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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO ESCOLA POLITÉCNICA DCC SEGRAC

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(1)

ESCOLA POLITÉCNICA

DCC/ SEGRAC

GERENCIAMENTO DAS COMUNICAÇÕES EM PROJETOS QUE

ENVOLVEM CONSÓRCIOS DE EMPRESAS

Mônica Maria Lourenço Pereira Panisset

(2)

GERENCIAMENTO DAS COMUNICAÇÕES EM PROJETOS QUE ENVOLVEM CONSÓRCIOS DE EMPRESAS

Mônica Maria Lourenço Pereira Panisset

M o n o g r a f i a a p r e s e n t a d a n o C u r s o d e P ó s - G r a d u a ç ã o e m G e r e n c i a m e n t o d e P r o j e t o s , d a E s c o l a P o l i t é c n i c a , d a U n i v e r s i d a d e F e d e r a l d o R i o d e J a n e i r o .

Orientador:

Leonardo Santos Neves de Barros

(3)

ii

Mônica Maria Lourenço Pereira Panisset

Orientador:

Leonardo Santos Neves de Barros

Monografia submetida ao Curso de Pós-graduação Gerenciamento de Projetos, da Escola Politécnica, da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Especialista em Gerenciamento de Projetos.

Aprovada por:

_________________________________________

Eduardo Linhares Qualharini

_____________________________________ Justino Sanson Wanderley da Nóbrega

_____________________________________ Alberto Sulainman

(4)

iii

PANISSET, Mônica Maria Lourenço Pereira.

Gerenciamento das Comunicações em Projetos que Envolvem Consórcios de Empresas / PANISSET, M. M. L. P. Rio de Janeiro: UFRJ/EP, 2007.

vii, 95f.: il.; 29,7cm.

Orientador: Leonardo Santos Neves de Barros. Monografia (especialização) – UFRJ/ Escola Politécnica/ Curso de Especialização em Gerenciamento de Projetos, SEGRAC, 2007.

Referência Bibliográfica: f.93-95

(5)

iv

GERENCIAMENTO DAS COMUNICAÇÕES EM PROJETOS QUE ENVOLVEM CONSÓRCIOS DE EMPRESAS

Mônica Maria Lourenço Pereira Panisset

Resumo da Monografia submetida ao Curso de Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos, da Escola Politécnica, da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Especialista em Gerenciamento de Projetos.

O presente trabalho refere-se a um estudo que trata sobre a gerência das comunicações em projetos que envolvem consórcios de empresas, demonstrando a importância e influência desta no sucesso do projeto. A sua aplicabilidade será ressaltada e detalhada através das descrições provenientes do “Project Management Institute” e boas práticas que podem ser utilizadas em Gerenciamento de Projetos.

Palavras-Chave: Gerenciamento da Comunicação, Consórcio, Empresas.

(6)

v

1. INTRODUÇÃO...1

1.1. Objetivo do trabalho... 1

1.2. Justificativa... 2

1.3. Metodologia...2

1.4. Escopo do Trabalho...2

2. APRESENTAÇÃO...4

2.1. Conceituando Projeto...4

2.2. Gerenciamento de Projetos...5

2.3. Partes Interessadas em Projetos...6

2.4. Equipes de Projeto...8

2.5. Conceituando EPC e Consórcio ...10

3. GERENCIAMENTO DE PROJETOS SEGUNDO O PMBoK...20

3.1. Áreas de Conhecimento do Gerenciamento de Projetos...20

3.2. Influências Organizacionais...22

3.2.1.Organização Funcional ...24

3.2.2.Organização por Projetos...25

3.2.3.Organização Matricial...25

3.3. Os Processos do Gerenciamento de Projetos...30

3.4. Interações entre os Processos...33

4. O FATOR COMUNICAÇÃO... 34

4.1. Gerência das Comunicações em Projetos... 35

4.2. Gerenciamento das Comunicações... ... 42

4.2.1.Planejamento das Comunicações... 45

4.2.2.Distribuição das Informações...52

4.2.3. Relatório de Desempenho... 54

4.2.4.Gerenciar as Partes Interessadas... 58

5. O PAPEL DO GERENTE DE PROJETOS COMO COMUNICADOR...62

5.1 O Gerente de Projetos atuando em Consórcios de Empresas...63

6. RECOMENDAÇÕES PARA UM BOM GERENCIAMENTO... 65

6.1. Fases de Projetos de Grande Porte... 65

6.2 Boas Práticas para Gerenciamento das Comunicações...73

6.3. Técnicas para uma Boa Comunicação... 75

6.4. Gerenciando a Comunicação de acordo com o Projeto... 87

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS...91

(7)

vi

Figura 1: União de Empresas em forma de consórcio...01

Figura 2: Características do Projeto ...04

Figura 3: A relação entre as Partes Interessadas e o Projeto...07

Figura 4: A relação entre a Equipe de Projeto em Consórcios...08

Figura 5: Contrato para legalização de consórcio... 13

Figura 6: Atuação dos Consórcios... 17

Figura 7: Visão Geral das áreas de conhecimento em Gerenciamento de Projetos e os processos de Gerenciamento de projetos...22

Figura 8: Influências da Estrutura Organizacional nos projetos... 23

Figura 9: Organização Funcional... 24

Figura 10: Organização por Projeto... 25

Figura 11: Organização Matricial Fraca... 27

Figura 12: Organização Matricial Balanceada... 28

Figura 13: Organização Matricial Forte... 28

Figura 14: Organização Composta... 29

Figura 15: Resumo de alto nível das interações entre grupos de processos... 32

Figura 16: Aspectos considerados no planejamento... 37

Figura 17: Objetivos do Planejamento Estratégico das Comunicações... 40

Figura 18: Visão Geral do Gerenciamento das Comunicações do Projeto...43

Figura 19: Fluxograma de processo do gerenciamento das comunicações do projeto. ...44

Figura 20: Planejamento das Comunicações: Entradas, Ferramentas e Técnicas, e Saídas...45

Figura 21: Distribuição das Informações: Entradas, Ferramentas e Técnicas, e Saídas ...52

Figura 22: Relatório de Desempenho: Entradas, Ferramentas e Técnicas, e Saídas..55

Figura 23: Gerenciar as partes interessadas: Entradas, Ferramentas e Técnicas, e Saídas...59

Figura 24: Boas Práticas após Finalização de Cada Fase do Projeto...74

(8)

vii CNPJ - Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas EAP - Estrutura Analítica do Projeto

EPC - Engineering, Procurement and Construction Intrafirma - Entre unidades da mesma empresa

Main/General Contractor - Empresa responsável pelo Contrato PMI - Project Management Institute

(9)

A Gestão da Comunicação é um tema muito discutido atualmente, porém

resolveu-se tratá-la em projetos que precisam ainda mais focar nesta Gestão: pessoas

diferentes, empresas diferentes e executando atividades diferentes.

A dinâmica das modernas relações comerciais exige que as empresas, a fim de

poderem atuar em determinados projetos de grande vulto e altos custos, ou ainda, por

não possuírem o suporte tecnológico, conhecimento especializado e/ou instrumental

técnico de alto padrão, reúnam-se sob uma forma contratual específica para execução de

um empreendimento: o consórcio. O modelo de contratação geralmente é do tipo EPC

(Engineering, Procurement and Construction). Isto vem ocorrendo, principalmente, nas

áreas de engenharia, construção e montagem industrial.

