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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

ARTHUR YANNAYEV FERREIRA LIMA

PERFIL DE INVESTIMENTO EM PERÍODO DE CRISE ECONÔMICA: ESTUDO DE CASO EM UMA FACULDADE DE FORTALEZA.

FORTALEZA 2016

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ARTHUR YANNAYEV FERREIRA LIMA

PERFIL DE INVESTIMENTO EM PERÍODO DE CRISE ECONÔMICA: ESTUDO DE CASO EM UMA FACULDADE DE FORTALEZA.

Monografia apresentada à Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade como requisito parcial para a obtenção do grau de bacharel em Administração.

Orientador: Jocildo Figueiredo Correa Neto

FORTALEZA 2016

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ARTHUR YANNAYEV FERREIRA LIMA

PERFIL DE INVESTIMENTO EM ÉPOCA DE CRISE ECONÔMICA: ESTUDO DE CASO EM UMA FACULDADE DE FORTALEZA.

Esta monografia foi submetida à Coordenação do Curso de Administração de Empresas, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Bacharel em Administração, outorgado pela Universidade Federal do Ceará – UFC.

Aprovado em ____/____/_____

BANCA EXAMINADORA:

_____________________________________________

Prof. Dr. Jocildo Figueiredo Correia Neto (Orientador) Universidade Federal do Ceará (UFC)

____________________________________________

Prof. Me. João da Cunha Silva Universidade Federal do Ceará (UFC)

_____________________________________________

Prof. Dr. Daniel Barboza Guimarães Universidade Federal do Ceará (UFC)

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AGRADECIMENTOS

A Deus, pelos cuidados e pelas bênçãos concedidas ao longo da vida e durante essa trajetória.

Aos meus pais, que passaram tantas horas se dedicando a mim, que trabalham arduamente para me oferecer todas as oportunidades que eles não puderam ter. Que me amam e apoiam incondicionalmente. Este trabalho é uma pequena demonstração de gratidão e reconhecimento de tudo que fizeram e fazem. Ao meu irmão, parceiro, companheiro e ao qual tenho imenso amor e admiração.

A toda minha família, que apesar da distância, se fez sempre presente, só tenho a agradecer as tias, tios, avô, primos e todos que torcem e dividem suas emoções comigo.

À minha namorada, Ilanna, pelo incentivo, pelo amor e companheirismo dedicados em todas as horas. Também à sua família, pelo carinho e apoio.

Aos meus amigos de longa data e sempre companheiros Luiz Eduardo, Larisse Cavalcante, Marcelo Fernandes, Francisco Neres, Camila Peixoto, Ully Moreira, Gildson Filho, Hudson Gondim, Pâmela Soares e Sâmia dos Santos, pelas trocas de experiências e pelos inúmeros momentos divididos que tornaram essa realização possível.

Aos amigos de Inova Empresa Júnior, que tive a honra de dividir tantos momentos marcantes e engrandecedores: Elton Batista, Ygor Bezerra, Alice Paiva, Cláudia Araújo, Beatriz Balbino, Tales de Mileto, Bianca Castro, Priscila Almeida, Vitória Chuang, Viviane Souza, Ronery Ekiton, Leonardo Melo e Iles Vilela.

À Universidade, que me proporcionou a possibilidade de engajamento em programas que ajudaram no meu crescimento pessoal e acadêmico como PACCE-UFC e o Programa de Educação Tutorial, aqui representados por: Yasmim Brandão, Carlos Adolfo, Daniele Guimarães, Lutzenfannia Martins, Aline Ribeiro, Pedro Felipe, Iveltyma Roosemalen e Lívia Felix.

Ao meu orientador, professor Jocildo Correia Neto, por todos os ensinamentos durante o período de Faculdade e pela confiança e atenção ao longo desse trabalho.

Aos professores João da Cunha e Daniel Barboza, por gentilmente aceitarem participar da Banca avaliadora deste trabalho oferecendo contribuições para sua melhoria.

(5)

RESUMO

Esta monografia procura identificar o perfil do investidor dos discentes dos Cursos da Faculdade de Economia Administração, Atuária, Ciências Contábeis, Secretariado Executivo e Finanças (FEAAC ), da Universidade Federal do Ceará (UFC). Para isso, assuntos como planejamento financeiro, tipos investimentos, produtos financeiros, identificação de riscos e comportamento do investidor são abordados nesse trabalho. Esta pesquisa é considerada bibliográfica, descritiva e de campo, cujo questionário foi aplicado aos estudantes da FEAAC, ocorrendo uma distinção dos que possuem investimentos e os que não possuem investimentos. O resultado da pesquisa aponta que a maioria dos alunos pesquisados apresenta o perfil moderado, 53% da amostra. O fator rentabilidade foi apontado pela maioria dos investidores como fator determinante na escolha de seu investimento, além da vontade de diversificar os seus investimentos no futuro.

Palavras-chave: Investimentos; Perfil do Investidor; Produtos Financeiros.

(6)

ABSTRACT

This monograph seeks to identify the profile of the investor of students from the Faculty of Economics Administration, Actuarial Science, Accounting, Executive Secretariat and Finance (FEAAC), Federal University of Ceará (UFC). For this, subjects such as financial planning, investment types, financial products, risk identification and investor behavior are addressed in this work. This research is considered bibliographical, descriptive and field, whose questionnaire was applied to FEAAC students, with a distinction being made between those who have investments and those who do not have investments. The result of the research indicates that the majority of the students studied presented the moderate profile, 53% of the sample. The profitability factor was pointed out by most investors as a determining factor in the choice of their investment, besides the desire to diversify their investments in the future.

Keywords:Investments; Investor Profile; Financial Products.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Ano x rentabilidade: principais produtos financeiros. ... 11

Figura 2- Processo de planeamento financeiro pessoal ... 15

Figura 3 - Processo de investimento... 19

Figura 4 - Carteira conservadora ... 28

Figura 5 - Carteira moderada ... 29

Figura 6 - Carteira agressiva ... 30

Gráfico 1: Comparativo – quantidade de investidores x tipo de investimento. ... 12

Gráfico 2 - Endividamento por faixa de renda ... 17

Gráfico 3 - Distribuição de participação de clientes e saldos por faixa de depósito. ... 35

Gráfico 4 - Caderneta de Poupança – captação liquida ... 37

Gráfico 5 - Faixa etária dos respondentes. ... 49

Gráfico 6 - Sexo dos respondentes. ... 50

Gráfico 7- Semestre dos entrevistados. ... 51

Gráfico 8 - Renda dos entrevistados. ... 52

Gráfico 9 - Expectativa de renda para os próximos 3 anos. ... 53

Gráfico 10 - Justificativas apresentadas por não possuir nenhum investimento. ... 53

Gráfico 11 - Razões para não investir x Período de graduação... 54

Gráfico 12 - Carteira de produtos financeiros ... 56

Gráfico 13 - Investimentos com maior possibilidade de aplicação no futuro... 57

Gráfico 14 - Principal característica analisada na escolha do investimento. ... 58

