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Socialização profissional: estudantes tornando-se enfermeiros.

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Academic year: 2017

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SOCI ALI ZAÇÃO PROFI SSI ONAL: ESTUDANTES TORNANDO-SE ENFERMEI ROS

Gilber t o Tadeu Shiny ashik i1 I sabel Am élia Cost a Mendes2 Mar ia Au x iliador a Tr ev izan2 René A Day3

Habit u alm en t e, as f acu ldades são av aliadas pela qu alidade do con h ecim en t o e t r ein am en t o t écn ico propiciados ao est udant e e pouca at enção é dada à aquisição dos valores, com port am ent os e at it udes necessários par a assum ir seu papel pr ofissional. Est e est udo ex plor at ór io t em o obj et iv o de aum ent ar a com pr eensão do p r ocesso d e socialização p r of ission al q u e ocor r e n as f acu ld ad es d e en f er m ag em e d os r esu lt ad os ob t id os at r av és d a so ci al i zação d o s v al o r es e n o r m as p r o f i ssi o n ai s. A ex p er i ên ci a ed u caci o n al v i v en ci ad a p el o s est u d an t es d e en f er m ag em en v olv e m ais d o q u e u m cor p o d e con h ecim en t os cien t íf icos e a aq u isição d e habilidades para cuidar do pacient e. Um a am ost ra de 278 est udant es de duas faculdades públicas de enferm agem n o est ado de São Pau lo pr een ch eu qu est ion ár ios, 1 6 4 da facu ldade A e 1 1 4 da facu ldade B. Os r esu lt ados i n d i ca m q u e a l g u n s v a l o r es, n o r m a s e co m p o r t a m en t o s p r o f i ssi o n a i s sã o i n f l u en ci a d o s p el o t em p o d e perm anência na escola, e que est udar durant e quat ro anos em um a faculdade de Enferm agem leva a diferenças de v alor es, n or m as e com por t am en t os pr ofission ais.

DESCRI TORES: i n st i t u i çõ es d e en si n o su p er i o r ; v a l o r es so ci a i s; ed u ca çã o em en f er m a g em ; esco l a s d e en fer m agem ; est u dan t es de en fer m agem ; papel do pr ofission al de en fer m agem

PROFESSI ONAL SOCI ALI ZATI ON: STUDENTS BECOMI NG NURSES

Usually colleges ar e ev aluat ed by t he qualit y of t he k now ledge and t echnical t r aining offer ed t o t he st udent s. Lit t le at t ent ion is given t o t he acquisit ion of t he values, behaviors and at t it udes necessary t o assum e t heir pr ofessional r ole. This ex plor at or y st udy aim s t o incr ease under st anding of t he pr ofessional socializat ion process t hat occurs at nursing schools and t he result s obt ained t hrough t he socializat ion of professional values and st andards. The educat ional experience of nursing st udent s involves m ore t han a body of scient ific knowledge and t he acquisit ion of abilit ies t o provide care t o pat ient s. Quest ionnaires were filled out by 278 st udent s of t wo public Nursing Schools in São Paulo st at e, 164 in school A and 114 in school B. The result s indicat ed t hat som e pr ofessional v alues, nor m s and behav ior s ar e influenced by College y ear s, st udy ing at a College of Nur sing dur ing four y ear s leads t o a differ ence in v alues, nor m s and pr ofessional behav ior .

DESCRI PTORS: h igh er edu cat ion in st it u t ion s; social v alu es; edu cat ion , n u r sin g; sch ools, n u r sin g; st u den t s, nur sing; nur se's r ole

SOCI ALI ZACI ÓN PROFESI ONAL: ESTUDI ANTES VOLVI ÉNDOSE ENFERMEROS

Habit u alm en t e, las f acu lt ades son ev alu adas por la calidad del con ocim ien t o y capacit ación t écn ica ofr ecidos a los alum nos, y se da poca at ención a la adquisición de los v alor es, com por t am ient os y act it udes necesarios para asum ir su papel profesional. La finalidad de est e est udio explorat orio es aum ent ar la com prensión acer ca del pr oceso de socialización pr of esion al qu e ocu r r e en f acu lt ades de en f er m er ía y de los r esu lt ados alcanzados a t r av és de la socialización de v alor es y nor m as pr ofesionales. La ex per iencia educacional abar ca m ás que un cuer po de conocim ient os cient íficos y la adquisición de habilidades de les cuidar a los pacient es. Cuest ionar ios fuer on llenados por una m uest r a de 278 est udiant es de dos Facult ades Públicas de Enfer m er ía en el Est ado de São Paulo, 164 en la Facult ad A y 114 en la B. Los r esult ados indican que algunos v alor es, norm as y com port am ient os profesionales son influenciados por el t iem po de perm anencia en la facult ad, y que est u d i a r en u n a Fa cu l t a d d e En f er m er ía d u r a n t e cu a t r o a ñ o s l l ev a a d i f er en ci a s d e v a l o r es, n o r m a s y com p or t am ien t os p r of esion ales.

