínica- cualit at iva y el análisis de cont enido. Los r esult ados, divididos en siet e cat egor ías, m uest r an el pr oceso de int er vención educat iva: el am biente com o facilitador; com partir los alim entos - volverse un com pañero; am pliar la percepción del alim ento; alim ent os y sus significados; sexualidad; recaídas; depresión vs m ot ivación. La educación en salud realizada dur ant e el alm uer zo es consider ada una posibilidad de int er vención t er apéut ica, desde el m om ent o que se perciba al alim ent o en t oda su m ult i- dim ensionalidad, pues se considera t ant o los aspect os nut ricionales com o los sim bólicos, los cuales son relevantes para la form ación de vínculos y com o m otivación para el tratam iento.

DESCRI PTORES: alim ent ación; nut rición; salud pública; enferm ería; alcoholism o

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I NTRODUÇÃO

O

consum o de subst âncias que possuem a ca p a ci d a d e d e a l t er a r est a d o s d e co n sci ên ci a e m odificar o com port am ent o parece ser um fenôm eno universal na hum anidade. Prat icam ent e em t odas as cult ur as, nas m ais difer ent es épocas, obser v a- se o u so de det er m in adas su bst ân cias qu e au x iliam n o r e l a ci o n a m e n t o so ci a l , m a r ca m f e st i v i d a d e s o u f a v o r ecem r i t u a i s d e cu n h o m íst i co / r el i g i o so . A sociedade é afetada por suas conseqüências há m uito t em po, en t r et an t o, seu r econ h ecim en t o com o u m problem a de saúde é recente e organism os nacionais e int ernacionais, governos, universidades e em presas est ão at ent os aos aspect os polít icos, ecom ôm icos e sociais da quest ão( 1- 11).

Co m a f i n a l i d a d e d e p r e st a r a ssi st ê n ci a e sp e cíf i ca a o s p a ci e n t e s co m d i a g n ó st i co d e dependência, definido com o sendo t ranst orno m ent al e d e co m p o r t a m e n t o , d e co r r e n t e s d o u so d e subst âncias psicoat iv as( 12), foi cr iado, na cidade de

Cam p in as, em ou t u b r o d e 1 9 9 5 , p ela Secr et ar ia Municipal de Saúde, o CRI AD - Cent ro de Referência e I nform ação em Alcoolism o e Drogadição.

A d e p e n d ê n ci a a o á l co o l t r a z co m o conseqüência a seu usuário a depauperação física e clínica que influi no sucesso do t rat am ent o, um a vez q u e o u su ár i o d e ál co o l acab a p o r d ei x ar d e se al i m en t ar e, co m i sso , o est ad o n u t r i ci o n al d o s d ep en d en t es, q u an d o p r ocu r am o CRI AD, in sp ir a cu i d a d o , se n d o q u e u m n ú m e r o e x p r e ssi v o d e pacien t es apr esen t a pelagr a, u m t ipo de car ên cia nutricional por falta de niacina, geralm ente com binada à desnut r ição ener gét ico- pr ot éica, que ocor r e com f r eq ü ên cia d ev id o à in g est ão ab u siv a d e b eb id as alcoólicas. O alcoolism o influi na quantidade, qualidade e fr eqüência da alim ent ação e pr oduz alt er ação no m et abolism o de nut rient es.

Qu an d o esse o l h ar é d i r eci o n ad o p ar a a m ulher e se const at a a dependência, ev idencou- se peculiar idades ligadas à difer ença ent r e o univ er so fem inino e m asculino de ext rem a im port ância para o sucesso do tratam ento. Socialm ente falando, à m ulher cabe, ger alm ent e, o lugar de cuidador a da fam ília, sendo o alim ent o, t ransform ado por ela em refeição, um instrum ento desse cuidado. O ato da alim entação constitui um a oportunidade de trocas e fortalecim ento de relações im port ant es para o ser hum ano, pois “ a su b j e t i v i d a d e v e i cu l a d a a t r a v é s d a s p r á t i ca s alim ent ar es inclui a ident idade cult ur al, a condição

social, a religião, a m em ória fam iliar e a época”( 13).

