AGRUPAMENTO DE ESCOLAS JOÃO DE BARROS SEIXAL

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AGRUPAMENTO

DE ESCOLAS

JOÃO DE BARROS

SEIXAL

RELATÓRIO

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AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS

Constituição do Agrupamento

Jardins de Infância e Escolas EPE 1.º CEB 2.º CEB 3.º CEB SEC

Escola Básica de Miratejo X X

Escola Básica D. Nuno Álvares Pereira X X

Escola Básica José Afonso X

Escola Básica de Corroios X X

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Agrupamento de Escolas João de Barros – Seixal 3

1. Introdução

ALei n.º 31/2002, de 20 de dezembro, alterada pelo Art.º 182 da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, no âmbito do qual se realizaram, até à data, dois ciclos de Avaliação Externa das Escolas, o primeiro entre 2006-2007 e 2010-2011 e o segundo entre 2011-2012 e 2016-2017.

No ano letivo 2018-2019 iniciou-se o terceiro ciclo da Avaliação Externa das Escolas.

O presente relatório expressa os resultados da avaliação externa do Agrupamento de Escolas João de Barros, realizada pela equipa de avaliadores com recurso a uma metodologia que inclui a observação da prática educativa e letiva, efetuada nos dias 23 e 24 de janeiro de 2020, a análise dos documentos estruturantes, dos dados estatísticos oficiais e das respostas aos questionários de satisfação aplicados a alunos, docentes e não docentes e pais/encarregados de educação, bem como a visita às instalações e entrevistas a elementos da comunidade educativa, realizadas entre os dias 27 e 30 de janeiro de 2020.

A equipa de avaliação externa visitou e realizou a observação da prática educativa e letiva em todas as escolas e jardins de infância do Agrupamento.

Escala de avaliação

Níveis de classificação dos quatro domínios

Excelente: predomínio de pontos fortes em todos os campos de análise, incluindo práticas inovadoras e resultados notáveis. Não existem áreas que carecem de melhorias significativas. Tanto as práticas inovadoras como os resultados notáveis são generalizados e sustentados.

Muito bom: predomínio de pontos fortes em todos os campos de análise, incluindo boas práticas e resultados notáveis. Tanto as boas práticas como os resultados notáveis são generalizados.

Bom: os pontos fortes sobrepõem-se significativamente aos pontos fracos, na maioria dos campos de análise. Os resultados são positivos na maioria dos indicadores, mas existem ainda áreas significativas de melhoria. Suficiente: os pontos fortes sobrepõem-se aos pontos fracos, na maioria dos campos de análise, mas a ação ainda não é generalizada, nem sustentada. Os resultados são positivos na maioria dos indicadores, mas existem ainda lacunas importantes e a melhoria nos últimos anos não é evidente.

Insuficiente: os pontos fracos sobrepõem-se aos pontos fortes ou existem áreas importantes que carecem de melhorias urgentes. Os resultados são globalmente negativos e não revelam uma tendência de melhoria consistente.

O relatório apresentado no âmbito da Avaliação Externa das Escolas 2019-2020 está disponível napágina da IGEC.

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2. Quadro resumo das classificações

DOMÍNIO

CLASSIFICAÇÃO

Autoavaliação Suficiente

Liderança e gestão Bom

Prestação do serviço educativo Bom

Resultados Bom

3. Pontos fortes

D

OMÍNIO

P

ONTOS FORTES

Autoavaliação

▪ Os procedimentos de recolha sistemática e tratamento estatístico de dados relativos aos resultados académicos e sociais, os quais são divulgados e objeto de discussão alargada nos órgãos e estruturas intermédias.

▪ O trabalho da equipa de autoavaliação que sustenta uma boa caracterização e reflete a evolução do desempenho do Agrupamento.

Liderança e gestão

▪ A coesão, proximidade e disponibilidade do diretor e da sua equipa para ouvir sugestões e resolver problemas, o que reforça a sua imagem positiva e a influência para envolver a comunidade educativa.

▪ O ambiente escolar, que é seguro, desafiador da aprendizagem, cordial e inclusivo, sendo notória a mobilização do Agrupamento para minimizar os constrangimentos ao nível dos recursos e dos equipamentos.

▪ As numerosas parcerias com o poder local, instituições, associações e entidades da comunidade envolvente, que disponibilizam apoio técnico-científico-pedagógico e recursos materiais, enriquecem a qualidade das aprendizagens e viabilizam a formação em contexto de trabalho.

