• Nenhum resultado encontrado

Império Bonança - Companhia de Seguros, S.A.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Império Bonança - Companhia de Seguros, S.A."

Copied!
266
0
0

Texto

(1)

Império Bonança - Companhia de Seguros, S.A.

Relatório e Contas 2011

Grupo Caixa Geral de Depósitos

(2)

Índice

Órgãos Sociais

Relatório do Conselho de Administração Demonstrações Financeiras

Anexo às Demonstrações Financeiras

Inventário de Títulos e Participações Financeiras e Outros Anexos Relatório Sobre o Governo da Sociedade

Relatório e Parecer do Conselho Fiscal e Certificação Legal de Contas 3

4 35 42 220 242 262

(3)

Relatório e Contas Império Bonança 2011 Órgãos Sociais 3

Órgãos Sociais

Mesa da Assembleia Geral Presidente

Secretário

Conselho de Administração Presidente

Vogais

Conselho Fiscal Presidente Vogais Suplente

Sociedade de Revisores Oficiais de Contas

Secretário da Sociedade Efetivo

José Filipe de Sousa Meira Maria Isabel Toucedo Lage

Jorge Manuel Baptista Magalhães Correia Eugénio Manuel dos Santos Ramos José António Rodrigues Nunes Coelho Francisco Xavier da Conceição Cordeiro José Manuel Alvarez Quintero

António Manuel Marques de Sousa Noronha Vasco Maria de Portugal e Castro de Orey

Mário Lino Soares Correia José António da Costa Figueiredo Luís Manuel Machado Vilhena da Cunha João Manuel Gonçalves Correia das Neves Martins DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC, S.A.

Representada por

Maria Augusta Cardador Francisco, ROC

Maria Isabel Toucedo Lage

(4)

1. Relatório do Conselho de Administração

(5)

O Conselho de Administração da Império Bonança - Companhia de Seguros, S.A., em cumprimento dos preceitos legais e estatutários aplicáveis, apresenta o Relatório e Contas relativo ao exercício de 2011.

1. Enquadramento Macroeconómico e Competitivo

1.1. Economia Internacional

A economia mundial evidenciou, em 2011, um abrandamento do ritmo de crescimento para cerca de 4%

(5,1% em 2010), o que decorre, em grande medida, da instabilidade dos mercados financeiros com origem na incerteza relativa às dívidas soberanas de alguns países da área do euro.

De referir, que este abrandamento foi mais pronunciado nas economias avançadas, onde se verificou um aumento do PIB de apenas 1,6% (3,1% no ano anterior), enquanto o conjunto dos países emergentes e em desenvolvimento apresentou um crescimento de 6,4% (7,3% em 2010).

Estes diferentes ritmos de crescimento tenderão a manter-se num futuro próximo uma vez que as economias emergentes são, comparativamente, caracterizadas por uma elevada população jovem, por custos salariais e encargos sociais mais reduzidos, pela posse de recursos naturais e por menor endividamento, condições que deixam antever uma alteração progressiva do equilíbrio económico internacional.

Ao nível da área do euro, que tem estado no epicentro da crise financeira, a atividade económica evidenciou um acréscimo de 1,6%, embora com assimetrias regionais importantes, designadamente entre as economias da Europa central, com destaque para a Alemanha (2,7%), e os países com elevados níveis de endividamento, nomeadamente Portugal e Grécia - a registarem contrações significativas no produto.

As taxas de juro Euribor, referência para empréstimos a empresas e particulares, mantiveram-se em níveis historicamente baixos, devido à intervenção do Banco Central Europeu, tendo-se, contudo, verificado uma crescente dificuldade de acesso a crédito devido à adoção, por parte das entidades bancárias, de políticas mais restritivas na concessão de crédito.

De referir, ainda, que os mercados acionistas evidenciaram um comportamento negativo generalizado, como resultado da referida incerteza relativa à divida soberana de alguns países.

Relatório e Contas Império Bonança 2011 Relatório do Conselho de Administração 5

(6)

1.2. A Economia Portuguesa

Em 2011, a economia nacional registou um decréscimo de -1,6%, refletindo a contração da procura interna (consumo e investimento) em -5,2%, cujo efeito foi mitigado pelo aumento de +7,3% nas exportações.

Esta contração, e o consequente acentuar da divergência face à média da área do euro, surge, num contexto de correção de desequilíbrios macroeconómicos, nomeadamente ao nível do défice público e das necessidades de financiamento externo, medidas pelo saldo da balança corrente e de capital (que se reduziu de -8,9% em 2010 para -6,8% em 2011).

A inflação, medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), evidenciou um valor de 3,6%, em consequência do aumento de preços dos bens energéticos e do acréscimo das taxas do imposto sobre o valor acrescentado (IVA).

Relativamente ao desemprego verificou-se, em 2011, um aumento da taxa média anual para cerca de 12%, refletindo o agravamento das condições económicas de algumas empresas em resultado do ajustamento dos níveis de consumo, em especial de bens duradouros, e investimento, bem como a perspetiva de um cenário recessivo no âmbito da aplicação das medidas acordadas com as instituições internacionais.

As previsões económicas do Banco de Portugal para 2012 apontam para uma acentuada contração da economia (-3,1%), decorrente da continuação do processo de ajustamento da procura interna (-6,5%), cujo efeito, mais uma vez, se espera que seja atenuado pelo aumento das exportações (+4,1%). Esta projeção comporta um conjunto de riscos de predominância descendente, sobretudo no que respeita ao contexto internacional, às medidas de austeridade orçamental, ao resultado imediato das medidas de natureza estrutural em diversas vertentes e às condições de financiamento da economia.

No entanto, e apesar do decréscimo da atividade económica, a inflação deverá atingir 3,2% refletindo, essencialmente, medidas orçamentais, nomeadamente a alteração das tabelas do IVA, o acréscimo de alguns impostos sobre o consumo e o aumento do preço de bens e serviços sujeitos a regulação de preços (Ex: transportes públicos e eletricidade).

(7)

Relatório e Contas Império Bonança 2011 Relatório do Conselho de Administração 7

1.3. Evolução Geral do Mercado Segurador em Portugal

Em 2011, o mercado segurador nacional apresentou um decréscimo na sua atividade de 28,7%, registando um montante de Prémios de Seguro Direto (incluindo a captação de recursos através de Contratos de Investimento), de 11.648 milhões de euros (cerca de 7% do PIB).

Os ramos Vida, com um volume de prémios de 7.533 milhões de euros, evidenciaram uma redução de 38,1% face ao ano anterior, com origem, essencialmente nos seguros financeiros de capitalização e nos PPR´s (planos de poupança reforma), em consequência da quase eliminação de benefícios fiscais nestes últimos e da alteração nas políticas de captação de recursos por parte das entidades bancárias.

