Superior Tribunal de Justiça
RECURSO EM HABEAS CORPUS Nº 36.410 - PE (2013/0080514-6)
RELATOR
: MINISTRO JORGE MUSSI
RECORRENTE
: JOSÉ OZENI DA SILVA
ADVOGADO
: DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
RECORRIDO
: MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
EMENTA
RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS . ARTIGO 34,
PARÁGRAFO ÚNICO, II, DA LEI N.º 9.605/98. ALEGADO
CERCEAMENTO
DE
DEFESA.
INDEFERIMENTO
DO
PEDIDO DE OITIVA DE CORRÉUS COMO TESTEMUNHAS.
IMPOSSIBILIDADE. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO
CARACTERIZADO.
1. Ao magistrado é facultado o indeferimento, de forma
fundamentada, do requerimento de produção de provas que
julgar protelatórias, irrelevantes ou impertinentes, devendo a
sua imprescindibilidade ser devidamente justificada pela parte.
Doutrina. Precedentes do STJ e do STF.
2. No caso dos autos, a defesa pretendeu a oitiva como
testemunhas de corréus que tiveram suas ações penais
desmembradas, o que foi indeferido pelo togado responsável
pelo feito.
3. O corréu, por não ter o dever de falar a verdade e por não
prestar compromisso, não pode servir como testemunha, o que
afasta o constrangimento ilegal de que estaria sendo vítima o
recorrente. Doutrina. Precedentes.
4. Recurso improvido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das
notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, negar provimento ao recurso. Os Srs.
Ministros Marco Aurélio Bellizze, Moura Ribeiro, Regina Helena Costa e Laurita Vaz
votaram com o Sr. Ministro Relator.
Brasília (DF), 22 de outubro de 2013(Data do Julgamento)
MINISTRO JORGE MUSSI
Relator
Superior Tribunal de Justiça
RECURSO EM HABEAS CORPUS Nº 36.410 - PE (2013/0080514-6)
RECORRENTE
: JOSÉ OZENI DA SILVA
ADVOGADO
: DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
RECORRIDO
: MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
RELATÓRIO
MINISTRO JORGE MUSSI (Relator): Trata-se de recurso ordinário em
habeas corpus interposto por JOSÉ OZENI DA SILVA contra acórdão proferido pelo
Tribunal Regional Federal da 5.ª Região que denegou a ordem pleiteada no HC n.º
0019232-70.2008.4.05.8300 (4840-PE).
Consta dos autos que o recorrente que foi denunciado perante o Juízo
da 13.ª Vara Criminal da Seção Judiciária do Estado de Pernambuco, nos autos da
Ação Penal n.º 0019232-70.2008.4.05.8300, como incurso no art. 34, parágrafo
único, II, da Lei n.º 9.605/98.
Ao argumento de que a ação penal seria nula, bem como de que teria
havido cerceamento de defesa, impetrou-se prévio writ em favor do recorrente, cuja
ordem restou denegada.
Daí o presente recurso, no qual o recorrente alega que estaria
sofrendo constrangimento ilegal em razão do indeferimento do pedido de oitiva dos
demais acusados como testemunhas.
Sustenta que o depoimento prestado perante a autoridade policial
deveria ser ratificado em juízo, sob o manto do contraditório, onde às partes seria
dada a oportunidade de formular perguntas, o que é vedado na fase extrajudicial.
Requer seja dado provimento ao presente recurso a fim de que seja
deferido o pedido de oitiva dos demais acusados.
O Ministério Público Federal, em parecer de fls. 156/160, opinou pelo
não provimento do recurso.
Superior Tribunal de Justiça
RECURSO EM HABEAS CORPUS Nº 36.410 - PE (2013/0080514-6)
VOTO
MINISTRO JORGE MUSSI (Relator): Infere-se dos autos que o
recorrente e outros 4 (quatro) acusados foram denunciados pela prática do delito
tipificado no art. 34, parágrafo único, II, da Lei n.º 9.605/98.
Segundo o Ministério Público Federal, em 11.11.2008 os acusados
foram flagrados em embarcação em alto mar, nas imediações da Ilha de Itamaracá,
portando 47 (quarenta e sete) redes de aproximadamente 100 m (cem metros)
cada, do tipo caçoeira, confeccionadas com nylon multifilamento, que tem seu uso
proibido.
Na mesma embarcação foram apreendidos, ainda, 127 kg (cento e
vinte e sete quilos) de lagostas recém pescadas.