Figura 1: União de empresas em forma de Consórcios

Fonte: Autor

Estes são em sua maioria projetos grandiosos, com alto valor agregado e muitos

recursos envolvidos. Os recursos humanos são diferentes não apenas individualmente,

mas por serem de grupos e empresas diferentes, terem conhecimento e atuarem em áreas

e mercados distintos e ainda, por possuírem nacionalidades, culturas e línguas diferentes

e estarem em locais distantes, não só o Gerenciamento do Projeto, mas

fundamentalmente a Gestão da Comunicação deverá ser eficaz e eficiente para o

sucesso do projeto.

1.1. Objetivo do trabalho

O objetivo é analisar, discutir e indicar implementações de melhorias nos

procedimentos e no fluxo de atividades relativas ao processo de comunicação,

principalmente, em consórcios de empresas contratadas no modelo EPC. Empresa

B

Empresa A

Empresa C Instrumental

de alto padrão

Conhecimento Técnico

Capacidade Financeira

Suporte Tecnológico

(10)

1.2. Justificativa

O interesse em discorrer a respeito de tal assunto tem origem na experiência da

participação em projetos de médio (construção civil) e grande porte (construção de

plataformas), nos quais as empresas atuavam em forma de consórcio.

Invariavelmente, o Gerenciamento das Comunicações teve papel fundamental no

sucesso dos projetos.

Soma-se o fato de não serem encontrados trabalhos sobre o Gerenciamento das

Comunicações, especificamente sob este enfoque, apesar da atualidade do tema, uma

vez que esta forma de atuação das empresas é cada vez mais significativa.

1.3. Metodologia

Os conceitos de Projeto, consórcio e contratação EPC foram explicitados com

base em pesquisas descritivas.

Os conceitos sobre contexto do Gerenciamento de Projetos, Gerenciamento das

Comunicações e Estruturas Organizacionais são baseados no Guia PMBOK Terceira

Edição (PMI, 2004).

Uma pesquisa qualitativa sobre as ferramentas de Gerenciamento das

Comunicações foi realizada, a fim de avaliar as que já são utilizadas, bem como, a

possibilidade de adequação de novas práticas a este tipo de projetos.

As pesquisas bibliográficas, documentais e ação foram realizadas, buscando-se

material e informações em livros, artigos, monografias, internet, documentação

(procedimentos, normas etc.) relativas aos projetos executados pelas empresas e junto a

envolvidos em projetos deste tipo.

Foi avaliada a execução do Gerenciamento da Comunicação nestes tipos de

projetos. Novos modelos são propostos para implementações de melhoria na Gestão da

Comunicação destes projetos.

1.4. Escopo do Trabalho

Este trabalho visa descrever o Gerenciamento das Comunicações segundo o PMI

(11)

melhor desenvolvê-la em projetos nos quais atuam distintas empresas em forma de

consorcio.

Neste caso, apesar de comentar sobre, o foco não será abordar a Gestão do

Conhecimento e nem a base de lições aprendidas, ou seja, o depósito de informações

históricas sobre os resultados de decisões na seleção de projetos anteriores e do

desempenho em projetos (PMI, 2004). Cita-se a relevância do registro das Lições

Aprendidas, já que estas podem ser identificadas a qualquer momento, porém não será

(12)

2. APRESENTAÇÃO

2.1. Conceituando Projeto

Um projeto, segundo o Project Management Institute (PMI), é um esforço

temporário realizado para criar um produto ou serviço único (PMI, 2004, p.4). O projeto

pode ser caracterizado por um conjunto de atividades inter-relacionadas temporárias

visando um objetivo comum e singular. As partes envolvidas em um projeto

compreendem não somente a equipe executora, mas também o cliente, o patrocinador,

os fornecedores, e todos aqueles que de algum modo têm interesse ou por ele são

afetados. Caracteriza-se ainda por ser executado dentro de um prazo determinado e

conforme um custo previamente estimado.

O projeto, é uma entidade transitória, cuja vida pode durar alguns dias, meses ou

até mesmo anos. Para isto o projeto precisar ser analisado em partes, fases ou camadas,

e ainda precisa-se conhecer as várias facetas de sua gerência e formas de organizá-lo.

Por serem atividades geralmente não repetitivas, complexas e dinâmicas as

características de gerenciamento de projetos diferem muito da administração tradicional

de atividades de rotina. Em função dessas características a administração de projetos

exige a utilização de técnicas e ferramentas especiais para que seus objetivos sejam

alcançados.

Sem esta abordagem diferenciada para o gerenciamento de projetos, muitos

problemas podem ocorrer como baixo desempenho, resultados desvinculados do

propósito inicial, atrasos, custos excessivos e falta de rumo para tomada de decisões,

entre outros. Portanto, projeto é um empreendimento único, com começo e fim,

conduzido por pessoas para o alcance de metas estabelecidas, com parâmetros de custo,

tempo e qualidade (Figura 2).

Figura 2: Características do Projeto

Fonte: Autor

(13)

2.2. Gerenciamento de Projetos

O gerenciamento de projetos é a reunião de sistemas, técnicas, habilidades e

ferramentas para se alcançar com sucesso os objetivos previamente traçados, atingindo

ou excedendo as necessidades e expectativas das partes envolvidas.

Este é realizado através da aplicação e da integração dos processos de

gerenciamento de projetos: iniciação, planejamento, execução, monitoramento e

controle, e encerramento.

Existe hoje um excelente conjunto de práticas para a gestão de projetos,

inclusive aquelas apresentadas no Guia do Conjunto de Conhecimentos do

Gerenciamento de Projetos, conhecido como PMBoK.

Gerenciar refere-se a ações no nível do projeto: planejamento, controle,

orçamento, cronograma, etc. Já os termos derivados de gerir, referem-se às parcelas das

atribuições do gerente do projeto. São partes do gerenciamento delegadas pelo gerente.

O gerente de projetos é a pessoa responsável pela realização dos objetivos do projeto.

O gerenciamento de projetos pode ser caracterizado, portanto, por diversos

aspectos.

Em relação ao aspecto “tempo” o gerenciamento de projetos pode ser

considerado como uma corrida contra o calendário. Do cumprimento dos prazos

estabelecidos para o projeto pode depender a sobrevivência da empresa em termos de

superação da concorrência, da redução de custos, aumento de produtividade, etc.

Em relação ao “investimento” o gerenciamento de projetos procura realizar

todas as tarefas dentro do que estava previsto no orçamento inicial e garantir os retornos

financeiros esperados do projeto.

Com relação ao aspecto “qualidade” objetiva-se, no gerenciamento de projetos,

garantir o alcance dos requisitos pré-estabelecidos em termos de desempenho do

produto. Muitas vezes os aspectos investimento e tempo correm em sentido oposto ao

aspecto qualidade. É por meio do gerenciamento de projetos que se deve procurar o

equilíbrio destes vetores, com a finalidade de se obter os melhores resultados.

Finalmente, os aspectos relacionados a sistemas e os relacionados ao

(14)

gerenciamento de projeto na medida em que representam os meios utilizados para se

atingir os resultados esperados de tempo, custo e qualidade.

2.3. Partes Interessadas em Projetos

Os projetos são realizados por pessoas e o resultado final do projeto será

recebido também por pessoas. Desta forma, o elemento humano está presente em todos

os processos e não considerá-lo é permitir que toda sorte de acontecimento possa

ocorrer, sem gestão e maturidade.

Pessoas e organizações ativamente envolvidas no projeto ou cujos interesses

podem ser afetados durante a execução ou com o resultado do projeto são chamadas

partes interessadas.

