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MANUAL

Instruções para a Aplicação, Avaliação e Interpretação do Teste

Escala de Inteligência de Wechsler

para Crianças – Terceira edição

WISC - III

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ÍNDICE

1. Introdução Pág. 5

2. Adaptação e Aferição Portuguesa Pág. 7

3. Conceito de Inteligência Pág. 9

4. Organização da Escala Pág. 11

5. Consideração Gerais de Administração e Cotação Pág. 15 6. Instruções para Aplicação e Avaliação do Teste Pág. 37 7. Normas para a interpretação dos resultados Pág. 191

8. Interpretação dos resultados Pág. 195

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1. INTRODUÇÃO

As escalas de Wechsler remontam ao ano de 1939, cuja primeira versão visava medir a inteligência dos sujeitos dos 10 aos 60 anos de idade. Essa versão, conhecida por Escala de Wechsler-Bellevue, e a de 1955, conhecida por Escala de Inteligência de Wechsler para Adultos, foram construídas tomando como ponto de partida que a inteligência implicava não só a aptidão para lidar com símbolos, abstracções e conceitos, mas ainda a aptidão para enfrentar situações e problemas que se referem a objectos concretos em vez de palavras e números.

Os tipos de testes incluídos nas escalas não são originais; foram seleccionados a partir de fontes existentes, após um estudo de diversos testes standard e integrados em onze subtestes, seis verbais e cinco não verbais (de realização), cujo conjunto forneceria três tipos de resultados e três quociente de inteligência: QI Verbal, QI de Realização e QI Total.

Desde logo se tornou urgente a elaboração de uma escala que medisse as capacidades das crianças, tão distintas daquelas a que se pretendia medir a primeira versão desta escala. Desta forma, surge em 1949 a WISC (Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças) que foi organizada a partir das mesmas directrizes e mesmos princípios da escala para adultos: subtestes verbais, subtestes de realização, um QI Verbal, um QI de Realização e um QI da Escala Completa.

Desde a sua origem, a WISC consagrou-se como um instrumento de diagnóstico de grande utilidade, tendo sido largamente utilizada na avaliação educativa e valorização das aprendizagens e (in)capacidades das crianças. No entanto, e apesar do seu sucesso, as chamadas de atenção, comentários e críticas de alguns psicólogos com ampla experiência na aplicação, cotação e análise da WISC, tornaram necessária uma revisão desta escala. Com já cinco décadas de existência, tornou-se necessária a eliminação de alguns itens, a implementação de novos elementos pertinentes e a modificação da aplicação de alguns sub-testes. Assim surge a WISC-R.

A terceira versão da Escala ou WISC-III foi realizada em 1991, tendo sido iniciada a sua adaptação portuguesa em 1999.

Deste modo, a adaptação Portuguesa da WISC-III vem substituir a adaptação da WISC efectuada pelo Prof. Ferreira Marques em 1970, e representa um avanço significativo em

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relação às suas versões anteriores da escala, a WISC e a WISC-R, ocorrendo modificações e actualização dos itens dos subtestes Verbais e dos materiais dos subtestes de Realização.

A maior novidade reside na possibilidade de analisar os resultados à luz de três Índices Factoriais, que complementam a informação retirada a partir dos QIs Verbal, de Realização e da Escala Completa, sendo eles: Compreensão Verbal, Organização Perceptiva e Velocidade de Processamento.

As modificações introduzidas, relativamente à WISC-R, só vieram tornar a prova mais atraente para a criança e de fácil utilização para o psicólogo, permitindo elaborar um trabalho clínico mais discriminativo e enriquecido.

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2. ADAPTAÇÃO E AFERIÇÃO PORTUGUESA

Em Portugal, até 1970, não se dispunha de uma escala individual de inteligência adaptada e aferida para a população escolar.

Em 1970, surge a aferição portuguesa da Escala WISC, organizada pelo Doutor José Ferreira Marques que, em grande medida, e colocando à disposição dos psicólogos esta prova, veio encorajar a grande difusão e emprego desta escala como instrumento de investigação, análise e diagnóstico da população escolar em Portugal.

Desde a primeira publicação da WISC foram realizadas várias revisões desta escala, que deram origem à WISC-R, que apesar de nunca tendo sido aferida para a nossa população encontra-se, ainda hoje, amplamente difundida e é analisada e cotada segundo normas espanholas cuja população, apesar das semelhanças com a nossa, apresenta, como seria inevitável, algumas diferenças pertinentes que limitam e condicionam alguns dos resultados das crianças portuguesas.

No entanto, destas continuas revisões, surgiu a WISC-III, revisão actual de 1991, sendo apenas em 1998 iniciados os trabalhos de investigação que conduziram à adaptação e aferição portuguesas da Escala.

A aferição da WISC-III foi feita a partir de uma amostra estratificada de 1354 sujeitos com idades compreendidas entre os 6 e os 16 anos e representativa da população portuguesa nas variáveis: idade, sexo, nível escolar, meio de residência, localização geográfica e nível socioeconómico.

As versões americana (Wechsler, 1991), inglesa (Wechsler, 1992) e francesa/belga (Wechsler, 1996) constituíram o principal ponto de partida para a elaboração da primeira versão experimental da WISC-III portuguesa, sendo realizada uma adaptação dos itens dos subtestes verbais, tendo em vista a sua adequação à realidade portuguesa. As provas da subescala de Realização não foram objecto de qualquer modificação, relativamente à versão inglesa, tendo sido, unicamente, verificada a pertinência da ordem de dificuldade dos itens.

A introdução do subteste Pesquisa de Símbolos fez emergir quatro factores na versão americana: Compreensão Verbal, Organização Perceptiva, Resistência à Distracção e Velocidade de Processamento. No entanto, e à semelhança do que acontece com a aferição francesa/belga (Wechsler, 1996), os estudos com a versão portuguesa da WISC-III sugerem a

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3. CONCEITO DE INTELIGÊNCIA

Para Wechsler, a inteligência pode manifestar-se de diversas formas, não sendo concebida como uma aptidão particular, mas sim como um todo, como “a capacidade global do indivíduo para actuar finalizadamente, pensar racionalmente e proceder com eficiência em relação ao meio” (Wechsler, 1944).

Nos últimos anos, a experiência clínica e a investigação mostraram que não é possível equiparar ou identificar a inteligência geral à aptidão intelectual, qualquer que seja a forma em que se definem. Na realidade, todos os testes de inteligência medem algo mais que as meras aptidões intelectuais, assim como qualquer aspecto da mesma (verbal, raciocínio, numérico, etc.).

Deste modo, os subtestes da WISC-III foram seleccionados de forma a abranger um leque diversificado de aptidões mentais, reflectindo desta forma o funcionamento intelectual global do indivíduo, fazendo apelo a várias facetas da inteligência, como por exemplo raciocínio abstracto, memória, determinadas capacidades perceptivas, etc.

É de salientar que a concepção de inteligência como um todo não significa que se verifique um desenvolvimento homogéneo das capacidades/aptidões que lhe estão inerentes, pois embora as aptidões intelectuais que constam desta Escala possam ser consideradas como determinantes essenciais de um comportamento inteligente, existem outros factores de natureza não intelectiva, que desempenham um papel influente na expressão das aptidões intelectuais.

Traços de personalidade, atitudes e determinadas características tais como a consciência do objectivo, motivação, dependência/independência, impulsividade, ansiedade e perseverança, são factores que embora não sejam avaliados directamente a partir de medidas estandardizadas da aptidão intelectual, influenciam o sucesso do indivíduo nestas medidas, assim como a sua eficácia na vida quotidiana e a sua atitude face às exigências do mundo exterior.

Em resumo, a inteligência faz parte de um todo mais amplo, a própria personalidade. Por isto, a teoria subjacente às escalas de Wechsler, para quem a aptidão intelectual é apenas um dos aspectos da inteligência, é que a inteligência não pode ser separada do resto da personalidade.