Prestação do serviço educativo

▪ As ações promotoras do desenvolvimento pessoal e bem-estar das crianças e dos alunos, através do apoio social, do acompanhamento dos Serviços de Psicologia e Orientação e do envolvimento em atividades e projetos, que têm efeitos positivos na prevenção de comportamentos de risco.

▪ A adequação da oferta educativa e formativa às características dos alunos e da comunidade envolvente, bem como a dinamização de atividades culturais, científicas, artísticas e desportivas que integram e enriquecem o currículo.

▪ As respostas educativas facilitadoras da inclusão de crianças e alunos, por meio das medidas de suporte e do trabalho consistente e eficaz de cooperação entre o Agrupamento, os parceiros e as famílias.

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Resultados

▪ Os resultados académicos, globalmente positivos, com realce para as taxas de transição dos alunos com auxílios económicos no âmbito da Ação Social Escolar e com programa educativo individual e, quando aplicável, plano individual de transição que são próximas da taxa global do Agrupamento, o que evidencia a eficácia das medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão.

▪ A redução da percentagem de ocorrências em que são aplicadas medidas disciplinares sancionatórias, fruto da implementação de ações de prevenção.

▪ A participação dos alunos em concursos, o reconhecimento do seu mérito nas áreas cívica, escolar e cultural/desportiva e a atribuição de prémios, o que constitui um incentivo permanente aos bons desempenhos.

4. Áreas de melhoria

DOMÍNIO

ÁREAS DE MELHORIA

Autoavaliação

▪ O planeamento estratégico da autoavaliação, com base na análise crítica e na triangulação da informação, para que tenha impactos mais consistentes na autorregulação, para a melhoria dos processos de ensino e de aprendizagem e para o desenvolvimento organizacional.

Liderança e gestão

▪ A atualização dos documentos estruturantes, integrando a monitorização e a avaliação dos objetivos e metas estabelecidos, bem como diretrizes para uma ação concertada com vista à consecução do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

▪ A otimização das oportunidades de formação contínua, em áreas prioritárias que apoiem a operacionalização das orientações curriculares em vigor, através do Centro de Formação de Associação de Escolas e/ou da discussão e partilha internas.

Prestação do serviço educativo

▪ O recurso generalizado a estratégias de ensino diversificadas, a metodologias ativas e inovadoras, bem como à avaliação formativa, de modo a incrementar o desenvolvimento das áreas de competências previstas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

▪ A implementação de mecanismos de supervisão e acompanhamento da prática educativa e letiva, em contexto de sala de atividades/aula, como forma de potenciar o desenvolvimento pessoal e profissional.

Resultados ▪ A auscultação intencional e regular dos alunos, no sentido de acolher as suas sugestões e iniciativas, bem como incrementar a sua participação na vida do Agrupamento.

5. Juízos avaliativos

5.1 – Autoavaliação

Desenvolvimento

Estão instituídos procedimentos de recolha sistemática trimestral de dados relativos aos resultados académicos e sociais dos alunos que, após tratamento estatístico, dão origem a relatórios que são

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divulgados e objeto de discussão alargada nos órgãos e estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica.

Não estão implementados mecanismos de auscultação e participação de outros elementos da comunidade educativa no processo autoavaliativo, nomeadamente alunos e encarregados de educação.

O trabalho da equipa de autoavaliação sustenta uma boa caracterização do Agrupamento e reflete a evolução do seu desempenho, mas não dispõe de um planeamento estratégico centrado nos processos de ensino e de aprendizagem, que conduza inequivocamente a ações de melhoria.

Consistência e impacto

A recolha e o tratamento estatístico dos dados constituem um processo rigoroso que abrange todos os ciclos/níveis, focando os resultados académicos, a qualidade do sucesso pleno, as medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão, a orientação vocacional, bem como a avaliação externa e a indisciplina, entre outros. A análise de relatórios dos órgãos e estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica tem motivado respostas a alguns problemas detetados, como é exemplo a criação dos grupos de homogeneidade relativa, para os 2.º e 3.º ciclos da Escola Básica de Corroios, na disciplina de Matemática.

Contudo, os procedimentos de autoavaliação carecem ainda de análise crítica e de triangulação da informação, de modo a terem impactos mais consistentes na autorregulação e na mobilização, para a melhoria dos processos de ensino e de aprendizagem e para o desenvolvimento organizacional.