Neste segmento de mercado, na perspetiva do montante de prémios de seguro direto, assim como no montante de ativos sob gestão, constata-se uma redução dos níveis de concentração, refletindo sobretudo a intensidade do redirecionamento dos recursos financeiros para produtos eminentemente bancários (ex: depósitos a prazo).

O conjunto dos ramos Não Vida, obteve uma produção de 4.115 milhões de euros, registando um decréscimo de 1,2%, situação decorrente do contexto socioeconómico desfavorável, bem como de níveis de competitividade consideravelmente elevados, em especial nos ramos Automóvel, Acidentes de Trabalho e Transportes. No sentido contrário, verificou-se uma evolução favorável dos ramos Doença e Riscos Múltiplos.

Como reflexo dos elevados níveis de competitividade, o mercado segurador apresenta uma diminuição dos níveis de concentração, em especial ao nível da atividade Não Vida, em que se verifica que as seguradoras de média dimensão conseguiram reforçar a sua representatividade, tendo as três maiores seguradoras nesta área de negócio tido uma pequena redução da quota conjunta de 0,25%.

(8)

2. Atividade da Companhia

2.1. Aspetos Gerais

As principais linhas de atuação da companhia continuaram centradas no aprofundamento da relação com as redes comerciais, na conceção de produtos adaptados às necessidades dos clientes, na constante atenção ao equilíbrio da exploração técnica e no aumento da eficiência organizacional, a que acresce, ainda, a prossecução do Programa de Responsabilidade Social.

2.1.1. Organização interna

Com o objetivo de atingir uma maior eficiência organizacional, implementou-se, em 2011, uma alteração substancial nas áreas de subscrição, que passaram a ter uma maior interligação com as áreas de desenvolvimento e gestão de produtos.

Também ao nível do apoio às redes de distribuição comerciais, se verificou uma alteração na estrutura interna no sentido de uma maior especialização e eficiência.

Paralelamente, continuaram a ser incentivados ativamente os processos de concentração de carteiras, sempre no sentido de uma elevada profissionalização, garantindo ao cliente um serviço cada vez melhor.

A maioria dos mediadores ativos da companhia foi alvo dum processo de “redinamização”, visando melhorar os seus procedimentos e organização do trabalho, o qual registou resultados bastante satisfatórios.

Enquadrando estes desafios presentes na área comercial, foram desenvolvidos os programas ActivTraining e ActivCoaching, com o objetivo de desenvolver as competências dos Gerentes de Agência de Clientes e dos Gestores de Mediadores e promover a sua pró-atividade comercial, bem como dotar os responsáveis comerciais das competências necessárias para o acompanhamento e definição dos planos de ação das suas equipas, com ênfase no processo de coaching.

Com o objetivo de garantir uma comunicação eficaz com a Rede de Mediação, continuou a ser divulgada a ON TIME, uma newsletter de fácil utilização e com informação útil para o desempenho da atividade, contendo nomeadamente novidades sobre produtos, linhas de atuação e de orientação comercial, informação sobre serviços ou sobre a atividade seguradora e notícias de caráter institucional.

(9)

Relatório e Contas Império Bonança 2011 Relatório do Conselho de Administração 9

2.1.2. Programa de Responsabilidade Social

Pelas suas características de relação com o risco, com o bem-estar e proteção das pessoas e dos seus patrimónios, a atividade seguradora é talvez o setor empresarial com mais oportunidades de gerar impactos positivos em termos de sustentabilidade. A sua missão confere-lhe a possibilidade de intervir em áreas tão diversas como o ambiente, a saúde e a prevenção, problemáticas relacionadas com o aumento da longevidade, entre outras, alavancando as mudanças de comportamentos ao nível dos indivíduos e das empresas, influenciando e complementando as políticas públicas.

Depois de uma primeira abordagem à sustentabilidade numa perspetiva estratégica, o Relatório de Sustentabilidade visa apresentar publicamente ao mercado a forma como as questões da sustentabilidade se refletem nos nossos produtos, bem como as principais vertentes do programa.

Neste contexto, ao abrigo do seu Programa de Responsabilidade Social, as seguradoras da Caixa Seguros e Saúde adotaram uma estratégia que assenta prioritariamente no desenvolvimento de soluções que, além de serem relevantes para o desenvolvimento do negócio, permitem também responder a questões de interesse nacional e a situações que, na nossa perspetiva, podem provocar significativas desigualdades sociais.

Exemplos concretos da aplicação desta estratégia são o desenvolvimento de produtos para facilitar o acesso à poupança e sensibilizar para as questões relacionadas com a poupança e a assistência na reforma; a oferta mais integrada ao nível da saúde, que promove a importância da prevenção; a análise das condições de viabilidade de um seguro vitalício que, apesar de representar riscos acrescidos para as seguradoras, corresponde a um grande avanço na proteção dos consumidores.

A nível ambiental, a companhia disponibiliza um seguro decorrente da nova Diretiva de Responsabilidade Ambiental, sendo de referir o seguro de incêndios florestais, num trabalho conjunto com o Grupo Portucel/Soporcel, o qual garante o pagamento da reflorestação depois de um sinistro de incêndio.

No biénio 2010-2011 a estratégia em termos de sustentabilidade esteve focada no aprofundamento da abordagem às questões do envelhecimento da população e dos problemas associados, como as dependências e a qualidade de vida.

(10)

2.1.3. Alargamento e melhoria da oferta de produtos e serviços

Continuou o esforço de introdução de diversos produtos Não Vida, com vista a adequá-los às condições de mercado e às necessidades dos clientes.

Na área dos seguros de saúde, os produtos Multicare continuaram a destacar-se através da sua inovadora Oferta Global de Saúde (OGS), sendo a única marca de saúde do mercado a oferecer um conjunto de soluções adaptadas às diferentes necessidades dos seus clientes: Planos de Saúde, Cartões de acesso à rede e Check-ups de prevenção, associadas à maior rede médica do país.

Também outros produtos foram alvo de destaque, como foi o caso do seguro de acidentes de trabalho e de viagens, bem como da ENS – Empresas e Negócios Seguros, que constitui uma oferta integrada para pequenas empresas e empresários em nome individual.

Ao nível dos seguros de Vida, continuou a promoção do conceito do produto Leve, sensibilizando a população para a necessidade de poupar para a reforma e dispondo de uma oferta permanente de produtos para diferentes perfis de cliente.

Também é de referir a reformulação da oferta nos seguros de Vida Risco, com particular destaque para o Seguro Mulher, que tem coberturas específicas para o segmento a que se dirige.

