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CONTABILIDADE GERENCIAL

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Academic year: 2022

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Programa de Pós-Graduação EAD UNIASSELVI-PÓS

CONTABILIDADE GERENCIAL

Autora: Eli Teresinha Biscaro

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657.48

B621c Biscaro, Eli Teresinha.

Contabilidade gerencial /Eli Teresinha Biscaro.

Indaial : Grupo UNIASSELVI, 2010.

125 p. il.

Inclui bibliografia.

ISBN 978-85-7830-775-2

1. Contabilidade – Gerencial. 2. Análise contábil.

Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090

Reitor: Prof. Dr. Malcon Tafner

Diretor UNIASSELVI-PÓS: Prof. Carlos Fabiano Fistarol Coordenador da Pós-Graduação EAD: Prof. Norberto Siegel Equipe Multidisciplinar da

Pós-Graduação EAD: Prof

a

. Elisabeth Penzlien Tafner Prof. Norberto Siegel

Revisão de Conteúdo: Prof. Anacleto Laurino Pinto

Revisão Gramatical: Profª. Marcilda Regina Cunha da Rosa Diagramação e Capa:

Centro Universitário Leonardo da Vinci

Copyright © Editora Grupo UNIASSELVI 2010

Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri UNIASSELVI – Indaial. UNIASSELVI – Indaial.

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Graduada em Ciências Contábeis, mestra em Ciências Contábeis, com área de concentração em Controladoria, pela Universidade Regional de Blumenau (FURB - SC), especialista em Gerência da Qualidade nos Serviços Contábeis e Direito Tributário, pela Universidade Regional de Blumenau (FURB – SC).

Atuou como gerente administrativa contábil e contadora durante 27 anos em empresa privada. Professora em várias

instituições de ensino superior no curso de Ciências Contábeis e Administração, nas disciplinas Teoria

da Contabilidade, Elaboração das Demonstrações Contábeis, Contabilidade Avançada, Contabilidade

Tributária, Perícia Contábil, Orçamento Empresarial, Controladoria, Planejamento

Estratégico e Projetos.

Professora Eli Teresinha Biscaro

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Sumário

APRESENTAÇÃO ...7

CAPÍTULO 1

Contabilidade Gerencial ...9

CAPÍTULO 2

Terminologias em Custos ...33

CAPÍTULO 3

Métodos de Custeio ...55

CAPÍTULO 4

Sistemas de Acumulação de Custos ...79

CAPÍTULO 5

Análise Custo/Volume/Lucro ...107

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A PRESENTAÇÃO

Caro(a) pós-graduando(a):

Bem-vindo(a) à disciplina Contabilidade Gerencial.

Este é o nosso Caderno de Estudos, material elaborado com o objetivo de contribuir com o seu conhecimento e realização de seus estudos sobre o assunto.

A Contabilidade Gerencial é um instrumento fundamental para auxiliar a administração na geração de informações para a tomada de decisão.

Você tem em mãos um material escrito em linguagem acessível, mas com os termos técnicos necessários. Assim, o entendimento da Contabilidade Gerencial fica mais fácil.

Como disciplina, a Contabilidade Gerencial é relevante para o conhecimento dos gestores que futuramente tomarão decisões e darão novos rumos às empresas.

Você perceberá que a Contabilidade Gerencial se utiliza de temas de outras disciplinas, caracteriza-se como área contábil autônoma, pelo tratamento dado à informação contábil, enfocando o planejamento, o controle, a tomada de decisão e os custos, e por seu caráter integrativo dentro de um sistema de informação contábil.

Este Caderno de Estudos foi desenvolvido com o objetivo de apresentar a Contabilidade Gerencial, e diferenciá-la da Contabilidade Financeira. Também trata da área de custos, que é grande importância na tomada de decisões.

Então, vamos ao desafio! Desde já, desejamos a você bons estudos!

Profª Eli Teresinha Biscaro

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C APÍTULO 1

Contabilidade Gerencial

A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes objetivos de aprendizagem:

9 Conhecer os conceitos e objetivos da Contabilidade Gerencial, sua função e elementos básicos.

9 Diferenciar Contabilidade Gerencial de Contabilidade Financeira.

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11 Contabilidade Gerencial

Capítulo 1

Contextualização

Para muitos, a palavra Contabilidade causa certa aversão. Por isso, precisamos, primeiro, esclarecer qual o significado que atribuímos ao termo Contabilidade Gerencial.

No contexto aqui usado, Contabilidade Gerencial não tem relação com a contabilidade das partidas dobradas, do débito e crédito. Aqui, Contabilidade Gerencial é o sistema de informação gerencial necessário para a boa administração de qualquer organização.

Qualquer organização precisa de um sistema de informação que oriente e motive os seus gerentes a irem em direção a sua meta. Os gerentes precisam saber em que direção devem concentrar seus esforços para levarem a organização a se aproximar cada vez mais da sua meta.

Para melhor entender, usaremos a analogia que Corbett (2005, p. 17) estabelece entre uma bússola e a Contabilidade Gerencial: “A bússola mostra em que direção estamos indo, e podemos então nos certificar se estamos agindo corretamente ou se precisamos fazer alterações no nosso rumo. No caso de estarmos na direção errada, ela fornece a direção correta”.

Portanto, antes de criarmos um sistema de informação gerencial, temos que saber qual a meta da organização. A meta de um sistema deve ser estabelecida pelos seus proprietários. No caso de empresas capitalistas, podemos assumir que a meta é ganhar dinheiro hoje e no futuro. As medidas de desempenho usadas para verificar se a empresa está alcançando a sua meta são basicamente o Lucro Líquido (LL) e o Retorno Sobre o Investimento (RSI). Essas duas medidas dão a posição da empresa em relação à sua meta, não sendo, porém, de muita utilidade para a tomada de decisões locais. Para o dia-a-dia dos gerentes, é essencial que haja um elo entre as suas ações/decisões e a lucratividade da empresa.

A Contabilidade Gerencial, de acordo com Corbett Neto (1997, p. 53),

“deve fazer essa conexão entre as ações locais dos gerentes e a lucratividade da empresa” para que os gerentes possam saber que direção tomar. Seguindo a ideia do mesmo autor sobre Contabilidade Gerencial, podemos afirmar que, ao medir corretamente o impacto de ações locais no desempenho global, a mesma também serve como agente motivador, pois premia as pessoas que contribuem significativamente com o objetivo da empresa. A Contabilidade Gerencial tem como objetivo principal fornecer informações para que os gerentes possam decidir qual o melhor caminho para a empresa.

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Apesar de algumas empresas não estarem obrigadas a manter escrituração contábil, devem manter, por meio de sua contabilidade, os documentos em boa ordem para que sirvam de prova ao Fisco, bem como de base para a elaboração de alguns relatórios gerenciais, tais como evolução de vendas, de custos, de despesas, de estoques, de contas a receber etc.

Assim, torna-se imprescindível para qualquer pessoa o conhecimento, nem que seja básico, dos conceitos e termos contábeis.

Mas, o que é, afinal, Contabilidade Gerencial? É o que veremos a seguir.

