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PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA ENTRE A COMUNIDADE INTERMUNICIPAL DO VALE DO MINHO E A DIPUTACIÓN DE PONTEVEDRA!

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PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA ENTRE A COMUNIDADE INTERMUNICIPAL DO VALE DO MINHO E A DIPUTACIÓN DE PONTEVEDRA !

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A Comunidade Intermunicipal do Vale do Minho, representada pelo Presidente do Conselho Directivo e a Diputacion de Pontevedra representada pelo seu Presidente,!

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! Tendo em vista a necessidade de criar um quadro jurídico disciplinador da

actividades de cooperação transfronteiriça que tradicionalmente e de modo informal vêm sendo desenvolvidas pelos povos que habitam o território de cada um dos outorgantes, institucionalizando assim essa cooperação.!

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! Considerando que essa cooperação por ter como finalidade dominante a

realização de obras e a gestão de serviços públicos, bem como para a candidatura a programas comunitários ou de outra natureza que permitam o (co-)financiamento dessas realizações, só poderá ser plenamente prosseguida por um organismo de cooperação com personalidade jurídica, do tipo Associação Pública ou Consórcio, !

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Com respeito pelas normas e princípios contidos na Convenção

Luso-Espanhola sobre cooperação transfronteiriça entre instâncias e entidades territoriais, de 3 de Outubro de 2002, nomeadamente o disposto no artigo 4º e na alínea a) do nº 3 do artigo 9º e no artigo 11º dessa Convenção, e no âmbito das respectivas circunscrições territoriais, !

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Com vista a promover a cooperação transfronteiriça nos domínios da cultura,

desporto, lazer, património, turismo, aproveitamento conjunto e protecção do rio Minho, ambiente, recursos naturais, !

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Acordam outorgar o presente Protocolo de Cooperação Transfronteiriça para

constituir um organismo com personalidade jurídica, sob a forma de Associação de Direito Público, regulado pelo direito português, que tenha como finalidade prosseguir essa cooperação através da realização de obras públicas, da gestão de equipamentos sociais – nomeadamente culturais, desportivos, recreativos, artísticos – propriedade dos Outorgantes neste Protocolo, gestão de serviços públicos comuns ou de interesse comum a ambos os Outorgantes, candidaturas a programas ou instrumentos comunitários em qualquer área de actividade que não esteja proibida ou excluída a sua intervenção por lei interna dos outorgantes, direito aplicável ou pela Convenção Luso-Espanhola sobre Cooperação Transfronteiriça, de 3 de Outubro de 2002, e que se regerá pelas seguintes cláusulas:!

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Capítulo I!

Disposições gerais!

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Primeira!

Constituição de Organismo de Cooperação Transfronteiriça com Personalidade Jurídica!

1 – A Comunidade Intermunicipal do Vale do Minho e a Diputacion de

Pontevedra, em conformidade com o disposto na alínea a) do nº 3 do artigo 9º e no

artigo 11º da Convenção Luso-Espanhola sobre Cooperação Transfronteiriça, de 3 de Outubro de 2002, e no âmbito das respectivas circunscrições territoriais, acordam constituir, por um período de oito anos, prorrogável por iguais períodos de tempo, um organismo de cooperação transfronteiriça com personalidade jurídica sob a forma de

Associação de Direito Público, que se regerá pelas normas do direito português

aplicáveis às Associações de Direito Público.!

2 – O período de oito anos acima referido, conta-se a partir da data da publicação oficial deste Protocolo, e a sua prorrogação será feita através de instrumento apropriado que, para efeitos do estabelecido no direito interno espanhol e português, tenha o valor de protocolo de cooperação transfronteiriça.!

3 – Não é permitida a admissão de novos membros na Uniminho.!

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Segunda! Denominação e Sede!

1 – A Associação de Direito Público ora criada denomina-se Uniminho - Associação

do Vale do Minho Transfronteiriço, a partir de agora designada por Uniminho, e tem

a sua Sede em Valença, na Avenida Miguel Dantas, nº 69, 4930-678 Valença.!

2 – A Associação terá obrigatoriamente uma delegação na Província de Pontevedra e em local que vier a ser escolhido pela Assembleia-geral sob proposta do Conselho Directivo, podendo ser criadas outras delegações. !

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Terceira!

Finalidades da Uniminho!

A Uniminho, com respeito pelas atribuições e competências que o respectivo direito interno lhe confere, bem como pelo estabelecido no artigo 11º da Convenção Luso-Espanhola sobre Cooperação Transfronteiriça, de 3 de Outubro de 2002, tem como finalidades realizar obras públicas, gerir equipamentos e serviços comuns às entidades e instâncias outorgantes no presente protocolo e desenvolver acções que lhe permita beneficiar de programas de Iniciativa Comunitária ou de quaisquer outros programas e instrumentos comunitários aplicáveis aos Outorgantes ou a entidades por elas criadas.!

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Quarta!

Domínios da cooperação!

