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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

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PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

Processo N° 0012359-74.2015.4.01.3400 - 13ª VARA - BRASÍLIA Nº de registro e-CVD 00065.2019.00133400.2.00656/00128 PROCESSO Nº: 0012359-74.2015.4.01.3400

AUTOR : SINDICATO NACIONAL DOS FISCAIS FEDERAIS AGROPECUARIOS

RÉS : FUNDACAO DE PREVIDENCIA COMPLEMENTAR DO SERVIDOR PUBLICO (FUNPRESP-EXE), UNIAO FEDERAL

SENTENÇA TIPO A/2019

Trata-se de ação cognitiva, com pedido de antecipação dos efeitos da tutela, ajuizada por SINDICATO NACIONAL DOS FISCAIS FEDERAIS AGROPECUÁRIOS – ANFFA SINDICAL contra a UNIÃO e a FUNDAÇÃO DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DO SERVIDOR PÚBLICO – FUNPRESP-EXE, objetivando a permanência em regime previdenciário anterior, vigente ao tempo da primeira investidura no serviço público, quanto aos servidores que, após a vigência da Funpresp- Exe, deixaram cargo público estadual, municipal ou distrital para, sem quebra de vínculo, assumir cargo público federal.

Relata que, com a promulgação da EC nº 20/1998, foi permitido que os entes federados fixassem como teto de aposentadoria e pensão o limite estabelecido para os benefícios do Regime Geral da Previdência Social – RGPS, desde que instituíssem o regime de previdência complementar, nos termos do art. 40, §§ 14, 15 e 16. Nesse contexto, sustenta que a União instituiu o novo regime por meio da Lei nº 12.618/2012, criando a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal – FUNPRESP.

Narra que, por meio do Ofício nº 33/2012/FUNPRESP-EXE, de 25 de abril de 2013, o Diretor-Presidente declarou que o efetivo funcionamento do regime de previdência complementar teve início em 18/02/2013. Segue narrando que, quanto aos servidores que ingressaram no serviço público federal a partir desta data, puderam optar por contribuir apenas para o Regime Próprio de Previdência Social – RPPS ou vincular-se, também, à previdência complementar instituída pela União.

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TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

Processo N° 0012359-74.2015.4.01.3400 - 13ª VARA - BRASÍLIA Nº de registro e-CVD 00065.2019.00133400.2.00656/00128

Aponta que o art. 3º, II, da Lei nº 12.618/2012, faculta aos servidores que ingressaram na esfera federal antes do início da vigência do novo regime a opção pela FUNPRESP-EXE ou a permanência no sistema anterior. No entanto, em relação aos servidores que detinham cargo público na esfera estadual, municipal ou distrital, antes da data de início da vigência da previdência complementar, e passaram, sem interrupção de vínculo, a assumir cargo na esfera federal, não foi ofertada a mesma opção. Assim, para estes servidores, foi designado apenas um benefício especial, nos temos do art. 22 da Lei nº 12.618/2012, cujo cálculo deve seguir as regras do art. 3º, §§ 1º e 2º.

Acrescenta que a adesão dos servidores ao FUNPRESP-EXE não resultou do livre exercício do direito de escolha, mas, sim, de vontade viciada, para que não tivessem seus proventos de aposentadoria fixados de acordo com o RGPS. Contudo, ficaram impedidos de ter sua aposentadoria definida de acordo com a data do vínculo mais antigo com a Administração.

Manifestação da União (fls. 77/88)

Pedido de antecipação de tutela indeferido (fls. 93/100).

Pedido de reconsideração (fls. 103/105).

Agravo de instrumento interposto (fls. 107/127). Decisão mantida (fl. 128).

Citada, a União apresentou contestação às fls. 132/145, suscitando preliminares de limitação dos efeitos territoriais da decisão e de ilegitimidade ativa da autora. No mérito, pugna pela improcedência dos pedidos.

Contestação apresentada pela Funpresp-Exe (fls. 148/159), na qual sustenta a interpretação restrita do art. 40, §16, da Constituição Federal, pugnando pela improcedência dos pedidos.

Réplica (fls. 228/244).

Relatado o necessário.

DECIDO.