Em sua resposta à acusação, o recorrente, dentre outras diligências,
requereu a oitiva dos demais acusados, o que foi indeferido pelo Juízo de origem ao
argumento de que “o feito sofreu desmembramento justamente para que cada um
fosse julgado individualmente”, acrescentando que “a oitiva se mostra
desnecessária, já que existem os depoimentos dos corréus nos autos do IPL, que,
por sua vez, acompanham os presentes autos” (fl. 29).
Inconformada, a defesa impetrou prévio writ, cuja ordem restou
denegada, tendo o Tribunal a quo consignado que “cabe ao Juiz decidir pela
conveniência e necessidade da produção da prova, devendo desconsiderá-la
quando entender que é meramente procrastinatória, consoante ocorreu in casu ” (fl.
117).
No presente recurso, pretende o recorrente seja determinada a
realização da prova mencionada, sob pena de caracterizar-se cerceamento de
defesa.
Sobre o tema, cumpre asseverar que, embora o acusado no processo
penal tenha o direito à produção da prova necessária a dar embasamento à tese
defensiva, é certo que ao magistrado é facultado o indeferimento, de forma
fundamentada, das providências que julgar protelatórias, irrelevantes ou
impertinentes, devendo a sua imprescindibilidade ser devidamente justificada pela
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parte.
Confira-se, a propósito, a lição de Eugênio Pacelli de Oliveira, para
quem "embora se cuide de direito, isso não impede que o juiz da causa examine a
pertinência da prova requerida (ver, por exemplo, art. 400, §1º, CPP), tendo em vista
que cabe a ele a condução do processo, devendo, por isso mesmo, rejeitar as
diligências manifestamente protelatórias. " (Curso de processo penal. 10ª ed. Rio de
Janeiro: Lumen Juris, 2008. p. 294).
No mesmo sentido orienta-se a jurisprudência desta Corte Superior de
Justiça:
PENAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ESPECIAL. ESTUPRO. ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR. VIOLÊNCIA PRESUMIDA. (...) CERCEAMENTO DE DEFESA. INDEFERIMENTO DE DILIGÊNCIAS. DECISÃO FUNDAMENTADA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO. MATÉRIA PROBATÓRIA. VIA INADEQUADA. ORDEM DENEGADA.
(...)
IV. O Julgador pode indeferir, de maneira fundamentada, diligências que considere protelatórias ou desnecessárias, tendo em vista um juízo de conveniência quanto à necessidade de sua realização, que é próprio do seu regular poder discricionário.
V. Se o Juiz monocrático não constatou a necessidade de deferimento da perícia solicitada pela defesa para a formação de seu convencimento, tendo em vista que os demais elementos de prova se mostraram suficientes para a condenação, não há que se falar em cerceamento de defesa.
VI. Código de Processo Penal, ao tratar sobre o tema "nulidade", estabelece que "nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa" (art. 563), e ainda, que "não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da verdade substancial ou na decisão da causa" (art. 566).
VII. Hipótese na qual o magistrado, fundamentadamente, negou pedido de realização de diligências.
VIII. Maiores incursões na dosagem das provas constantes dos autos para concluir sobre a viabilidade da condenação é questão que esbarra na própria apreciação da possível inocência, matéria cuja análise demandaria a imersão no conjunto fático-probatório, vedado na via eleita.
IX. Ordem denegada. (HC 225.060/MG, Rel. Ministro GILSON DIPP, QUINTA TURMA, julgado em 26/06/2012, DJe 01/08/2012.)
PROCESSO PENAL. RECURSO EM HABEAS CORPUS. QUADRILHA ARMADA. (1) PROVA TESTEMUNHAL. PRODUÇÃO. INDEFERIMENTO. MOTIVAÇÃO RAZOÁVEL. ILEGALIDADE. AUSÊNCIA. (...).
1. É uníssono, nesta Corte, o entendimento de que é possível o indeferimento de produção de prova testemunhal, desde que a
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decisão se mostra suficientemente motivada. In casu, tendo o magistrado negado, fundamentadamente, a realização de oitiva de pessoa sequer identificada, descabe falar em processo írrito.
(...)
3. Recurso a que se nega provimento. (RHC 26.410/SP, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 12/06/2012, DJe 27/06/2012.)