Conceitos, Funções e Características da Contabilidade Gerencial

Inicialmente, esclarecemos sobre as principais nuanças e características dos sistemas de Contabilidade, começando pelos aspectos que aproximam e diferenciam a Contabilidade Financeira da Contabilidade Gerencial. Vejamos o que afirma Padoveze (2004, p. 15):

Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a demonstração dos fatos nele ocorridos, com o fim de oferecer informações sobre sua composição e suas variações, bem como sobre o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial.

O sistema de contabilidade é um importante sistema de informação para as organizações. Para Horngren, Foster e Datar (2000), o sistema de contabilidade provê informação com três principais objetivos:

• relatórios internos para os gestores, para planejar e controlar operações de rotina;

• relatórios internos para os gestores, para uso em decisões não-rotineiras e para a formulação dos principais planos e políticas;

• relatórios para os acionistas, governo e outros interessados externos.

Veja: os três objetivos são importantes tanto para os fins externos quanto

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13 Contabilidade Gerencial

Capítulo 1

não estão presentes no ambiente administrativo-contábil da empresa.

Essa área é denominada de Contabilidade Financeira e é fortemente baseada em princípios de Contabilidade geralmente aceitos.

Já, os relatórios internos estão focados nos dois outros objetivos, ou seja, o primeiro aponta que os relatórios internos servem para o planejamento e controle gerencial. O segundo objetivo trata desses mesmos relatórios, mas voltados para o uso na tomada de decisões não-usuais no dia-a-dia, como, por exemplo, para efetuar um estudo sobre a viabilidade de investimento. Quando falamos sobre o primeiro e o segundo objetivos, nos reportamos à área conhecida como Contabilidade Gerencial. Vale ressaltar, nesse contexto, a relevância que a Contabilidade de Custos tem para a Contabilidade Gerencial como ferramenta na tomada de decisão. Então, você deve estar se perguntando: onde entra a Contabilidade de Custos?

Veja bem: Contabilidade Gerencial é o ramo da Contabilidade que tem “por objetivo fornecer instrumentos aos administradores de empresas que os auxiliem em suas funções gerenciais. É voltada para a melhor utilização dos recursos econômicos da empresa, por meio de um

adequado controle dos insumos efetuados por um sistema de informação gerencial.”

(CREPALDI, 1998, p. 18)

Ainda segundo Crepaldi (2004, p. 21), a Contabilidade de Custos, cuja função inicial era fornecer elementos para avaliação dos estoques e apuração do resultado, passou, nas últimas dé¬cadas, a exercer duas funções muito importantes na Contabilidade Gerencial: a utilização dos dados de custos para auxílio ao controle e para a tomada de de¬cisões.

É, hoje, talvez, a área mais valorizada no Brasil e no mundo. Tornou-se muito importante com a redução da taxa de inflação e a abertura econômica aos produtos estrangeiros. Fornece importantes informações para a formação de preços das empresas.

No que diz respeito à sua função administrativa de controle, a Contabilidade de Custos fornece informações para o estabelecimento de padrões, orçamentos ou previsões e, a seguir, acompanha o efetivamente acontecido com os valores previstos. Esse tipo de

custeamento é chamado de Custeio Padrão, o qual desempenha relevante papel no sentido de detectar ineficiências ou desperdícios nas atividades produtivas.

Até aqui, percebemos que a Contabilidade Gerencial está voltada aos Contabilidade Gerencial é o ramo

da Contabilidade que tem “por objetivo fornecer instrumentos aos administradores de

empresas que os auxiliem em suas funções gerenciais.

É voltada para a melhor utilização dos recursos econômicos da empresa, por meio

de um adequado controle dos insumos efetuados

por um sistema de informação

gerencial.

A Contabilidade Gerencial está

voltada aos usuários internos,

ou seja, aos administradores,

e que visa ao estabelecimento

de um rumo a ser seguido pela

empresa para a tomada de decisões na sua

relação com o ambiente.

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usuários internos, ou seja, aos administradores, e que visa ao estabelecimento de um rumo a ser seguido pela empresa para a tomada de decisões na sua relação com o ambiente. Na sequência, veremos quais as funções, o campo de aplicação da Contabilidade para que os administradores possam tomar suas decisões por meio das demonstrações contábeis.

Atividade de Estudos:

As informações extraídas da Contabilidade são de grande importância para atender aos usuários da Contabilidade, pois fornecem informações com três objetivos. Responda:

1) Quais são esses objetivos?

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2) Qual a diferença entre eles? A quem eles visam atender?

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3) Dos objetivos citados, quais estão voltados para a Contabilidade Gerencial? Explique.

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15 Contabilidade Gerencial

Capítulo 1

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Funções da Contabilidade Gerencial

A Contabilidade Gerencial tem várias funções, mas uma das mais importantes é o fornecimento de informação para apoiar o processo de tomada de decisões. Atkinson et al. (2000, p. 45) afirmam que “A informação gerencial contábil participa de várias funções organizacionais diferentes – controle operacional, custeio do produto e do cliente, controle administrativo e controle estratégico”.

É fundamental que os relatórios da Contabilidade Gerencial atendam, primeiramente, a necessidades como informação, planejamento e controle, para que o contador gerencial possa determinar em que setor cada dado será utilizado, como também a melhor maneira de ser colocado em prática para cada tipo de usuário.

Percebemos, então, que a Contabilidade Gerencial, tem duas funções: a função administrativa que é a de controlar o patrimônio das entidades, e a função econômica, que é apurar o resultado da Contabilidade.

De acordo com Atkinson et al., (2000), a finalidade principal da Contabilidade Gerencial é fornecer dados e informações para a tomada de decisões e o acompanhamento das atividades realizadas pela empresa, no sentido de controlar o seu patrimônio e na função da elaboração e comparação dos resultados obtidos entre os períodos analisados.

Com essa acumulação de dados, a Contabilidade Gerencial procura demonstrar, de forma ordenada, o histórico das atividades da empresa, a interpretação do resultado e, por meio de relatórios, produzir as informações necessárias para atender às necessidades dos gestores. Perceba, portanto, que a finalidade fundamental da Contabilidade refere-se à orientação da administração da empresa no exercício de suas funções (TEIXEIRA, 2008). Podemos dizer, então, que a Contabilidade é o controle e o planejamento de toda e qualquer empresa. Vejamos, agora, o que é o controle e o que é planejamento.

Atkinson et al. (2000, p. 45) afirmam que “A informação gerencial

contábil participa de várias funções organizacionais diferentes – controle operacional, custeio do produto e do cliente, controle administrativo e controle estratégico”.

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a) Controle

Objetiva a organização; verificar se as políticas, se as programações e se os projetos estão de acordo com o que foi traçado inicialmente.

A informação contábil é de grande importância para o controle, pois serve como um meio de comunicação, meio de motivação e meio de verificação, conforme apresentamos no quadro 1.

Informação contábil como Utilidade

Meio de comunicação informa os resultados obtidos, compara-os, analisa-os e projeta-os para o futuro.

Meio de motivação

pode ser utilizada para estimular vendedores, incentivar a redução de consumo de materiais de escritório, fixar metas de vendas etc.

Meio de verificação oferece ao administrador a oportunidade de avaliar a qualidade dos serviços executados.

Quadro 1 – A informação contábil como meio de comunicação, de motivação e de verificação

Fonte: A autora.

b) Planejamento

Por meio de informações contábeis, podemos preparar os planos, principalmente os planos orçamentários, para que conheçamos as receitas, fixemos os custos etc.

