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Estudo da viabilidade econômica e financeira para implantação de spinning em uma acadêmia de Ijuí

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Academic year: 2021

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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS,

ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

JORDANA MALLMANN FONSECA

ESTUDO DA VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA PARA

IMPLANTAÇÃO DE SPINNING EM UMA ACADEMIA DE IJUI

IJUI (RS)

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JORDANA MALLMANN FONSECA

ESTUDO DA VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA PARA

IMPLANTAÇÃO DE SPINNING EM UMA ACADEMIA DE IJUI

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Ciências Contábeis da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUI, como requisito para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis.

Profa. Orientadora: Stela Maris Enderli

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, sei que pode ser clichê, mas só Ele sabe da força que me deu pra nunca desistir, agradeço a Ele pela família, amigos, namorado e professores maravilhosos que me deu, além de sempre me segurar em seus braços, me abraçar nos momentos difíceis e sorrir comigo nos momentos felizes.

Aos meus pais e meu irmão por terem me passado os maiores ensinamentos que se pode ter, sobre o que é certo e o que é fácil, por abrirem mão sempre do que queriam ou precisavam para poder me dar um futuro para sonhar. Vocês são meus exemplos, espelhos para me refletir e alicerces para me basear.

Ao meu amado namorado, por ter sido tão versátil sempre: amigo, companheiro, professor, namorado, psicólogo, analista e vários outros etc! Só ele sabe o que passou comigo até conseguir vencer essa batalha!

Aos meus amigos, tanto os que tinha antes, que por força maior ou por força da vida se afastaram, mas nunca por falta de carinho, quanto os que fiz nessa jornada (Luan, Luana, Elis! nós conseguimos!!!) que compartilharam comigo os meus e os seus problemas, trabalhos, alegrias das boas notas, tristeza das ruins... Por tudo que vocês representam e sempre vão representar: Obrigado por ter entrado na minha vida e não saiam!!!

E por último, mas tão importante como se fosse por primeiro, aos meus queridos professores, meus segundos mestres, que compartilham o que sabem e buscam até o que não sabem pra nos ensinar, espero ser motivo de muito orgulho de vocês, ser uma profissional que vocês apontem e digam “essa guria foi minha aluna”. Vou sempre buscar meu melhor por vocês todos.

Obrigado por tudo e desculpem-me mesmo por qualquer coisa que eu possa ter feito e magoado um de vocês. Vocês foram os responsáveis por eu ter chegado aqui, por estar escrevendo este agradecimento e serão, cada um do seu jeito, inesquecíveis.

E nossa história não estará pelo avesso assim Sem final feliz Teremos coisas bonitas pra contar E até lá Vamos viver Temos muito ainda por fazer Não olhe pra trás Apenas começamos O mundo começa agora, ahh! Apenas começamos. (Renato Russo)

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RESUMO

Este trabalho tem como finalidade realizar a análise de viabilidade econômica e financeira para abertura de uma sala de spinning em uma academia já existente na cidade Ijui, Rio Grande do Sul, através de métodos da contabilidade gerencial, que são capazes de avaliar metas e resultados econômicos e financeiros, verificando se a empresa será capaz de gerar recursos financeiros para alcançar os objetivos propostos de retorno para o investidor.

Este estudo de caso classifica-se como uma pesquisa aplicada, descritiva e qualitativa, tendo como base o levantamento bibliográfico e a pesquisa documental. O levantamento de dados ao longo da realização do trabalho se deu através de entrevistas despadronizadas.

Com base nestes dados foram realizados cálculos e estimativas, assim como a atualização destes valores pela taxa de inflação a partir do segundo período. Posteriormente foram utilizados os principais métodos de análise de viabilidade, desenvolvidos a partir de planilhas e quadros para a realização do estudo de caso, possibilitando a interpretação e análise dos resultados gerados.

Sendo assim, foi realizada a análise de viabilidade econômica através da elaboração da demonstração de resultado do exercício e dos cálculos do índice de rentabilidade e de lucratividade. E em sequência foi realizada a análise de viabilidade financeira, através dos métodos fluxo de caixa, taxa interna de retorno, taxa mínima de atratividade, valor presente líquido e período de payback.

Dessa forma, foram geradas informações e análises para demonstrar ao investidor que o projeto é viável. Também perceberá que o estudo será de grande utilização no processo de decisão.

PALAVRAS CHAVE: Contabilidade gerencial, Investimento, Análise de viabilidade

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LISTA DE QUADROS

Quadro 01: Períodos evolutivos da contabilidade... 14

Quadro 02: Comparação entre contabilidade gerencial e contabilidade financeira... 16

Quadro 03: Estrutura da demonstração do resultado do exercício... 19

Quadro 04: Estimativa de investimentos iniciais... 31

Quadro 05: Estimativa de financiamento... 32

Quadro 06: Estimativa das despesas de abertura – projeção otimista... 33

Quadro 07: Estimativa das despesas de abertura – projeção pessimista... 34

Quadro 08 Estimativa de despesas mensais – projeção otimista... 34

Quadro 09: Estimativa de despesas com salário e pro labore... 34

Quadro 10: Estimativa de despesa com salário... 35

Quadro 11: Estimativa de despesa com material de consumo... 35

Quadro 12: Estimativa das despesas de depreciação... 36

Quadro 13: Projeção de despesas anuais – projeção otimista... 36

Quadro 14: Projeção de despesas anuais – projeção pessimista... 37

Quadro 15: Estimativa de receitas – projeção otimista... 37

Quadro 16: Estimativa de receitas – projeção pessimista... 38

Quadro 17: Demonstração de resultado do exercício – projeção otimista... 39

Quadro 18: Demonstração do resultado do exercício – projeção pessimista... 40

Quadro 19: Índice de rentabilidade – projeção otimista... 40

Quadro 20: Índice de rentabilidade – projeção pessimista... 41

Quadro 21: Índice de lucratividade – projeção otimista... 41

Quadro 22: Índice de lucratividade – projeção pessimista... 42

Quadro 23: Fluxo de caixa – projeção otimista... 42

Quadro 24: Fluxo de caixa – projeção pessimista... 43

Quadro 25: Taxa interna de retorno – projeção otimista... 44

Quadro 26: Taxa interna de retorno – projeção pessimista... 45

Quadro 27: Valor presente líquido – projeção otimista... 46

Quadro 28: Valor presente líquido – projeção pessimista... 46

Quadro 29: Período de payback – projeção otimista... 47

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SUMÁRIO RESUMO... 4 INTRODUÇÃO... 8 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO... 9 1.1 ÁREA CONTEMPLADA... 9 1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO... 9 1.3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA... 10 1.4 OBJETIVOS... 11 1.4.1 Objetivo geral... 11 1.4.2 Objetivo específico... 11 1.5 JUSTIFICATIVA... 11 2 REFERENCIAL TEÓRICO... 13 2.1 RAMO DE ATIVIDADE... 13 2.2 CONTABILIDADE... 13 2.2.1 Conceitos... 14 2.2.2 Finalidades... 15 2.3 CONTABILIDADE GERENCIAL... 16

2.4 RECEITAS, DESPESAS E INVESTIMENTOS... 17

2.4.1 Investimentos... 17

2.4.2 Receitas... 18

2.4.3 Despesas... 18

2.5 METODOLOGIAS DE ANÁLISE DE VIABILIDADE... 18

2.5.1 Análise de viabilidade econômica... 18

2.5.1.1 Demonstração de resultado do exercício – DRE... 19

2.5.1.2 Índice de rentabilidade – IR... 20

2.5.1.3 Índice de lucratividade – IL... 20

2.5.2 Análise de viabilidade financeira... 21

2.5.2.1 Fluxo de caixa – FC ... 21

2.5.2.2 Taxa interna de retorno – TIR... 22

2.5.2.3 Taxa mínima de atratividade – TMA... 23

2.5.2.4 Valor presente líquido –VPL... 23

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3 METODOLOGIA DO ESTUDO... 26

