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Operações de gestão de resíduos 2010

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Dezembro de 2011

Operações de gestão de resíduos

2010

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Índice

1 Enquadramento ... 5

2 Metodologia ... 8

2.1 Metodologia de validação automática pelo sistema ... 8

2.2 Metodologia de validação não automática ... 8

3 Análise de Dados ... 9

3.1 Resíduos geridos ... 9

3.1.1 Resíduos geridos ao nível nacional ... 9

3.1.2 Resíduos encaminhados para operadores internacionais a nível nacional ... 13

3.1.3 Resíduos geridos ao nível distrital ... 14

3.1.4 Resíduos encaminhados para operadores internacionais a nível distrital ... 19

3.2 Operações de gestão de resíduos desenvolvidas a nível nacional ... 24

3.2.1 Resíduos geridos por tipo de operador ... 24

3.2.1.1 Operadores de recolha, tratamento e eliminação de resíduos inertes ... 25

3.2.1.2 Operadores de recolha, tratamento e eliminação de outros resíduos não perigosos ... 26

3.2.1.3 Operadores de recolha, tratamento e eliminação de resíduos perigosos ... 27

3.2.1.4 Operadores de desmantelamento de veículos e equipamentos elétricos e eletrónicos em final de vida ... 27

3.2.1.5 Operadores de valorização de resíduos metálicos e não metálicos ... 28

3.2.2 Operações de gestão de resíduos por tipo de operador ... 29

3.2.2.1 Operadores de recolha de resíduos ... 29

3.2.2.2 Operadores de tratamento e eliminação de resíduos... 30

3.2.2.3 Operadores de desmantelamento de veículos automóveis e equipamento elétricos e eletrónicos em fim de vida ... 31

3.2.2.4 Operadores de valorização de resíduos metálicos e não metálicos ... 32

3.2.3 Encaminhamento de resíduos para operadores internacionais ... 32

3.3 Desagregação geográfica, a nível distrital, de operadores de gestão de resíduos ... 37

3.3.1 Operadores de recolha de inertes ... 37

3.3.2 Operadores de recolha de outros resíduos não perigosos ... 38

3.3.3 Operadores de recolha de resíduos perigosos ... 39

3.3.4 Operadores de tratamento e eliminação de inertes ... 40

3.3.5 Operadores de tratamento e eliminação de outros resíduos não perigosos ... 41

3.3.6 Operadores de tratamento e eliminação de resíduos perigosos ... 42

3.3.7 Operadores de desmantelamento de veículos automóveis, em fim de vida ... 43

3.3.8 Operadores de desmantelamento de equipamentos elétricos e eletrónicos, em fim de vida 44 3.3.9 Operadores de valorização de resíduos metálicos ... 45

3.3.10 Operadores de valorização de resíduos não metálicos ... 46

4 Conclusões gerais ... 47

(4)
(5)

5

1 Enquadramento

O sistema de registo de informação concebido a nível nacional permite aos produtores e operadores de gestão de resíduos de Portugal Continental e da Região Autónoma da Madeira a declaração, por via eletrónica, das quantidades e destino dos resíduos por eles produzidos ou geridos, respetivamente. O registo de resíduos na Região Autónoma dos Açores encontra-se suportado numa plataforma distinta do sistema acima mencionado. Consequentemente, a análise efetuada abrangerá somente os dados declarados por entidades cujas atividades se encontram localizadas nas regiões de Portugal Continental e Região Autónoma da Madeira.

O sistema de registo eletrónico de resíduos foi criado no enquadramento legal definido pelo Decreto-lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho, no qual ficou instituída a obrigatoriedade de registo, para as entidades que se enquadram nos requisitos expressos no Artigo 48º do primeiro Decreto-Lei mencionado. O Sistema Integrado de Registo Eletrónico de Resíduos (SIRER) foi regulamentado, pela Portaria nº 1408/2006 de 18 de Dezembro alterada, entretanto, pela Portaria nº 320/2007 de 23 de Março vindo substituir os antigos mapas de registo de resíduos.

De acordo com o ponto 1 do Artigo 49º do referido Decreto-lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho, é obrigatório o registo no SIRER, de forma discriminada, de toda a informação relativa a origens, quantidades, classificação e destinos dos resíduos produzidos ou geridos bem como de informação referente às operações de tratamento aplicadas e ao acompanhamento efetuado.

No que respeita especificamente a resíduos não urbanos, o preenchimento da informação supracitada é efetuada no Mapa Integrado de Registo de Resíduos (MIRR) através do Sistema Integrado de Registo da Agência Portuguesa do Ambiente (SIRAPA).

Apesar da existência de um mapa de registo específico para declaração dos resíduos urbanos, por uma questão conceptual do sistema, esta tipologia de resíduos proveniente de grandes produtores, encaminhada para operadores de gestão resíduos que não os sistemas de gestão de resíduos urbanos, é declarada no MIRR. Deste modo, os dados analisados agregam quantitativos tanto de resíduos não urbanos como de alguns resíduos urbanos mas apenas com base na informação declarada por operadores de gestão de resíduos não urbanos.

No contexto do MIRR, vários são os Formulários através dos quais poderá ser registada a informação relativa a resíduos consoante se trate de informação sobre produção ou gestão de resíduos. Para o caso dos operadores de gestão de resíduos, cuja atividade se pretende caracterizar no presente relatório, deverá ser preenchido o Formulário C1 – Ficha sobre resíduos recebidos – que contempla as pessoas singulares ou coletivas que procedam ao tratamento de resíduos a título profissional.

Neste Formulário deverá ser declarada a informação relativa a todos os resíduos rececionados no estabelecimento e operações de valorização ou eliminação efetuadas incluindo as quantidades que se encontravam armazenadas no início e no final do ano. Para cada resíduo deverão ser, simultaneamente, identificados os respetivos produtores e transportadores.

A informação é declarada de acordo com a classificação dos códigos LER (Lista Europeia de Resíduos), publicada no Anexo I da Portaria n.º 209/2004, de 3 de Março. De modo a garantir a uniformização das unidades registadas, a unidade de referência para o MIRR é a tonelada.

(6)

6 Apresentam-se de seguida os campos que fazem parte do registo do Formulário C1:

Tabela 1 - Campos constantes no Formulário C1 do MIRR.

Campo Descrição

Código LER Identificação do resíduo recebido

Operação de valorização ou eliminação

Operação de valorização ou eliminação efetuada, de acordo com o Anexo III da Portaria n.º 209/2004, de 3 de Março

Quantidade armazenada no início do ano (t)

Quantidade de resíduo recebida em anos anteriores e que se encontrava armazenada no estabelecimento no início do ano do registo

Quantidade armazenada no fim do ano (t)

Quantidade de resíduo que ficou armazenada no estabelecimento no final do ano do registo, podendo ter sido recebida no ano do registo ou em anos anteriores

Quantidade total recebida (t) Corresponde ao somatório da quantidade recebida por produtor (t) para o

resíduo e operação de valorização ou eliminação efetuada

Identificação do produtor dos resíduos

Origem dos resíduos (produtor ou detentor) de acordo com a combinação

origem e identificação (NIF e ID SIRAPA)

Quantidade recebida por produtor (t)

Quantidade total recebida da mesma origem, do resíduo identificado e operação de valorização ou eliminação efetuada (caso haja mais que uma origem para um resíduo recebido)

Identificação do transportador dos resíduos

Transportador dos resíduos de acordo com a combinação origem e identificação. A identificação é obrigatória, mesmo que o transportador seja o próprio estabelecimento ou o produtor (NIF e ID SIRAPA)

Ainda no contexto MIRR em que se enquadram as entidades que procedem a tratamento de resíduos a título profissional existe também o Formulário C2 – Ficha sobre resíduos processados – onde devem ser declarados todos os resíduos resultantes de uma operação de gestão (valorização ou eliminação) efetuada no estabelecimento. No caso de ter ocorrido recolha desse resíduo durante o ano a que este se refere, deverão ser preenchidos campos associados aos Destinatários e aos Transportadores. Deverá ser ainda registado neste formulário o destino final dado aos resíduos declarados no Formulário C1 sujeitos a uma operação de valorização ou eliminação intermédia (por exemplo R13 ou D15), o que não só reforça a necessidade de encadeamento na análise dos formulários mencionados, como também promove uma rastreabilidade dos resíduos mais eficaz.

