SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA
E DA
DEFESA SOCIAL
POLÍCIA MILITAR
QUARTEL DO COMANDO GERAL
AJUDÂNCIA GERAL
BOLETIM GERAL Nº 050
Natal/RN, 18 de Março de 2015
(Quarta-feira)
COMANDANTE GERAL:...Cel PM Ângelo Mário de Azevedo Dantas SUBCOMANDANTE E CH. DO EMG:..Cel PM Durval de Araújo Lima
DIRETOR DE PESSOAL:...Cel PM Francisco Reinaldo de Lima DIRETOR DE ENSINO:...Cel PM André Luiz Vieira de Azevedo DIRETOR DA DAL:...Cel PM Edilson Fidélis da Silva DIRETOR DO CES:...Cel PM Elias Cândido de Araújo DIRETOR DE FINANÇAS:...Cel PM Wellington Alves Pinto DIRETOR DE SAÚDE: …...CelQOSPM Roberto Duarte Galvão COMANDANTE DO CPI:...Cel PM Francisco Canindé de Freitas COMANDANTE DO CPRE:.…...TC PM Ulisses Nascimento de Paiva COMANDANTE DO CPM: …...TC PM Sairo Rogério da Rocha e Silva
Para conhecimento e devida execução, torno público o seguinte: 1ª P A R T E
(Serviços Diários) I - SERVIÇO DE ESCALA
Uniforme: Guarda e Reforço do QCG 4º A, com equipamento, serviço operacional e Policiamento ostensivo: o específico de cada OPM.
Para o dia 19 (Quinta-feira)
Superior de Dia ao CPM...Maj PM Lisboa Supervisor de Operação...Cap PM Palácio Oficial Supervisor do HCCPG...Cap QOSPM Fem Ethel Oficial de Dia ao QCG...Ten PM Liano
Eletricista e encanador de dia ao QCG…...Sd PM Kennedy 2ª P A R T E
(Ensino e Instrução)
II - CURSO DE ADESTRAMENTO DE CÃES - CAC/2015 PORTARIA 002/DE-3, DATADA DE 26 DE JANEIRO DE 2015.
Aprova o plano do Curso de Adestramento de Cães - CAC/2015.
O Diretor de Ensino da Polícia Militar, no uso das atribuições que lhe confere o Parágrafo único do Art. 17, da LC Nr. 090, de 04 de janeiro de 1991, combinado com o Art. 6º e seus incisos, da LC Nr. 331, de 28 de junho de 2006. bem como Art. 1º e seus incisos, do Decreto Nr. 12.514, de 15 de fevereiro de 1995 e do Art. 4º e seus incisos, da Portaria Nr. 003/95 - GCG, de 22 de outubro de 1995, resolve:
Art. 1º - Aprovar o plano do Curso de Adestramento de Cães (Nível B) - CAC/2015. Art. 2º - Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicação. Despacho da Chefia do EMG em 05/02/2015: Aprovo.
OBSERVAÇÃO:Será publicado em Aditamento a este BG o Plano do Curso de Adestramento de Cães - CAC/2015.
3ª P A R T E
(Assuntos Gerais e Administrativos) III - APRESENTAÇÃO DE OFICIAL
No dia 18 de março de 2015:
Ten Cel PM Ângelo Raimundo da Silva Júnior por entrar em gozo de férias relativas ao exercício do ano de 2014.
(Extraída do Livro de Apresentação de Oficiais – Ajudância Geral). Publique-se em BG.
IV - TRANSFERÊNCIA PARA A RESERVA REMUNERADA - Parecer da Assessoria Jurídica.
PROCESSO N° 30224/2015-5 - INTERESSADO: Jeoás Nascimento dos Santos, Cabo PM - ASSUNTO: Agregação de nomeado para Cargo Público.
EMENTA: Militar Estadual Suplente de Vereador Diplomação em cargo eletivo -Assunção do mandato de Vereador - Carreira política incompatível com a atividade policial militar Transferência ex officio para a reserva remunerada devida Interpretação Analogia -Aplicabilidade do Art. 51, "b", c/c arts. 90 II, 92, VIII, 124, da lei n° 4.630/1976; e Art. 14, § 8oc/c Art. 42, § 1o, á Constituição Federal - Pelo indeferimento do pleito.
PARECER N° 216/2015-AJur/PMRN
1. Através de expediente dirigido ao Exm° Sr. Comandante Geral desta Corporação Militar, JEOÁS NASCIMENTO DOS SANTOS, Cabo PM, matrícula N° 163.933-1, requer a sua não transferência para a reserva remunerada, devendo permanecer agregado enquanto se encontrar no exercício do mandato eletivo.