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA... 26

3.1.1 Quanto a natureza... 26

3.1.2 Quanto aos objetivos... 27

3.1.3 Quanto a forma de abordagem do problema... 27

3.1.4 Quanto aos procedimentos técnicos... 27

3.2 COLETA DE DADOS... 28

3.2.1 Instrumento de coleta de dados ... 28

3.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS... 29

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS... 30

4.1 RAMO DE ATIVIDADE... 30 4.2 INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS... 31 4.3 DESPESAS E RECEITAS... 32 4.3.1 Despesas... 32 4.3.2 Receitas... 37 4.4 ANÁLISE DE VIABILIDADE... 38

4.4.1 Análise da viabilidade econômica... 38

4.4.1.1 Demonstração do resultado do exercício – DRE... 39

4.4.1.2 Índice de rentabilidade – IR... 40

4.4.1.3 Índice de lucratividade – IL... 41

4.4.2 Análise da viabilidade financeira... 42

4.4.2.1 Fluxo de caixa – FC... 42

4.4.2.2 Taxa interna de retorno – TIR... 44

4.4.2.3 Taxa mínima de atratividade – TMA... 45

4.4.2.4 Valor presente líquido – VPL... 45

4.4.2.5 Período de payback... 46

4.5 ANÁLISE DO INVESTIMENTO... 48

CONCLUSÃO... 50

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INTRODUÇÃO

O presente Trabalho de Conclusão de Curso de Ciências Contábeis tem a finalidade de levar a concluinte a aprofundar e ampliar os conhecimentos construídos ao longo do curso, bem como sua aplicação prática em uma, dentre as diversas áreas estudadas da Ciência Contábil, sendo neste caso, escolhida a área gerencial, focando principalmente a Análise de viabilidade.

O estudo proposto tem como objetivo analisar a viabilidade da criação de um empreendimento. Ele é focado nas análises de viabilidade econômica e financeira necessárias para alcançar este objetivo.

No capítulo um são apresentados o tema em estudo, os objetivos pretendidos com o estudo, a entidade onde este será realizado e a sua justificativa.

Na sequência, apresenta-se o segundo capítulo. Nele esta presente uma breve revisão dos conceitos de contabilidade, contabilidade gerencial e das metodologias de análise de viabilidade, que serão úteis posteriormente para verificar a possibilidade de implantar o negócio aqui apresentado.

No terceiro capitulo, insere-se a metodologia da pesquisa, utilizada como ferramenta para a realização do trabalho, neste capitulo classifica-se a pesquisa quanto a sua natureza, objetivos, a forma de abordagem do problema e quanto aos procedimentos técnicos. Inclui-se ainda a forma de coleta e análise dos dados.

Finalmente, no quarto capitulo chega-se a análise dos resultados do estudo, onde constam inicialmente o ramo de atividade do estudo, suas particularidades e características. Neste capitulo apresenta-se também a coleta de dados, necessária para realizar o estudo de caso, as análises e as conclusões.

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1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Nesta etapa aborda-se o estudo que contempla o tema a ser pesquisado, além de caracterizar a organização, a problematização do tema, os objetivos com este trabalho e a justificativa para sua elaboração.

1.1 ÁREA DE CONHECIMENTO CONTEMPLADA

Frequentemente os gestores tomam decisões, para tanto, são necessários dados precisos, informações confiáveis e corretas. Estas são vitais para a melhor tomada da decisão possível e contribuem para a continuidade e sucesso da empresa.

Muitas vezes o mal planejamento e o gerenciamento de um negócio o faz ruir, neste sentido, os profissionais contábeis demonstram a importância de antes de simplesmente abrir um negócio verificar a possibilidade de tal, a viabilidade, verificar se o planejado será possível e se não for o que será preciso para que se chegue ao objetivo final.

A contabilidade gerencial tem esta capacidade: fornecer informações para suprir os gerentes com informações exclusivamente para a tomada de decisões a nível interno.

Dentre as formas de informar o usuário, encontra-se a análise de viabilidade, um estudo que descreve o empreendimento, seus objetivos e suas metas, mostra os prós e os contras de sua implantação. Através deste estudo pretende-se verificar se o negócio será implantado com sucesso e se não puder, como alavancá-lo até o seu melhor desempenho. Nessa linha o estudo que será desenvolvido é em contabilidade gerencial e especificamente a análise de viabilidade econômica e financeira.

1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

O presente trabalho visa verificar a viabilidade de implantar uma sala de spinning em uma academia de ginástica já existente, localizada na área central da cidade de Ijuí (RS).

Os investidores pretendem fazer uma sociedade com a academia para incluir essa modalidade dentro dos serviços já oferecidos por ela, podendo assim captar novos clientes e fidelizar os já existentes.

A Academia vai ceder uma sala dentro do estabelecimento e o seu nome, que já tem credibilidade na cidade e entre os clientes. Em contrapartida, o investidor pagará um valor

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mensal além de arcar com o investimento inicial para compra do imobilizado necessário para a prática da modalidade.

Com este projeto, ambos sairão ganhando: a academia, por oferecer um diferencial frente à concorrência, e os investidores, que contarão com um ponto ideal para a prestação do serviço, além de já iniciar seu investimento com um número mínimo de alunos interessados que são clientes da academia.

Como a análise do investimento será para verificar se é viável ou não a sala de spinning para o sócio investidor, no trabalho não será analisada a academia, somente aspectos que sejam necessários para verificação do projeto.

1.3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA

Hoje, estima-se que 40 milhões de brasileiros, entre 18 e 64 anos estejam envolvidos com alguma atividade empreendedora, esses números estão demonstrados nos resultados da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (2013). Em outra pesquisa, verifica-se que o percentual de empresas que sobrevivem aos dois primeiros anos cresceu de 73,6% até 75,6% (SEBRAE, 2013, p. 19).

Segundo Zago, Weise e Horburg (2009, p. 2) “a análise de investimentos pode ser considerada como o conjunto de técnicas que permitem a comparação entre os resultados de tomada de decisões referentes a alternativas diferentes de forma científica”, neste sentido, a informação pode tornar-se um diferencial na concorrência, um recurso estratégico capaz de alterar o nível competitivo de um mercado local. Dessa forma, o estudo da viabilidade pode ser o caminho para alavancar um negócio ou para decidir quando é melhor nem começar.

As academias espalhadas pelas cidades estão a cada dia sendo mais procuradas e buscam atender cada vez mais os diversos públicos através de serviços diferenciados tais como treinos individualizados, treinadores pessoais e recentemente as novas modalidades de aulas de ginástica, o spinning é uma delas.

Está cada vez mais comum nos grandes centros e agora começa a se popularizar em cidades menores como Ijuí. Mesmo sendo uma atividade intensa e de alto gasto calórico, é considerada segura e prazerosa, tornando-se uma ótima opção de investimento.

Neste contexto, questiona-se: de que forma a análise de viabilidade econômica e financeira pode gerar informações para auxiliar na decisão de implantação do spinning em uma academia de ginástica?

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1.4 OBJETIVOS

A definição dos objetivos visa alcançar os resultados da realização do estudo e o que é preciso seguir para alcançá-los. São Classificados em objetivo geral e objetivos específicos.

1.4.1 Objetivo geral

Analisar a viabilidade econômica e financeira para a implantação de uma sala de spinning em uma academia de Ijuí (RS).

1.4.2 Objetivos específicos

 Revisar a base teórica na literatura dos conceitos e finalidades da viabilidade econômica e financeira.

 Levantar os investimentos necessários para a implantação do investimento;

 Projetar os custos, despesas operacionais e receitas para a atividade pretendida, por período;

 Demonstrar se é viável econômica, financeira e contabilmente, a criação do empreendimento pela aplicação das técnicas específicas de análise de viabilidade.

1.5. JUSTIFICATIVA

Sabe-se que o planejamento é uma ferramenta de fundamental importância em dias onde há tantas opções para os consumidores. É preciso estar preparado para as adversidades que envolvem abrir um negócio e mantê-lo.

A contabilidade, hoje, é uma forte ferramenta, fundamental para a continuidade de uma empresa, tanto por sua função econômica e fiscal quanto por sua função social, onde estuda as mutações do patrimônio e de sua realidade. Quando aliada à tomada certa da decisão pode mudar o rumo de um empreendimento, de sua decadência a sua prosperidade.

Com esse estudo pretende-se demonstrar por meio das técnicas de viabilidade que o estudo da contabilidade nos proporciona se há a possibilidade de implantação do projeto de negócio que será apresentado no trabalho.