Tal como para o formulário C1, a informação é declarada de acordo com a classificação dos códigos LER (Lista Europeia de Resíduos), publicada no Anexo I da Portaria n.º 209/2004, de 3 de Março, e as quantidades devem ser indicadas usando a tonelada como unidade de referência.

(7)

7 Apresentam-se seguidamente os campos que fazem parte do registo do Formulário C2:

Tabela 2 - Campos constantes no Formulário C2 do MIRR.

Campo Descrição

Código LER Identificação do resíduo processado

Quantidade processada (t) Quantidade de resíduo que foi processada no ano do registo (ano civil)

Quantidade armazenada no início do ano (t)

Quantidade de resíduo processada em anos anteriores e que se encontrava armazenada no estabelecimento no início do ano do registo

Quantidade armazenada no fim do ano (t)

Quantidade de resíduo que ficou armazenada no estabelecimento no final do ano do registo, podendo ter sido processada no ano do registo ou em anos anteriores

Houve recolha de resíduos?

Selecionar se tiverem ocorrido recolhas ou entregas de resíduos a outro operador de gestão de resíduos. A seleção desta opção dará acesso ao preenchimento da informação de transportadores e destinatários

Identificação do destinatário dos resíduos

Destinatário dos resíduos de acordo com a combinação origem e identificação (NIF e ID SIRAPA)

Operação de valorização ou eliminação

Operação de valorização ou eliminação efetuada pelo destinatário dos resíduos, de acordo com o Anexo III da Portaria n.º 209/2004, de 3 de Março

Quantidade enviada por

operação (t) Quantidade de resíduo que o destinatário submeteu à operação identificada Identificação do

transportador dos resíduos

Transportador dos resíduos de acordo com a combinação origem e identificação. A identificação é obrigatória, mesmo que o transportador seja o próprio estabelecimento ou o destinatário (NIF e ID SIRAPA)

A informação contida no presente relatório baseia-se, exclusivamente, na informação declarada nestes formulários, pelos operadores de gestão de resíduos não urbanos, através do SIRAPA e com dados relativos à atividade no ano de 2010.

Esta informação, nos termos da alínea c) do artigo 48º do Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, na redação que lhe foi conferida pelo Decreto-lei n.º 73/2011, de 17 de Junho, é da responsabilidade dos operadores que procedam ao tratamento de resíduos a título profissional. A informação declarada deverá estar de acordo com o disposto no n.º 1 do artigo 49º do Decreto – Lei mencionado e, como se encontra preconizado no n.º 1 do artigo 51.º-A desse mesmo Decreto-Lei, a informação em questão poderá vir a ser objeto de auditoria para efeitos de verificação de conformidade legal.

(8)

8

2 Metodologia

2.1 Metodologia de validação automática pelo sistema

No que respeita aos métodos de análise da consistência da informação declarada pelos operadores realça-se a verificação automática executada, desde logo, pelo sistema no ato de conclusão de cada um dos formulários. Em seguida enunciam-se os requisitos que servem de base a esta mesma verificação:

- Requisitos verificados automaticamente na conclusão do Formulário C1:

Pelo menos uma operação de valorização ou eliminação;

Pelo menos um produtor para cada resíduo recebido e operação de valorização ou eliminação efetuada;

Pelo menos um transportador associado a cada produtor.

- Requisitos verificados automaticamente na conclusão do Formulário C2:

Para os resíduos em que não houve recolha durante o ano: Quantidade processada (t) + Quantidade armazenada no início do ano (t) = Quantidade armazenada no fim do ano (t);

Para os resíduos em que houve recolha durante o ano:

o Todos os resíduos têm pelo menos um destinatário identificado;

o Todos os destinatários efetuaram pelo menos uma operação de valorização ou eliminação; o Para cada destinatário e operação de valorização ou eliminação existe pelo menos um

transportador identificado;

Condição: Quantidade processada (t) + Quantidade armazenada no início do ano (t) – Quantidade armazenada no fim do ano (t) = ∑ Quantidade enviada por operação (t).

2.2 Metodologia de validação não automática

Numa verificação executada já numa fase a posteriori foram selecionados os registos que por uma questão relacionada, predominantemente, com a sua ordem de grandeza, não se afiguravam como corretos. Em concreto, foram selecionados os registos cujas quantidades recebidas ascendiam a valores acima dos considerados razoáveis para uma instalação de tratamento ou eliminação constituindo assim potenciais outliers capazes de distorcer a amostra e, consequentemente, análise dos dados. Esta razoabilidade foi fundamentada, não só tomando como referência algumas instalações de tratamento e eliminação de grande dimensão, como também através da análise da frequência de valores acima de determinado limite. O valor tomado como limite correspondeu à quantidade abaixo da qual se encontram 99.8% dos valores registados (400000 t /ano) em 2010, não tendo sido considerados para esta caracterização quantidades recebidas acima deste limite.

Deste modo os dados analisados resultam da informação fornecida por um total de 1139 estabelecimentos com perfil de operador de gestão de resíduos.

(9)

9

3 Análise de Dados

3.1 Resíduos geridos

3.1.1 Resíduos geridos ao nível nacional

Em 2010, foram declaradas como tendo sido geridas pelos operadores de gestão de resíduos, em Portugal Continental e Região Autónoma da Madeira, cerca de 16.1 milhões de toneladas de resíduos não urbanos e urbanos ou equiparados (Tabela 3), dos quais 0.78 milhões de toneladas possuem perigosidade associada, constituindo cerca de 5% do total recebido (Figura 1).

Tabela 3 - Resíduos declarados como tendo sido recebidos pelos operadores de gestão de resíduos em 2010.

Capitulo LER Quantidade total recebida (t) % do total gerido Quantidade total processada (t)1 01 - Resíduos da prospeção e exploração de minas e pedreiras, bem como de tratamentos

físicos e químicos das matérias extraídas. 68740 0,43% 67564

02 - Resíduos da agricultura, horticultura, aquacultura, silvicultura, caça e pesca, bem como

da preparação e do processamento de produtos alimentares. 295370 1,83% 284358

03 - Resíduos da transformação de madeira e do fabrico de painéis, mobiliário, pasta para

papel, papel e cartão. 1243381 7,71% 1186727

04 - Resíduos da indústria do couro e produtos de couro e da indústria têxtil. 137193 0,85% 129830

05 - Resíduos da refinação de petróleo, da purificação de gás natural e do tratamento

pirolítico de carvão. 5790 0,04% 5785

06 - Resíduos de processos químicos inorgânicos. 7312 0,05% 6790

07 - Resíduos de processos químicos orgânicos. 97175 0,60% 91834

08 - Resíduos do fabrico, formulação, distribuição e utilização (FFDU) de revestimentos

(tintas, vernizes e esmaltes vítreos), colas, vedantes e tintas de impressão. 26862 0,17% 19760

09 - Resíduos da indústria fotográfica. 2608 0,02% 2328

10 - Resíduos de processos térmicos. 1229542 7,62% 1220313

11 - Resíduos de tratamentos químicos de superfície e revestimentos de metais e outros

materiais; resíduos da hidrometalurgia de metais não ferrosos. 12668 0,08% 12286

12 - Resíduos da moldagem e do tratamento físico e mecânico de superfície de metais e

plásticos. 623652 3,87% 602702

13 - Óleos usados e resíduos de combustíveis líquidos (exceto óleos alimentares, 05, 12 e 19). 167095 1,04% 140389

14 - Resíduos de solventes, fluidos de refrigeração e gases propulsores orgânicos (exceto 07 e

08). 6543 0,04% 4309

15 - Resíduos de embalagens; absorventes, panos de limpeza, materiais filtrantes e vestuário

de proteção não anteriormente especificados. 3106456 19,25% 2912087

16 - Resíduos não especificados em outros capítulos desta lista. 1341228 8,31% 1313962

17 - Resíduos de construção e demolição (incluindo solos escavados de locais contaminados). 1733216 10,74% 1579244

18 - Resíduos da prestação de cuidados de saúde a seres humanos ou animais e ou investigação relacionada (exceto resíduos de cozinha e restauração não provenientes diretamente da prestação de cuidados de saúde).

