Psicanálise
Psicanálise
Brasília- 2014
BIOGRAFIA
Sigmund Freud nasceu em 1856 na Morávia. Foi médico e criador da Psicanálise. Freud observava os diversos comportamentos e tentava explicá-los através do estudo das situações traumáticas vividas pelos doentes.
A carreira de Freud foi fortemente influenciada por Charcot aquando da sua viagem a Paris. Charcot utilizava o método da hipnose para tratar a Histeria, problema até então atribuído unicamente ao sexo feminino.
Mais tarde, Freud, após experimentar o método da hipnose e em concordância com o famoso médico, Josef Breuer, chegou à conclusão que a Histeria não era apenas uma doença do género feminino mas também do masculino e concluiu que a origem desta doença estava no inconsciente do indivíduo.
O auge da sua carreira verificou-se em 1897 quando realizou o inédito: estudou o seu próprio inconsciente e os seus sonhos. Esta auto-análise levou-o a compreender melhor as situações em que os doentes se encontravam, colocando-se no lugar de observador e observado. Em 1939, acabou por morrer com um cancro no maxilar devido ao consumo excessivo de charutos.
OBJETO DE ESTUDO PARA
FREUD: O INCONSCIENTE
Freud deu uma grande contribuição para o objecto de estudo da psicologia pois, embora não tenha sido o primeiro a falar do inconsciente, foi o primeiro psicólogo a afirmar que o inconsciente tem um papel mais influente na nossa vida psíquica que o consciente, referindo que “A consciência é apenas a ponta do Iceberg”. Daí, o objecto de estudo da psicologia, para Freud, ser o inconsciente. Segundo ele, o inconsciente é um dos três níveis do psiquismo e domina a nossa vida psíquica. Define-o como um “lugar psíquico” ou um sistema do nosso aparelho psíquico que contém desejos sexuais e agressivos, sentimentos, impulsos, recalcamentos, ideias, que estão “situados” nas profundezas da nossa mente, aquém da consciência, isto é, que não podem ser trazidas voluntariamente à consciência.
OBJETO DE ESTUDO PARA
FREUD: O INCONSCIENTE
A descoberta de que os processos psíquicos inconscientes influenciam em grande parte o nosso comportamento, personalidade e motivações levou a uma Revolução Psicanalítica. A partir daí, a psicologia passa a ser a ciência que estuda o comportamento e os processos mentais, não só os conscientes mas também os que provém do inconsciente.
Devido a esta descoberta, com a aplicação do método psicanalítico,
Freud fundou uma nova corrente da psicologia: a psicanálise. Assim, foi nomeado o “pai” da psicanálise.
Psicanálise
Sigmund Freud (1856 – 1939)
Criador da Psicanálise
Médico, formado em Viena (1881), especializou-se em
Psiquiatria;
Estudou em Paris com Jean Charcot, psiquiatra francês que
tratava as histerias com hipnose.
Retornou a Viena em 1886, onde trabalhou com o médico e
cientista Josef Breuer no caso Ana O . O método utilizado por
Breuer era intitulado catártico.
Psicanálise
Desenvolvimento da Sexualidade
Fase oral
Fase anal
Fase fálica
Latência
Fase genital
Desenvolvimento
infantil
ESTÁDIOS DE DESENVOLVIMENTO
PSICOSSEXUAL
Segundo Freud o desenvolvimento da personalidade forma-se através de uma sequência de estádios psicossexuais que ocorrem desde o nascimento até a adolescência:
- Estádio oral - decorre entre o nascimento aos 12/18 meses - Estádio anal - decorre entre os 12/18 meses até aos 3 anos. - Estádio fálico - decorre entre os 3 e os 6 anos
- Estádio de latência - decorre entre os 6 anos e a puberdade - Estádio genital - ocorre após a puberdade
A cada estádio psicossexual corresponde uma determinada zona erógena, um conflito/experiência que pode deixar marcas na personalidade adulta.