As principais partes interessadas em todos os projetos incluem:

Gerente de projetos - responsável pelo gerenciamento do projeto.

Neste trabalho, o Gerente de Projeto citado é a pessoa com a responsabilidade e

a autoridade para gerenciar somente um projeto. Este se reporta ao Gerente Funcional

da empresa principal do consórcio, que pode vir a ser um Gerente de Programa (pessoa

com a autoridade para gerenciar e manejar uma estrutura ou uma organização com uma

estrutura de guarda-chuva que proporciona a direção geral para um conjunto de projetos

relacionados) ou Gerente de Portifólio (pessoa com a autoridade para gerenciar projetos

não necessariamente relacionados, porém devidamente ligados à estratégia da empresa)

(TenStep site).

Cliente/usuário - pessoa ou organização que fará uso do produto do projeto.

− Em algumas áreas os termos cliente e usuário são sinônimos. Porém em outras, cliente refere-se à entidade que adquire o produto do projeto e

usuários aos que farão uso diretamente do produto do projeto.

Organização executora - empresa cujos colaboradores estão diretamente envolvidos na realização do trabalho do projeto.

Membros da equipe do projeto - grupo que executa o trabalho do projeto.

(15)

Patrocinador - pessoa ou o grupo que fornece os recursos financeiros para o projeto.

Influenciadores - pessoa ou grupo que não estão diretamente relacionados ao uso do produto final do projeto. No entanto, podem influenciar o

andamento do projeto de forma positiva ou negativa.

PMO – caso exista na organização executora, pode ser uma parte interessada se tiver responsabilidade direta ou indireta pelo resultado do projeto.

Além dessas principais partes interessadas, existem várias e diferentes partes

interessadas no projeto, internas e externas. Nomear ou agrupar as partes interessadas

ajuda principalmente a identificar pessoas e organizações, assim como as funções e

responsabilidades destas partes.

No caso de consórcios pode-se citar ainda: acionistas e gerentes das

organizações executoras; entidades certificadoras e/ou reguladoras; concorrentes;

órgãos governamentais; fornecedores; sociedade etc.

A equipe de gerenciamento de projetos possui a responsabilidade de identificar

as partes interessadas, determinar suas necessidades e expectativas e, na medida do

possível, gerenciar sua influência em relação aos requisitos para garantir um projeto

bem-sucedido.

O gerente de projeto precisa gerenciar as expectativas das partes interessadas, o

que pode ser complicado, devido aos objetivos diferentes ou conflitantes.

A Figura 3 ilustra a relação entre as partes interessadas e a equipe do projeto.

Figura 3: A relação entre as partes interessadas e o projeto

(16)

2.4. Equipes de Projeto

Muitos dos integrantes da equipe de projeto poderão não ser da equipe da

organização executora; parceiros externos e sub-contratados são muito freqüentes em

projetos. Em alguns casos, as pessoas da equipe do projeto podem não ter trabalhado

juntas anteriormente. Fatos que ocorrem principalmente em organização de empresas na

forma de consórcios (Figura 4).

Figura 4: A relação entre a equipe de projeto em Consórcios

Fonte: Autor

Colaboradores e parceiros externos muitas vezes não conhecem nem a equipe

nem a empresa onde o projeto será realizado. Além disso, o pessoal envolvido

tipicamente divide seu tempo entre suas obrigações funcionais (normalmente atividades

de caráter repetitivo) e os outros projetos dos quais participa. Todos os profissionais

devem individualmente dominar suas técnicas e habilidades e, ao mesmo tempo, devem

ajustar-se ao “cronograma” de sua participação no projeto. Nas empresas, muitos

projetos não alcançam seus objetivos, mesmo tendo excelentes profissionais. O

problema não é somente saber, mas é saber fazer isso no momento certo, com o esforço

certo, na qualidade desejada, gerenciando os riscos e problemas de percurso, em

contínua sintonia (comunicação do projeto) com os demais envolvidos. Sinergia

Comunicação

Nunca trabalharam

juntos

Não conhecem as outras empresas

Interagem somente virtualmente

Cultura, nacionalidade e língua distintos

Precisam se adequar às ferramentas e técnicas

disponíveis Dividem o tempo

(17)

A equipe de projeto é composta por pessoas cujas especificidades precisam ser

combinadas ao conjunto de técnicas e ferramentas para o pleno conhecimento do

universo que propiciará o sucesso do projeto em realização.

O gerenciamento de projetos pode prever ou não o trabalho em equipes.

Conforme as características dos processos de mudança em uma determinada

organização, a estruturação de equipes para condução de projetos pode ser uma opção

interessante para aumentar a efetividade e rapidez nestes trabalhos. Os benefícios do

trabalho em equipe são inquestionáveis, devendo-se, no entanto, cuidar de alguns

aspectos importantes para que a sinergia esperada nesta forma de estruturação se

concretize.

O desenvolvimento do trabalho através de equipes estimula o espírito

empreendedor dos seus participantes, bem como, propicia o alcance de melhores

resultados pelo efeito sinérgico. Através dos trabalhos em equipe, os responsáveis pelas

funções operacionais na base e os responsáveis pelas funções gerenciais no topo,

encontram espaço para desenvolver e mostrar todo o seu talento e criatividade. A

organização como um todo torna-se mais dinâmica para enfrentar os novos desafios que

o mercado lhe apresenta.

Muitas vezes, quando um gerente ou administrador encontra-se perante uma

emergência, a primeira iniciativa é montar uma equipe de ação multifuncional,

composta pelos seus melhores talentos e, então, fazer frente ao problema. Seja qual for

o motivo desta emergência a situação em si faz com que a equipe ganhe corpo, tenha

livre acesso a informações e que tenha o respaldo e o apoio de toda a organização. Com

isso supera-se muitas vezes situações críticas onde, com rapidez e presteza, são

alcançados os resultados desejados, principalmente divido ao senso de emergência que a

situação oferece e a força do trabalho em equipe.

Através dos efeitos benéficos da sinergia, característica do trabalho em equipe, e

da multifuncionalidade e interdisciplinariedade, características das equipes de projeto, a

organização pode potencializar a sua capacidade de efetivar os processos de mudança

dentro das metas de tempo, custo e qualidade. Além dessas vantagens as equipes

caracterizam-se por melhorar o tratamento de informações, seja por dinamizar o seu

fluxo ou pelo acúmulo de conhecimento através do aprendizado contínuo.

O desenvolvimento de projetos através do conceito de equipes é uma prática

(18)

intrínsecas que podem fazer a diferença no resultado final do projeto. A principal diz

respeito à própria formação da equipe multifuncional, com representantes de várias

áreas.

Quando este grupo é formalmente caracterizado como responsável pela

condução de um determinado projeto, essas pessoas de diferentes perspectivas de vida e

história, precisam ser influenciadas a se engajarem no alcance dos objetivos propostos,

mais do que se simplesmente tivessem que desenvolver um trabalho específico.

2.5. Conceituando EPC e Consórcio

Tal como ocorre com quase todas as atividades humanas, o projeto não é uma

entidade isolada, ele está vinculado à organização hospedeira e esta, por sua vez, está

ligada a um contexto muito maior, num ambiente específico.

Faz-se necessário analisar o ambiente onde este projeto está inserido, pois sua

gestão será mudada ou focalizada de acordo com o contexto de sua inserção. Um

projeto pode possuir as mesmas fases para este ou aquele tipo de setor ou empresa, mas

será tratado com maior rigor aspectos relevantes relativos àquele determinado ambiente.