2.2. Análise Económica

Em 2011, o resultado líquido da Império Bonança situou-se em 9,9 milhões de euros, o que representa um decréscimo de 9,4 milhões de euros face ao ano anterior.

O rácio de cobertura da margem de solvência ascendeu a 169,3%, valor inferior ao registado em 2010 (235,8%). Os elementos que constituem esta margem totalizam 199 milhões de euros (cerca de 285,7 milhões em 2010), face a um valor exigível de cerca de 117,6 milhões (121,2 milhões em 2010).

(11)

No quadro que segue apresentam-se alguns indicadores relativos à atividade da Império Bonança:

2.2.1. Seguro direto

A Império Bonança registou, em 2011, um montante de prémios de seguro direto de 531,8 milhões de euros (incluindo os recursos captados ao abrigo de contratos de investimento), o que equivale a um decréscimo de 0,9% face ao ano anterior.

Relatório e Contas Império Bonança 2011 Relatório do Conselho de Administração 11

2011 2010 2009

(Milhares de Euros)

Principais Indicadores

PRÉMIOS DE SEGURO DIRETO

Prémios de Seguro Direto - Atividade Total 531 830 536 620 552 831

Prémios de Seguro Direto - Atividade em Portugal 530 899 535 450 545 561

- Vida * 163 563 142 980 138 486

- Não Vida 367 336 392 470 407 074

QUOTA DE MERCADO EM PORTUGAL 4,6% 3,3% 3,8%

- Vida 2,2% 1,2% 1,3%

- Não Vida 8,9% 9,4% 9,9%

RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCICIO 9 890 19 332 -6 364

CUSTOS TÉCNICOS LÍQUIDOS DE RESSEGURO

Taxa de Sinistralidade Não Vida 67,0% 59,4% 58,0%

Loss Ratio Não Vida 71,4% 69,1% 67,8%

Expense Ratio Não Vida 31,1% 29,7% 37,7%

Combined Ratio Não Vida 102,5% 98,8% 105,5%

SOLVABILIDADE

Rácio de Cobertura da Margem de Solvência 169,3% 235,8% 196,0%

Cobertura das Provisões Técnicas Líq. de Resseguro 106,0% 107,3% 110,7%

* Os montantes de produção Vida incluem os contratos de investimento.

Prémios de Seguro Direto

2011 2010 2009

(Milhares de Euros)

Prémios de Seguro Direto * 531 830 536 620 552 831

Taxa de Crescimento -0,9% -2,9% -11,3%

Quota de Mercado:

no conjunto da atividade seguradora em Portugal 4,6% 3,3% 3,8%

* Total da Atividade (Portugal + Estrangeiro).

(12)

No que respeita à atividade em Portugal, atingiu-se um montante de prémios de 530,9 milhões de euros, o que representa, face ao ano anterior, um decréscimo de 0,8%, contudo, verificou-se um acréscimo na quota de mercado de 1,3 pp. para 4,6%.

O ramo Vida contabilizou prémios no montante de 163,6 milhões de euros, apresentando um acréscimo de 14,4%, decorrente, essencialmente, da comercialização de produtos de capitalização de taxa fixa.

Por outro lado, a atividade Não Vida sofreu um decréscimo de -6,4%, apresentando um montante de prémios de 367,3 milhões de euros, tendência registada em praticamente todos os principais ramos Não Vida.

O conjunto dos ramos Vida, na Império Bonança (atividade em Portugal), representa 30,8% da produção (+ 4,1 pp. que no ano anterior), abaixo da média do setor (64,7%), o que decorre do facto da companhia utilizar exclusivamente as redes profissionais de mediação, corretagem e a venda direta.

Ramos 2011 2010 2009

Vida 164 493 14,1 144 150 -1,1 145 757 -1,2

Contratos de Seguro 46 146 -6,3 49 242 -33,6 74 177 -11,0

Contratos de Investimento 118 347 24,7 94 908 32,6 71 579 11,6

Não Vida 367 336 -6,4 392 470 -3,6 407 074 -14,5

Acidentes e Doença 102 691 -14,1 119 574 -4,0 124 549 -21,6

- Acid. Trabalho 57 031 -7,3 61 552 -13,0 70 768 -19,5

- Acid. Pessoais 5 128 -11,2 5 774 -10,2 6 427 -9,1

- Doença 40 532 -22,4 52 248 10,3 47 355 -25,8

Incêndio e Outros Danos 77 496 0,4 77 171 0,1 77 089 -4,5

Automóvel 145 094 -5,5 153 586 -3,8 159 659 -17,2

Transportes 18 177 -18,7 22 362 -5,7 23 725 -0,7

Responsabilidade Civil 10 556 -3,9 10 989 -7,4 11 864 3,7

Diversos 13 323 51,6 8 788 -13,8 10 189 20,8

TOTAL 531 830 -0,9 536 620 -2,9 552 831 -11,3

Valor Var. (%) Valor Var. (%) Valor Var. (%)

(Milhares de Euros)

Prémios de Seguro Direto por Ramos

Atividade Total (Portugal e Estrangeiro)

(13)

2.2.2. Sinistralidade e resseguro

As indemnizações de seguro direto contabilizadas em Portugal (incluindo valores de resgates e vencimentos relativos a contratos de investimento) atingiram o montante de 435,5 milhões de euros, o que traduz um acréscimo de 36 milhões de euros face a 2010.

O ramo Vida evidenciou um montante de 218,3 milhões de euros de indemnizações, relativo, essencialmente, a produtos de capitalização, refletindo maioritariamente vencimentos e resgates ocorridos nestes produtos. Os ramos Não Vida processaram 217,2 milhões de euros de indemnizações situando-se ao nível do exercício anterior.

