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Análises morfológicas, histoquímicas e ultraestruturais do tubo digestivo de tambaqui Colossoma macropomum (Cuvier, 1816)

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RESSALVA

Atendendo solicitação do autor, o texto

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

UNESP

CENTRO DE AQUICULTURA DA UNESP

Análises morfológicas, histoquímicas e

ultraestruturais do tubo digestivo de tambaqui

Colossoma macropomum

(CUVIER, 1816)

Ricardo Hideo Mori

Zootecnista

(3)

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

UNESP

CENTRO DE AQUICULTURA DA UNESP

Análises morfológicas, histoquímicas e

ultraestruturais do tubo digestivo de tambaqui

Colossoma macropomum

(CUVIER, 1816)

Ricardo Hideo Mori

Orientador: Prof. Dr. Carlos Alberto Vicentini

Tese apresentada ao Programa de

Pós-graduação em Aquicultura do

Centro de Aquicultura da UNESP -

CAUNESP,

como

parte

dos

requisitos para obtenção do título

de Doutor.

(4)

Mori, Ricardo Hideo

M854a Análises morfológicas, histoquímicas e ultraestruturais do tubo digestivo de tambaqui Colossoma macropomum (CUVIER, 1816) / Ricardo Hideo Mori. –– Jaboticabal, 2016

iv, 68 p. : il. ; 29 cm

Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Centro de Aquicultura, 2016

Orientador: Carlos Alberto Vicentini

Banca examinadora: Maria Terezinha Siqueira Bombonato, Rita Luiza Peruquetti, Irani Quagio Grassiotto, Fernanda Antunes Alves da Costa

Bibliografia

1. Epitélio de revestimento. 2. Células secretoras. 3. Células

“rodlet”. 4. Mucossubstâncias. 5. Peixe Neotropical. I. Título. II.

Jaboticabal-Centro de Aquicultura.

CDU 639.3

(5)
(6)

DEDICATÓRIA

Aos meus pais, Sérgio e Cazue, meus maiores mestres

e minha querida esposa Renata.

(7)

AGRADECIMENTO ESPECIAL

Ao meu orientador

Prof. Dr. Carlos Alberto Vicentini

Pelos ensinamentos compartilhados, pela paciência e dedicação essenciais para o desenvolvimento deste trabalho e para meu crescimento acadêmico-científico. Pela amizade, apoio e compreensão

nos momentos mais difíceis.

(8)

AGRADECIMENTOS

A Deus, pela Vida, pelas oportunidades e por Sua presença em todos os momentos, iluminando os passos nesta caminhada.

Aos meus pais, Sérgio Tomio Mori e Cazue Moribe Horita Mori, por minha formação, por todo o apoio e por sempre acreditarem em mim.

À minha esposa e companheira, Renata, por estar sempre ao meu lado e nunca me deixar desistir.

À minha irmã e ao meu cunhado, Denise e Masa, por estarem sempre na torcida e fazerem ótimos jantares!

Às minhas sobrinhas, Ayumi e Midori, por sempre me fazerem sorrir.

À minha tia, Alice, por fazer-se sempre presente em minha vida, apoiando e torcendo. À toda minha família, pelo apoio e preocupação.

Aos meus sogros, Jorge e Leni, pela confiança e apoio.

À minha cunhada, Daniela, pela companhia e jantares japoneses.

Aos avós da minha esposa, Octacílio e Vilma, que me adotaram e me fizeram sentir parte desta família.

À Mayu, nossa cachorrinha, que apesar de não me deixar dormir, me recebe sempre alegremente ao retornar para casa e deixa minha esposa mais tranquila!

À Profa. Dra. Irene Bastos Franceschini Vicentini, pela atenção e colaboração.

Ao Centro de Aquicultura da UNESP CAUNESP, pela oportunidade de dar continuidade à

minha formação acadêmica.

A todos os funcionários do CAUNESP, em especial, David e Vera, por toda atenção e pronto atendimento.

Aos docentes do CAUNESP, do Dep. de Ciências Biológicas da FC/Bauru, do Dep. de Biologia e Zootecnia da UNESP/Ilha Solteira, da Universidade Estadual de Maringá e demais Campus que participaram de minha formação científica, pelo conhecimento compartido.

Ao Laboratório de Morfologia de Organismos Aquáticos LAMOA, da UNESP – Campus de Bauru por todo suporte oferecido.

Ao Centro de Microscopia Eletrônica do Instituto de Biociências do Campus de Botucatu UNESP, pelo processamento do material e disponibilidade dos equipamentos.

Ao amigo Claudemir, pela parceria em TODAS as horas, de pescarias a organização de casamento. Pelo apoio constante na realização deste trabalho, pelas inúmeras leituras e revisões. Aos companheiros e amigos do LAMOA, que auxiliaram, apoiaram e acreditaram no meu trabalho, me tratando sempre com respeito e consideração.

Ao técnico de laboratório, Antônio Carlos do Amaral, por todo auxílio, apoio e amizade. Às meninas de Bauru, pela amizade, ajuda e momentos de descontração.

Aos amigos de Graduação e Pós-Graduação, pelas discussões científicas e outras nem tão científicas assim.