A Uniminho, com respeito pelo direito interno de cada um dos outorgantes, pelas suas atribuições e competências e das finalidades consagradas na cláusula terceira deste Protocolo, desenvolverá a sua actividade de cooperação transfronteiriça no domínio das obras públicas, da gestão de equipamentos sociais – nomeadamente culturais, desportivos, recreativos, artísticos – propriedade dos Outorgantes neste Protocolo, gestão de serviços públicos comuns ou de interesse comum a ambos os Outorgantes, candidaturas a programas ou instrumentos comunitários ou de outra de interesse comum em qualquer área de actividade que não esteja proibida ou excluída a sua intervenção por lei interna dos outorgantes, direito aplicável ou pela Convenção Luso-Espanhola sobreCooperação Transfronteiriça, de 3 de Outubro de 2002.!

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Quinta!

Âmbito Geográfico !

A Uniminho desenvolverá as suas actividades na zona geográfica que em Portugal corresponde ao território da Comunidade Intermunicipal do Vale do Minho – Municípios de Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Valença e de Vila Nova da Cerveira –, e em Espanha aos Municípios da Província de Pontevedra – Arbo, A Cañiza, O Covelo, Crecente, A Guarda, As Neves, Mondariz, Mondariz Balneário, Oia, Ponteareas, O Porriño, O Rosal, Salceda de Caselas, Salvaterra do Miño, Tomiño e Tui.!

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Capítulo II!

Disposições Diversas!

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Sexta!

Património e Regime de Financiamento !

A Uniminho tem património e finanças próprios, nos termos estabelecidos nos estatutos. !

Sétima!

Âmbito e limite da responsabilidade dos membros!

1 – Cada uma das Entidades e Instâncias territoriais associadas é responsável pelos prejuízos que causar à Uniminho pelo cumprimento das obrigações financeiras assumidas neste Estatuto, nomeadamente o não pagamento tempestivos das contribuições que nos termos deste Estatuto se obriga a entregar ou de quaisquer subsídios ou dotações financeiras que voluntariamente tenha a assumido o compromisso de entregar à Uniminho para a prossecução das suas actividades.! 2 – Sem prejuízo do estabelecido no número 1 deste artigo, as Entidades e Instâncias territoriais associadas responderão, solidariamente e em igual proporção, perante terceiros lesados por os actos praticados pela Uniminho ou por contratos por esta !

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outorgados para a regular prossecução dos seus fins, mas somente depois excutidos todos os bens desta Associação.!

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Oitava!

Solução das Controvérsias!

1 – As controvérsias entre os Outorgantes que integram a Uniminho deverão ser solucionadas pela Comissão Luso-Espanhola para a Cooperação Transfronteiriça, conforme o disposto nas alíneas c) e e) do nº 2 do art. 8 da Convenção Luso-Espanhola sobre Cooperação Transfronteiriça de 2002.!

2 – Se, decorridos seis meses sobre a data da apresentação do caso à Comissão Luso-Espanhola para a Cooperação Transfronteiriça, nenhuma solução for por esta apresentada ou se um dos Outorgantes rejeitar por escrito dirigido à outra a solução oferecida pela referida Comissão, qualquer um dos Outorgantes poderá recorrer à via Judicial, ficando desde já estipulado que o foro competente é o da Comarca de Valença ou qualquer outro Tribunal português competente em razão da hierarquia, matéria ou território.!

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Nona!

Modificação dos Estatutos da Uniminho!

1 – A modificação dos Estatutos da Uniminho terá de ser discutida e aprovada por consenso pelos Outorgantes que a integram, em Assembleia-geral da Uniminho .! 2 – A extinção e liquidação do património da Associação serão regidas pelo direito interno português aplicável às Associações de Direito Público e pelos Estatutos dessa Associação.!

Décima! Estrutura orgânica!

A estrutura orgânica, as competências, os regimes de funcionamento, do orçamento, balanço e da fiscalização das contas, o âmbito e limites das responsabilidades dos seus membros, a liquidação e as regras relativas ao estatuto e à gestão do pessoal são as definidas nos Estatutos da Uniminho.!

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Capítulo III!

Disposições finais!

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Décima Primeira!

Cumprimento dos compromissos adquiridos e direito subsidiário!

1 – As instâncias e entidades territoriais outorgantes do presente Protocolo estão obrigadas, desde a sua celebração, a cumprir os compromissos que nele se determinam.!

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2 – O direito aplicável às obrigações estipuladas no presente Protocolo, às questões relativas ao funcionamento da Uniminho nele não especificamente reguladas, é o do Outorgante correspondente à instância ou entidade territorial onde se localiza a Sede da Associação.!

3 – As dúvidas de interpretação ou de aplicação das disposições contidas no presente Protocolo serão submetidas a consulta da Comissão Luso-Espanhola para a Cooperação Transfronteiriça, conforme o disposto nas alíneas c) e e) do nº 2 do art. 8 da Convenção Luso-Espanhola sobre Cooperação Transfronteiriça de 2002. !

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Décima Segunda! Âmbito de aplicação!