Na previsão do planejamento da empresa, a Contabilidade tem função primordial, pois nela se encontram os dados passados que servem de base para fazer o planejamento.

Nunca se esqueça de que a informação contábil é um meio de comunicação, de motivação e de verificação, de grande importância para que os gestores possam efetuar seu planejamento e tomar decisões.

A informação contábil é de grande

importância para o controle, pois serve

como um meio de comunicação, meio de

motivação e meio de verificação.

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17 Contabilidade Gerencial

Capítulo 1

Atividade de Estudos:

1) São consideradas funções da Contabilidade Gerencial, exceto:

a) ( ) Controle operacional.

b) ( ) Controle da demanda.

c) ( ) Controle administrativo.

d) ( ) Controle estratégico.

2 Os dados passados extraídos da Contabilidade têm função fundamental para fazer planejamentos visando:

a) ( ) Obter dados dos funcionários.

b) ( ) Obter informações dos acionistas.

c) ( ) Tomar decisões.

d) ( ) Comunicar resultados.

3 A função controle envolve, pelo menos, dois meios que são:

a) ( ) Comunicação e planejamento.

b) ( ) Comunicação e acompanhamento.

c) ( ) Comunicação e motivação.

d) ( ) Verificação e acompanhamento.

Vimos, até aqui, que a Contabilidade Gerencial possui as funções de tomada de decisões dos administradores das empresas. Você deve ter percebido que as principais funções da Contabilidade vão além do relatório para a tomada decisão e que, com a sua aplicação, podemos efetuar o planejamento e o controle das atividades da empresa. Agora, veremos quais as características que a Contabilidade Gerencial deve ter.

Características da Contabilidade Gerencial

Você já estudou os conceitos da Contabilidade Gerencial e viu que esse ramo da Contabilidade está voltado para fins internos, direcionado ao planejamento, ao controle, à avaliação e à tomada de decisões. Portanto, está voltada para a

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administração da empresa, procurando suprir as informações que se encaixem de uma maneira efetiva no modelo decisório do administrador.

Para Iudícibus (1998, p. 21), a característica da Contabilidade Gerencial está assim enunciada:

A Contabilidade Gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na análise financeira e de balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo decisório.

Consideramos que o modelo decisório do administrador leva em conta cursos de ações futuras, informações sobre situações passadas ou presentes que serão de valor para o modelo decisório à medida que o passado e o presente sejam estimadores daquilo que poderá acontecer no futuro.

As principais características dos processos da Contabilidade Gerencial se encontram no quadro 2.

PROCESSO CARACTERÍSTICAS

Identificação Reconhecimento e avaliação de transações empresariais e outros eventos econômicos para ação contábil apropriada.

Mensuração Quantificação, incluindo estimativas, transações empresariais ou outros eventos econômicos que têm ocorrido ou previsões dos que podem acontecer.

Acumulação Delineação de abordagens disciplinadas e consistentes para registrar e classifi- car transações empresariais apropriadas e outros eventos econômicos.

Análise Determinação das razões para reportar a atividade e sua relação com outros eventos econômicos e circunstanciais.

Preparação e interpretação

Coordenação e planejamento de dados contábeis, provendo informações apre- sentadas logicamente, o que inclui, se apropriado, as conclusões referentes a esses dados.

Comunicação Informação pertinente para a administração e outros para usos internos e exter- nos.

Planejamento

Quantificação e interpretação dos efeitos de transações planejadas e outros even- tos econômicos na empresa; inclui aspectos estratégicos, táticos e operacionais e requer que o contador forneça informações quantitativas, históricas e prospec-

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19 Contabilidade Gerencial

Capítulo 1

Avaliação

Julgamento das implicações de eventos históricos e esperados e ajuda na escolha do curso ótimo de ação; inclui a tradução de dados em tendências e relações: co- municação das conclusões derivadas, efetivamente e prontamente, das análises.

Controle

Assegurar a integridade da informação financeira relativa às atividades e aos recursos da empresa; monitoramento e medição do desempenho e indução a qualquer ação corretiva exigida para retornar a atividade a seu curso intencional;

fornecimento de informações aos executivos que operam em áreas funcionais que possam usá-las para alcançarem o desempenho desejável.

Assegurar recursos de responsabilidade

Implementar um sistema de reportar o que está alinhado com as responsabili- dades organizacionais e contribuir para o uso efetivo de recursos e de medidas de desempenho da administração; transmitir os objetivos e as metas da adminis- tração ao longo da empresa na forma de responsabilidades nomeadas, que são base para identificar responsabilidades; sistema que fornece, contabiliza, reporta e que acumulará e informará receitas apropriadas, despesas, ativos, obrigações e informação quantitativa relacionada para gerentes que terão, então, melhor con- trole sobre esses elementos.

Relatórios Preparação de relatórios financeiros baseados na Contabilidade Financeira, para os administradores tomarem decisões.

Quadro 2 – Características dos processos da Contabilidade Gerencial Fonte: Atkinson et al. (2000, p. 67).

A Contabilidade Gerencial “consiste em preparar, de forma simples e objetiva, as informações financeiras para o processo de gestão da empresa, com conhecimento e acompanhamento amplo do contador gerencial nos processos de planejamento, execução e controle”, apurando as variações ocorridas e suas possíveis causas.

(MELO, 2010).

Para a Contabilidade Gerencial nunca deve haver princípios nem é preciso seguir a legislação. Portanto, devemos, no campo da Contabilidade Gerencial, procurar conhecer a necessidade do administrador.

Segundo Melo (2010), na aplicação, em uma empresa, da Contabilidade Gerencial, “regras demais poderão atrapalhar o processo de atendimento das necessidades de informações para os

usuários, porém, não se pode deixá-la solta demais, devendo-se criar parâmetros com aplicações úteis e confiáveis ao processo de gestão empresarial”.

A Contabilidade Gerencial “consiste em preparar, de forma

simples e objetiva, as informações financeiras para o processo de gestão

da empresa, com conhecimento e acompanhamento amplo do contador gerencial nos processos de planejamento, execução e controle”.

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Atividade de Estudos:

Faça a correlação do quadro 1 com o quadro 2, referente às características dos processos da Contabilidade Gerencial:

QUADRO 1 QUADRO 2

1 Controle ( ) Reconhecimento e avaliação de transações empresariais e outros eventos econômicos para ação contábil apropriada.

2 Análise ( ) Informação pertinente para a administração e outros para usos internos e externos.

3 Avaliação

( ) Coordenação e planejamento de dados contábeis, provendo informações apresentadas logicamente, o que inclui, se apropria- do, as conclusões referentes a esses dados.

4 Identificação

( ) Delineação de abordagens disciplinadas e consistentes para registrar e classificar transações empresariais apropriadas e outros eventos econômicos.

5 Comunicação ( ) Determinação das razões para reportar a atividade e sua relação com outros eventos econômicos e circunstanciais.

6 Acumulação ( ) Julgamento das implicações de eventos históricos e esperados e ajuda na escolha do curso ótimo de ação.

7 Planejamento

( ) Quantificação e interpretação dos efeitos de transações plane- jadas e outros eventos econômicos na empresa; inclui aspectos estratégicos, táticos e operacionais.

8 Preparação e interpretação

( ) Assegura a integridade da informação financeira relativa às atividades e aos recursos da empresa.

