A CRISE DO SÉCULO XIV
A CRISE DE 1383/85
2ª AULA - SUMÁRIO
• A crise do século XIV em Portugal: o Tratado de Salvaterra de Magos; a morte de D. Fernando e a Crise de 1383/85; a subida ao trono de D. João I, primeiro rei da Segunda Dinastia ou Dinastia de Avis.
METAS CURRICULARES
Subdomínio/Subtema
4 – Conhecer e compreender as especificidades da crise do século XIV em Portugal
Descritores de desempenho/objetivos
4.1 – Caracterizar os problemas sentidos em Portugal durante o reinado de D. Fernando, relacionando-os com a situação europeia.
4.2 – Identificar o problema da sucessão ao trono no contexto das relações entre as coroas portuguesa e castelhana.
4.3 – Descrever os momentos decisivos da afirmação da independência do Reino.
4.4 – Relacionar a chegada ao poder de uma nova dinastia com as alterações no seio da sociedade portuguesa, sobretudo ao nível da renovação da nobreza e da afirmação de certos estratos da burguesia
PORTUGAL - A CRISE DO SÉCULO XIV
In Sinais da História 7, Aníbal Barreira e Mendes Moreira, EDIÇÕES ASA
A crise abrange os reinados de D. Afonso IV, D. Pedro I e D.
Fernando que, sem grande êxito, tentaram resolver os problemas do reino.
REINADO DE D. AFONSO IV
D. Afonso IV fez publicar as “Leis do Trabalho”, em 1349, obrigando os camponeses a trabalhar os campos e fixando salários.
Pretendia solucionar o aumento do abandono das terras de cultivo e aumentar as produções.
A implementação destas leis não teve êxito.
LEI DAS SESMARIAS - D. FERNANDO
Obrigava todos os que tivessem terras a
cultivá-las.
Fixação dos salários e das rendas.
Proibia a mendicidade, forma de obter mais mão-de-obra.
Os lavradores, filhos e netos que tivessem
abandonado a atividade agrícola eram obrigados a regressar a esta
atividade.
MURALHAS FERNANDINAS OU CERCA NOVA - PORTO
FOTOGRAFIAS DE ANABELA MATIAS DE MAGALHÃES
Iniciadas por D.
Afonso IV, em 1336, continuadas por D.
Pedro I, terminadas por D. Fernando.
Importantes durante as três guerras com Castela, ou Guerras Fernandinas,
travadas entre 1369 e 1382, e que empobreceram, ainda mais, o país.
D. FERNANDO (1367 – 1383)
O FORMOSO OU O INCONSTANTE
Filho de D. Pedro I.
Casou com D. Leonor de Teles.
Travou e perdeu as Guerras Fernandinas com Castela, com
pesados custos para o reino.
Fez a Lei das Sesmarias.
Fundou a Companhia das Naus, em 1380, que
funcionava como uma seguradora.
FOTOGRAFIA DE ANABELA MATIAS DE MAGALHÃES
D. FERNANDO (1367 – 1383)
(O FORMOSO OU O INCONSTANTE)
IN Rumos da História, Caderno de Actividades do Aluno, EDIÇÕES ASA
Protegeu o
comércio e isentou de impostos as
exportações.
No seu reinado surgiu uma nova classe social: a burguesia.
Assinou o Tratado de Salvaterra de Magos em 1383.
O TRATADO DE SALVATERRA DE MAGOS
Após as Guerras Fernandinas, para garantir a independência de Portugal, D. Fernando assinou, em abril de 1383, o Tratado de Salvaterra de Magos, através do qual se acordou o casamento de D. Beatriz com D.
João I de Castela.
Ficou estipulado que, à morte de D.
Fernando, a rainha D. Leonor Teles ficaria como regente de Portugal até D. Beatriz ter um filho varão que, aos 14 anos, sucederia no trono português.
À falta de herdeiro, herdaria o trono D.
João I, rei de Castela.
D. FERNANDO D. LEONOR TELES
D. BEATRIZ D. JOÃO I, rei
de Castela
A MORTE DE D. FERNANDO E O PROBLEMA DA SUCESSÃO
MORTE DE D. FERNANDO - 1383 D. LEONOR ASSUME A REGÊNCIA
DIVISÃO DA SOCIEDADE PORTUGUESA
D. BEATRIZ
A maioria da alta nobreza e do alto clero apoiava D.
Beatriz por juramento de
fidelidade e porque receiam perder
privilégios.
D. JOÃO, MESTRE DE AVIS
O povo ou arraia- miúda esperava
melhores condições de vida, a burguesia queria participar na administração do
reino, a baixa nobreza e baixo
clero pretende obter cargos.
REVOLTAS EM 1383
In Rumos da História 7, Aníbal Barreira e Mendes Moreira, EDIÇÕES ASA
O povo não gostava de D. Leonor Teles, estava contra a
influência do
conselheiro galego Conde João
Fernandes Andeiro e estava contra a regência de D.
Leonor.
Surgem as
primeiras revoltas populares.
D. TERESA
LOURENÇO D. INÊS DE
CASTRO D. PEDRO I
(Rei de 1357-1367) D. CONSTANÇA
D. DINISINF.
D JOÃOINF.
D. JOÃO, MESTRE DE
AVIS
FERNANDOD.
(Rei de 1367 a 1383)
D. LEONOR TELES
D. BEATRIZ
DESCENDENTES DO REI D. PEDRO O PROBLEMA DA SUCESSÃO
A MORTE DO CONDE ANDEIRO EM 6 DE DEZEMBRO DE 1383
Álvaro Pais chefia a conspiração para matar o Conde
Andeiro.