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Estrutura e funcionamento da personalidade:
Consciente
Pré-consciente 1ª tópica
Inconsciente
Id
Ego 2ª tópica
Superego
ID
ID: viver segundo o princípio do prazer: o seu objectivo é a
procura do equilíbrio e redução de tensão. Para isso, utiliza
dois processos: as acções reflexas - reacções automáticas e
inatas (movimentos involuntários, reflexos como pestanejar e
espirrar) que geralmente reduzem a tensão imediatamente e o
processo primário do pensamento – tenta-se descarregar a
tensão formando a imagem mental do objecto que irá remover
essa mesma tensão e satisfazer a necessidade.
EGO
EGO: vive segundo o princípio da realidade e o processo
secundário do pensamento (o processo secundário é o
pensamento realista, um processo voluntário, lógico, planeado,
racional e controlado .
É a instância mediadora entre os impulsos do Id e os limites
morais do Superego.
SUPEREGO
SUPEREGO: é regido pelo princípio da moralidade. É a força
moral da personalidade, instância que pressiona o Ego para
este controlar as pressões do ID, estabelecendo as normas e as
regras sociais.
Psicanálise
Outros conceitos psicanalíticos importantes:
Catarse: o termo catharsis é uma palavra grega que significa purificação,
purgação. O método catártico consiste na revivescência de determinadas
recordações, acompanhada de uma descarga emocional mais ou menos
tempestuosa.
Complexo de Édipo: conjunto de desejos organizados e hostis que a criança
experimenta em relação aos pais. Desempenha papel fundamental na estruturação
da personalidade e na orientação do desejo humano.
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Censura: função que tende a impedir aos desejos inconscientes e às formações
que deles derivam o acesso ao sistema pré-consciente ou consciente.
Libido: em latim significa vontade, desejo. Para a psicanálise, a grosso modo,
pode ser entendida como energia sexual, ou manifestação dinâmica, na vida psíquica,
da pulsão sexual.
Mecanismo de defesa: deformação ou supressão da realidade com o objetivo de
evitar a perfeita percepção de acontecimento do mundo externo ou interno que seria
constrangedor, doloroso ou desorganizador. Ex.: formação reativa; regressão;
projeção; racionalização e etc.
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Neurose: doença psicológica em que os sintomas
expressam um conflito psíquico que, normalmente, tem
suas raízes na história infantil do indivíduo. Ex.: histeria,
neurose obsessiva, neurose fóbica e etc.
Perversão: desvio em relação ao ato sexual reconhecido
como “normal” . Ex.: pedofilia, exibicionismo,
sado-masoquismo e etc.
Psicose: doenças mentais em geral. Ex.: paranóia,
esquizofrenia, distúrbios bi-polares e etc.
Psicanálise
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Compreensão e análise do homem, compreendido
enquanto produto do inconsciente
• Método de investigação da mente e seu
funcionamento
• Sistema teórico sobre a vivência e o
comportamento humanos
• Método de tratamento
psicoterapêutico
Psicanálise
Psicanálise
– Sigmund Freud
– Sigmund Freud
(1856-1939)
(1856-1939)
Para Freud a neurose representava a ausência de
repressão.
•
Método psicanalítico: Método que utiliza da
Método psicanalítico:
livre associação (falar o que vier a mente)
substituiu o método catártico;
•
Método catártico
Método catártico
: Esse método consistia em
:
falar da doença ou sobre as causas anteriores e
isso eliminava os sintomas;
Psicanálise – Sigmund Freud
Psicanálise – Sigmund Freud
(1856-1939)
(1856-1939)
•
Resistência:
Resistência:
Ocorre quando o paciente gera
criticas sobre suas idéias a fim de oculta-las.
•
Repressão ou recalque:
Repressão ou recalque:
Esquecimento que tira da
consciência certos conteúdos, ocorre sem que a
pessoa perceba.
•A repressão está ligada aos esquecimentos do dia a
dia e aos equívocos que cometemos no cotidiano.