Relatório e Contas Império Bonança 2011 Relatório do Conselho de Administração 13

Ramos Império Bonança Total Mercado

Vida 14,4 3,2 -5,6 -38,1 17,2 -5,7

Contratos de Seguro -5,9 -32,7 -13,6 -48,9 19,0 -4,6

Contratos de Investimento 24,7 41,5 4,6 -29,7 15,8 -6,6

Não Vida -6,4 -3,6 -14,5 -1,4 0,9 -4,6

Acidentes e Doença -14,1 -4,0 -21,6 -4,6 0,4 -3,8

- Acid. Trabalho -7,3 -13,0 -19,5 -7,1 -4,1 -9,1

- Acid. Pessoais -11,2 -10,2 -9,1 -4,4 0,4 -0,3

- Doença -22,4 10,3 -25,8 -1,3 6,8 3,2

Incêndio e Outros Danos 0,4 0,1 -4,5 0,6 2,3 1,4

Automóvel -2,6 -4,3 -17,2 -0,4 1,3 -7,4

Transportes -18,7 -5,7 -0,7 -4,3 -11,2 -5,9

Responsabilidade Civil -3,9 -7,4 3,7 -1,5 3,2 0,7

Diversos 10,7 -9,2 20,8 12,3 -1,8 -9,7

TOTAL -0,8 -1,9 -12,4 -28,7 12,6 -5,4

2011 2010 2009 2011 2010 2009

A Império Bonança e o Mercado (Atividade em Portugal)

Taxas de Variação Anuais Var. (%)

(14)

A taxa de sinistralidade de seguro direto líquida de resseguro cedido dos ramos Não Vida situou-se em 67%, um valor superior em 7,6 p.p. ao registado em 2010, devido sobretudo ao agravamento verificado nos agregados Acidentes e Doença (+ 31,1 p.p.) e Responsabilidade Civil (+ 36,4 p.p.)

Ramos 2011 2010 2009

Vida 218 325 19,8 182 268 -2,0 185 979 -13,6

Não Vida 217 150 0,0 217 203 -4,1 226 435 -25,9

Acidentes e Doença 91 675 26,3 72 565 -30,9 104 963 -23,0

- Acid. Trabalho 51 609 49,3 34 556 -35,9 53 922 -33,6

- Acid. Pessoais 700 3,9 674 -47,4 1 282 -44,9

- Doença 39 367 5,4 37 335 -25,0 49 759 -5,7

Incêndio e Outros Danos 44 694 -7,3 48 224 21,4 39 739 -5,9

Automóvel * 95 217 0,7 94 542 15,0 82 192 -30,9

Transportes -20 058 -1093,5 2 019 -141,5 -4 863 -162,4

Responsabilidade Civil 5 217 372,9 1 103 -75,5 4 506 2719,0

Diversos 405 -132,4 -1 250 1140,3 -101 -144,4

TOTAL 435 475 9,0 399 471 -3,1 412 414 -20,8

Valor Var (%) Valor Var (%) Valor Var (%)

(Milhares de Euros)

Custos com Sinistros de Seguro Direto

* Inclui Coberturas de Assistência, Proteção Jurídica e Privação Auto

2011 2010 2009

(%)

Vida 134,5 127,8 133,2

Não Vida 67,0 59,4 58,0

Acidentes e Doença 86,3 55,2 74,4

Incêndio e Outros Danos 62,1 69,8 65,4

Automóvel * 63,3 62,5 49,5

Transportes 0,0 14,2 23,0

Responsabilidade Civil 45,4 8,9 50,5

Taxas de Sinistralidade Líquidas de Resseguro

(Custos com Sinistros/Prémios Adquiridos - Atividade em Portugal)

Ramos

* Inclui Coberturas de Assistência, Proteção Jurídica e Privação Auto

(15)

Relatório e Contas Império Bonança 2011 Relatório do Conselho de Administração 15

2.2.3. Comissões e despesas de aquisição de seguro direto

As comissões e despesas de aquisição totalizaram 44 milhões de euros, mantendo, no total dos ramos, o mesmo valor e taxa verificados no exercício anterior.

2.2.4. Custos por natureza a imputar

O total de custos por natureza a imputar, sem o efeito da variação de “outras provisões”, atingiu 84 milhões de euros, o que representa um decréscimo de 7,9% face ao ano anterior, fruto da continuação da política de contenção de custos com especial enfoque para Fornecimentos e Serviços Externos (-6 milhões de euros) e Custos com Pessoal (-1 milhão de euros).

Ramos 2011 2010 2009

Vida 2 080 1,3 1 888 1,3 1 659 1,1

Não Vida 41 444 11,3 42 073 10,7 46 331 11,4

Acidentes e Doença 11 412 11,1 12 004 10,0 14 249 11,4

- Acid. Trabalho 6 721 11,8 7 288 11,8 8 689 12,3

- Acid. Pessoais 569 11,1 619 10,7 926 14,4

- Doença 4 123 10,2 4 097 7,8 4 635 9,8

Incêndio e Outros Danos 9 532 12,3 9 238 12,0 9 875 12,8

Automóvel * 18 667 11,9 18 586 11,6 19 871 11,8

Transportes 938 5,2 896 4,0 960 4,0

Responsabilidade Civil 1 055 10,0 1 246 11,3 1 231 10,4

Diversos -159 -8,9 103 6,4 146 8,2

TOTAL 43 524 8,2 43 961 8,2 47 990 8,7

Valor Taxa (%) Valor Taxa (%) Valor Taxa (%)

(Milhares de Euros)

Comissões e Despesas de Aquisição de Seguro Direto

(Atividade em Portugal)

Taxa (%) rácio efetuado sobre prémios emitidos

* Inclui Coberturas de Assistência, Proteção Jurídica e Privação Auto

2011 2010 2009

Custos com Pessoal 42 621 -2,4 43 671 -23,5 57 061 -5,7

Forn. e Serviços Externos 32 562 -14,5 38 079 -9,1 41 884 -13,8

Impostos e Taxas 3 783 -12,2 4 310 1,4 4 249 -20,3

Amortizações 3 207 7,7 2 978 7,5 2 770 -22,6

Juros Suportados 1 007 -29,0 1 417 -49,8 2 824 -48,5

Comissões por Serv. Financeiros 645 10,9 581 -31,8 853 -2,6

TOTAL s/Outras Provisões 83 825 -7,9 91 037 -17,0 109 640 -11,8

Outras Provisões 1 559 1398,8 104 -97,4 3 996 -126,9

TOTAL 85 384 -6,3 91 141 -19,8 113 635 3,8

Valor Var. (%) Valor Var. (%) Valor Var. (%)

(Milhares de Euros)

Custos por Natureza a Imputar

(16)

2.2.5. Rácio Combinado não Vida

A Império Bonança apresenta um rácio combinado Não Vida líquido de resseguro de 102,5%, contra 98,8% verificado em 2010, o que representa um agravamento de 2,3 p.p. no loss ratio e de 1,4 pp. no expense ratio.

2.2.6. Análise Financeira

Ao nível da atividade financeira, verificou-se um acréscimo de 13,4% nos rendimentos face ao exercício de 2010, em consequência de uma melhoria das taxas médias de rentabilidade. Contudo as perdas verificadas nas valias realizadas e imparidades comprometeram este aumento originando um decréscimo global de 6,4 milhões de euros.

2.2.7. Recursos Humanos

A conjuntura de recessão económica, verificada em 2011, obrigou a um maior rigor na gestão em geral e na área de recursos humanos em particular.