DESCRI PTORES: inst it uciones de enseñanza super ior ; v alor es sociales; educación en enfer m er ía; escuelas de enfer m er ía; est udiant es de enfer m er ía; r ol de la enfer m er a

1

Psicólogo, Professor Dout or da Faculdade de Econom ia, Adm inist ração e Cont abilidade de Ribeirão Pret o da Universidade de São Paulo, em ail: gt shinya@usp.br;

2

(2)

I NTRODUÇÃO

E

sse p r oj et o t em o ob j et iv o d e con t r ib u ir

p a r a a u m e n t a r a co m p r e e n sã o d o s p r o ce sso s d e socialização pr ofissional que ocor r em nas faculdades

d e en f er m a g em e d o s r esu l t a d o s co n seg u i d o s n a socialização dos v alor es e nor m as da pr ofissão.

Est e assunt o é r elev ant e par a com pr eender o processo de socialização que irá ocorrer quando est es

g r ad u ad os en t r ar em em u m a or g an ização, p ois os v alor es, at it u des e com por t am en t os socializados n a

faculdade serão avaliados na seleção e na int egração

dos gr adu ados n a or gan ização. O aj u st am en t o qu e v i e r a o co r r e r i r á i n f l u e n ci a r a e st a b i l i d a d e e o

com p r om et im en t o or g an izacion ais, a sat isf ação, o sent im ent o de aceit ação m út ua, o env olv im ent o com

o t rabalho e a m ot ivação int erna( 1- 2).

A so ci al i zação p r o f i ssi o n al é u m p r o cesso

pelo qual as pessoas aprendem , durant e sua educação e t r e i n a m e n t o , a s h a b i l i d a d e s , c o n h e c i m e n t o s ,

v alor es, com por t am ent os e at it udes necessár ias par a

assum ir em seu papel pr ofissional( 3- 6).

A e n f e r m a g e m , c o m o t o d a s a s o u t r a s

p r of issões, d ed ica m u it o t em p o e r ecu r sos p ar a a

p r ep ar ação ed u cacion al d os en f er m eir os( 7 ). Est u d o

sobre a socialização de enferm eiros recém - graduados conclui que o est abelecim ent o da enfer m agem com o

p r o f i s s ã o é d e t e r m i n a d o p e l o m o d o c o m o o s

en f er m eir os são socializad os( 8 ). A ob r a clássica d e

Kr am er r egist r a qu e a socialização in adequ ada est á associada com t ur nov er e pedido de dispensa ent r e

o s e n f e r m e i r o s d e h o s p i t a i s g e r a i s( 9 ). O

gerenciam ent o descuidado das prim eiras experiências p r of i ssi on ai s p od e l ev ar a b ai x a m ot i v ação, b ai x a

p r o d u t i v i d a d e , d e s m o r a l i z a ç ã o e d i m i n u i ç ã o d o

cuidado com o pacient e( 8).

A ex p er iên cia ed u cacion al v iv en ciad a p elos

est udant es de enfer m agem env olv e m ais do que um cor p o d e con h ecim en t os cien t íf icos e aq u isição d e

h abilidades par a cu idar do pacien t e; os est u dan t es

de enfer m agem apr endem com o se r elacionar com o pacient e e consigo m esm o enquant o enfer m eir os, ou

sej a, co n st r u i r u m a i d en t i d ad e co m o p r o f i ssi o n al .

Por t ant o, há benefícios se o pr ocesso de socialização ocor r e e sér ias conseqüências se est e pr ocesso não

ocor r e( 1 0 ).

CONCEI TO DE SOCI ALI ZAÇÃO PROFI SSI ONAL

Vár ios au t or es p r op u ser am d ef in ições p ar a

o t er m o socialização pr ofission al:

“ o p r o c e s s o p e l o q u a l a s p e s s o a s

s e l e t i v a m e n t e a d q u i r e m v a l o r e s e a t i t u d e s ,

int eresses, habilidades e conhecim ent os - em resum o,

a cult ur a - cor r ent e em gr upos nos quais elas est ão

o u b u s c a m s e t o r n a r m e m b r o s . Re f e r e - s e a o

apr endizado de papéis sociais”( 3 ).

“ e n v o l v e a a q u i s i ç ã o d a s h a b i l i d a d e s e

co n h eci m en t o s n ecessár i o s e t am b ém o sen so d e

iden t idade ocu pacion al e in t er n alização das n or m as

ocupacionais t ípicas de um profissional com plet am ent e

qu alificado”( 4 ).

“ o p r o ce sso d e a p r e n d e r a a b a n d o n a r o s

v elh os p ap éis e au t o con ceit os e ad q u ir ir n ov os. .,

s o c i a l i z a ç ã o p r o f i s s i o n a l r e f e r e - s e t a n t o a s

con seq ü ên cias p lan ej ad as com o as n ão p lan ej ad as

do pr ogr am a educacional”( 5 ).

“ p r o c e s s o c o m p l e x o p e l o q u a l a p e s s o a

a d q u i r e c o n h e c i m e n t o , h a b i l i d a d e s e s e n s o d e

id en t id ad e ocu p acion al q u e são car act er íst icos d os

m em br os daquela pr ofissão. Env olv e a int er nalização

de v alor es e nor m as do gr upo no com por t am ent o e

a u t o co n cei t o d a p r ó p r i a p esso a . No d eco r r er d o

processo, a pessoa abre m ão dos est ereót ipos sociais

ex ist ent es ant er ior m ent e em nossa cult ur a e assum e

a q u e l e s a d o t a d o s p e l o s m e m b r o s d a q u e l a

pr of issão”( 6 ).

Tr ês t em as su r g em d as d ef in ições cit ad as.