Gráfico 15 - Frequência de aportes nos investimentos. ... 58

Gráfico 16 - Formas de controle de gastos. ... 59

Gráfico 17 - Relação entre controle de gastos e frequência de aplicações. ... 60

Gráfico 18 - Horizonte temporal para as aplicações. ... 60

Gráfico 19 - Principal fator na escolha do tempo de investimento ... 61

Gráfico 20 – Relação entre objetivos e horizonte temporal dos investidores... 62

(8)

Gráfico 21 - Objetivo do investimento. ... 62

Gráfico 22 - Perfis de investimento. ... 63

Gráfico 23 - Perfil de investimento x Faixas de renda. ... 64

Gráfico 24 - Perfil de investimento x Faixas etárias ... 64

Gráfico 25 - Experiência com o mercado financeiro ... 65

Gráfico 26 - Composição da carteira com ações. ... 66

Gráfico 27- Insegurança dos investidores. ... 66

Tabela 1- Categorização de clientes x participação em produtos financeiros ... 20

Quadro 1 - Nome e características – Títulos Públicos ... 33

Quadro 2 - Diferenças entre CDB e RDB ... 34

Quadro 3 - Regressão de tributação ... 41

Quadro 4 - Compilação de investimentos e características. ... 42

Quadro 5 - Estado civil dos respondentes. ... 50

Quadro 6 - Curso de graduação dos entrevistados. ... 51

Quadro 7- Perfil dos universitários investidores ... 54

Quadro 8- Percentual em relação ao total de investidores ... 57

(9)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO... 11

2 INVESTIMENTOS ... 14

2.1 Planejamento financeiro pessoal ... 14

A partir desse processo se tem como resultado a fase inicial do momento de poupar, que vai gerar o excedente a ser investido nos produtos financeiros. ... 16

2.2 Ato de poupar ... 16

2.3 Investimento ... 18

2.3.1 Rentabilidade ... 21

2.3.2 Liquidez ... 22

2.3.3 Risco ... 23

3 PERFIS DE INVESTIMENTO ... 26

3.1 Perfis do investidor ... 26

3.1.1 Perfil Conservador ... 27

3.1.2 Perfil Moderado ... 28

3.1.3 Perfil Agressivo ... 29

4 PRODUTOS FINANCEIROS ... 31

4.1 Introdução aos produtos financeiros ... 31

4.1.1 Títulos Públicos ... 32

4.1.2 Certificado e recibo de depósito bancário (CDB E RDB) ... 33

4.1.3 Caderneta de Poupança ... 34

4.1.4 Debêntures... 37

4.1.5 Fundo de Investimento ... 39

4.1.6 Previdência Privada ... 40

4.1.7 Ações ... 41

4.2 Principais tipos de investimento e características. ... 42

5 METODOLOGIA ... 44

5.1 Classificação da Pesquisa ... 44

5.2 Definição do questionário e da coleta de dados ... 45

5.3 Definição da população e da amostra ... 46

5.4 Processo de elaboração e análise dos dados ... 47

(10)

6 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ... 49

6.1 Dados pessoais... 49

6.2 Produtos Financeiros ... 56

6.3 Perfis de Investimento ... 63

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 68

REFERÊNCIAS ... 71

(11)

1 INTRODUÇÃO

A partir do início da década de 90, principalmente depois da implantação do plano real, existiu um maior controle da inflação, o que levou o brasileiro a iniciar um processo de fazer mais investimentos financeiros para obter maior rentabilidade do seu dinheiro. Como consequência, há um crescimento de investimentos com um horizonte temporal mais longo. Ao mesmo tempo que essa demanda cresce, os bancos e as instituições financeiras criam uma maior gama de produtos, que passam a ser utilizados pelos investidores como lugar de aporte de suas economias, conforme quadro a seguir, verifica-se a constante rentabilização da maioria dos produtos financeiros a partir do ano de 2001.

Figura 1 - Ano x rentabilidade: principais produtos financeiros.

Fonte: Instituto Assaf (2016).

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Esses investimentos possuem uma grande variedade de características.

Dentre elas, podem ser citados diferentes indexadores, critérios de liquidez, fatores de risco e rentabilidade esperada. Compete ao investidor encontrar o produto que mais se adeque ao seu perfil e aos seus objetivos.

Além de fatores técnicos citados, existe grande influência de fatores comportamentais na decisão do investimento. Segundo Macedo Junior (2003), pessoas tendem a tomar decisões baseadas em vieses e heurísticas (ilusões cognitivas) que as afastam da racionalidade. Contudo, estudar aumenta a propensão de melhoria da performance dessas decisões.

A partir desses fatos, o perfil financeiro do brasileiro começa a ser moldado nesse período, apresentando, de certa forma, uma aversão a maiores riscos. Isso se traduz no gráfico a seguir, da pesquisa IBOPE realizada com 604 domicílios pelo Brasil.

Gráfico 1: Comparativo – quantidade de investidores x tipo de investimento.

Fonte: pesquisa ibope – radiografia do investidor de fundos no Brasil (2011) (ação não foi estimulado em 2005)

Percebe-se que grande parte da população que possui investimentos, realiza este aporte de capital na poupança, um produto de baixa rentabilidade, mas

35 2

4 2

65

44 7

7 3 3 1

61

0 10 20 30 40 50 60 70

POUPANÇA FUNDO DE PREVIDENCIA FUNDOS DE INVESTIMENTO

AÇÕES CDBs LETRAS HIPOTECARIAS, CREDITO AGRICOLA,…

NÃO POSSUI NENHUM INVESTIMENTO

2011 2005

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de grande liquidez e baixo risco. Interpreta-se que isso se deve a um comportamento mais conservador do investidor brasileiro.

O gráfico também mostra que o nível de pessoas que não possuíam nenhum investimento vem caindo, o que demonstra uma evolução da maturidade do brasileiro para com suas finanças e investimentos. A importância da pesquisa se traduz pela possibilidade de verificar o perfil financeiro dos estudantes da FEAAC - UFC (Faculdade de economia, administração, atuária e contabilidade da Universidade Federal do Ceará), pois estes estão inseridos em um meio acadêmico, reconhecidamente, um lugar de melhores práticas e conhecimentos na área.

Diante do exposto, o respectivo trabalho tem como finalidade responder a seguinte pergunta: qual é o perfil de investimento dos alunos da FEAAC?

A partir daí, tem-se como objetivo geral identificar e traçar o perfil de investimentos dos alunos da FEAAC. Para isso, são levados em consideração os seguintes objetivos específicos: conhecer os produtos mais utilizados como forma de investimento pelos alunos da FEAAC, verificar quais elementos (risco, liquidez ou rentabilidade) têm maior impacto na escolha dos produtos financeiros pelos alunos, identificar quais são as estratégias mais utilizadas pelos alunos para poupar parte de sua renda e fazer investimentos.

A organização desse trabalho se dá em sete seções. A primeira é introdutória. A segunda traz a fundamentação teórica sobre investimentos, com foco no processo de investimento e os fatores ligados aos produtos (risco, liquidez, rentabilidade). A terceira fundamenta a definição dos perfis de investimento mais comuns no mercado. A quarta seção apresenta os produtos financeiros mais populares, indicando suas características e riscos. A quinta seção apresenta a metodologia aplicada na pesquisa, que se caracteriza como de campo, quanto aos procedimentos técnicos e de pesquisa; e como quantitativa-descritiva em relação ao seu problema e objetivos. Na sexta seção, são discutidos e analisados os resultados obtidos com a amostra e a sétima traz a conclusão e, por fim, as referências bibliográficas.