36417 0,23% 35919

19 - Resíduos de instalações de gestão de resíduos, de estações de tratamento de águas

residuais e da preparação de água para consumo humano e água para consumo industrial. 2645001 16,39% 2486354 20 - Resíduos urbanos e equiparados (resíduos domésticos, do comércio, indústria e serviços),

incluindo as frações recolhidas seletivamente. 3348542 20,75% 3187969

Total 16134791 100% 15290510

1

Dado que a quantidade total recebida poderá incluir situações de duplicação de quantitativos por declaração de uma mesma quantidade de resíduos por parte do operador de recolha e pelo operador que processa o resíduo apresenta-se também o total gerido, valor que não contabiliza o que é declarado pelos operadores de recolha.

(10)

10 Os resíduos declarados em maior quantidade pertencem ao capítulo 20 referente a resíduos urbanos e equiparados (21% face ao total recebido) seguidos pelos resíduos do capítulo 15 correspondentes aos resíduos de embalagens; absorventes, panos de limpeza, materiais filtrantes e vestuário de proteção não anteriormente especificados (19% do total recebido) sendo o conjunto destes capítulos enquadrado, como anteriormente referido, no que se pode designar por resíduos urbanos ou equiparados. No que respeita a resíduos não urbanos (restantes capítulos) recebidos pelos operadores, destacam-se os pertencentes, maioritariamente, ao capítulo 19 referente a resíduos de instalações de gestão de resíduos, de estações de tratamento de águas residuais e da preparação de água para consumo humano e água para consumo industrial, representando cerca de 16% do total recebido. Segue-se o capítulo 17 correspondente aos resíduos de construção e demolição (incluindo solos escavados de locais contaminados) representando este cerca de 11% do total recebido em 2010 pelos operadores (Tabela 3).

Figura 1 – Distribuição de resíduos recebidos por operadores de gestão de resíduos, por capítulo LER e perigosidade.

De notar que, na maioria dos capítulos LER, a quantidade de resíduos perigosos que é entregue aos operadores para gestão é relativamente reduzida face à fração de resíduos não perigosos e que, nos capítulos nos quais esta tendência se inverte, a quantidade gerida é de uma ordem de grandeza muito inferior à dos restantes capítulos. Em oposição a esta observação, encontra-se o capítulo 13, o qual apresenta uma quantidade de resíduos geridos que, além de ser bastante significativa, corresponde

0,2 3,2 8,3 0,2 2,2 0,0 8,7 5,6 4,1 18,5 2,4 10,5 6,5 27,7 0 5 10 15 20 25 30 05 06 08 09 11 14 18 10 3 to n el ad as Capítulo LER 6,9 29,5 13,7 7,5 0,0 0,0 0,0 0,0 2,2 16,7 0 5 10 15 20 25 30 35 01 02 04 07 13 10 4 to n el ad as Capítulo LER 12,4 12,0 6,1 30,9 10,1 16,6 26,1 33,3 0,0 0,3 0,1 0,2 3,3 0,8 0,4 0,2 0 5 10 15 20 25 30 35 03 10 12 15 16 17 19 20 10 5 to n el ad as Capítulo LER

Resíduos não perigosos Resíduos Perigosos

(11)

11 também a maior quantidade de resíduos perigosos geridos a nível nacional, o que é compreensível pelo facto de todas as subclasses deste capítulo apresentarem perigosidade associada (Figura 1). A informação respeitante aos LER em questão consta da Tabela 8 em anexo.

Analisando os dados atendendo ao tipo de resíduo verifica-se que a quantidade de resíduos não urbanos entregue aos operadores foi, naturalmente, bastante superior à quantidade de resíduos urbanos entregue, tanto nos valores relativos a resíduos não perigosos como nos relativos a resíduos perigosos. Relativamente ao tipo de tratamento aplicado aos resíduos geridos observa-se que, da totalidade rececionada, a quantidade que foi valorizada supera a quantidade de resíduos que foi encaminhada para operações de eliminação, quer nos resíduos urbanos quer nos não urbanos (Figura 2) de acordo com a informação que consta na Tabela 9 em anexo.

Figura 2 – Quantidade total e tipo de tratamento aplicado aos resíduos geridos por tipo e perigosidade dos mesmos.

Detalhando um pouco mais a análise anterior, observa-se que quer no que se refere ao tratamento de resíduos urbanos quer no que se refere ao tratamento de resíduos não urbanos, as operações que se revelam com maior significância são as operações de valorização, sendo a operação R13 a que foi aplicada à maioria dos resíduos (Figura 3), tendo em conta os dados da Tabela 10 em anexo. Comparando as operações aplicadas a cada capítulo LER observa-se que a tendência para a aplicação de operações de valorização em detrimento das operações de eliminação é comum na maioria dos capítulos LER entregues nos operadores (Figura 4). No entanto, e como se pode verificar inteiramente na Tabela 11 e na Tabela 12 em anexo, os capítulos com maior quantidade relativa de resíduos perigosos, mais concretamente, os capítulos 05, 06, 08, 09, 11,14 e 18, apresentam uma tendência invertida. As operações mais aplicadas a estes resíduos foram as operações de eliminação D9 e D15 (Figura 4).

12,2 5,3 77,1 58,9 2,8 0,1 4,7 0,3 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Resíduos não urbanos Resíduos equiparados a urbanos Resíduos não urbanos Resíduos equiparados a urbanos Eliminação Valorização 10 5 to n e lad as

Tipo de operação de gestão

Resíduos não perigosos Resíduos perigosos

(12)

12

Figura 3 - Tipo de operação aplicada aos resíduos geridos por tipo de resíduo.

Figura 4 - Tipo de operações aplicadas aos resíduos geridos por capítulo LER, e respetiva quantidade gerida.

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Resíduos não urbanos Resíduos equiparados a urbanos 10 5 to n el ad as D1 D10 D13 D14 D15 D2 D4 D5 D7 D8 D9 R1 R10 R11 R12 R13 R2 R3 R4 R5 R7 R9 Operação de valorização / eliminação: 0 5 10 15 20 25 30 35 40 05 06 08 09 11 14 18 10 3 to n el ad as Capítulo LER 0 5 10 15 20 25 30 35 01 02 04 07 13 10 4 to n el ad as Capítulo LER 0 5 10 15 20 25 30 35 40 03 10 12 15 16 17 19 20 10 5 to n el ad as Capítulo LER D1 D10 D13 D14 D15 D2 D4 D5 D7 D8 D9 R1 R10 R11 R12 R13 R2 R3 R4 R5 R7 R9 Operação de gestão:

(13)

13

3.1.2 Resíduos encaminhados para operadores internacionais a nível nacional

Ainda que a capacidade de tratamento por parte de operadores nacionais habilitados para a gestão de resíduos seja, atualmente, bastante elevada existe ainda uma quantidade de resíduos que é encaminhada para operadores estrangeiros. A quantidade declarada no formulário C2 como tendo sido encaminhada por OGR nacionais para operadores internacionais totalizou cerca de 703 mil toneladas de resíduos o que representa cerca de 4% do total gerido em 2010. Os resíduos mais encaminhados acabam por ser os resultantes de processos de tratamento de resíduos, ou seja, resíduos de fim de linha correspondentes ao capítulo 19 cuja quantidade supera bastante outros igualmente encaminhados em grande quantidade como os LER dos capítulos 15 e 20. Independentemente do capítulo, nota-se um encaminhamento comum quase exclusivamente para operações de valorização nomeadamente para operações de recuperação de metais e ligas, tipo de operação R4 (Figura 5) de acordo com os dados constantes na Tabela 13 em anexo.

Figura 5 - Resíduos encaminhados para operadores internacionais por capítulo LER, operação de tratamento e respetiva quantidade encaminhada.