Até aqui, vimos que a Contabilidade Gerencial está relacionada com o fornecimento de informações para os administradores, isto é, para aqueles que estão dentro da organização e que são responsáveis pela direção e controle de suas operações. A Contabilidade Gerencial pode ser contrastada com a Contabilidade Financeira, que é relacionada com o fornecimento de informações para os acionistas, credores e outros que estão fora da organização.

A Contabilidade Gerencial deve se valer de outras disciplinas das áreas de contabilidade e finanças para o desenvolvimento de

relatórios gerenciais que atendam às necessidades

de seus usuários para o processo de gestão

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21 Contabilidade Gerencial

Capítulo 1

relatórios gerenciais que atendam às necessidades de seus usuários para o processo de gestão empresarial.

A seguir, veremos, algumas considerações sobre a Contabilidade Financeira.

Contabilidade Financeira

A Contabilidade Financeira está essencialmente ligada aos Princípios Fundamentais da Contabilidade. Já a Contabilidade Gerencial está ligada às necessidades de informações para planejamento, controle, avaliação de desempenho e tomada de decisão. Nessa linha de raciocínio, entendemos que a Contabilidade Financeira possa ser resumida nos seguintes passos, conforme coloca Padoveze (2004):

• vinculada aos Princípios Fundamentais da Contabilidade;

• contabilidade utilizada para fins fiscais;

• contabilidade usada para fins societários e regulatórios (Lei das S/A, CVM, legislação comercial);

• base de escrituração de dados passados;

• controle a posteriori;

• mensuração em moeda corrente.

Podemos perceber que esses dois segmentos contábeis, ou seja, a Contabilidade Financeira e a Contabilidade Gerencial, fazem parte da mesma ciência contábil, sobretudo para gerar informações para o controle e tomada de decisão sobre os negócios de qualquer empresa. Isso porque é por meio de um bem elaborado sistema de informações que a Contabilidade Financeira gera e que a Contabilidade Gerencial tem as bases para fazer seus relatórios.

Veja o que diz Padoveze (2004, p. 12):

A sua utilização para fins de relatórios externos, e a conseqüente fixação de determinados princípios para a normalização e padronização para fins regulamentares, é decorrente de grande vantagem do Sistema de Informação Contábil sobre outros sistemas de informação, que é a mensuração econômica de todos os eventos operacionais em um único sistema e em uma única base monetária.

A Contabilidade Financeira está essencialmente

ligada aos Princípios Fundamentais da

Contabilidade.

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Portanto, a Contabilidade Financeira é um subsistema do Sistema de Informação Contábil, no sentido mais amplo possível, das operações empresariais ou de qualquer empresa.

A Contabilidade Financeira, portanto, tem como principal objetivo informar ao seu usuário, seja ele interno ou externo, todas as movimentações ocorridas num determinado período para que possa utilizá-la da melhor forma. Pouca importância terá uma informação contábil se a utilidade a que se destina for nula.

Segundo Iudícibus (1998, p. 8), a Contabilidade pode ser conceituada como

“[...] o método de identificar, mensurar e comunicar informação econômica, financeira, física e social, a fim de permitir decisões e julgamentos adequados por parte dos usuários da informação”.

Nos tempos atuais, a informação é uma poderosa ferramenta de gestão à disposição dos empresários, ou seja, por meio das informações extraídas das demonstrações contábeis e/ou relatórios gerenciais, é possível mensurar o desempenho da organização, traçando planejamento estratégico adequado a partir dessas informações.

A Contabilidade “é, objetivamente, um Sistema de Informação e Avaliação destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade obje¬to de contabilização.” (IBRACON, 1986).

As informações devem ser construídas para atender a esses consumidores, e não para atender aos contadores. O contador gerencial deve fazer um estudo básico das necessidades de informação contábil gerencial. (IBRACON, 1986).

Para que um sistema de informação contábil seja eficiente dentro de uma empresa, é preciso ter apoio da alta administração da companhia. Portanto, a necessidade tem que ser sentida pela administração da empresa, fazendo com que, a partir daí, haja tranquilidade para desenvolver e manter adequada¬mente o sistema de informação. (IBRACON, 1986).

Limitamo-nos, aqui, a apresentar algumas considerações a respeito da Contabilidade Financeira, pois o nosso foco é a Contabilidade Gerencial. Na A informação é

uma poderosa ferramenta de gestão

à disposição dos empresários, ou seja, por meio das informações extraídas

das demonstrações contábeis e/ou relatórios gerenciais,

é possível mensurar o desempenho da organização, traçando

planejamento estratégico adequado

a partir dessas informações.

A Contabilidade Financeira tem como

principal objetivo informar todas as movimentações

ocorridas num determinado período.

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23 Contabilidade Gerencial

Capítulo 1

Você encontrará mais informações sobre a Contabilidade Financeira acessando o site do Conselho Federal de Contabilidade (www.cfc.org.br). Nesse site, você poderá consultar as normas, as leis e os procedimentos relacionados à estrutura da contabilidade e seus demonstrativos.

Contabilidade Financeira Versus Contabilidade Gerencial

A Contabilidade é fundamental na vida econômica das empresas. Mesmo nas economias mais simples, é preciso manter a documentação dos ativos, das dívidas e das negociações com terceiros. O papel da Contabilidade torna-se ainda mais importante nas complexas economias modernas. Uma vez que os recursos são escassos, temos de escolher entre as melhores alternativas e, para identificá- las, são necessários os dados contábeis. (CREPALDI, 2004).

Veja que a Contabilidade trata da coleta, apresentação e inter¬pretação dos fatos econômicos. O termo Contabilidade Gerencial é usado para descrever essa atividade dentro da organização e Contabilidade Financeira, quan¬do a organização presta informações a terceiros. (CREPALDI, 2004).

Você deve estar pensando: mas onde começa a Contabilidade Gerencial e onde termina a Contabilidade Financeira? Iudícibus (1998, p.22) indica o ponto de ruptura entre as duas contabilidades:

Os relatórios mais utilizados pela contabilidade financeira são: o Balanço Patrimonial, a Demonstração de Resultados, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, Demonstrativo de Fluxo de Caixa. A gerencial utiliza:

orçamentos, relatórios de custos, relatórios de desempenho e outros facilitadores da tomada de decisão. Enquanto os primeiros possuem uma freqüência regulamentada, anual, mensal, os últimos são elaborados de acordo com a necessidade da administração da entidade.

Embora as informações econômicas possam ser classificadas de várias maneiras, os contadores sempre dividem a informação contábil em dois tipos:

financeira e gerencial.

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A Contabilidade Financeira é o processo de elaboração de demonstrativos financeiros para propósitos externos: pessoal externo à organização, como acio¬nistas, credores e autoridades governamentais. Esse processo é muito influen¬ciado por autoridades que estabelecem padrões, regulamentadores e fiscais, bem como por exigências de auditoria de contadores independentes.

A Contabilidade Gerencial tem por objetivo fornecer instrumentos aos administradores de empresas que os auxiliem em suas funções gerenciais. É voltada para a melhor utilização dos recursos econô¬micos da empresa, por meio de um adequado controle dos insumos efetuados por um sistema de informação gerencial.