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2 INVESTIMENTOS

Nesta seção, são tratadas as definições de investimento, risco e os fatores que compõem os produtos financeiros, objetivando descrever as características que são consideradas no processo de investimento.

2.1 Planejamento financeiro pessoal

Macedo Junior (2010, p. 26) conceitua planejamento financeiro como sendo o “processo de gerenciar o dinheiro com o objetivo de atingir a satisfação pessoal”. Confirmando o pensamento do autor, Cherobim, Espejo e Paludo (2010 p.

29) esclarecem que o “planejamento financeiro pessoal é a explicitação das formas como vamos viabilizar os recursos necessários para atingir nossos objetivos”.

Acrescentando mais características ao conceito, Cherobim, Lemes e Rigo (2015) indicam que planejamento é o processo que identifica objetivos que se quer alcançar, formula planos, produz estratégias e organiza meios para atingi-los.

Para Frakenberg (2000), planejamento financeiro pessoal consiste em seguir um método preciso e deliberado de acumulação, podendo estar voltado para curto, médio ou longo prazo.

O planejamento financeiro pessoal começa com um planejamento estratégico, que está diretamente ligado aos objetivos que cada pessoa possui na vida, sendo que o ambiente familiar, as características particulares e os momentos de vida de cada pessoa, influenciam na escolha dos objetivos individuais.

(CHEROBIM; ESPEJO; PALUDO, 2010)

O planejamento, associado à organização, pode ser considerado o primeiro degrau na consecução dos objetivos familiares. O processo de planejar requer um modo de pensar que envolve interesses e indagações, e esses envolvem questionamentos sobre o que será feito, como, para quem, quando, por que, por quem e onde será feito. Para Halfeld (2008), poupar é a primeira batalha. Investir

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corretamente, fazendo seu capital crescer, é a segunda. Assim, usufruir dos resultados obtidos é tornar-se vitorioso na guerra.

O planejamento não deve ser visto como um conceito rígido e inflexível, e as metas devem ser estabelecidas e lembradas constantemente. A definição dos objetivos e das metas não pode ser estanque, por isso revisões periódicas são necessárias. (FRAKENBERG, 2000)

Segundo cartilha do Sebrae o planejamento financeiro passa por diversas fases, como mostra a figura a seguir, sendo um processo que pode ser fixo ou adequado as necessidades de cada investidor.

Figura 2- Processo de planeamento financeiro pessoal

Fonte: Sebrae – planejamento e controle pessoal financeiro (2013).

(16)

A partir desse processo se tem como resultado a fase inicial do momento de poupar, que vai gerar o excedente a ser investido nos produtos financeiros.

2.2 Ato de poupar

Segundo Francisco Filho (2014) e Cherobim, Espejo e Paludo (2010), poupar é apenas a primeira parte de todo o processo de planejamento, sendo que também se torna necessário e importante investir os recursos poupados. Uma vez que a renda que a pessoa receberá no futuro está diretamente ligada ao quanto ela consegue poupar, além do que, caso essa poupança não seja investida, estará suscetível à inflação, fenômeno que no decorrer do tempo gera desvalorização no poder de compra do dinheiro.

De acordo com Modigliani (1986), a poupança surge do desejo individual de manter um padrão estável de consumo ao longo da existência. Os motivos para poupança podem estar relacionados à acumulação para aquisição de bens, incertezas do futuro que possam afetar o bem-estar do indivíduo e formação de uma herança.

Já Garcia (2005), explica que a renda, o consumo e a poupança estão interligados, ou seja, o valor resultante desses fatores representa o quanto o indivíduo deixou de consumir no presente para poder consumir no futuro. Assim, o autor define poupança como sendo a parte da renda que não é utilizada em consumo.

Essa renda faz parte de um orçamento pessoal, que possui os mesmos conceitos de um orçamento empresarial, são eles: fluxo, ativo e passivo. Segundo Martins (2004), ativos são bens e direitos que se tem; passivo são as dívidas e obrigações; fluxo é o movimento de entrada e saída de alguma coisa em determinado período.

Conforme indicam Souza e Torralvo (2004), parte da população brasileira possui dificuldades para a gestão das finanças pessoais a partir de duas frentes:

(17)

discrepância entre receitas/despesas e alto nível de consumo, com pouca tendência a poupar.

Para demonstrar a afirmação anterior, verifica-se na Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC Nacional), realizada pela da Confederação Nacional do Comercio (CNC), que grande parcela das famílias tem endividamento corrente, ou seja, possuem parte do seu salário já comprometido com diversos gastos como: cartão de crédito, cheque pré-datado, empréstimos pessoais e carnês de loja. O gráfico 2 mostra o endividamento das famílias por faixa de renda, até 10 salários mínimos e mais de 10 salários mínimos. Observa-se que mesmo caindo no decorrer do ano, ainda existe grande parcela das famílias com certo grau de endividamento.

Gráfico 2 - Endividamento por faixa de renda

Fonte: Confederação Nacional do Comércio (2016).

Reduzir o endividamento e transformar o ato de poupar em investimento é o desafio de parte da população brasileira. É indispensável que, para isso, se tenha um maior nível de conhecimento e que a população possua a habilidade de distinguir os investimentos feitos, as reais utilidades de consumo e as formas mais

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viáveis de pagamento das compras a serem efetuadas, para se evitar a excessiva tomada de empréstimos e parcelamento de compras o que acaba acarretando no aumento do endividamento. (PINHEIRO, 2013)

2.3 Investimento

Investimento pode ser explicado de maneira simples como comprometimento de dinheiro ou outros recursos no presente com expectativa de colher benefícios no futuro. (BODIE; KANE; MARCUS, 2015; BRUNI; FAMÁ, 2012)

Seguindo a mesma linha, Gitman e Joehnk (2005, p.3) definem investimento como: “qualquer instrumento em que fundos possam ser colocados com expectativas que gerarão renda positiva e/ou que seu valor será preservado ou aumentado”.

Já Bernstein e Damodaran (2000), afirmam que um investimento é a renúncia do consumo ou bem-estar presente, com a finalidade de melhor aproveitamento de consumo em tempo futuro.

Ainda segundo Bodie, Kane e Marcus (2015, p.1), “o trade-off risco- retorno e a precificação eficiente de ativos financeiros são centrais para o processo de investimento”. Portanto, compromete-se uma renda atual com expectativa de rentabilização futura, sempre atrelada a um risco.

O processo de investimento inicia-se com a montagem de uma carteira.

De acordo com Bodie, Kane e Marcus (2015, p. 15),

“A carteira de um investidor nada mais é que um conjunto de ativos de investimento. Assim que a carteira é criada, ela é atualizada ou

‘rebalanceada’ por meio da venda dos títulos existentes e da utilização dos rendimentos na compra de novos títulos, do investimento em fundos adicionais para aumentar o tamanho geral da carteira ou da venda de títulos para diminuir seu tamanho”

(19)

Corroborando com o pensamento anterior, Gitman e Joehnk (2005) apresentam carteira como o conjunto de títulos ou propriedades, criados para atender os objetivos de um investimento.