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Deste modo, as escalas de Wechsler, como instrumentos de psicodiagnóstico, revelam todo o seu interesse e utilidade quando o psicólogo clínico dirige, igualmente, a sua atenção para factores não intelectuais que modificam e afectam os resultados do sujeito, devendo ser considerados em toda a avaliação da inteligência. Assim sendo, o examinador deverá ter o cuidado de distinguir, no momento da interpretação, entre os resultados dos subtestes ou dos QIs, por um lado, e a inteligência por outro.

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4. ORGANIZAÇÃO DA ESCALA

A WISC-III é um instrumento clínico de administração individual, que avalia a inteligência de sujeitos com idades compreendidas entre os 6 anos e os 16 anos e 11 meses.

Apesar de manter as características estruturais da WISC e da WISC-R, a WISC-III apresenta algumas novidades, designadamente, nos materiais, nos conteúdos e nos procedimentos de administração, para além de incluir um novo subteste designado por Pesquisa de Símbolos.

A WISC-III contém algumas modificações ao nível dos materiais e dos procedimentos de administração, tendo como objectivo tornar a administração da Escala mais atraente para o sujeito. Muitos dos estímulos visuais encontram-se impressos a cores e a ordem de administração dos subtestes foi modificada, com o objectivo de facilitar a adaptação do sujeito à situação de teste. Itens novos substituíram aqueles que se mostraram desactualizados com o tempo, e acrescentaram-se outros, mais fáceis ou mais difíceis, onde se mostrou serem necessários. Foram ainda substituídos os itens considerados pouco adequados para determinados grupos etários.

Em termos de análise dos resultados, o desempenho dos sujeitos pode ser sintetizado em três resultados compósitos, identificados como QI Verbal, QI de Realização e QI da Escala Completa, cuja análise permite determinar a qualidade do desempenho do indivíduo relativamente a um conjunto de aptidões intelectuais.

Para além destas três escalas, a WISC-III, na sua versão portuguesa, permite, ainda, obter três índices complementares, identificados a partir de análises factoriais dos resultados no conjunto de subtestes. Estes índices, designados de “Índices Factoriais”, correspondem aos seguintes resultados compósitos: Compreensão Verbal, Organização Perceptiva e Velocidade de Processamento.

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4.1. DESCRIÇÃO DOS 13 SUB-TESTES

A WISC-III inclui os doze subtestes da WISC-R, dois dos quais opcionais (Memória de Dígitos e Labirintos), bem como um novo subteste: Pesquisa de Símbolos.

A aplicação alternada dos subtestes (Verbais e de Realização) tem como objectivo manter o interesse do sujeito ao longo da administração da Escala. Estes subtestes encontram-se listados na tabela 1, por encontram-sequência de administração.

Tabela 1. Lista dos subtestes que constituem a WISC-III

Verbal Realização 2. Informação 4. Semelhanças 6. Aritmética 8. Vocabulário 10. Compreensão *12. Memória de Dígitos 1. Completamento de Gravuras 3. Código 5. Disposição de Gravuras 7. Cubos 9. Composição de Objectos **11. Pesquisa de Símbolos *13. Labirintos * Subtestes opcional

** Subteste opcional que apenas poderá substituir o subteste Código

Tal como foi referido anteriormente, os subtestes da WISC-III dividem-se em dois grupos: subtestes verbais e subtestes de realização. Para cada um foi elaborada uma descrição das respectivas características, encontram-se listados na tabela 2 por sequência de administração.

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Tabela 2. Descrição dos subtestes que constituem a WISC-III Subteste Descrição Completamento de Gravuras Informação Código Semelhanças Disposição de Gravuras Aritmética Cubos Vocabulário Composição de Objectos Compreensão Pesquisa de Símbolos Memória de Dígitos Labirintos

Conjunto de gravuras coloridas que representam objectos ou situações familiares. O sujeito deverá identificar a parte que falta em cada gravura. Conjunto de questões orais, que avaliam o conhecimento do sujeito acerca dos factos, objectos, locais ou pessoas.

Conjuntos de formas geométricas (Parte A, para idades dos 6 aos 7 anos) ou de números (Parte B, para idades dos 8 aos 16 anos), que se encontram associados a um símbolo simples. O sujeito deverá fazer a correspondência entre os símbolos e as formas geométricas (Código A) ou os símbolos e os números (Código B). A Folha de Resposta, para este subteste, faz parte da Folha de Registo.

Pares de palavras apresentadas oralmente. Para cada par, o sujeito deverá identificar e justificar a similitude entre os objectos ou os conceitos propostos.

Conjunto de gravuras coloridas, apresentadas de forma desordenada. O sujeito deverá dispor as gravuras, de forma a criar uma sequência lógica para uma história.

Conjunto de problemas aritméticos que o sujeito deverá resolver mentalmente e responder oralmente.

Conjunto de modelos geométricos, a duas dimensões, construídos diante do sujeito ou impressos no Caderno de Estímulos. O sujeito deverá reproduzir esses modelos com a ajuda de cubos bicolores.

Conjunto de palavras apresentadas oralmente, que o sujeito deverá definir, igualmente, de forma oral.

Conjunto de puzzles representando objectos comuns, cujas peças são apresentadas ao sujeito de uma forma estandardizada. A tarefa consiste em juntá-las de modo a obter uma forma coerente.

Conjunto de questões apresentadas oralmente. Solicita-se ao sujeito que solucione problemas quotidianos, ou que revele compreender regras e conceitos relacionados com a vida social.

Este subteste apresenta dois níveis de dificuldade:

Parte A (6-7 anos): em cada um dos 45 itens, o sujeito deverá decidir se o símbolo isolado se repete ou não numa série de três símbolos.

Parte B (8-16 anos): em cada um dos 45 itens, o sujeito deverá decidir se um dos dois símbolos isolados se repete ou não numa série de cinco símbolos. Sequências de números apresentados oralmente. O sujeito deverá repetir os números na mesma ordem (Dígitos em sentido directo) ou na ordem inversa (Dígitos em sentido inverso).

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4.2. ANÁLISE DA ESCALA

Para cada um dos 13 subtestes da WISC-III, a distribuição dos resultados brutos foi convertida numa escala com média 10 e desvio-padrão 3.

Após a conversão dos resultados brutos, obtidos em cada um dos subtestes, em resultados padronizados, é possível calcular três resultados compósitos. Enquanto que a soma dos resultados padronizados dos subtestes verbais determina o resultado da subescala Verbal, a soma dos resultados padronizados dos subtestes de realização determina o resultado da subescala de Realização. A soma dos resultados padronizados de ambas as subescalas permite calcular um resultado para a Escala Completa. Após o cálculo destas somas, os valores deverão ser convertidos em QI, utilizando para esse efeito as tabelas em anexo.

Os subtestes Memória de Dígitos e Labirintos são opcionais, não tendo sido utilizados para elaborar as normas, e não são necessários para o cálculo dos QIs Verbal e de Realização. Caso algum dos subtestes obrigatórios seja invalidado ou não possa ser aplicado, os subtestes Memória de Dígitos e Labirintos substituem, respectivamente, um dos subtestes verbais e um dos subtestes de realização.

No caso de um dos subtestes opcionais substituir um dos subtestes das subescalas, este deverá ser tido em consideração no cálculo dos QIs. O subteste Pesquisa de Símbolos apenas pode substituir o subteste Código.

Para além dos QIs Verbal, de Realização e da Escala Completa podem ainda ser calculados três Índices Factoriais, identificados como: Compreensão Verbal (ICV), Organização Perceptiva (IOP) e Velocidade de Processamento (IVP). Para o cálculo do Índice Factorial Velocidade de Processamento é necessário aplicar os subtestes Código e Pesquisa de Símbolos.

Tabela 3. Índices construídos a partir de análises factoriais

Factor I

Compreensão Verbal Organização PerceptivaFactor II Velocidade de ProcessamentoFactor III

Informação Semelhanças Vocabulário Compreensão Completamento de Gravuras Disposição de Gravuras Cubos Composição de Objectos Código Pesquisa de Símbolos

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5. CONSIDERAÇÕES GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO E

COTAÇÃO

Neste capítulo são apresentados os princípios gerais que estão subjacentes a qualquer processo de avaliação, bem como os procedimentos de administração e de cotação da WISC-III.