Um deles est á ligado aos valores e norm as que t ornam

os v alor es con cr et os, pois in depen den t em en t e de o

n ov at o j á t r azer p ar a a f acu ld ad e u m con j u n t o d e

v alor es, est es podem m udar dur ant e o pr ocesso de

socialização par a r eflet ir os v alor es da pr ofissão. O

segu n do t em a é o com por t am en t o, pois qu an do os

v a l o r e s m u d a m , o c o m p o r t a m e n t o a l t e r a

coer en t em en t e. O t er ceir o t em a, qu e se ex t r ai das

definições, est á r elacionado ao nível sócio- psicológico

da socialização pr ofissional, o qual ocor r e dent r o do

in div ídu o, m u dan do seu au t o con ceit o de t al f or m a

que a ident idade da pr ofissão se desenv olv e( 11).

Co m o a s o c i a l i z a ç ã o p r o f i s s i o n a l é u m

aspect o cr ít ico do desenv olv im ent o do est udant e de

enferm agem ela ocorre t ant o no cont ext o educacional

com o no cont ext o clínico( 10). A socialização profissional

par a gr adu ados acon t ece em du as et apas: pr im eir o

ocor r e a socialização p ela ed u cação e t r ein am en t o

que é det erm inant e do cont eúdo do papel, depois vem

a so ci a l i za çã o p e l o a m b i e n t e d e t r a b a l h o e se u s

ag en t es. Alg u n s asp ect os d a p r im eir a socialização

(3)

a t u e d e m o d o p r o f i ssi o n a l e a l g u n s o u t r o s ser ã o

m an t id os, d ep en d en d o d o j og o d e f or ças, escolh as

pr ofissionais e r est r ições sit uacionais( 12).

PAPEL DO ENFERMEI RO

Papéis defin em o m odo com o os in div ídu os a g e m , i n t e r n a l i za n d o ce r t o s v a l o r e s e n o r m a s e

p ar t icip ação n a ação social en t r e ou t r os p ap éis d e r ef er ên cia. A aq u isição d e u m n ov o p ap el in icia o

i n d i v íd u o e m u m g r u p o s o c i a l e m p a r t i c u l a r. A

assunção de um papel e o pr ocesso de socialização o c o r r e m e s s e n c i a l m e n t e d u r a n t e o c u r s o d e

gr aduação, t ant o no cont ex t o educacional quant o no c l ín i c o . A s p e s s o a s q u e a s s u m e m o p a p e l d e

en f er m ei r o n ão so m en t e assi m i l am n o v o s f at o s e apr endem nov as habilidades, m as im er gem em um a

nov a cult ur a com ex pect at iv as de v alor es e nor m as. I st o sim u lt an eam en t e d esen v olv e u m a id en t id ad e,

aut o est im a, int er ação com os m odelos de papéis e

j ulgam ent o das r eações dos out r os ao papel( 13).

Um t em a crít ico é o m odo com o os valores e

idéias sobr e enfer m agem que os est udant es t r azem co m e l e ( q u e sã o r e su l t a d o s d a so ci a l i za çã o p o r

ant ecipação) ent ram em conflit o com os obj et ivos da o r g a n i z a ç ã o q u e v a i t r e i n á - l o s . A s o c i a l i z a ç ã o

pr ofissional env olv e m udar at it udes, v alor es, cr enças e aut o im agens das pessoas, assim com o proporcionar

habilidades e conhecim ent os. Toda profissão t em um a idéia clar a das at it u des e v alor es qu e seu s f u t u r os

m em bros devem desenvolver e qual é o produt o final

esperado. Por out ro lado os est udant es podem t razer co n ce p çõ e s v a r i a d a s d a s e x i g ê n ci a s d o t r a b a l h o ,

i n t e r e s s e s e o b j e t i v o s q u e p o d e m o u n ã o s e r com pat íveis com os obj et ivos do program a. Est es dois

fat ores - obj et ivos do program a e orient ações que os e s t u d a n t e s t r a z e m - c o m b i n a m p a r a c r i a r u m a

v ar iedade de pr oblem as e con f lit os n o pr ocesso de socialização.

Est u d o so b r e est u d an t es d e en f er m ag em , su ger e qu e a socialização pr of ission al en v olv e u m a

seqü ên cia de f ases. Pr im eir o, ex ist e u m a m u dan ça

de obj et ivos am plos e sociais que levaram o est udant e à escolha da pr ofissão, par a a pr oficiência e dom ínio

de t ar efas específicas do t r abalho. Depois, um gr upo d e r e f e r ê n c i a s e d e s e n v o l v e a p a r t i r d e o u t r o s

sign if icat iv os do am bien t e de t r abalh o. Fin alm en t e, os v alor es do gr upo ocupacional são int er nalizados e

o novat o assum e at it udes, valores e com port am ent os q u e o g r u p o p r e scr e v e( 1 4 ). Ma s h á co n se n so n a

lit er at u r a sobr e a im por t ân cia e n ecessidade de se

t r a b a l h a r v a l o r e s d u r a n t e s u a p e r m a n ê n c i a n a

escola( 15)

METODOLOGI A

A pesquisa t eve a finalidade de invest igar os p ad r ões e m u d an ças d os v alor es p r of ission ais em

f u n ç ã o d o p r o c e s s o d e s o c i a l i z a ç ã o p r o f i s s i o n a l d e se n v o l v i d o n a f a cu l d a d e d u r a n t e o p e r ío d o d a

g r a d u a ç ã o ( q u a t r o a n o s ) . A a b o r d a g e m “ c r o s s

sect ional” foi escolhida por ser m ais barat a e rápida, pois a passagem do t em po ( dur ação da gr aduação)

é elim inada pela am ost r agem de difer ent es am ost r as

de est udant es dos div er sos anos acadêm icos( 16).