Macedo Júnior (2010) introduz o conceito de que o objetivo da formação de carteiras de investimento é ser capaz de fornecer retornos compatíveis ou superiores aos índices médios de mercado. Samanez (2007) acrescenta que essa combinação de ativos formando uma carteira tem por objetivo diluir o risco da operação e estimar um retorno com maior consistência.

A carteira faz parte do processo de investimento, pois, conforme mostra a figura 3, há uma grande quantidade de agentes que participam de todo o processo. Criando uma tendência a diversificação e consequente redução da incerteza.

Figura 3 - Processo de investimento

Fonte: Gitman e Joehnk (2005).

(20)

De acordo com Assaf Neto (2012, p. 39),

“O Sistema Financeiro Nacional pode ser entendido como um conjunto de instituições financeiras e instrumentos financeiros que visam, em última análise, transferir recursos dos agentes econômicos (pessoas, empresas, governo) superavitários para os deficitários”.

Segundo relatório apresentado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (AMBIMA, 2016), o Brasil possui cerca de 71,7 milhões de clientes Private e Varejo, que exercem função de agentes superavitários, possuindo montante investido na ordem de R$ 2,043 trilhões.

O tipo de produto escolhido por esses clientes é bastante alterado conforme a renda verifica-se no quadro abaixo que a participação de clientes com maior renda está ligada a produtos com maior variação de rentabilidade, já clientes de menor renda optam por produtos com menor oscilação.

Tabela 1- Categorização de clientes x participação em produtos financeiros

POUPANÇA FUNDOS

TÍTULOS E VAL MOBILIÁRIOS/

OUTROS

RENDA

VARIÁVEL TOTAL

PRIVATE 0,2% 48,4% 39,2% 12,2% 100%

VAREJO ALTA

RENDA 12,6% 39,9% 45,1% 2,4% 100%

VAREJO

TRADICIONAL 64,7% 12,5% 22,1% 0,7% 100%

Fonte: AMBIMA – Relatório private e varejo (2016).

Para começar com a aplicação certa, o investidor precisa analisar alguns critérios que condizem com seus objetivos pessoais. Estes critérios iniciais são:

risco, liquidez e retorno. Para Halfeld (2008), ao realizar um investimento financeiro, além das considerações iniciais, é preciso identificar algumas metas, tais como: o período pelo qual o capital será investido, o objetivo do investimento, o risco a ser adquirido, a perspectiva econômica, o tipo de investimento, entre outros aspectos.

(21)

Em relação ao tempo, a aplicação escolhida pode ser de curto, médio e longo prazo. Já em relação à sua utilização, ela pode ter os mais diversos fins como:

aposentadoria, compra de imóveis, reservas financeiras e etc.

2.3.1 Rentabilidade

A rentabilidade do investimento mostra qual foi o resultado obtido, ganho ou perda, que o investidor atingiu em um período de tempo determinado.

Essa rentabilidade é paga através do retorno que é gerado, as fontes mais comuns são pagamentos periódicos, como dividendos ou juros. A outra fonte de retorno é a própria valorização no preço do ativo. (GITMAN; JOEHNK, 2005)

A rentabilidade é um fator chave na escolha do investimento, mas, segundo Bodie, Kane e Marcus (2015, p. 113), “os retornos reais ou realizados quase sempre desviarão do retorno esperado previsto no início do período de investimento [...] se tudo pudesse ser mantido os investidores iriam preferir investimentos com retornos maiores”.

Portanto, não se deve avaliar a rentabilidade isoladamente. É necessário compará-la a índices relevantes, que vão indicar a situação real do investimento.

Além disso, devem ser observados os riscos inerentes à operação.

Para isso, deve-se estudar a rentabilidade em diversos ângulos, dentre os principais: a rentabilidade observada, esperada, absoluta e relativa.

2.3.1.1 Rentabilidade observada versus esperada.

A rentabilidade observada refere-se ao ganho ou à perda alcançada em uma operação realizada no passado ou até o atual momento. Esta rentabilidade sempre se refere ao passado.

A rentabilidade esperada é uma forma de estimar o valor de retorno (ganho ou perda) que o investidor terá com sua aplicação para um período futuro.

Não é possível determinar a rentabilidade de forma absoluta. (ANBID, 2008).

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2.3.1.2 Rentabilidade absoluta versus relativa.

Geralmente, quando se fala em rentabilidade, refere-se à rentabilidade absoluta. Ela é expressa na forma de percentual sobre o valor investido, mas sozinha diz muito pouco sobre a qualidade do ativo, principalmente porque é pouco útil ao comparar períodos diferentes. Por isso ela expressar somente a rentabilidade observada.

A rentabilidade relativa é expressa como forma de índice, utilizando um benchmark (Inflação, CDI e Ibovespa, entre outros). Esta forma pode ser utilizada para a rentabilidade observada e como forma exclusiva para a rentabilidade esperada. (SOTTO-MAIOR, 2015; ANBID, 2008)

2.3.2 Liquidez

Para Gitman e Joehnk (2005, p. 6), “liquidez é a capacidade de converter um investimento em dinheiro rapidamente com pouca ou nenhuma perda”.

A liquidez refere-se à velocidade e a facilidade de transformar o investimento realizado em recurso disponível novamente, dinheiro em espécie, a qualquer momento a um preço justo no mercado.

Por isso, a velocidade com que ocorre a venda do ativo, sem perda expressiva de dinheiro, mostra o grau de liquidez do investimento. “Quanto menor a liquidez, maior o tempo do investimento ou a dificuldade para a sua realização, sendo o inverso verdadeiro” (BRUNI, 2005, p. 242).

São considerados como investimentos de alta liquidez: fundos de investimentos sem carência, poupança, CDB com liquidez diária, ações e títulos públicos. Já imóveis e fundos de investimento fechados são considerados de baixa liquidez.

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2.3.3 Risco

Em relação aos investimentos financeiros, o risco é basicamente a possibilidade de se obter um retorno abaixo do esperado ou, em casos extremos, a perda de todo capital investido. Quanto maior forem os valores ou retornos possíveis, maiores serão os riscos do investimento. (TOSCANO JUNIOR, 2004;

GITMAN; JOEHNK, 2005)

Já Duarte Júnior (2005) e Assaf Neto (2012) indicam que investimentos sempre estão passiveis de incerteza, estimar as possíveis perdas torna-se fator fundamental para sucesso de uma aplicação. Logo, o risco aparece como a mensuração numérica dessa incerteza.

Samanez (2007) traz o conceito de que risco é a exposição à incerteza, e que, no âmbito do mercado financeiro, ele pode ser classificado de quatro maneiras (risco de mercado, risco de crédito, risco operacional e risco de liquidez), na análise de investimento do mercado de capitais, está associado à probabilidade de ganhar abaixo do esperado, tornando-se necessário medir de forma consistente.