1 – O presente Protocolo e as decisões tomadas com base nele vinculam exclusivamente as instâncias e entidades territoriais outorgantes, e em nenhum caso produzirão efeitos na esfera jurídica de outras instâncias e entidades territoriais. ! 2. – Espanha e Portugal não ficam obrigados pelas estipulações ou pelos efeitos

resultantes da sua execução do presente Protocolo.!

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Décima Terceira! Vigência!

O Associação ora constituída tem uma vigência de oito anos, contados a partir da data da publicação oficial do presente protocolo e seus estatutos, podendo ser prorrogado por igual período através de instrumento apropriado que, para efeitos do estabelecido no direito interno espanhol e português, tenha o valor de protocolo de cooperação transfronteiriça.!

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Décima Quarta! Aprovação e Publicação !

A aprovação do presente Protocolo pelas instâncias e entidades territoriais participantes, está sujeita, nos termos do nº 4 do artigo 4º da Convenção Luso-Espanhola sobre Cooperação Transfronteiriça de 2002, às regras processuais e de controlo estabelecidas para o efeito no respectivo direito interno, devendo ser objecto de publicação oficial em Portugal e em Espanha, conforme o disposto no respectivo ordenamento jurídico.!

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Décima Quinta! Modificação!

A modificação do presente protocolo deverá ser feita por consenso, nos termos do disposto no nº 8 do artigo 11º da Convenção Luso-Espanhola sobre Cooperação Transfronteiriça de 2002, e em reunião especialmente convocada para o efeito por qualquer dos Outorgantes, devendo qualquer um destes que pretenda promovê-la enviar à outro a respectiva proposta com antecedência de, pelo menos, trinta dias. !

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Décima Sexta!

Denúncia e Cessação de Vigência!

1 – Qualquer outorgante pode denunciar antecipadamente o presente Protocolo, no que a ele diz respeito, contanto que comunique ao outro Outorgante a sua intenção de o fazer, com uma antecedência mínima de seis meses.!

2 – A cessação de vigência do presente protocolo não afectará as medidas de cooperação fronteiriça já adoptadas e executadas ou que estejam em execução, devendo constituir-se, neste último caso, um Comité paritário, designado pela Comissão Luso-Espanhola para a Cooperação Transfronteiriça, com a finalidade de assegurar a conclusão da execução de tais medidas, de acordo com o calendário e demais condições nelas previstas.!

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Décima Sétima! Extinção da Uniminho!

1 – Extinto o presente Protocolo por decurso do prazo, denuncia ou por qualquer outra forma legalmente admitida, extingue-se automaticamente a Uniminho por ele criada.! 2 – Extinta a Uniminho, os outorgantes ficam obrigadas a regularizar os seus débitos para com ela necessários à prossecução até final dos trabalhos ou das actividades em curso à data da extinção, sendo ainda aplicável a disposição do número 18 do artigo 11º da Convenção Luso-Espanhola sobre a Cooperação transfronteiriça entre Instâncias e Entidades Territoriais, de 3 de Outubro 2002.!

3 – A decisão de extinção não poderá prejudicar a concretização de projectos e obras comuns que, de acordo com programas anteriormente aprovados, tenham sido iniciadas e que ainda não estejam concluídas à data da decisão.!

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Décima Oitava! Legislação aplicável!

1 - Será de aplicação ao presente protocolo a Convenção entre a República Portuguesa e o Reino de Espanha sobre Cooperação Transfronteiriça entre Instâncias e Entidades Territoriais, de 3 de Outubro de 2002.!

2 - Em todo o não disposto na Convenção em quanto ao regime jurídico dos convénios de cooperação transfronteiriça, serão de aplicação, respectivamente, os princípios gerais do direito administrativo português e espanhol e ainda:!

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a)Em Portugal, as normas que regulam os contratos de direito público com as adaptações necessárias;!

b)Em Espanha, as normas que regulam os convénios de colaboração entre administrações públicas, bem como as normas espanholas que tenham o carácter de direito supletivo em relação às anteriores, tanto os princípios gerais da Lei dos Contratos da Administração Pública, bem como as normas de direito privado.!

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Décima Nona! Anexo ao Protocolo!

Nos termos do disposto no número 7 do artigo 11º da Convenção Luso-Espanhola sobre Cooperação Transfronteiriça de 2002, fica anexo a este Protocolo os Estatutos da Uniminho - Associação do Vale do Minho Transfronteiriço.!

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Como expressão do seu livre consentimento, as entidades e instâncias territoriais intervenientes outorgam o presente Protocolo em 8 de Maio de 2006, celebrado num acto único, em três exemplares, nas línguas portuguesa, espanhola e galega, fazendo os três textos igualmente fé.!

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Pela Comunidade Intermunicipal do Vale do Minho

Pela Província de Pontevedra

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António Rui Esteves Solheiro

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Rafael Louzán Abal O Presidente do Conselho

Directivo da Comunidade Intermunicipal do Vale do Minho

O Presidente da Diputación da Província de Pontevedra

Referências

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