O m é t o d o l o n g i t u d i n a l p e r m i t i r i a u m a ident ificação m ais pr ecisa da v ar iação das m udanças

e m f u n çã o d o p r o ce sso d e so ci a l i za çã o , m a s e m f u n ção d o l o n g o p er ío d o d e t em p o q u e ex i g i r i a a

cont inuidade do pessoal t écnico e do suport e financeiro e t am bém do problem a de am ost ragem , pelo núm ero

lim it ado de suj eit os que poderiam ser acom panhados

durant e quat ro anos, opt am os pelo est udo t ransversal. O co n t r o l e d e u m a g r an d e q u an t i d ad e d e

v a r i á v e i s d e m o g r á f i c a s p e r m i t i u v e r i f i c a r s e a v ar iação dos v alor es pr ofissionais se deu em função

d a s v a r i á v e i s d e m o g r á f i c a s o u d o t e m p o q u e o est u dan t e per m an ece n a facu ldade.

Em v i s t a d o d i s c u t i d o , a s q u e s t õ e s im por t ant es que sur gem são:

- Qu a l é a i n f l u ên ci a d a so ci a l i za çã o p r o f i ssi o n a l

realizada nas escolas de enferm agem para a aquisição dos v alor es da pr ofissão pelos est udant es?

- Quais são as m udanças em relação aos valores, no decor r er da socialização pr of ission al?

- Co m o o s f a t o r e s d e m o g r á f i co s i n f l u e n ci a m n a aquisição dos v alor es da pr ofissão?

O q u e st i o n á r i o f o i e l a b o r a d o a p a r t i r d e q u e s t i o n á r i o s u t i l i z a d o s p r e v i a m e n t e e c u j o s

r e s u l t a d o s a p o n t a v a m a l g u m a s v a r i á v e i s q u e influenciavam o pr ocesso de socialização pr ofissional.

Os q u e s t i o n á r i o s s ã o a d a p t a ç õ e s d e e s t u d o s j á

v a l i d a d o s p o r d i v e r s o s a u t o r e s . A u t i l i z a ç ã o d e q u est ion ár ios j á u t ilizad os p or ou t r os au t or es v isa

reduzir a m argem de erro por causa do m ét odo( 17) e

t or nar possív el o est udo com par at iv o int er cult ur al.

O quest ionário est á com post o de seis part es: - D a dos de m ogr á ficos: idade, est ado civ il, cidade

(4)

- Da dos Voca ciona is: I ncluía a idade quando fez a

e s c o l h a d a c a r r e i r a d e e n f e r m a g e m , s e a en f er m agem f oi su a pr im eir a escolh a de car r eir a e

desej o de m udar de car r eir a,

- Da dos sócios econôm icos: Nív el educacional dos

pais e st at us sócio econôm ico. da fam ília - So ci a l i z a çã o P r o f i ssi o n a l( 1 0 )

: O q u e st i o n á r i o

u t i l i zo u 1 8 q u e st õ e s d e u m a e sca l a d e 5 4 i t e n s desenvolvido pela aut ora que consist e em afirm ações

sob r e o su j eit o e a en f er m ag em . Os it en s u t ilizam um a escala de 5 pont os de Likert . Os it ens abrangiam

4 dim ensões: a) Valores da carreira; b) Caract eríst icas

de Per son alidades; c) Com pet ên cias Pr of ission ais e d ) Va l o r e s Pr o f i ssi o n a i s. Est a s d i m e n sõ e s f o r a m

e x t r a íd a s u t i l i z a n d o u m a a n á l i s e f a t o r i a l . O coeficient e- Alpha é 0,8365 que significa que a escala

pode ser consider ada de confiáv el. - N ur se s Pr ofe ssiona l Va lue s( 18)

: O NPVS ( Nur ses

Pr ofessional Values Scale) m ede os valor es. Tem 44 it ens em for m at o de escala Lik er t de 5 pont os. Par a

cad a it em , o r esp on d en t e in d ica a im p or t ân cia d a afirm ação do valor para cada prát ica da enferm agem .

O NPVS é baseado nos 11 pr incípios encont r ados no

código de ét ica da Am er ican Nur ses Associat ion. Os i t e n s e n g l o b a m 1 1 d i m e n sõ e s: Re sp e i t o à v i d a ,

Pr i v a c i d a d e / Co n f i d e n c i a l i d a d e , A d v o g a r, Re s p o n s a b i l i d a d e p e l a v e r d a d e , Co n h e c i m e n t o

-Com p et ên cia, Tom ar Decisões/ Pen sam en t o Cr ít ico, D e se n v o l v i m e n t o d e Co n h e ci m e n t o , Cu i d a d o s d e

Qu a l i d a d e / Ex ce l ê n ci a e m e n f e r m a g e m , Ju st i ça / I g u a l d a d e, I m a g em d e I n t eg r i d a d e Pr o f i ssi o n a l e

Alt r uísm o/ At iv ism o. O coeficient e- Alpha é 0 , 94 51 .

