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Caderno de apoio Master MASTER /// JURIS

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Academic year: 2021

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Caderno de apoio Master MASTER 

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JURIS

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Turma e Ano: Master A (2015) Matéria/Aula: Direito Civil – Família e Sucessões – Aula 18 – Data: 18.06.2015 Professor: Andréa Amin Conteúdo: Sucessão (introdução); Espécies de sucessão; Lei aplicável; Saisine Monitora: Carmen Shimabukuro    DIREITO DAS SUCESSÕES

Na  aula  de  hj  começamos  a  trata  do  direito  das  sucessões,  ultimo  livro  do  código civil.

O  que  significa  suceder?  O  suceder  tem  sentido  de  transmissão,  de  substituição, de ocupar o espaço que era ocupado por outra pessoa anteriormente. 

O  direito  das  sucessões  cuida  das  regras  que  vão  determinar  quem  vai  suceder,  quem  vai  substituir  no  âmbito  de  suas  relações  jurídicas  patrimoniais  uma  pessoa que veio a falecer. A quem se destina esses bens? A que titulo se transmite   essa herança? Como se divide essa parcela patrimonial? todas as essas regras são  objeto do estudo do direito das sucessões.

Isso  não  quer  dizer  que  a  transmissão  patrimonial  só  ocorra  no  âmbito  das  sucessões.  Contudo  qdo  essa  transmissão  se  dá  com  a  morte  de  alguém,  e  isso  se  chama  sucessão  causa  mortis,  será  objeto  de  estudo  do  lv  das  sucessões,  cuja  sistematização é realizada no sentido de responder a todas essas indagações. 

Qdo a transmissão de patrimônio se dá por ato inter vivos é objeto de estudo  do lv do direito das obrigações. 

Se a sucessão patrimonial se dá por oportunidade da morte, por isso se chama  sucessão causa mortis, as regras estão no lv das sucessões.

O  direito  de  herdar  não  está  apenas  no  CC.  não  é  objeto  de  norma  infraconstitucional apenas, e mais, pois a CF assegura o direito fundamental a herança  e isso se encontra no art 5º, XXX da CF:

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O direito das sucessões tem por finalidade ultima a transmissão, devolução da  herança  a  alguém.  É  um  direito  que  prima  pelo  aspecto  patrimonial.  não  há  uma  preocupação maior das relações pessoais do autor da herança. O âmbito das normas  do direito das sucessões são as questões patrimoniais.

Assim já o era no CC de 1916, que era um código nitidamente patrimonial. no  CC de 2002 que era projeto de 1974 foi seguindo a mesma linha de raciocínio. Mas se  percebe  uma  ligeira  preocupação  com  algumas  outras  questões  que  eram  objeto  de  preocupação do legislador de 1916 e merece um pouco mais de destaque no CC de  2002.  Guilherme  Calmon  diz  que  há  certa  maneira  uma  maior  preocupação  com  as  relações familiares, relações afetivas que cercam o autor da herança e que tb serão  objeto  de  tutela  jurídica  no  âmbito  do  direito  das  sucessões.  A  mudança  que  ele  chama atenção no instituto chamado de “indignidade”. 

Esse  instituto  é  espécie  do  gênero  exclusão  do  sucessor.  Não  basta  ter  legitimidade  para  herdar  (parente  ou  convocado  por  lei  ou  vontade  do  autor  da  herança).  Para receber a herança, primeiro tem que verificar se existe ou não alguma  causa que impeça de reter a herança que caberia. São dois os institutos que levam a  exclusão da sucessão:

x Deserdação, típica da sucessão testamentária; x Indignidade

Indigno  é  aquele  que  tem  comportamento  reprovável  em  relação  ao  autor  da  herança. Ex atentar contra a vida do autor da herança.

