Sistema de indicação por radar de desmatamento na bacia do Xingu

8.298 ha

desmatados em novembro

15.374 ha

desmatados em dezembro

↑ 23%

de aumento em relação ao

mesmo período do ano passado

SiradX

boletim

nº 22

Sistema de indicação

por radar de desmatamento

na bacia do Xingu

Veja os polígonos de desmatamento atualizados

mensalmente no Observatório Xingu:

https://www.xingumais.org.br/observatorios/

degradacao

Cadastre-se para receber o Boletim SIRAD

X e os alertas de desmatamento publicados

mensalmente. Escreva um email para a gente

no

deolhonoxingu@xingumais.org.br

O Boletim SIRAD X é publicado a cada dois

meses na Plataforma Rede Xingu+

(

www.xingumais.org.br

)

Os polígonos e boletins estão disponíveis

0 2019 2020 5000 10000 15000 20000 25000 ha

jan fev abr mai jun jul ago set out

nov dez mar nov dez 0

1000 2000 3000 4000 5000 pol.

Mato Grosso/Área desmatada Nº de Poligonos Pará/Área desmatada 0 1000 2000 3000 4000 5000 752 ha Peixoto Azevedo - MT

4.978 ha

São Félix do Xingu - PA

São Félix do Xingu - PA Altamira - PA Medicilândia - PA Senador José Porfírio - PA União do Sul - MT Anapu- PA Porto de Moz- PA Marcelândia - MT Confresa - MT Feliz Natal - MT novembro dezembro

PA

71%

MT

29%

São Félix do Xingu - PA Senador José Porfírio - PA Outros municípios Altamira - PA Medicilândia - PA União do Sul - MT

21%

39%

8% 13% 9%10%

23.672 ha de floresta foram desmatados em novembro e dezembro de 2020, o equivalente ao tamanho da cidade de Cuiabá (MT) e 23% a mais do que a taxa detectada no mesmo período no ano passado.

Com a chegada da estação das chuvas, o

desmatamento no último bimestre do ano caiu pela metade em relação ao bimestre anterior (set-out), quando as taxas de desmatamento alcançaram níveis recordes desde janeiro de 2018.

O Pará concentrou 71% do desmatamento na bacia, com 16.731 hectares desmatados (61% a menos do total detectado entre setembro e outubro). Já no Mato Grosso, o desmatamento aumentou 68% em relação ao bimestre anterior.

23.672

hectares foram desmatados

no último bimestre de 2020,

23% a mais do que em 2019

Desmatamentos

detectados em

novembro e dezembro

na bacia do Xingu

por estado.

apresentação

& resultados

1

0 2019 2020 5000 10000 15000 20000 25000 ha

jan fev abr mai jun jul ago set out

nov dez mar nov dez 0

1000 2000 3000 4000 5000 pol.

Mato Grosso/Área desmatada Nº de Poligonos Pará/Área desmatada 0 1000 2000 3000 4000 5000 752 ha Peixoto Azevedo - MT

4.978 ha

São Félix do Xingu - PA

São Félix do Xingu - PA Altamira - PA Medicilândia - PA Senador José Porfírio - PA União do Sul - MT Anapu- PA Porto de Moz- PA Marcelândia - MT Confresa - MT Feliz Natal - MT novembro dezembro

PA

71%

MT

29%

São Félix do Xingu - PA Senador José Porfírio - PA Outros municípios Altamira - PA Medicilândia - PA União do Sul - MT

21%

39%

8% 13% 9%10%

municípios

2

Quatro dos dez municípios mais desmatados em novembro e dezembro estão na porção paraense da bacia, e juntos concentram 54% de todo o desmatamento. São Félix do Xingu, primeiro lugar no ranking, teve quase 5 mil ha de floresta derrubados, dos quais 68% ocorreram dentro de Áreas Protegidas.