2. Alega, o requerente, que não se aplica o dispositivo contido na Constituição Federal (Art. 14, § 8o) e a Lei Estadual N° 4.630/1976 (Estatuto da
PMRN), por não haver sido eleito, nos termos da legislação. É o relatório, passamos ao devido parecer.
3. Inicialmente, passaremos a analisar a questão da transferência para a reserva remunerada. A matéria encontra guarida na legislação pertinente, conforme depreende-se da leitura dos Arts. 51, "b", 90, II, e 92, VIII, c/c Art. 124, da Lei N° 4.630/1976. Vejamos a transcrição dos referidos artigos:
Art. 51 - Os policiais-militares são alistáveis como eleitores, desde que Oficiais, Aspirantes-a-Oficial, Subtenentes, Sargentos ou Alunos de curso de nível superior para formação de Oficiais.
[...]
b) o policial-militar em atividade, com 5 (cinco) ou mais anos de efetivo serviço, ao se candidatar a cargo eletivo, será afastado, temporariamente, do serviço ativo e agregado, considerado em licença para tratar de interesse particular; se eleito, será, no ato da diplomação. transferido para a reserva remunerada, percebendo a remuneração a que fizer jus, em função do seu tempo de serviço.
Art. 90 - A passagem do Policial Militar à situação de inatividade mediante transferência para a Reserva Remunerada efetiva-se:
[...]
II - ex-offício.
Art. 92 - A transferência "ex-offício" para a reserva remunerada verificar-se-á sempre que o policial-militar incidir nos seguintes casos:
VIII - Ser diplomado em cargo eletivo na forma da alínea "b" do parágrafo único do Art. 51. Art 124 - Tempo de efetivo serviço é o espaço de tempo, computado dia a dia, entre a data de inclusão e a data limite estabelecida para a contagem ou a data do desligamento do serviço ativo, mesmo que tal espaço de tempo seja parcelado.
4. Cabe ressalvar que, na interpretação deste Setor Jurídico, houve uma alteração tácita do Art. 51, "b", da Lei n° 4.630/1976, pela Constituição Federal, pois o dispositivo vai de encontro aos preceitos constitucionais no que concerne ao tempo mínimo de serviço para a possibilidade de elegibilidade, assim, entendemos que deve ser aplicada, ao presente caso, a redação constante no Art. 14, § 8o, II, da
Carta Maior, no tocante a este tempo mínimo (dez anos), por força do Art. 42, § Io,
do mesmo diploma:
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação para a inatividade.
Art. 42. Os membros das Policias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, instituições organizadas com base na hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
§ 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, além do que vier a ser fixado em lei, as disposições do Art. 14, § 8o: do Art. 40, § 9o; e do Art. 142, §§ 2o e 3o, cabendo a lei estadual específica dispor sobre as matérias do Art. 142, §3°, inciso X, sendo as patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos governadores.
5. O questionamento suscitado pelo interessado reside na redação dada pela Carta Política, ao estabelecer que o militar será transferido para a inatividade quando eleito e no ato de sua diplomação. Alega, o requerente, que assumiu vaga de suplente e, após o afastamento do vereador eleito, foi convocado a assumir o cargo. Outrossim, aduz que é precário, uma vez que poderá, a qualquer tempo, ser exonerado.
6. Conforme Santana (1995), o suplente "é o substituto legal do Vereador empossado, possuindo apenas uma expectativa de vir a sucedê-lo no curso da legislatura em decorrência de hipóteses legais". Pela leitura do Art. 112, I, da Lei n° 4.737/1965 (Código Eleitoral), depreende-se que o suplente é aquele mais votado, porém, não eleito efetivo, senão vejamos:
Art. 112. Considerar-se-ão suplentes da representação partidária:
I - os mais votados sob a mesma legenda e não eleitos efetivos das listas dos respectivos partidos;
7. Concordamos, por um lado, que a mera expectativa de assunção de um cargo político não é motivo para a inatividade do militar, pois feriria os princípios constitucionais da razoabilidade e moralidade. Contudo, se ocorrer fato superveniente de assunção do mandato de vereador, entendemos que o militar deve ser transferido para a reserva remunerada, por configurar uma incompatibilidade do exercício da vereança com a função pública de militar estadual, conforme disposto no Art. 29, IX, da Constituição Federal.
8. Ademais, trata-se de uma possibilidade, pois o suplente pode não assumir, caso queira. Inexiste obrigatoriedade na assunção do mandato eletivo, uma vez que, caso não assuma, entende-se pela renúncia ao cargo.
9. Não olvidando a literalidade da norma, cabe ao exegeta buscar uma melhor interpretação, que, no presente caso, será a teleológica, ou seja, a finalidade do legislador. Neste sentido, entendemos que, uma vez assumindo o mandato político, com todas as suas obrigações e competências inerentes ao cargo de vereador, o requerente recai numa condição de incompatibilização, que deve ser resolvida com a transferência para a inatividade.