5.1. Princípios básicos para a utilização da WISC-III

Idades de aplicação

A aferição portuguesa da WISC-III pode ser utilizada em sujeitos com idades compreendidas entre os 6 anos e os 16 anos e 11 meses. Os itens e materiais da Escala, assim como as instruções de administração foram seleccionados de acordo com a sua adequabilidade e eficiência em sujeitos destes grupos etários.

Procedimentos estandardizados

O principal objectivo da WISC-III é a avaliação do desempenho cognitivo da criança ou do adolescente, de acordo com um conjunto de condições bem definidas.

Os procedimentos de administração e cotação apresentados mais à frente devem ser cuidadosamente respeitados, de forma a possibilitar a comparação dos resultados obtidos com as normas portuguesas. Quaisquer alterações ao nível da formulação ou da apresentação dos itens, assim como modificações nos limites de tempo ou outro tipo de alterações em relação aos parâmetros utilizados na estandardização, podem reduzir a validade dos resultados obtidos.

No entanto, o facto de obedecer a um conjunto de procedimentos de aplicação estandardizados não significa que a Escala tenha de ser administrada de uma forma rígida ou artificial, sendo importante adoptar um tom natural de conversação, encorajar o interesse pelas tarefas e reforçar os esforços do sujeito, uma vez que estes comportamentos, por parte do examinador, ajudam a tomar a situação de avaliação mais coerente, agradável e bem

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Tempo de administração

Para a administração dos dez subtestes obrigatórios o examinador necessita de um tempo aproximado de 60 a 90 minutos. Caso opte por aplicar os três subtestes opcionais, o tempo adicional será de 10 a 15 minutos. No entanto, as diferenças individuais, quer dos sujeitos, relativamente ao seu comportamento, quer do examinador, no que diz respeito à técnica e à prática na administração da Escala, podem influenciar o tempo despendido na aplicação da mesma.

O examinador deverá tentar aplicar a totalidade da Escala, numa única sessão. Contudo, se tal não for possível, por exemplo devido à reduzida motivação do sujeito ou à fadiga do mesmo, a avaliação deverá ser interrompida e acordada, entre as duas partes, uma nova data para a finalização da mesma.

O intervalo entre as duas sessões não deve ser superior a uma semana. A necessidade de uma segunda sessão não deverá servir como justificação para a redução do número de subtestes a administrar na medida em que, deste modo, os resultados obtidos apenas permitirão fazer uma avaliação parcial das aptidões do sujeito.

Condições físicas de administração

Esta Escala deverá ser administrada num local calmo e afastado de distracções exteriores, que seja adequado à situação de avaliação, com iluminação e ventilação adequadas. As condições físicas e materiais do local da avaliação são determinantes para uma administração eficiente da WISC-III. Tanto o sujeito como o examinador deverão sentar-se numa cadeira confortável e adequada à sua estatura. A mesa ou secretária deverá apresentar uma superfície lisa e ter uma largura suficiente que permita ao sujeito manipular facilmente os materiais dos subtestes. O examinador deverá sentar-se em frente do sujeito, uma vez que as ilustrações do Manual e da Folha de Registo (como por exemplo, no caso do subteste Cubos) partem deste pressuposto. Para além desta exigência, em termos de administração de alguns dos subtestes, esta posição permite ao examinador observar o comportamento do sujeito durante a realização das tarefas. Se tal não for possível, deverá posicionar-se de forma a poder observar o comportamento do sujeito e a facilitar a cotação imediata das respostas. A figura que se segue sugere a disposição do sujeito e do material para examinadores destros e esquerdinos.

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Figura 1. Sugestão de disposição do sujeito, examinador e do material

Os materiais deverão ser colocados fora do alcance da visão da criança antes da sua aplicação e após esta serem novamente retirados, pelo que se aconselha a utilização de outra superfície (uma cadeira, por exemplo) para serem colocados.

O único material a permanecer sempre na mesa e à vista da criança será a folha de respostas e uma caneta para anotação dos resultados.

Manuseamento dos materiais de teste

A WISC-III é constituída pelos seguintes materiais:

 Manual;

 Folha de Registo, que inclui folha de respostas para o subteste Código (Partes A e B);

 Caderno de Estímulos, que inclui os itens para os subtestes Completamento de Gravuras, Aritmética e Cubos;

 Caixa com 15 conjuntos de cartões, que se destinam ao subteste Disposição de Gravuras;

 Cartão branco, para utilização no Item 3 do subteste Aritmética;

 Cartões com problemas de aritmética, para utilização nos Itens 17 a 24 do subteste Aritmética;

 Caixa com 9 cubos;

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biombo: trata-se de um cartão que se coloca na posição vertical e onde está impresso o modo estandardizado de apresentação das peças de Composição de Objectos);

 Caderno de Pesquisa de Símbolos (Partes A e B);

 Caderno de Labirintos;

 Grelhas de correcção para o subteste Código;

 Grelhas de correcção para o subteste Pesquisa de Símbolos.

O examinador deverá, ainda, dispor de dois lápis sem borracha e um cronómetro. Para facilitar a sessão de avaliação apresentam-se, de seguida, algumas sugestões relativas à organização e utilização dos materiais da WISC-III.

1) A Folha de Registo e o Manual devem estar dispostos de modo que não possam ser visualizados pelo sujeito.

2) Recomenda-se que o examinador guarde os materiais na pasta, quando estes já não são necessários (por exemplo, Caderno de Estímulos ou os puzzles do subteste Composição de Objectos).

3) O cronómetro deverá funcionar silenciosamente e permanecer fora do alcance visual do sujeito, podendo ser colocado, por exemplo, sobre o colo do examinador.

Relação e motivação

O estabelecimento de uma boa relação entre o sujeito e o examinador é fundamental para que a sessão de avaliação decorra de uma forma “positiva”.

Após o período de construção da relação, o examinador deverá fazer uma breve apresentação da Escala, adaptando a linguagem à idade do sujeito. Por exemplo, o examinador poderá dizer ao sujeito que este irá realizar algumas tarefas ou exercícios que, normalmente, agradam a todas as pessoas que fazem este teste. Poderá, também, referir que existem tarefas que ele (a) considerará mais fáceis e outras mais difíceis, mas que não se espera que ele(a) consiga responder correctamente a todas as questões. Deve salientar-se que apenas se pretende que ele (a) dê o seu melhor em cada um dos itens.

No decorrer da sessão de avaliação, o examinador deverá estar sempre atento a alterações no humor, bem como à colaboração do sujeito. Por vezes, introduzir uma breve

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conversa entre subtestes pode reavivar o interesse no novo subteste e reduzir a apreensão geral de um sujeito mais ansioso em relação à situação de avaliação. Se a criança ou adolescente parecer inquieto ou evidenciar sinais de fadiga, dever-se-á deixá-lo(a) caminhar pela sala ou dar-lhe um pequeno intervalo para que possa descontrair-se.

Em toda a avaliação, o examinador deve transmitir entusiasmo e interesse por aquilo que o sujeito está a fazer, elogiando-o e encorajando-o pelos esforços feitos. No entanto, e excepto quando especificado pelas instruções de administração, o examinador não deve indicar se uma resposta está correcta ou não. Se a criança ou adolescente manifesta um fraco desempenho num subteste e está consciente disso, o examinador deverá dizer: “Esse era difícil, mas vamos lá experimentar o próximo”.

Nos casos em que a criança ou adolescente diz que não consegue resolver uma tarefa, ou que não sabe responder a uma questão, dever-se-á encorajá-lo(a) dizendo “Tenta” ou “Aposto que consegues fazer isto. Tenta de novo”. Se a criança ou adolescente pede ajuda, deverá dizer-se qualquer coisa do tipo “Eu quero ver o que é que consegues fazer sozinho(a)”.

5.2. Administração da WISC-III

Sequência de apresentação dos subtestes

Comparativamente à WISC e à WISC-R, a primeira diferença na administração da WISC-III refere-se à ordem de administração dos subtestes. Na Tabela 4 apresenta-se a ordem recomendada para a sua administração.