A figura 1 ilustra as relações entre a Contabilidade Financeira e a Contabilidade Gerencial. Entender essas relações ajuda a entender as necessidades informacionais da gerência.

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25 Contabilidade Gerencial

Capítulo 1

Não se esqueça: a Contabilidade moderna deve ser estruturada visando ser um instrumento de informação, decisão e controle, fornecendo informações capazes de atender plenamente aos objetivos dos usuários.

Acreditamos que você já percebeu as diferenças existentes entre as duas contabilidades, evidenciadas na figura 1, no que se refere aos relatórios extraídos da contabilidade para os usuários internos e externos. Continuemos, agora, a diferenciar a Contabilidade Financeira e a Gerencial.

A Contabilidade Financeira está intimamente ligada às rotinas contábeis da empresa exigidas pela legislação e, muitas vezes, não consegue atender às necessidades que os administradores têm por informações gerenciais (HORNGREN; FOSTER; DATAR, 2000).

Além do dever de cumprir todas as exigências impostas pela legislação, uma das principais tarefas do contador é facilitar a compreensão das informações contábeis aos administradores, demonstrando a importância da Contabilidade no processo decisório (HORNGREN; FOSTER; DATAR, 2000).

Enquanto a Contabilidade Financeira está voltada às exigências fiscais, a Contabilidade Gerencial está voltada à gestão da empresa.

Ambas têm a sua utilidade e apresentam características diferenciadas devido ao seu público-alvo. (HORNGREN; FOSTER; DATAR, 2000).

O quadro 3 apresenta, de forma resumida, mais algumas diferenças, descritas por Oliveira (2010), entre Contabilidade Financeira e Contabilidade Gerencial, mas, agora, com foco nas necessidades dos usuários internos e externos.

Enquanto a Contabilidade

Financeira está voltada às exigências fiscais,

a Contabilidade Gerencial está voltada à gestão da

empresa. Ambas têm a sua utilidade

e apresentam características diferenciadas devido

ao seu público-alvo.

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Necessidades dos usuários

internos (sócios e gestores) Necessidades dos usuários externos

• Aumentar ou reduzir investi- mentos.

• Aumentar o capital ou em- prestar recursos de terceiros.

• Expandir ou reduzir as operações.

• Diversificar ou concentrar as operações.

• Comprar/vender à vista ou a prazo.

INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS:

• Conceder ou não empréstimos.

• Estabelecer termos do empréstimo (volume, taxa, prazo e garantias).

FORNECEDORES EM GERAL:

• Conceder ou não crédito, em que valor e a que prazo.

INVESTIDORES:

• Investir ou não em ações na bolsa de valores.

• Adquirir ou não o controle acionário da entidade.

CVM E DEMAIS ÓRGÃOS E ENTIDADES REGULADORES:

• Observar se as demonstrações atendem aos requisi- tos legais e regulamentares.

• Buscar indícios de abusos econômicos ou concorren- ciais.

JUDICIÁRIO:

• Solicitação e apreciação objetiva de perícias.

FISCO:

• Verificar o cumprimento da legislação tributária.

• Buscar indícios de sonegação de tributos.

Quadro 3 – Necessidades dos usuários internos e externos Fonte: Disponível em: <http://www.editoraferreira.com.br/publique/

media/toq36_luciano_oliveira.pdf>. Acesso em: 13 ago. 2010.

Atkinson et al. (2000, p. 36) diferenciam a Contabilidade Financeira e a Contabilidade Gerencial da seguinte maneira:

• Contabilidade Gerencial: processo de produzir informações financeiras e operacionais para os empregados e gerentes das organizações. Tal processo deve ser dirigido pelas necessidades de informações de indivíduos internos à organização e deve guiar suas decisões operacionais e de investimentos.

(27)

27 Contabilidade Gerencial

Capítulo 1

- como acionistas, credores e governo. Este processo é pesadamente restringido por padrões regulatórios oficiais e autoridades fiscais e por requisitos de auditoria de instituições independentes de contadores.

O quadro 4 sintetiza os elementos básicos da Contabilidade Financeira e da Contabilidade Gerencial, ressaltando a flexibilidade existente para essa última.

Fator Contabilidade Financeira Contabilidade Gerencial

Usuários Externos e Internos Internos

Objetivos dos relatórios Facilitar a análise financei- ra para as necessidades dos usuários externos

Facilitar o planejamento, controle, avalia- ção de desempenho e tomada de decisão internamente.

Forma dos relatórios Balanço Patrimonial, DRE, DFC, DMPL, DVA.

Orçamentos, contabilidade por respon- sabilidade, relatórios de desempenho, de custos, relatórios especiais não-rotineiros para facilitar a tomada de decisão.

Freqüência dos relatórios Anual, trimestral e oca- sionalmente mensal

Quando necessário pela administração.

Custos ou valores utilizados Históricos (passados). Históricos e previstos (esperados).

Bases de mensuração para quantificar os dados

Moeda corrente Várias bases (moeda corrente, estrangei- ra – moeda forte, medidas físicas, índices, etc.).

Restrições nas informações fornecidas

Princípios contábeis geral- mente aceitos

Nenhuma restrição, exceto as determina- das pela administração.

Arcabouço teórico e técnico Ciência contábil Utilização pesada de outras disciplinas, como economia, finanças, estatística, pes- quisa operacional e comportamento orga- nizacional.

Características da informação fornecida

Deve ser objetiva, verificável, relevante e a tempo.

Deve ser relevante e a tempo, podendo ser subjetiva, possuindo menos verificabi- lidade e menos precisão.

Perspectiva dos relatórios Orientação histórica Orientada para o futuro para facilitar o planejamento, controle e avaliação do de- sempenho antes do fato (para impor me- tas), acoplada com uma orientação históri- ca para avaliar os resultados reais (para o controle posterior do fato).

Quadro 4 – Elementos básicos da Contabilidade Financeira e Contabilidade Gerencial Fonte: Atkinson et al. (2000, p. 38).

(28)

A Contabilidade Gerencial confecciona relatórios, conforme as necessidades dos administradores, muitas vezes utilizando como fonte de informações os dados contidos nos relatórios gerados pela Contabilidade Financeira. Nesse caso, os dados são transformados em uma linguagem mais concisa e clara para o administrador.

A Contabilidade Gerencial deve levar em consideração que as informações devem estar traduzidas em outras moedas, índices que traduzem a inflação oficial, a inflação interna da empresa, a fim de estabelecer uma relatividade comparativa. A internacionalização da economia e a inflação são variáveis que exigem do contador gerencial adaptabilidade instantânea. (SANTOS et al. 2002).

Segundo Atkinson et al. (2000, p. 45), as funções da informação contábil, em termos gerenciais, são:

• Controle operacional: fornece informação (feedback) sobre a eficiência e a qualidade das tarefas executadas.

• Custeio do produto e do cliente: mensura os custos dos recursos para se produzir, vender e entregar um produto ou serviço aos clientes.

• Controle administrativo: fornece informação sobre o desempenho dos gerentes e de unidades operacionais.

• Controle estratégico: fornece informações sobre o desempenho financeiro e competitivo de longo prazo, condições de mercado, preferência dos clientes e inovações tecnológicas.

O ponto fundamental da Contabilidade Gerencial é o uso da informação contábil como ferramenta para administração. É o processo de produzir infor¬mação operacional financeira para funcionários e administradores. Deve ser direcionado pelas necessidades informacionais dos indivíduos internos da em¬presa e deve orientar suas decisões operacionais e de investimentos.