Além disso, há diferenças orgânicas ent re hom ens e m ulher es que explicam m aior pr evalência de danos hepát icos em m ulheres( 14).

Pe r ce b e n d o q u e o a l co o l i sm o , co m o co n se q ü ê n ci a so ci a l , o ca si o n a i n t e r r u p çã o n a s r elações f am iliar es e in d u z r ed u ção n as p r át icas cot idianas do usuário, ent re elas aquelas relat ivas à alim ent ação( 15), pensou- se que o alm oço poderia ser

ap r ov eit ad o com o esp aço t er ap êu t ico, at r av és d o “ com er j u n t o” com as m u l h er es al cool i st as, q u e p o ssi b i l i t a r i a r e sg a t a r e m o çõ e s e a f e t o s q u e cont ribuiriam para o rest abelecim ent o de vínculos e d o a u t o cu i d a d o f a m i l i a r. O a l m o ço em co n j u n t o possibilit aria t am bém abordar a educação nut ricional, en t en dida com o “ u m a bu sca com par t ilh ada, en t r e educadores e educandos, de novas form as e de novos sent idos para o at o de com er, que se pr ocessa em det er m inado t em po e local, at r av és da int er ação e do diálogo, por m eio da qual se alm ej a qualidade e plenit ude do viver”( 16).

Pensando em novos m odelos de abordagem no tratam ento em dependência quím ica, há o conceito de Redu ção de Dan os: “ u m a alt er n at iv a de saú de pública para os m odelos m oral/ crim inal e de doença do uso e da dependência de drogas”( 17). Esta proposta

t em com o enfoque a m inim ização dos pr ej uízos, o r esg at e d os d ir eit os d e cid ad an ia, a m elh or a d o autocuidado e qualidade de vida, reinserindo o usuário de dr ogas na sociedade e dando- lhe condição par a que sej a agent e m odificador de sua realidade. Nesse sen t i d o, é p ossív el q u e o al i m en t o con t r i b u a n a redução de danos por ser inst rum ent o est rat égico na m elhora das questões clínicas, além de ser facilitador n o r el aci o n am en t o so ci al , m ar car f est i v i d ad es e favorecer rituais, assim com o a bebida alcoólica, sem , por ém , causar efeit os adver sos.

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OBJETI VO

O obj et ivo da pesquisa foi est udar e discut ir a experiência do alm oço com o m om ent o t erapêut ico, explicit ando os pr essupost os t eór icos, est r at égias e r esult ados im ediat os.

RECURSOS METODOLÓGI COS

A e s t r a t é g i a e m p r e g a d a p a r a a int er v enção educat iv a foi o alm oço em conj unt o e a discussão em gr upo, sem um t em a pr ev iam ent e p r op ost o. O t em a su r g ia p ela liv r e d em an d a d as p a r t i ci p a n t e s, d e m o d o i n f o r m a l e e sp o n t â n e o , p o s s i b i l i t a n d o a v e r b a l i z a ç ã o d e n e c e s s i d a d e s a i n d a n ã o i d e n t i f i c a d a s . Co m o o b s e r v a d o r a p ar t icip an t e, a p esq u isad or a f azia in t er v en ções e quest ionam ent os com o int uit o de lev á- las a r eflet ir sobr e o que er a falado, acr escent ando infor m ações n o sen t id o d e clar ear os con h ecim en t os e san ar d ú v i d as.

Ut ilizou- se a invest igação clínico- qualit at iva, definida com o m ét odo cient ífico de invest igação, que busca dar int erpret ações a sent idos e a significações t razidos pelos indivíduos em est udo, sobre m últ iplos fenôm enos pert inent es ao cam po do binôm io saúde-d o en ça , u t i l i za n saúde-d o - se saúde-d e saúde-d i f er en t es r ef er en ci a i s t e ó r i co s p a r a a d i scu ssã o n o e sp ír i t o d a int erdisciplinaridade( 19).

A am ostra escolhida - aqui denom inada grupo de estudo - era constituída de oito pacientes do sexo fem inino, dependent es de álcool, em t rat am ent o no CRI AD, local esse escolh id o d ev id o ao f at o d e a pesquisadora trabalhar nele há m uitos anos. A coleta foi no per íodo de out ubr o a dezem br o de 2003, o g r u p o er a f ech ad o, ou sej a, a p ar t ir d o in ício d o pr im eir o dia de encont r o do alm oço, não poder iam ent rar novas part icipant es.