Tabela 4. Ordem recomendada para a administração dos subtestes 1 Completamento de Gravuras 2 Informação 3 Código 4 Semelhanças 5 Disposição de Gravuras 6 Aritmética 7 Cubos 8 Vocabulário 9 Composição de Objectos

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12 Memória de Dígitos (subteste verbal opcional) 13 Labirintos (subteste de realização opcional)

A sequência de aplicação inicia-se com o subteste Completamento de Gravuras, que introduz o conjunto da escala de maneira animada e não verbal, o que parece agradar à maioria dos sujeitos. Os subtestes verbais e de realização são administrados alternadamente para tornar a sessão de avaliação mais variada e interessante.

Caso o sujeito manifeste uma dificuldade particular face a um subteste ou se recuse a responder-lhe, o examinador poderá prosseguir com o subteste seguinte e regressar mais tarde ao subteste que está em falta.

Critérios de início e de interrupção dos subtestes

Os critérios de início e as regras de interrupção dos subtestes estão incluídos nas instruções de administração específicas para cada subteste, estando também descritos, de forma abreviada, na Folha de Registo.

Nos subtestes Semelhanças, Composição de Objectos, Compreensão e Memória de Dígitos, todos os sujeitos começam com o Item 1. Nos subtestes Código e Pesquisa de Símbolos, as Formas A ou B são administradas de acordo com a idade da criança, não sendo considerado o nível estimado de competência do sujeito. Nos restantes subtestes, três verbais e quatro de realização, os sujeitos iniciam a tarefa em diferentes pontos da sequência, em função das suas idades. No entanto, os sujeitos suspeitos de possuírem dificuldades cognitivas, ou com outros síndromas clínicos, devem começar pelo Item 1.

Os sete subtestes cujos pontos de início se baseiam na idade distribuem-se por dois grupos. O primeiro grupo inclui os subtestes Completamento de Gravuras, Informação, Aritmética e Vocabulário. Nestes subtestes, se o sujeito obtém a cotação máxima nos dois primeiros itens administrados, é-lhe atribuída a pontuação total dos itens precedentes que não foram aplicados. Caso o sujeito não obtenha a cotação máxima nos dois primeiros itens administrados, o examinador deverá aplicar os itens precedentes, na sequência inversa, até que o sujeito resolva correctamente dois itens consecutivos. As Figuras 2, 3 e 4 ilustram este procedimento.

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Figura 2. Exemplo de aplicação na sequência inversa: o item de início e o item precedente foram realizados com sucesso

No exemplo da Figura 2, o sujeito obtém cotação positiva no Item 8, item de início para o seu grupo etário, mas fracassa no Item 9. Assim, o examinador administra os itens em sentido inverso, e propõe o Item 7, no qual o sujeito obtém sucesso. Uma vez que o sujeito obtém, consecutivamente, a cotação positiva nos Itens 8 e 7, são-lhe creditados, automaticamente, os pontos dos seis primeiros itens. De seguida, o examinador deverá apresentar ao sujeito o Item 10. É de notar que na coluna direita o “número 1” não está inscrito

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Figura 3. Exemplo de aplicação na sequência inversa: o item de início foi realizado com sucesso, mas houve fracasso no item seguinte e no precedente

No exemplo ilustrado na Figura 3, o sujeito obteve a cotação máxima no Item 8, item de partida, mas falhou o Item 9. O examinador administrou, então, os itens na sequência inversa e aplicou o Item 7, que o sujeito falhou. Assim, o examinador prossegue com a aplicação dos itens no sentido inverso e o sujeito obtém a cotação máxima nos Itens 6 e 5. Desta forma, os critérios foram alcançados, pelo que se consideraram bem sucedidos os itens precedentes (Itens 1 a 4). O examinador passou então à aplicação do Item 10.

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Figura 4. Exemplo de aplicação na sequência inversa: houve fracasso no item de início

No exemplo ilustrado na Figura 4, o sujeito não conseguiu realizar o item proposto (Item 8). O examinador aplicou, então, os itens na sequência inversa e o sujeito obteve a cotação máxima nos Itens 6 e 7. Os critérios foram alcançados pelo que se consideraram bem sucedidos os itens precedentes (Itens 1 a 5). O examinador passou então à aplicação do Item 9. Quanto ao segundo grupo de subtestes, cujos pontos de início se baseiam na idade do sujeito, este inclui Disposição de Gravuras, Cubos e Labirintos. Nestes subtestes, se o sujeito não obtém um resultado perfeito no primeiro item administrado (com excepção das

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item, ou ao item exemplo, e administrar os itens na sequência normal, até que seja alcançado o critério de interrupção.

O critério de interrupção para todos os subtestes, excepto Composição de Objectos, Código e Pesquisa de Símbolos, corresponde a um número específico de insucessos consecutivos. Para os subtestes que possuem um procedimento de aplicação em sequência inversa, o critério de interrupção aplica-se aos itens administrados nessa sequência (quando se verifica um insucesso em um dos dois itens de partida e nos itens seguintes). Se o procedimento de aplicação diz respeito à sequência normal, o critério de interrupção é aplicado sobre os itens respondidos pelo sujeito.

Seguem-se alguns dos termos referidos neste Manual:

Insucesso, significa sempre um resultado de zero. Quando são possíveis dois ensaios, como acontece nos subtestes Disposição de Gravuras, Cubos e para todos os itens no subteste Memória de Dígitos, o insucesso (0 pontos) ocorre apenas se o sujeito falha ambos os ensaios;

Sucesso, significa crédito parcial num item, que apresenta múltiplas pontuações;

Resultado perfeito, significa pontuação máxima, excluindo os pontos de bonificação;

Crédito total, significa o número máximo possível de pontos, incluindo os pontos de bonificação.

Se o examinador não está seguro quanto à cotação de um determinado item e não consegue determinar rapidamente se deve, ou não, interromper o subteste, é aconselhável aplicar itens adicionais até que tenha a certeza de que foi alcançado o critério de interrupção. Se, após a revisão das cotações, for evidente que o subteste deveria ter sido interrompido mais cedo, o examinador não deverá ter em consideração os itens administrados indevidamente e resolvidos após o critério de interrupção ter sido alcançado.

A Tabela 5 resume os critérios de inicio e de interrupção, e fornece informações adicionais acerca da administração de cada um dos subtestes.

Cronometragem

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esta razão, é necessária a utilização de um cronómetro. Em todos estes subtestes a resposta a cada item é cronometrada, com excepção dos subtestes Código e Pesquisa de Símbolos, para os quais são concedidos 120 segundos.

Os limites de tempo, para cada um dos subtestes cronometrados, fazem parte das instruções. O tempo utilizado para repetir uma questão ou precisar as instruções gerais deve ser incluído no tempo total de desempenho nesse item.

Se o sujeito está prestes a completar um item quando termina o tempo limite, o examinador deverá permitir que este termine a tarefa, a fim de manter a sua motivação. No entanto, deve cotar-se apenas o trabalho completado dentro do tempo limite.

Para os subtestes que não têm um tempo limite estabelecido, um intervalo entre 15 a 20 segundos é, geralmente, o tempo necessário para que o sujeito comece a responder.

Repetição dos itens e aprofundamento de respostas

O examinador pode repetir questões e instruções gerais, nos casos em que o sujeito solicite a sua repetição ou pareça não ter compreendido a tarefa, a não ser que as regras de administração o proíbam, como é o caso do subteste Memória de Dígitos.

No que diz respeito aos itens verbais, devem ser questionadas todas as respostas pouco claras ou ambíguas.

O examinador não deverá questionar respostas claramente incorrectas, a não ser que as instruções do item assim o digam. Os questionamentos inadequados podem fornecer sugestões ou pistas que indicarão ao sujeito a solução correcta e, consequentemente, contribuir para um resultado inflacionado.