No que respeita à perigosidade dos LER enviados para operadores internacionais, observa-se que na generalidade os resíduos não possuem perigosidade associada. Os capítulos 13, 14 e 16 caracterizam os

0 50 100 150 200 250 300 06 14 17 18 to n e lad as Capitulo LER 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 02 04 07 10 11 12 13 16 10 3 to n e lad as Capítulo LER 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 15 19 20 10 4 to n el ad as Capítulo LER R8 R9 R7 R5 R4 R3 R2 R13 R12 R11 R10 R1 D9 D8 D7 D5 D4 D2 D15 D14 D13 D10 D1 0,3 702,4 0 100 200 300 400 500 600 700 800 Tipo de operação 10 3 to n e lad as Eliminação Valorização Operação de gestão:

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14 resíduos com quantidades enviadas de resíduos perigosos mais significativas, representando relativamente esta fração, 100% do total enviado nos dois primeiros e cerca de 19% no último referido (Figura 6). A informação relativa ao envio de resíduos para operadores internacionais poderá ser confirmada na Tabela 14 em anexo ao presente relatório.

Figura 6 – Quantidade relativa de resíduos encaminhados para operadores de resíduos estrangeiros, por perigosidade associada.

3.1.3 Resíduos geridos ao nível distrital

Decompondo a informação registada pelos operadores segundo uma perspetiva mais detalhada a nível territorial é possível identificar quais as zonas do país onde se processa o maior volume de resíduos. De forma global observa-se que Lisboa, Porto, Santarém, e Setúbal são os distritos onde existe uma maior quantidade de resíduos gerida sendo nos dois últimos que ocorre a gestão da maioria dos resíduos perigosos. Esta situação advém do facto de verificar uma grande concentração de operadores de gestão de resíduos nestas áreas, nomeadamente os operadores com CAE principal enquadrado na Divisão CAE Rev. 3 38 (Figura 8) e cuja atividade se encontra analisada noutro capítulo do presente relatório. Sob um ponto de vista relativo (fração resíduos perigosos/não perigosos), Castelo Branco, Viseu e Vila Real são os distritos que apresentam a maior percentagem de resíduos perigosos geridos (Figura 7), uma consequência que advém principalmente, do facto de ser baixa a quantidade total de resíduos gerida nestes distritos. Tanto os dados referentes à quantidade total gerida como os referentes à perigosidade associada aos resíduos geridos poderão ser comparados através da Tabela 15 que consta em anexo ao presente relatório.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 02 04 06 07 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Total Capítulo LER

(15)

15

Figura 7 – Distribuição distrital da gestão de resíduos em Portugal.

(16)

16

Tabela 4 - Distribuição territorial de operadores de gestão de resíduos com Divisão CAE Rev. 3 38.

Distrito Estabelecimentos AVEIRO 29 BEJA 4 BRAGA 17 BRAGANÇA 2 CASTELO BRANCO 13 COIMBRA 21 ÉVORA 4 FARO 11 GUARDA 1 LEIRIA 21 LISBOA 44 MADEIRA (RAM) 6 PORTALEGRE 1 PORTO 50 SANTARÉM 36 SETÚBAL 40 VIANA DO CASTELO 4 VILA REAL 2 VISEU 9 Total Geral 315

Ao diferenciar por capítulo LER os resíduos geridos a nível distrital observa-se que, em termos relativos, as frações respeitantes a cada capítulo variam muito entre distritos. Em Aveiro, grande parte dos resíduos são classificados com LER categorizados pelo capítulo 19 constituindo a fração de resíduos gerida mais significativa entre as demais. Nos distritos de Beja, Braga e Leiria são os resíduos do capítulo 10 que têm maior importância face às restantes categorias enquanto, por seu lado, os operadores dos distritos de Bragança, Portalegre, Porto e Viana do Castelo declararam ter gerido, em maior quantidade, resíduos do capítulo 15. Já no distrito de Castelo Branco observa-se uma maior significância dos LER pertencentes aos capítulos 13 e 16 classificando este último também, a fração de maior relevância rececionada por operadores do distrito de Santarém e Viseu. No distrito de Coimbra a quantidade que se destaca é a referente ao capítulo 03 mas no caso dos distritos Évora, Faro e Vila Real é maior a importância do capítulo 17 comparativamente à quantidade gerida de outros LER nestes distritos. Os resíduos caracterizados pelo capítulo 04, por seu lado, destacam-se no distrito da Guarda enquanto nos distritos de Lisboa e da Região Autónoma da Madeira salienta-se a quantidade resíduos equiparados a urbanos (capítulo 20) que, em ambos os casos, constitui a fração mais substancial de resíduos rececionados pelos operadores localizados nestes distritos. O tipo de resíduos que declarado pelos operadores localizados em Setúbal apresenta-se bastante diferenciado mas é possível identificar a quantidade de LER correspondentes aos capítulos 19 e 20 como as frações maioritárias (Figura 9). Estes dados constituem a informação incluída na Tabela 16 anexa ao presente relatório.

(17)

17

Figura 9 – Resíduos geridos a nível distrital por capítulo LER.

O tratamento dado a estes resíduos depende, naturalmente, do tipo de infraestruturas de gestão sediadas em cada distrito. As operações de valorização são a opção mais utilizada entre todos os distritos considerados, à exceção do distrito de Vila Real (Figura 10). Esta opção por operações de valorização não só é preferencial como, simultaneamente, e em termos relativos é superior a 90% em muitos dos distritos considerados como é possível verificar na Tabela 17 em anexo. Nesta situação encontram-se, por exemplo, os distritos de Bragança, Évora, Faro, Guarda e Lisboa.

0 10 20 30 40 50 60 10 3 to n el ad as 0 5 10 15 20 25 30 10 4 to n el ad as 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 10 5 to n el ad as 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Capítulo LER:

(18)

18

Figura 10 – Tipos de operação aplicada aos resíduos recebidos a nível distrital.

Analisando mais especificamente o tipo de operações de gestão aplicadas, constata-se que a mais comum entre todos os distritos analisados é a operação R13 (Figura 11). Poderá dizer-se que esta operação não constitui uma valorização por si só apesar de ser contabilizada como tal, uma vez que, consiste no simples armazenamento de resíduos que, posteriormente, poderão ser encaminhados para uma das demais operações de valorização. Esta generalização não se traduz, todavia, num maior volume de resíduos geridos através de operações R13 em todos os distritos considerados. Por exemplo, nos distritos de Évora, Viana do Castelo, Coimbra, Leiria e Setúbal, é possível verificar um equilíbrio relativo entre a quantidade processada com operações R13 e as quantidades processadas com recurso a outras operações de valorização. Em Évora e Leiria observa-se uma aplicação mais substancial, em termos de quantidade gerida, de operações do tipo R5 enquanto no distrito de Coimbra se observa um tratamento mais significativo através de operações do tipo R1. No distrito de Castelo Branco procede-se à gestão dos resíduos recebidos maioritariamente através de operações do tipo R3 e, no distrito de Setúbal, os operadores declararam aplicar tanto as operações do tipo R5 como as do tipo R1 numa proporção quase tão significativa como a que corresponde às operações do tipo R13 (Figura 11), informação que pode ser comprovada através da Tabela 18 em anexo.

(19)

19

Figura 11 – Operações de gestão aplicadas aos resíduos geridos a nível distrital.

3.1.4 Resíduos encaminhados para operadores internacionais a nível distrital

Quanto ao encaminhamento para operadores internacionais, constatou-se que são os distritos identificados anteriormente como tendo maior volume de resíduos geridos os que, simultaneamente, encaminham mais resíduos para estes operadores. Além dos distritos do Porto, Santarém, Lisboa e Setúbal destaca-se também, neste âmbito, o distrito de Aveiro como sendo o que totaliza a maior quantidade de resíduos encaminhados para operadores estrangeiros de todos os distritos considerados (Figura 12). No geral observa-se que percentualmente, os resíduos perigosos encaminhados representam frações pouco significativas com exceção das que se verificam nos distritos de Castelo Branco e Viseu o que ser constatado na informação, em anexo, na Tabela 19.