2.3.3.1 Risco de Mercado

Associa-se à possibilidade de desvalorização ou valorização de um ativo em decorrência das alterações políticas, econômicas e internacionais. A probabilidade de mudança na rentabilidade do investimento por causa de notícias ou acontecimentos que se relacionam direta ou indiretamente a aplicação escolhida também é verdadeiro. (FRANCISCO FILHO, 2014)

O risco de mercado engloba vários riscos, risco da taxa de juros, das taxas de câmbio, commodities, risco de liquidez e etc. (DUARTE JUNIOR, 2014)

Este risco influencia as operações de maneira diferenciada, conforme afirma Toscano Júnior (2004, p.56),

“Em um fundo de Renda Fixa composto predominantemente de títulos prefixados, devido a estratégia adotada pelo gestor, uma pequena elevação na taxa de juros básica – Selic – seria suficiente para prejudicar a

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rentabilidade do fundo. O mesmo não acontece se o fundo possuir em sua composição papéis pós-fixado, pois, desta forma, a rentabilidade acompanhará a trajetória dos juros”

2.3.3.2 Risco de Crédito

Risco que se origina do não pagamento de uma obrigação por parte de uma instituição. O risco de crédito pode ainda ser definido como uma medida das perdas potenciais de um investimento, decorrente de obrigação não honrada ou da capacidade da contraparte não honrar seus compromissos. (DUARTE JUNIOR, 2014; FILHO, 2014)

Conforme afirma Toscano Júnior (2004, p. 56), “é o risco mais relevante, e está ligado à solidez das instituições ou empresas que emitiram os títulos. É o risco que envolve a perda em investimento devido à falência da empresa emissora ou mesmo pela deterioração da sua condição financeira”.

Para reduzir este risco, o investidor deve procurar diversificar sua carteira de produtos para possuir ativos de diferentes instituições emissoras.

2.3.3.3 Risco de Operação

Possibilidade de acontecer uma falha ou até mesmo fraude no processo de operação dos ativos, que se transforma em aborrecimentos e prejuízos para o consumidor. O risco operacional engloba vários possíveis problemas, como: risco de equipamentos, risco de obsolescência, risco de fraudes, risco de produtos e serviços, risco de regulamentação e etc. (DUARTE JUNIOR, 2014; FILHO, 2014;

TOSCANO JÚNIOR; 2004).

2.3.3.4 Risco de Liquidez

Sua origem está associada a dificuldade em se conseguir potenciais compradores para um ativo, no momento e pelo preço desejado. Ocorre quando

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existe uma representativa diferença entre o preço que o comprador está disposto a pagar e aquele pelo qual o acionista deseja vender

Gitman e Joehnk (2005) definem o risco como fator de não ser capaz de liquidar um investimento a um preço razoável. Em geral, os instrumentos de investimento negociados em mercados limitados, onde a demanda e a oferta são pequenas, tendem a apresentar menos liquidez que aqueles negociados em mercados amplos.

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3 PERFIS DE INVESTIMENTO

Esta seção tem por objetivo apresentar as características que definem os tipos de investidor e demonstrar como as carteiras podem ser dividas.

3.1 Perfis do investidor

Segundo Assaf Neto (2012), a tomada de decisão por investidores sempre segue um critério, de uma maneira geral, procuram o retorno em suas decisões demonstrando certo grau de aversão ao risco, ou seja, buscam maiores rentabilidades, mas mitigando os riscos.

Por isso, conhecer o perfil do investidor e as características do investimento pode trazer uma maior segurança na hora de aplicar o dinheiro, pois pode-se identificar qual é o investimento mais adequado ao seu perfil e aos seus objetivos. A Anbima (2014), em seu guia de melhores práticas, afirma que para a definição do perfil, deverão ser abordados alguns quesitos como: experiência em matéria de investimentos, horizonte de tempo, objetivos de investimentos, tolerância ao risco.

Uma aplicação feita de forma correta, de acordo com os propósitos pré- determinados, pode gerar a rentabilidade desejada e o alcance dos resultados.

O perfil de investimento segue basicamente o critério risco, como pode ser observado na descrição dos perfis por Toscano Júnior (2004, p. 97),

“Dentro da política de investimentos observamos [...] quais os tipos de riscos e qual o limite de tolerância de perdas. [...] Caso a resposta seja zero, certamente o investidor possui um perfil conservador; já os mais tolerantes ao risco podemos acreditar que são investidores moderados e que estão dispostos a aceitar até um determinado limite de perda [...] mas, se o investidor procura uma alta rentabilidade sem importar-se com a perda do capital investido, ele pode ser considerado um investidor agressivo”.

(27)

O mercado financeiro é bem amplo. As opções de investimento são variadas, porém nem todas são ideais para todo mundo, pois cada tipo de investimento possui suas peculiaridades.

Para Santos e Barros (2011), a teoria econômica tradicional tem três pressupostos essenciais no que tange ao comportamento humano para tomada de decisões financeiras: pessoas têm predileções conhecidas; agem com base em informações completas; e agem racionalmente buscando maximizar a eficiência de suas decisões.

Conforme Toscano Junior (2004), o atributo mais importante ao investidor é saber identificar, entre os variados tipos de investimentos, qual é aquele que melhor atenderá a sua expectativa de retorno, ou seja, qual se adapta melhor ao seu perfil.

Para melhor interpretação do perfil de investidores estes são divididos em:

conservador, moderado e agressivo. (TOSCANO JUNIOR, 2014)

3.1.1 Perfil Conservador

Segundo Toscano Júnior (2014), o investidor conservador não tem por objetivo ganhar, e sim preservar seu capital. Não admite perder ou ver a sua aplicação encolher, prefere risco zero como os fundos de renda fixa DI (fundos de renda fixa) e de curto prazo. Aplicações em ações e derivativos são pouco cogitados.

Silva Neto (2003, p. 89-90) buscou mostrar, através de um gráfico, como poderia ser dividida a carteira de ativos de um investidor conservador.

(28)

Figura 4 - Carteira conservadora

Fonte: Silva Neto (2005)

3.1.2 Perfil Moderado

Os investidores com perfil moderado estão mais propensos a correr risco, mas um risco controlado e dentro da margem estabelecida, para ter retornos financeiros.

Segundo Bruni (2005, p. 262), o investidor “Está disposto a correr alguns riscos para aproveitar as oportunidades de mercado, visando a um crescimento moderado do seu capital a médio prazo”

De acordo com Silva Neto (2003), o investidor moderado já começa a investir em ações (denominado por ele como fundo-ibovespa), porém com grande parte ainda em fundos de investimento. Conforme demostra a figura 04.

(29)

Figura 5 - Carteira moderada

Fonte: Silva Neto (2005).

3.1.3 Perfil Agressivo

O perfil agressivo se caracteriza por uma grande propensão do investidor ao risco, não apresentando receio de perder seu capital e estando disposto a arriscar muito para poder ter uma alta rentabilidade. Busca ganhos expressivos, mesmo que isso represente variações significativas, com resultados a longo prazo.

(BRUNI, 2005).

Corroborando o pensamento anterior, SANTANDER (2015), define que o perfil agressivo é representado por investidores com alta tolerância a riscos, baixa ou nenhuma necessidade de liquidez no curto/médio prazo e que estejam dispostos a aceitar as oscilações dos mercados de risco (e possíveis perdas) na busca por retornos diferenciados no longo prazo.