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Tabela 5. Resumo dos critérios de administração dos subtestes 1. Completamento de Gravuras

Critério de Início

Começar com o Item Exemplo em todas as idades; depois continuar com o item correspondente à idade do sujeito: 6 - 7 anos: Item 1 8 - 9 anos: Item 5 10 - 13 anos: Item 7 14 - 16 anos: Item 11  Critério de Interrupção

Após 6 insucessos consecutivos.

 Entre os 8 e os 16 anos de idade, caso o sujeito não obtenha 1 ponto nos dois primeiros itens administrados, aplicar os itens precedentes na sequência inversa, até que alcance sucesso em dois itens consecutivos.

Tempo máximo de resposta: 20 segundos para cada item.

 É permitida a correcção das respostas no Item Exemplo, bem como nos Itens 1 e 2. 2. InformaçãoCritério de Início 6 - 7 anos: Item 1 8 - 10 anos: Item 5 11 - 13 anos: Item 8 14 - 16 anos: Item 11  Critério de Interrupção

Após 5 insucessos consecutivos.

 Entre os 8 e os 16 anos de idade, caso o sujeito obtenha insucesso em qualquer um dos dois primeiros itens administrados, aplicar os itens precedentes na sequência inversa, até que alcance sucesso em dois itens consecutivos.

 É permitida a correcção da resposta no Item 1 3. CódigoCritério de Início 6 - 7 anos: Parte A 8 - 16 anos: Parte B  Critério de Interrupção Após 120 segundos.

 Nos Itens Exemplo é permitida a correcção das respostas

(27)

Tabela 5. Resumo dos critérios de administração dos subtestes 4. Semelhanças

Critério de Início

6 - 16 anos: Item Exemplo

Critério de Interrupção

Após 4 insucessos consecutivos.

 Em caso de insucesso nos itens 1 e 2, é permitido ao examinador fornecer um exemplo de uma resposta de 1 ponto.

 Se o sujeito der uma resposta de 1 ponto ao Item 6, fornecer um exemplo de uma resposta de 2 pontos.

5. Disposição de Gravuras

Critério de Início

Começar com o Item Exemplo em todas as idades; depois continuar com o item correspondente à idade do sujeito:

6 - 8 anos: Item 1 9 - 16 anos: Item 3

Critério de Interrupção

Após 4 insucessos consecutivos.

 Entre os 9 e os 16 anos de idade, caso o sujeito obtenha insucesso no Item 3, administrar os Itens 1 e 2.

 É permitido rectificar a disposição dos cartões nos Itens 1 e 2.

Tempo máximo de resposta: específico para cada item.Pontos de bonificação: apenas para os Itens 3 a 14.

6. AritméticaCritério de Início 6 anos: Item 1 7 - 8 anos: Item 6 9 – 12 anos: Item 12 13 – 16 anos: Item 14  Critério de Interrupção

Após 3 insucessos consecutivos.

 Entre os 7 e os 16 anos de idade, caso o sujeito obtenha insucesso em qualquer um dos dois primeiros itens administrados, aplicar os itens precedentes na sequência inversa, até que alcance sucesso em dois itens consecutivos.

(28)

Pontos de bonificação: apenas para os Itens 19 a 24.

Tabela 5. Resumo dos critérios de administração dos subtestes 7. Cubos

Critério de Início

6 – 7 anos: Item 1 8 - 16 anos: Item 3

Critério de Interrupção

Após 2 insucessos consecutivos.

 Entre os 8 e os 16 anos de idade, caso o sujeito obtenha insucesso no ensaio 1 do Item 3, administrar o ensaio 2. Quer passe ou não no ensaio 2, administrar os Itens 1 e 2.

Tempo máximo de resposta: especifico para cada item.Pontos de bonificação: apenas para os Itens 4 a 12.

8. VocabulárioCritério de Início 6 – 8 anos: Item 1 9 - 10 anos: Item 3 11 – 13 anos: Item 5 14 – 16 anos: Item 7  Critério de Interrupção

Após 4 insucessos consecutivos.

 Entre os 9 e os 16 anos de idade, caso o sujeito não obtenha 2 pontos (o que corresponde a insucesso ou a crédito parcial) em qualquer um dos dois primeiros itens administrados, aplicar os itens precedentes na sequência inversa até que o sujeito alcance sucesso em dois itens consecutivos.

 É permitida a correcção das respostas no Item 1. 9. Composição de Objectos

Critério de Início

6 – 16 anos: Item Exemplo

Critério de Interrupção

São administrados todos os itens.

 É permitida a correcção da composição no Item 1.

Tempo máximo de resposta: especifico para cada item.Pontos de bonificação: apenas para os Itens 1 a 5.

(29)

Tabela 5. Resumo dos critérios de administração dos subtestes 10. Compreensão

Critério de Início

6 – 16 anos: Item 1

Critério de Interrupção

Após 3 insucessos consecutivos.

 É permitida a correcção das respostas no Item 1. 11. Pesquisa de SímbolosCritério de Início 6 – 7 anos: Parte A 8 - 16 anos: Parte B  Critério de Interrupção Após 120 segundos.

 É permitida a correcção das respostas nos Itens de treino. 12. Memória de Dígitos

Critério de Início

6 – 16 anos: Item 1 Dígitos em Sentido Directo 6 - 16 anos: Item Exemplo Dígitos em Sentido Inverso

Critério de Interrupção

Após insucesso em ambos os ensaios de uma mesma série.

 Administrar ambos os ensaios de cada item, quer o sujeito tenha ou não obtido sucesso no primeiro ensaio.

 Administrar os Dígitos em Sentido Inverso, ainda que a cotação em Dígitos em Sentido Directo seja igual a 0.

 É permitida a correcção das respostas no Item Exemplo dos Dígitos em Sentido Inverso. 13. Labirintos

Critério de Início

6 – 7 anos: Labirinto Exemplo 8 - 16 anos: Labirinto 4

Critério de Interrupção

(30)

aplicar o Item Exemplo e os labirintos 1 a 3 na sequência normal; Caso o sujeito obtenha crédito parcial (1 ponto) no labirinto 4 administrar, apenas, os labirintos 1 a 3 na sequência normal.

 É permitida a rectificação dos traçados nos labirintos 1 e 2.

Tempo máximo de resposta: especifico para cada item.

5.3. Cotação das respostas na WISC-III

As instruções para registo e cotação do desempenho do sujeito em cada subteste, são fornecidas no Capítulo 6 deste Manual. Para a maioria dos itens da WISC-III, os procedimentos de cotação são bastante objectivos, deixando pouco ou nenhum espaço à interpretação destes critérios.

Considerações relativas a cotações específicas 1) Utilização de exemplos de resposta

A cotação das respostas aos subtestes Semelhanças, Vocabulário e Compreensão, bem como a alguns itens do subteste Informação, são avaliadas de acordo com critérios de cotação específicos para cada item.

Para os itens que são cotados com 1 e 0 pontos (por exemplo, ver os cinco primeiros itens do subteste Semelhanças) é atribuído 1 ponto a qualquer resposta do mesmo nível ou superior aos exemplos de respostas de 1 ponto e são atribuídos 0 pontos a qualquer resposta equivalente ou inferior aos exemplos de respostas de 0 pontos. O mesmo princípio determina a atribuição de cotação aos itens com vários pontos (2, 1 e 0). Neste caso, o examinador atribui 2 pontos sempre que a resposta é de um nível idêntico, ou mesmo superior, aos exemplos propostos para as respostas de 2 pontos. Atribui 0 pontos se a resposta é equivalente ou inferior aos exemplos de respostas de 0 pontos e concede 1 ponto se a resposta é equivalente, na sua qualidade, aos exemplos de respostas de 1 ponto.

A qualidade de uma resposta é avaliada a partir do seu conteúdo, e não em função do seu estilo ou extensão. O resultado de um sujeito num item verbal nunca deve ser penalizado devido a um uso incorrecto da gramática ou a uma pronúncia pobre.

(31)

A Folha de Registo da WISC-III foi construída para facilitar ao máximo a administração e cotação dos subtestes. Esta folha dispõe de espaços reservados para o registo e cotação das respostas do sujeito, bem como informações relativas aos critérios de início e de interrupção, tempos limite e outros esclarecimentos que facilitam a concretização de uma administração apropriada da Escala, como é o caso da indicação dos subtestes que necessitam de ser cronometrados. A Folha de Registo inclui, ainda, uma folha destacável para o subteste Código (Parte A e Parte B).