Em situação de crise, a função de recursos humanos ganha responsabilidades acrescidas na contribuição de soluções para os problemas complexos que a empresa tem de enfrentar no ambiente adverso em que se move – é altura de unir esforços, encontrar sinergias e cooperar mais.

As alterações quantitativas significam, no que se refere ao efetivo total, um decréscimo de -6,6% no triénio em análise, e -3,9% relativamente ao ano anterior.

2011 2010 2009

Rendimentos 64 005 13,4 56 445 -2,6 57 938 -30,5

Ganhos/Perdas em Investimentos -706 -106,8 10 398 -18,5 12 757 -393,7

Reversão/Perdas por Imparidades -24 521 13,0 -21 703 -2,0 -22 152 108,3

TOTAL 38 778 -14,1 45 140 -7,0 48 543 -29,0

Valor Var. (%) Valor Var. (%) Valor Var. (%)

(Milhares de Euros)

Atividade Financeira

2011 2010 2009

Trabalhadores Efetivos 1 275 1 326 1 363

Trabalhadores com Contrato a Termo 0 0 2

TOTAL 1 275 1 326 1 365

Efetivo Permanente*

* Trabalhadores com contratos celebrados em Portugal

(17)

No ano em análise não foi efetuado recrutamento de novos colaboradores para a empresa.

Comparativamente a 2010, a idade e antiguidade médias dos colaboradores aumenta respetivamente de 45,5 para 46,1 e de 20,6 para 21,0. A moda etária mantem-se, relativamente a 2010, no escalão dos 40 aos 44 anos, representando 23,8% do total do efetivo permanente. De referir que 60% do total dos efetivos tem idade compreendida entre os 35 e 49 anos (57,5% no ano anterior).

Numa ótica de análise por agregados com diferentes graus de habilitações académicas, verifica-se que 82,8% da população possui formação de nível secundário ou superior (80,8% em 2010), sendo que o estrato com formação média ou superior (bacharelato ou equivalente, licenciatura, mestrado ou pós-graduação) representa 41,4% desse total (40,3% em 2010).

No âmbito da atividade formativa são de destacar as seguintes ações:

• Desenvolvimento e consolidação de Competências da Rede Comercial – Agências e Mediação através da implementação de iniciativas como:

- Piloto ActivTraining/ActivCoaching – conclusão da fase “Piloto” iniciada em 2010, com foco na função de Coaching dos responsáveis hierárquicos;

- Segmento Negócio Empresas/GNE – programa que visa dotar a equipa de colaboradores identificados para a função de “Gestor Negócio Empresas”, com conhecimentos sobre este segmento de negócio;

Relatório e Contas Império Bonança 2011 Relatório do Conselho de Administração 17

> = 65 60 - 64 55 - 59 50 - 54 45 - 49 40 - 44 35 - 39 30 - 34 25 - 29 20 - 24

Homens

Idades Mulheres Total

Estrutura Etária Ano 2011

(18)

• Realização de ações sobre as plataformas de negócio utilizadas pelos Mediadores FM e IB, para gestão do negócio com a empresa, para as redes de retalho e grandes clientes;

• Realização de programas com o objetivo de melhoria da eficiência operacional, nomeadamente a nível das aplicações de negócio e Microsoft Office;

• Desenvolvimento de iniciativas para apresentação e implementação do Plano de Continuidade do Negócio (PCN): curso em formato e-learning para todos os Colaboradores da empresa e ações presenciais para os elementos das equipas PCN;

• Desenvolvimento de programa de formação comportamental com a Direção de Sinistros Acidentes de Trabalho para reforço de competências de atendimento ao Cliente;

• Investimento na área das Tecnologias de Informação visando o constante enriquecimento e atualização dos elementos da Direção de Sistemas de Informação;

• Continuidade generalizada da formação técnica de seguros, nomeadamente, no que respeita à atualização de produtos e legislação.

2.2.8. Garantias financeiras

a) Evolução das responsabilidades técnicas

As responsabilidades técnicas de seguro direto e de resseguro aceite (provisões dos ramos Vida e Não Vida e responsabilidades por contratos de investimento) apresentaram, no final de 2011, um montante de 1.562 milhões de euros correspondente a uma redução de 117,5 milhões de euros face ao ano anterior.

2011 2010 2009

(Milhares de Euros)

Vida - Contratos de Seguro 533 094 600 888 656 982

Vida - Contratos de Investimento 257 236 252 337 229 883

Não Vida 772 156 826 763 874 236

TOTAL 1 562 486 1 679 988 1 761 100

Responsabilidades de Seguro Direto e Resseguro Aceite

(19)

Na desagregação constante do quadro seguinte é possível verificar que a redução de responsabilidades técnicas advém, sobretudo, da provisão matemática de Vida (- 60,2 milhões de euros) e da provisão para sinistros do ramo Não Vida (-41,6 milhões de euros).

b) Representação das responsabilidades técnicas

Apesar da situação adversa dos mercados financeiros, a Império Bonança terminou o exercício de 2011 com um montante de ativos afetos à representação das responsabilidades técnicas de 1.656 milhões de euros (1.803 milhões de euros em 2010), atingindo um rácio de cobertura das mesmas de 106%, tendo um excesso de ativos afetos de aproximadamente 94 milhões de euros (123 milhões em 2010).

Existe, ainda, um conjunto de ativos não afetos, mas passíveis de representação destas responsabilidades, que aumentariam o rácio de cobertura para 110%.

Relatório e Contas Império Bonança 2011 Relatório do Conselho de Administração 19

2011 2010 2009

(Milhares de Euros)

Provisão para Prémios Não Adquiridos 86 384 94 473 97 150

Provisão Matemática Vida 498 946 559 109 612 373

Provisão para Sinistros 686 447 733 871 786 243

De Vida 16 703 22 528 24 485

De Não Vida 669 744 711 343 761 758

Provisão para Participação nos Resultados 13 266 19 056 17 048

Provisão para Desvios de Sinistralidade 8 130 7 571 7 036

Provisão para Riscos em Curso 8 221 13 450 8 523

Outras Provisões Técnicas 3 857 122 2 845

Passivos Financeiros - Contratos de Investimento 257 236 252 337 229 883

TOTAL 1 562 486 1 679 988 1 761 100

Responsabilidades de Seguro Direto e Resseguro Aceite

2011 2010 2009

(Milhares de Euros)

Títulos de Crédito 1 387 031 1 584 612 1 652 149

Ações 26 064 32 628 33 219

Outros 1 360 967 1 551 984 1 618 930

Imóveis 51 321 53 433 46 542

Empréstimos 1 300 1 378 1 363

Depósitos e Caixa 132 464 95 667 185 530

Outros Ativos 84 001 67 548 63 372

TOTAL 1 656 117 1 802 637 1 948 956

PROVISÕES TÉCNICAS A REPRESENTAR 1 562 486 1 679 988 1 761 100

RÁCIO DE COBERTURA 106.0% 107.3% 110.7%

Cobertura das Provisões Técnicas

Ativos de Representação das Provisões Técnicas

(20)

3. Atividade no Estrangeiro

No Luxemburgo, a venda de seguros financeiros através do canal bancário foi afetada pela prioridade que, na conjuntura atual, foi atribuída à captação de depósitos. A sucursal lançou uma nova oferta, mais competitiva e adaptada ao mercado alvo, de seguros de vida risco associados ao crédito imobiliário e ao crédito a consumo.