(ATKINSON et al., 2000).

O Sistema de Informação Contábil Gerencial só poderá ser executado de forma eficiente por meio de um sistema integrado de informações contábeis que abrangem tanto os recursos humanos quanto tecnológicos.

Os sistemas de informações classificam-se em sistemas de informação contábil para planejamento de gestão e para controle de operações e controle A Contabilidade

Gerencial deve levar em consideração que

as informações devem estar traduzidas em outras moedas,

índices que traduzem a inflação oficial, a

inflação interna da empresa, a fim

de estabelecer uma relatividade

comparativa.

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29 Contabilidade Gerencial

Capítulo 1

O Sistema da Informação Gerencial exige planejamento para a produção dos relatórios, a fim de atender plenamente aos usuários produzindo informa¬ções direcionadas aos seguintes aspectos: níveis empresariais, ciclo administra¬tivo e nível da estruturação da informação.

Consideramos que, agora, você já sabe a distinção entre Contabilidade Financeira e Contabilidade Gerencial e que percebeu que o administrador não deve se prender a um determinado sistema de contabilidade, mas sim às suas necessidades.

Você também deve ter percebido que a Contabilidade Gerencial passou a ter uma atenção especial dos profissionais contábeis quando da necessidade de tratar os custos de diferentes formas para tomada de diferentes decisões, pois as empresas buscam redução dos custos, com o aumento da lucratividade.

Portanto, para atender a essas visões, é necessário conhecer sistemas de custos que auxiliem os gestores nas tomadas de decisões, e isso é o que veremos no próximo capítulo do nosso Caderno de Estudos.

Atividade de Estudos:

1) Conceitue Contabilidade Gerencial.

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2) A Contabilidade Gerencial tem alguma relação com a Contabilidade Financeira? Comente.

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3) Coloque G quando o enunciado representar uma característica da Contabilidade GERENCIAL e F quando representar característica da Contabilidade FINANCEIRA:

( ) Não tem uma frequência definida dos relatórios, pois essesdevem estar disponíveis quando necessários.

( ) Deve guardar estrita observância aos princípios fundamentais de contabilidade.

( ) Tem uma perspectiva voltada para o futuro, visando ao planejamento e controle.

( ) Utiliza-se exclusivamente da moeda corrente para quantificar seus dados.

( ) Congrega tanto usuários internos como usuários externos.

( ) Utiliza-se tanto de custos e valores históricos como de custos e valores previstos.

( ) Tem sua fundamentação teórica e técnica na ciência contábil.

( ) Seus relatórios são os previstos na legislação, como BP, DRE, DFC, DMPL e DVA.

( ) Suas informações não sofrem restrições, exceto se determinadas pela administração.

4) Entre as afirmativas a seguir, apenas uma está incorreta.

Assinale-a.

a) ( ) A Contabilidade Gerencial tem por objetivo adaptar os procedimentos de apuração do resultado das empresas comerciais às empresas industriais.

b) ( ) A Contabilidade de Custos presta duas funções dentro da Contabilidade Gerencial: fornece os dados de custos para auxílio ao controle e para a tomada de decisões.

c) ( ) O objetivo básico da Contabilidade Gerencial é fornecer à administração instrumentos que a auxiliem em suas funções gerenciais.

Algumas Considerações

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31 Contabilidade Gerencial

Capítulo 1

para funcionários e administradores. Deve ser direcionado pelas necessidades informacionais dos indivíduos internos da em¬presa, bem como orientar suas decisões operacionais e de investimentos.

Tínhamos como objetivo diferenciar a Contabilidade Financeira e a Contabilidade Gerencial. Porém, esse limite é difícil de ser determinado, já que, em vários casos, há o entrelaçamento entre técnicas puramente contábeis e gerenciais. As demonstrações contábeis representam, de certa forma, a fronteira entre a Contabilidade Financeira e a Contabilidade Gerencial. Não podemos afirmar, contudo, que tais peças contábeis, apenas por serem o último degrau da Contabilidade Financeira e por servirem preponderantemente aos interessados externos, não sejam importantes, ao menos como ponto de partida, para a Contabilidade Gerencial e para a administração. Isso porque podem servir como indicadores válidos de desempenho, mesmo que em largos traços, e ser utilizadas no modelo previsional da gerência.

Como vimos neste capítulo, a Contabilidade Gerencial se utiliza de conteúdos de outras áreas da Contabilidade, pois se caracteriza por ser uma área autônoma, pelo tratamento dado à informação contábil, enfocando planejamento, controle e tomada de decisão, e por seu caráter integrativo, visto que também abrange a Contabilidade de Custos.

No próximo capítulo, abordaremos as terminologias usadas em custos e a classificação dos gastos. Também veremos a alocação de custos e despesas utilizadas nas empresas.

Referências

ATKINSON, Anthony A. et al. Contabilidade gerencial. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

CORBETT, Thomas. Bússola financeira: o processo decisório da teoria das restrições. São Paulo. Nobel, 2005.

CORBETT NETO, Thomas. Contabilidade de ganhos: a nova contabilidade gerencial de acordo com a teoria das restrições. São Paulo: Nobel, 1997.

CREPALDI, Sílvio Aparecido. Contabilidade gerencial. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

_____. Contabilidade gerencial: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 1988.

(32)

HORNGREN, Charles T.; FOSTER, R. George.; DATAR, Srikant M.

Contabilidade de custos. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2000.

IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil. Deliberação CVM Nº 29, de 05 de fevereiro de 1986. Disponível em:

<http://www.cvm.gov.br/asp/cvmwww/atos/exiato.asp?File=/deli/deli029.htm>.

Acesso em: 14 out. 2010.

IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade gerencial. 6. ed. São Paulo: Atlas, 1998.

MELO, Henrique. Contabilidade gerencial (Apostila). Disponível em: < <http://

www.scribd.com/doc/35432969/Contabilidade-Gerencial>. Acesso em: 14 out.

2010.

PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

OLIVEIRA, Luciano. Diferenças entre contabilidade gerencial e contabilidade financeira. Disponível em: <http://www.editoraferreira.com.br/publique/media/

toq36_luciano_oliveira.pdf>. Acesso em: 13 ago. 2010.

SANTOS, Carlos Werner dos et al. Existe de fato uma contabilidade gerencial?

Contab. Vista & Rev. Belo Horizonte, v.13, n. 2, p. 9-24, abr. 2002.

TEIXEIRA, Paulo Henrique. Contabilidade comentada para todos os profissionais. São Paulo: Ed.Maph, 2008.

WARREN, C. S. Contabilidade gerencial. São Paulo: Pioneira, 2001.

(33)

C APÍTULO 2

Terminologias em Custos

A partir da concepção do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes objetivos de aprendizagem:

9 Compreender as terminologias de custos.

9 Classificar os gastos em investimentos, custos, despesas e perdas.

9 Classificar os custos e despesas em diretos e indiretos e em variáveis e fixos.

9 Alocar custos e despesas aos produtos e serviços por meio dos diferentes métodos de custeio.

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35 Terminologias em Custos

Capítulo 2

Contextualização

A Contabilidade de Custos surgiu da necessidade de as empresas avaliarem seus estoques, principalmente na área industrial. Porém, com o passar do tempo, percebeu-se que a Contabilidade de Custos conseguia atender a outras duas importantes tarefas: controle e decisão.