5.2 – Liderança e gestão

Visão e estratégia

O projeto educativo, com vigência para 2016-2020, apresenta uma visão estratégica alicerçada num diagnóstico abrangente que sustenta a identificação das áreas de intervenção prioritária e dos eixos estruturantes para as orientações curriculares. Consubstancia, pois, a primeira visão partilhada, desde a constituição do Agrupamento, para a ação conjunta e constitui um marco na harmonização e na construção da sua identidade.

Denota-se coerência com os demais documentos orientadores, mas, na generalidade, estes carecem de indicações relativas à monitorização e avaliação dos objetivos e metas estabelecidos. No mesmo sentido, o facto de a ação ainda não estar direcionada para a consecução do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, limita o desenvolvimento, intencional, de todas as áreas de competências consideradas no citado Perfil.

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Liderança

O diretor e a sua equipa evidenciam coesão, adotando uma gestão de proximidade com a comunidade escolar e de disponibilidade permanente para ouvir sugestões e resolver problemas, o que reforça a sua imagem positiva e influência mobilizadora junto de todos. As diferentes lideranças mostram-se articuladas e motivadas no exercício responsável das suas competências.

Salienta-se, como muito positivo, o estabelecimento de numerosas parcerias com o poder local, instituições, associações e empresas da comunidade envolvente que disponibilizam apoio técnico-científico-pedagógico e recursos materiais, enriquecem a qualidade das aprendizagens de crianças e alunos, proporcionam a formação em contexto de trabalho dos formandos, concorrendo para colmatar dificuldades sociofamiliares e, ainda, para mitigar insuficiências em termos de equipamentos. Persistem, contudo, algumas diferenças nas dinâmicas e envolvimento das várias escolas nos projetos em causa, o que não facilita a unidade do Agrupamento.

Gestão

A gestão pauta-se por princípios de natureza pedagógica na constituição de grupos e turmas, privilegiando a heterogeneidade e a continuidade pedagógica, o que tem tido reflexos positivos nas interações e na inclusão das crianças e dos alunos.

O ambiente escolar é seguro, desafiador da aprendizagem, cordial e inclusivo. Salientam-se as intervenções na manutenção dos espaços e equipamentos, com a mobilização da comunidade educativa, possibilitando a criação de áreas mais aprazíveis e a publicitação de trabalhos e projetos.

A distribuição de serviço é criteriosa, privilegiando a continuidade pedagógica e a experiência, de docentes, diretores de turma e equipas pedagógicas, o que evidencia a valorização do acompanhamento de crianças e alunos e da ligação às famílias.

É feito o levantamento das necessidades de formação, o que tem viabilizado algumas respostas, principalmente através do Centro de Formação de Associação de Escolas do Concelho do Seixal. Porém, os processos formativos não são ainda suficientemente intencionais, consistentes e generalizados, de modo a suportar a operacionalização dos documentos curriculares em vigor.

Os recursos materiais são geridos numa ótica de otimização e de incremento, por via das parcerias e também através de soluções de partilha e de mobilização interna.

É notória a mobilização do Agrupamento para minimizar os constrangimentos ao nível dos recursos e dos equipamentos, alguns dos quais interferem no desenvolvimento do currículo, nomeadamente no que respeita à escola-sede, onde as obras de requalificação permanecem inacabadas há vários anos.

A Feira da Educação João de Barros, dinamizada anualmente pelo Agrupamento num espaço da comunidade, constitui um evento agregador de crianças, alunos e formandos, famílias e parceiros, que dá visibilidade às aprendizagens e aos sucessos alcançados, no âmbito de diversas atividades, clubes, concursos e programas.

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Os circuitos de comunicação são diversificados e garantem o acesso à informação pela comunidade educativa, ainda que o pessoal não docente, em resposta aos questionários aplicados no âmbito desta avaliação externa, não esteja totalmente satisfeito com a sua eficácia.

5.3 – Prestação do serviço educativo

Desenvolvimento pessoal e bem-estar das crianças e dos alunos

Docentes e não docentes cultivam transversalmente o valor da sua ação educativa, firmada em relações interpessoais de respeito e afeto, que se refletem no desenvolvimento pessoal e bem-estar das crianças e dos alunos.

O apoio social aos alunos e às famílias, em colaboração com os parceiros, tem surtido efeitos positivos na prevenção de comportamentos de risco. A intervenção dos Serviços de Psicologia e Orientação também tem reforçado o acompanhamento, eficaz e personalizado, dos alunos ao nível da orientação escolar e profissional.