Com o conhecimento necessário do projeto e de seu ambiente específico, faz-se

necessário uma análise sobre os diversos aspectos de como pode-se tratar estes dados do

projeto e do ambiente da empresa, ou seja, uma análise dos recursos, técnicas e

ferramentas disponíveis para tratar do projeto de uma empresa.

Logo, o projeto está inserido em um ambiente muitas vezes complexo, e para ser

bem gerenciado faz-se necessário conhecer todos os seus aspectos, e conseqüentemente

do ambiente onde está inserido.

Neste item serão identificados os ambientes nas quais geralmente as empresas

que atuam em grandes empreendimentos estão inseridas atualmente: consórcios.

No intuito de atuarem em projetos de grande vulto, altos custos e alto padrão,

muitas empresas têm atuado na forma de consórcio. O modelo de contratação

geralmente é do tipo EPC (Engineering, Procurement and Construction). Isto vem

ocorrendo, principalmente, nas áreas de engenharia, construção e montagem industrial.

Estes são em sua maioria projetos grandiosos, com alto valor agregado e muitos

(19)

mas por serem de grupos e empresas diferentes, terem conhecimento e atuarem em áreas

e mercados distintos e ainda, por possuírem nacionalidades, culturas e línguas diferentes

e estarem em locais distantes.

a) O que é contratação EPC?

Na modalidade de contratação de serviços do tipo EPC

(Engineering-Procurement-Construction) um único responsável (Main/General Contractor) se

encarrega do fornecimento de uma instalação, responsabilizando-se pelas atividades de

Projeto Executivo, Suprimento de Materiais e Equipamentos e da Construção e

Montagem.

b) Por que as empresas se juntam em consórcios?

No entanto, nem sempre a mesma empresa possui capacidade técnica e

financeira para executar todos os três itens (EPC), sendo muito comum a formação de

consórcios e alianças, inclusive entre empresas de diferentes nacionalidades e nicho de

mercado.

Com a intensificação de atuação em forma de consórcio pelas empresas, cada

vez mais os Gerentes de Projetos se deparam com empreendimentos nos quais empresas

diferentes atuam em conjunto para a realização dos mesmos.

A idéia básica do consórcio de empresas é a própria filosofia do associativismo.

Consiste na associação de companhias ou sociedades, sob o mesmo controle ou não,

formada pela comunhão de interesses entre estas entidades que pretendem, de forma

coordenada, ampliar e diversificar seus negócios por meio de um determinado

empreendimento, durante um período de tempo definido.

O consórcio é um grande meio de se organizar iniciativas orgânicas entre

sociedades, sem que se estabeleça entre elas outro vínculo social. É especialmente

adequado aos projetos, para captar e aplicar recursos sem que esses se confundam com

os recursos e atividades próprias e distintas de cada organização. O incremento na

capacidade de negociação de quem compõe um consórcio é sempre um fator importante

para a implementação de projetos frente a terceiros, deixando os componentes mais

competitivos.

O consórcio de empresas é uma soma de técnica, capital, trabalho e know-how

(20)

condições de realizar, dada a complexidade, o custo e a diversificação das obras,

serviços e equipamentos exigidos.

Em suma, a causa típica do consórcio é a coordenação do exercício individual de

atividades, com vistas à execução de um projeto comum específico.

O consórcio geralmente é estabelecido para a execução de um único projeto e

não de um programa (estrutura de guarda-chuva estabelecida para controlar uma série

de projetos relacionados). Este último tem como finalidade certificar-se de que os

projetos relacionados estão comunicando-se eficazmente, fornecem um ponto central do

contato para o cliente e para as equipes dos projetos. Um consórcio pode estar ligado a

um programa, porém quase sempre, é apenas um dos elementos deste.

c) Como fazer um consórcio?

Para se fazer um consórcio é necessário um contrato por escrito. Esse contrato

deve contar com algumas peculiaridades, todas elas descritas em lei, de acordo com o

artigo 279 da Lei nº 6.404/76, como segue (Figura 5):

− Designação do consórcio, se houver;

− Empreendimento que constitua o objeto do consórcio;

− Duração, endereço e foro (onde vão se julgar as questões pendentes);

− Definição das obrigações e responsabilidade de cada sociedade consorciada, e das prestações específicas;

− Normas sobre recebimento de receitas e partilha de resultados;

− Normas sobre administração do consórcio, contabilização, representação das sociedades consorciadas e taxa de administração, se houver;

− Forma de deliberação sobre assuntos de interesse comum, com o número de votos que cabe a cada consorciado;

(21)

Figura 5: Contrato para legalização de Consórcios

Fonte: Autor

Ao conferir a redação do artigo 278 da Lei nº 6.404/76, fica claro que o

consórcio pode se aplicar a todos os tipos societários, inclusive sociedades civis, mas

somente pode ser composto por sociedades, não por pessoas naturais ou outro tipo de

organização que não seja sociedade.

Observa-se, ainda, que os contratos de consórcio, suas alterações e extinção

deverão ser registrados e arquivados perante o registro de comércio, conhecido como a

Junta Comercial, do lugar da sua sede, em prontuário próprio, devendo ser apresentada a

documentação necessária, conforme Instrução Normativa IN DNRC nº 74/98.

d) Características e responsabilidades jurídicas, tributárias e contábeis do consórcio:

1. Personalidade jurídica e responsabilidade tributária

Conforme estabelecido, nos §§ 1º e 2º do art. 278 da Lei nº. 6.404/76 (Lei das

S/A) o consórcio não tem personalidade jurídica, por ser formado por pessoas jurídicas

distintas, cada qual com sua autonomia e responsabilidade. Então, as consorciadas

somente se obrigam nas condições previstas no respectivo contrato, respondendo cada

uma por suas obrigações, sem presunção de solidariedade, mantendo cada consorciada

sua peculiar estrutura e patrimônios distintos.

Ou seja, a falência de uma consorciada não se estende às demais, subsistindo o

consórcio com as outras contratantes. Os créditos que por ventura tiver a falida serão

apurados e pagos na forma prevista no contrato de consórcio. Nome do Nome do empreendimento empreendimento Duração, endereço Duração, endereço e foro e foro Obrigações e Obrigações e responsabilidades de responsabilidades de cada consorciada cada consorciada

Normas sobre administração

Normas sobre administração

e representação

e representação

Normas sobre despesas,

Normas sobre despesas,

receitas e resultados

receitas e resultados Número de votos de Número de votos de

cada consorciada

(22)

Assim, por exemplo, se a obrigação de uma das consorciadas é captar recursos

para aplicar no projeto que motivou o consórcio e, a de outra consorciada é executar o

projeto, o financiador pode exigir de quem captou a aplicação dos recursos no projeto,

mas não a execução dele, que somente pode ser exigida frente a quem se obrigou no

consórcio a executar o projeto.

Nesse contexto, quem obriga com o terceiro não é o consórcio, mas cada um dos

consorciados em seu próprio nome, precisamente porque o contrato não é bilateral, mas

necessariamente plurilateral. Com efeito, nas relações com terceiros existe tantos

vínculos obrigacionais autônomos quanto os consorciados: cada um está obrigado,

frente ao terceiro, a uma obrigação singular (sem presunção de solidariedade) que pode

ser individual ou conjunta, dependendo da natureza das prestações previstas

contratualmente.

As sociedades consorciadas estarão sob a administração de uma entidade por

elas estabelecida, que também as representará juridicamente, denominada entidade líder.

Esta é responsável pela escrituração contábil e guarda dos livros e documentos

comprobatórios das operações do consórcio, conforme os prazos legais.