No Mato Grosso, União do Sul foi o município mais desmatado com 1.742 ha. Marcelândia, em segundo lugar, teve 982 ha desmatados. Ambos municípios se encontram na sub-bacia Manissauá-Miçu, onde estão mais de 3 mil nascentes que dão origem a 13 mil km de rios que deságuam no Xingu. No total, foram desmatados 4.205 hectares nesta sub-bacia, o que representa 61% do desmatamento detectado no Mato Grosso.

Além do aumento do desmatamento na porção mato-grossense da bacia, preocupa que 68% das áreas desmatadas foram abertas ilegalmente.

68%

do desmatamento em São

Félix do Xingu ocorreu

dentro

de Áreas Protegidas

0 300 600 900 1200 1500 0 100 200 300 400 ha TI Apyterewa TI Cachoeira Seca TI Trincheira/Bacajá TI Kayapó TI Araweté/ Igarapé Ipixuna 70 ha TI Araweté 1.396 ha TI Apyterewa novembro dezembro

jun jul ago set out nov dez fev mar abr mai

jan

2018 2019 2020

Desmatamento na Terra Indígena Kayapó

terras

indígenas

3

Foram desmatados 3.519 ha em Terras Indígenas da bacia em novembro e dezembro, uma queda de 45% em relação aos dois meses anteriores, o que pode ser explicado pelo início das chuvas que dificultam a continuidade das atividades ilegais. Apesar da redução do desmatamento, e da realização de operações de fiscalização, as TIs Apyterewa e Trincheira Bacajá seguem entre as mais desmatadas da região.

A TI Kayapó chama a atenção pelo aumento das taxas de desmatamento em seu território: somente em dezembro, 283 hectares foram destruídos por conta da mineração ilegal. Essa taxa é a segunda maior da TI desde maio de 2018, quando foram desmatados 343 ha. As novas áreas abertas estão distribuídas na região nordeste, às margens do rio Branco e seus tributários, na região leste no rio Trairão e, na região sudeste, ao longo dos leitos dos rios Fresco e Arraias, todos afluentes do rio Xingu.

283

ha

foram desmatados na TI

Kayapó, somente em dezembro,

devido à mineração ilegal

unidades de

conservação

4

Nas Unidades de Conservação da bacia houve uma redução de 74% em relação ao bimestre anterior. No total, foram desmatados 3.240 ha, 86% somente na APA Triunfo do Xingu, a campeã de desmatamento entre todas as Áreas Protegidas em 2020. Entre janeiro e dezembro do ano passado, mais de 31,7 mil hectares foram desmatados na APA devido à grilagem de terras e à ocupação ilegal, pressionando as Unidades de Conservação vizinhas, como o Parna da Serra do Pardo e a Esec da Terra do Meio, ambas de proteção integral.

Em segundo lugar no ranking está a Resex Verde para Sempre com 359 ha de desmatamento detectados em novembro e dezembro. O

desmatamento associado à pecuária nessa UC tem aumentado à medida que a pressão política também aumenta para regularizar a atividade pecuarista na RESEX.

APA Triunfo do Xingu RESEX Verde para Sempre RESEX Riozinho do Anfrísio RESEX Rio Iriri FLONA de Altamira

novembro dezembro

0 500 1.000 1.500 2.000

Outras UCs

da Bacia

14%

86%

APA Triunfo

do Xingu

7 ha

FLONA de Altamira

1.834 ha

APA Triunfo do Xingu

86%

do desmatamento em

UCs ocorreu na APA

Triunfo do Xingu

0 100 200 300 400 500 600 ha

Desmatamento da TI Cachoeira Seca em 2020

jun jul ago set out nov dez fev mar abr mai

jan

área

crítica

5

Em 2019, a TI Cachoeira Seca, no sudeste do Pará, foi a campeã de desmatamento com 7,9 mil hectares de floresta destruídos por conta de invasores e madeireiros ilegais - um aumento de 41% em relação a 2018.