Ilegitimidade ativa e inépcia da inicial

De início, rejeito as preliminares suscitadas pela União, eis que “os sindicatos têm ampla legitimidade para atuar judicialmente na defesa dos direitos individuais e coletivos das respectivas categorias, atuando como substituto processual nas ações de conhecimento, liquidações de sentenças e

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TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

Processo N° 0012359-74.2015.4.01.3400 - 13ª VARA - BRASÍLIA Nº de registro e-CVD 00065.2019.00133400.2.00656/00128

execuções, sem necessidade de autorização individual ou apresentação de relação nominal dos substituídos.” (AC 0020678-75.2008.4.01.3400 / DF, Rel. JUIZ FEDERAL CESAR AUGUSTO BEARSI, PRIMEIRA TURMA, e-DJF1 de 14/03/2018).

Limitação territorial

Noutro giro, conforme entendimento do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, às causas coletivas intentadas contra a União na Seção Judiciária do Distrito Federal, ante a competência constitucionalmente estabelecida no artigo 109, §2º, não se aplica a limitação territorial dos efeitos da sentença estabelecida no artigo 2º-A da Lei nº. 9.494/97, ainda que os representados/substituídos não sejam aqui domiciliados. (AC 0002112-34.2015.4.01.3400/DF, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL JAMIL ROSA DE JESUS OLIVEIRA, PRIMEIRA TURMA, e-DJF1 de 22/11/2017).

Mérito

Verifico, outrossim, que a questão de mérito é unicamente de direito, não havendo, além dos elementos documentais reunidos pelas partes, requerimento específico de dilação ou necessidade de produção de prova em audiência.

Nesse contexto, figurando suficientemente instruído o feito, antecipo o julgamento da lide, nos termos do disposto no art. 355, I, do Código de Processo Civil.

A presente controvérsia gravita em torno da (in) existência do direito à opção pelo regime previdenciário anterior, quanto aos substituídos do autor que, após a vigência da Funpresp-Exe, ocupavam cargo público estadual, municipal ou distrital antes de assumir o cargo público federal.

Sabe-se que a Emenda Constitucional nº 20/98 possibilitou a adoção, pela União, do teto do Regime Geral de Previdência Social para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas em seu regime próprio de previdência, desde que instituísse regime de previdência complementar para os seus servidores titulares de cargo efetivo (art. 40, §14, CF).

Nesse contexto, restou resguardada a possibilidade de os servidores federais, que já estivessem no serviço público ao tempo da publicação do ato de instituição do regime de previdência complementar, efetuassem a opção por aderir ao regime de previdência complementar.

Sobre o regime de previdência complementar, o preceito constitucional em alusão (art. 40)

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Processo N° 0012359-74.2015.4.01.3400 - 13ª VARA - BRASÍLIA Nº de registro e-CVD 00065.2019.00133400.2.00656/00128 assim dispõe:

§ 14 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que instituam regime de previdência complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 será instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no que couber, por intermédio de entidades fechadas de previdência complementar, de natureza pública, que oferecerão aos respectivos participantes planos de benefícios somente na modalidade de contribuição definida. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do correspondente regime de previdência complementar.

(Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

Infere-se, a partir de interpretação sistemática da norma acima destacada, que, ao fazer referência a “serviço público”, o constituinte não pretendeu restringir a norma ao âmbito exclusivo da esfera da federação correspondente ao regime.

Nessa perspectiva, a União instituiu a Lei nº 12.618/2012, que estabeleceu nova regra de aposentadoria, ressalvada a opção de os servidores que ingressaram no serviço público antes de 04/02/2013, data da vigência de referido diploma, de escolherem o regime previdenciário a que se vinculariam.

Assegurou, ainda, benefício especial para servidores que passaram por diferentes regimes previdenciários, inclusive os egressos de outros entes da federação, sem quebra da continuidade. Verbis:

Art. 1º É instituído, nos termos desta Lei, o regime de previdência complementar a que se referem os §§ 14, 15 e 16 do art. 40 da Constituição Federal para os servidores públicos titulares de cargo efetivo da União, suas autarquias e fundações, inclusive para os membros do Poder Judiciário, do Ministério Público da União e do Tribunal de Contas da União.