Logo, pode-se caracterizar os consórcios como o seguinte trinômio:

− Manutenção das personalidades jurídicas intangíveis das empresas consorciadas;

− Manutenção dos seus patrimônios;

− Direção unitária de interesses.

2. Inscrição no CNPJ

Ainda que por definição legal o consórcio não possua personalidade jurídica,

exige-se o cadastramento dos consórcios que efetivamente operam economicamente no

CNPJ, de acordo com art. 12 parágrafo 3o, II, da IN SRF 200/2002. O consórcio tem

que ter sede e pessoa jurídica líder.

3. Tributação

Como não tem personalidade jurídica, o consórcio não fatura, não apura lucro,

não contrata e, portanto, não pode ser contribuinte de impostos. Logo, este não recolhe

tributos como ICMS, IPI, ISS, PIS, COFINS, IR. Quem o faz são as consorciadas, na

(23)

Os impostos recolhidos na fonte serão objeto de contabilidade posterior de cada

organização que o compuser, na forma que estiver descrito no contrato,

compensando-se posteriormente por rateio entre as consorciadas.

Na hipótese do consórcio efetuar faturamento, não se tratará mais de consórcio,

mas de nova empresa, sujeita, daí, as regras próprias e independentes de contabilização

e tributação, como autônoma que é.

4. Declaração de rendimentos

Não apresentam declaração de rendimentos, ainda que se encontrem inscritas no

Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ por exigência legal ou que tenham seus

atos constitutivos registrados em Cartório ou Juntas Comerciais os consórcios

constituídos na forma dos artigos 278 e 279 da Lei nº 6.404/76.

5. Registro contábil

O Consórcio de Empresas deve registrar os atos e os fatos administrativos

mantendo a contabilidade distinta das empresas consorciadas.

O saldo apurado na demonstração de resultado do consórcio de empresas deve

ser transferido às empresas consorciadas na proporção prevista no contrato, podendo as

empresas consorciadas efetuarem os registros por operação ou saldo das contas.

Caso as empresas consorciadas forneçam ou adquiram materiais ou serviços em

transações operacionais com o consórcio, estas devem ser tratadas, contabilmente, como

fornecedores ou clientes.

Quando da liquidação do consórcio, os ativos e os passivos remanescentes

devem ser transferidos, baixados ou liquidados, de acordo com o contrato entre as

consorciadas.

6. Demonstrações contábeis

Devem conter, adicionalmente nas Notas Explicativas, no mínimo, as seguintes

informações:

− Síntese das condições operacionais do contrato;

− Metodologia adotada para o reconhecimento das receitas, custos e despesas dos contratos e a forma de sua distribuição;

(24)

− Critérios a serem adotados quando do encerramento do consórcio.

7. Proibição para formação de consórcio

Fica proibida a formação de consórcio de empresas, no caso de restringir a

liberdade de comércio, tendo por objetivo a dominação do mercado, a eliminação da

concorrência, ou o monopólio na obtenção de elevação de preço, perante a ilegalidade

de tais finalidades (Lei nº 8.884/94).

Então, os consórcios entre empresas, desde que não abusivos, deverão ser considerados lícitos para manter o equilíbrio entre as necessidades de garantir a concorrência, de racionalizar a produção, que deverá ser eficiente, especialmente com relação à técnica, e de melhorar a distribuição dos produtos, promovendo o progresso econômico, fortalecendo as empresas e atendendo os interesses da própria coletividade.

e) Tipos de consórcios

1. Consórcios abertos e fechados

Consórcios abertos são aqueles que admitem a entrada de uma nova sociedade

que queira integrar o sistema de consórcio. No contrato consorcial devem ser expressas

as hipóteses de ingresso e os requisitos – de caráter objetivo e subjetivo – a serem

preenchidos pela sociedade ingressante. Em contra partida, qualificam-se como

consórcios fechados àqueles que não possuem a característica acima descrita.

2. Consórcios informais

São aqueles que apresentam as características de uma sociedade informal. Nesta,

a responsabilidade dos sócios é solidária e ilimitada em respeito às responsabilidades da

sociedade. Já as sociedades formais são regidas por documentos escritos e previstos em

lei, o que implica em que a responsabilidade dos sócios é distinta da responsabilidade da

sociedade.

O que torna irregular a sociedade é a ausência de registro de seus atos

constitutivos, em razão do que não adquire ela personalidade jurídica.

Conseqüentemente, os sócios se tornam responsáveis e solidários pelas obrigações

(25)

f) Atuação dos consórcios

A flexibilidade do consórcio apresenta-se como alternativa jurídica para a

colaboração inter-empresarial.Ou seja, o consórcio pode ser uma ótima opção na hora

de instituições se unirem sem se tornarem sócias, possibilitando a captação de recursos

coletiva e a execução de atividades que se relacionem diretamente com o público.

Considerando as várias agências de financiamento de projetos, o consórcio entre

organizações pode fornecer mais força, capacidade e agilidade para a apresentação e

implementação de projetos.

Os principais tipos de consórcios são constituídos, conforme figura 6, para:

− Execução de grandes obras de engenharia;

− Atuação no mercado de capitais;

− Acordos exploratórios de serviços de transporte;

− Exploração de atividades minerais e correlatas;

− Atividades de pesquisa ou uso comum de tecnologia;

− Licitações públicas.

Figura 6: Atuação dos Consórcios

Fonte: Autor

(26)

Na prestação de serviços, tanto junto ao setor público quanto junto ao setor

privado, o consórcio pode ser uma ótima opção.

A competitividade é princípio licitatório que deve ser perseguido em grau

máximo de possibilidade, devendo-se propiciar qualquer condição, dentro da lei, para

que o maior número de interessados acorra à licitação. O consórcio de empresas é uma

dessas condições que permite maior competitividade licitatória, especialmente quando a

contratação é de porte elevado e de múltiplas especialidades.

Quando permitida, na licitação, a participação de empresas em consórcio,

observar-se-ão as seguintes normas: comprovação de compromisso, público ou

particular, de constituição de consórcio, subscrito pelas consorciadas; indicação da

empresa responsável pelo consórcio; apresentação dos documentos exigidos por parte

de cada consorciada; impedimento de participação de empresas consorciadas na mesma

licitação, por intermédio de mais de um consórcio ou isoladamente.

Com base no exposto acima, o entendimento é que a formação de consórcio vem

de encontro ao melhor interesse do poder público e privado no que diz respeito ao pleno

atendimento da qualidade técnica e preço das propostas a serem apresentadas.

g) Consórcios como organizações virtuais

Atualmente, e cada vez mais, as empresas de base tecnológica estão inseridas em

ambientes que vão além do compartilhamento do mesmo meio físico.

A virtualização da empresa consiste, sobretudo, em fazer das coordenadas,

espaço temporais do trabalho (projeto) um problema sempre repensado e não uma

solução estável. O centro de gravidade da organização não é mais um conjunto de

departamentos e de postos de trabalho, mas um processo de coordenação que redistribui

sempre diferentemente as coordenadas espaço temporais da coletividade de trabalho e

de cada um de seus membros em função de diversas exigências.

A virtualidade, cada vez mais presente na execução de projetos, principalmente

quando envolvem diferentes empresas, pode se manifestar na "virtualização de uma

empresa", onde os funcionários não têm o contato face a face tradicional, trabalhando

em um mesmo prédio, empresa, cidade ou país, ao contrário, mantêm uma equipe que

“teletrabalha”, participando de uma rede de comunicação eletrônica e pelo uso de

(27)

avançadas de software através da Internet ou Intranet onde estão os respectivos

membros/entidades da rede de colaboração do projeto específico.