Oferta educativa e gestão curricular

A oferta educativa e formativa é adequada aos interesses de alunos e formandos, bem como às necessidades da comunidade e das entidades parceiras. As ofertas extracurriculares também concorrem para o desenvolvimento do currículo (Apoiar para recuperar, PC Repair, entre outras) e das áreas de competências.

As dimensões cultural e artística são evidenciadas numa variedade de clubes, projetos e atividades, quer nos vários estabelecimentos quer noutros espaços do meio envolvente, com a participação de todas as crianças e alunos, proporcionando equidade no acesso ao currículo. A valorização do desenvolvimento holístico e da inclusão traduz-se no reforço estratégico e intencional da oferta nas áreas do teatro/expressão dramática em todos os ciclos de escolaridade (Teatro & Teatro, Artes Performativas – DramArt, por exemplo).

As vertentes científica e desportiva são valorizadas, se bem que se registem limitações nas práticas, sobretudo pelo constrangimento das instalações e equipamentos.

O respeito pela diferença é visível em ações transversais facilitadoras da inclusão, incidindo nas questões da interculturalidade, através da língua (português língua não materna), do projeto Povos, Culturas e Pontes e de ofertas educativas complementares na área das artes performativas. De igual modo, o Centro de Apoio à Aprendizagem (que acolheu as unidades especializadas) promove diversas iniciativas de sensibilização sobre a diferença.

A parceria com a Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa aumenta as possibilidades de os alunos contactarem diretamente com o meio laboratorial e a atividade prática e/ou experimental, para além de divulgar a oferta educativa ao nível do ensino superior. O Desporto Escolar promove a contextualização do currículo, nomeadamente através dos grupos-equipa multiatividades de ar livre, bem como a inclusão de todos os alunos no acesso à prática da atividade física, através do grupo de Boccia, por exemplo.

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A articulação curricular é ainda pouco sistemática, concretizando-se nalguns grupos de recrutamento e em atividades pontuais, e os documentos de planificação não explicitam, de forma generalizada, as orientações para o desenvolvimento das áreas de competências definidas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

Ensino, aprendizagem e avaliação

O recurso a estratégias diversificadas, bem como a metodologias ativas e inovadoras, é reconhecido como uma prioridade à luz do estipulado no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, e integra as práticas de alguns docentes e disciplinas ou atividades extracurriculares, mas não está ainda generalizado nos processos de ensino e de aprendizagem.

As medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão, com prevalência das universais, são sistematizadas e monitorizadas através do Plano Individual, de cada aluno. O trabalho consistente e eficaz de cooperação entre as estruturas do Agrupamento, os parceiros locais e as famílias, tem um impacto positivo na inclusão de crianças e alunos, bem como na prevenção da retenção e do abandono.

Realça-se, pela positiva, a utilização das bibliotecas como suporte ao desenvolvimento curricular. Porém, o acesso às tecnologias de informação e comunicação é, em muitos casos, reduzido devido às limitações das infraestruturas e dos recursos disponíveis.

As orientações para a avaliação das aprendizagens estão ainda maioritariamente centradas em instrumentos, ponderações e classificações, sem explicitar a sua intencionalidade pedagógica, no sentido de facilitar o desenvolvimento do currículo e de permitir a autorregulação do ensino e das aprendizagens.

Os pais/encarregados de educação são envolvidos na vida do jardim de infância/escola, em reuniões, eventos, através dos seus representantes e das respetivas associações, que dinamizam atividades de enriquecimento curricular.

Planificação e acompanhamento das práticas educativa e letiva

As planificações resultam de um trabalho conjunto, ao nível do departamento curricular, na educação pré-escolar, de ano de escolaridade, no 1.º ciclo, e das diversas secções, por disciplina e ano de escolaridade, nos ensinos básico e secundário. Contudo, não é visível uma lógica de articulação vertical e horizontal do currículo, destinada a reforçar a unidade das aprendizagens ao longo do percurso educativo/escolar das crianças e alunos.

Há uma forte mobilização para a inclusão, sendo de destacar o Apoio Tutorial Específico, bem como a ação concertada e célere dos diretores de turma, do Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família – Programa Escolhas, da Equipa Multidisciplinar de Apoio à Educação Inclusiva, da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens e da Associação EPIS – Empresários pela Inclusão Social.

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Em cada período letivo estas estruturas analisam os resultados disponibilizados pela equipa de autoavaliação e, quando necessário, reajustam o planeamento curricular com o propósito de melhorar as aprendizagens.