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Também como acadêmica desta instituição de ensino que busca sempre renovar-se em conhecimentos, acredito que seja de grande importância um trabalho que nos aproxime da realidade de nossa cidade e que possa unir dois pólos que estão cada dia mais em alta: o planejamento econômico de um negócio e a saúde, fitness e bem estar, cada dia mais considerados em nossa sociedade.

Para a Universidade e o Curso de Ciências Contábeis este trabalho será de grande valia, pois não são comuns trabalhos que liguem estudos da ciência contábil com negócios relacionados a esta área, por tratar-se de uma modalidade nova de ginástica. Além disso, este trabalho poderá ser usado de referencial teórico para estudos vindouros em áreas afins.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

No referencial teórico, o objetivo foi buscar em livros, artigos, seminários e qualquer outro meio fundamentos para maior compreensão do assunto abordado no trabalho, além de aprofundar conhecimentos relacionados ao problema estudado.

2.1 RAMO DE ATIVIDADE

Praticado em grupo, o spinning é uma aula de ciclismo que tem como principal objetivo aprimorar a resistência cardiovascular respiratória, o gasto calórico (em uma aula se perde aproximadamente 700 calorias) e o fortalecimento muscular através de simulações de percursos. Para sua prática são usadas bicicletas especificas que são desenhadas especialmente para a modalidade, assim permitem facilmente ajustar a resistência da bicicleta ao nível de treinamento de cada aluno. (VISÃO REAL, 2014)

É uma atividade praticada com músicas que auxiliam na cadência dos movimentos, além de incentivar a socialização dos alunos.

O spinning é cada vez mais procurado por sua forma divertida de prática e seus resultados rápidos e certeiros, tanto no gasto calórico quanto no fortalecimento respiratório e muscular. Ele surgiu nos Estados Unidos como uma maneira de variar a forma convencional de pedalar em uma bicicleta estacionária, assumindo mais efetivamente os componentes essenciais de uma atividade física, como a frequência cardíaca, velocidade, intensidade, tempo e motivação. (SUA SAÚDE, 2014).

É uma modalidade cada dia mais procurada nas academias, que prova que manter a saúde física e mental pode ser algo divertido e prazeroso.

2.2 CONTABILIDADE

A contabilidade está ligada intimamente à história da raça humana, prova disso é que não há uma data certa em que se possa afirmar que a contabilidade foi fundada ou criada.

Conforme Sá (1990 apud BASSO, 2005, p. 17) “a história da contabilidade nasce com a própria civilização, em uma espontânea forma de ter conhecimento sobre as utilidades ou riquezas que o homem ia acumulando”.

É possível classificar a história da contabilidade desde os primórdios até os dias de hoje em quatro períodos evolutivos.

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Quadro 1– Períodos evolutivos da contabilidade

Contabilidade no mundo antigo Preocupação centrada nas formas de registros da movimentação da riqueza do homem.

Sistematização contábil Buscou-se estruturar um ‘método vigoroso de escrituração’ já sistematizado e fundamentado em bases teóricas consistentes.

Literatura contábil

O pensamento voltado para a contabilidade como ciência levou a criação de muitas obras de literatura contábil, além de organização de novas correntes de pensamento contábil.

Contabilidade cientifica

Encontro do verdadeiro objeto de estudo, o patrimônio. Os estudiosos deixam de focar a ‘forma’ de escrituração para dar ênfase à essência dos fatos. Neste período a contabilidade fica conhecida como ciência.

Fonte: Adaptado (BASSO, 2005)

Pode ser percebida pela síntese no quadro 1 que o estudo da contabilidade está em constante evolução: Ela teve início através dos registros básicos como forma de controlar os bens familiares e comerciais, progredindo para controles cada vez mais minuciosos. Dessa busca por conhecimentos e por técnicas melhores de controle do patrimônio, a contabilidade entrou em sua fase de grande revolução de pensamentos e vastas criações literárias, assim, consequentemente encontrando o verdadeiro objeto de estudo da contabilidade e seu reconhecimento como ciência.

2.2.1 Conceito

Pode se dizer que a contabilidade é uma ciência social, pois “é a ação humana que gera e modifica o fenômeno patrimonial”. (IUDICIBUS; MARION, 2006, p.34)

Para Franco (1983 apud BASSO, 2005) a contabilidade é a ciência que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades, através dos registros, das demonstrações e da revelação destes fatos, a fim de oferecer informações sobre a composição, as variações e os resultados econômicos de um período especifico.

Por patrimônio entende-se que é o conjunto de bens, direitos e obrigações que formam uma entidade. Para Basso (2005), na contabilidade, bens são todos elementos materiais ou imateriais que contribuem para obtenção dos fins da entidade; direitos são os haveres que a entidade tem a receber de terceiros, representados por títulos de crédito; obrigações são os valores que a entidade tem a pagar, sejam eles para obtenção de novos bens ou para continuidade do funcionamento da organização (encargos e recursos humanos).

A contabilidade, através de normas e técnicas controla o patrimônio da entidade nos seus aspectos quantitativos (monetários) e qualitativos (físico) e é também através destas

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normas e técnicas que cria demonstrativos contábeis para melhor explicar aos usuários das informações contábeis a situação da entidade particularizada.

2.2.2 Finalidades

Com o passar do tempo as finalidades da contabilidade foram se modificando por conta das necessidades das organizações também se modificarem. Conforme Sá (2006) nos esclarece, a contabilidade tem a finalidade fundamental de ensejar conhecimentos para aferir e ensejar a satisfação plena da necessidade aziendal. Pode-se afirmar assim, que a finalidade principal da contabilidade é suprir as necessidades das organizações. Já para Crepaldi (2003) a coordenação do trabalho da contabilidade deve ser dirigida a tal ponto que a informação gerada pelo mesmo seja: Confiável, ágil, elucidativa e fonte para a tomada de decisão.

Segundo Gazzoni (2003, p.26) “os dias atuais exigem que as riquezas sejam mais bem geridas, e isto não pode mais ser feito de modo empírico, havendo necessidade de uma gestão embasada em informações confiáveis, que diminuam o risco nos empreendimentos”.

O motivo que torna a contabilidade essencial para o pleno funcionamento das organizações é o fato de que ela é utilizada para preparar um leque de demonstrações contábeis, que serão utilizadas pelos usuários das informações para que tomem a melhor decisão possível, no que tange as funções econômicas e administrativas.

Segundo Basso (2005) os usuários das informações contábeis são classificados em dois grupos: Os usuários internos e os externos.

Os internos são aqueles que utilizam os dados dentro da própria organização, são os administradores de todos os níveis, que se valem das informações contábeis para avaliar a situação patrimonial e as mutações sofridas em períodos específicos.

E aqueles que nada têm a ver com a entidade, mas tem interesse ou necessidade de informações sobre ela, são chamados usuários externos. Estes, através das demonstrações contábeis apresentadas, podem ter interesse em investir ou deixar de investir capital nesta organização. Podem ser investidores potenciais, fornecedores, clientes, financiadores, associações e sindicatos, além do público em geral, neste grupo de usuários também se encaixam os órgãos fiscalizadores, como o governo federal, por exemplo, que se utilizam dessa ferramenta para taxar os impostos devidos por esta entidade para que possa continuar exercendo suas funções.

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2.3 CONTABILIDADE GERENCIAL

A contabilidade gerencial é um dos ramos da contabilidade. Ela é voltada para o registro, controle e gerenciamento dos recursos disponíveis e das atividades da entidade. (PIZUTTI, 2006).

Diferentemente da contabilidade geral, a contabilidade gerencial não se atem a normas e práticas contábeis, pois não tem finalidade de apresentação oficial, como as demonstrações contábeis oficiais.

A contabilidade gerencial considera dados históricos e estimados objetivando o planejamento de operações futuras [...] não requer que os números sejam preparados de acordo com os princípios contábeis, possibilitando ao contador ou usuário montá-los de acordo com os objetivos da administração. (CORONADO, 2006, p.26).

Para Padoveze (2012, p.7) “a contabilidade gerencial, por não se ater a regras específicas, tem uma extensa abrangência, pois é completamente aberta para absorver outros conceitos econômicos e financeiros”.

Assim sendo, tem grande relação com sistemas e subsistemas contábeis, pois é através deles que realiza os processos de planejamentos econômicos, estratégicos e vias de controle de operações e decisões.