Mas  se  alguém  atentar  contra  a  vida  do  filho  do  autor  da  herança  não  era  considerado indigno. E apesar de ter agido de forma muito reprovável em relação ao  autor  da  herança  e  causando  uma  dor  profunda,  não  era  objeto  de  preocupação  do  legislador de 1916, mas no atual CC isso é. Por isso teve um alargamento e teve­se  preocupação com as relações familiares do autor da herança. Isso é perceptível qdo  se alarga o rol das pessoas que pode ser vitimada por um ato de indignidade pois é  tão indigno aquele que atenta contra a vida do autor da herança qto a vida daqueles  que são próximos dele (filho, esposa, mãe, parentes próximos do autor da herança). Percebe­se maior preocupação com proteção de pessoas próximas ao autor da  herança.  Isso  esta  nítido  no  CC  qdo  outorga  maior  proteção  ao  cônjuge  do  autor  da  herança que foi elevada a categoria de herdeiro necessário e passa a poder concorrer  com descendentes ou ascendentes do autor da herança.  

Não é só o aspecto patrimonial que é levado em conta, como tb a valorização  das relações pessoais do autor da herança foram objeto de tutela no âmbito do direito  das sucessões. 

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  O estudo de transmissão patrimonial não é qq um. Se dá por um motivo que é  a  morte.  Se  trata  de  uma  sucessão  causa  mortis.  Por  isso  é  um  direito  funesto,  fúnebre,  pois  tem  que  partir  de  algo  que  não  se  gosta  de  pensar  do  fato  jurídico  natural: morte.

É a partir do momento da morte do autor da herança que se considera aberta a  sucessão. É o momento exato da morte que se chama de abertura da sucessão que é  o estopim para se começar a cuidar da devolução da herança, para quem se devolve e  todas as regras inerentes ao direito da sucessão.

Dentro  da  parte  geral  temos  a  morte  provada,  com  materialidade,  com  declaração de óbito, com registro desta, com a certidão de óbito, assim como temos a  declaração  de  morte  presumida  sem  ausência  que  tb  leva  ao  registro  daquela  declaração que virá por uma sentença, em ação própria, e a emissão de uma certidão  de óbito. Em ambos os casos temos a prova da morte, de forma clara. 

A certidão de óbito traz informações importantes, diz que é o autor da herança,  o momento exato em que ele morreu, dia, mês, ano, hora, era casado, deixou filhos. A  hora é importante para haver a transmissão da herança, chamada Saizine.

A  prova  da  morte  é  importante.  Não  basta  presumir  a  morte,  tenho  que  ter  a  prova da morte. Qdo se fala em morte presumida e sem a prova, ie, sem a certidão de  óbito, sem declaração de morte presumida não é causa de sucessão causa mortis e  sim sucessão especial que é a sucessão do ausente. Isso não é tratado no livro das  sucessões. Esse lv é apenas para a sucessão causa mortis e o ausente não é morto.  O ausente é não presente na sua sede como pessoa. 

Todos  nós  somos  sujeitos  de  direito,  temos  uma  sede  de  onde  irradia  as  relações jurídicas. Essa sede tem o nome de domicilio. 

O ausente é aquele que sumiu de sua sede, não deu noticias mais. Não deixou  procurador  ou  e  deixou  há  dois  anos  pelos  menos  esse  procurador  não  tem  mais  noticias  deles.  Deixou  patrimônio  e  família.  esses  bens  precisam  ser  devolvidos  aos  sucessores,  por  isso  tem  toda  uma  trajetória.  Mas  não  estará  no  lv  das  sucessões  porque  não  se  trata  de  morte  e  sim  de  ausência.  Por  isso  não  esta  no  lv  das  sucessões e sim na parte geral do CC.

Voltando  a  certidão  de  óbito:  ela  precisa  ter  a  data  e  hora  da  morte.  é  o  momento  exato  da  data  e  hora  da  morte  que  ocorre  a  abertura  da  sucessão.    É  a  abertura  que  determina  tb  qual  a  lei  aplicável  aquela  sucessão.  O  legitimado  a  concorrer aquela sucessão. 

Qdo  o  CC  atual  entrou  em  vigor  teve  uma  fase  de  transição.  Vieram  regras  novas, entrou em vigor em 11 de janeiro de 2003. Para as sucessões abertas em 10  de janeiro de 2003 usava o CC de 1916; pós essa data é o atual CC. 