Ficou est abelecido que haveria 12 encont ros em grupo ao longo de seis sem anas, na inst it uição, co m d u r a çã o d e 2 h o r a s, co o r d e n a d o s p e l a p e sq u i sa d o r a . Co m o i n t u i t o d e se m a n t e r preservadas as ident idades das part icipant es, foram at ribuídos a elas nom es de flores.

Pa r a co l e t a r o s d a d o s f o i u t i l i za d o u m gravador, posicionado no m eio da m esa de alm oço. Cont ou- se com dois observadores, sendo um deles a pr ópr ia pesquisador a/ coor denador a do gr upo.

As participantes da pesquisa e seus fam iliares for am esclar ecidos quant o à nat ur eza do est udo e se u s p r o ce d i m e n t o s e a ssi n a r a m o t e r m o d e con sen t im en t o p ós- in f or m ação. For am r ealizad as algum as análises pr elim inar es do m at er ial colet ado par a cat egor izar os dados em t or no da análise do con t eú do v er balizado e gest u al, du r an t e e após o alm oço. A construção das categorias obedeceu a dois crit érios. Algum as delas foram selecionadas a priori, em decor r ência de t ópicos r elev ant es na lit er at ur a. Out r as em er gir am da colet a de dados, t endo sido, por t ant o, selecionadas a post er ior i( 19). A análise do

con t eú do v er balizado e gest u al, du r an t e e após o a l m o ço co n f o r m o u - se e m se t e ca t e g o r i a s: a am biência com o facilit adora, com part ilhar o alim ent o - t ornar- se com panheiro, am pliação da percepção do alim ent o, alim ent os e seus significados, sexualidade, r ecaídas, depr essão x m ot iv ação.

RESULTADOS E DI SCUSSÃO DA EDUCAÇÃO

EM SAÚDE

O p r o g r a m a e d u ca t i v o o co r r e u e m d o ze en con t r os, con f or m e plan ej ado, e a edu cação em saúde foi desenvolvida à m edida que as colaboradoras t raziam quest ões para discussão. Esses t em as eram assunt os do cot idiano e as int er v enções educat iv as acont eciam durant e a at ividade, de m odo a resgat ar o saber que cada indivíduo adquiriu ao longo de sua vida e a reconstruir um saber com um e atualizado do gr upo. Os t em as m ais r ecor r ent es e m obilizador es, ao lon g o d os 1 2 en con t r os, f or am ag r u p ad os em cat egor ias par a análise. Os dados dem ogr áficos do grupo de est udo est ão dispost os na Tabela 1.

Ta b el a 1 - Ca r a ct er i za çã o só ci o - d em o g r á f i ca d o s suj eit os da pesquisa e idade inicial do consum o de álcool ( I I CA) ( CRI AD/ Cam pinas, 2003)

s a d a t s i v e r t n E ) * ( e d a d I ) o n a ( . d e c o r P ) o d a t s e ( m e e d i s e R ) s o n a ( s a n i p m a C .l o c s E ) * * ( .t s E li v i C A C II ) s o n a ( a s o

R 47 MT 14 EFI S 41

a d ir a g r a

M 55 MG 30 AF D dez/13

a i c n ê t r o

H 35 MG 8 AF C 18

a t e l o i

V 47 PR 20 AF C 5j/un

a i n ô g e

B 41 SP - EFC C 30

m i m s a

J 53 PR 21 AF S 35

a il á

D 37 MG 11 EFI V 14

a e d í u q r

O 55 SP 30 EFI S 16

* Nom es fict ícios

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A am biência com o facilit adora

No pr im eir o encont r o, as colabor ador as da p e sq u i sa d e m o n st r a r a m sa t i sf a çã o a d v i n d a d a d i f e r e n ça d o a l m o ça r n o p a d r ã o a n t e r i o r ( co m u t en sílios d escar t áv eis) , d o p ad r ão d o p r og r am a educativo com a sala arrum ada para o alm oço, oferta de pratos, talheres de inox, suco para acom panhar a r efeição e salada colet iv a da qual t odos podiam se servir à vont ade, o que sugeria um t om acolhedor e fam iliar para essa prát ica diária que, m uit as vezes, parece repet it iva, m ecânica e vazia de significados. Pe r ce b e u - se a v a l o r i za çã o d o a m b i e n t e p e l a s part icipant es at ravés de suas falas.

