O PIONEIRISMO PORTUGUÊS NO PROCESSO DE EXPANSÃO
EUROPEU
3ª AULA - SUMÁRIO
• Os condicionalismos da expansão europeia e a busca de novas rotas comerciais.
• Condições da prioridade portuguesa na expansão europeia.
METAS CURRICULARES
Domínio/Tema E
O expansionismo europeu
Subdomínio/Subtema
1 – Conhecer e compreender o pioneirismo português no processo de expansão europeu
Descritores de desempenho/objetivos
1.1 – Relacionar o arranque do processo de expansão europeu com as dificuldades e tensões acumuladas na segunda metade do século XIV. (Ver apresentação A – A CRISE DO SÉCULO XIV)
1.2 – Relacionar o crescimento demográfico e comercial do século XV com as necessidades de expansão interna e externa da Europa.
1.3 – Explicar as condições políticas, sociais, científicas e religiosas que possibilitaram o arranque da expansão portuguesa.
ROTAS COMERCIAIS C. 1400
In Sinais da História 7, Aníbal Barreira e Mendes Moreira, EDIÇÕES ASA
As rotas da seda e das especiarias estavam nas mãos dos muçulmanos que traziam os produtos até ao Mediterrâneo e aí os transacionavam com os mercadores das cidades estado italianas que, por sua vez, os transacionavam para a Europa.
NECESSIDADES DE EXPANSÃO EUROPEIA
A partir do século XV a vida na Europa melhora: aumenta a população e a necessidade de bens de consumo e de luxo - cereais, especiarias, algodão, açúcar, tapetes, sedas, marfim… - o comércio reanima-se no Báltico e no Mediterrâneo.
FOTOGRAFIAS DE ANABELA MATIAS DE MAGALHÃES
NECESSIDADES DE EXPANSÃO EUROPEIA
Aumenta a
necessidade de ouro e a prata, para pagar as importações.
A partir de 1453 os Turcos
conquistaram Constantinopla, Egito, Tunísia e Argélia
dificultando a chegada dos produtos à Europa.
FOTOGRAFIA DE ANABELA MATIAS DE MAGALHÃES
MAPA DE PTOLOMEU - SÉCULO II
In Rumos da História 8, Aníbal Barreira e Mendes Moreira, EDIÇÕES ASA
No início do século XV os europeus só conheciam um quarto do globo terrestre.
A cartografia medieval baseava-se em autores gregos, romanos, muçulmanos e nalguns raros viajantes europeus, como Marco Polo, e continha muitas incorreções.
OS MONSTROS MARÍTIMOS E AFRICANOS
DESENHO DE CLÁUDIA QUEIRÓS
Existiriam serpentes no mar que engoliam os barcos? E dragões? E sereias que encantavam os marinheiros? E as águas ferviam para Sul?
E os homens brancos ficavam pretos? E em África havia homens só com um pé gigante? E com duas cabeças? E sem cabeça e com o rosto no tronco? E só com um olho? E com cabeça de cão? E…? E…?
NECESSIDADES DA EXPANSÃO
PORTUGUESA NO INÍCIO DO SÉCULO XV
NECESSIDADE DE CEREAIS
Abundantes no Norte de África
onde a terra é fértil e o clima propício ao cultivo
de cereais, nomeadamente
trigo.
NECESSIDADE ESPECIARIASDE
Os portugueses queriam ter acesso
direto às especia- rias e produtos de
luxo do Oriente, chegar às regiões
produtoras e desembaraçar-se
dos muçulmanos.
NECESSIDADE DE OURO
O crescimento das importações exigia cada vez mais ouro,
abundante em África: os
portugueses queriam desembaraçar-se
dos muçulmanos e chegar às regiões
produtoras.
CONDIÇÕES DA PRIORIDADE PORTUGUESA CONDIÇÕES GEOGRÁFICAS
Grande extensão de costa.
Existência de bons portos naturais.
Localização estratégica.
In Rumos da História 7, Aníbal Barreira e Mendes Moreira, EDIÇÕES ASA
RECURSOS HUMANOS
Existência de marinheiros experientes e familiarizados com o mar, devido ao comércio a longa distância e à pesca.
In FLAMA, ANO VI, Nº 84, 14 DE OUTUBRO DE 1949, pág.12 e 13
CONDIÇÕES POLÍTICAS
Portugal estava em paz desde os
inícios do século xv e já tinha as suas fronteiras
definidas.
Tinha havido um reforço do poder real com a dinastia de Avis.
Tinha havido uma renovação dos
quadros dirigentes do país.
In Rumos da História 7, Caderno de Actividades, Aníbal Barreira e Mendes Moreira, EDIÇÕES ASA
ÁRVORE GENEALÓGICA DE D. JOÃO I
D. JOÃO I D. FILIPA DE LENCASTRE
D. DUARTE D. PEDRO D.
HENRIQUE D. ISABEL D. JOÃO D.
FERNANDO
In Sinais da História 7, Aníbal Barreira e Mendes Moreira, EDIÇÕES ASA
TÚMULO DE D. FILIPA DE LENCASTRE E DE D. JOÃO I - CAPELA DO FUNDADOR
FOTOGRAFIA DE ANABELA MATIAS DE MAGALHÃES
CONDIÇÕES TÉCNICAS E CIENTÍFICAS
Conheciam desde o
século XIV o astrolábio, o quadrante, a balestilha, a bússola e a carta-
portulano.
Praticavam a navegação astronómica em alto mar por meio da observação dos astros e recorrendo aos instrumentos acima mencionados).
Tinham bons
conhecimentos de cálculo matemático e astronomia.
In Rumos da História 7, Aníbal Barreira e Mendes Moreira, EDIÇÕES ASA
CONDIÇÕES TÉCNICAS E CIENTÍFICAS
Praticavam a arte de bolinar
(navegar com
ventos contrários graças ao uso da vela triangular).
Aperfeiçoaram a caravela, equipada com leme fixo à
popa e velas triangulares.
CONDIÇÕES RELIGIOSAS
O espírito de cruzada mantinha-se vivo.
In Rumos da História 7, Aníbal Barreira e Mendes Moreira, EDIÇÕES ASA
INTERESSES DOS GRUPOS SOCIAIS NA EXPANSÃO
NOBREZA
DESOCUPADA DA SUA PRINCIPAL
FUNÇÃO: A GUERRA;
PRETENDE ALCANÇAR PRESTÍGIO E ALARGAR OS SEUS DOMÍNIOS
SENHORIAIS
CLERO
PRETENDE AUMENTAR O SEU
PODER,
AUMENTAR AS SUAS RENDAS E EXPANDIR A FÉ
CRISTÃ
BURGUESIA
INTERESSADA EM NOVOS MERCADOS E AUMENTAR OS
SEUS LUCROS
POVO
QUERIA MELHORAR AS SUAS CONDIÇÕES
DE VIDA E TER MAIS
OPORTUNIDADES DE EMPREGO COROA
FORMA DE AUMENTAR O SEU PRESTÍGIO SOCIAL
BIBLIOGRAFIA
Diniz, Maria Emília; Tavares, Adérito; Caldeira, Arlindo M., História 8, Editorial o Livro
Barreira, Aníbal; Moreira, Mendes, Rumos da História 8, Edições Asa
Barreira, Aníbal; Moreira, Mendes, Sinais da História 8, Edições Asa
Barreira, Aníbal; Moreira, Mendes, Páginas da História 8, Edições Asa
AUTORIA
ANABELA MATIAS DE MAGALHÃES