2011 2010 2009

SUCURSAL DO LUXEMBURGO

Vida 931 -20,4 1 170 -83,9 7 270 885,8

- Contratos de Seguro 931 -20,4 1 170 -57,7 2 769 275,5

- Contratos de Investimento 0 0 -100,0 4 501

Não Vida

TOTAL 931 -20,4 1 170 -83,9 7,270 885.8

Valor Var. (%) Valor Var. (%) Valor Var. (%)

(Milhares de Euros)

Prémios de Seguro Direto

Atividade no Estrangeiro

(21)

4. Resultados e Capital Próprio

4.1. Resultado Líquido

O resultado líquido situou-se em 9,9 milhões de euros, cerca de metade do ano anterior, refletindo a evolução desfavorável da atividade financeira, cujo efeito foi compensado, em parte, pela evolução positiva dos custos de estrutura.

4.2. Capital Próprio

O capital próprio individual da Império Bonança atingiu, no final de 2011, o montante de 203,5 milhões de euros, inferior em 24,2 milhões de euros, face ao ano anterior, devido, sobretudo, ao decréscimo das reservas de reavaliação por ajustamentos no justo valor de ativos financeiros.

4.3. Margem de Solvência

A margem de solvência mínima legalmente exigível era, no final de 2011, de 117,6 milhões de euros, enquanto os elementos constitutivos da mesma atingiram 199 milhões de euros, o que traduz um rácio de cobertura da margem de solvência de 169,3%, representativo de um elevado índice de segurança para todos os segurados e agentes económicos que se relacionam com a companhia.

Relatório e Contas Império Bonança 2011 Relatório do Conselho de Administração 21

(22)

5. Sistema de Gestão de Risco e Controlo Interno

5.1. Risco Operacional e Controlo Interno

A gestão do risco operacional na Área Seguradora da Caixa Seguros e Saúde assenta num conjunto de princípios articulados com as melhores práticas definidas, quer pelo Instituto de Seguros de Portugal, quer pelo EIOPA – Autoridade Europeia dos Seguros e Pensões Complementares de Reforma.

Tendo em vista a manutenção de um adequado sistema de controlo interno, a Área Seguradora da Caixa Seguros e Saúde procedeu à documentação e caracterização das atividades de controlo existentes, associando-as aos riscos previamente identificados nos processos de negócio.

Foram também estabelecidos procedimentos de registo descentralizado dos eventos e das consequentes perdas, incluindo near-misses (quase-perdas), resultantes dos riscos associados aos processos de negócio, assim como de autoavaliações dos riscos e das atividades de controlo.

A informação sobre o risco operacional, tendo como referência os eventos ocorridos e reportados em 2010 e 2011, é a seguinte:

Execução, Entrega e Gestão de Processos

Perturbação das Atividades e Falhas do Sistema Fraude Interna

Práticas em Matéria de Emprego e Segurança no Local de Trabalho Clientes, Produtos e Práticas Comerciais

Danos ocasionados em ativos Fraude Externa

Impacto Operacional Bruto em 2010 e 2011

30,94%

0,42%

68,64%

40,33%

0,78%

58,89%

2010 2011

(23)

Relatório e Contas Império Bonança 2011 Relatório do Conselho de Administração 23

A gestão dos sistemas de gestão de riscos e controlo interno é assegurada pelos seguintes órgãos:

Direção de Gestão de Risco, através do seu Departamento de Gestão de Risco Operacional, Direção de Auditoria, Direção de Coordenação de Assuntos Institucionais e Compliance e Comité de Risco.

Aos restantes Órgãos de Estrutura das Companhias, cabe assegurar a existência e atualização da documentação relativa aos seus processos de negócio, respetivos riscos e atividades de controlo, competindo também o papel de dinamizador no processo de gestão de risco operacional e controlo interno;

Inserido no conjunto de recomendações prudenciais das autoridades de supervisão, no sentido de garantir a continuidade operacional dos processos, sistemas e comunicações, a Área Seguradora da Caixa Seguros e Saúde está a desenvolver um Plano de Continuidade de Negócio (PCN) de forma a garantir a realização de uma avaliação estruturada em caso de ocorrência de danos e uma ágil tomada de decisão sobre o tipo de recuperação a empreender.

O Plano de Continuidade de Negócio da Área Seguradora da Caixa Seguros e Saúde está integrado na Estratégia Global para a Continuidade de Negócio no âmbito do Grupo CGD.

5.2. Solvência II

A Área Seguradora da Caixa Seguros e Saúde tem vindo a desenvolver um sistema global de gestão de riscos, de forma a responder aos requisitos relacionados com Solvência II e em particular nos termos da Norma Regulamentar n.º 14/2005-R, de 29 de novembro.

A implementação deste sistema, para além do cumprimento de normativos aplicáveis à atividade seguradora, é entendida como uma oportunidade de melhoria dos processos de avaliação e gestão de risco, contribuindo, assim, para a manutenção da solidez e estabilidade da Área Seguradora da Caixa Seguros e Saúde.

Neste âmbito, para além das iniciativas destinadas especificamente à gestão do risco operacional e do controlo interno, têm sido desenvolvidas atividades relacionadas com:

• Sistematização e formalização dos processos de gestão de riscos;

• Utilização do conceito de Capital Económico na gestão de riscos;

• Plano de Comunicação e Formação;

(24)

5.2.1. Sistematização e formalização dos processos de gestão de riscos

Ao nível da sistematização e formalização dos processos de gestão de riscos, foram identificadas atividades necessárias para introduzir melhorias nos sistemas de gestão de riscos e de controlo interno, as quais podem agrupar-se da seguinte forma:

• Políticas de Risco;

• Medição de Risco;

• Governação e Organização;

• Utilização de Medidas de Risco;

• Datamart de Risco.