A todos que de contribuíram na minha formação e na realização deste trabalho.

(9)

APOIO FINANCEIRO

Agradeço a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES),

pela concessão da Bolsa de Doutorado.

Ao Laboratório de Morfologia de Organismos Aquáticos (LAMOA) do Departamento

de Ciências Biológicas, da Faculdade de Ciências da UNESP, Campus Bauru, pelo suporte

técnico e financeiro.

Ao Laboratório de Reprodução de Peixes, do Centro de Aquicultura da

UNESP-CAUNESP, em especial a pessoa do Prof. Dr. Sergio Ricardo Batlouni, pelo fornecimento

(10)

Sumário

LISTA DE FIGURAS E TABELA ... 1

RESUMO ... 5

ABSTRACT ... 7

1. INTRODUÇÃO ... 9

1.1 Características da espécie estudada ... 11

1.2 Características do tubo digestivo de peixes ... 12

1.3 Objetivo ... 18

2. MATERIAL E MÉTODOS ... 19

2.1 Material de estudo ... 20

2.2 Anatomia Macroscópica ... 21

2.3 Microscopia de Luz ... 21

2.4 Histoquímica de mucossubstâncias ... 22

2.5 Microscopia Eletrônica de Transmissão ... 23

2.6 Microscopia Eletrônica de Varredura ... 24

3. RESULTADOS ... 25

3.1 Esôfago ... 26

3.2 Estômago ... 28

3.3 Intestino ... 30

4. DISCUSSÃO ... 48

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 58

(11)
(12)

Figura 1: A e B- Instalações do Centro de Aquicultura da UNESP, com destaque para

sistema de viveiro do Laboratório de Reprodução de Peixes. C- Exemplar de tambaqui, procedimento de eutanásia por saturação anestésica. D- Vista lateral de tambaqui exibindo parte do sistema digestório. Barra: C- 5 cm; D- 5 cm. ... 20

Figura 2: Características macroscópicas do tubo digestivo de Colossoma macropomum.

Legendas: es-esôfago, et-estômago, cp-cecos pilóricos, ia-intestino anterior, im-intestino médio, ip-intestino posterior, re-reto. Barra: 2 cm. ... 33

Figura 3: Estrutura geral do tubo digestivo de Colossoma macropomum. A- Vista anterior

do estômago (et) e cecos pilóricos (cp), destacando o estômago repleto de alimento. B- Análise macroscópica do estômago (et) e cecos pilóricos (cp) após a fixação. Notar o tamanho do estômago vazio. C- Corte longitudinal do tubo digestivo evidenciando o esôfago (es), estômago dividido em regiões cárdica (ca), fúndica (fu) e pilórica (pi). Notar a presença de esfíncter pilórico na transição do estômago/intestino anterior (**), cecos pilóricos (cp) e início do intestino anterior (ia). Barra: A- 2 cm; B- 1 cm; C- 0,5 cm. ... 33

Figura 4: Características macroscópicas das pregas do tubo digestivo de Colossoma macropomum. A- Pregas longitudinais do esôfago. B- Pregas longitudinais da região cárdica

do estômago. C- Pregas longitudinais da região fúndica do estômago. D- Pregas longitudinais da região pilórica do estômago. E- Pregas em zigue-zague dos cecos pilóricos. F- Pregas circulares do intestino anterior. G- Pregas circulares do intestino médio. H- Pregas circulares do intestino posterior. I- Pregas longitudinais do reto. Observação: setas indicam o sentido da passagem do alimento. Barra: A, B, C, D, E, G, H- 2 mm; I- 500 µm. ... 34

Figura 5: Estrutura histológica de diferentes regiões do tubo digestivo de Colossoma macropomum corados com tricrômico de Masson. Destaque para a camada muscular com

diferentes disposições e espessuras. A- Esôfago (corte longitudinal). B- Região fúndica do estômago (corte transversal). C- Cecos pilóricos (corte transversal). D- Intestino anterior (corte transversal). E- Reto (corte longitudinal). Legenda: ml-camada muscular longitudinal e mc-camada muscular circular. ... 35

Figura 6: Características histológicas do esôfago de Colossoma macropomum. A- Corte

transversal evidenciando prega (pr), tecido adiposo (ta) e a disposição das camadas musculares longitudinal interna (ml) e circular externa (mc) (AT). B- Detalhe do epitélio de revestimento com numerosas células caliciformes (cc) (HE). C- Visão detalhada do epitélio estratificado pavimentoso constituído por células caliciformes (cc) e células epiteliais (seta) (AT). Barra: A- 500 µm; B- 30 µm; C- 20 µm. ... 36

Figura 7: Eletronmicrografias do esôfago de Colossoma macropomum. A e B-

(13)

3 Figura 8: Características histológicas e ultraestruturais do epitélio do estômago de Colossoma macropomum. A- Corte transversal da região fúndica evidenciando o epitélio

simples colunar (ep) e fosseta gástrica (seta) (HE). B- Corte transversal do epitélio da região pilórica evidenciando o epitélio simples colunar (ep) (AT). C- Eletronmicrografia de varredura da superfície epitelial do estômago, notar a grande quantidade de muco (*). D- Eletronmicrografia de varredura da superfície epitelial do estômago mostrando o formato poliédrico da superfície das células epiteliais. Barra: A e B- 20 µm; C- 100 µm; D- 10 µm. . 38