O Supremo Tribunal Federal adota o mesmo entendimento:
HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL PENAL. INDEFERIMENTO DE DILIGÊNCIA. ARTIGO 184 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. VIOLAÇÃO AO CONTRADITÓRIO E À AMPLA DEFESA. INOCORRÊNCIA. PERÍCIA DESNECESSÁRIA PARA A ELUCIDAÇÃO DOS FATOS. ORDEM DENEGADA.
I - O deferimento de provas submete-se ao prudente arbítrio do magistrado, cuja decisão há de levar em conta o conjunto probatório já existente.
II - É lícito ao juiz indeferir diligências que reputar impertinentes, desnecessárias ou protelatórias (arts. 184 e 400, § 1º, do CPP, este último incluído pela Lei 11.719/2008). Precedentes.
III - Inocorrência de afronta aos princípios da ampla defesa e do contraditório ou às regras do sistema acusatório, por se tratar de perícia desnecessária para a elucidação dos fatos imputados ao paciente.
IV - A discussão sobre o acerto ou desacerto da decisão do juiz de primeiro grau, ademais, exige o exame aprofundado de fatos e provas, o que, em sede de habeas corpus, não se mostra possível, visto tratar-se de instrumento destinado à proteção de direito demonstrável de plano, que não admite dilação probatória.
V - Ordem denegada. (HC 104473, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma, julgado em 05/10/2010, DJe-207 DIVULG 27-10-2010 PUBLIC 28-10-2010 EMENT VOL-02422-01 PP-00122.)
AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. CRIMINAL. CONTROVÉRSIA ACERCA DA NECESSIDADE DE PRODUÇÃO DE PROVA PERICIAL. QUESTÃO RESTRITA AO ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL. ALEGAÇÃO DE OFENSA ÀS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. INEXISTÊNCIA. (...)
1. Não caracteriza cerceamento de defesa a decisão que, motivadamente, indefere determinada diligência probatória. Precedentes: AIs 382.214, da relatoria do ministro Celso de Mello; e 114.548-AgR, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence.
(...)
3. Agravo desprovido. (AI 699103 AgR, Relator(a): Min. AYRES BRITTO, Segunda Turma, julgado em 17/08/2010, DJe-173 DIVULG 16-09-2010 PUBLIC 17-09-2010 EMENT VOL-02415-05 PP-01028.)
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ouvidos na condição de testemunha, circunstância que evidencia que o recorrente
não está sendo vítima de constrangimento ilegal.
Com efeito, testemunhas são pessoas que possuem conhecimento de
algo juridicamente relevante para o processo, e prestam depoimento sob
compromisso de estarem falando a verdade e com imparcialidade, sendo óbvio que
o corréu não se enquadra nesse conceito.
Sobre o tema, confira-se a lição de Guilherme de Souza Nucci:
Co-réu: como já vimos, não pode ser testemunha,
pois não presta compromisso, nem tem o dever de dizer a
verdade. Entretanto, quando há delação (assume o
acusado a sua culpa e imputa também parte dela a outro
co-réu),
sustentamos
poder haver reperguntas
do
defensor do co-réu delatado, unicamente para aclarar
pontos próprios pertinentes à sua defesa. Nesse caso,
haverá, durante o interrogatório, um momento propício
para isso ou, então, marcará o juiz uma audiência para
que o co-réu seja ouvido em declarações, voltadas,
frise-se, a garantir a ampla defesa do delatado, e não
para incriminar de qualquer modo o delator. (Código de
Processo Penal Comentado. 9ª ed. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2009, p. 458.)
Na mesma ordem de ideias é a jurisprudência deste Sodalício:
HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. DESCABIMENTO. COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E DESTE SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. MATÉRIA DE DIREITO ESTRITO. MODIFICAÇÃO DE ENTENDIMENTO DO STJ, EM CONSONÂNCIA COM O DO STF. HOMICÍDIO QUALIFICADO E ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO. ALEGAÇÃO DE NULIDADE DA AÇÃO PENAL. INDEFERIMENTO DE OITIVA DE CORRÉUS COMO TESTEMUNHAS. CORRÉUS QUE NÃO FORAM CONSIDERADOS DELATORES. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE FLAGRANTE. IMPOSSIBLIDADE DE CONCESSÃO DA ORDEM DE OFÍCIO. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO. (...)
3. Na hipótese, os Corréus que a Defesa pretende sejam ouvidos judicialmente não foram considerados delatores. Assim, incide o entendimento de que a ausência da oitiva de Corréu não configura cerceamento de defesa, devido ao fato de este não ser considerado testemunha, por não prestar compromisso, ter a possibilidade de permanecer em silêncio e de não confessar, conforme o art. 5.º, inciso LXIII, da Constituição da República.