Estas exigências, no caso, se propõem em não criar diversos ambientes reais

físicos para gerenciar diversos projetos, mas sim, ver as necessidades de cada momento

e instituir uma visão nova de gerenciamento: o escritório virtual. Equipamentos de

tecnologia compatíveis, um modem, e um profissional capacitado para atravessar a linha

do espaço/temporal é o mínimo - mas suficiente - para obter agilidade, rapidez e

competência a um custo reduzido em qualquer projeto.

Um profissional - um projetista, por exemplo, pode ser exigido a um

determinado tempo, em determinado local, para executar uma tarefa e, posteriormente,

se lhe for exigido estar em outro espaço, ele terá condições para isso. Ele não estará

preso a um limite físico. Sua competência e destreza estarão acima destes limites, e sua

liberdade de locomoção e estrutura oferecidas permitirão excelentes resultados.

O que se pretende é permitir que um projeto possa ser desenvolvido por vários

profissionais e/ou várias empresas em qualquer lugar do mundo, com o menor tempo,

(28)

3. GERENCIAMENTO DE PROJETOS SEGUNDO O PMBoK

3.1. Áreas de Conhecimento do Gerenciamento de Projetos

O PMBoK apresenta nove áreas de conhecimento em gerenciamento de projetos,

que organiza os 44 processos. Essas áreas descrevem os conhecimentos e práticas em

gerenciamento de projetos em termos dos processos que as compõem, a saber:

Gerência da Integração do Projeto: descreve os processos e as atividades que integram os inúmeros elementos do gerenciamento de projetos, que são

identificados, definidos, combinados, unificados e coordenados dentro dos

grupos de processos de gerenciamento de projetos. Ele é composto dos

seguintes processos de gerenciamento de projetos: Desenvolver o termo de

abertura do projeto, Desenvolver a declaração do escopo preliminar do

projeto, Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto, Orientar e

Gerenciar a execução do projeto, Monitorar e controlar o trabalho do projeto,

Controle integrado de mudanças e Encerrar o projeto.

Gerência do Escopo do Projeto: descreve os processos necessários para assegurar que o projeto contemple todo o trabalho requerido, para completar

o projeto com sucesso. Ele é composto pelos processos de Planejamento do

escopo, Definição do escopo, Criar EAP, Verificação do escopo e Controle

do escopo.

Gerência do Tempo do Projeto: descreve os processos relacionados ao término do projeto dentro do prazo correto. Ele é composto pelos processos

de gerenciamento de projetos: Definição da atividade, Seqüenciamento de

atividades, Estimativa de recursos da atividade, Estimativa de duração da

atividade, Desenvolvimento do cronograma e Controle do cronograma

Gerência do Custo do Projeto: descreve os processos envolvidos em planejamento, estimativa, orçamentação e controle de custos para assegurar

que o projeto seja completado dentro do orçamento previsto. Ele é composto

pelos seguintes processos: Estimativa de custos, Orçamentação e Controle de

custos.

(29)

foi realizado. Ele é composto pelos processos de gerenciamento de projetos:

Planejamento da qualidade, Realizar a garantia da qualidade e Realizar o

controle da qualidade.

Gerência dos Recursos Humanos do Projeto: descreve os processos organizam e gerenciam as pessoas envolvidas no projeto. Ele é composto

pelos processos: Planejamento de recursos humanos, Contratar ou mobilizar

a equipe do projeto, Desenvolver a equipe do projeto e Gerenciar a equipe do

projeto.

Gerência das Comunicações do Projeto: descreve os processos relativos à geração, coleta, disseminação, armazenamento e destinação final das

informações do projeto de forma oportuna e adequada e no tempo certo. Ele

é composto pelos processos de gerenciamento de projetos a seguir:

Planejamento das comunicações, Distribuição das informações, Relatório de

desempenho e Gerenciar as partes interessadas.

Esta área de conhecimento será a base de estudo para a formação do modelo

proposto pelo presente trabalho, que está focado nos métodos e ferramentas das

comunicações do projeto, e como essas podem ser utilizadas pelo gerente e seu equipe.

Gerência dos Riscos do Projeto: descreve os processos que dizem respeito à realização do gerenciamento de riscos em um projeto. Ele é composto

pelos seguintes processos: Planejamento do gerenciamento de riscos,

Identificação de riscos, Análise qualitativa de riscos, Análise quantitativa de

riscos, Planejamento de respostas a riscos e Monitoramento e controle de

riscos.

Gerência das Aquisições do Projeto: descreve os processos que compram ou adquirem produtos, serviços ou resultados, além dos processos de

gerenciamento de contratos. Ele é composto pelos processos: Planejar

compras e aquisições, Planejar contratações, Solicitar respostas de

fornecedores, Selecionar fornecedores, Administração de contrato e

Encerramento do contrato.

A Figura 7 a seguir apresenta uma visão geral as nove áreas de Conhecimento

(30)

Figura 7: Visão Geral das áreas de conhecimento em Gerenciamento de Projetos e os processos de Gerenciamento de projetos

Fonte: PMI, 2004

3.2. Influências Organizacionais

Os projetos fazem parte de uma organização maior: corporações, agências do

governo, instituições de saúde, organismos internacionais, associações profissionais e

outros. Mesmo quando o projeto é externo, como em consórcios e parcerias, este é ainda

influenciado pela organização ou organizações que o estabeleceram.

A maturidade da organização em relação ao seu sistema de gerenciamento de

projetos, sua cultura, seu estilo, sua estrutura organizacional e seu escritório de projetos

pode influenciar o projeto.

Organizações orientadas a projeto são aquelas cujas operações consistem,

(31)

Segundo o PMBoK (PMI, 2004, p.27) essas organizações se enquadram em duas

categorias:

− Organizações cujas receitas se originam primariamente do desenvolvimento de projetos para terceiros.

− Organizações que adotaram o modelo de gerência por projeto. Essas organizações tendem a ter sistemas de gerenciamento voltados para a

gerência de projetos.

As organizações não orientadas a projetos freqüentemente precisam ter sistemas

de gerenciamento projetados para suportar as necessidades dos projetos de maneira

eficiente e eficaz, reduzindo-se a dificuldade no gerenciamento de projetos. Em alguns

casos, as organizações não orientadas a projetos terão departamentos ou outras unidades

operando por projetos com sistemas de suporte adequados.

A equipe de gerenciamento de projetos deve estar ciente de como a estrutura e

os sistemas da sua organização afetam o projeto.

Dois fatores influenciadores no projeto são a cultura e a estrutura da

organização. A cultura é refletida nos valores, normas, crenças e expectativas; nas

políticas e procedimentos; na visão das relações de autoridade e em inúmeros aspectos

como: autoridade do Gerente de Projetos, disponibilidade de recursos, equipe

administrativa do projeto etc; conforme mostrado na figura 8 a seguir.

Figura 8: Influências da Estrutura Organizacional nos projetos.

(32)

A estrutura da organização executora restringe a disponibilidade e dita as

condições sob as quais os recursos estarão disponíveis para o projeto. Esta estrutura

pode variar de funcional à projetizada, com uma variedade de combinações entre elas,

como descrição a seguir:

3.2.1. Organização Funcional

Esta é a estrutura organizacional mais clássica. A organização com estrutura

funcional é uma hierarquia onde cada funcionário tem um superior bem definido, nas

quais as pessoas são agrupadas por especialidade, como mostrado na figura 9.