Na Folha de Registo, o examinador deverá anotar informações acerca do sujeito, bem como os resultados obtidos por subteste. Nas suas páginas existem ainda espaços que permitem calcular a idade do sujeito, registar os resultados brutos dos subtestes e convertê-los em resultados padronizados, QIs e em Índices Factoriais. Existe, também, um espaço para a construção de um perfil gráfico de resultados, por subteste, QI e Índice Factorial. A Folha de Registo contém, igualmente, um campo para registar observações acerca do comportamento do sujeito.

Cálculo da idade cronológica do sujeito

Para obter a idade exacta do sujeito, deve introduzir-se nos espaços apropriados a data da avaliação e a data de nascimento (ver Figura 5). Se o sujeito completar a Escala em duas sessões, para efeitos de cálculo, deve considerar-se apenas a data da primeira avaliação. Para calcular a idade cronológica do sujeito, o examinador deverá subtrair a data de nascimento à data de avaliação.

Para estes cálculos, considera-se que todos os meses têm 30 dias. Os dias de idade não são arredondados para o mês mais próximo. Por exemplo, a idade de 6 anos, 1 mês e 26 dias não é arredondada para 6 anos e 2 meses; tal como uma idade calculada de 8 anos, 11 meses e 29 dias não é arredondada para 9 anos e 0 meses, ainda que a criança esteja muito próxima dessa idade.

(32)

Registo das respostas e das pontuações

Ao longo da administração da WISC-III, o examinador deve fazer algum tipo de anotação na Folha de Registo, no que diz respeito aos itens que o sujeito tenta resolver, distinguido-os, deste modo, dos itens omitidos. A anotação poderá ser uma pontuação, uma indicação de sucesso ou insucesso no item ou a própria resposta do sujeito.

Quando o examinador tem dúvidas na cotação de uma resposta, deverá registar informações suficientes acerca da mesma, para que seja possível uma avaliação posterior. Para os subtestes Semelhanças, Vocabulário e Compreensão é preferível registar literalmente todas as respostas do sujeito. Frequentemente, dá-se o caso do examinador re-analisar as respostas com o objectivo de ajustar a cotação.

Por outro lado, a avaliação qualitativa das respostas pode proporcionar informação clínica bastante útil.

As abreviaturas que se seguem poderão ser úteis no registo das respostas:

S (Sucesso) O sujeito desempenha correctamente a tarefa solicitada. I (Insucesso) O sujeito desempenha incorrectamente a tarefa solicitada. Q (Questionamento) O examinador coloca uma questão para clarificar a

resposta do sujeito.

NSR (Não sabe responder) O sujeito diz “não sei” ou indica, de uma outra forma, a sua incapacidade de responder ao item.

NR (Não responde) O sujeito não responde a um item, nem verbal, nem gestualmente.

INC (Incompleto) O sujeito não completa um item cronometrado, dentro do limite de tempo especificado.

R (Rotação) Ver o subteste Cubos para uma descrição mais detalhada.

O subteste Completamento de Gravuras sugere duas abreviaturas, AC e AI, que podem ser utilizadas no registo das respostas aos seus itens.

AC (Apontar correctamente) O sujeito aponta para a parte correcta da gravura. AI (Apontar incorrectamente) O sujeito aponta para a parte incorrecta da gravura.

(33)

examinador deverá anotar o tempo despendido pelo sujeito na realização da tarefa.

Para todos os subtestes, os resultados passíveis de serem obtidos por item figuram na coluna “Cotação”, da Folha de Registo.

Cálculo dos resultados padronizados, QIs, e Índices Factoriais

Após a cotação das respostas de todos os subtestes, o examinador deverá respeitar um conjunto de etapas que culminam com a conversão dos resultados brutos em resultados padronizados. Estes resultados são, então, utilizados no cálculo das subescalas Verbal, de Realização e Escala Completa. Os resultados para os três Índices Factoriais são, igualmente, calculados a partir do somatório dos resultados padronizados de alguns dos subtestes.

1) Conversão dos resultados brutos em resultados padronizados

A Figura 6 apresenta um exemplo da Página de Resumo, que consta da Folha de Registo. Nesta figura existem várias secções que se encontram identificadas com letras (A, B, C, D, E, F e G), que posteriormente serão analisadas.

(34)

Para converter os resultados brutos em resultados padronizados, deverão respeitar-se várias etapas. Esta conversão tem em consideração a idade do sujeito (ver secção B). A idade cronológica, calculada em anos, meses e dias determina qual a página da Tabela 36 (cf. Anexo A) que deverá ser utilizada. Cada página desta Tabela fornece resultados padronizados para um intervalo de 6 meses de idade.

 Após o cálculo dos resultados brutos de cada subteste, através do somatório dos resultados obtidos nos vários itens, deverão transferir-se esses valores para a respectiva coluna da Página de Resumo. Os subtestes estão listados de acordo com a ordem de administração (ver secção C).

(35)

deverá procurar na coluna correspondente a um dado subteste o resultado bruto obtido pelo sujeito.

 Caso o examinador pretenda calcular os resultados para os três Índices Factoriais, deverá inserir, também, os resultados padronizados nas respectivas colunas.

2) Cálculo dos somatórios de resultados padronizados

O resultado da subescala Verbal corresponde ao somatório dos resultados padronizados dos cinco subtestes verbais de aplicação obrigatória. Do mesmo modo, o resultado da subescala de Realização corresponde ao somatório dos resultados padronizados obtidos nos cinco subtestes de realização obrigatórios. O resultado da Escala Completa corresponde ao somatório dos resultados obtidos nas subescalas Verbal e de Realização, ou seja, é a soma dos resultados padronizados dos dez subtestes obrigatórios. Da mesma forma, o resultado de cada um dos três Índices Factoriais é obtido através do somatório dos resultados padronizados dos subtestes que os constituem (ver secção C).

Se todos os subtestes - os seis verbais e os sete de realização - forem administrados, os resultados padronizados dos subtestes Memória de Dígitos, Pesquisa de Símbolos e Labirintos não devem ser utilizados nos cálculos do resultado das subescalas Verbal e de Realização e da Escala Completa. No entanto, o subteste Pesquisa de Símbolos deverá ser administrado, caso o examinador pretenda calcular o Índice Factorial Velocidade de Processamento.

Na situação de o examinador administrar um número de subtestes inferior a cinco na subescala Verbal ou de Realização, poder-se-á recorrer aos subtestes opcionais: se um dos subtestes inutilizado pertence à subescala Verbal, o subteste Memória de Dígitos pode ser administrado em substituição; se um dos subtestes da subescala de Realização não puder ser utilizado, o subteste Labirintos poderá ser incluído como um subteste de realização alternativo. O subteste Pesquisa de Símbolos apenas pode substituir o subteste Código, no cálculo do resultado da subescala de Realização.

Se apenas dispomos de resultados de quatro subtestes para a subescala Verbal ou de Realização, o respectivo somatório deverá ser calculado proporcionalmente, para obter o resultado (Verbal ou de Realização) que será utilizado no cálculo dos QIs. Este cálculo proporcional é feito multiplicando o somatório dos quatro resultados padronizados

(36)

(ou 1.25).

3) Cálculo dos QIs e Índices Factoriais

As Tabelas 37-39 apresentam as equivalências em QI, dos resultados das subescalas Verbal, de Realização e Escala Completa. As Tabelas 40-42 devem ser utilizadas para converter os resultados de Compreensão Verbal, Organização Perceptiva e Velocidade de Processamento em Índices Factoriais.

Todos os resultados referidos anteriormente - resultados padronizados por subteste, QI Verbal, QI de Realização, QI da Escala Completa e Índices Factoriais - podem ser representados graficamente na Página de Resumo (ver secções E, F e G).