Psicanálise – Sigmund Freud
Psicanálise – Sigmund Freud
(1856-1939)
(1856-1939)
•
Formação substitutiva: Sintoma da neurose que
Formação substitutiva:
camufla o desejo reprimido.
•Foi então que Freud desenvolveu a teoria
do
COMPLEXO DE EDIPO!
COMPLEXO DE EDIPO!
•Freud buscou a auto-analise porque os pacientes
começaram a oferecer grande resistência à
hipnose e também por problemas pessoais.
Psicanálise – Sigmund Freud
Psicanálise – Sigmund Freud
(1856-1939)
(1856-1939)
•Freud definiu o que chamou de
ZONAS ERÓGENAS.
ZONAS ERÓGENAS
•
1ª zona: Boca e lábios;
1ª zona:
Psicanálise – Sigmund Freud
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(1856-1939)
(1856-1939)
•Para Freud, os
sonhos são realizações dos desejos ocultos e
sonhos
os sonhos absurdos são desejos distorcidos que se
manifestam a noite devido ao cansaço;
•Freud chamou de
CONTEÚDO MANIFESTO o
CONTEÚDO MANIFESTO
fato de a pessoa relatar um sonho durante a
terapia, e de
CONTEÚDO LATENTE as idéias
CONTEÚDO LATENTE
que surgem após esses relatos.
•A
censura é uma espécie de guardiã da
censura
Psicanálise – Sigmund Freud
Psicanálise – Sigmund Freud
(1856-1939)
(1856-1939)
•
ATO FALHO: Era um sintoma constituído de
ATO FALHO:
compromisso entre intuito consciente da
pessoa e o desejo reprimido.
•O
INSTINTO seria o centro da energia psíquica. A
INSTINTO
LIBIDO
LIBIDO
representa a energia psíquica de origem sexual.
•A
SUBLIMAÇÃO é a adaptação dos desejos sexuais
SUBLIMAÇÃO
Psicanálise – Sigmund Freud
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(1856-1939)
(1856-1939)
•Freud dividiu a personalidade humana em
O
ID, O
ID
EGO E O
EGO
SUPEREGO.
SUPEREGO.
•O
ID representa a reserva libidinosa, que guiada pelo
ID
prazer procura a satisfação imediata dos instintos.
•O
EGO faz parte do ID, e está em contato com
EGO
a realidade. É ele que tenta canalizar o impulso
do ID e satisfazer suas necessidades.
Psicanálise – Sigmund Freud
Psicanálise – Sigmund Freud
(1856-1939)
(1856-1939)
•Pode-se considerar o
SUPEREGO como sendo a
SUPEREGO
consciência moral. Assimilação dos padrões morais.
•Segundo a teoria de Freud a sociedade reprime
o individuo, porque para se adaptar as regras
sociais ele precisa reprimir seus desejos
impulsivos e dessa forma começa a nascer um
sentido de frustração prolongada.
Psicanálise – Carl Jung
Psicanálise – Carl Jung
(1875 - 1961)
(1875 - 1961)
Para seremos realmente felizes, devemos parar de
tentar sermos quem achamos que devemos ser, ou
o que todos esperam que sejamos e descobrir
quem realmente somos.
• A infância vivida no campo, em contato com a natureza e
entre os livros de filosofia e teologia.
• Aos 11 anos, Jung sentiu possuir duas
personalidades separadas: um ego público,
exterior, que era envolvido com o mundo
familiar, e um eu interno, secreto, que tinha
uma proximidade especial para com Deus.
Psicanálise – Carl Jung
Psicanálise – Carl Jung
Psicanálise – Carl Jung
(1875 - 1961)
(1875 - 1961)
• Estudou medicina, dedicando-se a psiquiatria.
• Tornou-se grande amigo de Freud.
• Porém tamanha identidade de pensamentos
e amizade não conseguia esconder algumas
diferenças fundamentais.