Parágrafo único. Os servidores e os membros referidos no caput deste artigo que tenham ingressado no serviço público até a data anterior ao início da vigência do regime de previdência complementar poderão, mediante prévia e expressa opção, aderir ao regime de que trata este artigo, observado o disposto no art. 3o desta Lei.

(...)

Art. 3º Aplica-se o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de

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Processo N° 0012359-74.2015.4.01.3400 - 13ª VARA - BRASÍLIA Nº de registro e-CVD 00065.2019.00133400.2.00656/00128

previdência social às aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de previdência da União de que trata o art. 40 da Constituição Federal, observado o disposto na Lei no 10.887, de 18 de junho de 2004, aos servidores e membros referidos no caput do art. 1o desta Lei que tiverem ingressado no serviço público:

(...)

§ 1o É assegurado aos servidores e membros referidos no inciso II do caput deste artigo o direito a um benefício especial calculado com base nas contribuições recolhidas ao regime de previdência da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios de que trata o art. 40 da Constituição Federal, observada a sistemática estabelecida nos §§ 2o a 3o deste artigo e o direito à compensação financeira de que trata o § 9º do art. 201 da Constituição Federal, nos termos da lei.

§ 2o O benefício especial será equivalente à diferença entre a média aritmética simples das maiores remunerações anteriores à data de mudança do regime, utilizadas como base para as contribuições do servidor ao regime de previdência da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, atualizadas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou outro índice que venha a substituí-lo, correspondentes a 80% (oitenta por cento) de todo o período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde a do início da contribuição, se posterior àquela competência, e o limite máximo a que se refere o caput deste artigo, na forma regulamentada pelo Poder Executivo, multiplicada pelo fator de conversão.

(...)

Art. 22. Aplica-se o benefício especial de que tratam os §§ 1o a 8o do art. 3o ao servidor público titular de cargo efetivo da União, inclusive ao membro do Poder Judiciário, do Ministério Público e do Tribunal de Contas da União, oriundo, sem quebra de continuidade, de cargo público estatutário de outro ente da federação que não tenha instituído o respectivo regime de previdência complementar e que ingresse em cargo público efetivo federal a partir da instituição do regime de previdência complementar de que trata esta Lei, considerando-se, para esse fim, o tempo de contribuição estadual, distrital ou municipal, assegurada a compensação financeira de que trata o § 9o do art. 201 da Constituição Federal.”

Verifico, portanto, que o legislador assegurou ao servidor público, independentemente do ente a que estava vinculado anteriormente, a consideração do período de trabalho anterior para fins de manutenção do regime previdenciário, de forma que, por consectário lógico, essa regra abrange os servidores estaduais, distritais e municipais.

De efeito, não cabe ao intérprete adotar interpretação restritiva se o próprio texto constitucional não o fez, especialmente em se cuidando de norma que estabelece direitos e garantias relacionadas ao regime de seguridade social dos servidores públicos.

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Processo N° 0012359-74.2015.4.01.3400 - 13ª VARA - BRASÍLIA Nº de registro e-CVD 00065.2019.00133400.2.00656/00128

Nessa perspectiva, é induvidoso que “o servidor público federal, egresso de cargo público de outro ente da federação no período anterior a 30/04/2012, sem quebra de continuidade, tem direito de optar pelo regime previdenciário anterior ao da Lei nº 12.618/12, que instituiu o regime de previdência complementar” (Ap - APELAÇÃO CÍVEL - 2237660 0000276-74.2016.4.03.6103, DESEMBARGADOR FEDERAL COTRIM GUIMARÃES, TRF3 - SEGUNDA TURMA, e-DJF3 Judicial 1 DATA:17/05/2018 ..FONTE_REPUBLICACAO:.)

A propósito, registro que a própria Constituição Federal assegura, em seu art. 201, §9º, a compensação financeira nos casos de contagem recíproca de tempo de contribuição na administração pública

“para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, hipótese em que os diversos regimes de previdência social se compensarão financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei”.

Colaciono, ainda, os seguintes precedentes jurisprudenciais:

CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR NO ÂMBITO FEDERAL. LEI Nº 12.618/2012.