Figura 9: Características histoquímicas e ultraestruturais do epitélio de revestimento do estômago de Colossoma macropomum. A- Eletronmicrografia de transmissão das células

epiteliais (ce) com núcleo (n) alongado localizado no terço basal da célula. B- Eletronmicrografia de transmissão, com destaque para os grânulos de secreção (gs) na região apical das células epiteliais e a presença de muco na superfície luminal (mu). C- Reação PAS positiva evidenciando grânulos de secreção. D- Eletronmicrografia de transmissão da região apical do epitélio do estômago, notar desmossomos (seta). E- Destaque para os grânulos de secreção (gs) da região apical do epitélio do estômago, mitocôndrias (mt) e desmossomo (seta). Barra: A e B- 5µm; C- 10 µm; D- 1 µm; E- 500 nm. ... 39

Figura 10: Características histológicas e ultraestruturais das glândulas gástricas das regiões cárdica e fúndica do estômago de Colossoma macropomum. A- Corte transversal

da região cárdica do estômago evidenciando as glândulas gástricas tubulares (gg) envoltas por tecido conjuntivo (tc) e a fosseta gástrica (seta) (HE). B- Corte transversal das glândulas gástricas (gg) constituídas por células oxintopépticas (*), notar a luz da glândula (lg) (AT). C- Eletronmicrografia de transmissão da glândula gástrica, destacando as células oxintopépticas (*), com núcleo arredondado (n) e sistema vesículo-tubular (vt). D- Eletronmicrografia de transmissão da célula oxintopéptica com destaque para as características da região perinuclear. Notar as vesículas de secreção (vs) e numerosas mitocôndrias (mt). Barra: A e B- 20 µm; C- 5 µm; D- 1 µm. ... 40

Figura 11: Características histológicas e ultraestruturais do intestino de Colossoma macropomum. A- Corte transversal evidenciando a prega intestinal (pr) (HE). B- Corte

transversal evidenciando o epitélio simples colunar com a presença de células caliciformes (*), borda em escova (cabeça de seta) e enterócitos (et) (AT); C- Eletronmicrografia de varredura da superfície epitelial, notar as pregas (pr) e um cordão de muco (mu). D- Eletronmicrografia de varredura da superfície epitelial. Notar a abertura das células caliciformes com presença de muco (seta) e acúmulo muco na superfície epitelial (mu). Barra: A- 200 µm; B- 20 µm; C- 1 mm; D- 20 µm. ... 41

Figura 12: Eletronmicrografias de transmissão do intestino de Colossoma macropomum. A- Epitélio intestinal evidenciando os enterócitos (et) com núcleo alongado (n) e a presença

(14)

Figura 13: Características histológicas e ultraestruturais dos cecos pilóricos de Colossoma macropomum. A- Corte transversal evidenciando prega (pr) (HE). B- Corte

transversal evidenciando o epitélio simples colunar com célula caliciforme (cc), borda em escova (cabeça de seta) e enterócitos (et) (AT). C- Eletronmicrografia de varredura evidenciando o padrão de pregas em zigue-zague. D- Eletronmicrografia de varredura da superfície epitelial. Notar a abertura das células caliciformes (setas). E- Eletronmicrografia de transmissão do epitélio evidenciando enterócitos com núcleo arredondado (n) e microvilosidades (cabeça de seta). F- Eletronmicrografia de transmissão do epitélio com destaque para as microvilosidades (mv), numerosas mitocôndrias (*) e complexos juncionais (cj) nos enterócitos. Barra: A- 60µm; B- 6µm; C- 1 µm; D- 50 µm; E- 5 µm; F-1 µm. ... 43

Figura 14: Características histológicas e histoquímicas do reto de Colossoma macropomum. A- Epitélio de revestimento (AT). B- Destaque para a grande concentração de

células caliciformes (*) do epitélio de revestimento (HE). C- Células caliciformes (*) com reação forte ao AB (pH 1,0). Barra: A- 30 µm; B e D- 20 µm. ... 44

Figura 15: Características histológicas e ultraestruturais das células “rodlet” presentes

no intestino de Colossoma macropomum. A- Epitélio dos cecos pilóricos com destaque para célula “rodlet” (seta) (AT). B- Epitélio do intestino anterior com destaque para a célula

“rodlet” (seta) (AT). C- Epitélio do intestino médio, destaque para reação PAS positiva nos

bastonetes das células “rodlet” (cabeça de seta). D- Eletronmicrografia de transmissão

evidenciando a capsula fibrosa (cf), mitocôndria (*), bastonetes (cabeça seta) e o as junções

de membrana (jm) da célula “rodlet” com enterócitos. Legenda: cc- célula caliciforme. Barra:

A, B, C- 6 µm; D- 1µm. ... 44

Figura 16: Características histoquímicas do esôfago e estômago de Colossoma macropomum. A- Células caliciformes (cc) do esôfago apresentando reação forte ao AB (pH