Note-se que os resultados do QI da Escala Completa, apresentados na Tabela 39, não se estendem para além dos limites, inferior e superior, de 40 e 160. Qualquer resultado que saia fora destes limites é difícil de interpretar, uma vez que não se baseia numa evidência empírica, mas sim numa extrapolação. Se o resultado do sujeito se situar fora dos limites de fiabilidade do teste, a sua interpretação deverá ser efectuada com a maior precaução.

Um resultado bruto de 0 pontos num subteste, não significa que o sujeito seja completamente desprovido da aptidão medida por esse subteste, mas apenas que a capacidade do sujeito não pode ser apreciada através da tarefa específica deste subteste. No entanto, para que seja possível calcular os QIs, é necessário que o sujeito obtenha resultados brutos superiores a 0, em pelo menos três subtestes de cada subescala.

Precisão no registo dos resultados

Apesar dos passos relativos à aplicação e cotação dos subtestes serem simples e lógicos na sua essência, as imprecisões e os erros são comuns, podendo originar resultados falsos, devendo-se ter os seguintes cuidados:

 Registar, de modo exacto e legível, a pontuação de cada item administrado.

 Para os sujeitos mais velhos; que tenham iniciado os subtestes Completamento de Gravuras, Disposição de Gravuras, Cubos, Labirintos, Informação, Aritmética e Vocabulário em itens mais avançados, o examinador deve certificar-se de que foram atribuídos os pontos correspondentes aos primeiros itens, não administrados.

(37)

tarefa, o examinador deve certificar-se da sua inclusão na pontuação do item.

 Verificar duas vezes a adição das pontuações dos itens, aquando do cálculo dos resultados brutos dos subtestes.

 Transferir o resultado bruto de cada subteste para a coluna dos resultados brutos das Páginas de Resumo e verificar a exactidão dessa transferência.

 Verificar o cálculo da idade cronológica do sujeito, depois de ter conferido a sua data de nascimento e a data de avaliação.

 Para evitar erros na conversão dos resultados brutos em padronizados, assim como dos somatórios dos resultados padronizados em QIs ou em Índices Factoriais, o examinador deve repetir os passos precedentes, utilizando as respectivas tabelas de conversão.

(38)

6. INSTRUÇÕES PARA APLICAÇÃO E AVALIAÇÃO DO

TESTE

INSTRUÇÃO GERAL PARA OS SUBTESTES: Vou apresentar alguns jogos e fazer algumas perguntas para ver o que já aprendeste na escola. Algumas tarefas são fáceis e outras difíceis. Se não souberes fazer ou responder alguma coisa não faz mal, pois é porque ainda não aprendeste. Algumas vezes, vou usar o relógio para marcar o tempo que levas para responder e anotar as respostas para não esquecer. Podemos começar?

1. C

OMPLETAMENTO

DE

G

RAVURAS

Material

 31 cartões do subteste de Completar Figuras (incluindo o cartão de exemplo) do Livro de Estímulos

 Cronómetro.

Descrição

Para cada item deste subteste, a criança observa a gravura e nomeia ou aponta a parte importante que falta.

O tempo máximo de resposta para cada uma das gravuras é de 20 segundos.

Início

Idades 6 – 7 anos: apresentar o exemplo seguido do Item 1 Idades 8 – 9 anos: apresentar o exemplo seguido do Item 5 Idades 10 – 13 anos: apresentar o exemplo seguido do Item 7 Idades 14 – 16 anos: apresentar o exemplo seguido do Item 11

(39)

Observações

 Permitir correcções nos dois primeiros itens em qualquer grupo etário

 Se uma criança com idade compreendida entre os 8 e os 16 anos conseguir obter a pontuação máxima nos primeiros itens que lhe são aplicados, atribuir os pontos correspondentes a todos os itens anteriores

Regra de retrocesso

 Se a criança de 8 a 16 anos não responder correctamente a qualquer um dos dois primeiros itens administrados, devem aplicar-se os itens precedentes em sentido

inverso, até que obtenha êxito em dois itens consecutivos

 Nos itens anteriores não são permitidas quaisquer correcções

Interrupção

Após 6 insucessos consecutivos

Instruções

 Antes de apresentar a primeira gravura, dizer:

“Vou mostrar-te uns desenhos. Em cada um deles falta uma parte. Observa cada desenho com atenção e diz-me qual é a parte que lhe falta.”

Colocar o bloco de Completamento de Gravuras diante da criança, abri-lo no Item Exemplo e dizer:

“Agora, observa este desenho. Qual é a parte importante que lhe falta?” (duração máxima de exposição de 20 segundos)

 Se a criança responder correctamente, administrar o item inicial correspondente à sua idade e dizer:

“E neste, o que é que lhe falta?”

(40)

 Se a resposta verbal da criança for ambígua, dizer, apontando para o desenho: “Sim, mas mostra-me qual é a parte que falta.”

 Permita um tempo limite de exposição de 20 segundos para cada item.

 Se a criança responder incorrectamente ou não conseguir responder em 20 segundos o item do exemplo, dê a ajuda indicada para este item.

 Se a criança responder incorrectamente ou não conseguir responder em 20 segundos o item 1 ou 2, pontue com 0 pontos o referido item e dê a ajuda indicada.

 Nos restantes itens não é dada qualquer ajuda. Se a criança não conseguir indicar a parte omissa nos 20 segundos, quer seja nomeando-a ou apontando para ela, atribuir 0 pontos a esse item e apresentar o item seguinte. Se responder incorrectamente, passar ao item seguinte, mesmo que os 20 segundos não tenham ainda sido esgotados.

Se necessário, podem fazer-se as seguintes recomendações, mas tendo presente que cada uma delas só poderá ser feita uma vez no decurso da administração do subteste.

 Se a criança nomear o objecto representado na gravura e não a parte omissa, dizer: “Sim, mas qual é a parte que falta’”

 Se a criança indicar uma parte que não aparece na gravura(Ex.: perna do homem no item 6), anotar a resposta e dizer:

“É no desenho que falta uma parte. O que é que falta?”

 Se a criança indica uma parte não essencial ou acessória (Ex.: a coisa para segurarmos o balde da tinta no item 13), deve anotar-se a resposta e dizer:

“Sim, mas qual é a parte mais importante que falta?”

 Se a criança responder correctamente, após qualquer uma dessas recomendações, pontuar como correcta a resposta

(41)

Administração dos itens

Itens Respostas Aceitáveis

Exemplo: Lápis Bico (ponta, extremidade do lápis). Se a criança falhar este item, dizer, apontando “Olha, falta o bico.”

6 – 7 ANOS

1. Raposa  Orelha

Se a criança falhar no item 1, dizer, apontando “Olha, falta a orelha.”

2. Caixa de cartão  Tampa

Se a criança falhar no item 2, dizer, apontando “Olha, falta a tampa da caixa de cartão.”

3. Gato  Bigodes

4. Mão  Unha (verniz) no dedo mindinho

8 – 9 ANOS

5. Elefante  Pata (perna, pé)

6. Homem Bracelete (pulseira, parte) do relógio

10 – 13 ANOS

7. Porta Dobradiça

8. Espelho  Reflexo da boneca (boneca dentro do espelho) Se a criança responder “A boneca”, dizer

“Mostra-me onde é que falta.”

9. Relógio  Número 11 (o 1 ao pé, a seguir, próximo, ao lado do 1). Se a criança responder “Um número”, dizer

“Mostra-me onde é que falta.”

10. Cómoda  Puxador

Itens Respostas Aceitáveis

14 – 16 ANOS

11. Cinto  Buracos (furos, orifícios, ilhós)

12. Folha  Nervuras (veios)

13. Escadote  Degrau

(42)

Se a criança responder “A sobrancelha”, dizer “Mostra-me onde é que falta.”

15. Dados  6ª pinta no topo do dado direito Se a criança responder “A pinta”, dizer “Mostra-me onde é que falta.”

16. Banheira  Ralo (saída, furo) da banheira (buraco por onde sai a água)

17. Lâmpada Filamentos (fios)

18. Apito  Abertura (fenda, fresta, ranhura, furo, orifício, buraco)

19. Piano Teclas pretas (sustenidos, bemóis)

20. Tesoura  Parafuso

21. Perfil masculino Sobrancelha

Se a criança responder “As pestanas”, dizer “Mostra-me onde é que falta.”