0 10 20 30 40 50 60 10 3 to n e lad as 0 5 10 15 20 25 30 10 4 tone lada s 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 10 5 to n el ad as R9 R7 R5 R4 R3 R2 R13 R12 R11 R10 R1 D9 D8 D7 D5 D4 D2 D15 D14 D13 D10 D1 Operação de gestão:

(20)

20

Figura 12 – Encaminhamento de resíduos para operadores internacionais por distrito de localização do OGR origem e perigosidade. 122,4 73,1 688,8 18,3 0,0 0,0 0 100 200 300 400 500 600 700 800

BEJA COIMBRA LEIRIA

To n el ad as 7,9 3,5 9,3 1,9 0,0 5,9 0,0 0,4 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

BRAGA CASTELO BRANCO FARO VISEU

10 3 to n e lad as 33,3 8,8 8,4 2,2 14,2 0,0 0,0 0,0 0,3 0,1 0 5 10 15 20 25 30 35

AVEIRO LISBOA PORTO SANTARÉM SETÚBAL

10 4 to n el ad as

Resíduos não perigosos Resíduos perigosos

(21)

21 Ao analisar a informação discriminando o envio por capítulo LER, verifica-se que o capítulo 19 é o que, unanimemente, se inclui na lista de resíduos enviados por OGR nacionais para internacionais, em todos os distritos analisados (Figura 13). Consistem em resíduos gerados em resultado de processos de tratamento dos próprios resíduos, efetuados em instalações de tratamento de resíduos e estações de tratamento de águas para consumo ou residuais. Tratam-se portanto de resíduos com carácter “fim de linha”, alguns deles com perigosidade associada e que poderão implicar soluções de tratamento ou valorização inviáveis ou não licenciadas para os OGR que os geram. Além dos resíduos do capítulo 19 destaca-se a quantidade de resíduos do capítulo 10 no distrito de Leiria e do capítulo 13 em Castelo Branco que superam substancialmente as quantidades dos restantes LER nestes distritos. Os valores encaminhados encontram-se discriminados em anexo ao preencontram-sente relatório (Tabela 20).

Figura 13 - Encaminhamento de resíduos para operadores internacionais por distrito de localização do OGR origem, e por capítulo LER.

Em seguida apresenta-se o encaminhamento de resíduos para operadores internacionais atendendo à operação de valorização efetuada pelo destinatário. Da análise resulta a constatação de que os resíduos encaminhados são geridos, predominantemente, através de operações de valorização (Figura 14). Destas se destaca a operação R5 como sendo o destino da maior fração de resíduos encaminhados pelos operadores de Leiria e Lisboa, a operação R4 como sendo destino de grande parte dos resíduos encaminhados por operadores de Coimbra, Braga, Faro, Viseu, Santarém e Setúbal, a operação R9 em Castelo Branco e a

0 100 200 300 400 500 600 700 800

BEJA COIMBRA LEIRIA

tone lada s 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

BRAGACASTELO BRANCO FARO VISEU

10 3 to n e lad as 0 5 10 15 20 25 30 35

AVEIRO LISBOA PORTO SANTARÉM SETÚBAL

10 4 to n e lad as 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Capítulo LER:

(22)

22 operação R13 pelos operadores dos restantes distritos (Figura 15), como se pode verificar através dos valores apresentados na Tabela 21, anexa a este relatório.

Figura 14 - Encaminhamento de resíduos para operadores internacionais por distrito de localização do OGR origem e tipo de operação de gestão. 0,0 0,0 14,2 140,7 73,1 674,6 0 100 200 300 400 500 600 700 800

BEJA COIMBRA LEIRIA

Tone lada s 0,0 0,0 0,0 0,2 78,6 94,2 92,7 23,2 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

BRAGA CASTELO BRANCO FARO VISEU

10 2 to n e lad as 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 33,3 8,8 8,4 2,5 14,3 0 5 10 15 20 25 30 35

AVEIRO LISBOA PORTO SANTARÉM SETÚBAL

10 4 to n el ad as Eliminação Valorização Tipo de operação de gestão:

(23)

23

Figura 15 - Encaminhamento de resíduos para operadores internacionais por distrito de localização do OGR origem, e por operação de gestão aplicada no destino.

0 100 200 300 400 500 600 700 800

BEJA COIMBRA LEIRIA

To n el ad as 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 BRAGA CASTELO BRANCO FARO VISEU 10 3 to n e lad as 0 5 10 15 20 25 30 35

AVEIRO LISBOA PORTO SANTARÉM SETÚBAL

10 4 to n e lad as R8 R9 R7 R5 R4 R3 R2 R13 R12 R11 R10 R1 D9 D8 D7 D5 D4 D2 D15 D14 D13 D10 D1 Operação de gestão:

(24)

24

3.2 Operações de gestão de resíduos desenvolvidas a nível nacional

3.2.1 Resíduos geridos por tipo de operador

Com o objetivo de obter um panorama mais abrangente sobre a gestão de resíduos, analisaram-se, simultaneamente, os dados relativos às entidades que declararam ser operadores de resíduos, nomeadamente, quanto à atividade desenvolvida e formas de tratamento aplicadas. Constatou-se que a divisão CAE (Rev. 3) que apresenta a maior quantidade de resíduos recebida, cerca de 7.3 milhões de toneladas (46% face ao total) foi, como seria espectável, a divisão 38 referente a empresas cuja atividade principal consiste na recolha, tratamento e eliminação de resíduos; valorização de materiais. É de salientar, no entanto, a fração maioritária de resíduos recebidos que é declarada por sectores não pertencentes a esta divisão, mais concretamente, por entidades da divisão 46, empresas de comércio por grosso (inclui agentes), exceto de veículos automóveis e motociclos, que representam 17% do total registado em 2010. A título indicativo refere-se que as subclasses que mais contribuem para tais valores são as entidades de comércio por grosso de sucatas e desperdícios metálicos e também de desperdícios de têxteis, de cartão e papéis velhos. Seguem-se os registos de resíduos recebidos por parte de empresas da divisão 17 referente a fabricação de pasta de papel, cartão e seus artigos e da divisão 23 referente a fabricação de outros produtos minerais não metálicos ambas com uma quantidade recebida declarada correspondente a 7% do total. Os restantes registos correspondem a 5% da quantidade declarada e são apresentados por empresas correspondentes às mais variadas divisões mas que, individualmente, apresentam valores de significância mínima face aos referidos anteriormente. A título informativo indicam-se as divisões CAE que declararam ter gerido as quantidades mais significativas de resíduos em 2010, bem como a sua representatividade, relativamente, à quantidade total gerida. (Tabela 5).

Tabela 5 - Distribuição de quantidades de resíduos recebidas por divisão CAE Rev. 3. Divisão CAE Rev. 3 Designação Estabelecimentos Quantidade recebida registada (t) % face ao total recebido 38 Recolha, tratamento e eliminação de resíduos;

valorização de materiais 315 7343322 46%

46 Comércio por grosso (inclui agentes), exceto de

veículos automóveis e motociclos 164 2781539 17%

17 Fabricação de pasta de papel, cartão e seus artigos

25

1164903 7%

23 Fabricação de outros produtos minerais não

metálicos 57 1162069 7%

08 Outras indústrias extrativas 19 500964 3%

49 Transportes terrestres e transportes por

oleodutos ou gasodutos 15 467028 3%

35 Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar

frio 3 256068 2%

Outras Outras 322 823002 5%

N/D N/D 219 1635896 10%

Total 1139 16134791 100 %

No que respeita, especificamente, às empresas cuja atividade se traduz em recolha, tratamento e eliminação de resíduos ou valorização de materiais observa-se que o maior fluxo de resíduos foi encaminhado para operadores da subclasse de tratamento de resíduos não perigosos seguindo-se-lhe o fluxo encaminhado para empresas de valorização de resíduos metálicos e não metálicos respetivamente (Tabela 6). De salientar que cerca de 16% dos resíduos perigosos recebidos por empresas desta divisão CAE específica foram encaminhados para operadores de resíduos não perigosos, mais concretamente, para operadores das Subclasses CAE 38111 – Recolha de resíduos inertes, 38211 – Tratamento e eliminação de

(25)

25 resíduos inertes e 38212 – Tratamento e eliminação de outros resíduos não perigosos. Este encaminhamento constitui uma preocupação na medida em que esses mesmos operadores poderão não apresentar condições adequadas para o armazenamento e manuseamento destes resíduos (Tabela 6).