5.2.2. Utilização do Capital Económico na gestão de riscos

No que respeita à utilização do capital económico na gestão de riscos foram definidos três níveis de utilização:

• Alocação de Capital Económico e monitorização do respetivo retorno (RORAC) por Linha de Negócio;

• Introdução da noção de Capital Económico na definição do pricing para novos produtos Vida de natureza financeira.

5.2.3. Plano de Comunicação e Formação

Foi estabelecido um plano de comunicação alicerçado na identidade do Projeto Solvência II para o qual foi criada uma identidade própria: Programa “Gir@sol”, Gestão Integrada do Risco em Solvência, que se destina a contribuir para uma estrutura organizacional que garanta crescentemente o reconhecimento generalizado da importância da gestão de riscos e do controlo interno.

(25)

Relatório e Contas Império Bonança 2011 Relatório do Conselho de Administração 25

6. Perspetivas de Evolução

A atividade da Império Bonança será condicionada, em 2012, pelo agravamento da crise económica, num contexto de ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos que se vinham a acumular (em especial do défice externo e do défice do Orçamento do Estado) e de redução da disponibilidade de crédito e consequente “desalavancagem” da economia.

Este enquadramento conduzirá, conforme previsto por diversas instituições, a uma redução do consumo (público e privado) e do investimento, que têm como aspeto positivo uma situação de equilíbrio com o exterior, devido ao efeito conjunto da redução das importações e do aumento das exportações, e uma melhoria substancial do saldo primário do Orçamento do Estado, muito por via da eliminação parcial dos subsídios de férias e natal.

De um modo geral, este enquadramento não deixará de ter repercussões negativas na atividade seguradora, em particular na redução da carteira de prémios e no aumento dos riscos associados ao negócio.

Por outro lado, em períodos de dificuldade surgem oportunidades específicas que não devem ser desaproveitadas, seja em termos de aprofundamento de processos de reorganização interna, seja no que respeita a possibilidades de internacionalização.

De referir, em particular, a fusão com a Fidelidade Mundial (já aprovada pelo ISP e a ocorrer em 2012), que constituirá um avanço significativo no sentido da concretização de ganhos de eficiência adicionais.

Para além disso, a Império Bonança continuará focada no objetivo de crescimento rentável, através da tomada de medidas específicas que permitam reforçar as vertentes de rentabilidade, posicionamento competitivo, reforço das marcas, inovação nos produtos e dinamização dos canais de distribuição.

Será ainda tida como prioridade uma maior profissionalização das redes de agentes, sobretudo pela via da intensificação do grau de utilização das plataformas de negócio com base na internet, desenvolvendo e capitalizando as respetivas potencialidades transacionais e comerciais por forma a servir melhor parceiros e clientes e a reduzir custos operativos.

(26)

7. Proposta de Aplicação de Resultados

O resultado líquido individual do exercício de 2011 ascendeu a ¤ 9.889.584,56.

De acordo com o disposto no Código das Sociedades, o Conselho de Administração vem propor a seguinte aplicação:

Reserva Legal ¤ 989 000,00

Remanescente à disposição da Assembleia Geral ¤ 8 900 584,56

Total ¤ 9 889 584,56

(27)

Relatório e Contas Império Bonança 2011 Relatório do Conselho de Administração 27

8. Considerações Finais

Ao concluir o presente Relatório, o Conselho de Administração expressa o seu agradecimento a todos quantos contribuíram para o desenvolvimento e continuada afirmação da Companhia, salientando particularmente:

• As autoridades de supervisão, em particular o Instituto de Seguros de Portugal, pelo especial acompanhamento do Setor e intervenção oportuna;

• A Associação Portuguesa de Seguradores, pelo esforço de representação das seguradoras em áreas de interesse comum;

• A Mesa da Assembleia-geral, o Conselho Fiscal e a Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, pelo interesse, disponibilidade e empenho sempre presentes no acompanhamento e controlo da atividade da companhia;

• Os Agentes, Corretores e Resseguradores, pelo apoio prestado e pela confiança com que honram a Companhia;

• Os Colaboradores que, com profissionalismo, dedicação e competência, tornaram possível a contínua valorização da Companhia.

A todos os clientes da companhia importa expressar um especial reconhecimento pela preferência com que distinguem a Império Bonança e pelo estímulo permanente no sentido da melhoria da qualidade de serviço.

Lisboa, 28 de fevereiro de 2012 O Conselho de Administração

Jorge Manuel Baptista Magalhães Correia - Presidente Eugénio Manuel dos Santos Ramos

José António Rodrigues Nunes Coelho Francisco Xavier da Conceição Cordeiro José Manuel Alvarez Quintero

António Manuel Marques de Sousa Noronha Vasco Maria de Portugal e Castro de Orey

(28)

Anexo ao Relatório de Gestão a que se Refere

o Artigo 448º, Nº4, do Código das Sociedade Comerciais

À data do encerramento do exercício de 2011, encontrava se na situação prevista no artigo 448º, nº 4, do Código das Sociedades Comerciais CAIXA SEGUROS E SAÚDE, SGPS, S.A., titular de 40. 401 080 ações representativas de 100% do capital social e dos direitos de voto da Império Bonança – Companhia de Seguros, S.A.

O Conselho de Administração

(29)

Relatório e Contas Império Bonança 2011 Demonstrações Financeiras 29

2. Demonstrações Financeiras

em 31 de dezembro 2011 e 2010

(30)

Balanços em 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Proforma)

(Valores em Euros) 2011

Valor Imparidade, Valor 2010

BALANÇO Notas Bruto depreciações / Líquido (Proforma)

amortizações ou ajustamentos ATIVO

Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem 3 e 11 146 710 582 - 146 710 582 169 609 368

Investimentos em filiais, associadas e empreend. conjuntos 4 e 11 (anexo 1) 2 454 085 - 2 454 085 2 454 085

Ativos financeiros detidos para negociação 5 e 11 9 118 260 - 9 118 260 8 945 238

Ativos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo

valor através de ganhos e perdas 5 e 11 34 555 964 - 34 555 964 52 493 389

Ativos disponíveis para venda 7 e 11 (anexo 1) 1 118 981 322 - 1 118 981 322 1 616 160 379

Empréstimos e contas a receber 11 19 466 134 - 19 466 134 1 536 528

Empréstimos concedidos 8 1 100 788 - 1 100 788 1 115 547

Depósitos junto de empresas cedentes 8 419 822 - 419 822 420 981

Outros depósitos 8 17 945 524 - 17 945 524 -

Investimentos a deter até à maturidade 9 e 11 301 464 697 - 301 464 697 -

Terrenos e edíficios 11 61 872 952 (5 184 696) 56 688 256 58 893 200

Terrenos e edíficios de uso próprio 10 29 798 838 (5 184 696) 24 614 142 25 571 822