SERVIDOR EGRESSO DISTRITO FEDERAL. REGIMES JURÍDICOS FUNCIONAIS ESTATUTÁRIOS. DECISÃO MANTIDA. 1. Cuida-se de agravo de instrumento, com pedido de efeito suspensivo, interposto pela União contra decisão que deferiu antecipação de tutela pleiteada, para garantir ao agravado o direito de se filiar e/ou permanecer filiado ao Regime Próprio de Previdência Social da União, em conformidade com as regras anteriores à edição da Lei nº 12.618/2012, ressalvado o direito de opção pelo regime complementar. 2. Nos termos do art. 40, §§ 14, 15 e 17, da Constituição da República, com a redação da Emenda Constitucional n. 20/1998, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão fixar que os valores das aposentadorias e pensões por eles mantidos sejam limitados ao máximo estabelecido para os benefícios da Previdência Social, desde que seja instituído Regime de Previdência Complementar. 3. No âmbito federal, a União instituiu o Regime de Previdência Complementar (RPC) através da Lei nº 12.618/2012, regime esse que se considerou instituído com a publicação do Plano de Benefício do FUNPRESP-EXE, conforme Portaria PREVIC nº 44/2013, de 04/02/2013.

4. A partir da efetiva instituição do Regime de Previdência Complementar (RPC), os novos servidores públicos federais serão submetidos obrigatoriamente ao Regime Próprio de Previdência do Servidor (RPPS), cujas contribuições são limitadas aos mesmos valores do Regime Geral da Previdência Social (RGPS). 5. No que se refere aos novos servidores federais, oriundos dos Estados, Distrito Federal ou Municípios, esse novo regime (RPPS com limitação ao teto do RGPS) só não será aplicado se tais servidores se encontravam submetidos ao RPPS sem limitação ao teto do RGPS (com a integralidade ou outro critério constitucional de apuração da aposentadoria) de

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TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

Processo N° 0012359-74.2015.4.01.3400 - 13ª VARA - BRASÍLIA Nº de registro e-CVD 00065.2019.00133400.2.00656/00128

qualquer daqueles entes federados, nos termos do art. 22 da Lei n. 12.618, conforme opção. 6. A 1ª Turma deste TRF, julgando situação análoga ao presente caso, entendeu que

"Instituído pela entidade política (estadual, distrital ou municipal) o RPPS sem limitação ao teto do RGPS, o servidor dela oriundo, sem quebra de continuidade do vínculo efetivo, tem a faculdade de optar no âmbito federal pelo regime previdenciário, como sucedeu neste caso, em que a impetração da segurança revela o interesse do ora impetrante, servidor egresso de RPPS do Distrito Federal, que não havia instituído seu RPC, de permanecer em regime próprio, sem limitação ao teto do RGPS, nos termos do art. 22 da Lei n. 12.618/2012" (Processo: Apelação Cível 1001832- 46.2015.4.01.3400; Relator: Jamil Rosa de Jesus Oliveira; Órgão: Primeira Turma; Data da Decisão: 29/03/2017). 7. No presente caso, verifica-se que o agravado exercia o cargo de Agente Policial de Custódia do Distrito Federal, tendo tomado posse e entrado em exercício em 27/03/2006 (fl. 57), sob regime estatutário. Em 27/11/2015, requereu vacância no referido cargo (fl. 58), tendo na mesma data entrado em exercício no cargo de Procurador Federal (fl. 59). 8. Logo, entendo que, nesse momento de cognição sumária, os fatos apontados na petição inicial justificam a suspensão da incidência do regime previdenciário complementar estabelecido na Lei nº 12.618/12. 9. Agravo de instrumento desprovido.A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo de instrumento. (TRF1 - AG 0004824-75.2016.4.01.0000, DESEMBARGADOR FEDERAL CARLOS AUGUSTO PIRES BRANDÃO, TRF1 - PRIMEIRA TURMA, e-DJF1 13/03/2018 PAG.)

APELAÇÃO. PRELIMINAR. LEGITIMIDADE PASSIVA. REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR. SERVIDOR EGRESSO DE OUTRO ENTE FEDERATIVO.

