• Nenhum resultado encontrado

Rev. Dent. Press Ortodon. Ortop. Facial vol.11 número4

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Rev. Dent. Press Ortodon. Ortop. Facial vol.11 número4"

Copied!
1
0
0

Texto

(1)

R Dental Press Ortodon Ortop Facial 12 Maringá, v. 11, n. 4, p. 12, jul./ago. 2006

O

Q U E H Á D E N O V O N A

O

D O N T O L O G I A

A localização da interface implante-conector protético

define o grau de inflamação periimplantar e isso tem

importante conseqüência estética

Diabetes intensifica a perda óssea periodontal por

aumen-to na reabsorção óssea e diminuição em sua formação

A doença periodontal inflamatória crônica é induzi-da pela placa dentária que estimula a gengiva adjacente a destruir os tecidos conjuntivo e ósseo. A progressão da condição pode ser afetada por vários fatores sistêmicos e as diabetes dos tipos 1 e 2 são alguns deles. Entretanto, não se sabia ao certo se o problema endocrinológico afe-tava o processo de reabsorção óssea alveolar, deposição, ou ambos. Pesquisadores se debruçaram sobre esse tó-pico e publicaram seus resultados no Journal of Dental Research2 , em junho desse ano.

O experimento incluiu a indução da periodontite por meio de fios de seda embebidos em uma solução rica em P. gengivalis em ratos que desenvolvem espontanea-mente diabetes e ratos controle. Os fios foram amarrados ao redor de molares superiores e inferiores.

As análises histomorfométricas, feitas após a morte

Doutor em Biologia - Morfologia, Laboratório de Microscopia Eletrôni-ca da Universidade de Brasília. Mestre em Ortodontia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Clínica privada focada no atendimento de pacientes adultos.

2. LIU R., et al. Diabetes enhances periodontal bone loss through enhanced resorption and diminished bone formation. J Dent Res, Chicago, v. 85, no. 6, p. 510-514, June 2006.

dos animais, mostraram que o processo inflamatório era mais intenso nos ratos diabéticos. Apesar da quantidade de reabsorção óssea ter sido similar nos grupos controle e com diabetes, os ratos diabéticos mantiveram o processo de reabsorção por um período maior. Ao mesmo tempo, o reparo ósseo foi afetado nos ratos diabéticos por uma redução na capacidade de formar osso, possivelmente, em decorrência do aumento da quantidade de osteoblas-tos apoptóticos.

Atualmente existe uma grande ênfase na melhora dos resultados esté-ticos periimplantares. A localização da interface implante/conector-protético (IIC) em relação à crista óssea é de grande relevância nesse aspecto, e tem sido demonstrado que a IIC situada apicalmente à crista tende a produzir melhores resultados. Entretanto, será que esse é o nível ideal do ponto de vista biológico e, conseqüentemente, clínico em longo prazo?

Um artigo publicado no Journal of Dental Research1 responde essa

per-gunta por meio de um experimento em cães. Implantes foram posiciona-dos com a IIC no nível da crista óssea, 1mm acima dela e 1mm abaixo. Três meses após, conectores protéticos fo-ram instalados e, depois de adicionais três meses, os animais foram mortos. A microscopia de luz associada à mor-fometria foi utilizada para quantificar as células inflamatórias em diferentes regiões próximas da IIC, bem como o nível ósseo após esse período.

Os resultados do trabalho

mos-tram que a quantidade de células inflamatórias estava relacionada à profundidade da crista – quanto mais funda a IIC, maior foi o proces-so inflamatório na região. Além disproces-so, é interessante salientar que os auto-res encontraram reabsorção óssea periimplantar aumentada nos casos onde a IIC estava abaixo ou ao ní-vel da crista óssea (Fig. 1). Esse dado tem uma relevância clínica muito grande, pois a manutenção da crista óssea parece ser um importante pre-ditor das margens dos tecidos moles, tanto em dentes naturais quanto em próteses sobre implantes.

Assim, aparentemente, a instalação de interfaces implantes/conectores ao nível ou abaixo da crista óssea alveolar pode ter um excelente comportamen-to estético no curcomportamen-to prazo, mas pos-sivelmente acarretará resultados não ideais com o passar do tempo. FIGURA 1 - Esquema que representa os implantes e

a crista óssea ao início (A) e ao fim (B) do experi-mento. As setas vermelhas em A indicam a posição da interface implante/conector-protético (IIC) em relação às cristas ósseas, delimitadas pelas linhas pontilhadas. Em B as setas azuis apontam o nível da crista ao final do experimento. Quanto mais apical estava o IIC, mais reabsorção ocorreu na crista óssea, que originalmente se encontrava no nível da linha pontilhada.

Jorge Faber

supra-crista na crista sub-crista

supra-crista na crista sub-crista

A

B

1. BROGGINI N. et al. Peri-implant inflam-mation defined by the implant-abutment interface. J Dent Res, Chicago, v. 85,

Imagem

FIGURA 1 -  Esquema que representa os implantes e  a crista óssea ao início ( A ) e ao fim ( B ) do  experi-mento

Referências

Documentos relacionados

É possível que o mento seja uma área que se desenvolveu casualmente em nossa espécie e permaneceu porque, embora não traga qualquer vantagem funcional, não causa

Como já comentamos num outro editorial, a trans- disciplinaridade é imprescindível para melhores solu- ções para os nossos pacientes.. Na seção “O que há de novo

A técnica Ortodôntica Versátil MBT e o Aparelho Autoligado SmartClip foram idealizados pelos professores J. Bennett, Richard McLaughlin e Hugo Trevisi. Esta tecnologia, que

são dos dentes inferiores, associada ou não a uma retrusão mandibular, o melhor protocolo consistiria na utilização de aparelhos funcionais, fixos ou re- movíveis 32,66. Como

Talvez porque a Ortodontia, como especialidade, apresente um índice de sucesso razoavelmente alto, resultando na maioria das vezes em pacientes satisfeitos, a transição

Os in- divíduos com próteses ancoradas em implantes também se sentiram menos desconfortáveis não somente para beijar, mas também durante as relações sexuais.. Os achados

vida como professor universitário, pesquisador e clínico que sempre fui, o conhecimento acumu- lado ao longo desses 35 anos de vida profi ssional me permite afi rmar que

Esclarecimentos básicos sobre este método, bem como sua ampla abrangência, são retratados pelo artigo de Lotti e colaboradores, que também já publicaram nesta revista um