Em seguida, são apresentadas as principais diferenças entre a Contabilidade Gerencial e Contabilidade Financeira:

Quadro 2 – Comparação entre contabilidade gerencial e contabilidade financeira

Fator Contabilidade Financeira Contabilidade Gerencial

Usuários dos relatórios Externos e Internos Internos.

Objetivos dos relatórios

Facilitar a análise financeira para as necessidades dos usuários externos.

Objetivo especial de facilitar o planejamento, controle, avaliação de desempenho e tomada de decisão internamente.

Forma dos relatórios

Balanço patrimonial,

demonstração dos resultados, demonstração dos fluxos de caixa e demonstração das mutações do patrimônio líquido.

Orçamentos, contabilidade por

responsabilidade, relatórios de desempenho, relatórios de custo, relatórios especiais não rotineiros para facilitar a tomada de decisão. Frequência dos

relatórios Anual, trimestral e mensal. Quando solicitado pela administração Custos ou valores

utilizados

Primariamente históricos

(passados). Históricos e esperados (previstos). Bases de mensuração

usadas para quantificar os dados

Moeda corrente.

Várias bases (moeda corrente, moeda estrangeira, moeda forte, medidas físicas, índices, etc.)

Restrições nas

informações fornecidas

Princípios contábeis geralmente aceitos.

Nenhuma restrição, exceto as determinadas pela administração.

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Característica da informação fornecida

Deve ser objetiva (sem viés), verificável, relevante e a tempo.

Deve ser relevante e a tempo, podendo ser subjetiva, possuindo menos verificabilidade e menos precisão.

Perspectiva dos

relatórios Orientação histórica.

Orientada para o futuro, para facilitar o planejamento, controle e avaliação de desempenho antes do fato (para impor metas), acoplada com uma orientação histórica para avaliar os resultados reais (para o controle posterior do fato).

Fonte – Padoveze (2012, p.15)

Dessa forma, a contabilidade gerencial procura identificar e atender as necessidades dos usuários internos, enquanto a contabilidade geral procura atender as necessidades dos usuários externos.

2.4 RECEITAS, DESPESAS E INVESTIMENTOS

A seguir, apresentam-se os conceitos de investimentos, receitas e despesas. É necessário que seja entendida a diferença entre esses três termos dentro de um negócio.

2.4.1 Investimentos

A geração de riqueza é a base dos motivos que levam pessoas a realizarem investimentos, através deles, buscam um retorno lucrativo e favorável.

Neste sentido, encontra-se a definição de Investimento como “toda aplicação realizada pela empresa com o objetivo de obter lucro (retorno)” (MARION, 2010, p.154).

Colaborando, Casagrande (2011, p.29) nos diz que:

Chamamos de investimentos os gastos de capital que o empreendedor precisará fazer para viabilizar materialmente o seu negócio ou projeto. É preciso criar uma infraestrutura, composta de bens e materiais, que possibilite a arrancada e o início das operações. Para construir a empresa, o empreendedor terá despesas tanto com licenças (alvará, registro de marca) quanto com aquisição de bens.

Para que exista a concepção de valor ou fortuna, os retornos destes investimentos deverão ser superiores ao capital neles empregado, fazendo com que os valores nos resultados sejam positivos, agregando riqueza para o investidor e para o próprio investimento.

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2.4.2 Receitas

As receitas são todas as entradas monetárias que ocorrem em uma entidade.

Basso (2011, p.85) entende receita por “variação que provoca a entrada de elemento no ativo sob forma de dinheiro ou de direitos a receber, provenientes da realização das atividades principais ou secundárias da entidade.” Para Marion (1995) as receitas correspondem, em geral, a vendas de mercadorias ou prestações de serviços e ganhos eventuais, mas Basso acredita que elas podem também derivar de renda sobre títulos, juros de poupanças e outros.

“As receitas são fontes de recursos para a realização das atividades da empresa.” (BASSO, 2011, p.85) Elas são refletidas no balanço patrimonial através da entrada de dinheiro no caixa (receita à vista) ou entrada em forma de direitos a receber (receitas a prazo) – Duplicatas a receber.

2.4.3 Despesas

As despesas podem ser entendidas como desembolsos necessários para o desenvolvimento das operações de uma entidade. A despesa é entendida como “todo sacrifício, todo esforço da empresa para obter Receita”. (MARION, 1995, p.70)

As principais despesas que as entidades possuem são: despesas com vendas, financeiras e administrativas, salários do pessoal, administrativo, impostos e taxas municipais, etc.

Além das deduções do patrimônio líquido, as despesas podem se originar também do desgaste de máquinas ou produtos, a este fenômeno, chamamos depreciação.

2.5 METODOLOGIAS DE ANÁLISE DE VIABILIDADE

Verificar a viabilidade econômica e financeira de um projeto significa estimar e analisar as perspectivas e possibilidades de desempenho financeiro deste.

As técnicas para análise de viabilidade se dividem em econômicas e financeiras. Em seguida, são apresentadas as metodologias de análise que serão utilizadas no trabalho.

2.5.1 Análise de viabilidade econômica

A análise de viabilidade econômica é um estudo, que busca traduzir o fato de que os custos e esforços gastos para implantação de um projeto e funcionamento são compensados,

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vantajosamente, pelas receitas e benefícios auferidos no decorrer de um prazo conveniente aos seus promotores. Neste projeto serão utilizadas as técnicas de análise de viabilidade econômica: Demonstração do Resultado do Exercício - DRE, Índices de Rentabilidade – IR, Índice de Lucratividade – IL.

2.5.1.1 Demonstração de resultado do exercício – DRE

A DRE, como é chamada a Demonstração do Resultado do Exercício, teve obrigatoriedade a partir da Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976, Art. 176 para as companhias abertas e de grande porte, e teve sua estrutura aprovada pela Resolução CFC nº 686/90.

Essa demonstração contábil é destinada a evidenciar de forma vertical a composição do resultado formado em um determinado período de operações da Entidade mediante confronto entre receitas e despesas. Seu resultado final demonstra o lucro ou prejuízo do período.

Esta demonstração é de grande valia para a contabilidade gerencial, uma vez que seu foco são as receitas e as despesas. O principal aspecto gerencial da demonstração do resultado é que ela mostra a capacidade de geração ou criação de valor empresarial, e, consequentemente, fluxo de caixa. Além disso, é por meio da avaliação de lucratividade evidenciada na demonstração de resultado que se avalia o retorno dos investimentos, quando se confronta o lucro obtido com o investimento realizado evidenciado no balanço patrimonial. [...] Com os dados da demonstração de resultados é que se modela o sistema de custos e formação de preços de venda da empresa, ficando clara a sua importância gerencial (PADOVEZE, 2012, p.42).

A DRE deve ser apurada pelo princípio contábil do regime de competência (BASSO, 2011) e embora a Entidade seja por Lei obrigada a apresentá-la ao final do exercício contábil, é comum sua elaboração mensalmente para fins gerenciais e trimestralmente para fins gerenciais e tributários.

Quadro 3 – Estrutura da demonstração do resultado do exercício

Receita operacional bruta

(-) Tributos incidentes sobre vendas (-) Devolução e abatimentos = Receita operacional líquida

(-) Custo das mercadorias vendidas (se comércio) Custo dos produtos vendidos (se indústria)

Custo dos Serviços Vendidos (se prestação de serviços) = Lucro bruto

(+) Outras receitas operacionais (-) Despesas operacionais Administrativas Com vendas Tributarias

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(Despesas financeiras (-) receitas financeiras) Outras despesas operacionais

Equivalência patrimonial = Lucro (prejuízo) operacional (+) Outras receitas

(-) Outras despesas

= Resultado do exercício antes do imposto de renda

(-) Provisão para impostos de renda e contribuição social sobre o lucro (-) Participação dos administradores

(-) Participação dos empregados = Lucro (prejuízo) do exercício Fonte: Padoveze (2012, p.43)

Observando o contexto estrutural da DRE, verifica-se que ela fornece informações de forma resumida dos resultados operacionais e não operacionais da empresa durante o período, desta forma, refletindo o efeito das decisões do gestor e o desempenho empresarial.