Possuem muitos investimentos e com uma carteira bem diversificada. “O investidor com esse perfil pensa como um especulador, e não como um poupador”.

(TOSCANO JÚNIOR, 2004, p. 99)

(30)

Figura 6 - Carteira agressiva

Fonte: Silva Neto (2005)

Esses perfis norteiam a classificação dos investidores, podendo variar de acordo com a cultura, nível educacional e idade.

(31)

4 PRODUTOS FINANCEIROS

Nesta seção, são apresentados os produtos financeiros mais populares, com suas características e variações.

4.1 Introdução aos produtos financeiros

Os produtos financeiros podem ser divididos em dois grupos, a saber: os investimentos no mercado de renda fixa e os realizados no mercado de renda variável.

O mercado de renda fixa é caracterizado pelo fluxo de renda em períodos definidos, com a possibilidade de o investidor saber a quantidade de recursos financeiros que será gerada pela aplicação. No mercado de renda variável, não existe certeza do rendimento futuro dos investimentos. São mercados definidos pelo maior nível de volatilidade e na possibilidade de ganhos maiores, comparados aos da renda fixa ou, inclusive, perdas totais dos recursos financeiros aplicados (GITMAN; JOEHNK, 2005; ASSAF NETO, 2012; BODIE; KANE; MARCUS, 2015)

Ainda segundo Assaf Neto (2012), o lucro obtido no mercado de renda fixa, por meio do investimento realizado, pode ser resgatado no vencimento do título, em datas específicas ou no momento em que o investidor desejar, dependendo do tipo de operação.

Já Luquet (2000) ressalta que, no mercado de renda variável, o fluxo de renda é incerto, principalmente nas bolsas de valores, em que as oscilações de desempenho das empresas podem afetar os investimentos realizados.

Nesta seção, são apresentados os produtos financeiros mais populares e que estão inseridos nesses dois mercados.

(32)

a) Mercado de Renda Fixa – Títulos Públicos, CDB e RDB, Poupança, Debêntures, Fundos de investimento e Previdência privada;

b) Mercado de Renda Variável – Ações.

4.1.1 Títulos Públicos

Segundo Assaf Neto (2012), os títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional têm como função ser parte da política fiscal do Governo, antecipando receitas orçamentárias ou financiando déficits fiscais.

Do ponto de vista legal, eles podem ser emitidos pelos municípios, estados, Distrito Federal, e pela Federação, e são registrados como dívida mobiliária, mas atualmente, por motivo de liquidez, são negociados apenas títulos emitidos pelo Tesouro Nacional. (KERR, 2011).

Os títulos públicos ofertados no Tesouro Direto estão sujeitos aos mesmos tributos dos investimentos em fundos de renda fixa, ou seja, Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), para aplicações com prazo inferior a 30 dias, e Imposto de Renda (IR) sobre os rendimentos do título, que é cobrado no momento da venda. (BM&F BOVESPA, 2014)

No ano de 2014, houve a principal alteração no nome dos títulos públicos, com o objetivo de facilitar a compreensão para o maior número de investidores e deixar as operações mais simples. Conforme quadro 01, apresenta-se a nomenclatura antiga, o nome atual e o fluxo de remuneração dos títulos públicos.

(33)

Quadro 1 - Nome e características – Títulos Públicos

NOME ATUAL NOME ANTIGO FLUXO DE

REMUNERAÇÃO

RENDIMENTO Tesouro Selic Letra Financeira

do Tesouro (LFT)

Recebimento apenas no vencimento

Taxa contratada + Selic Tesouro Prefixado Letra do Tesouro

Nacional (LTN)

Recebimento apenas no vencimento

Taxa contratada Tesouro prefixado

– Juros Semestrais

Notas do Tesouro – série F

(NTN-F)

Recebimento Semestral e no vencimento

Taxa contratada Tesouro IPCA + NTN-B Recebimento Semestral

e no vencimento

Taxa contratada + IPCA Tesouro IPCA +

com Juros Semestrais

NTN-B Principal Recebimento apenas no vencimento

Taxa contratada + IPCA

Fonte: Tesouro Direto (adaptado).

4.1.2 Certificado e recibo de depósito bancário (CDB E RDB)

São os mais antigos instrumentos de captação de poupança do setor privado. São oficialmente conhecidos como “Depósitos a Prazo Fixo”. Os recursos captados por meio desses títulos são encaminhados as empresas na forma de empréstimo para financiamento de capital de giro e/ou capital fixo (equipamento).

Ambos são emitidos por bancos comerciais, bancos de investimento e bancos de desenvolvimento. (FERREIRA, 2009; ASSAF NETO, 2012)

A principal diferença entre CDB e RDB é a possibilidade do Certificado de Depósito Bancário ser cedido a qualquer momento a outros investidores por endosso nominativo. O RDB, ao contrário, é um título inegociável e intransferível em qualquer data antes de seu vencimento. (FERREIRA, 2009; ASSAF NETO, 2012)

Segundo Assaf Neto (2012), ambos os títulos são emitidos de forma escritural e custodiados na CETIP (atual companhia aberta e depositária de títulos privados).

(34)

Quadro 2 - Diferenças entre CDB e RDB

CDB RDB

Transferíveis através de endosso Intransferíveis

Podem ser resgatados

antecipadamente, desde que cumprida a carência (prazo mínimo de aplicação)

Rescisão em caráter excepcional com perda dos rendimentos.

Fonte: Assaf Neto (2012). (adaptado)

4.1.3 Caderneta de Poupança

É considerado um investimento de risco muito baixo e muito popular entre investidores de menor renda. Tem como vantagens a possibilidade de se aplicar qualquer valor (não há exigência de um capital mínimo investido). Representa a forma mais simples e tradicional de aplicação para pequenas quantias no mercado, com liquidez imediata, apesar de ocorrer perda total dos rendimentos sobre os saques efetuados antes dos 30 dias corridos. (FERREIRA, 2009; KERR, 2011)

Demonstrando as características anteriormente mencionadas, verifica-se no gráfico 03 que o montante aplicado por clientes até R$ 100,00 representa um quantitativo bastante grande em relação ao todo.

(35)

Gráfico 3 - Distribuição de participação de clientes e saldos por faixa de depósito.

Fonte: Banco Central do Brasil.

A remuneração atual de poupança é calculada pela taxa referencial (TR) mais 0,5% ao mês. Caso a taxa Selic seja igual ou menor que 8,5% ao ano, os rendimentos da Poupança serão calculados em 70% da taxa Selic mais a variação da TR (taxa referencial de juros). (ASSAF NETO, 2012)

A TR, mencionada anteriormente, independe do banco onde a poupança estiver aplicada, esta é apurada mensalmente pelo governo seguindo o cálculo abaixo.

TR = 100 x {[(1+TBF/100)/R] – 1}

Onde taxa básica financeira (TBF) é resultante da média (ponderada pelo volume de captação) das taxas prefixadas de depósito a prazo (CDB/RDB) das trinta

(36)

maiores instituições financeiras do pais, calculadas até as 12 horas de cada dia útil, relativas ao dia anterior. O redutor (R) é calculado todos os dias, inclusive não úteis.