Nesse seu novo campo, a Contabilidade de Custos tem duas funções relevantes: o auxílio ao controle e às tomadas de decisões. No que diz respeito ao controle, sua mais importante missão é fornecer dados para o estabelecimento de padrões, orçamentos e outras formas de previsão e, em um estágio imediatamente seguinte, acompanhar o efetivamente acontecido para comparação com os valores anteriormente definidos.

No que tange à decisão, seu papel reveste-se de suma importância, pois consiste na alimentação de informações sobre valores relevantes que dizem respeito às consequências de curto e de longo prazo sobre medidas de introdução ou corte de produtos, administração de preços de venda, opção de compra ou produção etc.

Portanto, a Contabilidade de Custos, nessas últimas décadas, passou de mera auxiliar na avaliação de estoques e lucros globais para importante ferramenta de controle e decisões gerenciais.

A obtenção e a compreensão das informações sobre custos são essenciais para o sucesso das empresas. Em primeiro lugar, os custos determinam o preço de venda; se os custos forem maiores do que o preço de venda, haverá prejuízo.

Todos os custos aplicáveis ao produto ou ao serviço precisarão ser considerados (incluindo fabricação, venda e outras despesas) quando formos determinar o preço de venda.

A Contabilidade de Custos, qualquer que seja o sistema, necessita da distinção entre custos e despesas. Teoricamente, a distinção é fácil: custos são gastos (ou sacrifícios econômicos) relacionados com a transformação de ativos (exemplo: consumo de matéria-prima ou pagamento de salários); despesas são gastos que provocam redução do patrimônio (exemplo: impostos, comissões de vendas etc.). Alguns autores enfatizam que todos os custos incorporados aos produtos acabados, fabricados pela empresa industrial, são reconhecidos como despesas no momento em que os produtos são vendidos.

O conhecimento dos custos é vital para saber se, dado o preço, o produto é rentável ou, se não-rentável, se é possível reduzir os custos.

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Para estudarmos custo, é fundamental nos familiarizarmos com os termos usuais da área, ou seja, sua terminologia. A seguir, apresentamos alguns conceitos entendidos como fundamentais.

Terminologias em Custos

Encontramos, em todas as áreas, uma quantidade de nomes para um único conceito e isso não é diferente quando falamos sobre custo e despesa. Entretanto, esses termos não são sinônimos.

Quando se depara com esses termos utilizados na Contabilidade de Custos, normalmente o principiante se vê perdido, e o experiente, às vezes, se vê embaraçado. Por isso, veremos, na sequência, o que essas terminologias da área de custos significam.

Gasto

O gasto é uma saída de dinheiro do caixa que a entidade desembolsa para obtenção de um produto ou serviço qualquer. Essa saída é representada pela entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro). É o ato primeiro, precede a despesa, o custo, a imobilização etc.

Esse conceito é amplo e se aplica a todas as variações monetárias (saídas) ocorridas na empresa, sendo aplicável, também, nas aquisições a prazo. Assim, temos gastos com a compra de matéria-prima, gastos com mão-de-obra, tanto na produção como na distribuição, gastos com honorários da diretoria, gastos na compra de um bem imobilizado etc.

(FAGUNDES, 2010).

O gasto só existe quando é efetuada a transferência para a propriedade da empresa do bem ou serviço. Ele se efetiva no momento em que existe o reconhecimento contábil da dívida assumida ou da redução do ativo dado em pagamento (redução do saldo do caixa, do banco etc.) (FAGUNDES, 2010).

Para Wernke (2004, p. 11-12), gasto é um termo usado para O gasto é uma

saída de dinheiro do caixa que

a entidade desembolsa para

obtenção de um produto ou serviço

qualquer.

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37 Terminologias em Custos

Capítulo 2

englobar os demais itens. Por exemplo: um gasto poder ser relacionado a algum investimento (caso em que será contabilizado no ativo da empresa) ou a alguma forma de consumo (como custo ou despesa, quando será registrado em conta de resultado).

Nesse caso, compreendemos que os gastos generalizam um ou qualquer esforço que a empresa adquire e que resulta num produto ou serviço.

Gasto é o compromisso financeiro assumido por uma empresa na aquisição de bens e serviços, o que sempre resultará em uma variação patrimonial, seja ela qualitativa no início e/ou quantitativa em seguida (FAGUNDES, 2010).

O gasto, por sua natureza, pode ser definido como gasto de investimento, quando o bem ou o serviço é utilizado em vários processos produtivos (imobilizado, estoques etc.), e, como gasto de consumo, quando o bem ou serviço são consumidos no momento mesmo da produção ou do serviço que a empresa realiza. Dependendo da destinação do gasto de consumo, esse poderá converter-se em custo ou despesa. O mesmo acontece com o gasto de investimento:

à medida que o investimento for consumido, poderá transformar-se em custo ou despesa, dependendo do objeto em que será aplicado (FAGUNDES, 2010).

Vamos exemplificar gasto na prática. Veja: o gasto com a aquisição de uma máquina para a produção. Primeiramente, a máquina será ativada, sendo que sofrerá, gradativamente, redução em seu valor (desgaste, obsolescência etc.), fenômeno ao qual é dado o nome de depreciação, tornando-se, nesse momento, um custo de produção (FAGUNDES, 2010).

Diferenciação entre gasto e custo

A empresa ABA comprou 1.000 unidades de matéria-prima, mas utilizou apenas 800 unidades no processo de transformação em determinado período, sendo a diferença ativada a título de estoque de matéria-prima. Portanto, o gasto foi relativo a 1.000 unidades, e o custo foi de 800 unidades.

Dependendo da destinação do gasto de consumo,

esse poderá converter-se em custo ou despesa.

O mesmo acontece com o gasto de investimento: à medida que o investimento for consumido, poderá

transformar-se em custo ou despesa, dependendo do objeto em que será

aplicado.

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A seguir, veremos que os gastos têm várias terminologias e que se classificam em: investimentos, despesas, custos e perdas.

a) Investimentos

Investimento é um gasto com bens ou serviços para a empresa, ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuro(s) período(s).

Todos os pagamentos que a empresa efetua para a aquisição de bens ou serviços (gastos) que são estocados no ativo da empresa para baixa ou amortização quando de sua venda, de seu consumo, de seu desaparecimento ou de sua desvalorização, são especialmente chamados de investimentos (FAGUNDES, 2010).

Wernke (2004, p. 11-12) assim define investimentos:

Gastos que irão beneficiar a empresa em períodos futuros.

Enquadram-se nessa categoria, por exemplo, as aquisições de ativos, como estoques e máquinas. Nesses casos, por ocasião da compra, a empresa desembolsa recursos, visando a um retorno futuro sob a forma de produtos fabricados.

Diante do exposto, qualquer imobilizado e matéria-prima adquirida serão classificados contabilmente como investimentos de benefícios futuros, até mesmo os maquinários fabris, exceto o valor de seu desgaste com o passar do tempo que, nesse caso, será classificado como custos.