2,5). B- Células caliciformes (cc) do esôfago apresentando reação forte ao PAS. C- Fossetas gástricas da região fúndica do estômago apresentando reação fraca ao AB (pH 2,5). D- Epitélio de revestimento (*) da região fúndica do estômago apresentando reação forte e glândulas gástricas (gg) apresentando reação moderada ao PAS. ... 46

Figura 17: Características histoquímicas do intestino de Colossoma macropomum. A-

Células caliciformes (*) dos cecos pilóricos apresentando reação forte ao PAS. B- Células caliciformes (*) do intestino anterior apresentando reação forte ao AB (pH 1,0). C- Células caliciformes (*) do intestino médio apresentando reação forte ao PAS. D- Células caliciformes (*) do reto apresentando interação entre as reações AB (pH 2,5) + PAS, com predomínio de mucossubstâncias ácidas. ... 47

Tabela1: Análise histoquímica de mucossubstâncias nas diferentes regiões do tubo digestivo

(15)
(16)

Este trabalho descreveu o tubo digestivo de tambaqui (Colossoma macropomum), por meio de estudos anatômicos, histológicos, histoquímicos e ultraestruturais. Fragmentos de esôfago, estômago e intestino foram destinados para rotinas morfológicas e histoquímicas de mucossubstâncias. Esta espécie apresentou esôfago curto, estômago sifonal em U com pregas longitudinais espessas e intestino com pregas circulares relacionadas ao aumento do tempo de retenção do alimento. Cecos pilóricos também foram observados no intestino, associados à digestão e aumento da superfície de absorção. O esôfago apresentou epitélio estratificado pavimentoso, composto por células epiteliais com microssaliências digitiformes na superfície e células caliciformes com citoplasma repleto de grânulos de secreção, composto por mucossubstâncias neutras e ácidas. O estômago foi dividido em regiões cárdica e fúndica glandulares e região pilórica aglandular com presença de esfíncter pilórico. O epitélio de revestimento gástrico apresentou-se simples colunar com mucossubstâncias apicais que protegem a mucosa. O intestino apresentou epitélio simples colunar composto principalmente por enterócitos com microvilosidades apicais e células caliciformes que aumentaram em número na direção aboral. As células caliciformes mostraram grânulos de secreção, importantes para proteção, lubrificação e transformação do alimento em quimo. Ainda, observou-se células “rodlet” no epitélio intestinal associadas ao sistema imune de teleósteos. Os resultados apresentados possibilitaram correlacionar as características morfofuncionais do tubo digestivo de C. macropomum com outras espécies de diferentes hábitos alimentares, contribuindo para o desenvolvimento de estudos nutricionais, essenciais para a melhoria da piscicultura nacional.

(17)
(18)

The digestive tube of Colossoma macropomum, popularly known as tambaqui, was described by anatomic, histologic, histochemical and ultrastructural studies. Fragments of the esophagus, stomach and intestines were used for morphological and histochemical routine assays in mucosubstances. The C. macropomum has a short esophagus, a U-shaped syphon stomach with thick longitudinal folds and an intestine with circular folds related to an increase in time retention of food. Pyloric caeca were also reported in the intestine, associated with digestion and increase of the absorption surface. The esophagus showed a stratified epithelium composed of epithelial cells with fingerprint-like microridges on the cellular surface and goblet cells with cytoplasm filled with secretion granules composed of neutral and acid mucosubstances. The stomach was divided into the glandular cardic and fundic regions and aglandular pyloric region with pyloric sphincter. The lining gastric epithelium was simple columnar with apical mucosubstances that protects the mucosa. The intestine has a simple columnar epithelium mainly composed of enterocytes with apical microvillis and goblet cells that increased in number in the aboral direction. Goblet cells had secretion granules for protection, lubrication and transformation of food in chyme. Rodlet cells were also reported in the intestinal epithelium associated with the immune system of teleosts. The results correlated the morphofunctional characteristics of the digestive tube of C.

macropomum with other species with different feeding habits, contributing to the

development of nutritional studies for the improvement of Brazilian fish culture.

(19)

9

(20)

O Brasil apresenta grande disponibilidade de recursos hídricos continentais e marinhos,

além de condições ambientais e climatológicas altamente favoráveis ao desenvolvimento da

aquicultura (FAO, 2014). O país tem grande mercado interno e empresas competitivas para o

processamento dos produtos aquícolas. No entanto, a participação das espécies nativas na

piscicultura brasileira fica abaixo dos 20% (PINHEIRO, 2014), estando a maior parte da

produção nacional baseada em espécies exóticas, o que pode causar diversos problemas

ambientais. Além disso, cabe destacar que a legislação brasileira (IBAMA, 1998) limita a

criação de espécies exóticas em diferentes corpos de água. Assim sendo, o desenvolvimento

de sistemas de criação eficientes para espécies nativas é essencial para o crescimento da

piscicultura nacional.

Para uma produção mais sustentável e competitiva, a criação de peixes nativos deve ser

estimulada com o desenvolvimento de pesquisas que envolvam a compreensão da biologia

das espécies, bem como as tecnologias da cadeia produtiva (PINHEIRO, 2014). Neste

contexto, o conhecimento das características morfofisiológicas do tubo digestivo das espécies

nativas é indispensável para embasar estudos direcionados a criação, visando aumentar a

produtividade, diminuir custos de produção e minimizar os impactos ambientais (ROSA e

LIMA, 2008). Estes estudos são prioritários para melhorar o cenário atual da piscicultura,

proporcionando subsídios para a produção de peixes em cativeiro.