Não estão implementados mecanismos de supervisão e acompanhamento da prática educativa e letiva, em contexto de sala de atividades/aula, como forma de desenvolvimento pessoal e profissional, para potenciar a autorregulação e a regulação pelos pares e pelas lideranças.

5.4 Resultados

Resultados académicos

Os resultados dos alunos, no período em análise (Anexo 2), são globalmente positivos.

A percentagem de alunos com percursos diretos de sucesso, nos 1.º e 2.º ciclos do ensino básico, apresenta valores inferiores à média dos alunos do país com perfil semelhante, ainda que seja de salientar a melhoria observada no 2.º ciclo. No 3.º ciclo a percentagem de alunos que obtém positiva nas provas finais do 9.º ano, após um percurso sem retenções nos 7.º e 8.º anos, por comparação com os alunos do país com um perfil semelhante, está próxima da nacional e aquém no último ano em análise.

Nos cursos científico-humanísticos, a percentagem de alunos que obtém positiva nos exames nacionais do 12.º ano, após um percurso sem retenções no ensino secundário, também se encontra em linha com a nacional e as classificações internas estão alinhadas com as de outros agrupamentos cujos alunos obtiveram resultados semelhantes nos referidos exames.

De realçar que, nos cursos profissionais, a percentagem de alunos do Agrupamento que conclui o ensino profissional em três anos encontra-se acima da nacional em dois dos anos letivos em análise e apresenta um valor inferior no último. As taxas de conclusão dos cursos de educação e formação também são satisfatórias.

Salienta-se ainda, que as taxas globais de transição e as relativas aos percursos diretos de sucesso dos alunos com auxílios económicos no âmbito da Ação Social Escolar são próximas da taxa global do Agrupamento, o que evidencia eficácia das medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão. No que respeita aos alunos com programa educativo individual e, quando aplicável, plano individual de transição, as referidas taxas também refletem alinhamento com as demais, sendo inferiores no que concerne aos percursos diretos de sucesso.

Resultados sociais

Os alunos valorizam a disponibilidade dos docentes para ouvir as suas sugestões, embora ainda não sejam intencional e regularmente auscultados, de modo a intensificar a sua participação, incluindo

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a dos delegados de turma. A associação de estudantes intervém na vida da escola através do seu plano de atividades.

Regista-se uma redução na percentagem de casos de alunos com aplicação de medidas disciplinares sancionatórias, fruto da implementação de ações de prevenção e da substituição daquelas medidas por outras, corretivas e pedagógicas, nomeadamente em benefício da comunidade.

As crianças e os alunos são envolvidos em campanhas, locais e nacionais, no âmbito da solidariedade social, da sustentabilidade ambiental e da adoção de hábitos de vida saudáveis, que fomentam o exercício da cidadania responsável.

Existe uma perceção positiva do impacto da escolaridade no percurso dos alunos. Os formandos dos cursos profissionais e as entidades parceiras valorizam o contributo desta oferta, reconhecido nos bons desempenhos em contextos de trabalho.

Reconhecimento da comunidade

As respostas aos questionários aplicados no âmbito da presente avaliação externa evidenciam um elevado nível de satisfação, relativamente ao Agrupamento, por parte da comunidade educativa. É igualmente relevante o envolvimento desta em iniciativas do plano anual de atividades e em ações de beneficiação dos espaços e equipamentos.

A participação dos alunos em concursos e o reconhecimento do seu mérito, nas áreas cívica, escolar e cultural/desportiva, constituem um incentivo permanente aos bons desempenhos. Os sucessos, incluindo os dos alunos dos cursos profissionais, são reconhecidos em cerimónia pública com a atribuição de prémios.

O apoio ao desenvolvimento da comunidade local é patente na participação do Agrupamento em atividades e projetos com parceiros, entre os quais se destacam a Câmara Municipal do Seixal, a Junta de Freguesia de Corroios e a Casa do Povo de Corroios.

A parceria com a Rato – Associação para a Divulgação Cultural e Científica tem permitido aos alunos, e pontualmente às famílias, participar em iniciativas de educação não-formal, bem como em projetos de inclusão e de empreendedorismo, sobretudo com recurso às tecnologias de informação e comunicação.

