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Rev. Soc. Bras. Med. Trop. vol.29 número4

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Academic year: 2018

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CO M UN ICA ÇÃ O

U SO D E TÁ RTA RO EM ÉTICO T Ó PIC O N A

LEISH M A N IO SE CUTÂ N EA

G ustavo A .S. Rom ero, Julia S.A. Vela e Philip D. M arsden

Rev ista da So cie dade B ras ileira d e M edicina Tro pical 2 9 (4 ):3 7 7 , jul- ago , 1 9 9 6 .

D u rante o d esenv o lv im en to d e u m estu d o terap êu tic o p ara av aliar a efic ác ia d o su lfato d e am ino sid ine na leish m an io se m u co sa cau sad a p o r Leis hm ania (V ia nnia) braz iliens is (L(V )b), n a á re a e n d ê m ic a d e C o rte d e P e d r a 1, f o i tratad o u m p ac ie n te m asc u lin o d e 64 ano s (LTCP 10065) o rig in ário e resid en te em um a faz en d a d o m u n icíp io d e Piraí d o N o rte cu ja q u e ix a p rincip al fo i o b stru ç ão n asal e ep istaxe d e q u atro m eses d e ev o lu ç ão . D iag n o stic o u -se a leish m an io se m u c o sa c o m b ase n o s ach ad o s c lín ico s, im u n o ló g ic o s (intrad erm o rreação d e M o nteneg ro d e 15m m e títu lo n a reaç ão d e im u n o flu o rescênc ia ind ireta p ara antico rp o s s é ric o s a n tile is h m â n ia d e 1/ 64) e o e stu d o h isto p ato ló g ic o d a b ió p sia d a m u co sa atingid a q u e r e v e l o u u m p a d rã o c o m p a tív e l c o m l e i s h m a n i o s e e a u s ê n c i a d e p a r a s ito s . A in o c u laç ão d e m aterial d e b ió p sia em ham sters tev e resu ltad o neg ativ o . O p ac ie n te fo i tratad o c o m su lfato d e am ino sid ine, l6m g/ kg/ d ia p o r 20 d ias, c o n sid eran d o -se clin ic am en te cu rad o u m a n o a p ó s tr a ta m e n to . C o m o ú n i c o an te c ed en te relev an te p ara a d o en ç a atu al, 30 an o s antes, tinha d esenv o lv id o três ú lceras c u tân eas n o s an teb raç o s. Estas le sõ es fo ram tratad as c o m p ó d e tártaro em étic o em fo rm a tó p ic a q u e o p ac ie n te co m p ro u na farm ácia lo c al sem p resc riç ão m éd ica. A s le sõ es curaram em 40 d ias e d eixaram c icatriz es típ icas d e leish m an io se d e 15, 18 e 20m m d e d iâm etro .

O tártaro em étic o fo i u tiliz ad o p ela p rim eira v ez n o tratam ento d a leish m an io se teg u m entar a m e ric a n a p o r G a sp a r V ian n a e m 1 9 1 2 3, in ician d o -se assim a era d o tratam ento d esta d o en ç a c o m antim o niais. Po rém , o u so tó p ico d este m ed ic am en to d e c o m p ro v ad a eficácia p o r v ia sistêm ica m as d e elev ad a to xicid ad e tem sid o raram ente d escrito . D u rante u m surto ep id êm ic o d e leish m an io se cu tân ea na Gu iana, o tártaro e m é tic o fo i relatad o entre o s ag entes tó p ic o s u tiliz ad o s p elo s p ac ie n tes antes d a co n su lta d esc rev en d o -se p io ra d as le sõ e s3. N o c aso aq u i relatad o , as três ú lc eras cicatriz aram

N ú c l e o d e M e d i c i n a T r o p i c a l , U n i v e r s i d a d e d e B r a s í l i a ,

B r a s í l i a , D F .

R e c e b i d o p a r a p u b l i c a ç ã o e m 2 6 / 0 1 / 9 6 .

ap ro xim ad am ente em sete sem an as q u an d o a m aio ria d as ú lc e ra s p o r L ( V ) b , n e s ta á re a en d êm ica, cicatriz a n o p erío d o entre 12 e 20 se m an a s a p ó s tra ta m e n to s is tê m ic o c o m antim o nial p entav alente2, ac h ad o q u e p o d eria su g erir alg u m efeito leish m an icid a d o tártaro em ético . Em Co rte d e Ped ra, a p o p u laç ão utiliza v ário s ag entes tó p ico s sem eficácia co m p ro v ad a p ara o tratam ento d a le ish m an io se c u tân ea p o ré m , n u n c a se tin h a re la ta d o o u so d e tártaro em étic o tó p ic o p ara este fim 4. Em b o ra o s antim o niais p en tav alen tes ten h am sid o u tiliz ad o s p o r v árias d écad as p o r v ia sistêm ica p ara o tratam ento d as leish m an io ses, até o m o m en to n ão existem d ad o s d efintiv o s so b re a sua p o ten c ialid ad e p ara u so tó p ico .

REFERÊN CIA S BIBLIO G RÁ FICA S

1. Fran ça F, Lago EL, T ada S, C osta JM L, V ale K, O liveira J, C osta M A , O saki M , C h eev er L, N etto EM , Barreto A C, Jo h n so n W D , M arsden PD . A n o u tb reak o f h u m an L eis hm ania (V i a n n ia ) braz iliens is in f ectio n . M em órias d o In stitu to O sw aldo C ruz 8 6 :1 6 9 - 1 7 4 ,1 9 9 1 .

2. Llanos-C uentas EA , M arsd en PD , Lago EL, Barreto A C, Cuba CC Jo h n so n W D . H um an m u co cu tan eo u s leishm aniasis in T rês Braço s, Bahia-BraziI.A n area o f Leishm ania brazilieizsis braziliensis transm ission II. C utaneo us d isease p resen tatio n an d evolution. Revista da S o cied ad e Brasileira d e M ed icin a T rop ical 1 7 :1 6 9 - 1 7 7 ,1 9 8 4 .

3- Low -A -C hee RM , R o se P, Ridley D S. A n o u tb reak o f c u ta n e o u s l e i s h m a n i a s i s in G u y a n a : ep idem iology, clinical and lab o rato ry asp ects. A nnals o f T rop ical M edicine and Parasitology 7 7 :2 5 5 - 2 6 0 ,1 9 8 3 .

4 . N etto EM ,Tada M S, G olightly L, K alter D C, Lago E, Barreto A C, M arsd en PD . C o n ceito s d e um a p o p u lação lo cal a resp eito d e leish m an io se m u co cu tân ea em um a área en d êm ica. Revista da S ocied ad e Brasileira de M edicina T ro p ical 18:3 3 -3 7 ,1 9 8 5 .

5. V ianna G .T ratam ento da leishm aniose teg u m en tar p o r in jeçõ es intravenosas d e tartaro em ético . In:

A nnais d o 7° C ongresso Brasileiro d e M ed icina e C irurgia 4 :4 2 6 - 4 2 8 ,1 9 1 2 .

Referências

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