Terrenos e edifícios de rendimento 10 32 074 114 - 32 074 114 33 321 378

Outros ativos tangíveis 11 e 12 23 376 734 (18 165 540) 5 211 194 6 459 203

Inventários 127 336 - 127 336 135 020

Outros ativos intangíveis 13 9 856 202 (5 415 703) 4 440 499 2 565 071

Provisões técnicas de resseguro cedido 85 086 234 - 85 086 234 115 138 615

Provisão para prémios não adquiridos 14 26 095 042 - 26 095 042 30 985 843

Provisão matemática do ramo vida 14 205 223 - 205 223 99 388

Provisão para sinistros 14 58 785 969 - 58 785 969 84 053 384

Ativos por benefícios pós-emprego e outros benefícios de longo prazo 31 394 999 - 394 999 2 269 644

Outros devedores por operações de seguros e outras operações 148 926 676 (30 116 848) 118 809 828 109 670 131

Contas a receber por operações de seguro direto 15 117 210 046 (19 721 364) 97 488 682 66 827 876

Contas a receber por outras operações de resseguro 15 8 447 510 (2 261 740) 6 185 770 3 783 761

Contas a receber por outras operações 15 23 269 120 (8 133 744) 15 135 376 39 058 494

Ativos por impostos 39 451 839 - 39 451 839 31 503 556

Ativos por impostos correntes 16 391 262 - 391 262 -

Ativos por impostos diferidos 16 39 060 577 - 39 060 577 31 503 556

Acréscimos e diferimentos 17 3 205 200 - 3 205 200 3 626 924

TOTAL ATIVO 2 005 049 216 (58 882 787) 1 946 166 429 2 181 460 351

Nº de Identificação Fiscal: 500 069 468

(31)

Relatório e Contas Império Bonança 2011 Demonstrações Financeiras 31

Balanços em 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Proforma)

(Valores em Euros)

BALANÇO Notas 2011 2010

(Proforma)

PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO PASSIVO

Provisões técnicas 1 305 250 439 1 427 651 191

Provisão para prémios não adquiridos 18 86 383 506 94 472 605

Provisão matemática do ramo vida 18 498 945 967 559 108 739

Provisão para sinistros 686 447 436 733 870 745

De vida 18 16 703 107 22 527 911

De acidentes de trabalho 18 288 894 725 287 977 715

De outros ramos 18 380 849 604 423 365 119

Provisão para participação nos resultados 18 13 265 518 19 056 469

Provisão para compromissos de taxa 18 3 856 881 122 486

Provisão para desvios de sinistralidade 18 8 129 917 7 570 515

Provisão para riscos em curso 18 8 221 214 13 449 632

Passivos financeiros da componente de depósito de contratos de seguros e de contratos

de seguro e operações considerados para efeitos contabilísticos como contratos de investimento 19 257 235 837 252 336 779

Outros passivos financeiros 28 843 623 109 984 035

Passivos subordinados 20 - 76 600 000

Depósitos recebidos de resseguradores 20 28 843 623 33 384 035

Outros credores por operações de seguros e outras operações 76 343 001 68 848 786

Contas a pagar por operações de seguro direto 21 51 046 727 49 103 378

Contas a pagar por outras operações de Resseguro 21 10 255 511 12 243 219

Contas a pagar por outras operações 21 15 040 763 7 502 189

Passivos por impostos 13 023 873 28 604 224

Passivos por impostos correntes 16 11 288 359 25 927 541

Passivos por impostos diferidos 16 1 735 514 2 676 683

Acréscimos e diferimentos 22 15 063 447 20 969 701

Outras Provisões 23 46 934 185 45 375 203

TOTAL PASSIVO 1 742 694 405 1 953 769 919

CAPITAL PRÓPRIO

Capital 24 202 005 400 202 005 400

Reservas de reavaliação 25 (40 478 671) (12 475 242)

Por ajustamentos no justo valor de ativos financeiros 25 (46 294 006) (18 680 433)

Por revalorização de terrenos e edifícios de uso próprio 25 5 815 335 6 205 191

Reserva por impostos diferidos 25 14 483 324 5 812 792

Outras reservas 25 1 747 370 (5 716 214)

Resultados transitados 25 15 825 016 18 732 129

Resultado do exercício 25 9 889 585 19 331 567

TOTAL CAPITAL PRÓPRIO 203 472 024 227 690 432

TOTAL PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO 1 946 166 429 2 181 460 351

Nº de Identificação Fiscal: 500 069 468

Lisboa, 28 de fevereiro de 2012

O Diretor de Contabilidade e Informação Financeira Carlos F. Tomé Silva Westerman

O Técnico Oficial de Contas Filipe A. da Silva Santos

O Conselho de Administração Jorge M. B. Magalhães Correia Presidente Eugénio Manuel dos Santos Ramos José António Rodrigues Nunes Coelho Francisco Xavier da Conceição Cordeiro

José Manuel Alvarez Quintero António Manuel Marques de Sousa Noronha Vasco Maria de Portugal e Castro de Orey

´

´

´

´

Referências

Documentos relacionados

Rogério Santos, responsável pela Unidade de Gestão de Negócios, na Direção Comercial da Generali Companhia

Para o presidente da Associa- ção dos Procuradores do Estado de Minas Gerais (APEMINAS), João Lúcio Martins Pinto, a reali- zação do Congresso Nacional em Belo Horizonte será um

solicitada;  Registrar,  em  ocorrências  as  ligações  recebidas;  Receber,  abrir,  registrar  em  protocolo  e  encaminhar  correspondências  e  diversos 

Na Casa de Nagô em São Luís, cujo panteão abrange os voduns jeje, os orixás nagôs e outras entidades conhecidas como caboclas e gentis, Legba tam- bém não possui assentamento

Esta garantia limitada não cobre itens de manutenção periódica, sincronizações, ajustes, uso e desgaste normais, danos causados pelo abuso, uso anormal, uso de uma hélice ou

Antônio Guilherme dos Santos, brasileiro, divorciado, portador do RG n° 1.750.698 SSP/MG, inscrito no CPF sob o n° 104.018.736-68, residente e domiciliado no Povoado Região

Verificamos, ainda, que a maior parte deles relata pesquisas no contexto dos cursos de Licenciatura em Matemática e que, nesses trabalhos, além da discussão sobre o ensino e

Diante essas considerações, destacaremos o design de problemas com as tecnologias digitais, por ser uma atividade que, ao ser realizada por professores e alunos, pode constituir-se