Psicanálise – Carl Jung
Psicanálise – Carl Jung
- Freud x Jung
- Freud x Jung
Freud Jung
A teoria busca as causas A teoria busca a direção, a finalidade
Libido é somente sexual Libido é toda a energia psíquica,
aproximando da concepção de vontade
Comportamento motivado exclusivamente
por impulso sexual Comportamento movido por diversos fatores, por exemplo, religião, necessidade de aprovação, sede de poder.
Inconsciente movido por impulsos sexuais,
memórias reprimidas e pensamentos. É um depósito de rejeitos do consciente, isento de movimento e estático, se forma, portanto, a partir do consciente.
Inconsciente é influenciado pelo coletivo de
experiências de todas as pessoas.
Ele é dinâmico, produz conteúdos, reagrupa os já existentes e trabalha numa relação compensatória e complementar com o consciente.
Psicanálise – Carl Jung
Psicanálise – Carl Jung
- Inconscientes
- Inconscientes
Inconsciente Individual
Inconsciente Coletivo
É a camada mais superficial de
conteúdos. Corresponde àqueles
aspectos que em algum momento
do desenvolvimento da
personalidade não foram
compatíveis com as tendências da
consciência e foram, portanto
reprimidas.
É a camada mais profunda da
psique e constitui-se dos
materiais que foram herdados
da humanidade. É nessa
camada do inconsciente que
todos os humanos são iguais.
Tabela 2 – Inconsciente individual x Inconsciente ColetivoPsicanálise – Carl Jung
Psicanálise – Carl Jung
- Tipos de Atitude
- Tipos de Atitude
Introversão
Extroversão
• Mundo interno: impressões, emoções e
pensamentos
• Pensar antes de agir
• Facilidade de expressão escrita
• Passam boa parte do tempo se
analisando.
• Mundo externo: objetos, fatos e
pessoas
• Ação antes de pensar
• Facilidade de expressão oral
• Preferência a passar tempo com outras
pessoas.
Psicanálise – Carl Jung
Psicanálise – Carl Jung
- Tipos
- Tipos
Psicológicos
Psicológicos
Sensação
Intuição
• Percepção de detalhes, de fatos
concretos
• Ver, tocar, cheirar
• Realistas e práticas
• Entender o significado e implicações
•Imaginativas e criativas
Tabela 5 – Sensação x Intuição
Pensamento Sentimento
• Julgamentos de critérios impessoais
• Lógicos e objetivos
• Pessoas reflexivas e planejadores
• Julgamentos de valores próprios
• Aspecto emocional da experiência
• Valorizam a empatia e harmonia
Tabela 4 – Pensamento x SentimentoPsicanálise – Carl Jung
Psicanálise – Carl Jung
- Conceitos
- Conceitos
• Arquétipo: Faz parte do inconsciente coletivo. São padrões de comportamento.
Todos nós atuamos inconscientemente esses papéis arquetípicos.
• Símbolo: O inconsciente se expressa basicamente pelos símbolos. Eles podem ser
nomes, imagens familiares entre outros, e só podem ser considerados símbolo
quando evoca algo mais que seu simples significado.
• Sonho: Os sonhos são pontes entre processos conscientes e
inconscientes. A função geral dos sonhos é tentar estabelecer a nossa
balança psicológica pela produção de um material onírico (fantasioso)
que reconstitui equilíbrio psíquico total.
Psicanálise – Carl Jung
Psicanálise – Carl Jung
- Conceitos
- Conceitos
•Ego: O centro da consciência, porém é limitado e incompleto. Envolve a identidade pessoal, manutenção da personalidade, mediação entre campos conscientes e inconscientes, mas deve ser considerado como uma instância que responde às necessidades de uma outra que lhe é superior: o Self.
• Self: O princípio ordenador da personalidade inteira. “O self não é somente o centro, escreve Jung, “mas também a circunferência total que abrange tanto o consciente como o inconsciente; é o centro dessa totalidade, como ego é o centro da mente consciente”.