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Se  a  pessoa  morreu  em  10  de  janeiro  de  2003  a  esposa  não  é  herdeira  necessária.  não  vai  concorrer  com  os  descendentes.  Se  morreu  após,  será  herdeira  necessária e concorrerá com os descendentes.

O outro reflexo disso: se fulana é companheira e o autor da herança morre em  10 de janeiro de 2003 a sucessão era igual ao do cônjuge, pela lei 8971/94. Mas se for  pós  essa  data,  na  vigência  do  atual  CC  a  sucessão  é  nos  termos  do  art  1790,  um  artigo esquisito que vamos examinar. 

Nos aspectos tributários: sumula 112 do STF trata do imposto de transmissão  causa mortis. Houve mudança na alíquota nesse ITCMD. A pessoa falece e a herança  é devolvida aos herdeiros, só que depois tem que identificar o acervo deixado através  do  inventário,  tudo  individualizado.  Depois  que  avaliou  todos  os  bens  foi  para  o  Estado, depois temos o calculo do imposto. Da morte ate o calculo do imposto anda  tempo, 1, 2 anos. então da abertura da sucessão tinha uma alíquota do imposta e no  momento da cálculo era outra alíquota. Pago e depois vem a sentença de partilha. Ao  tempo da abertura da sucessão a alíquota era menor ao tempo do pgto do imposto. A  Fazenda calculava esse imposto com base na alíquota maior, por obvio. Mas o qual o  fato  gerador  desse  imposto?  Era  a  ocorrência  da  morte.  a  herança  já  lhe  foi  transmitida qdo da abertura da sucessão por se adotar o principio de Saizine. O STF  fiz  que  a  alíquota  é  da  data  da  abertura  da  sucessão  por  ser  essa  a  lei  aplicável  a  época.  Essa  mesma  redação  esta  no  art  1787  ao  dizer  que  regula  a  sucessão  e  a  legitimação a lei vigente ao tempo da abertura da sucessão. Ela que determina quem  é chamado a suceder e determina a alíquota do imposto e as regras que regem essa  sucessão.

Se  forem  normas  processuais  vão  pegando  a  coisa  no  curso.  Já  as  normas  materiais seguem a data da abertura da sucessão. 

Alem  da  importância  desse  momentos  para  se  determinar  a  lei  aplicável  a  sucessão,  esse  momento  tb  é  crucial  pq  por  adotar  o  principio  da  Saizine,  art  1784,  ocorre  a  delação  da  herança  imediatamente  aos  herdeiros  do  extinto  ao  tempo  da  abertura da sucessão:

Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários.

Essa herança já passa a ser dos herdeiros, mesmo que desconheçam que são  herdeiros,    mesmo  que  desconheçam  que  o  autor  da  herança  morreu.  Isso  é  para  permitir que uma massa de bens fique acéfala, sem dono. a origem de Saisine vem do  período  feudal.  Nessa  época  qdo  o  servo  morria  a  terra  voltada  juridicamente  ao  senhor  feudal.  Os  herdeiros  do  servo  continuam  a  trabalhar  na  terra  e  tinham  que  recuperar a posse pagando. Mas para contornar essa situação ao certo injusta, criou­

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se  a  ficção  de  Saisine.  Tão  logo  ocorra  a  abertura  da  sucessão,  a  herança  se  transmite aos herdeiros legítimos ou testamentários.

Não  há  aqui  a  palavra  transmite­se  aos  sucessores,  e  sim  transmite­se  aos  herdeiros  do  autor  da    herança.  O  sucessor  é  gênero  do  qual  temos  duas  espécies:  herdeiros e legatários.

O  direito  de  Saisine  é  direito  que  se  aplica  em  favor  de  herdeiros  e  não  em  favor de legatários, sejam esses herdeiros legítimos ou herdeiros testamentários. 

Berta a sucessão por ficção jurídica automaticamente a herança é transmitida  aos  herdeiros  que  são  convocados  pelo  autor  da  herança  para  herdar,  e  deixa  testamento. Esses herdeiros são chamados herdeiros testamentários. 