R= (A + B x TBF/100)

Onde a TBF é a do dia de referência. “A” é uma constante de 1,0005. “B”

é o fator de ponderação, determinado em função da meta da taxa Selic.

Essa remuneração é creditada ao final de cada período de rendimento, ou seja: mensalmente, na data de aniversário da conta, para os depósitos de pessoa física e de entidades sem fins lucrativos; e trimestralmente, na data de aniversário no último mês do trimestre, para os demais depósitos. (BANCO CENTRAL DO BRASIL)

Em função da concorrência os bancos criaram alternativas que e facilidades para a poupança, o que viabilizou um aumento de liquidez e agilidade na movimentação das cadernetas.

a) depósitos e saques diretos pela conta corrente;

b) mesmo número e senha da conta corrente;

c) aplicação e resgate por telefone e internet;

d) programação de investimentos;

e) possibilidade de abertura de até 28 subcontas de uma única conta.

(FORTUNA, 2013) Abaixo, é apresentado pelo gráfico 04 a Captação liquida dos anos de 1995 a 2016, onde percebe-se uma queda desse investimento nos últimos dois anos.

(37)

Gráfico 4 - Caderneta de Poupança – captação liquida

Fonte: Banco Central (2016) *a captação do ano de 2016 é referente até o mês de setembro.

4.1.4 Debêntures

Títulos emitidos por empresas do tipo Sociedade Anônima (S.A.), não financeiras, de capital aberto ou fechado, objetivando captar recursos financeiros junto ao público, com a garantia de seu ativo, e com ou sem garantia subsidiaria das instituições financeiras que os lançam no mercado. (FORTUNA, 2013)

Asseguram aos seus detentores (debenturistas) direitos de crédito contra a empresa emissora. O lançamento das debêntures pode ser feito por meio de oferta pública ou colocação privada, sendo que as ofertas públicas só podem ser realizadas por empresas de capital aberto e previamente registradas na CVM.

(KERR, 2011)

As debêntures podem ter remuneração:

a) vinda de taxa de juro prefixada; ou

(38)

b) através de uma das seguintes remunerações, ajustada para mais ou para menos, por taxa fixa:

-taxa Referencial (TR) ou Taxa de Juro de Longo Prazo (TJLP), observado o prazo mínimo de um mês para vencimento ou repactuação;

-taxa Básica Financeira (TBF), se emitidas por sociedades de a- rrendamento ou pelas companhias hipotecárias, observado o prazo mínimo de dois meses para vencimento ou repactuação; ou

-taxas flutuantes que sejam regularmente calculadas e de conhecimento público e que sejam baseadas em operações contratadas a taxas de mercado prefixadas, com prazo não inferior ao período de reajuste estipulado contratualmente. (BM&F BOVESPA)

As debêntures podiam ser de duas modalidades: debêntures simples e debêntures conversíveis em ações. A primeira modalidade – debêntures simples – corresponde a um empréstimo que o comprador do título faz à empresa emissora.

Nessa categoria, o comprador não tem qualquer participação nos bens ou lucros da empresa emissora da debênture simples. A segunda modalidade do título – debêntures conversíveis em ações – tinha a possibilidade de ser convertida, ao final do prazo de resgate, em debêntures simples ou em ações, dependendo da opção do seu comprador, mas conforme a instrução CVM 404, de 13/02/04, estabelece que as debêntures não poderão ser conversíveis em ações, pois isso caracteriza captação com perfil de capital de giro. (FERREIRA, 2009)

A emissão de debêntures, poderá ocorrer por série, como forma de acomodar o montante financeiro as necessidades de caixa da empresa ou à demanda de mercado. (FORTUNA, 2013)

(39)

Ainda segundo Ferreira (2009), “O limite máximo para a emissão de debêntures é o valor do patrimônio líquido da empresa, com um prazo de resgate nunca inferior a um ano”.

Uma das vantagens apresentadas pelas debêntures está relacionada a flexibilidade quanto à estruturação, ela pode ter pagamento de principal mais juros no vencimento, pagamento de juros ao longo do período do título, pagamento de juros ao longo do período com amortização do principal. Ou seja, o investidor pode escolher o título que mais se adeque as suas necessidades.(CANALINI, 2012)

As debêntures garantem aos compradores uma remuneração certa, num prazo pré-determinado. Em resumo, correspondem a um empréstimo que o comprador do título faz à empresa emissora, geralmente de longo prazo.

(FORTUNA, 2013)

4.1.5 Fundo de Investimento

O fundo de investimento é caracterizado por ser uma aplicação em conjunto com outros investidores (condomínio). Pode ser formado por um agrupamento de títulos e valores mobiliários ou por qualquer ativo financeiro existente. Gitman e Joehnk (2005), definem esse produto como: “tipo de organização de serviços financeiros que recebe dinheiro de seus acionistas e o investe em nome de uma carteira diversificada de títulos”.

“Ao aplicarmos nossos recursos em um fundo de investimento, seja na modalidade de renda fixa, seja na de renda variável, temos a suposição de investimento em uma carteira e não um ativo único, pressuposto básico da Moderna Teoria de Finanças” (TOSCANO JÚNIOR, 2004, p. 55). Assim o fundo de investimento utiliza-se da técnica de diversificação para mitigar riscos.

Os fundos são gerenciados por administradores, estes são responsáveis para que o fundo traga os melhores resultados, porém isso não oferece garantias de bons retornos, tampouco de baixo risco. Estes administradores devem ser autorizados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

(40)

Segundo Bruni (2005), os fundos classificam-se em abertos, fechado ou exclusivos. Abertos são aqueles que admitem livre entrada e saída de participantes, mas as cotas (correspondem a frações ideais do patrimônio líquido de um fundo) não podem ser objeto de cessão ou transferência. Já os fundos fechados são caracterizados por apresentar uma quantidade limitada de cotas que são oferecidas por um período determinado de tempo, suas cotas podem ser transferidas por termo de cessão ou transferência, ou ainda, por meio da bolsa de valores. Já os fundos exclusivos destinam-se a clientes de grande porte.

Ainda de acordo com Bruni (2005), existem duas taxas comuns cobradas aos condôminos dos grupos, taxa de desempenho ou performance, que corresponde a uma taxa cobrada quando o resultado do fundo ultrapassar o indexador estabelecido e taxa de administração, que diz respeito a remuneração do administrador pela gestão do fundo. Há possibilidade dos fundos receberem taxa de entrada ou saída, que consiste de cobrança quando o cliente investe ou retira seus recursos, mas não é usual no mercado brasileiro.

4.1.6 Previdência Privada

A previdência privada constitui-se de um instrumento utilizado por pessoas que estão em plena capacidade produtiva e que buscam acumular recursos financeiros capazes de promover uma aposentadoria com menores transtornos, em termos de renda e de qualidade de vida.

Os planos mais conhecidos são o Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL) e o Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL). A diferença básica entre eles é que no VGBL não há previsão de dedução de até 12% da remuneração da pessoa física para efeitos de Imposto de Renda (caso seja a declaração no modo completo) conforme previsto nos planos PGBL.