Psicanálise – Carl Jung
Psicanálise – Carl Jung
- Conceitos
- Conceitos
• Persona: É a forma pela qual nos apresentamos ao
mundo. É o caráter que assumimos; através dela nós nos
relacionamos com os outros. O termo Persona é derivado
da palavra latina equivalente a máscara
• Sombra: É o núcleo do material que foi reprimido da
consciência. São tendências, desejos, memórias e experiências
que são rejeitadas pelo indivíduo que são contrárias aos
padrões e ideais sociais. Mas também é a fonte principal de
nossa criatividade.
Psicanálise – Carl Jung
Psicanálise – Carl Jung
(1875 - 1961)
(1875 - 1961)
...Nossa sociedade valoriza o indivíduo
mais do que nunca. E termos como
introvertido e extrovertido fazem parte do
nosso vocabulário no dia-a-dia. O próprio
Carl Jung tornou-se, de certa forma, parte
Psicanálise – Jacques Lacan (1901- 1981)
Psicanálise – Jacques Lacan (1901- 1981)
Jacques Lacan nasceu na França em Orleans. Formou-se em medicina, atuando
como neurologista e psiquiatra, passando a atuar na área de psicanálise em 1936.
No início dos anos 50, a psicanálise, estava sendo transformada em uma prática
que tinha como finalidade a adaptação do indivíduo ao meio social, desviando-se,
assim, da pedra angular dos fundamentos de Freud .
Jacques Lacan, então, aparece com uma proposta de reflexão, a
partir de uma nova ciência, a fim de que a experiência
psicanalítica seja reconduzida à fala e à linguagem:
“
“A lingüística pode servir-nos de guia neste ponto, já que é esse o A lingüística pode servir-nos de guia neste ponto, já que é esse o papel que ela desempenha na vanguarda da antropologia
papel que ela desempenha na vanguarda da antropologia
contemporânea, e não poderíamos ficar-lhe indiferentes.”
contemporânea, e não poderíamos ficar-lhe indiferentes.”
(LACAN, 1998, p. 286).
Psicanálise – Jacques Lacan (1901- 1981)
Psicanálise – Jacques Lacan (1901- 1981)
Embora, Lacan dizia-se “Mais freudiano que o
próprio Freud” na verdade ele criou uma
teoria própria, certamente embasada na
teoria
freudiana,
mas
que
muda
completamente o modo de ser do terapeuta,
dentro do que Freud preconizava.
Lacan então foi quem voltou a estudar a fundo a teoria
de Freud e a partir da década de 50 fez Freud retornar ao
seu lugar
.
Psicanálise – Jacques Lacan-
Psicanálise – Jacques Lacan-
O Estádio do espelho
O Estádio do espelho
O estádio do espelho descreve a formação do “Ego” através Ego”
do processo de objetivação. O Ego é o resultado de um conflito entre uma percebida aparência visual e uma da experiência emocional. Esta identificação é o que Lacan chama de alienação.
O primeiro oficial da contribuição de Lacan para a psicanálise foi o Estádio do Espelho que ele descreveu como “formador da função do eu”.“formador da função do eu”.
A observação fundamental das preocupações de Lacan foi a descrição do comportamento de crianças entre as idades de 6 e 18 meses. Nessa idade, as crianças se tornam capazes de reconhecer sua imagem no espelho, tendo sua primeira antecipação de si mesmo como um indivíduo unificado e separado.
Psicanálise – Jacques Lacan –
Psicanálise – Jacques Lacan –
Teoria Lacaniana
Teoria Lacaniana
Significante
Significante : é algo que aparece em lugar da coisa em si. A estrutura perversa tem a ver :
com o significante.
Para Lacan o recalquerecalque definido por Freud é a causa entre o distanciamento do significante e o significado, já que na nossa vida normalmente o significado é mais importante que o significante.