2.5.1.2 Índices de Rentabilidade – IR

Os índices de Rentabilidade medem o quanto uma empresa está sendo lucrativa ou não. Para Assaf Neto (2009 apud VIEIRA et al, 2011, p.4) “esses indicadores têm por objetivo avaliar os resultados auferidos por uma empresa em relação a determinados parâmetros que melhor revelam suas dimensões”. Essa análise é feita com base no resultado econômico, vendas e investimentos da empresa.

Para encontrar o ganho da empresa, em percentuais, em relação ao investimento realizado, deve ser efetuado o seguinte cálculo:

Rentabilidade = Lucro Líquido X 100 Investimento Total

Fonte: Kassai et al (2000, p.77)

Os indicadores de rentabilidade estão entre os que mais interessam aos sócios, pois demonstram a remuneração dos recursos aplicados.

2.5.1.3 Índice de Lucratividade – IL

O índice de lucratividade busca verificar a proporcionalidade entre o valor presente das entradas líquidas de caixa e o investimento inicial do projeto. Conforme Kassai et al (2000, p.78) é representado pela fórmula:

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Lucratividade = Lucro Líquido X 100 Receita Total Líquida

Fonte: Kassai et al (2000, p.78)

Sobre a razão “beneficio/custo” da proposta, “o índice de lucratividade fornece uma medida do retorno esperado por unidade monetária investida.” (BRAGA, 1989, p. 287)

Para que o projeto seja recomendável, o índice de lucratividade deve ser superior a 1. Caso seja menor que 1 o investimento deverá ser rejeitado.

2.5.2 Análise de viabilidade Financeira

Cada um dos indicadores financeiros resulta em informações diferentes, que podem ser utilizados de maneira complementar. É necessário o conhecimento de vários indicadores para estruturar um modelo que forneça resultados otimizados. Na pesquisa serão utilizadas as seguintes técnicas de análise de viabilidade financeira: Fluxo de caixa, Taxa Interna de Retorno – TIR, Taxa Mínima de Atratividade – TMA, Valor Presente Líquido – VPL e Período de Payback.

2.5.2.1 Fluxo de caixa

O fluxo de caixa é indispensável para uma verificação dos rumos financeiros do negócio. Segundo Zdanowicz (2004, p.40) “fluxo de caixa é o conjunto de ingressos e desembolsos de numerário ao longo de um período projetado”.

Para Padoveze (2010) o fluxo de caixa representa efetiva entrada ou saída de numerário, valores pagos ou recebidos, onde não se indaga se estão com ou sem impostos. Apenas se registra exatamente o valor financeiro efetivado na operação.

Dessa forma, pode-se dizer que o fluxo de caixa demonstra tanto a origem quanto a aplicação dos recursos das empresas, com isso, possibilita verificar através do fluxo de caixa a existência de excedentes de caixa ou escassez de recursos, segundo Zdanowicz (2004), se houver excedentes permite ao administrador estudar a forma de destiná-los mais eficientemente e se houver falta de recursos financeiros, captar nas fontes menos onerosas do mercado.

Quanto à forma de reprodução do fluxo de caixa, “quanto mais sofisticadas forem as técnicas empregadas na análise do fluxo de caixa estimado para a seleção e avaliação dos

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investimentos, maiores são as probabilidades de os desempenhos aproximarem-se do que foi projetado.” (BIEGER; PUDEL, 2010, p.8)

O fluxo de caixa não deve ser a única fonte de informação sobre a “saúde monetária” da organização, mas é fundamental.

2.5.2.2 Taxa Interna de Retorno – TIR

A Taxa Interna de Retorno é a taxa de juros (desconto) que iguala, em determinado momento do tempo, o valor presente das entradas (recebimentos) com o das saídas (pagamentos) previstas de caixa.

Segundo Gitman (2001) a TIR é usada como método de análise de investimento, onde o investimento será atraente se a TIR superar a taxa mínima de retorno. Caso contrário, rejeita-se o projeto.

Supondo-se a atualização de todos os movimentos de caixa para o momento zero, conforme Gitman (2001, p.303), tem-se a fórmula:

Onde:

II = é o investimento inicial de um projeto FCt = é o fluxo de entrada de caixa em um ano t n = numero de períodos

t = tempo

$ 0 = valor presente liquido = 0

Entre duas alternativas econômicas com TIR diferentes, a que apresentar maior taxa representa o investimento que proporciona o maior retorno. Para Gitman (2001) esses critérios garantem que a empresa consiga pelo menos seu retorno exigido, além de aumentar seu valor de mercado.

A TIR é considerada a técnica mais usada e sofisticada para a avaliação de alternativas de investimentos.

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2.5.2.3 Taxa Mínima de Atratividade – TMA

Para concretizar um projeto de investimentos é preciso levar em conta o custo do dinheiro que será tomado emprestado, ou a rentabilidade de nossas aplicações no mercado. A partir disso o projeto só será viável se ultrapassar este custo inicial e se apresentar interessante.

A taxa mínima de atratividade (TMA) é a taxa mínima a ser alcançada por um determinado projeto para que este não tenha prejuízo. Além disso, é a taxa que serve de parâmetro de comparação para a TIR e a taxa utilizada para descontar os fluxos de caixa quando se usa o método do VPL. (KASSAI et al, 2000)

A TMA de uma empresa não deve ser inferior: a) Em investimentos de longo prazo:

- ao custo dos empréstimos de longo prazo;

- a expectativa de ganhos dos acionistas [...] e a taxa de crescimento estratégica da empresa.

b) em investimentos de curto e médio prazos:

- ao custo de oportunidade do capital... (CASAROTTO; KOPITTKE, 2010, p.289)

A taxa mínima de atratividade utilizada por cada pessoa pode variar, uma vez que a decisão é tomada pela própria pessoa e esta pode ter justificativas diferentes para decidir entre investir ou não e a partir de que valor valerá a pena investir.

2.5.2.4 Valor Presente Líquido – VPL

O valor presente líquido é uma técnica de análise da viabilidade. Ele consiste em uma fórmula matemático-financeira em que “o valor dos investimentos e do fluxo de caixa atual e futuro são convertidos para um valor equivalente na data atual por meio de uma taxa de conversão” (PORTAL DE CONHECIMENTOS, 2014).

Sua fórmula consiste na equação:

Fonte: Adaptado de Motta; Calôba (2002, p.106)

Onde:

i é a taxa de desconto;

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𝐹𝐶 𝑗 é um fluxo genérico para t = [0 ... n] que pode ser positivo (receita) ou negativo

(custos);

VPL é o valor presente liquido descontado a uma taxa i; e n é o numero de períodos.

O valor presente líquido é uma das funções mais utilizadas na análise da viabilidade de um projeto. Segundo Kassai et al (2000), não apenas porque trabalha com fluxo de caixa descontado e pela sua consistência matemática, mas também porque seu resultado é em espécie ($) revelando a riqueza absoluta do investimento .

Uma vez que o valor presente líquido tenho sido calculado, a regra para tomada de decisão é simples, tendo em vista que a taxa de desconto já decompõe em fatores o que a empresa precisa fazer sobre o investimento para encontrar seu ponto de equilíbrio. (URTADO et al, 2009, p.2)

Sua fórmula reflete a riqueza em valores monetários do investimento medida pela diferença entre o valor presente das entradas de caixa e o valor presente das saídas de caixa, a uma determinada taxa de desconto. (KASSAI et al, 2000)

Essa taxa de desconto se refere ao valor mínimo que deve ser alcançado pelo projeto, para que ele se torne viável.

O método de VPL determina o valor liquido do investimento, descontado com a TMA, na data zero. Com isso, ‘através desse método poderemos avaliar o investimento no momento presente’, tendo em mente que, ao analisar receitas e despesas, o VPL apurado representará o valor do retorno de investimentos ajustado a valor presente. Dessa Forma, um ‘projeto é considerado atrativo quando o VPL for positivo’ ou quando igualar-se a zero, pois neste caso o investimento terá atingido a TMA do aplicador de recursos. Contudo, se o VPL resultante for negativo, significa que o investimento não proporcionará rentabilidade igual ou superior à taxa de atratividade considerada. (WERNKE, 2007, p.70)

A dificuldade no uso do VPL está na identificação da taxa de desconto a ser utilizada que, muitas vezes, é obtida de forma complexa ou até mesmo subjetiva. (KASSAI et al, 2000) Se houver análise de mais de um investimento, o melhor será aquele que tiver o VPL maior.