O Brasil tem todo seu território localizado na região Neotropical, que apresenta uma

grande diversidade de espécies de peixes, com cerca de 4500 espécies já catalogadas, e muitas

outras em processo de identificação (FAO, 2014). De acordo com BALDISSEROTTO e

GOMES (2010), um grande número dessas espécies apresenta potencial para utilização em

piscicultura, como Arapaima gigas (pirarucu), Astyanax altiparanae (lambari do rabo

amarelo), Brycon amazonicus (matrinxã), Pseudophatystoma corruscans (pintado), Piaractus

(21)

11

uma espécie que se destaca por apresentar diversas características que possibilitam a criação

em praticamente todos os estados brasileiros (ARAUJO-LIMA e GOULDING, 1997).

1.1 Características da espécie estudada

O tambaqui, Colossoma macropomum (CUVIER, 1816), pertence à ordem

Characiformes e família Serrasalmidae. Ocorre naturalmente nas bacias do rio Amazonas e

Orinoco, onde as águas são ricas em nutrientes, com temperatura média entre 25 e 34ºC

(BALDISSEROTTO e GOMES, 2010). É considerado o segundo maior peixe de escamas da

América do Sul, perdendo em porte apenas para o Arapaima gigas (SOUZA, 2004). O

tambaqui apresenta corpo romboide com coloração parda na metade superior e preta na

metade inferior. Possui boca terminal com dentes molariformes e incisiformes, que durante

período de inundação das florestas permitem ao animal quebrar sementes e frutos de

seringueiras e palmeiras (GRAÇA e PAVANELLI, 2007).

A alimentação natural das larvas consiste em zooplâncton, com preferência para

cladóceros e copépodos. Na fase juvenil, o tambaqui continua a predar invertebrados mas

incorpora sementes e frutas pequenas em sua dieta. Os animais adultos são considerados

onívoros com tendência a herbivoria, alimentando-se principalmente de sementes e frutas e

ocasionalmente de folhas e pequenos animais (ARAUJO-LIMA e GOULDING, 1997).

A intensificação da pesca tem aumentado a pressão sobre os estoques pesqueiros de

tambaqui (FURTADO, 1990; DEUS et al., 2010). Como consequência, conseguir grandes

exemplares da espécie (maiores que 50 cm) demanda cada vez mais esforço por parte dos

pescadores da região Norte, aumentado os custos para a captura do pescado (DEUS et al.,

2010). De acordo com SOUSA et al. (2008), a captura do tambaqui tem se tornado cada vez

mais incerta, gerando um grande problema social, visto que muitas comunidades ribeirinhas

da região amazônica dependem da pesca para manutenção de suas famílias. Nesse sentido,

(22)

espécie em pisciculturas, tanto para geração de renda extra para famílias ribeirinhas, quanto

para instalação de empreendimentos para produção em escala comercial, diminuindo assim a

pressão sobre estoques naturais.

Entre as espécies nativas brasileiras, o tambaqui é a mais utilizada em piscicultura

devido as características muito favoráveis à criação, tais como: fácil obtenção de juvenis, bom

potencial de crescimento, alta produtividade e rusticidade, além de ser muito apreciada pela

qualidade e sabor de sua carne (BALDISSEROTTO e GOMES, 2010). A demanda pela carne

e a queda nos estoques naturais estão entre as principais razões pelas quais muitos

pesquisadores e produtores têm intensificado esforços para estabelecer um pacote tecnológico

para criação do tambaqui (BALDISSEROTTO e GOMES, 2005; SOUSA et al., 2008).

Apesar disso, estudos que contemplem o entendimento da morfofisiologia do sistema

digestório são escassos na literatura, dificultando o desenvolvimento de estudos nutricionais,

preparo de rações, manejo alimentar e minimização dos impactos ambientais gerados pela

atividade de piscicultura (FERNANDES et al., 2014).

1.2 Características do tubo digestivo de peixes

A morfologia do tudo digestivo tem sido descrita em diversas espécies de peixes

(TIBBETS, 1997; FISHELSON et al., 2012; LØKKA et al., 2013; GONÇALVES et al., 2013;

FACCIOLI et al., 2014). Os resultados apresentados indicam amplas variações tanto na

morfologia quanto nas funções, o que retrata a elevada diversidade dos teleósteos e suas

diferentes posições na cadeia trófica. A estrutura básica do sistema digestório de peixes

compreende uma divisão em bucofaringe, esôfago, estômago, intestino e glândulas anexas.

De modo geral, a parede do tubo digestivo apresenta camada mucosa, submucosa, muscular e

serosa, assim como o observado em outros vertebrados (DÍAZ et al., 2003). Porém, algumas

espécies de peixes apresentam diferenças marcantes como a ausência de estômago, presença

(23)

13

intestino e composição de células, principalmente as secretoras, sendo essas diferenças

relacionadas com o hábito alimentar da espécie (SMITH, 1989).