Significado (ou signo)
Psicanálise – Jacques Lacan –
Psicanálise – Jacques Lacan –
Teoria Lacaniana
Teoria Lacaniana
Falo:
Falo: é aquilo que produz a sensação de plenitude, de perfeição e que levará ao gozo, não
no sentido orgânico (ejaculação) mas no sentido de prazer pleno. O “Falo” para Lacan é o “Falo”
significante da falta, ou seja, é algo que aparece no lugar da falta. O falo é o próprio signo do desejado.
Desejo:
Desejo: desejo é o que move, está relacionado com o narcisismo, isto é, algo que
completa. Lacan afirma que comprovadamente pertence ao homem o desejo, diretamente ou através de outro ou outros. “O meu desejo é o desejo do outro”. “O meu desejo é o desejo do outro”.
Outro:
Outro: Representa o código, a lei, a linguagem que determina as
necessidades.
Outro imaginário:
Outro imaginário: Semelhante especular com o qual a criança vai se
identificar e crê que esse outro é ele.
Gozo:
Psicanálise – Jacques Lacan -
Psicanálise – Jacques Lacan -
Estrutura psíquica
Estrutura psíquica
O aparelho psíquico será estruturado por três registros que Lacan vai definir como Imaginário, Simbólico e Real. Todos estão lidados como um nó, que Lacan denominou nó nó
borromeano
borromeano e se algum desses registros sair do nó (romper) desestrutura os outros, demonstrando a interdependência de cada um entre eles.
“
“Registro Simbólico”, é o inconsciente condicionado pela Registro Simbólico”
linguagem, é a fase onde Freud localiza o “Complexo de Édipo”.
“
“Registro Imaginário” é a ilusão de autonomia de Registro Imaginário”
consciência que corresponde ao que Freud definia como narcisismo.
“
“Registro Real” é o próprio sujeito biológico determinado pela Registro Real”
Psicanálise – Jacques Lacan
-Psicanálise – Jacques Lacan -
Complexo de Édipo
Complexo de Édipo
Lacan vê três tempos distintos do Édipo:
1°tempo:
1°tempo: É a célula narcísica entre mãe e filhos. Para Lacan, não é o bebê que tem o desejo, e sim a mãe que deseja ter um bebê que a complete como mulher
2°tempo:
2°tempo: É quando temos a entrada do pai na cena narcísica, onde a criança percebe que a mãe é castrada e pode buscar o falo no pai.
“
“Castração”, equivalência entre o Pai Imaginário, o Pai-Castração”,
Ideal e o Ego.
“
“O Nome do Pai”, significante que inscreve na O Nome do Pai”,
subjetividade do menino a função do pai simbólico e promove a instauração da lei.
Psicanálise – Jacques Lacan
-Psicanálise – Jacques Lacan -
Complexo de Édipo
Complexo de Édipo
3°tempo:
3°tempo:
identificação do pai ideal. Mas esse pai que a criança toma conhecimento,
tem dois papeis:
•
O outro papel, é o personagem que é dono da
mãe, que é o desejo da mãe, que é seu rival no
amor da mãe, onde a criança não é mais o que
completa a mãe, pois a mãe quer ter o amor do
pai.
•O de ser o personagem que vai direcionar o menino para a
vida, para a cultura, para a possibilidade de escolher sua
parceira no futuro.
Psicanálise – Jacques Lacan
Psicanálise – Jacques Lacan
Para Lacan a psicanálise não é uma ciência,
uma visão de mundo ou uma filosofia que pretende
dar a chave do universo. A psicanálise é uma prática,
onde através do método da livre associação
chegaremos ao núcleo do seu ser. Ela é comandada
por uma visada particular que é historicamente
definida pela elaboração da noção do sujeito. Ela
coloca esta noção de maneira nova, reconduzindo o
sujeito à sua dependência significante.
CRIAÇÃO ORIGINAL POR EQUIPE:
Aline Xavier dos Santos Eucinéia Gomes Lucianna Almeida Paola Couto Zuccoli Roger Coelho Wander Aparício • Profª orientadora: