Fundamentos de
Carrier Ethernet
Jerônimo A. Bezerra
<jab@rnp.br>
Índice
•
Crescimento das redes metropolitanas
•
Ethernet e seus desafios
•
Metro Ethernet Forum -‐ papel, aEvidades e envolvimento
•
Introdução ao Metro Ethernet ou Carrier Ethernet
•
Comparação das tecnologias de transporte
•
Contextualização na Rede ReMeSSa
•
Sugestões para o futuro
Popularização das Redes Metro
•
Novas redes metropolitanas aparecendo a todo
momento:
–
Academia (RNP, Universidades), Telecom(xDSL),
etc.
•
MoEvos:
–
Demandas dos usuários
–
Custo da infraestrutura (fibra óEca, equipamentos)
–
Capacidade das interfaces de redes (100Gbps)
–
Simplicidade na operação
• Consolidação do protocol Ethernet (IEEE 802.3)
IEEE 802.3 ou Ethernet
•
Padronizado para LANs, em 1985;
•
Implementação simples e barata;
•
Mundialmente consolidado:
–
Custo de interface extremamente baixo;
•
Mas, não foi pensado para MAN:
–
Não possui separação de tráfego, impossibilitando a
criação de circuitos privados;
–
Sem gerência e confiabilidade;
–
Sem priorização de tráfego;
Ethernet: Evolução para atender MAN
• Nos anos 90, circuitos P2P e MP2MP foram viabilizados com o protocolo 802.1Q (VLAN);
– Com as novas técnicas de VLAN Stacking e VLAN translaEon, foi possível isolar usuários e núcleo da rede;
• Protocolos como QinQ, PBB e PBB-‐TE foram criados, resolvendo diversos problemas:
– C-‐VLAN versus S-‐VLAN, Aprendizado de MAC dinâmicos e Sub 50ms failover
• Custo de interface Ethernet menor que interfaces SONET/SDH
• Ethernet suporta largura de banda de até 10Gbps com fina granularidade; • Pode ser facilmente conectada à rede do cliente, devido ao uso de
Ethernet nas corporações e redes residenciais.
Mitos sobre usar Ethernet MAN
•
4094 VLANs é insuficiente para uma
operadora
•
RSTP convergence takes many seconds
–
Alguns fabricantes já oferecem protocolos com
suporte sub-‐50ms
•
Conexões L2 Ethernet MAN eliminam a
necessidade de roteadores ou switches L3
Metro Ethernet
• Metro Ethernet é uma Metropolitan Area Network que é baseada nos padrões Ethernet. É comunmente usado para
conectar subscribers (usuários) a um grande provedor de rede ou à Internet. Pode ser usado pelas empresas também para conectar escritórios ou datacenters.
• Pode ser: – Ethernet puro, – Ethernet sobre SDH, – Ethernet sobre MPLS – Ethernet sobre DWDM. 7
MEF -‐ Metro Ethernet Forum
• O MEF é uma organização sem fins lucraEvos, formada em 2001 para promover a adoção, em caráter global, de Redes e Serviços Ethernet, focando nas Operadoras (Carriers).
• Criou o conceito de Carrier Ethernet, que possui duas definições:
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Para provedores
Para usuários
Um conjunto de elementos de rede cerEficados que se
conectam para transportar serviços Carrier Ethernet para todos usuários, local ou
mundialmente.
Serviço de rede padronizado definido por cinco atributos que disEngue-‐o da tradicional LAN baseada em Ethernet
Carrier Ethernet
Standardized Services – Serviços e nomenclatura
padronizados sem alterações na rede do usuário
Scalability – Deve suportar milhões de usuários, nos mais
variados serviços com velocidades de 1Mbps a 10Gbps
Quality of Service – Deve suportar serviços mensuráveis e
garantidos ponto-a-ponto (frame delay, variação do delay, disponibilidade).
Service Management – Deve possibilitar monitoramento,
diagnóstico e gerência centralizada, com OAM e rápido provisionamento de serviços
Reliability – Habilidade para detectar e recuperar de
incidentes na rede sem impactar usuários, com
Terminologia Carrier Ethernet
• UNI (User-‐to-‐Network Interface) • Ethernet Virtual ConnecEon (EVC) • 3 Epos de EVC
– Ponto-‐a-‐Ponto
– MulEponto-‐a-‐MulEponto – Ponto-‐a-‐MulEponto)
Tipos de Serviço em Carrier Ethernet
E-‐LAN Service Type
• Mul9point L2 VPNs
• Transparent LAN Service • Mul9cast networks
E-‐Tree Service Type
• Rooted mul9-‐point L2 VPNs • Broadcast networks • Telemetry networks UNI UNI UNI UNI Mul9-‐point to Mul9-‐point EVC UNI UNI
UNI Point-‐to-‐Point EVC UNI
E-‐Line Service Type
• Virtual Private Lines (EVPL) • Ethernet Private Lines (EPL) • Ethernet Internet Access
E-‐ Access Service Type* for
• Wholesale Access Services • Access EPL • Access EVPL ENNI UNI Point-‐to-‐Point EVC UNI Rooted MulEpoint EVC Carrier Ethernet Access Network Carrier Ethernet Service Provider CaracterísEcas: -‐ Baixa Latência -‐ QoS previsível -‐ 1 Mbps até 10 Gbps -‐ Serviços padronizados -‐ Confiável -‐ Gerenciável -‐ Uso oEmizado -‐ Baixo custo
Ethernet Private Line (EPL)
• SubsEtui o serviço privado TDM
• Serviço baseado em porta com um único serviço (EVC) através de UNI dedicadas provendo conecEvidade site-‐to-‐site
• Tipicamente entregue sobre SDH (Ethernet over SDH) • Serviço Ethernet mais popular devido à simplicidade
Point-to-Point EVCs Carrier Ethernet Network CE UNI CE UNI CE UNI ISP POP UNI Storage Service Provider Internet
Ethernet Virtual Private Line (EVPL)
• SubsEtui serviços L2 VPN Frame Relay ou ATM
– Para entregar mais largura de banda, ponto a ponto
• Habilita mulEplos serviços (EVCs) em um único UNI
• Suporta conecEvidade “hub & spoke” via serviços mulEplexados no hub site
– Similar ao Frame-‐Relay
Service Multiplexed
Ethernet UNI
Point-to-Point EVCs
Carrier Ethernet Network CE UNI CE UNI CE UNI
Serviços usando o Epo E-‐LAN
• EP-‐LAN: Cada UNI dedicado ao serviço EP-‐LAN. Ex.: Transparente LAN
• EVP-‐LAN: Serviço MulEplexado em cada UNI. Ex.: Acesso à Internet e à VPN CorporaEva
Ethernet Private LAN example Multipoint-to-Multipoint EVC Carrier Ethernet Network CE UNI CE CE UNI UNI Ethernet Virtual Private LAN example Multipoint-to-Multipoint EVC Carrier Ethernet Network CE UNI CE CE UNI UNI Point-to-Point EVC (EVPL) UNI CE ISP POP Internet
Serviços usando Epo E-‐Tree
Carrier Ethernet Network CE UNI UNI CE CE Leaf Leaf UNI CE Leaf Rooted-‐MulEpoint EVCEthernet Private Tree example
UNI
Root
EP-Tree e EVP-Tree: Ambos permitem comunicação raiz–raiz e
raiz–folha mas não folha-folha.
• EP-Tree requer UNI dedicada a uma EP-Tree
• EVP-Tree permite cada UNI suportar multiplos serviços E-Tree
simultâneos
Root
Ethernet Virtual Private Tree example CE CE CE UNI UNI UNI Rooted-‐MulEpoint
EVC MulEpoint to MulEpoint EVC
Tecnologias de transporte
• Carrier Ethernet pode ser implementado sobre diversas
tecnologias de transporte existentes, principalmente:
– Provider Bridging (PB)
– Provider Backbone Bridging (PBB)
– Provider Backbone Bridging com Traffic Engineering (PBB-‐TE) – MPLS VPWS (Virtual Private Wire Service)
– MPLS VPLS (Virtual Private LAN Service) – MPLS TP* (Transport Profile)
– SONET/SDH*
– OTN* (OpEcal Transport Network) – WDM (Wave Division MulEplexed)
Transport: Provider Bridging
•
Também conhecido como QinQ, provê separação
entre VLAN do usuário com VLAN do provedor
•
Funciona adicionando mais um campo Tag:
•
Resiliência:
– Depende do protocolo Spanning Tree ou similar para obter o melhor caminho até o desEno
– Não suporta caminho alternaEvo (backup path)
– Tempo de convergência depende do protocolo contra loop escolhido (STP ou similar)
Transport: Provider Bridging (2)
• Também conhecido como MAC-‐in-‐MAC
• Encapsula o frame do usuário completamente
– Tornando o serviço transparente
• Aumenta a escalabilidade da rede, adicionando um segundo Tag
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• Resiliência:
– Depende do protocolo Spanning Tree ou similar para obter o melhor caminho até o desEno – Não suporta caminho
alternaEvo (backup path) – Tempo de convergência
depende do protocolo contra loop escolhido (STP ou similar)
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•
Mesmo formato do
PBB
•
Resiliência:
–
Resolve a deficiência
na definição dos
caminhos principal e
backup.
–
Não necessita de
Spanning Tree ou
similar
–
Convergência inferior
a 50 ms
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Transport: PBB Traffic Engineering
• Virtual Private Wire Service, também conhecido como ETHoMPLS ou Virtual Leased Line
• Cria circuitos ponto a ponto (PW) que transportam Ethernet entre os roteadores de borda (LER)
• Todo o frame Ethernet é encapsulado
– Não necessitando do Mac Learning
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Transport: MPLS VPWS
• Resiliência:
• Usa os próprios mecanismos do MPLS para prover
redundância, como MPLS Fast
ReRoute
• Garante convergência abaixo dos 50 ms
• Virtual Private LAN Service • Cria circuitos (LSP) entre os
roteadores de borda MPLS (LER)
• Emula uma LAN com 802.1Q, ou seja, manuseia o TAG do frame, aprende o endereço MAC do usuário e faz o
decisão de encaminhamento dos frames
• Resiliência:
– Usa os próprios mecanismos do MPLS para prover redundância, como MPLS Fast ReRoute
– Garante convergência abaixo dos 50 ms
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Transport: WDM
Wave Division MulEplexed Serviço ponto-‐a-‐ponto: E-‐line
Completamente transparente para a aplicação, logo não suporta idenEficação CoS e VLAN
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Sugestões para futuro
•
Assimilem a nomenclatura
•
Dê foco ao MEF: cada vez mais ISP estão se
cerEficando
–
Facilita a integração entre provedores
•
MEF CE 2.0 já é realidade
–
E-‐Access
•
Solicitem as especificações do MEF nas
compras de equipamento
–
Garantem a interoperabilidade futura
•
É possível cerEficar sua rede. Veja no site do
MEF
Referências e Figuras
Metro Ethernet Forum Web Site: • h}p://metroetherne~orum.org