De acordo com os itens alimentares predominantes na dieta natural, o hábito alimentar

dos peixes é comumente dividido em herbívoro, onívoro e carnívoro (GONÇALVES et al.,

2013). De maneira geral os carnívoros apresentam estômago grande e elástico e intestino

curto, enquanto espécies herbívoras apresentam estômago pequeno e intestino longo

(ABELHA et al. 2001). Porém, para onívoros, essas generalizações não são possíveis devido

à grande variabilidade morfológica encontrada no sistema digestório (ALBRECHT et al.,

2001).

O esôfago de peixes é normalmente tubular, curto e com luz ampla. A principal função

deste órgão é conduzir o alimento da bucofaringe ao estômago ou intestino no caso de peixes

agástricos. Em peixes euralinos, como o salmão, o esôfago tem função osmorreguladora,

permitindo que vivam em águas com diferentes salinidades (STIVENS e HUME, 2004). A

superfície interna do esôfago de peixes, geralmente apresenta pregas para a distensão do

órgão. De acordo com HERNÁNDEZ et al. (2009), Rhamdia quelen apresentou pregas

primárias, secundárias e algumas terciárias, aparecendo desde a região da bucofaringe até a

porção posterior do esôfago. O esôfago apresenta a camada mucosa com epitélio de

revestimento variável de acordo com a espécie estudada, podendo ser colunar simples, como

em Chelmon rostratus (TAN e TEH, 1974), pseudoestratificado, como em Leporinus

taeniofasciatus (ALBRECHT et al., 2001), e estratificado pavimentoso como em

Hemisorubim platyrhynchos (FACCIOLI et al., 2014). Os principais tipos celulares

evidenciados no epitélio esofágico são as células epiteliais e as células secretoras (ELBAL e

AGULLEIRO, 1986; SARASQUETE et al., 2001; CARRASSÓN et al., 2006; NAGUIB et

al., 2011). Em relação às células secretoras, há divergência quanto à nomenclatura, sendo

classificadas como caliciformes (SARASQUETE et al., 2001; CAO e WANG, 2009;

(24)

DOMENEGHINI et al., 2002; DÍAZ et al., 2003; LEKNES, 2011). Porém, de acordo com

GÓES e TABOGA (2005), o termo células caliciformes é aplicado a diversos tipos celulares

que, mesmo apresentando algumas variações fenotípicas durante sua diferenciação,

estabelecem como principal atividade metabólica a produção de mucossubstâncias.

As mucossubstâncias secretadas pelas células caliciformes esofágicas, recobrem a

superfície epitelial formando uma barreira protetora, evitando lesões que possam ocorrer

durante a passagem do alimento e atuando na defesa física e imunológica contra

microrganismos (HUMBERT et al., 1984; LEKNES, 2011). As mucossubstâncias são

responsáveis também pela lubrificação do epitélio (TIBBETTS, 1997; DÍAZ et al., 2008), por

auxiliar a digestão enzimática (CAO e WANG, 2009) e transformar o alimento em quimo

(MURRAY et al., 1996).

Em relação as células epiteliais esofágicas, estudos ultraestruturais mostraram a

presença de microssaliências digitiformes na superfície apical (MORRISON, 1987; GRAU et

al., 1992; ARELLANO et al., 2001; ELBAL e AGULLEIRO, 1986; CARRASSÓN et al.,

2006; FACCIOLI et al., 2015). Essas microssaliências protegem a superfície epitelial e

ancoram as mucossubstâncias secretadas pelas células caliciformes (HUMBERT et al., 1984;

GRAU et al., 1992; MURRAY et al., 1994). Ainda, essas células podem estar associadas à

absorção de fluidos e íons (ELBAL e AGULLEIRO, 1986; CARRASSÓN et al., 2006).

O estômago de teleósteos foi classificado em três categorias anatômicas gerais: sifonal,

cecal e retilíneo (BÉRTIN, 1958). Leporinus macrocephalus possui estômago do tipo cecal

em formato de Y (RODRIGUES et al., 2008). Em Prochilodus lineatos, MORAES et al.

(1997) observaram que o estômago era cecal em formato de U. Em Rhamdia quelen, o

estômago, em forma de J, é um saco muscular que apresenta dobras amplas e profundas

quando em estado de repouso (HERNÁNDEZ et al., 2009).

O estômago é dividido em três regiões histologicamente distintas: cárdica, fúndica e

(25)

15

HERNÁNDEZ et al. (2009), Rhamdia quelen apresentou estômago com região cárdica

aglandular, enquanto a região fúndica era glandular e mais desenvolvida e a pilórica menos

desenvolvida. Em Prochilodus lineatus, MAKINO (2010) observou que a região cárdica

apresentou mucosa bem desenvolvida, repleta de glândulas tubulares em sua lâmina própria,

enquanto que regiões fúndica e pilórica eram aglandulares. Por outro lado, FACCIOLI et al.

(2014), observaram em Hemisorubim platyrhynchos que as regiões cárdica e fúndica eram

glandulares enquanto a região pilórica não apresentou glândulas.