Os investimentos podem ser de diversas naturezas e de períodos de ativação variados: a matéria-prima é um gasto contabilizado temporariamente como investimento circulante; a máquina é um gasto que se transforma num investimento permanente; as ações adquiridas de outras empresas são gastos classificados como investimentos circulantes ou permanentes, dependendo da intenção que levou a sociedade à aquisição.

b) Despesas

As despesas são itens que reduzem o patrimônio e que têm a característica Os investimentos

podem ser de diversas naturezas

e de períodos de ativação variados: a matéria-prima é um gasto contabilizado temporariamente como investimento

circulante; a máquina é um

gasto que se transforma num

investimento permanente.

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39 Terminologias em Custos

Capítulo 2

Pense na comissão do vendedor. Temos, nesse caso, um gasto que se torna imediatamente uma despesa. O equipamento usado na fábrica, que foi gasto transformado em investimentos e, posteriormente, considerado parcialmente como custo, torna-se uma despesa na venda do produto feito. O computador da secretária do diretor financeiro, que foi transformado em investimento, tem uma parcela reconhecida como despesa (depreciação), sem transitar pelo custo (FAGUNDES, 2010).

Portanto, perceba que todas as despesas são ou foram gastos e que, porém, alguns gastos muitas vezes não se transformam em despesas. É o caso de terrenos, por exemplo, que não são depreciados ou só se transformam em receita quando de sua venda.

Wernke (2004, p. 11-12) refere-se às despesas como

O valor dos bens ou serviços consumidos direta ou indiretamente para obtenção de receitas, de forma voluntária.

Esse conceito é utilizado para identificar os gastos não relacionados com a produção, ou seja, os que se referem às atividades não produtivas da empresa.

Logo, as despesas estão relacionadas com todos os gastos a partir da inserção dos produtos e/ou serviços no mercado.

Segundo a Resolução 750/93, do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), que trata dos Princípios Fundamentais de Contabilidade, são consideradas incorridas as despesas:

• quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua propriedade para terceiros;

• pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo;

• pelo surgimento de um passivo sem correspondente ativo (CFC, 1993) .

c) Custos

Custo é um gasto relativo ao bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. Esse gasto só é reconhecido como custo no momento de utilização dos fatores de produção, para fabricação de um produto ou execução de um serviço.

As despesas estão relacionadas com todos os gastos a partir da inserção dos produtos e/

ou serviços no mercado.

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Exemplos:

• Matéria-prima: foi um gasto na aquisição que imediatamente se tornou um investimento durante sua estocagem e, quando consumido, se tornou custo.

• A energia elétrica é um gasto que, quando consumido, passa imediatamente para custo.

• Salários do pessoal da produção.

• Manutenção das máquinas e equipamentos de produção.

• Depreciação das máquinas e equipamentos de produção.

A regra do quê? Ou para quê? É simples: basta, para isso, definir o momento em que o produto está pronto para a venda. Até aí, todos os gastos são custos. A partir desse momento, todos os gastos serão tratados como despesas necessárias para a realização da venda. Veja a figura a seguir.

Figura 2 – Custos, despesas e vendas Fonte: A autora.

Wernke (2004, p. 11-12) afirma que custos são

Gastos efetuados no processo de fabricação de bens ou de prestação de serviços. No caso industrial, são os fatores utilizados na produção, como matérias-primas, salários e encargos sociais dos operários da fábrica, depreciação das máquinas, dos móveis e das ferramentas utilizadas no Wernke (2004,

p. 11-12) afirma que custos são gastos efetuados

no processo de fabricação de bens ou de prestação de

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41 Terminologias em Custos

Capítulo 2

A diferenciação entre custos e despesas é importante para a Contabilidade Financeira, pois os custos são incorporados aos produtos (estoques), ao passo que as despesas são levadas diretamente ao resultado do exercício. Entretanto, no enfoque gerencial, essa diferenciação não é muito relevante. Os contadores de custos devem dispensar a mesma atenção aos custos e às despesas. Se a eficiência é importante no setor de produção, deve ser considerada da mesma forma na área administrativa (FAGUNDES, 2010). De qualquer maneira, é importante que você conheça alguns conceitos descritos por autores que estudam a Contabilidade de Custos:

• Custo é um gasto relativo ao bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. São insumos de bens de capitais ou serviços efetuados para execução de determinados objetos (MARTINS, 2003).

• Custos são insumos de capitais, bens ou serviços, efetuados para consecução de determinados objetivos. Esses insumos assumem, primeiramente, uma expressão física e se traduzem, posteriormente, pela expressão monetária dos mesmos. Assim, melhor definindo,

“custo de um bem ou serviço é a expressão monetária dos insumos

físicos realizados na obtenção daquele bem ou serviço, considerando-se o total retorno dos capitais empregados, em termos de reposição.” (HORNGREN;

FOSTER; DATAR, 1997, p. 46).

Você deve ter percebido que o custo está associado diretamente à produção de bens ou à prestação de serviços. Veja alguns exemplos apresentados por Fagundes (2010):

• a matéria-prima foi um gasto na sua aquisição que imediatamente se tornou investimento e assim ficou durante o tempo de sua estocagem, sem que aparecesse custo algum associado a ela. No momento de sua utilização, na fabricação de um bem, surge o custo da matéria-prima como parte integrante do bem elaborado. Esse, por sua vez, de novo é um investimento, já que fica ativado até sua venda;

• a energia elétrica utilizada na fabricação de um bem qualquer é gasto (na hora de seu consumo) que passa imediatamente para custo, sem transitar pela fase de investimento;

• a máquina provocou um gasto na sua entrada, tornando-se investimento e parceladamente transformou-se em custo (depreciação) à medida que foi utilizada no processo de produção de utilidades.

A diferenciação entre custos e despesas é importante para a Contabilidade Financeira, pois os custos são

incorporados aos produtos (estoques), ao passo que

as despesas são levadas diretamente ao resultado do exercício.

Entretanto, no enfoque gerencial, essa diferenciação

não é muito relevante.

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Na teoria, parece fácil conceituar a variável custos. Entretanto, a grande questão é: onde terminam os custos de produção? E qual a diferença entre custos e despesas?

Para melhor entender essa diferença entre despesas e custos, observe a figura 3.

Figura 3 – Variável custos

Fonte: Horngren, Foster e Datar (1997, p. 49).

Para diferenciar custos de despesas, é imprescindível compreender que, primeiramente, a entidade realiza o gasto (aumento de obrigações e/ou diminuição do ativo). Esse gasto pode ser um investimento (aquisição de bens imobilizados, compra de matéria-prima etc.) ou ser um consumo direto (Ex.: pagamento de energia elétrica). Quanto ao investimento, esse se transforma em despesa em decorrência de sua utilização (depreciação, custo do produto fabricado etc.);

após, passa a ser classificado como um custo e, quando levado para a apuração do resultado, (segundo os Princípios Fundamentais da Contabilidade, a despesa existe em função da receita), transforma-se numa despesa. Já o gasto consumido imediatamente classifica-se, inicialmente, como despesa, sendo que essas despesas poderão ser relacionadas diretamente com o resultado do exercício, se não participarem do ciclo produtivo. Todavia, se identificadas como atividade de produção, serão consideradas custo e posteriormente despesas, na fase de apuração do resultado (FAGUNDES, 2010).

Além disso, devemos considerar, por exemplo, gastos com distribuição como

Referências

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