Qdo  a  sucessão  se  dá  por  convocação  legal  isso  é  chamado  de  sucessão  legitima. Logo temos duas espécies de sucessão: x Sucessão legítima x Sucessão testamentária Posso ainda ter a chamada sucessão mista. Esta envolve regras de sucessão  legitima e de sucessão testamentaria. A sucessão é testamentária qdo o autor da herança tiver deixado testamento.  Mas se por acaso ele não tiver contemplado a totalidade do seu patrimônio ou da  sua  herança,  ou  alguma  das  clausulas  tiver  caducado,  sem  tiver  indicado  substituto  para  dar eficácia das regras, então terá que fazer uso das regras da sucessão legitima. Isso  se chama sucessão mista.

Sempre  que  existir  herdeiros  necessários  (os  indicados  no  art  1845)  haverá  uma  qualificação  maior,  são  herdeiros  legítimos  qualificados  por  lei,  pois  a  eles  a  lei  reserva  uma  fração,  metade  da  herança  deixada  a  titulo  de  herança  necessária,  chamada de legítima. 

Art. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge.

Logo  qdo  se  tem  herdeiros  necessários,  mesmo  que  exista  testamento,  a  lei  reserva  a  esses  herdeiros  uma  cota  necessária  de  herança  chamada  legitima,  automaticamente se aplica a eles as regras da sucessão legítima.

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O momento de abertura e no momento da transmissão dos bens aos herdeiros  legítimos e testamentários se dá ao mesmo momento. Essa transmissão é chamado  de delação ou devolução da herança ou hereditária ou sucessória. Cada autobota uma  qualificação, mas a ideia é de entrega a esses herdeiros. Nem sempre essa delação se dará no momento da abertura da sucessão. Tem  situações  excepcionais  em  que  a  delação  é  protelada.  Abre­se  a  sucessão,  se  é  convocado a herdar, mas ainda assim a herança não é transmitida imediatamente. Ex  chamo  fulano  por  testamento  e  insiro  condição  suspensiva  aquela  herança,  nesse  caso a devolução é protelada aguardando o implemento da condição. 

Outro exemplo: o autor da herança deixa a titulo de testamento uma herança  ou legado para prole eventual de terceiro, aberta a sucessão, deixa 10% do legado ao  filho do melhor amigo. Abre­se a sucessão e a criança nem foi concebida, daí somente  qdo  esta  for  concebida  ou  nascer  é  que  a  herança  será  transmitida.  A  delação  será  protelada.

Posso  ser  convocado  a  suceder  por  lei  ou  por  testamento.  Qdo  é  a  lei  que  convoca  a  suceder,  isso  se  chama  sucessão  legitima.  Os  legitimados  estão  noa  RT  1829:

Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:

I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;

II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge; III - ao cônjuge sobrevivente;

IV - aos colaterais.

Primeiro convoca os descendentes, depois ascendentes, na sequencia cônjuge  e colaterais.

Os  descendentes  e  ascendentes  podem  ou  não  concorrer  com  o  cônjuge.  Todos são chamados de sucessores legítimos.

Dentre os herdeiros legítimos, os 3 primeiros são qualificados, são chamados  de herdeiros necessários ou reservatários. A eles a lei assegura a chamada legitima  que está prevista no art 1846:

Art. 1.846. Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos bens da herança, constituindo a legítima.

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O herdeiro necessário é um herdeiro legitimo mas qualificado. 

O  herdeiro  colateral  é  um  herdeiro  facultativo.  São  facultativos  pq  se  o  autor  não tiver ascendente, descendente e cônjuge ou companheiro, pode­se excluir esses  herdeiros facultativos por meio de testamento.

Todo herdeiro necessário é herdeiro legitimo, pois cabe uma parcela de bens  especifica chamada de legitima.

Outro  herdeiro  legítimo  convocado  por  lei  é  o  companheiro  sobrevivente.  A  regra esta nas disposições gerais, art 1790 que é um artigo complicado.