As organizações com estrutura funcional também têm projetos, mas o escopo

percebido do projeto está limitado às fronteiras da função.

Figura 9: Organização Funcional

Fonte: PMI, 2004

Geralmente, quando se utiliza a estrutura funcional, os problemas ocorrem com

os projetos denominados multidisciplinares, para cuja execução mais de um setor deve

ser envolvido. Daí surgirem alguns tipos de organizações visando à solução de

problemas, cuja origem reside, principalmente, em se dispor de equipe multidisciplinar

e de variedade de meios que deve suportá-la. Daí surgiram variações e adaptações dos

modelos até então existentes, sobressaindo-se a organização por projetos (projetizada) e

(33)

3.2.2. Organização por Projetos

Neste tipo de estrutura os integrantes de uma equipe de projeto geralmente são

colocados juntos e respondem diretamente para o gerente de projeto, cuja independência

e autoridade podem ser destacadas (figura 10).

Esta forma de estruturação traz alguns benefícios relacionados ao controle de

tempo, custos, ao fato de evitar conflitos de autoridade e de se ter uma boa interface

com os clientes. Muitas vezes, no entanto, o impacto do alto custo para se manter esta

estrutura acaba sendo maior do que os benefícios citados acima, dificultando a

utilização deste modelo. A maioria dos recursos da organização está envolvida em

projetos. Organizações com estrutura projetizada normalmente possuem unidades

organizacionais denominadas departamentos. Entretanto, estes departamentos ou se

reportam diretamente ao gerente de projeto, ou fornecem serviços de suporte aos

diversos projetos existentes.

Figura 10: Organização por Projeto

Fonte: PMI, 2004

3.2.3. Organização Matricial

O gerenciamento de projetos através da estrutura matricial corresponde a uma

composição dos dois tipos de estruturação apresentados anteriormente. Neste tipo de

(34)

necessários para execução dos projetos propostos dentro dos padrões de custo e

desempenho desejados.

Na disposição matricial os gerentes de linha de empresas de regime permanente

são responsáveis pelo cumprimento das atividades de rotina enquanto a execução de

projetos fica a cargo do gerente de projetos. Os gerentes de projeto e funcionais

negociam entre si os recursos (pessoas, tempo, equipamentos) necessários para

conclusão dos projetos. Após o início do projeto a equipe fica sob as ordens do gerente

de projeto até o seu término. O ponto mais crítico deste tipo de estruturação relaciona-se

à negociação citada acima, entre o gerente funcional e o gerente de projetos. Se não

houver uma definição clara da autoridade e responsabilidade de cada gerente, bem como

maturidade nas negociações, a organização como um todo poderá sair perdendo. O

gerente de projetos e o gerente funcional, embora nem sempre tenham as mesmas

metas, devem tomar ações em parceria visando tanto a melhor alocação de recursos e a

conclusão dos projetos dentro dos prazos e dos orçamentos previstos, quanto garantindo

os níveis de desempenho das atividades de rotina.

As principais vantagens da organização em matriz são a melhor utilização dos

recursos; o conhecimento adquirido com os diversos projetos é acumulado no nível

funcional, não se perdendo com o fim do projeto; a melhor adaptação em ambientes de

mudança (fins de projeto, reorientação de mercado, etc.) uma vez que o esqueleto

funcional garante a continuidade.

Como principais dificuldades a serem enfrentadas neste tipo de organização

cita-se os problemas de autoridade, já que o gerente de projetos e o gerente funcional terão

uma interface muito próxima no gerenciamento de recursos; o gerente de projetos

normalmente não será um especialista em todas as funções e, portanto, terá que confiar

nos profissionais dos níveis funcionais que estarão trabalhando com ele; os integrantes

dos times de projetos passam a se dirigir ao gerente funcional e ao gerente de projetos

podendo haver problemas de dupla comunicação e orientação; o gerente de projeto está

orientado por metas relativas ao projeto, geralmente de curto prazo e sem continuidade

após a sua conclusão enquanto o gerente funcional está focado em metas de índices

permanentes geralmente de longo prazo, como o acúmulo de conhecimento e a eficiente

(35)

Muitas vezes, essas orientações diferentes poderão causar distorções no

gerenciamento e conseqüentemente perdas para a organização.

A estrutura organizacional matricial pode ainda ser classificada em Fraca,

Equilibrada e Forte. São derivações que tratam da forma como são agrupadas as pessoas

e o gerente de projetos dentro da estrutura.

Na organização matricial fraca, conforme figura 11 a seguir, são mantidas

muitas das características de uma organização funcional e a função do gerente de

projetos é mais parecida com a de um coordenador ou facilitador que com a de um

gerente.

Figura 11: Organização Matricial Fraca

Fonte: PMI, 2004

Já a matricial equilibrada (figura 12), traz um gerente de projetos, que está

subordinado a um gerente funcional. Embora a organização matricial balanceada

reconheça a necessidade de um gerente de projetos, ela não fornece ao gerente de

(36)

Figura 12: Organização Matricial Balanceada

Fonte: PMI, 2004

Finalmente, a organização com estrutura matricial forte (figura 13) possui muitas

das características da organização por projeto como gerentes de projetos em tempo

integral, que estão no mesmo nível dos gerentes funcionais, com autoridade

considerável, que tem como subordinados vários gerentes de projetos e pessoal

administrativo trabalhando para o projeto em tempo integral.

Figura 13: Organização Matricial Forte

(37)

A maioria das organizações modernas envolve todas essas estruturas em vários

níveis, conforme mostrado na figura 14. Por exemplo, até mesmo uma organização

fundamentalmente funcional pode criar uma equipe de projeto especial para cuidar de

um projeto crítico. Essa equipe pode ter muitas das características de uma equipe de

projeto em uma organização por projeto. A equipe pode incluir pessoal de diferentes

departamentos funcionais trabalhando em tempo integral, pode desenvolver seu próprio

conjunto de procedimentos operacionais e pode operar fora da estrutura hierárquica

formal padrão.

Figura 14: Organização Composta

Fonte: PMI, 2004

A maior relevância na orientação para projetos ou na orientação funcional será

dada conforme a natureza da organização. Se esta tem na conclusão de projetos o maior

impacto no seu negócio ela será uma organização fortemente orientada para projetos. Se

a sobrevivência e o sucesso do negócio dependem principalmente do alcance das suas

metas funcionais será uma organização com uma orientação funcional forte. Os

consórcios, objeto deste estudo, têm geralmente uma organização composta, onde o

gerente de projeto possui forte autoridade. No entanto, os membros da equipe ainda

(38)

3.3. Os Processos do Gerenciamento de Projetos

Os projetos podem ser divididos em fases para melhor controle gerencial das

ligações adequadas com as operações em andamento da organização executora. Desta

forma, essas fases são conhecidas como o ciclo de vida do projeto.

Como observado na descrição do ciclo de vida do projeto, existe uma

característica forte de interação na gerência de projetos – uma ação, ou a falta de ação

numa área, usualmente afeta outras áreas. As interações podem ser diretas e claras, ou

podem ser incertas e sutis. Por exemplo, uma mudança de escopo quase sempre afeta o

custo e o fator tempo do projeto. Entretanto, ela pode ou não afetar o moral da equipe e

a qualidade do produto. Este encadeamento de interações deve ser estudado, para que as

outras partes do projeto sejam alteradas e reconsideradas, ou não.