- So ci a l i z a çã o n a s p r o f i ssõ e s d e Sa ú d e( 1 9 ): A e s c a l a l i d a c o m a s t r a n s f o r m a ç õ e s d e a t i t u d e s

ocor r idas em est u dan t es de odon t ologia du r an t e as v ár ias et apas de for m ação pr ofissional. A escala foi

a d a p t a d a p a r a e s t u d a n t e s d e En f e r m a g e m . Os respondent es apont avam em um a escala de 5 pont os

sua im por t ância par a 15 t r aços difer ent es da pr át ica d e e n f e r m a g e m . Os i t e n s e n g l o b a v a m 3

c o m p o n e n t e s : a ) Or i e n t a ç ã o p a r a p e s s o a ; b ) orient ação para Ciência, e c) Orient ação para St at us.

O coeficient e- Alpha é 0, 8365.

A a m o s t r a d o e s t u d o c o n s t i t u i u - s e d e e s t u d a n t e s d e d u a s f a c u l d a d e s p ú b l i c a s d e

enfer m agem na r egião sudest e do Br asil. Est udant es m a t r i c u l a d o s n o s q u a t r o s a n o s d o c u r s o d e

enferm agem foram inform ados em sala de aula sobre o est u d o e aq u el es q u e co n co r d am em p ar t i ci p ar

pr eencher am e assinar am o t er m o de consent im ent o liv r e e esclar ecido e pr eencher am o quest ionár io. O

t e m p o m é d i o d e p r e e n ch i m e n t o f o i t o r n o d e 2 0

m in u t os. For am pr een ch idos 2 7 8 qu est ion ár ios n as duas escolas, sendo 164 dest es da escola A e 114 da

escola B.

RESULTADOS E DI SCUSSÃO

Os dados obt idos m ost r am qu e 2 2 , 7 % dos

alu n os qu e r espon der am os qu est ion ár ios est ão n o segundo sem est r e do cur so, 32, 4% est ão no quar t o

sem est r e, 2 5 , 9 % n o sex t o sem est r e, e 1 9 , 1 % d os

alunos est ão no oit av o sem est r e.

A m édia de idade dos r espondent es é 21,58

anos com um a am plit ude de 17 a 45 anos. O gênero f e m i n i n o co r r e sp o n d e 9 6 % d o g r u p o , se n d o q u e

96,4% são solt eiros e 67,3% nunca t rabalharam ; 29% passar am a m aior par t e de sua infância em cidades

com núm ero de habit ant es ent re 100 e 500 m il; 21% em cidades ent r e 20 e 50 m il habit ant es e 18% em

cidades com m ais de 500 m il habit ant es. Met ade da am o st r a p er t en ce à Cl asse Méd i a n a cl assi f i cação

econ ôm ica ( Cr it ér io d e Classif icação Econ ôm ica d o

Br asil) desenv olv ida pela ANEP - Associação Nacional

de Em pr esas de Pesquisa - Dez.2002)( 20).

Ap r ox i m ad am en t e m et ad e d os al u n os q u e r espon der am o qu est ion ár io escolh eu a car r eir a de

en f er m ag em en t r e 1 8 e 2 2 an os d e id ad e; 3 9 , 9 % t i n h a m a e n f e r m a g e m c o m o p r i m e i r a o p ç ã o d e

car r eir a. Quant o a car r eir a, 32,8% dos ent r ev ist ados escolh er iam ou t r a car r eir a q u e n ão a en f er m ag em

se t ivesse condições. A m aioria ( 60,8% ) dos suj eit os

é cat ólica, enquant o 20,9% são espírit as, 10,8% são evangélicos e o rest ant e ( 8,5% ) professam nenhum a

r eligião ou classificar am com o out r as.

Qu an t o a esco l ar i d ad e d o p ai , o s p ai s d e

2 4 , 5 % d o s a l u n o s q u e s t i o n a d o s t ê m e n s i n o f u n d a m e n t a l ; 3 7 % e n si n o m é d i o ; 3 1 , 9 % e n si n o

su p e r i o r ; e 6 , 6 % d o s a l u n o s t ê m p a i co m p ó s-graduação.Em relação a escolaridade da m ãe, 21,3%

dos respondent es t em m ãe com ensino fundam ent al; 40,1% ensino m édio; 33,9% ensino superior; e 4,7%

r espon der am qu e t em m ãe com pós- gr adu ação.

Ap e sa r d e se r e m se m e l h a n t e s n a g r a n d e m aioria das est at íst icas realizadas ( t abela 1) , os dois

grupos ( escola A e B) m ost ram diferenças em alguns i t e n s . N o t a - s e p e l o r e s u l t a d o d o t e s t e q u e h á

d if er en ças sig n if icat iv as en t r e os p ar t icip an t es d as escolas A e B, nos it ens: sem est re de m at rícula, idade

da escolha da car r eir a de enfer m agem , e escolha de

(5)

Tabela 1 - Test e de igualdade das am ost r as das escolas A e B. Test St at ist ics*

*

Grouping Variable: Faculdade

Na escola A, 34,8% dos alunos part icipant es est ão no segundo sem est re, 28% no quart o sem est re,

16,5% no sext o sem est re, e 20,75% est ão no oit avo sem est r e. Já na escola B, apenas 5,35% dos alunos

est ão no segundo sem est r e, 38,6% est ão no quar t o sem est r e, 39,5% est ão no sex t o sem est r e, e 16,7%

dos alunos est ão no oit av o sem est r e.