4. Ausência de ilegalidade flagrante que permita a concessão da ordem de ofício.
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5. Habeas corpus não conhecido. (HC 189.324/RJ, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 18/09/2012, DJe 26/09/2012.)
HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO DUPLAMENTE QUALIFICADO. CERCEAMENTO DE DEFESA. INDEFERIMENTO DE OITIVA DO CORRÉU COMO TESTEMUNHA. NULIDADE. INEXISTÊNCIA.
1. Descabe falar em cerceamento de defesa ante o indeferimento de oitiva de corréu como testemunha, uma vez que não se pode confundir a natureza desta com a do acusado. Precedentes.
2. De se ver que as declarações prestadas pelo corréu foram juntadas aos autos. Assim, bastaria que a defesa requeresse a leitura dessa peça.
3. Ademais, a testemunha arrolada pela defesa, além de ser corréu, é também irmão do ora paciente.
4. Ordem denegada. (HC 153.615/DF, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEXTA TURMA, julgado em 03/05/2011, DJe 16/05/2011.)
HABEAS CORPUS . DELITO PREVISTO NO ARTIGO 7º, III, DA LEI 7.492/96. OITIVA DE CO-RÉU COMO TESTEMUNHA. IMPOSSIBILIDADE. ORDEM DENEGADA.
1. A oitiva de co-réu na condição de testemunha, na mesma ação penal, não é possível ante a incompatibilidade entre o seu direito constitucional ao silêncio e à obrigação de dizer a verdade imposta a quem presta depoimento, nos termos do Código de Processo Penal. 2. Ordem denegada. (HC 88.223/RJ, Rel. Ministra JANE SILVA (DESEMBARGADORA CONVOCADA DO TJ/MG), SEXTA TURMA, julgado em 17/04/2008, DJe 19/05/2008.)
HABEAS CORPUS. DELITOS PREVISTOS NOS ARTS. 288, 299 E 317, § 1º, NA FORMA DOS ARTS. 69 E 71, TODOS DO CÓDIGO PENAL, C/C O ART. 239 DA LEI Nº 8.069/90. OITIVA DE CO-RÉU COMO TESTEMUNHA. IMPOSSIBILIDADE. ORDEM DENEGADA. 1. Tratando-se de co-réu, não é possível impor-lhe o dever de dizer a verdade ou retirar-lhe o direito de permanecer em silêncio, dispostos nos arts. 186, parágrafo único, e 203, ambos do Código de Processo Penal, e 5º, LXIII, da Constituição Federal.
2. Ordem denegada. (HC 46.016/RJ, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, QUINTA TURMA, julgado em 04/10/2007, DJ 05/11/2007, p. 295.)
Assim, sendo inviável a oitiva de corréu como testemunha, e havendo
a notícia de que as declarações dos codenunciados já constam dos autos,
impossível reconhecer-se o aventado cerceamento do direito de defesa.
Ante o exposto, nega-se provimento ao recurso.
É o voto.
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CERTIDÃO DE JULGAMENTO QUINTA TURMA
Número Registro: 2013/0080514-6 PROCESSO ELETRÔNICO RHC 36.410 / PE
MATÉRIA CRIMINAL Números Origem: 00100871920124050000 00192327020084058300 192327020084058300
200883000192325 4840
EM MESA JULGADO: 22/10/2013
Relator
Exmo. Sr. Ministro JORGE MUSSI Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. FRANCISCO XAVIER PINHEIRO FILHO Secretário
Bel. LAURO ROCHA REIS
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : JOSÉ OZENI DA SILVA
ADVOGADO : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
RECORRIDO : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
CORRÉU : RONILDO SOARES DA SILVA
CORRÉU : ANTÔNIO SEBASTIÃO GOMES NETO
CORRÉU : MARCOS ANTONIO DE SOUSA
CORRÉU : JOÃO MARIA DA SILVA
ASSUNTO: DIREITO PENAL - Crimes Previstos na Legislação Extravagante - Crimes contra o Meio Ambiente e o Patrimônio Genético
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia QUINTA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
"A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso."
Os Srs. Ministros Marco Aurélio Bellizze, Moura Ribeiro, Regina Helena Costa e Laurita Vaz votaram com o Sr. Ministro Relator.