A m esa estava m uito bonita, o enfeite tão bonito, dá

m ais fom e ter a m esa arrum ada. ( Violeta, 1º dia)

Parabéns, um a salada m ontada fica outra coisa dá até

vontade de com er.(Begônia, 2º dia)

O p r ep ar o d o am b ien t e d o alm oço n u m a f am ília est á h ist or icam en t e r elacion ad o ao p ap el fem inino da esposa- m ãe, a quem se at ribui a função de cuidador a do lar e de seus m em br os( 20 ). Alguns

autores vão m ais além em sua j ustificativa acerca do p ap el d a m u lh er : “ Alim en t ar é n u t r ir, é cu id ar, é r epr odu zir. As m u lh er es, por disposição fisiológica tam bém são aquelas que alim entam as pessoas durante seus prim eiros m eses de vida e, em part e por essa razão, é que acabam cuidando dos m em bros do grupo dom éstico durante o resto de seu ciclo de vida”(21). Ao

preparar o local e organizar o ritual alim entar do grupo, a pesquisadora desem penhou o papel de cuidadora. Autores que se detiveram sobre aspectos do cuidar e conceitos de integralidade e equidade, ressaltam com o é i m p o r t an t e q u e o p r o f i ssi o n al est ej a at en t o e dispon ív el à f or m ação do v ín cu lo n ecessár io par a personalizar o cuidado prestado, com o estratégia para o d esen v olv im en t o d a au t on om ia d o clien t e e d o encontro de subj etividades. A autonom ia im plicaria “ a possibilidade de r econ st r u ção, pelos su j eit os, dos sentidos de sua vida”( 22).

Com part ilhar o alim ent o - t ornar- se com panheiro

O se t t i n g d o a l m o ço t r o u x e à t o n a n e ce ssi d a d e s se n t i d a s p e l a s m u l h e r e s q u e m anifest aram em oções de form a quase pueril.

Hoj e é prato, hoj e é prato, Silzeth. Hoj e ta chique!

( Orquídea, 1º dia)

A c o m i d a é a m e s m a , m a s e u g o s t e i d e

nós! ·( Margarida, 1º dia)

Na fala ant er ior, Mar gar ida ex pr essa a sua per cepção da ev olução do gr upo. Elas se sent ir am v alor izadas pelo fat o da su bst it u ição de u t en sílios descar t áv eis pelos de uso per m anent e. Poder - se- ia p e n sa r q u e , n o r e sg a t e d o u so d e u t e n síl i o s per m anent es, ocor r e, sim bolicam ent e, o r esgat e de v al o r es co m o seg u r an ça, d i g n i d ad e e ci d ad an i a. Tam bém pode- se infer ir que há a possibilidade de haver a introj eção, por parte do suj eito, do significado de pr ovisor iedade que o obj et o descar t ável inspir a, nessa m esm a linha de pensam ent o, acredit a- se que o inverso t am bém sej a verdadeiro. Esse resgat e do “ p er m an en t e” t r an sm i t e a sen sação d e r esp ei t o próprio que cert am ent e cont ribui para a m elhoria da aut o- est im a.

Ao se pensar na dependência de subst ância psicoat iv a dessas m ulher es e, m ais, na pr ocur a de ent endim ent o das causas que levam ao consum o de um a dr oga psicot r ópica, um fat or im por t ant e a ser co n si d e r a d o é o t i p o d e e f e i t o s f a r m a co l ó g i co s produzidos e a rapidez com que m elhoram as dores psíquicas. O beber j unto cria laços, prom ove ligações, f a z co m q u e a s p esso a s se si n t a m p r ó x i m a s e, port ant o, m enos t em íveis( 23). Essa descrição lem bra