A mucosa gástrica é revestida por epitélio colunar simples, com mucossubstâncias

apicais geralmente neutras, identificadas por reações histoquímicas com ácido periódico de

Schiff (DOMENEGHINI et al., 2005; HERNÁNDEZ et al., 2009; DÍAZ et al., 2008;

FACCIOLI et al., 2014). Essas mucossubstâncias são necessárias para a manutenção da

superfície gástrica (FERRARIS et al., 1987; DOMENEGHINI et al., 2005). De acordo com

PEDINI et al. (2005), além da função protetora, a presença de mucossubstâncias neutras pode

ser evidência de absorção e transporte de macromoléculas através de membranas. A presença

de mucossubstâncias no epitélio gástrico também foi evidenciada em Oncorhynchus mykiss

(OSTOS-GARRIDO et al., 1993) e em Hemisorubim platyrhynchos (FACCIOLI et al., 2014)

por microscopia eletrônica de transmissão, sendo compostas por grânulos de tamanhos e

formas diferentes, secretados para o lúmen gástrico por exocitose.

As glândulas gástricas são constituídas por um único tipo celular, as células

oxintopépticas (OSTOS-GARRIDO et al., 1996). Essas células apresentam numerosas

mitocôndrias, o que reflete alta exigência de energia (MATTISON e HOLSTEIN, 1980).

Além disso possuem complexo de Golgi e retículo endoplasmático rugoso bem desenvolvidos

(SUÍÇMEZ e ULUS, 2005; OSTOS-GARRIDO et al., 1993). De acordo com NAGUIB et al.

(2011), as células oxintopépticas apresentaram numerosos grânulos de secreção, associados

(26)

diversos autores relataram a presença de sistema túbulo-vesicular nessas células

(OSTOS-GARRIDO et al., 1993; FACCIOLI et al., 2014).

Após o início do processo de digestão no estômago, o bolo alimentar segue para o

intestino. Na literatura especializada, existem diferentes critérios e grande discordância

quanto à divisão dos segmentos intestinais em peixes. Alguns estudos estão fundamentados

em características anatômicas, outros na histologia, e ainda outros em considerações

funcionais (LOGATO, 1995). Segundo critérios histofisiológicos, o intestino pode ser

dividido em: anterior, relacionado com a absorção de gorduras (NACHI et al., 1998); médio,

responsável pela absorção de macromoléculas proteicas (STROBAND e KROON, 1981;

STROBAND e van der VEEN, 1981) e posterior, relacionado com a absorção de água e

eletrólitos (STROBAND et al., 1979). Ainda, diversas espécies apresentam evaginações

digitiformes da parede intestinal, os cecos pilóricos (ALBRECHT et al., 2001; RODRIGUES

et al., 2008). Essas estruturas apresentam-se tubulares em fundo cego e abrem-se no intestino

anterior, individualmente ou agrupadas (ROTTA, 2003). De acordo com HOUSSAIN e

DUTTA (1998), os cecos variam muito em número entre espécies e até mesmo entre

indivíduos da mesma espécie.

A mucosa intestinal é revestida por epitélio simples colunar com dois tipos celulares

principais: células absortivas ou enterócitos, que são células colunares com núcleo oval e

microvilosidades na região apical; e células caliciformes, que estão arranjadas entre os

enterócitos, aumentando em número para a porção final do intestino (HERNÁNDEZ et al.,

2009). Segundo GRAU et al. (1992), a caracterização histoquímica de mucossubstâncias do

canal alimentar em peixes, varia consideravelmente de acordo com a espécie estudada e com

cada região do tubo digestivo. Essas mucossubstâncias estão envolvidas em diversos

processos fisiológicos, como lubrificação, digestão, promoção da absorção macromolecular,

tampão de fluido intestinal, prevenção de danos proteolíticos ao epitélio e defesa contra

(27)

17

A caracterização ultraestrutural dos enterócitos pode auxiliar na compreensão da função

das diferentes regiões intestinais. Os enterócitos relacionados com absorção de gordura

apresentaram grandes e numerosas vesículas delimitadas por membranas com conteúdo claro

localizado na região supranuclear (MORRISON, 1987; GRAU et al., 1992; MURRAY et al.,

1996; CARRASSÓN et al., 2006). De acordo com ARELLANO et al. (2001), os enterócitos

da região anterior do intestino de Solea senegalensis apresentaram quilomicrons, indicando

absorção de gorduras. Por outro lado, regiões intestinais relacionadas com absorção proteica

apresentaram enterócitos com elaborado sistema de invaginações de membrana, canais

citoplasmáticos, vesículas de pinocitose e sistema lisossomal bem desenvolvido (GARGIULO

et al., 1998). De acordo com ABAURREA-EQUISOAÍN et al. (1993), as membranas

celulares estão envolvidas na absorção por pinocitose de macromoléculas de proteínas,

configurando uma via alternativa da digestão em teleósteos, complementar ao estômago

(GARGIULO et al., 1998).