Tabela 6 - Distribuição de quantidades de resíduos recebidos por operadores do sector de recolha, tratamento e eliminação de resíduos; Valorização de materiais.

Subclass e CAE

Designação Nº de

estabelecimentos

Quantidade recebida (t) % face ao total gerido pelos OGR % face ao total gerido % face ao total processado por OGR2 Total Resíduos não perigosos Resíduos perigosos 38111 Recolha de resíduos inertes 10 42235 39168 3067 0,6% 0,3% - 38112 Recolha de outros

resíduos não perigosos 63 741825 737759 4066 10,1% 4,6% -

38120 Recolha de resíduos perigosos 13 60221 15041 45181 0,8% 0,4% - 38211 Tratamento e eliminação de resíduos inertes 3 246669 243917 2752 3,4% 1,5% 4% 38212 Tratamento e eliminação de outros resíduos não perigosos 28 2503431 2406375 97056 34,1% 15,5% 39% 38220 Tratamento e eliminação de resíduos perigosos 22 305435 43247 262188 4,2% 1,9% 5% 38311 Desmantelamento de veículos automóveis, em fim de vida 19 47720 35318 12402 0,6% 0,3% 1% 38312 Desmantelamento de equipamentos elétricos e eletrónicos, em fim de vida 3 19606 8765 10842 0,3% 0,1% 0% 38321 Valorização de resíduos metálicos 82 1992658 1900153 92506 27,1% 12,4% 31% 38322 Valorização de resíduos não metálicos 72 1383521 1291094 92427 18,8% 8,6% 21% Total 315 7343322 6720836 622487 100% 45,5% 100%

3.2.1.1 Operadores de recolha, tratamento e eliminação de resíduos inertes

Ao agregar a informação segundo o tipo de resíduos processados e discriminando por capítulo LER pode constatar-se, com maior clareza, a representatividade de cada um dos capítulos recebidos. Nos operadores cuja atividade se enquadra na recolha e no processamento de resíduos inertes observou-se uma maior representatividade da fração correspondente aos resíduos do capítulo 17 comum a ambas a subclasses que, em termos relativos, foi equivalente a 58% e 46% do total gerido respetivamente. Ao nível das entidades que procedem a recolha verifica-se também uma grande significância dos capítulos 15 e 20 (respetivamente 16% e 12% do total gerido) enquanto, por seu lado, as entidades que procedem ao tratamento de resíduos inertes evidenciam um maior processamento de resíduos nos capítulos 10 e 19 com uma significância de 26% e 24% relativamente ao total gerido respetivamente (Figura 16).

2

Valor correspondente às frações do total de resíduos processados por operadores cuja subclasse corresponde a uma atividade de processamento efetivo de resíduos, isto é sem se contabilizar o quantitativo referente aos operadores de recolha.

(26)

26

Figura 16 - Distribuição por capítulo LER de resíduos recebidos por operadores de recolha e processamento de resíduos inertes.

3.2.1.2 Operadores de recolha, tratamento e eliminação de outros resíduos não perigosos

Relativamente aos operadores cuja atividade se resume a recolha e processamento de outros resíduos não perigosos verificou-se uma clara superioridade das frações de resíduos recebidos correspondentes aos capítulos 15 e 20 correspondendo, no caso dos operadores de recolha, a 25% e 21% do seu total gerido e, no caso dos operadores de tratamento, a 18% e 41%, respetivamente. As entidades que se enquadram na atividade de recolha deste tipo de resíduos declaram também como significativa a fração correspondente ao capítulo 19 com uma fração equivalente a 21% do total gerido, enquanto as entidades que procedem ao tratamento e eliminação declaram o capítulo 10 como outras das frações recebidas mais significativas equivalendo a cerca de 14% do total gerido por esta subclasse (Figura 17).

Figura 17 - Distribuição por capítulo LER de resíduos recebidos por operadores de recolha e processamento de outros resíduos não perigosos. 0 5 10 15 20 25 30

Recolha de resíduos inertes Tratamento e eliminação de resíduos inertes

10 4 to n el ad as

Subclasse CAE Rev. 3

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Capítulo LER: 0 5 10 15 20 25 30

Recolha de outros resíduos não perigosos Tratamento e eliminação de outros resíduos não perigosos 10 5 to n e lad as

Subclasse CAE Rev. 3

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Capítulo LER:

(27)

27

3.2.1.3 Operadores de recolha, tratamento e eliminação de resíduos perigosos

Analisando agora a informação registada por operadores cuja atividade se enquadra na recolha e tratamento de resíduos perigosos é possível identificar o capítulo 13 como o que representa um fluxo mais significativo quer para as entidades que recolhem quer para as que procedem a tratamento deste tipo de resíduos (41% e 21% da quantidade total gerida respetivamente). No caso dos operadores de recolha o capítulo 10 é a segunda fração mais significativa equivalendo a cerca de 10% do total gerido pela subclasse. Os operadores de tratamento registam por seu o capítulo 17 como o segundo fluxo mais significativo correspondendo a cerca de 19% da quantidade total gerido por esta subclasse (Figura 18).

Figura 18 - Distribuição por capítulo LER de resíduos recebidos por operadores de recolha e processamento de resíduos perigosos.

3.2.1.4 Operadores de desmantelamento de veículos e equipamentos elétricos e eletrónicos em final de vida

A atividade destas duas subclasses tem em comum o facto de implicar a gestão de quantidades bastante significativas de resíduos do capítulo 16. No caso dos operadores de desmantelamento de veículos o capítulo 16 caracteriza cerca de 61% do total de resíduos geridos seguindo-se os resíduos do capítulo 19 com uma representatividade de 24% face a este total. No caso dos operadores de equipamentos elétricos e eletrónicos, o capítulo 16 é também substancial na medida em que caracteriza 18% do total de resíduos geridos por esta subclasse sendo apenas superado pela quantidade de resíduos correspondente ao capítulo 20 com uma fração de 82% desse total (Figura 19).

Referir que nos dados apresentados na figura seguinte se incluem LER não considerados quando da contabilização de resultados ao nível dos fluxos específicos de resíduos de veículos em fim de vida e de equipamentos elétricos e eletrónicos.

0 5 10 15 20 25 30 35

Recolha de resíduos perigosos Tratamento e eliminação de resíduos perigosos

10 4 to n e lad as

Subclasse CAE Rev. 3

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Capítulo LER:

(28)

28

Figura 19 - Distribuição por capítulo LER de resíduos recebidos por operadores de recolha e processamento de resíduos resultantes do desmantelamento de veículos automóveis e equipamentos elétricos e eletrónicos em fim de vida.

3.2.1.5 Operadores de valorização de resíduos metálicos e não metálicos

No caso de operadores que valorizam resíduos metálicos, são os capítulos 16 e 19 que mais se salientam entre os demais considerados, dado que estes capítulos caracterizam cerca de 23% e 28%, respetivamente, da quantidade total por eles gerida. Em relação aos operadores que valorizam resíduos não metálicos, destacam-se as quantidades recebidas dos resíduos de embalagens do capítulo 15 e dos resíduos de construção e demolição do capítulo 17 que de igual modo contribuem com 21% em quantidade para o total gerido por esta subclasse específica (Figura 20).

Figura 20 - Distribuição por capítulo LER de resíduos recebidos por operadores de valorização de resíduos.

Os dados de base à elaboração das figuras anteriores respeitantes a cada das atividades mencionadas encontram-se compilados na Tabela 22 anexa ao presente relatório.