em m uito a relação com o com er j unto, pois se sentar j unto significa deixar de lado as diferenças, e o lugar da refeição é onde o relacionam ent o é alim ent ado e o a f e t o e m e r g e( 2 4 ). Nã o se p o d e t e r p o st u r a

acolhedora, reflexiva e inovadora sem perceber que o f a t o d e co m p a r t i l h a r o a l i m en t o m o st r a n d o a h u m a n i d a d e d o p r o f i ssi o n a l , cr i a n d o v ín cu l o e for t alecendo- os é m uit o im por t ant e pr incipalm ent e par a essa pat ologia. Ao se com pr eender a r elação ( alim ent o/ álcool/ afet o) , a at it ude post erior é int ervir educativam ente e com repetição, propiciando a essas m u l h e r e s e x p e r i e n ci a r n o v a s m a n e i r a s d e se relacionar e t am bém de reproduzir a experiência em seu am bient e dom ést ico.

Am pliação da percepção do alim ent o

Ob j e t i v a n d o q u e e l a s p u d e sse m experim ent ar, além do relacionam ent o, t am bém um m odo diferente de ver, de sentir o alim ento, os pratos eram enfeit ados e novos sabores eram int roduzidos par a que elas exper im ent assem .

Estas verduras do enfeite são para com er? (Dália, 1º dia)

Tem alface roxa, é um sabor diferente ( Rosa, 1º dia) .

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tiveram oportunidade de perceber novos sabores com a i n t r o d u çã o d e a l i m e n t o s n o v o s e m su a d i e t a a l i m e n t a r. Esse a ce sso a sa b o r e s, a t é e n t ã o desconhecidos, per m it iu a am pliação da per cepção do alim ent o pelas m ulher es, um a v ez que t iv er am ex per iências nov as em conj unt o: a degust ação do alim ent o novo, facilit ado pelo espaço de socialização exist ent e no alm oço. São esses m om ent os de prazer e com part ilham ent o ent re os iguais que m odificam e recriam o gost o alim ent ar( 25).

Alim ent os e seus significados

Em vários m om entos dos alm oços, a pim enta foi degust ada, oferecida, com part ilhada, reflet ida e, sobret udo, obj et o de cont rovérsias.

Na Í ndia em todos os pratos tem pim enta. Bahia, Pará,

o acaraj é. No quintal do m eu irm ão ele tem pim enta de toda a

qualidade ( Rosa, 6º dia)

Em relação aos significados dos alim ent os o que cham ou m uito a atenção foi a form a variada com qu e se pode in t er pr et ar a sim bologia da pim en t a t r a zi d a p e l a s co l a b o r a d o r a s. As d i f e r e n ça s n a t o l e r â n ci a i n d i v i d u a l f i ca m e v i d e n t e s p e l a sobreposição da influência cult ural e fam iliar sobre a herança genética: a pessoa traz consigo as diferenças de sensibilidade gust at iva, ou sej a, as predisposições ou com petências para perceber diferentes sabores( 25).

Com preender a influência do fat or fam iliar e cult ural sobre o genético torna m ais claro o fato de a pim enta se r a l i m e n t o r e co n h e ci d o e a p r e ci a d o p o r e ssa população. Nas falas, a pim ent a foi ut ilizada par a expressar três diferentes intenções: a prim eira, sendo que a pesquisadora com part ilhava o seu uso est aria m ai s p r óx i m a d el as, n u m a r el ação h or i zon t al ; a se g u n d a q u e , co m p a r t i l h a n d o o se u u so , a p e sq u i sa d o r a p u d e sse d e se n v o l v e r m a i s a su a em patia com o grupo; a terceira, na qual as m ulheres p r o cu r a r i a m t e st a r a ca p a ci d a d e su p o r t i v a d a pesquisadora para ouvir relat os fort es, na linguagem com um , “ apim ent ados”. Essas explicações vão além do fat o de que alcoolist as t êm as papilas gust at ivas at r ofiadas e, por isso, pr efer ência por subst âncias for t es.