Outro tipo celular que pode ocorrer no intestino, sendo exclusivamente de teleósteos,

são as células “rodlet” ou células com bastonetes. Essas células foram descritas em vários

órgãos como brânquias, pele, timo, rim, coração e intestino geralmente associadas ao epitélio

(REITE, 2005). Porém, nem todas as espécies de teleósteos apresentam esse tipo celular e

ainda é possível que dentro da mesma espécie, as células “rodlet” estejam presentes em alguns

indivíduos e ausentes em outros (REITE, 2005; DEPASQUALE, 2014). Existe grande

discordância na literatura quanto às funções das células “rodlet”. Alguns autores consideram

que essas células fazem parte do sistema imunológico, com base em experimentos que

demonstraram um aumento do número desse tipo celular em peixes infectados por patógenos

(MANERA e DEZFULI, 2004; REITE e EVENSEN, 2006; DEZFULI et al., 2008). Ainda,

células “rodlet” podem apresentar potencial para atuar como biomarcadores (WILSON e

CASTRO, 2010). Estudos experimentais que analisaram peixes expostos a substâncias

(28)

(IGER e ABRAHAM, 1997). Pouco se sabe sobre a presença desse tipo celular em teleósteos

neotropicais, sendo a maioria dos estudos conduzidos em espécies europeias e

norte-americanas (MANERA e DEZFULI, 2004).

Diante do exposto, a finalidade deste estudo foi prover maiores informações sobre as

adaptações tróficas dos peixes com relação ao hábito alimentar onívoro, visando melhorar o

manejo e criação em pisciculturas, visto que estudos morfofisiológicos fornecem subsídios

para pesquisas sobre os aspectos ecológicos, evolutivos, fisiológicos, patológicos e

principalmente nutricionais.

1.3 Objetivo

O objetivo deste trabalho foi descrever as características anatômicas, histológicas,

histoquímicas e ultraestruturais do tubo digestivo de C. macropomum. Os dados produzidos

contribuirão para uma melhor compreensão da morfofisiologia do tubo digestivo de peixes

neotropicais, de hábito alimentar onívoro com tendência a herbivoria, além de fornecer bases

para estudos posteriores que envolvam alimentação e/ou sanidade estimulando assim o

desenvolvimento da piscicultura. Cabe ainda destacar, que estudos morfológicos abrangentes

são inéditos em C. macropomum. Assim, foram analisadas:

 As características anatômicas gerais de órgãos do tubo digestivo (esôfago, estômago e

intestino);

 As características histológicas e histoquímicas de diferentes segmentos do tubo

digestivo;

 As características da superfície interna de órgãos do tubo digestivo sob microscopia

eletrônica de varredura e características ultraestruturais do epitélio de revestimento sob

(29)
(30)

O Colossoma macropomum é uma espécie onívora com tendência a herbivoria da região

Neotropical. Sua dieta natural é composta principalmente por sementes e frutas, porém outros

itens podem ser consumidos, como folhas e pequenos animais. Espécies com estas

características alimentares são consideradas promissoras para a criação em pisciculturas, uma

vez que podem aproveitar de maneira eficiente diversos tipos de alimento, devido a

adaptações morfofisiológicas do seu tubo digestivo.

Os estudos morfológicos e histoquímicos realizados evidenciaram que o esôfago

apresentou grande quantidade de células caliciformes, que secretam mucossubstâncias neutras

e ácidas para lubrificação e proteção epitelial. Essas mucossubstâncias são ancoradas

fortemente nas microssaliências digitiformes das células epiteliais, formando uma superfície

altamente lubrificada, que permite ao C. macropomum a ingestão de alimentos secos sem

causar lesões ao órgão. Desta forma o animal pode ingerir rapidamente uma ração peletizada

ou extrusada, diminuindo a lixiviação de nutrientes na água.

A distensibilidade observada no estômago de C. macropomum permite ao órgão receber

e armazenar grande quantidade de alimento. Esta característica é desejável em sistemas de

pisciculturas, pois interfere na frequência de arraçoamento, podendo assim diminuir os custos

com manejo alimentar. Além disso, a grande quantidade de glândulas gástricas observadas

nas regiões cárdica e fúndica do estômago e a parede muscular espessa do órgão auxiliam na

digestão e mistura eficiente do alimento com os sucos gástricos.

Embora, o coeficiente intestinal de C. macropomum seja de 1,24, o intestino apresenta

estruturas relacionadas ao aumento de tempo de passagem do alimento, tais como: pregas

circulares e cecos pilóricos. O maior tempo de retenção possibilita o aproveitamento de

alimentos de difícil digestão, assim é possível utilizar ingredientes substitutivos na ração,

melhorando a rentabilidade da produção. Finalmente, o alimento não digerido e não

aproveitado, pode transitar facilmente nas regiões finais do tubo digestivo, devido ao muco

(31)

60

regiões. Cabe ainda destacar, que foram identificadas células “rodlet” no intestino de C.

macropomum, possivelmente relacionadas a resposta imunológica. Nesse sentido, espécies

que apresentam esse tipo celular podem fornecer uma resposta mais rápida aos desafios

sanitários encontrados em piscicultura.

Tendo em vista que um dos principais objetivos dos empreendimentos aquícolas é a

produção com mínimo custo, as características morfofisiológicas descritas no presente

trabalho podem contribuir para o desenvolvimento de dietas mais eficientes e melhoria do

manejo. Além disso, os resultados apresentados são a base para experimentação de técnicas

(32)
(33)

62

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Referências

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