Os processos de gerência de projetos podem ser organizados em cinco grupos,

cada um deles contendo um ou mais processos. É provável que ocorram muitas

interações adicionais entre os grupos de processos. No entanto, os grupos de processos

não são fases do projeto.

− Processos de iniciação – Definem e autorizam o projeto ou uma fase do

projeto.

− Processos de planejamento – Definem e refinam os objetivos e planeja a ação necessária para alcançar os objetivos e o escopo para os quais o projeto

foi realizado.

− Processos de execução – Integram pessoas e outros recursos para realizar o plano de gerenciamento do projeto para o projeto.

− Processos de controle – Medem e monitoram regularmente o progresso para identificar variações em relação ao plano de gerenciamento do projeto, de

forma que possam ser tomadas ações corretivas quando necessário para

atender aos objetivos do projeto

− Processos de encerramento – Formalizam a aceitação do produto, serviço ou resultado e conduz o projeto ou uma fase do projeto a um final ordenado.

Os grupos de processos se ligam pelos resultados que produzem – o resultado ou

saída de um grupo torna-se entrada para outro. Entre grupos de processos centrais, as

(39)

de projeto documentado, fornecendo, a seguir, atualizações ao plano, na medida em que

o projeto progride.

Os grupos de processos da gerência de projetos não são separados ou

descontínuos, nem acontecem uma única vez durante todo o projeto; eles são formados

por atividades que se sobrepõem, ocorrendo em intensidades variáveis ao longo de cada

fase do projeto.

Deve ser considerado que as interações dos grupos também atravessam as fases,

de tal forma que o encerramento de uma fase fornece uma entrada para o início da

próxima. A transição de uma fase para a outra dentro do ciclo de vida de um projeto em

geral envolve e normalmente é definida por alguma forma de transferência técnica ou

entrega. As entregas de uma fase geralmente são revisadas, para garantir que estejam

completas e exatas, e aprovadas antes que o trabalho seja iniciado na próxima fase. No

entanto, não é incomum que uma fase seja iniciada antes da aprovação das entregas da

fase anterior, quando os riscos envolvidos são considerados aceitáveis.

Por exemplo, a finalização de uma fase de design requer uma aceitação, pelo

cliente, do documento projetado. Ao mesmo tempo, o documento de design define a

descrição do produto para a fase de implementação subseqüente. A repetição dos

processos de iniciação, no início de cada fase, auxilia a manter o projeto focado nas

necessidades de negócio que justificaram a sua criação. Isto também auxilia a garantir

que o projeto seja interrompido, caso tais objetivos de negócio não mais existam, ou se

o projeto tornou-se incapaz de satisfazê-los. De modo gráfico os processos da gerência

(40)

Figura 15: Resumo de alto nível das interações entre grupos de processos

(41)

3.4. Interações entre os Processos

Num grupo de processos, os processos individuais são ligados por suas entradas

e saídas. Considerando-se essas ligações, pode-se descrever cada processo em termos

de:

− Entradas – documentos ou itens documentáveis que influenciarão o processo.

− Ferramentas e técnicas – mecanismos aplicados às entradas para criar as saídas.

(42)

4. O FATOR COMUNICAÇÃO

O sujeito ativo do processo de comunicação é um só: o indivíduo. É na mente

humana que se localiza o conhecimento.

Para converter conhecimento individual em conhecimento organizacional, não

basta existir apenas a figura do emissor e receptor e os elementos básicos de

comunicação: a mensagem - que representa o conjunto de informações transmitido

através de um canal; o canal - que é o meio através do qual é transmitida a informação;

os códigos - que são os símbolos que traduzem a linguagem e a retro-alimentação - que

é a mensagem transmitida em resposta à mensagem inicial.

Nesse complexo de elementos entrelaçados, a compreensão mútua do emissor e

receptor depende do nível de comunicabilidade social entre os mesmos (BERNARDES,

1995). Esta comunicabilidade por sua vez, depende da congruência entre a cultura dos

indivíduos envolvidos, correspondendo à interseção das suas áreas de percepção.

Quanto maior for essa área comum, menores serão as barreiras de comunicação.

Barreiras à comunicação como idéias preconcebidas, formas diferentes de

percepções e interpretações são dificuldades que as empresas enfrentam, tanto de ordem

técnica, como psicológica e social, que impedem o trânsito livre de informações entre as

pessoas.

O processo de comunicação pode sofrer por conta dos ruídos. O ruído é qualquer

interferência estranha à mensagem. Por exemplo: os erros ou distorções na transmissão,

os cruzamentos de linhas de comunicação dentro das interações sociais, as interrupções

etc.

Conforme Chiavenato (1992), o processo fundamental de comunicação humana

é contingencial pelo fato de que cada pessoa é um microssistema diferenciado dos

demais pela sua constituição genética e pelo seu histórico psicológico. Cada pessoa tem

a sua característica de personalidade própria que funciona como padrão pessoal de

referência para tudo àquilo que ocorre no ambiente e dentro do próprio indivíduo.

Por esse motivo, cada pessoa cria sua representação mental sobre uma mesma

tarefa e informação.

O relacionamento humano é a base da sustentabilidade. Relação que se faz com

planejamento claro, comunicação precisa e ação global coordenada, respeitando a

(43)

Percebe-se, portanto, o quanto é complexo a rede de relações sociais de

comunicabilidade, uma vez que transcende as características próprias do indivíduo e

sofre influência do contexto contingencial da situação de vida e trabalho dos envolvidos

no projeto.

4.1. Gerência das Comunicações em Projetos

a) Nas empresas

Uma empresa pode se diferenciar de sua concorrência através dos mais diversos

meios, porém todos eles estão sempre ligados ao uso eficiente da informação.

Se uma organização não administra bem seus fluxos de comunicação,

dificilmente haverá espaço para que essa atinja ou permaneça em uma situação de

liderança e obtenha bom desempenho.

Diante das mudanças que ocorrem no mundo, frutos da globalização, as

empresas modernas estão atribuindo à comunicação organizacional uma importância

cada vez maior, priorizando sua integração e planejamento.

Para atingir bons níveis de desempenho, uma empresa de projetos deve

estruturar adequadamente o gerenciamento de seus projetos, estando esses baseados nas

tecnologias de informação e comunicação, que diminuam o tempo de execução,

melhore a comunicação e a documentação dos projetos, garantindo a sua sobrevivência

e, conseqüentemente, aumentando a sua competitividade.

De acordo com Kunsch (2003), a comunicação integrada direciona a

convergência das diversas áreas e de todas as atividades, com base numa política global

claramente definida e em objetivos gerais da organização, possibilitando ações

estratégicas e táticas de comunicação, com vistas à eficácia.

Esta convergência permite uma atuação sinérgica, envolvendo todos os

segmentos da comunicação, que compreendem as seguintes áreas:

− Administrativa: se refere às redes formal e informal e aos diferentes fluxos;

− Institucional: envolve as atividades técnicas de relações públicas, jornalismo, editoração, propaganda institucional, identidade visual, marketing social e

Imagem

Figura 1: União de empresas em forma de Consórcios  Fonte: Autor
Figura 2: Características do Projeto  Fonte: Autor  Pessoas Atividades Inter-relacionadasObjetivo Qualidade TempoCustoSingularTemporário Pessoas Atividades Inter-relacionadasObjetivo QualidadeTempoCustoSingularTemporário
Figura 3: A relação entre as partes interessadas e o projeto  Fonte: PMI, 2004
Figura 4: A relação entre a equipe de projeto em Consórcios  Fonte: Autor
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Referências

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