0 10 20 30 40 50 60

Desmantelamento de veículos automóveis, em fim de vida

Desmantelamento de equipamentos eléctricos e electrónicos, em fim de vida

10 3 to n e lad as

Subclasse CAE Rev. 3

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Capítulo LER: 0 5 10 15 20 25

Valorização de resíduos metálicos Valorização de resíduos não metálicos

10 5 to n e lad as

Subclasse CAE Rev. 3

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Capítulo LER:

(29)

29

3.2.2 Operações de gestão de resíduos por tipo de operador

3.2.2.1 Operadores de recolha de resíduos

Da informação que é declarada no sistema de registo da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) é possível verificar simultaneamente que operações de valorização foram executadas pelos operadores aos resíduos recebidos. Para este efeito foi agregada informação segundo a atividade do operador fazendo assim a análise de informação separadamente, de operadores que procedem à recolha, de operadores que procedem ao tratamento e ainda daqueles que procedem à valorização.

No âmbito dos operadores de recolha de resíduos, constatou-se que as operações de valorização, nomeadamente, as de armazenamento, como R13 e D15, figuram entre as mais aplicadas aos resíduos recebidos. A primeira é a mais aplicada quer pelos operadores de resíduos inertes quer pelos operadores de resíduos não perigosos correspondendo a sua quantidade a cerca de 90% e 53% do total recebido por estas subclasses. A quantidade tratada através de operações D15 é uma também uma fração importante no caso dos operadores desta última subclasse mencionada e a mais significativa da subclasse de operadores de resíduos perigosos correspondendo a cerca de 13% e 74% do total gerido pelos operadores destas subclasses, respetivamente. Não deixa de ser relevante o facto de, no caso das empresas de recolha de resíduos não perigosos, haver também uma fração muito importante de resíduos a serem tratados através de operações R3 representando a sua quantidade cerca de 17% do total recebido por estes operadores (Figura 21).

Figura 21 - Distribuição por operação de valorização e eliminação aplicada às quantidades de resíduos recebidas por operadores de recolha de resíduos. 0,4 10,8 1,6 3,8 63,4 4,5 0 10 20 30 40 50 60 70 Recolha de resíduos inertes Recolha de outros resíduos não perigosos Recolha de resíduos perigosos 10 4 ton e ladas

Subclasse CAE Rev. 3

Eliminação Valorização Tipo de operação de gestão: 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Recolha de resíduos inertes Recolha de outros resíduos não perigosos Recolha de resíduos perigosos 10 4 to n e lad as

Subclasse CAE Rev. 3

D1 D10 D13 D14 D15 D2 D4 D5 D7 D8 D9 R1 R10 R11 R12 R13 R2 R3 R4 R5 R7 R9 R8 Operação de valorização / eliminação:

(30)

30

3.2.2.2 Operadores de tratamento e eliminação de resíduos

Os operadores que procedem ao tratamento e eliminação de resíduos apresentam padrões diferentes de operações aplicadas aos resíduos que recebem consoante o tipo de atividade que desenvolvem, sendo que os operadores que gerem resíduos não perigosos são os que apresentam o maior volume de resíduos geridos e onde se verifica a aplicação maioritária de operações de valorização. Os operadores de resíduos inertes promovem operações de eliminação à quase totalidade dos resíduos recebidos assim como operadores de resíduos perigosos.

A eliminação de resíduos por parte dos operadores mencionados é efetuada principalmente através de operações do tipo D1, no caso dos operadores de tratamento de inertes, e através de operações do tipo D9 no caso dos operadores de tratamento de resíduos perigosos correspondendo as quantidades tratadas deste modo, a cerca de 95% e 62% do total gerido por estas subclasses, respetivamente. Relativamente aos operadores de tratamento de resíduos não perigosos, constata-se que as operações R13 são as mais utilizadas, na medida em que é através destas que estes operadores processam cerca de 41% do total de resíduos que gerem. No entanto, existe ainda uma importante porção de resíduos (cerca de 33% do total gerido) que é depositado através de operações do tipo D1 (Figura 22).

Figura 22 - Distribuição de operações de valorização e eliminação aplicadas às quantidades de resíduos recebidas por operadores de tratamento e eliminação de resíduos.

2,3 8,3 2,4 0,1 16,8 0,6 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 Tratamento e eliminação de resíduos inertes Tratamento e eliminação de outros resíduos não perigosos Tratamento e eliminação de resíduos perigosos 10 5 to n el ad as

Subclasse CAE Rev. 3

Eliminação Valorização Tipo de operação de gestão: 0 5 10 15 20 25 30 Tratamento e eliminação de resíduos inertes Tratamento e eliminação de outros resíduos não perigosos Tratamento e eliminação de resíduos perigosos 10 5 to n e lad as

Subclasse CAE Rev. 3

D1 D10 D13 D14 D15 D2 D4 D5 D7 D8 D9 R1 R10 R11 R12 R13 R2 R3 R4 R5 R7 R9 R8 Operação de valorização / eliminação:

(31)

31

3.2.2.3 Operadores de desmantelamento de veículos automóveis e equipamento elétricos e eletrónicos em fim de vida

No que respeita aos operadores de desmantelamento, os registos indicam que os resíduos rececionados foram processados, quase na totalidade, através de operações de valorização. No caso dos operadores de desmantelamento de veículos automóveis em fim de vida (VFV) as operações maioritariamente aplicadas consistem em operações do tipo R4 e R13 correspondendo as quantidades processadas de tal forma a cerca de 74% e 25% do total gerido por esta subclasse. Os operadores de desmantelamento de equipamentos elétricos e eletrónicos em fim de vida apresentam, em comum com os operadores anteriores, grandes quantidades de resíduos tratados através de operações R4 (36% do seu total gerido), no entanto, os tratamentos que, predominantemente foram aplicados em 2010 por estes operadores enquadram-se, sobretudo, no tipo de operações R5 através das quais foram tratados cerca de 57% do total de resíduos geridos por esta subclasse (Figura 23).

Referir que nos dados apresentados na figura seguinte se incluem LER não considerados quando da contabilização de resultados ao nível dos fluxos específicos de resíduos de veículos em fim de vida e de equipamentos elétricos e eletrónicos.

Figura 23 - Distribuição de operações de valorização e eliminação aplicadas às quantidades de resíduos recebidas por operadores de desmantelamento de veículos automóveis e equipamentos elétricos e eletrónicos em fim de vida.

0,4 0,0 47,3 19,6 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 Desmantelamento de veículos automóveis, em fim de vida Desmantelamento de equipamentos eléctricos e electrónicos, em fim de vida 10 3 to n el ad as

Subclasse CAE Rev 3

Eliminação Valorização Tipo de operação de gestão: 0 10 20 30 40 50 60 Desmantelamento de veículos automóveis, em fim de vida Desmantelamento de equipamentos eléctricos e electrónicos, em fim de vida 10 3 to n e lad as

Subclasse CAE Rev. 3

D1 D10 D13 D14 D15 D2 D4 D5 D7 D8 D9 R1 R10 R11 R12 R13 R2 R3 R4 R5 R7 R9 R8 Operação de valorização / eliminação:

(32)

32

3.2.2.4 Operadores de valorização de resíduos metálicos e não metálicos

Observando os dados dos operadores cuja atividade principal consiste na valorização de resíduos verifica-se, que naturalmente, quer os operadores que processam resíduos metálicos quer os que processam resíduos não metálicos optam primordialmente pela aplicação de operações de valorização em detrimento das de eliminação. No entanto, grande parte desta valorização consiste no armazenamento dos resíduos para posterior encaminhamento para outros processos de valorização, traduzindo-se portanto em operações do tipo R13 através das quais são tratados cerca de 71% e 59% do total de resíduos geridos por cada uma das subclasses respetivamente. Como seria espectável, as operações aplicadas em alternativa a R13, acabam por se relacionar com o tipo de resíduos rececionados, demonstrado pelo recurso preferencial a operações R4 por parte dos operadores de gestão de resíduos metálicos (26% do seu total gerido) e R5 (25% do total de resíduos gerido) por parte dos operadores de gestão de resíduos não metálicos (Figura 24).

Figura 24 - Distribuição por operação de valorização e eliminação aplicada às quantidades de resíduos recebidas por operadores de valorização de resíduos metálicos e não metálicos.

Os dados utilizados na execução das figuras anteriormente apresentadas constam na Tabela 23 anexa ao presente relatório.