22. Termómetro  Mercúrio (álcool) no reservatório

Se a criança responder “O mercúrio”, “O álcool” ou “Aquela coisa vermelha”, dizer

“Mostra-me onde é que falta.”

23. Grade  Uma parte (bocado, secção, tábua) da grade (do gradeamento)

24. Laranja  Separação entre dois gomos (linha do gomo)

Se a criança responder “As sementes” ou “Os caroços”, dizer “Diz-me qual é a outra parte que falta.”

Conceder 20 segundos suplementares

Itens Respostas Aceitáveis

25. Peixe  Guelras (opérculos, aparelho respiratório)

26. Supermercado  Rótulos (etiquetas, autocolantes) nas latas

27. Telefone  Fio que liga o auscultador à base do telefone Se a criança responder “O fio” ou “A corda”, dizer “Mostra-me onde é que falta.”

28. Guarda-chuva  Varetas

29. Casa  Sombra da árvore

Se a criança responder “A sombra”, dizer “Mostra-me onde é que falta.”

(43)

Cotação

Atribuir 1 ponto a cada resposta correcta e a cada um dos itens não administrados, anteriores ao item inicial correspondente à idade da criança.

Atribuir 0 pontos a um item se a criança responder incorrectamente ou não responder durante os 20 segundos permitidos.

A maior parte das crianças indica verbalmente a parte omissa. Por vezes, a criança pode simplesmente apontar. Se a criança apontar para o lugar correcto, atribuir 1 ponto; porém, se apontar para o local correcto mas der uma resposta verbal claramente incorrecta, atribuir 0 pontos (Ex.: no item 16, da banheira, apontar correctamente para a área do escoamento, mas dizer que falta a água).

Algumas crianças poderão não saber ou não se recordar do nome exacto da parte que falta, utilizando um sinónimo ou descrevendo essa parte por palavras próprias. Este tipo de resposta é considerado correcto (Ex.: “uma coisa que se utiliza para puxar ou abrir” para o item 10, cómoda).

A secção “Administração dos itens” inclui uma lista de respostas e, entre parênteses, exemplos de respostas dadas pelas crianças. Estas respostas são igualmente aceitáveis e deverão ser classificadas com 1 ponto.

Antes de atribuir pontuação a um item, o examinador deve estar razoavelmente seguro de que a resposta da criança é realmente a resposta correcta. Como já foi indicado atrás, quando houver qualquer dúvida em relação à resposta da criança, dizer:

“Mostra-me qual é a parte importante que falta.” Isto é particularmente relevante nos seguintes casos:

 quando a criança utiliza palavras imprecisas ou palavras inventadas para a parte omissa (Ex.: “barba” em vez de “bigodes” no item 3, gato)

(44)

que aponte a parte omissa a fim de se poder determinar se ela se refere ao fio correcto; o item é fracassado se a criança apontar para o local incorrecto.

(45)

2. I

NFORMAÇÃO

Material

 Os itens do subteste Informação encontram-se neste Manual

Descrição

Este subteste compreende diversas questões de informação geral, às quais a criança deve responder oralmente.

Início

Idades 6 – 7 anos: Item 1

Idades 8 – 10 anos: Item 5

Idades 11 – 13 anos: Item 8

Idades 14 – 16 anos: Item 11

Observações

 Se uma criança com idade compreendida entre os 8 e os 16 anos acertar os dois primeiros itens que lhe são aplicados, atribuir os pontos correspondentes a todos os itens anteriores

Regra de retrocesso

 Se a criança de 8 a 16 anos não responder correctamente a qualquer um dos dois primeiros itens administrados, devem aplicar-se os itens precedentes em sentido

inverso, até que obtenha êxito em dois itens consecutivos

(46)

Instruções

 Dizer à criança:

“Vou fazer-te algumas perguntas às quais gostaria que me respondesses.”

 Começar pelo item correspondente à idade da criança. Ler cada questão exactamente como está formulada.

 Se a resposta não for clara, é permitido dizer:

“Explica-me um pouco melhor” ou “E mais?”

No entanto, de modo algum se deve soletrar as palavras ou fazer perguntas que orientem a criança.

Se a criança falhar no Item 1, apontar novamente para o nariz, dizendo: “Isto é o nariz.”

 Encorajar a criança a verbalizar a resposta correcta. De seguida, proceder à aplicação do Item 2, mas não dar mais ajuda à criança, excepto a que já foi indicada anteriormente (“Explica-me um pouco melhor”).

 Para determinados itens, a resposta da criança pode indicar que entendeu ou compreendeu mal o sentido exacto da questão. Repetir a questão se a criança a compreendeu mal.

 Utilizar as indicações suplementares apresentadas na secção “Administração dos itens”.

(47)

Administração dos itens

Itens Respostas Aceitáveis

6 – 7 ANOS

1. “O que é isto?”

(o examinador aponta para o seu nariz.)

 Nariz

Se a criança errar neste item, apontar novamente para o nariz e dizer:

“Isto é o nariz.”

2. “Que animal nos dá o leite?”

 Vaca, cabra, chiba, ovelha. A mãe (apenas se a criança se refere à amamentação)

Aceitar só animais do sexo feminino, se a criança diz por

exemplo “mémé”, cotar com 0 pontos.

3. “Quantas pernas tem um cão?”

 Quatro

4. “O que temos de fazer para ferver a água?”

 Aquecê-la. Encher a cafeteira e ligá-la à corrente (luz). Pô-la ao lume (fogo, fogão, micro-ondas). Acender o gás. Fazê-la atingir uma temperatura de 100ºC (ou qualquer resposta que indique que a água tem que ser aquecida ou exposta a uma fonte de calor).

Não aceitar a resposta “Pôr na panela”, mas questionar:

“E mais?”

8 – 10 ANOS

5. “Quantas coisas tem um par?”

 Duas

Se a criança perguntar “Um par de quê?”, responder:: “Do que tu quiseres.”

6. “Qual é o dia antes de Quinta-feira?”

 Quarta-feira

7. “Quais são as quatro estações do ano?”

 Primavera, Verão, Outono, Inverno

Não é necessário mencionar as estações nesta ordem. Se a criança mencionar apenas três, perguntar pela quarta.

Itens Respostas Aceitáveis

11 – 13 ANOS

(48)

9. “Quantas horas tem um dia?”

 Vinte e quatro

10. “Qual é o mês que tem mais um dia de 4 em 4 anos?”

 Fevereiro

14 – 16 ANOS

11. “Diz-me o nome de três oceanos.”

 A criança tem que mencionar 3 dos seguintes oceanos: Atlântico, Pacífico, Índico, Árctico e Antárctico

12. “Quem escreveu Os Lusíadas?”

 (Luis Vaz de) Camões

13. “De onde vem a resina?”

 Do pinheiro (abeto, etc.) A sua origem deve ser indicada.

Questionar as respostas “Das árvores” e “Da madeira” 14. “Para que serve o

estômago?”

 Digere (esmói, transforma, faz a digestão) a (da, os) comida (alimentos). Prepara a comida para a digestão. Transforma a comida para a digestão. Transforma a comida em líquido. Forma o quimo. Dissolve (trata, mistura, processa, reduz, desfaz) a comida (alimentos).

Aceitar todas as respostas que refiram uma noção de transformação dos alimentos.

Questionar as respostas “Armazena (guarda) a comida”; “Para

receber a comida” e “Para passar a comida para os intestinos”.

Não aceitar “Para comer”, “Para absorver os nutrientes” ou

“Separar a comida má da boa”.

Itens Respostas Aceitáveis 15. “Em que continente

fica o Brasil?”

 América (Americano). América do Sul (Latina)

16. “Como é que o oxigénio é lançado na atmosfera?”

 Através das plantas (folhas, árvores, flores). Através da fotossíntese

Não aceitar árvores ou plantas específicas, como por exemplo

“Pinheiro”

Referências

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