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2.5.2.5 Período de Payback

O período de Payback é também conhecido como tempo de recuperação do investimento, ele determina o número de períodos necessários para recuperar o capital investido.

O Payback é encontrado à soma dos valores dos fluxos de saída de caixa com os de entrada, até o momento que essa soma resulta em zero. Este método, segundo Ehrlich (1989, p.97) reza que o “melhor projeto é aquele que tem o menor tempo de retorno”.

O tamanho do período aceitável é determinado pela administração da empresa, mas o Payback não é recomendado para períodos maiores que um ano, pois esse indicador “não considera explicitamente o valor do dinheiro no tempo.” (GITMAN, 2001, p.300).

Para Kassai et al (2000, p.85) o Payback é “mais uma medida de risco que propriamente de retorno de investimento.” Complementando essa afirmação, Motta e Calôba (2002) nos dizem que essa técnica deve ser usada apenas como reservas, como indicador, não servindo para a seleção entre alternativas.

O Payback também pode ser descontado, dessa forma ele considera o valor do dinheiro no tempo, ou seja, ele traz os valores originais ao tempo presente.

Critérios de tomada de decisão:

- se o Payback encontrado for menor que o máximo aceitável: aceitar o projeto. - se o Payback encontrado for maior que o máximo aceitável: recusar o projeto.

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3 METODOLOGIA DO TRABALHO

Sobre a metodologia do trabalho, pode se dizer que “o método é um procedimento racional arbitrário de como atingir determinados resultados”. (FERRARI, 1982, p.19). Neste sentido, a metodologia do trabalho auxilia na forma de realização dele, no que tange a sua classificação de estudo, coleta de dados e análise dos resultados.

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

Não existem receitas lógicas para criar descobrimentos (GRESSLER 2003), porém é essencial que se projete a pesquisa independente da forma que ela vai ocorrer, para que ela cumpra seus três requisitos básicos. Nesta linha de pensamento, Luna (1994 apud GRESSLER, 2003, p.109) nos apresenta tais requisitos:

a) A existência da pergunta que se deseja responder;

b) A elaboração (e descrição) de um conjunto de passos que permitam obter a informação necessária para respondê-la; e

c) A indicação do grau de confiabilidade na resposta obtida.

Assim, organiza-se a pesquisa quanto a sua natureza, seus objetivos, a forma de abordagem do problema e seus procedimentos técnicos.

3.1.1 Quanto a natureza

A natureza da pesquisa pode ser classificada com aplicada ou básica.

A pesquisa básica objetiva “gerar conhecimentos novos úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista” (SILVA; MENEZES, 2005, p.14).

Enquanto isso, a pesquisa aplicada objetiva “gerar conhecimentos para aplicação prática e dirigidos à solução de problemas específicos” (SILVA; MENEZES, 2005, p.14).

Em resumo a pesquisa aplicada procura resolver problemas específicos, enquanto a pesquisa básica procura inserir o estudo em um contexto maior.

Sendo assim, o estudo é classificado como pesquisa aplicada, pois avaliou um caso concreto, sendo aplicadas práticas e conhecimentos para resolver um problema especifico real, de interesse local.

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3.1.2 Quanto aos objetivos

O objetivo fundamental da pesquisa é “descobrir respostas para problemas mediante emprego de procedimentos científicos” (GIL, 1999, p.42). Dessa forma, a pesquisa pode se classificar de três formas: pesquisa exploratória, descritiva e explicativa.

Para Gil (1999, p.43) a pesquisa exploratória tem “a finalidade de esclarecer e modificar conceitos e ideias”.

A pesquisa descritiva ocorre quando o “pesquisador apenas registra e descreve os fatos observados sem interferir neles” (PRODANOV; FREITAS. 2013 p.52).

E finalmente, a pesquisa explicativa objetiva “identificar os fatores que interferem ou condicionam a ocorrência dos fenômenos” (BOAVENTURA, 2004, p.57).

A partir destes conceitos, classifica-se a pesquisa como descritiva, pois tem como objetivo analisar um problema concreto, além de descrevê-lo a partir das informações coletadas e trabalhadas.

3.1.3 Quanto a forma de abordagem do problema

Quanto a forma de abordagem do problema, a pesquisa pode ser qualitativa ou quantitativa. A principal diferença entre as duas opções de abordagens reside no fato de a abordagem qualitativa “não empregar um instrumento estatístico como base do processo de análise do problema” (BEUREN, 2004, p.92). Este tipo de estudo “prioritariamente emprega técnicas de coleta de dados como a entrevista semiestruturada, não estabelece clara separação entre a coleta de informações e sua interpretação” (ZAMBERLAN et al, 2014, p.148).

Já a abordagem quantitativa “considera tudo que pode ser quantificável, o que significa traduzir em números, opiniões e informações para classificá-las e analisá-las” (ZAMBERLAN et al, 2014, p.94).

Neste estudo são utilizados apenas os métodos qualitativos, pois se levou em conta os traços subjetivos e as peculiaridades de cada situação, não sendo usada nenhuma forma estatística de mensuração de dados.

3.1.4 Quanto aos procedimentos técnicos

Quanto aos procedimentos técnicos utilizados para a realização deste trabalho, cita-se a pesquisa bibliográfica, documental, o levantamento de dados e o estudo de caso.

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Pesquisa bibliográfica é o conjunto de “todos os materiais escritos que podem servir como fonte de informação para a pesquisa” (MARCONI; LAKATOS, 1982, p.165). Nesta etapa do estudo, serão utilizados materiais bibliográficos (livros, revistas, publicações, sites, etc.) acerca do assunto, com o objetivo de reforçar a análise ou manipulação das informações pertinentes.

Já a pesquisa documental “são documentos e/ou materiais que ainda não foram analisados, mas que, de acordo com a questão e objetivos da pesquisa, podem ter valor cientifico” Gil (1994, apud ZAMBERLAN et al, 2014, p.99).

Sobre estudo de caso, este “é uma pesquisa empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto da vida real...” Yin (2001 apud ZAMBERLAN et al, 2014, p.99).

E por fim, o levantamento de dados é descrito por Gil (2002, apud ZAMBERLAN et al, 2014) como a interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer.

Serão utilizadas todas essas técnicas, pois uma complementa a outra, tornando dessa forma o resultado final mais próximo possível da realidade.

3.2 COLETA DE DADOS

Nesse item do trabalho são descritos os métodos que serão utilizados para a coleta de dados necessários para a elaboração da pesquisa. Para Marconi e Lakatos (1982, p.30) a coleta de dados é a “etapa da pesquisa em que se inicia a aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas selecionadas, a fim de se efetuar a coleta dos dados previstos”.

Para o respectivo estudo, utilizou-se principalmente a observação dos acontecimentos e também a entrevista com os proprietários a fim de identificar dados necessários para realização do estudo.

3.2.1 Instrumentos de coleta de dados

Os dados foram obtidos através de entrevistas despadronizadas.

Esta técnica consiste na conversa informal, que pode ser alimentada por perguntas abertas, proporcionando maior liberdade para o informante. (ANDRADE, 2003)

Entre os entrevistados, estão os empresários interessados na implantação, os fornecedores dos equipamentos/manutenção. Estes dois agentes são indispensáveis para a criação do negócio, manutenção e permanência no mercado.

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Foram coletadas as informações referentes a despesas operacionais e os custos de implantação. Também foi elaborada uma pesquisa informal com a concorrência para a identificação do preço praticado.

A partir destes dados levantados, foi feita a análise dos dados. Esta envolve o registro sistemático de padrões de comportamento das pessoas, objetos e eventos, a fim de obter informações sobre o fenômeno de interesse (ZAMBERLAN, et al, 2014). Dessa forma após levantados os dados e observados realizou-se a avaliação.

3.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

Na análise dos dados todas as informações coletadas se transformam em fontes de respostas a indagação principal: é possível implantar este projeto? Através de projeções de custos, despesas, fluxo de caixa, DRE, índices de rentabilidade e lucratividade, entre outros métodos que a contabilidade nos proporciona para realização de pesquisas deste tipo.