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6. Proposta de avaliação intercalar

Data: 10.02.2020

A Equipa de Avaliação Externa: António Frade, Cândido Peres, Carla Costa, Rosa Micaelo

_____________________________________________________________________________________ _

Concordo

À consideração do Senhor Inspetor-Geral da Educação e Ciência, para homologação. A Chefe de Equipa Multidisciplinar da Área

Territorial de Inspeção do Sul Maria Filomena Aldeias

2020-07-09

Homologo

Por delegação de competências do Senhor Ministro da Educação nos termos do Despacho n.º 3407/2020, publicado

no D.R. n.º 55, Série II, de 18 de março de 2020

Inspetor-Geral da Educação e Ciência

Assinado de forma digital por Luís Alberto Santos Nunes Capela

Dados: 2020.07.23 08:01:07 +01'00'

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Agrupamento de Escolas João de Barros - Seixal

A

NEXOS

Anexo 1 – Caracterização

Estabelecimento de Ensino Agrupamento de Escolas João de Barros

Concelho Seixal

Data da constituição 01/04/2013

Outros ---

Oferta Formativa

Nível/Ciclo Crianças/alunos _(N.º) Grupos/turmas _(N.º)

Educação Pré-Escolar 97 4 1.º CEB 408 19 2.º CEB 223 10 3.º CEB 828 31 ES (Científico-Humanístico) - Ciências e Tecnologias - Ciências Socioeconómicas - Línguas e Humanidades - Artes Visuais 595 23 ES (Cursos Profissionais) - Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos - Técnico de Programação de Sistemas Informáticos 148 6 TOTAL 2299 93

Ação Social Escolar

Alunos apoiados Número %

Escalão A 408 18 Escalão B 244 11 TOTAL 652 29 Recursos Humanos Docentes 229 Não Docentes Assistentes Operacionais 63 Assistentes Técnicos 11 Técnicos Superiores 1

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Anexo 2 – Informação estatística

2.1 Variáveis de contexto

(Ano letivo 2018/2019)

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Código do Agrupamento 606

Escolas João de Barros, Seixal

1 658,1 1 ALUNOS TOTAL Média do nº de anos da habilitação das Mães % Mães_NSabe_NRe sp_Inv % Alunos com escalão A de ASE % Alunos com escalão B de ASE % Alunos que beneficiam de ASE % Alunos no Ensino Básico Jovem % Alunos no Ensino Secundário Jovem % Alunos do ensino básico jovem que estão em ensino geral ou artístico % Alunos do ensino secundário jovem que estão em ensino geral ou artístico 2 246 11,6 11,6% 19,4% 11,4% 30,8% 64,0% 31,8% 98,5% 80,6% Percentil -> 1 1 0 0 1 P86 P76 P42 P34 P71

Densidade Populacional do Município a que pertence a Unidade Orgânica (habitantes por km2)

Variáveis de contexto globais para a Unidade Orgânica - 2018/2019

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Código da Escola 3734 Unidade Orgânica

239690 Escola Básica de Miratejo, Seixal Escolas João de Barros, Seixal

Esta escola encontra-se inserida numa Área Predominantemente Urbana

Indicador N.º de Turmas 2 2 0 2 4 N.º de Alunos 49 46 0 41 76 Desvio etário 0,10 0P45 0,24 1P68 0,37 1P79 0,58 1P89 % ASE A 30,6% 19,6% 19,5% 32,9% % ASE B 10,2% 10,9% 17,1% 10,5% % ASE 40,8% 1P59 30,4% 0P35 36,6% 0P47 43,4% 1P54 Hab_Mãe (anos) 11,3 0P38 11,0 0P36 10,7 0P37 10,7 1P52 Desequilíbrio_Turmas (ASE) 7,33 1P63 13,65 1P93 1,55 0P11 12,19 1P80 Desequilíbrio_Turmas (Idade) 0,06 1P67 0,01 0P10 0,06 0P43 0,20 1P83 Indicador N.º de Turmas 0 0 0 0 0 N.º de Alunos 0 0 0 0 0 Desvio etário % ASE A % ASE B % ASE Hab_Mãe (anos) Desequilíbrio_Turmas (ASE) Desequilíbrio_Turmas (Idade) Indicador N.º de Turmas 0 0 0 N.º de Alunos 0 0 0 Desvio etário % ASE A % ASE B % ASE Hab_Mãe (anos) Desequilíbrio_Turmas (ASE) Desequilíbrio_Turmas (Idade) 1.º Ciclo Turmas mistas Dados da Escola por ano curricular (Ensino Básico Geral e Cursos Científico-Humanísticos) - 2018/2019

8.º Ano 9.º Ano

2.º Ciclo 3.º ciclo

1.º Ano 2.º Ano 3.º Ano 4.º Ano