D. João, Mestre de Avis, entra no Paço da Rainha com um grupo de homens armados e mata o Conde
Andeiro.
In Rumos da História 7, Aníbal Barreira e Mendes Moreira, EDIÇÕES ASA
OS ACONTECIMENTOS
D. Leonor foge para Santarém e escreve a D. João I de Castela, a pedir ajuda.
O povo de Lisboa elege D. João, Mestre de Avis “Regedor e Defensor do Reino”.
A burguesia financia a guerra.
As revoltas alastram por todo o país.
As principais cidades apoiam o Mestre.
AS INVASÕES CASTELHANAS
D. João I de Castela invade Portugal.
As tropas portuguesas, comandadas por D. Nuno Álvares Pereira, vencem a Batalha de Atoleiros.
As tropas, comandadas por D. João I de Castela, cercam Lisboa durante quatro meses, retirando-se por causa da peste.
FOTOGRAFIA DE ANABELA MATIAS DE MAGALHÃES
INVASÕES CASTELHANAS
O Mestre de
Avis organiza a defesa de
Lisboa.
A necessidade de um rei, para fazer frente às enormes
dificuldades do país, é cada vez mais sentida.
In Rumos da História 7, Aníbal Barreira e Mendes Moreira, EDIÇÕES ASA
O CERCO DA CIDADE DE LISBOA
“A situação dos defensores agravava-se de dia para dia. Já quase não havia trigo para vender nem carne para comer e se algo ainda se vendia era muito pouco e muito caro. Comiam pão de bagaço da azeitona, queijo das malvas e raízes das ervas. E no lugar onde “costumavam vender trigo, andavam homens e moços esgravatando a terra; e se achavam alguns grãos de trigo, metiam-nos na boca; outros fartavam-se das ervas e bebiam tanta água que acabavam mortos, homens e rapazes inchados nas praças e noutros lugares”. Os sofrimentos atingiam tanto os pobres como os ricos.”
Valentino Viegas, “Lisboa: A Força da Revolução” (adaptado)
CORTES DE COIMBRA - 1385
O Dr. João das Regras defendeu que deveria ser D.
João, Mestre de
Avis, a suceder a D.
Fernando pois era filho bastardo do rei D. Pedro e
tinha-se destacado durante o cerco de Lisboa.
FOTOGRAFIA DE ANABELA MATIAS DE MAGALHÃES
ACLAMAÇÃO DE D. JOÃO I
D. João, Mestre da Ordem de Avis, é aclamado rei de Portugal, com o título de D. João I.
Inicia-se a 2ª dinastia portuguesa,
a dinastia de Avis.
A BATALHA DE TRANCOSO
Em 1385 foi travada a batalha de Trancoso.
FOTOGRAFIAS DE ANABELA MATIAS DE MAGALHÃES
A BATALHA DE ALJUBARROTA
14 de Agosto de 1385
Os portugueses, comandados por D. João I e Nuno Álvares Pereira, defrontaram os castelhanos e saíram vitoriosos, consolidando a independência nacional.
FOTOGRAFIAS DE ANABELA MATIAS DE MAGALHÃES
A BATALHA DE ALJUBARROTA
14 de Agosto de 1385
Loudel usado por D. João I na batalha de Aljubarrota; Santa Maria de Guimarães ; D.
João I agradece a Santa Maria.
FOTOGRAFIAS DE ANABELA MATIAS DE MAGALHÃES
NUNO ÁLVARES PEREIRA, O CONDESTÁVEL
FOTOGRAFIAS DE ANABELA MATIAS DE MAGALHÃES
ACLAMAÇÃO DE D. JOÃO I CONSEQUÊNCIAS
Queda da antiga aristocracia.
Ascensão da baixa nobreza a cargos importantes na administração do
reino.
Ascensão da burguesia urbana.
MOSTEIRO DA BATALHA
FOTOGRAFIA DE JOSÉ ISMAEL QUEIRÓS
Em 1386, D. João I, para
comemorar a
vitória sobre os espanhóis na
batalha de Aljubarrota,
mandou construir o Mosteiro de
Santa Maria da Vitória, mais
conhecido por Mosteiro da Batalha.
CRONOLOGIA DOS ACONTECIMENTOS
2 de Abril de 1383 – Tratado de Salvaterra de Magos
30 de Abril de 1383 – Casamento de D.
Beatriz com o rei D. João I de Castela.
22 de Outubro de 1383 – Morte de D.
Fernando.
6 de Dezembro de 1383 – Morte do conde João Andeiro.
15 de Dezembro - O Mestre de Avis é nomeado “Regedor e Defensor do Reino”
em assembleia popular, em Lisboa.
CRONOLOGIA DOS ACONTECIMENTOS
Janeiro de 1384 – 1ª invasão castelhana.
6 de Abril de 1384 – Batalha dos Atoleiros.
29 de Maio de 1384 – D. João I de Castela cerca Lisboa.
6 de Abril de 1385 – Cortes de Coimbra;
aclamação de D. João I.
Maio de 1385 – 2ª invasão castelhana.
29/30 de Maio de 1385 – Batalha de Trancoso.
14 de Agosto de 1385 – Batalha de Aljubarrota.
Outubro de 1385 – Batalha de Valverde.
BIBLIOGRAFIA
Diniz, Maria Emília; Tavares, Adérito; Caldeira, Arlindo M., História 8, Editorial o Livro
Barreira, Aníbal; Moreira, Mendes, Rumos da História 8, Edições Asa
Barreira, Aníbal; Moreira, Mendes, Sinais da História 8, Edições Asa
Barreira, Aníbal; Moreira, Mendes, Páginas da História 8, Edições Asa
AUTORIA
ANABELA MATIAS DE MAGALHÃES