DIREITO DE OPÇÃO. I. Preliminarmente, deve ser afastada a hipótese de ilegitimidade passiva da Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público - FUNPRESP, uma vez que o autor efetuou pedido sucessivo para se submeter ao referido regime instituído pela Lei nº 12.618/2012, ainda que já tenha transcorrido o prazo previsto no parágrafo 7º do artigo 3º da referida Lei. II. Assim sendo, a FUNPRESP deverá integrar o polo passivo da presente ação, tendo em vista que poderá ser afetada direta ou indiretamente pela decisão de mérito a ser proferida nos presentes autos. III. No que concerne ao pedido de suspensão da presente ação, cabe salientar que o ajuizamento de ação coletiva não obsta o exercício individual do direito de ação. IV. Ademais, não restou comprovada a identidade da cauda de pedir e dos pedidos entre as referidas ações, motivo pelo qual deve ser indeferido o pedido de suspensão. V. O cerne da controvérsia diz respeito ao direito do servidor público federal, egresso de cargo público de outro ente da federação no período anterior a 30- 04-2012, de optar pelo novo regime de previdência complementar, previsto na Lei nº 12.618/2012, ou pelo regime anterior. VI. A Lei nº 12.618/2012 instituiu o regime de previdência complementar para os servidores públicos federais titulares de cargos efetivos, obrigatório àqueles que ingressaram no serviço público após o início da vigência do aludido diploma e facultativo aos que entraram até a data anterior ao início da vigência do regime de previdência complementar. VII. Todavia, a referida Lei restringiu o direito de opção ao novo regime previdenciário ou à manutenção ao antigo apenas ao servidor público federal oriundo, sem quebra de continuidade, de cargo público estatutário do mesmo ente da federação, remanescendo, ao egresso de cargo

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vinculado a outro ente político, somente o direito a um benefício especial. VIII. Em que pese a restrição conferida pela norma infraconstitucional, a Constituição Federal, em seu artigo 40, §16º, não fez distinção entre os agentes públicos federais, estaduais, distritais ou municipais ao prever o direito de opção do "servidor que tiver ingressado no serviço público". IX. Em idêntica linha de raciocínio, o comando constitucional previsto no inciso III do artigo 40, confere o direito à aposentadoria voluntária mediante o cumprimento do tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público, sem limitar o vínculo a um único ente federativo. X. Portanto, o autor faz jus ao direito de optar pela vinculação ao antigo Regime Próprio de Previdência da União, com efeitos retroativos a 31-03-2014. XI. Apelação da União Federal improvida. Apelação da parte autora parcialmente provida.Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a Egrégia Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, por unanimidade, negar provimento à apelação da União Federal e dar parcial provimento à apelação da parte autora, nos termos do relatório e voto que ficam fazendo parte integrante do presente julgado. (Ap - APELAÇÃO CÍVEL - 2239900 0004010-07.2014.4.03.6102, DESEMBARGADOR FEDERAL VALDECI DOS SANTOS, TRF3 - PRIMEIRA TURMA, e-DJF3 Judicial 1 DATA:10/10/2017 ..FONTE_REPUBLICACAO:.)

Tais as razões, JULGO PROCEDENTES os pedidos deduzidos na peça de ingresso, nos termos do disposto no artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil, para assegurar aos substituídos da entidade autora, filiados ao tempo do ajuizamento da ação, que, anteriormente à efetiva instituição do regime de previdência complementar dos servidores públicos federais, ocuparam cargo público estadual, municipal ou distrital, sendo filiados a regime próprio não submetido ao teto do regime geral de Previdência, e, sem interrupção de vínculo, assumiram o respectivo cargo público federal, o exercício do direito de opção ao regime previdenciário anterior, vigente ao tempo de sua investidura antecedente no serviço público.

Custas em reembolso. Condeno, outrossim, as rés ao pagamento de honorários advocatícios, os quais fixo em 10% do valor atribuído a causa, termos do §4º, III do art. 85 do CPC, devidamente corrigidos segundo orientação contida no Manual de Orientação de Procedimentos para Cálculos na Justiça Federal, desde a data do ajuizamento da ação até o efetivo pagamento.

Sentença sujeita a reexame necessário.

Intimem-se.

Brasília-DF, 29 de janeiro de 2019.

MARCOS JOSÉ BRITO RIBEIRO

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Juiz Federal Substituto

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