3.2.3 Encaminhamento de resíduos para operadores internacionais

Não obstante, e como foi referenciado anteriormente, existem resíduos que acabam por ser encaminhados por operadores nacionais para operadores internacionais. Os quantitativos encaminhados ascendem a cerca de 340 mil toneladas de resíduos o que constitui cerca de 5% do total recebido por estes operadores. Aqueles que mais procedem ao encaminhamento para operadores internacionais são os que se enquadram

0,2 0,3 19,7 13,6 0 5 10 15 20 25 Valorização de resíduos metálicos Valorização de resíduos não metálicos 10 5 to n el ad as

Subclasse CAE Rev 3

Eliminação Valorização Tipo de operação de gestão: 0 5 10 15 20 25 Valorização de resíduos metálicos

Valorização de resíduos não metálicos 10 5 to n e lad as

Subclasse CAE Rev. 3

D1 D10 D13 D14 D15 D2 D4 D5 D7 D8 D9 R1 R10 R11 R12 R13 R2 R3 R4 R5 R7 R9 R8 Operação de valorização / eliminação:

(33)

33 nas subclasses de valorização de resíduos metálicos e não metálicos cuja quantidade encaminhada representa cerca de 37% e 52% do total encaminhado, respetivamente (Figura 25).

Figura 25 - Encaminhamento de resíduos para operadores internacionais por perigosidade associada e por subclasses CAE Rev. 3 de recolha, tratamento, desmantelamento e valorização de resíduos.

No sector da recolha, os operadores que procedem recolha de inertes declaram que 82% do seu total encaminhado corresponde a resíduos do capítulo 19. Os seus homónimos dos resíduos não perigosos registam 77% do total encaminhado como sendo resíduos caracterizados pelo capítulo 20 enquanto os operadores de recolha de resíduos perigosos indicam que 81% dos resíduos que encaminham para o exterior pertence ao capítulo 10. Do sector do tratamento e eliminação apenas se têm registo de exportação de resíduos para o exterior dos operadores de tratamento e eliminação de resíduos perigosos que declaram o capítulo 13 como sendo o que caracteriza cerca de 91% do total enviado por esta subclasse. Ambas as subclasses de operadores de desmantelamento declaram o envio de resíduos do capítulo 16 mas em proporções bem diferentes já que, no caso dos operadores de desmantelamento de veículos em fim de vida (VFV), 100% dos resíduos enviados pertencem a este capítulo enquanto, no caso dos operadores de desmantelamento de equipamentos elétricos e eletrónicos (REEE), apenas 35% dos resíduos enviados pertencem ao referido capítulo sendo maior a fração por estes enviada (64% do total enviado),

1,1 6,4 0,1 0,0 0,9 0,0 0 1 2 3 4 5 6 7 Recolha de resíduos inertes Recolha de resíduos perigosos Desmantelamento de veículos automóveis, em fim de vida 10 2 to n el ad as

Subclasse CAE Rev. 3

23,3 0,2 2,5 0,0 9,0 0,4 0 5 10 15 20 25 Recolha de outros resíduos não perigosos Tratamento e eliminação de resíduos perigosos Desmantelamento de equipamentos eléctricos e electrónicos, em fim de vida 10 3 to n e lad as

Subclasse CAE Rev. 3

12,7 17,5 0,0 0,1 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 Valorização de resíduos metálicos

Valorização de resíduos não metálicos 10 4 to n e lad as

Subclasse CAE Rev. 3

Resíduos não perigosos Resíduos perigosos

(34)

34 caracterizada pelo capítulo 19. Os operadores de valorização também apresentam diferente exportação, pois enquanto os operadores de valorização de resíduos metálicos encaminham mais resíduos categorizados pelo capítulo 19 (91% do seu total enviado) os operadores de valorização de resíduos não metálicos declaram enviar uma maior fração (72% do seu total exportado) de resíduos do capítulo 20 (Figura 26).

Figura 26 - Resíduos encaminhados para operadores internacionais por subclasse CAE e capitulo LER.

Os movimentos internacionais com origem nos operadores nacionais revelam ter como destino, na sua maioria, tratamentos enquadrados como operações de valorização (Figura 27).

0 100 200 300 400 500 600 700 800 Recolha de resíduos inertes Recolha de resíduos perigosos Desmantelamento de veículos automóveis, em fim de vida To n el ad as

Subclasse CAE Rev. 3

0 5 10 15 20 25 Recolha de outros resíduos não perigosos Tratamento e eliminação de resíduos perigosos Desmantelamento de equipamentos eléctricos e electrónicos, em fim de vida 10 3 to n e lad as

Subclasse CAE Rev. 3

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 Valorização de resíduos metálicos Valorização de resíduos não metálicos 10 4 to n e lad as

Subclasse CAE Rev. 3

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Capítulo LER:

(35)

35

Figura 27 - Resíduos encaminhados para operadores internacionais por subclasse CAE e por de tipo de operação.

Discriminando por tipo de operação observa-se que os operadores de recolha de inertes enviam resíduos exclusivamente para processamento através de operações do tipo R13. O mesmo acontece com 92% da quantidade total encaminhada por operadores de resíduos não perigosos mas não para os seus homónimos dos resíduos perigosos pois estes encaminham predominantemente (81% do seu total de resíduos exportado) para operações do tipo R5. Já os operadores de tratamento de resíduos perigosos declaram enviar principalmente para operações do tipo R9, mais concretamente, cerca de 91% do total que declaram exportar. Os operadores de desmantelamento de VFV procederem ao envio exclusivamente para operações R13 enquanto os operadores de desmantelamento de REEE declaram ter exportado principalmente para operações do tipo R4 (71% do total encaminhado por esta subclasse). Quanto aos operadores de valorização de resíduos metálicos declararam ter exportado predominantemente para operações do tipo R4, em quantidade equivalente a cerca de 985 do total que exportaram. Os operadores de valorização de resíduos não metálicos exportaram quase equitativamente para as operações R13 e R5

0,0 51,8 0,0 112,5 672,2 12,8 0 100 200 300 400 500 600 700 800 Recolha de resíduos inertes Recolha de resíduos perigosos Desmantelamento de veículos automóveis, em fim de vida To n el ad as

Subclasse CAE Rev 3

0,0 0,1 0,0 23,3 9,1 3,0 0 5 10 15 20 25 Recolha de outros resíduos não perigosos Tratamento e eliminação de resíduos perigosos Desmantelamento de equipamentos eléctricos e electrónicos, em fim de vida 10 3 to n e lad as

Subclasse CAE Rev 3

0,0 0,0 12,7 17,6 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 Valorização de resíduos metálicos Valorização de resíduos não metálicos 10 4 to n e lad as

Subclasse CAE Rev 3

Eliminação Valorização Tipo de operação de gestão:

(36)

36 sendo os quantitativos exportados equivalentes a 50% e 43% respetivamente do total por estes enviado (Figura 28).

Figura 28 - Resíduos encaminhados para operadores internacionais por subclasse CAE e por operação de eliminação / valorização no destino.

Esta informação referente ao encaminhamento de resíduos para operadores internacionais por perigosidade, capítulo LER e operação de valorização encontra-se expressa nas Tabelas 24, 25 e 26 respetivamente, em anexo. 0 100 200 300 400 500 600 700 800 Recolha de resíduos inertes Recolha de resíduos perigosos Desmantelamento de veículos automóveis, em fim de vida To n e lad as

Subclasse CAE Rev. 3

0 5 10 15 20 25 Recolha de outros resíduos não perigosos Tratamento e eliminação de resíduos perigosos Desmantelamento de equipamentos eléctricos e electrónicos, em fim de vida 10 3 to n e lad as

Subclasse CAE Rev. 3

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 Valorização de resíduos metálicos Valorização de resíduos não metálicos 10 4 to n el ad as

Subclasse CAE Rev. 3

D1 D10 D13 D14 D15 D2 D4 D5 D7 D8 D9 R1 R10 R11 R12 R13 R2 R3 R4 R5 R7 R9 R8 Operação de valorização / eliminação:

Referências

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