Após transformados os dados em fontes seguras de informações, buscou-se a solução ao questionamento inicial e em rota a ser seguida para o sucesso do negócio.

Após a coleta dos dados necessários, estruturou-se as planilhas, onde são elaboradas projeções de receita, de custos e despesas para a avaliação da viabilidade econômica. Na sequência desenvolveu-se as planilhas com a DRE e os índices de lucratividade e rentabilidade, que proporcionam o estudo da viabilidade econômica.

Em seguida elaborou-se o fluxo de caixa com os planos de recebimento e pagamentos, a partir deste calcularam-se os indicadores da análise de viabilidade financeira.

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4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Neste capítulo desenvolveu-se a aplicação do estudo realizado bem como as análises e resultados obtidos. Primeiramente foi feito o levantamento de investimentos necessários, as despesas e receitas. Após esse levantamento inicial, serão apresentadas a análise econômica e financeira em duas projeções, uma otimista e outra pessimista, que serão utilizadas para responder a dúvida central do trabalho.

4.1 RAMO DE ATIVIDADE

A empresa apresentada neste trabalho faz parte de uma academia, porém com administração separada. Esta academia está situada no município de Ijui desde 02 de janeiro de 2001 e seu quadro atual de funcionários conta com 10 pessoas, entre instrutores físicos e gerentes que trabalham no mesmo espaço. É uma empresa de Sociedade Limitada que conta com várias modalidades de prática de exercícios, sempre buscando atualizar-se na área de fitness para oferecer o que há de mais moderno, sendo assim conhecida na cidade de atuação por sempre oferecer o que há de novidades no mercado.

Neste contexto, insere-se a oferta do spinning pela academia como uma modalidades de ginástica diferentes das convencionais e que é uma novidade na cidade.

Os investidores propõem uma parceria com essa academia que consiste em implantar o Spinning que é uma modalidade de exercícios aeróbicos considerado o mais completo da categoria, por favorecer o condicionamento físico, agilizar o emagrecimento e liberação de hormônios como a endorfina e a serotonina, responsáveis pela sensação de prazer e bem estar através da prática do ciclismo indoor.

A academia parceira irá disponibilizar uma sala onde ficarão alocados os instrumentos utilizados para esta modalidade e onde acontecerão as aulas, além de utilização do nome e da marca da academia, que já tem tradição na cidade. Esta utilização terá a contraprestação mensal através de pagamento em forma de aluguel.

A academia terá a responsabilidade de adequar o espaço às necessidades do empreendedor, inclui-se nisso gastos com reformas, pinturas, instalações elétricas e o que se fazer necessário para o seu pleno funcionamento. Além disso, o gasto com divulgação e publicidade na abertura do negócio também será pago pela academia.

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Já o imobilizado e o restante dos investimentos iniciais deverão ser de responsabilidade do dono do negócio, além da manutenção e esforços para possibilitar a pratica da modalidade (imobilizado, pagamento de profissionais, etc.)

As aulas serão ministradas pelo próprio investidor, além de mais um professor. Serão disponibilizadas 15 vagas e as aulas acontecerão em três turnos por dia: manhã, tarde e noite, de segunda-feira a sexta-feira.

Será apresentado no trabalho duas perspectivas para o negócio: Uma positiva, utilizando 100% das vagas disponíveis, 15 bicicletas mais uma utilizada pelo instrutor e uma perspectiva negativa, com utilização de 73% das bicicletas, equivalente a 11 alunos e um instrutor.

4.2 INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS

Toda decisão de investimento necessita de análise, pois sem um estudo real, baseando-se apenas em hipótebaseando-ses, as chances de insucesso multiplicam-baseando-se. Dessa forma, foi feito o levantamento dos investimentos iniciais básicos que os sócios necessitam.

Quadro4 - Estimativa de investimentos iniciais

ITENS QUANTIDADE VALOR UNITÁRIO VALOR TOTAL %

Mesa de som 1 750,00 750,00 1,87 Aparelho de DVD 1 180,00 180,00 0,45 Pen drive 1 29,90 29,90 0,07 DVD de videoclipe 2 30,00 60,00 0,15 Projetor 1 1.800,00 1.800,00 4,49 Tela de projeção 1 350,00 350,00 0,87 Jogo de luzes 1 1 75,00 75,00 0,19 Jogo de luzes 2 1 80,00 80,00 0,20 Jogo de luzes 3 1 120,00 120,00 0,30 Jogo de luzes 4 1 70,00 70,00 0,17 Filtro d'agua refrigerador 1 379,00 379,00 0,95

Persiana 3 130,00 390,00 0,97

Climatizador (24000 btu) 1 2.879,00 2.879,00 7,19

Caixa de som 2 450,00 900,00 2,25

Bicicleta para spinning 16 1.950,00 31.200,00 77,88 Luz de emergência 1 50,00 50,00 0,12 Curso de qualificação 1 750,00 750,00 1,87 INVESTIMENTO INICIAL 40.062,90 100% Fonte: Dados conforme pesquisa

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Verifica-se no quadro 4 que o item mais oneroso foi o essencial para a prática de spinning, as bicicletas, que já não são como bicicletas ergométricas comuns, tem seu preço unitário maior; Elas representam 77,88% do capital investido. Após as bicicletas vem os climatizadores, o projetor de vídeo e a aparelhagem de som (mesa mais caixas de som) que juntos representam 15,80% que são motivadores para a prática. Estes itens em conjunto representam mais de 90% do capital total investido.

Para o valor de cada item apresentado foi realizada pesquisa de preço com três fornecedores e/ou estabelecimentos diferentes onde os produtos tivessem as mesmas especificações na data de 20 de agosto de 2014.

4.3 DESPESAS E RECEITAS

Após o levantamento do investimento inicial verificam-se quais seriam as despesas para abertura do negócio e para a manutenção, além das receitas que ele agregará por mês através do recebimento da mensalidade dos alunos.

4.3.1 Despesas

As despesas iniciais do negócio se resumem em um financiamento bancário para adquirir parte do capital inicial e as despesas contábeis de abertura e capital de giro.

Para aquisição do imobilizado o sócio fez um financiamento bancário de R$ 19.000,00 com uma instituição financeira local a uma taxa de 1,20% ao ano em 24 parcelas de mesmo valor. No quadro 5 foi demonstrado através de tabela price – sistema francês de amortização – a simulação do financiamento.

Quadro 5 – Estimativa de financiamento

PARCELA DATA PARCELA JUROS AMORTIZAÇÃO SALDO

0 19.000,00 1 01/2015 915,84 228,00 687,84 18.312,16 2 02/2015 915,84 219,75 696,09 17.616,07 3 03/2015 915,84 211,39 704,45 16.911,62 4 04/2015 915,84 202,94 712,90 16.198,72 5 05/2015 915,84 194,38 721,46 15.477,26 6 06/2015 915,84 185,73 730,11 14.747,15 7 07/2015 915,84 176,97 738,87 14.008,28 8 08/2015 915,84 168,10 747,74 13.260,54 9 09/2015 915,84 159,13 756,71 12.503,82

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10 10/2015 915,84 150,05 765,79 11.738,03 11 11/2015 915,84 140,86 774,98 10.963,04 12 12/2015 915,84 131,56 784,28 10.178,76 13 01/2016 915,84 122,15 793,69 9.385,07 14 02/2016 915,84 112,62 803,22 8.581,85 15 03/2016 915,84 102,98 812,86 7.768,99 16 04/2016 915,84 93,23 822,61 6.946,38 17 05/2016 915,84 83,36 832,48 6.113,89 18 06/2016 915,84 73,37 842,47 5.271,42 19 07/2016 915,84 63,26 852,58 4.418,84 20 08/2016 915,84 53,03 862,81 3.556,02 21 09/2016 915,84 42,67 873,17 2.682,85 22 10/2016 915,84 32,19 883,65 1.799,21 23 11/2016 915,84 21,59 894,25 904,96 24 12/2016 915,82 10,86 904,96 - 0,00 ∑ 21.980,14 2.980,14 Fonte: Dados conforme pesquisa

Sobre o financiamento, verifica-se que o valor do juro é menor conforme o saldo devedor decresce, já que o método price ajusta o valor do juro conforme o saldo e não conforme a parcela, mantendo assim a parcela sempre no mesmo valor enquanto o saldo amortizador e o juro diminuem a cada mês. Também percebe-se que o valor total pago no financiamento em juros é de R$ 2.980,14, ficando assim o valor final do financiamento em R$ 21.980,14.