Sex u alidade

En t e n d e r e t r a b a l h a r a r e l a çã o á l co o l / sexualidade e desm istificá- la é im portante ao se lidar

com essa cl ien t el a, v i san d o a r ei n ser ção d essas m ulheres à vida sexual at iva. A reorient ação da vida sexual é um a das diret rizes do proj et o t erapêut ico, d e v e n d o co n t e m p l a r a p r e v e n çã o d e d o e n ça s sex u alm en t e t r an sm issív eis, o qu e t em sido t em a desafiador par a os pr ofission ais de saú de com t al cl i e n t e l a . Qu a n d o e ssa a t i v i d a d e f o i i n i ci a d a , e sp e r a v a - se q u e a q u e st ã o d a se x u a l i d a d e aparecesse de algum a form a, explícit a ou velada. No alm oço, o tem a fluiu tão bem que, ao m esm o tem po em que falavam , procuravam se aj udar relem brando orientações recebidas de outros profissionais, que elas j á h av i am co l o cad o em p r át i ca e co m r esu l t ad o sat isfat ório. Percebeu- se, ao longo da at ividade, que a m a i o r i a d a s co l a b o r a d o r a s b u sca v a , n e sse m o m en t o, u m esp a ço p a r a r ef l et i r, ex p l i ci t a n d o dúv idas, dificuldades, insegur anças e pr econceit os, com o m ost rado a seguir.

Eu contei para o doutor que eu não sentia prazer. Ele m e

falou que não existe m ulher fria, existe m ulher m al am ada. Eu não

fiz tratam ento não. Conheci um hom em e ele m e tocou e foi lindo,

m aravilhoso ( Margarida, 4º dia)

A com ida t am bém t em seu apelo sensual, um a v ez que apr esent a com plex idade de t ex t ur as, co r es, o d o r es e t em p er at u r as( 2 6 ). A sex u a l i d a d e

perm eia as relações hum anas, sendo que o m om ent o do alm oço se const it uiu num espaço - pela cr iação d e i n t i m i d a d e , d e cu m p l i ci d a d e i n e r e n t e q u e o “ com er j unt o” t raz - para reflet ir e expressar dúvidas, dif icu ldades, in segu r an ças e pr econ ceit os. A ação a f r o d i sía ca , r e f e r i d a p o r v á r i o s co n su m i d o r es à b eb id a alcoólica, p er m eia a v alor ização d ad a p or esses ao álcool. En t r et an t o, dados lev an t ados por pesquisadores indicam que est e alim ent o ( o álcool) par ece pr ej u dicar o desem penho sex u al( 23). Vár ios

a u t o r e s a p o n t a m a a m b i v a l ê n c i a q u e o á l c o o l ocasiona: “ O álcool apr esent a um a par t icular idade essen cial com o alim en t o: apesar de su as v ir t u des i m a g i n á r i a s t e m e f e i t o s f i s i o l ó g i c o s , com por t am ent ais e psicológicos t em por ais que são m u i t o r e a i s e q u a se i m e d i a t o s. A e st e s e f e i t o s apont a- se a am biv alência de suas funções sociais, u m a v e z q u e o s e f e i t o s s ã o t a m b é m am biv alent es”( 25).

Recaíd as

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que as part icipant es se sent iram seguras para falar sobre questões tabus para o dependente quím ico, que são o desejo de beber m esm o estando abstinentes, o sonhar com e sent ir o cheir o da bebida, o acor dar p a r e ce n d o e m b r i a g a d a s, co m o d e scr i t o n o s depoim ent os a seguir.

Eu sonhei com bebida, é lom briga m esm o. Acordo com

o cheiro de bebida, com tontura. Em m im tam bém dá vontade de

quebrar tudo ( Rosa,9º dia)