Em 2020, o desmatamento arrefeceu, entre janeiro e agosto de 2020 foram detectados 173 ha na TI, uma redução de 85% em relação ao mesmo período de 2019, resultado da instalação de uma base permanente de fiscalização do Ibama próxima à TI e de sucessivas operações de combate ao desmatamento que ocorreram a partir de abril de 2020 lideradas também pelo Ibama.

No entanto, a partir de setembro, com a retirada da base de fiscalização do Ibama da TI, o desmatamento aumentou expressivamente e de setembro a dezembro foram derrubados 1.744 ha, um aumento de 276% em relação aos primeiros 8 meses do ano.

Com o avanço de novas frentes, o desmatamento na Cachoeira Seca, que antes se concentrava em sua divisa norte e na região leste, hoje se encontra distribuído em quase todo o território indígena. O efeito das fiscalizações no início do ano de 2020 mostra a efetividade de ações integrais e permanentes de proteção nos territórios que estão sob contínua pressão de atividades ilegais.

TI Cachoeira Seca.

Com a retirada da base

de fiscalização do Ibama,

desmatamento na TI

Cachoeira Seca aumentou

M T-1₃₀ M T-13 0 M T-130 MT-242 M T-2₄₂ MT -242 MT-242 MT-242 M T-1₃₀ MT-130 MT -322 M T-3₂₂ MT-322 MT-322 BR-230 BR-230 BR-158 BR-158 BR-158 BR-158 BR-158 BR -1 63 BR-163 BR-163 BR-163 BR-163 BR-163 BR-163 EF -17 0 F err og rão EF-354 FICO EF-354 FICO EF -17_{0 F} err_og rão N S E W desmatamento nov-dez 2020 desmatamento acumulado até outubro de 2020

bacia hidrográfica do Rio Xingu neste link você acessa mais informações corredor de diversidade socioambiental do Xingu áreas protegidas área crítica corpos d’água km 0 75 150 300

23.672

hectares desmatados entre novembro e dezembro na bacia do Xingu.

68% do desmatamento em São Félix do Xingu ocorreu dentro de Áreas Protegidas.

São Félix do Xingu - PA 4.978 ha

Altamira - PA 3.140 ha

Medicilândia - PA 2.363 ha

Senador José Porfírio - PA 2.209 ha União do Sul - MT 1.742 ha Anapu- PA 1.203 ha Porto de Moz- PA 1.127 ha Marcelândia - MT 982 ha Confresa - MT 836 ha Feliz Natal - MT 752 ha 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 2 3 4 5

23.672

Em dezembro aumenta o desmatamento na TI Kayapó

3.519

3

u.c.

(unidade de conservação)

31% a mais que o mesmo período

do ano passado

3.240

TI Apyterewa 1.396 ha TI Cachoeira Seca 830 ha TI Trincheira/Bacajá 592 ha TI Kayapó 432 ha TI Araweté/Igarapé Ipixuna 70 ha

1

municípios

2

t.i.

(terras indígenas) hectares desmatados hectares desmatados hectares desmatados 1 2 3 4 5

APA Triunfo do Xingu 1.834 ha

RESEX Verde para Sempre 359 ha

RESEX Riozinho do Anfrísio 41 ha

RESEX Rio Iriri 15 ha FLONA de Altamira 7 ha

PA

71%

MT

29%

2Altamira - PA 3 Medicilândia - PA 7 Porto de Moz

4 Senador_{José Porfírio} 6 Anapu 9 Confresa 10 Feliz Natal São Félix do Xingu - PA 1 Marcelândia Marcelândia 8 União do Sul 5 TI Trincheira /Bacajá TI Cachoeira Seca do Iriri TI Kayapó TI Apyterewa 2 5 3 1 4 PI Xingu5 TI Araweté/ Igarapé Ipixuna 1 2 5 RESEX Verde para Sempre FLONA de Altamira APA Triunfo do Xingu 3 RESEX Riozinho do Anfrísio 4RESEX_{do Iriri}

*

alerta

Desmatamento na TI Cachoeira Seca volta a subir após

retirada da base de fiscalização do Ibama