s i e v á i r a

V N Mean Std.Deviation Minimum Maximum

o ã ç a t n e i r O a i c n ê i

C 278 4,14 0,5948 2,67 5

s u t a t

S 278 3,74 0,5638 2,33 5

a o s s e

P 275 4,24 0,5222 2,71 5

o ã ç a z i l a i c o S l a n o i s s if o r

P 274 3,74 0,5268 2,00 5

e d a d il a n o s r e

P 278 4,14 0,4272 3,00 5

a r i e r r a C o h l u g r

O 271 4,13 0,5458 1,60 5

o ã ç a c o

V 278 4,12 0,7156 1,00 5

s e r o l a V o m s i v it a / o m s í u r tl a a i d e

M 276 4,23 0,5148 2,80 5

a i c a c o v d a a i d e

M 275 4,12 0,5345 2,50 5

o c it i r c o t n e m a s n e p / s e õ s i c e d e d a d a m o t a i d e

M 275 4,36 0,4831 3,00 5

e d a d i u q e / a ç it s u j a i d e

M 274 4,29 0,5208 2,75 5

o t n e m i c e h n o c m e a i c n ê t e p m o c a i d e

M 275 4,35 0,4103 3,25 5

o t n e m i c e h n o c e d o t n e m i v l o v n e s e d a i d e

M 276 4,11 0,5779 2,25 5

e d a d il a i c n e d if n o c / e d a d i c a v i r p a i d e

M 277 4,26 0,5098 2,67 5

e d a d i r g e t n i/ l a n o i s s if o r p m e g a m i a i d e

M 275 4,22 0,5230 2,67 5

o d a d i u c o d e d a d il a u q a i d e

M 275 4,15 0,5560 2,75 5

a d i v à o t i e p s e r a i d e

M 272 4,30 0,4829 3,20 5

e d a d r e v a l e p r e d n o p s e r / e d a d il i b a s n o p s e r a i d e

M 274 4,41 0,4551 3,25 5

U y e n t i h W -n n a

M WilcoxonW Z Asymp.Sig.(2-tailed)

e d a d i c a d o h n a m a

T 9208,500 15649,500 -0,002 0,999

a c i m ô n o c e e s s a l

C 7712,500 20273,500 -1,247 0,213

e ã m e d a d i r a l o c s

E 9102,000 22632,000 -0,266 0,790

i a p e d a d i r a l o c s

E 8636,000 15077,000 -0,662 0,508

a r i e r r a c a r t u o e d a h l o c s

E 6909,000 20112,000 -4,124 0,000

li v i C o d a t s

E 9328,000 15883,000 -0,094 0,925

o r e n ê

G 8999,000 15554,000 -1,568 0,117

e d a d

I 8924,500 22127,500 -0,358 0,721

a r i e r r a c a h l o c s e e d a d

I 7794,500 14349,500 -2,412 0,016

u o h l a b a r t á

J 8748,000 22278,000 -1,120 0,263

o ã i g il e

R 9304,500 15859,500 -0,075 0,940

e r t s e m e

S 6969,500 20499,500 -3,741 0,000

Qu an t o à id ad e d e escolh a d a car r eir a d e

en f er m ag em , a escola A t em m éd ia d e id ad e ( em anos) m aior do que a da escola B. Quant o ao it em

escolha de out ra carreira que não a enferm agem , na escola A 42, 6% dos r espondent es far ia out r a opção

d e car r eir a se t iv esse con d ição, en q u an t o q u e n a

escola B apenas 18,8% o far iam .

Tabela 2 - Est at íst icas das Var iáveis de Or ient ação, Socialização e Valor es

Calcu lar am - se t am b ém as est at íst icas d as v ar iáv eis d e or ien t ação ( p essoa, ciên cia e st at u s) ,

so ci a l i za çã o ( p r o f i ssi o n a l , p e r so n a l i d a d e , o r g u l h o d e c a r r e i r a e v o c a ç ã o ) , e v a l o r e s ( a l t r u í s m o / a t i v i s m o , a d v o c a c i a , t o m a d a d e d e c i s õ e s / p en sam en t o cr it ico, j u st iça/ eq u id ad e, com p et ên cia

e m c o n h e c i m e n t o , d e s e n v o l v i m e n t o d e c o n h e c i m e n t o , p r i v a c i d a d e / c o n f i d e n c i a l i d a d e , i m a g e m p r o f i s s i o n a l / i n t e g r i d a d e , q u a l i d a d e d o c u i d a d o , r e s p e i t o à v i d a , e r e s p o n s a b i l i d a d e /

r e sp o n d e r p e l a v e r d a d e ) . D e st a f o r m a , p o d e - se

v i s u a l i z a r p e l a t a b e l a 2 o s n ú m e r o s d e r esp on d en t es, as m éd ias, os d esv ios p ad r ão, e os

v a l o r e s m ín i m o s e m á x i m o s d e ca d a v a r i á v e l d e or ien t ação, socialização e v alor.