O VGBL se torna interessante, sob o ponto de tributário, quando a pessoa faz a declaração anual de Imposto de Renda simplificada, ou quando a pessoa

(41)

possui um PGBL e deseja aplicar mais do que 12% de sua remuneração em planos de previdência. (COELHO; CARMAGOS, 2012)

A tributação do Imposto de Renda – IR, em relação à previdência privada no Brasil, tem uma natureza de postergação de imposto, segundo Gaudenzi (2008), durante a fase de contribuição há a possibilidade de isenção de IR, mas quando do resgate dos benefícios, aplica-se o imposto. Esse tratamento fiscal está baseado em premissas como: incentivar a adesão de pessoas ao setor, promover o equilíbrio social decorrente da manutenção do padrão econômico na aposentadoria e assegurar que a fonte de arrecadação tributária não sofra diminuição.

Os planos possuem opção de taxação progressiva ou regressiva do imposto de renda, na tabela abaixo são apresentados os valores e os correspondentes tempos de contribuição necessários. Já a tabela progressiva é a tradicional, e o valor do imposto de renda a pagar depende do valor a ser sacado.

Quadro 3 - Regressão de tributação Tempo de contribuição para o plano Imposto retido na fonte (%)

Até 2 anos 35

De 2 a 4 anos 30

De 4 a 6 anos 25

De 6 a 8 anos 20

De 8 a 10 anos 15

Acima de 10 anos 10

Fonte: Federação Nacional de Previdência privada e Vida (FENAPREVI)

4.1.7 Ações

Pode-se definir ações como títulos de renda variável negociadas no mercado primário (mercado emissor) e no mercado secundário (bolsas de valores e mercados de balcão), representativos da menor fração em que se subdivide o capital social de uma empresa organizada sob a forma de sociedade anônima. (FERREIRA, 2009; KERR, 2011)

(42)

Quanto à natureza dos direitos e vantagens, o Brasil só permite a comercialização de dois tipos de ações que podem ser classificadas como:

ordinárias nominativas (ON) e as preferenciais nominativas (PN). Ações ordinárias, como o próprio nome indica, são ações comuns e seus possuidores tem todos os direitos e obrigações de legitimo proprietário da empresa. Já ações preferenciais, são aquelas em que os detentores têm restrição de direitos em relação aos acionistas comuns, não podendo votar nas assembleias de acionistas. (FERREIRA, 2009; KERR, 2011)

Mas cabe ressaltar que o detentor de ações ordinárias será o último débito a ser quitado pela companhia, em um caso de falência da empresa. A legislação entende que como o acionista faz parte da administração e tem responsabilidade por resultado de falência. (CANALINI, 2012)

Além do exposto, os detentores de ações preferenciais passarão a ter direito a voto caso a companhia permaneça sem distribuir resultado por três exercícios consecutivos. (CANALINI, 2012)

Ainda existe um terceiro tipo de ação, denominada ação de gozo ou de fruição, mas que praticamente não existe no Brasil. São ações de posse e propriedade dos sócios fundadores da sociedade.

4.2 Principais tipos de investimento e características.

A tabela abaixo relaciona os produtos estudados anteriormente com sua remuneração e características, que lhes confere atributos positivos ou negativos.

Quadro 4 - Compilação de investimentos e características.

INVESTIMENTO VANTAGENS DESVANTAGENS REMUNERAÇÃO TRIBUTAÇÃO Poupança Liquidez imediata -Rendimento

afetado pela inflação.

0,5% + TR Selic

>8,5%

-Isenção de imposto de renda (IR).

Baixo risco 70% da Selic

<=8,5%

CDB e RDB -Baixo risco e possibilidade de negociar taxas de remuneração.

-Em relação ao RDB, não é

possível a

negociação do

Renda fixa prefixada ou pós fixada.

-Aplicação variável do IR.

22,5% - até 180 dias.

(43)

papel. 15% - após 720 dias.

Títulos Públicos -Melhor

rentabilidade entre os investimentos de baixo risco

-Possível desvalorização caso seja feita venda antes do vencimento do título.

Renda fixa prefixada ou pós fixada.

-Tributação do IR e IOF, além de taxa de administração.

Debêntures -Possibilidade de

negociar a

qualquer tempo.

-Risco alto, caso a debênture não seja bem avaliada.

Renda fixa prefixada ou pós fixada.

-Aplicação variável do IR.

22,5% - até 180 dias.

15% - após 720 dias.

Previdência Privada

-Possibilidade de migrar o plano

para outra

empresa.

-Taxas de

Administração podem corroer o ganho.

Vária conforme o

tipo de

previdência escolhida.

Tributação variável, podendo ser regressiva (de 35% - 10%) ou progressiva (mesma tributação de rendimentos anuais).

-Possibilidade de efetuar resgate antes do prazo final.

Fundos de

investimento

-Expectativa de rentabilidade elevada.

-Falta de

autonomia.

Vária conforme característica do fundo.

IR variando conforme o tipo do fundo, seguindo a regra de 22,5%

até 15%.

-Gestão de ativos

feita por

especialistas.

-Incidência de taxas.

Ações -Maior

rentabilidade.

-Maiores riscos a perdas.

Vária conforme a

ação e a

volatilidade do mercado,

podendo gerar ganho ou prejuízo.

-Livre de IR em operações até R$ 20 mil.

Após esse valor

incidência de IR de 20% - em operações de day trade e 15% - nas demais

operações.

-Não existe valor mínimo para investir.

-Alto risco envolvido

Fonte: Elaborado pelo autor .

Conforme tabela anterior verifica-se as inúmeras possibilidades as quais os investidores estão suscetíveis, que muitas vezes trazem dúvidas sobre qual produto mais se adequa a cada pessoa e perfil, por isso a importância de uma análise bem feita antes de começar qualquer investimento.

(44)

5 METODOLOGIA

Essa seção tem o objetivo de descrever a metodologia utilizada na pesquisa, mostrando sua classificação, os procedimentos utilizados, o método de coleta de dados, a definição da população com estabelecimento do universo e da amostra e o tratamento dessas informações.

5.1 Classificação da Pesquisa

De acordo com Gil (2010, p. 1), “pode-se definir pesquisa como o procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são expostos”. Pode-se afirmar que a pesquisa é uma investigação, na qual o investigador busca obter respostas aos seus questionamentos.

Ainda segundo Gil (2010), considera-se como problema científico proposições que podem ser testadas mediante verificação empírica. Com base nisso, a abordagem do problema é classificada como quantitativa, pois tem como base dados mensuráveis das variáveis trabalhadas, buscando averiguar e explicar a relação ou influência de uma sobre a outra, essa abordagem usa técnicas de mensuração como questionários de múltipla escolha e procedimentos estatísticos no tratamento de dados. (FONSECA, 2009)

Considera-se ainda que sob a perspectiva dos fins, a pesquisa é classificada como descritiva, pois como apresenta Gil (2010) e Michel (2009), pesquisas descritivas têm como objetivo a descrição das características de determinada população, fenômeno ou estabelecimento de relação entre variáveis e buscam explicar problemas, fatos ou fenômenos da vida real, com a precisão possível, observando e fazendo relações à luz da influência que o ambiente exerce sobre eles.

Já o desenvolvimento do questionário para pesquisa de campo foi elaborado de acordo com o estudo bibliográfico previamente realizado e utilizando-

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