Rosa est á abst inent e há t rês anos e, apesar do longo período sem beber, os efeitos do álcool ainda não foram esquecidos. Esses depoim ent os reforçam a necessidade da quest ão da recaída ser t rabalhada e conversada no grupo de t rat am ent o. Não pode ser banalizada, m as precisa ser colocada de form a que el a s co m p a r t i l h em o a co n t eci m en t o e co n si g a m m anter a abst inência. A tem ática da recaída tam bém a p a r e ce u d u r a n t e o a l m o ço , p e r m i t i n d o q u e a s m ulher es par t ilhassem suas ansiedades e em oções. Depois de com er, as pessoas n ão per m an ecem as m e sm a s, p o i s o g r a u d e i n t i m i d a d e e d e r elacion am en t o per m it e qu e o im agin ár io v en h a à tona e as m áscaras caíam , e o que para nós é proibido a p a r e ça( 2 6 ). O g r u p o d e t r a t a m e n t o , o n d e o d e p e n d e n t e p a r t i ci p a , f u n ci o n a t a m b é m co m o a co l h e d o r e m o d i f i ca d o r d o s se n t i m e n t o s q u e em ergem pelo fato da recaída e colabora, através da aj uda, da r eflex ão e m ot iv ação, par a o r et or no ao t r a t a m e n t o . A i n t r o d u çã o d a e d u ca çã o co m o est rat égia na fase de cont role do desej o de beber é n o r t e a d o r a p a r a o u su á r i o co n se g u i r i d e n t i f i ca r sintom as que possam levá- lo ao uso/ abuso do álcool.

Depr essão x m ot iv ação

Muit as vezes, a depressão é conseqüent e ao uso da bebida alcoólica, droga depressora do sistem a n e r v o so ce n t r a l . Al é m d i sso , e st u d o s r e ce n t e s ev idenciar am que m uit as pessoas passam a usar o álcool com o m edicação para inibir um a depressão j á existente, pois nas prim eiras horas o álcool age com o est im ulant e. O espaço do alm oço propiciou a essas m u lh er es com p ar t ilh ar em seu s sen t im en t os e se sent ir em m ut uam ent e am par adas.

Silzeth, eu estou ruim . Ah, sei lá, dá vontade de largar

tudo e sum ir. Mas não tem para onde ir. A gente trabalha e fica

sem nada. Estou com raiva de m im m esm a ( Margarida, 3º dia)

A fam ília do dependent e é m uit o im port ant e par a o sucesso do t r at am ent o, m as isso não quer

d i ze r q u e se j a e sse n ci a l . É i m p o r t a n t e q u e o s m em b r o s d a f a m íl i a sej a m o r i en t a d o s p a r a n ã o p e r p e t u a r e m c r i s e s n o a m b i e n t e d o m é s t i c o e t am bém na ident ificação de fat ores que possam levar a o u s o d a s u b s t â n c i a ( c o m o a s ín d r o m e d e ab st in ên cia, en t r e ou t r os) . En v olv er a f am ília n o processo de t rat am ent o do seu fam iliar, não anula o sofr im ent o, m as os m ot iv os desse com eçam a ser rem ovidos e t am bém se m odifica o olhar de enfoque d o p r o b l em a. A f am íl i a ( o s f i l h o s e o s p ai s) d a d e p e n d e n t e , q u a n d o p a r t i ci p a m d o t r a t a m e n t o , cont ribuem para um excelent e prognóst ico com o na p r e v e n çã o d o a p a r e ci m e n t o d e n o v o s ca so s d e d e p e n d ê n c i a n a f a m íl i a( 2 7 ). O c u i d a d o c o m a

alim en t ação é u m a f or m a da f am ília colabor ar n o t r at am en t o.

Eu sou assim , às vezes estou sem fom e, m as m inha

filha faz com ida boa e eu com o... ( Rosa, 5º dia)

CONCLUSÃO

O a l i m e n t o , m u i t o m a i s d o q u e u m i n st r u m e n t o p a r a p r e e n ch e r u m a n e ce ssi d a d e f i si o l ó g i ca , d e v e se r p e r ce b i d o co m o u m a possibilidade - através do com er j unto - de transform ar o corpo doente em corpo sadio, não apenas do ponto d e v i st a f ísi co , m a s t a m b ém d o p si co l ó g i co . As em oções são m obilizadas e reorganizadas em t orno da m esa, cr iando e for t alecendo v ínculos ent r e os pacientes, com o terapeuta e com o serviço, facilitando a adesão e m otivando para o tratam ento. O alim ento pode ser considerado um a est rat égia de redução de danos, um a vez que, ao se alim ent ar, o dependent e quím ico m inim iza os danos físicos da subst ância no or ganism o. A int er venção de educação em nut r ição passa pelos com ponent es subj et ivos da alim ent ação e pelos relacionam ent os que se dão em t orno dela.

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Referências

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