Foram r ealizados os t est es de Kr usk al Wallis e de Mann Whit ney para m edir as diferenças ent re as

m édias das v ar iáv eis dem ogr áficas e as m édias dos v alor es. Com o se pode v er ificar n a t abela 3 , for am encont r ados r esult ados significat iv os est at ist icam ent e e n t r e a s s e g u i n t e s v a r i á v e i s d e m o g r á f i c a s e

(6)

Tabela 3 - Difer enças ent r e m édias das var iáveis de Socialização e Valor es e das dem ogr áficas

O t em po que o est udant e est á na faculdade

apon t a par a u m a difer en ça sign ificat iv a dos v alor es

a s s u m i d o s , r e f o r ç a n d o a h i p ó t e s e d e q u e a

per m anência na faculdade e a pr ópr ia faculdade t êm r e l a ç ã o c o m m u d a n ç a s d e v a l o r e s . En t r e t a n t o

obser v a- se que out r as v ar iáv eis t êm um a influencia

i m p o r t a n t e , e m p a r t i c u l a r, a s v o c a c i o n a i s e a escolar idade da m ãe.

Na t en t at iv a de iden t if icar em qu al an o do

c u r s o d e e n f e r m a g e m d e s t a s d u a s f a c u l d a d e s ocor r em difer enças ent r e as m édias das v ar iáv eis de

o r i e n t a çã o , r e co m p e n sa , so ci a l i z a çã o e v a l o r e s,

r e a l i z o u - s e o t e s t e d e M a n n W h i t n e y p a r a a

com paração dos seguint es anos: 1x2, 1x3, 1x4, 2x3, 2x4 e 3x4.

Os r esult ados significat iv os for am :

- en t r e o p r i m ei r o e o seg u n d o a n o d e cu r so h á difer enças em v alor de car r eir a;

- en t r e o pr im eir o e o t er ceir o an o, em or ien t ação

p ar a st at u s, v alor d e car r eir a, d esen v olv im en t o d e s e r o l a V e o ã ç a z i l a i c o S e d s i e v á i r a

V Variáveisdemográficas Chi-Square Sig

o ã ç a t n e i r O a i c n ê i

C -Anodamatrícula -7,65 -0,054

o c i m ô n o c e o i c ó S s u t a t S

- -11,35 -0,045

e ã M a d e d a d i r a l o c s E

- -13,60 -0,003

o ã i g il e R

- -12,90 -0,045

s u t a t

S -Anodamatrícula -6,53 -0,088

a r i e r r a C a r t u O

- -6850 -0,020

e d a d l u c a F

- -7393,0 -0,003

u o h l a b a r t á J

- -6910,50 -0,011

s a o s s e

P -Outracarreira -6603,00 -0,013

o ã ç a z i l a i c o S s i a n o i s s e f o r P s a i c n e t e p m o

C -Primeiraopção -7811,50 -0,058

e d a d il a n o s r e P e d s a c it s í r e t c a r a

C -Idade -10,79 -0,029

a l u c í r t a m a d o n A

- -16,71 -0,001

a r i e r r a c a d s e r o l a

V -Anodamatrícula -10,22 -0,017

a r i e r r a C a r t u O

- -4387,50 -0,000

e d a d l u c a F

- -5719,00 -0,000

o ã ç p O a r i e m i r P

- -7326,00 -0,019

s i a n o i s s if o r P s e r o l a

V -Anodamatrícula -14,17 -0,003

a r i e r r a C a r t u O

- -6841,50 -0,017

e d a d l u c a F

- -7728,50 -0,012

o r e n ê G

- -918,00 -0,031

s e r o l a V o m s i v it A / o m s i u r tl A r a g o v d

A -Faculdade -7889,00 -0,054

o c it í r C o t n e m a s n e P / s e õ s i c e D r a m o T e d a d i u q E / a ç it s u

J -EscolaridadedaMãe -7,80 -0,050

o t n e m i c e h n o C e d a i c n ê t e p m o

C -EscolaridadedaMãe -7,61 -0,055

o t n e m i c e h n o C e d o t n e m i v l o v n e s e

D -Anodamatrícula -8,94 -0,030

a r i e r r a C a r t u O

- -6992,50 -0,048

e d a d l u c a F

- -7807,00 -0,033

e d a d il a i c n e d if n o C / e d a d i c a v i r P e d a d i r g e t n I /l a n o i s s if o r P m e g a m I o d a d i u c o d e d a d t il a u

Q -Faculdade -7467,00 -0,009

e a d i V a o t i e p s e

R -Anodamatrícula -15,48 -0,001

e d a d r e v a l e p r e d n o p s e R / e d a d il i b a s n o p s e R

con h ecim en t o, cu id ad os d e q u alid ad e e r esp eit o à

v id a;

- ent re o prim eiro e o quart o ano, em orient ação para

s t a t u s , r e s p e i t o à v i d a , e i m a g e m p r o f i s s i o n a l /

in t eg r id ad e;

- ent re o segundo e o t erceiro ano há diferenças ent re

o r i e n t a ç ã o p a r a c i ê n c i a , d e s e n v o l v i m e n t o d e

conhecim ent o, cuidados de qualidade, respeit o à vida

e r espon sabilidade pela v er dade;

- ent r e o segundo e o quar t o anos, em socialização

p r o f i s s i o n a l , p e r s o n a l i d a d e , v o c a ç ã o , i m a g e m

pr ofissional/ int egr idade e r espeit o à v ida; e

- ent r e o t er ceir o e o quar t o anos em vocação.

Po d e - s e i d e n t i f i c a r q u e a p a s s a g e m d o

s e g u n d o p a r a o t e r c e i r o a n o é o m o m e n t o q u e

ocor r em m ais m u dan ças.

