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Rev. Dent. Press Ortodon. Ortop. Facial vol.11 número4

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Academic year: 2018

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R Dental Press Ortodon Ortop Facial 5 Maringá, v. 11, n. 4, p. 5, jul./ago. 2006 Há 100 anos o brasileiro Santos Dumont conseguiu

a façanha de executar o primeiro vôo autônomo, teste-munhado por centenas de pessoas em Paris. Mais do que um feito histórico, sentimos a sensação patriota do que representou um dos maiores avanços do século passado. Junto aos avanços dos meios de comunicação, que apro-ximaram povos e provocaram a globalização virtual, o encurtamento de distâncias promovido pela aviação contribuiu imensamente para a globalização física.

Estes feitos particularmente mudaram o comporta-mento dos seres humanos.

A pesquisa na internet, com acesso praticamente sem barreiras, nos permite absorver tudo que se imagine, nas diversas áreas do conhecimento. Esta revista já é parte disto, e por meio da coleção SciELO (www.scielo.br) a cada dia temos presenciado o quão longínquo nossa publicação tem viajado. Recentemente recebemos uma solicitação de Cuba, sobre um artigo que foi publicado em 2000. Quem diria, proveniente de um colega de um país que enfrenta restrições comerciais e econômicas. Não fosse pela barreira da língua, muito provavelmente os “vôos” seriam ainda mais freqüentes e longínquos. Fato este que nos estimula a apresentar os trabalhos também em língua inglesa, num futuro próximo. E torna-se opor-tuno aproveitar este espaço para informar aos autores, que já possibilitamos a publicação online, em língua inglesa (sendo que a versão impressa continuará apenas em português). Hoje, apenas os resumos o são, mas já começamos a receber trabalhos com versão em inglês. Os autores que aceitarem este desafio terão como prêmio um maior “vôo” do seu trabalho.

Nos orgulhamos porque esta revista foi a primeira publicação de Ortodontia a conseguir este feito. E ainda mais, avalizado por um competente e rigoroso comitê (SciELO). Também ao ver citações bibliográficas, de tra-balhos publicados na Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial, em outros periódicos qualificados de língua inglesa, como o American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics e o Angle Orthodontist, além das citações nacionais.

Como já comentamos num outro editorial, a trans-disciplinaridade é imprescindível para melhores solu-ções para os nossos pacientes. Na seção “O que há de novo na Odontologia”, Faber selecionou duas resenhas que são particularmente importantes aos dedicados ao tratamento em adultos. Uma delas aponta novidades na qualidade óssea periimplantar, vinculada ao local da interface implante-conector, e a outra sobre a tendência de perda óssea nos pacientes diabéticos (que, embora normalmente compensados por medicação, podem apresentar variações durante um longo período, como por exemplo no tratamento ortodôntico, diante de variações da colaboração no tratamento endocrinológico).

Haja vista a vasta experiência, comprovada por uma ampla gama de pesquisas, avalizamos a seção “Entrevista” com o selo do editor, pois nela temos o privilégio de contar com a participação do Prof. Dr. Guilherme Janson, da USP-Bauru, que com

objetivida-de responobjetivida-deu principalmente sobre os seus trabalhos. Com o reconhecimento internacional, o Prof. Janson teve seus trabalhos elogiados num editorial do American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics, pelo editor-chefe David Turpin. E isto não é somente orgulho para ele, mas para todos nós como ortodontistas brasileiros. E, neste editorial, manifesto admiração pela excelência de seu trabalho.

Desde os comentários da entrevista do Prof. Janson até os dados fornecidos pela análise subjetiva do perfil por Trevisan et al. e Reis et al., bem como as variabilidades da cefalometria expostas por Gonçalves et al., pode-se observar uma unanimidade quanto às diretrizes atuais que norteiam a estética facial.

No quesito tratamento, Kamache et al. apresentam os efeitos do APM e do Jasper Jump como mecanismos de avanço mandibular no tratamento da Classe II.

Santos-Pinto et al. expõem os resultados obtidos após a expansão maxilar realizada por meio de aparelho fixo (Hyrax) e removível (placa com parafuso) em crianças.

Rejman et al. apresentam dados que vêm confirmar o comprometimento transversal dos arcos dentários nos pa-cientes com Classe II divisão 1, numa amostra ampla.

O planejamento detalhado constitui um dos segredos para o sucesso de uma finalização ótima. Vianna e Mucha detalham um método criterioso para a individualização das alturas de colagem dos braquetes, visando um melhor acabamento.

No quesito materiais, dois artigos avaliam a qualidade de produtos nacionais. Um sobre adesivos de colagem de braquetes e outro sobre as ligaduras coloridas, posi-cionando-os para o uso clínico.

A respeito da estabilidade, o artigo sobre a alteração do plano oclusal nas cirurgias ortognáticas questiona o fato de muitos clínicos não utilizarem este recurso, com o argumento da provável recidiva. Ao menos em curto pra-zo, os autores deste artigo encontraram uma estabilidade razoável, discutindo este dogma presente na literatura.

Dentre os recentes avanços da Ortodontia, podemos dizer que os meios de ancoragem sobre implantes, e parti-cularmente os miniimplantes, representam um “vôo” alto nos paradigmas de tratamento. Avalizado também com o selo do editor, o Tópico Especial desta edição discorre sobre o “estado da arte” da ancoragem esquelética em Ortodontia por meio dos miniimplantes. Objetivamente elaborado por Araújo, Nascimento, Bezerra e Sobral, torna-se referência e leitura obrigatória.

As comparações ao “vôo” de Santos Dumont mostram o quão orgulhosos estamos. É claro que, guardando as de-vidas proporções do impacto do feito, a idéia é enaltecer e mensurar as conseqüências do respeito que o nosso pai da aviação conseguiu, representando ao mundo que no Brasil há inventores de qualidade! Na Ortodontia, estamos dizendo: no Brasil temos ortodontistas de qualidade!

Trabalhamos para que todos os trabalhos aqui publi-cados tenham o “vôo” longínquo que merecem!

Adilson Ramos

E

D I T O R I A L

Referências

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