Art. 1.790. A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável, nas condições seguintes:

I - se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao filho;

II - se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade do que couber a cada um daqueles;

III - se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a um terço da herança;

IV - não havendo parentes sucessíveis, terá direito à totalidade da herança.

É criticável esse dispositivo, mas isso tem uma razão de ser, pois o CC atual é  um projeto de 1974 e aquela época não tínhamos o companheiro. O que se tinha é o  concubino. Não tínhamos a CF para utilizar como filtro de interpretação.

Na  sucessão  legitima  só  temos  a  figura  do  herdeiro.  Herdeiro  é  aquele  que  recebe herança, no todo ou em parte. 

A herança tem, por natureza jurídica, uno indiviso, ate o momento da partilha, é  uma  universalidade  de  direito.  A  herança  é  uma  universalidade  de  direito,  pois  é  o  patrimônio  de  uma  pessoa  que  morreu.  A  natureza  jurídica  do  patrimônio  é  uma  universalidade  de  direito.  Qdo  a  pessoa  falece  continua  sendo  universalidade  mas  recebe o nome de herança. 

No  caso  de  pessoa  jurídica  que  faliu  é  massa  falida.  Mas  tudo  isso  tem  natureza de universalidade de direito. 

O herdeiro recebe uma fração dessa universalidade de direito. Por isso se diz  que  o  herdeiro  herda  a  titulo  universal,  ie,  ele  recebe  um  pedaço  de  uma 

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Mas  o  patrimônio  é  formado  tanto  por  ativo  como  passivo.  A  herança  é  composta pelos creditos e pelos débitos. Qdo o herdeiro herda a titulo universal, ele  herda uma universalidade composta por creditos e débitos. É da herança que se retira  o pgto das dividas. O que ele herda é a herança liquidada, ie, satisfeitos os credores o  que sobre é a herança. 

Qdo  os  herdeiros  recebem  a  herança,  a  recebem  dentro  das  suas  forças.  É  sempre intra vires hereditaris, ie, dentro das forças da herança. Quem responde pela  divida da herança é a herança.  Imagine que o autor da herança ele tem 3 filhos. por conta de Saizine 1/3 da  herança vai para o filho 1, 1/3 para filho 2 e 1/3 para filho 3. Esse 1/3 é composto de  ativo qto passivo. Isso será apurado na partilha, pois teremos o acervo identificado, os  credores se habilitarão nos autos do inventario, os débitos pagos e o monte liquidado.  No caso de sucessão testamentária é uma convocação para suceder por força  da  vontade  do  morto.  É  ato  de  ultima  vontade  onde  ele  dirá  a  quem  deixará  sua  herança  ou  patrimônio,  em  que  quantidade.  É  um  negocio  jurídico  causa  mortis,  por  isso  ele  é  chamado  de  testador;  e  a  sua  sucessão  é  chamada  de  sucessão  testamentária. 

O  herdeiro  é  aquele  que  recebe  parte  da  herança.  Se  for  por  testamento  é  chamado de herdeiro testamentário. 

Se  o  autor  retirar  bem  específico,  individualiza  o  que  será  recebido  pelo  sucessor isso é legado. O beneficiário do legado é chamado de legatário.

O herdeiro testamentário herda universalidade, ele herda a titulo universal, pois  recebe  herança  e  herança  é  universalidade.  Já  o  legatário  não  recebe  herança,  ele  sabe desde logo o que lhe cabe. Ex deixa a cristaleira, deixa para a afilhada a cômoda  antiga. Por isso diz que ele recebe a titulo singular, por ser bem singularizado. 

Ao  contrario  do  herdeiro  que  recebe  ativo  e  passivo;  o  legatário  não.  Recebe  bem especifico, não arca com dividas. Quem paga divida é herdeiro. O pgto se retirara  da  herança,  mas  se  ela  não  bastar,  vai  ter  que  reduzir  os  legados,  vendendo  os  legados para então pagar os credores. Não posso receber uma herança, um legado,  bens que eram garantias de dividas. 