Os r esu lt ados su ger em algu m as con clu sões

sobr e o pr ocesso de socialização que ocor r e dur ant e

(7)

O ano de m at r ícula é um fat or influent e par a alguns

v a l o r es

Pod e- se id en t if icar q u e o an o d e m at r ícu la

na faculdade faz diferença nas m udanças dos valores

p r o f i ssi o n a i s so ci a l i za d o s. Co m ce r t e za é p r e ci so

consider ar que out r as v ar iáv eis dem ogr áficas podem

m elhor ar a pr ev isão de m udanças.

Cabe dest acar que a faculdade em si influencia

os valores: a orient ação para st at us, valores da carreira

e os valores Profissionais ( vocação) , o desenvolvim ent o

de conhecim ent o e a qualidade do cuidado.

A escolha vocacional faz diferença para alguns valores

Em quase m et ade dos v alor es, as v ar iáv eis

v ocacionais apar ecem r elacionadas as difer enças de

v a l o r e s . A s o r i e n t a ç õ e s p a r a s t a t u s e p e s s o a ,

incor por ar as com pet ências pr ofissionais, os v alor es

d a car r eir a e o d esen v olv im en t o d o con h ecim en t o

s ã o o s f a t o r e s q u e t ê m r e l a ç ã o c o m a e s c o l h a

vocacional, sinalizando que é um fat or im port ant e pois

caso a escolha vocacional sej a equivocada, faculdade

t em um im pact o m enor na socialização desses valores.

O ano de m at r ícula não faz difer ença

Pa r a a l g u n s v a l o r e s , a v a r i á v e l d e

socialização, o ano de m at r ícula, não t em r elação, o

que significa que não cont r ibui par a a m udança dos

s e g u i n t e s v a l o r e s : Or i e n t a ç ã o p a r a p e s s o a ,

c o m p e t ê n c i a s p r o f i s s i o n a l , v a l o r e s d e j u s t i ç a /

equidade e com pet ência do conhecim ent o. Os valores

d a v ocação t êm r elação com g ên er o e v alor es d e

j u st iça/ eq u id ad e e com p et ên cias p r of ission ais t êm

r elação com a escolar idade da m ãe.

Não t em os infor m ação do que influencia

Para alguns valores com o: Alt ruism o/ At ivism o,

Tom ada de decisão/ Pensam ent o Cr ít ico, Pr ivacidade/

Confidencialidade, I m agem Pr ofissional/ I nt egr idade e

Verdade/ Responsabilidade não conseguim os ident ificar

algum a var iável que aj udasse a explicar a difer ença.

CONSI DERAÇÕES

O co n t r o l e d e u m a a m p l a q u a n t i d a d e d e

v ar iáv eis d em og r áf icas n os p er m it iu v er if icar se a

v a r i a çã o d o s v a l o r e s p r o f i ssi o n a i s e r a d e v i d o a s

v a r i á v e i s d e m o g r á f i c a s o u s e a o t e m p o d e

per m an ên cia n a f acu ldade.

Os d a d o s d i sp o n ív e i s p e r m i t e m a l g u m a s

r eflex ões pr elim inar es. A ident ificação das m udanças

n os v alor es n o d ecor r er d o t em p o d e p er m an ên cia

n a f acu ld ad e in d ica a im p or t ân cia d a f acu ld ad e n a

socialização dos v alor es pr of ission ais.

Est u dar em u m a f acu ldade de En f er m agem

durant e 4 anos leva para um a diferença nos valores,

nor m as e com por t am ent os pr ofissionais. Há algum a

ênfase no cur r ículo dest as duas faculdades, dur ant e

o segu n do e t er ceir o an os, qu e lev a a v ar iação em

a l g u n s v a l o r e s . A i n d a p o d e - s e r e s s a l t a r q u e a

Facu ld ad e t em alg u m a car act er íst ica q u e é f or t e o

suficient e par a influenciar alguns v alor es.

En t r e t a n t o , n ã o s e p o d e s u b e s t i m a r a

in f lu en cia d e v ar iáv eis d em og r áf icas e v ocacion ais,

a l g u n s v a l o r e s s ã o i n t e r n a l i z a d o s a n t e s q u e o s

e s t u d a n t e s v i v e n c i e m a Fa c u l d a d e e m u d a n ç a s

depen dem da socialização an t er ior.

Fi n a l m e n t e p a r a a l g u n s v a l o r e s , n ã o s e

con segu iu iden t ificar qu alqu er r elação.

LI MI TAÇÕES

U m d o s f a t o r e s q u e t r a z e m a l g u m a

dificuldade par a o est udo é a difer ença ex ist ent e na

a m o s t r a e s t u d a d a ; u m a d a s e s c o l a s t e m u m a

part icipação m enor de alunos do ult im o ano, fazendo

com que as diferenças at ribuídas à faculdade possam

ser in f lu en ciad as p ela d if er en ça ex ist en t e n o p er f il

dos gr upos est udados.

O est u d o d os cu r r ícu los p od er ia con t r ib u ir

p a r a e n t e n d e r o q u e m u d a n ç a s a c o n t e c e m n a s

d iscip lin as e at iv id ad es r ealizad as n os seg u n d os e

t er ceir os anos par a ident ificar as t r ansfor m ações que

ocor r em n esse per íodo.

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