Tanto na perspectiva otimista quanto na perspectiva pessimista o financiamento será mantido o mesmo.

Um escritório de contabilidade fará o serviço de abertura da empresa e todos os trâmites necessários.

Quadro 6 - Estimativa das despesas de abertura – projeção otimista

ITEM VALOR UNITÁRIO VALOR TOTAL

Serviços Contábeis- Abertura 400,00 400,00 Capital de Giro (2 meses) 11.159,33

Total 11.559,33

Fonte: Dados conforme pesquisa

Quanto ao capital de giro, utilizou-se o valor equivalente a dois meses de despesas para que a empresa possa cobrir seus gastos mensais, logo para a perspectiva positiva o valor será diferente que para a perspectiva negativa, como está demonstrado no quadro 7.

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Quadro 7- Estimativa das despesas de abertura – projeção pessimista

ITEM VALOR UNITÁRIO VALOR TOTAL

Serviços Contábeis- Abertura 400,00 400,00 Capital de Giro (2 meses) 9.989,33

Total 10.389,33

Fonte: Dados conforme pesquisa

Como o valor do aluguel varia de acordo com a receita e essa varia de acordo com a quantia de alunos, as despesas de abertura se modificam.

No quadro 8, abaixo, estão enumeradas as despesas mensais, também conforme a expectativa de 100% e 73%, respectivamente.

Quadro 8 – Estimativa de despesas mensais – projeção otimista

ITEM QUANTIDADE VALOR UNITÁRIO VALOR TOTAL %

Pro labore 50 30,00 1.500,00 26,88 Salário 1 672,20 672,20 12,05 Aluguel 1 2.193,75 2.193,75 39,32 Material de consumo 20 12,00 340,00 6,09 Despesas de depreciação 1 495,71 495,71 8,88 Despesas financeiras 1 228,00 228,00 4,09 Serviços Contábeis 1 150,00 150,00 2,69 Total 5.579,66 100

Fonte: Dados conforme pesquisa

Despesas com água, luz, telefone, limpeza semanal, eventuais manutenções de infraestrutura e estética serão pagas pelo proprietário da academia e estão previstas dentro do valor do aluguel que será pago conforme a receita bruta mensal. Isso justifica o alto valor pago de aluguel, que corresponderá sempre a exatamente 25% do total da receita com as mensalidades que o proprietário do spinning receberá até o sétimo dia útil de cada mês. É um valor relativamente alto, pois se comparado com as outras despesas, representa sozinho 39,32% do valor total das despesas mensais. Será também de responsabilidade do dono da academia a cobrança e recebimento de valores relativos as mensalidades dos alunos.

Destaca-se entre as despesas também o pró-labore e as despesas com salário de 26,88% e 12,05% respectivamente do valor total mensal.

Referente ao salário e pró-labore, foram calculados conforme a quantidade de horas trabalhadas por mês e o valor da hora trabalhada como segue demonstrado no quadro 9. Quadro 9 – Estimativa de despesas com salário e pro labore

ITEM QUANTIDADE HORAS AULA VALOR UNITÁRIO VALOR

TOTAL Pro labore 1 50 30,00 1.500,00 Salário 1 25 20,00 500,00

(35)

Fonte: Dados conforme pesquisa

As horas pagas foram calculadas conforme o valor da hora trabalhada e a quantidade de horas trabalhadas por mês. O sócio que é professor dará as aulas em dois turnos (manhã e tarde) ao valor de R$ 30,00 a hora trabalhada, este será o seu pró-labore mensal: R$ 1.500,00. Já o professor contratado receberá R$ 20,00 por hora trabalhada num total de 25 horas por mês, equivalentes a um turno de aula (noite).

Segue o quadro 10 que apresenta o gasto mensal com a folha de pagamento do professor contratado.

Quadro 10 – Estimativa de despesa com salário

Salário base 500,00 Adicionais - Outros - Subtotal 500,00 obrigações trabalhistas provisão 13º 41,65 provisão férias 41,65 1/3 sobre férias 13,90 Subtotal 97,20 obrigações pessoais INSS - FGTS 40,00 Previsões 35,00 Subtotal 75,00 Total 672,20

Fonte: Dados conforme pesquisa

Também foi feito o levantamento de despesas com material de consumo, que se refere a distribuição de água aos alunos durante as aulas e é detalhado no quadro 11.

Quadro 11 – Estimativa de despesa com material de consumo

ML POR PESSOA CONSUMIDORES LITROS POR AULA LITROS POR DIA GALÕES POR SEMANA GALÕES POR MÊS 400 16 6,4 19,2 4,8 19,2

Fontes: Dados conforme pesquisa

Percebe-se como é alta a quantidade de litros d’agua que se utiliza por dia e por arredondamento aumentou-se para 20 o número de galões de agua que serão gastos por mês, gerando assim um gasto de R$ 340,00 por mês só em material de consumo.

Também foi necessário calcular a depreciação do imobilizado, demonstrada no quadro 12.

(36)

Quadro 12 – Estimativa das despesas de depreciação ITEM VALOR TOTAL VL RESIDUAL 15% VALOR A

DEPRECIAR DEP/ ANO DEP/ MÊS Mesa de som 750,00 112,50 637,50 63,75 5,31 Aparelho de DVD 180,00 27,00 153,00 15,30 1,28 Projetor 1.800,00 270,00 1.530,00 153,00 12,75 Tela de projeção 350,00 52,50 297,50 29,75 2,48 Jogo de luzes 1 75,00 11,25 63,75 6,38 0,53 Jogo de luzes 2 80,00 12,00 68,00 6,80 0,57 Jogo de luzes 3 120,00 18,00 102,00 10,20 0,85 Jogo de luzes 4 70,00 10,50 59,50 5,95 0,50 Filtro d'agua refrigerador 379,00 56,85 322,15 32,22 2,68 Climatizador (24000 btu) 2.879,00 431,85 2.447,15 244,72 20,39 Caixa de som 900,00 135,00 765,00 76,50 6,38 Bicicleta para spinning 31.200,00 4.680,00 26.520,00 5.304,00 442,00 Total 38.783,00 5.817,45 32.965,55 5.948,56 495,71 Fonte: Pesquisa de dados

Pode-se observar no quadro doze que este valor se mantém fixo ao longo dos períodos, já que não se teve aquisição de nenhum bem posteriormente. Para os bens depreciáveis foi considerada uma vida útil de 10 anos, já para as bicicletas foi considerado um tempo útil máximo de 5 anos, afinal a atividade depende basicamente das bicicletas, então para que a qualidade do serviço prestado seja alta é necessário que seja efetuada a troca delas em no máximo 5 anos.

Para visualizar todo o período analisado no trabalho, fora, projetadas as despesas dos próximos cinco anos, corrigidas anualmente pela média aritmética do IGP-M ((Índice Geral de Preços do Mercado) do período de 01/01/2009 até 31/12/2013, chegando assim, a correção anual de 6,165%. Segue demonstração no quadro 13.

Quadro 13 – Projeção de despesas anuais – projeção otimista

ITEM 2015 2016 2017 2018 2019 Pro labore 18.000,00 19.109,70 20.287,81 21.538,56 22.866,41 Salário 8.066,40 8.563,69 9.091,65 9.652,15 10.247,20 Aluguel 26.325,00 27.947,94 29.670,93 31.500,14 33.442,12 Material de consumo 4.080,00 4.331,53 4.598,57 4.882,07 5.183,05 Despesas de depreciação 5.948,56 5.948,56 5.948,56 5.948,56 5.948,56 Despesas financeiras 2.168,84 811,30 0,00 0,00 0,00 Serviços Contábeis 1.800,00 1.910,97 2.028,78 2.153,86 2.286,64 Total 63.736,80 66,174,92 69.393,29 73.671,38 78.213,22 Fonte: Dados conforme pesquisa

Percebe-se que as despesas financeiras e a depreciação não sofrem correção monetária, já que o valor de suas parcelas futuras não mudam, isso se justifica no financiamento pois

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