Ex  legatório  recebe  um  apto  no  Flamengo,    mas  tem  divida  de  IPTU  para  pagar. Se o testador nada falar tem que ser pago pelo monte.  Mas se falar dizendo  que o legatário terá que pagar, caberá a ele pagar. 

O legado só aparece no caso de sucessão testamentária. 

Só  tenho  direito  de  Saisine  em  favor  de  herdeiros.  Legatário  não  faz  jus  ao  direito de Saisine. 

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JURIS

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Aberta  a  sucessão,  a  herança  é  transmitida  aos  herdeiros.  Eles  já  se  tornam  por força de Saisine automaticamente donos da cota ideal que a lei lhes confere ou o  que o autor da herança lhes conferiu. 

Em  relação  aos  herdeiros  como  isso  funciona?  Essa  ficção  importara  na  sub  rogação  de  pleno  direito  do  autor  da  herança  pelos  seus  herdeiros.  O  herdeiro  não  precisa  de  nenhuma  conduta  ou  ato  de  vontade  para  se  imitir  na  posse  que  era  do  autor da herança. Porque se ele assume de pleno direito a mesma condição do autor  da herança, ele se imite por força de lei na posse do autor da herança. Se o autor era  locador  de  determinado  imóvel,  seus  herdeiros  passam  a  ser  possuidores  indiretos  desse  imóvel.  Consequência  disso  é  que  os  herdeiros  podem  fazer  uso  das  ações  possessórias, se precisarem tomar alguma medida, ou ato de desforço próprio. 

Suponha que o autor da herança tenha deixado 3 filhos: f1, f2, e f3. Ele morreu  as 11h37 e nesse momento exato 1/3 ideal vai para cada filho. Ele morreu no acidente  com  f3  que  morreu  às  11h39.  Aberta  a  sucessão  do  autor,  por  força  de  lei  1/3  da  herança foi entregue a f3 que momentos depois veio a falecer. Este, ao falecer abre­se  a sucessão de f3. Sua herança é composta de patrimônio pessoal mais 1/3 da herança  deixada  por  seu  pai.  Isso  tudo  forma  o  patrimonio  em  vida  de  f3  que  agora  será  chamado de herança de f3.

Existe  uma  regra  no  direito  sucessório,  que  ninguém  é  obrigado  a  herdar.  Saisine  confere  1/3  dessa  herança  por  ficção  legal.  A  pessoa  pode  aceitar  ou  renunciar a herança. No exemplo f3 não teve tempo de aceitar ou renunciar a herança.  mas f3 deixou filhos. Os netos do autor da herança, filho de f3, serão beneficiados com  a cota que cabia ao pai deles, passou a eles por direito próprio na sucessão do pai.  Isso  se  chama  direito  de  transmissão.  Qdo  eles  figurarem  no  formal  de  partilha,  por  exemplo, ou nas primeiras declarações eles não aparecem ali representando o pai, pq  não se trata de direito de representação. o direito de representação de descendentes  de um descendente pré morto, o f3 não é pré morto e sim pós morto. Os netos estão  ali a titulo de transmissão pela sucessão de f3. E assim se dá pq existe Saisine. Qdo  eles  recebem  a  herança,  depois  eles  precisam  dizer  se  vão  confirmar  ou  repudiar  o  efeito de Saisine. 

Mas os netos só podem aceitar ou repudiar a herança do avô se aceitaram a  herança do pai. Se eles renunciam a herança do pai, automaticamente eles repudiam  a herança do avô.

Agora  se  eles  aceitam  a  herança  do  pai,  agora  abre­se  a  possibilidade  de  manifestar em aceitar ou repudiar a herança do avô.

Agora  se  os  netos  forem  chamados  a  suceder  f3  que  seria  pré  morto,  eles  receberiam  esse  1/3  na  representação  de  f3.  Vão  pagar  um  imposto  de  transmissão  apenas. Diferentemente se o faleceu dois minutos depois que o avô, pois nesse caso 

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Próxima  aula  –  começaremos  a  falar  sobre  o  ultimo  efeito  de  Saisine:  na  medida em que recebe a cota ideal, essa cota tem vl patrimonial, por isso veremos a  cessão de direitos hereditários.

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