10. Embora exista uma omissão legislativa quanto ao suplente que assume o mandato de vereador, não se deve deixar o fato sem uma resposta jurídica, que deve ser alcançada, no presente caso, pela analogia. Não é outro o regramento contido no Art. 4o, da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro:
Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os
costumes e os princípios gerais de direito.
11. O STJ já tem decidido pela transferência para a reserva remunerada de militar que, diplomado suplente, assume, posteriormente, o cargo público de vereador:
RECURSO ESPECIAL. ADMINISTRATIVO. MILITAR. TERCEIRO SUPLENTE DE VEREADOR. CONVOCAÇÃO PELA CÂMARA MUNICIPAL PARA TOMAR POSSE. TRANSFERÊNCIA PARA A RESERVA REMUNERADA. CABIMENTO.
1. Nos termos do disposto no Art. 52, "b", par. único, da Lei n° 6.880/80, bem como no Art. 14, § 8o, II, da Constituição Federal, somente ao candidato eleito e convocado pela Câmara
Municipal para empossar-se vereador deve ser reconhecido o direito de ser transferido para a reserva por contar com mais de dez anos de exercício no serviço militar.
2. Manutenção do aresto recorrido, que reconheceu o direito de terceiro suplente de vereador a passar para a inatividade, considerando que houve sua efetiva convocação para tomar posse como vereador.
3. Recurso especial improvido. (Resp 333.220-RS, STJ, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 27.05.2008).
12.Vejamos outras ementas que também corroboram com o posicionamento adotado por esta Assessoria Jurídica:
MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. MILITAR. SUPLENTE DE VEREADOR. TRANSFERÊNCIA PARA A RESERVA REMUNERADA EM FACE DA DIPLOMAÇÃO EM CARGO ELETIVO. LEI N° 6.880/80. CF/88, Art. 14, § 8o. 1. A carteira política exige obrigações, responsabilidades e compromissos incompatíveis com a profissão militar, e, salvo melhor juízo, foi com essa questão em mente que o legislador optou pela transferência para a reserva remunerada daqueles militares que optaram por essa trajetória profissional. 2. Em conformidade com o que prescreve o Estatuto dos Militares (Lei n° 6.880/80), e a Constituição Federal de 1988, em seu Art. 14, § 8º, o militar eleito e diplomado, na qualidade de terceiro suplente de vereador, deve ser transferido para a reserva remunerada. 3. Remessa oficial denegada. Apelo provido. (AMS 68815 RS - Tribunal Regional Federal da 4a Região, Rel. Juiz Alcides Vettorazzi, publicado em 22.11.2000).
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE DIREITO CUMULADA COM ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. POLICIAL MILITAR. SUPLENTE DE VEREADOR. TRANSFERÊNCIA PARA A RESERVA REMUNERADA EM VIRTUDE DA CONVOCAÇÃO PARA O CARGO ELETIVO. Art. 14 , § 8o , II , DA CF . INATIVIDADE
DEVIDA. RECURSO DESPROVIDO. 1. Nos termos do disposto no Art. 52 , b, par. único, da Lei n° 6.880 /80, bem como no Art. 14, § 8o, II, da Constituição Federal , somente ao candidato
eleito e convocado pela Câmara Municipal para empossar-se vereador deve ser reconhecido o direito de ser transferido para a reserva por contar com mais de dez anos de exercício no serviço militar. 2. Manutenção do aresto recorrido, que reconheceu o direito de terceiro suplente de vereador a passar para a inatividade, considerando que houve sua efetiva convocação para tomar posse como vereador. 3. Recurso especial improvido ". (TJ-SC - AC 99829 SC 2008.009982-9, publicado em 04.12.2009).
13. Assim, por todo exposto, opinamos pelo indeferimento do pleito, devendo dar-se continuidade ao processo administrativo de transferência para a reserva remunerada do interessado (protocolo N° 15951/2015-4), por haver assumido o mandato de vereador.
É o parecer.
Encaminhe-se ao Gabinete do Comandante Geral para apreciação. Natal/RN, 10 de março de 2015.
Despacho do Gabinete do Cmt Geral em 13/03/2015:
1. Acolho o parecer da Assessoria Jurídica deste Comando, determinando, nesta ocasião, que seja dado seguimento ao Processo Administrativo de transferência para a reserva remunerada do interessado;
2. À Ajudância Geral para publicar em Boletim Geral este Despacho e o Parecer N° 216/2015 - Ajur/PMRN;
3. Oficie-se ao interessado remetendo cópia do presente Despacho e do Parecer; 4. Após cumprir as diligências, arquive-se neste Gabinete do Comandante Geral. Ângelo Mário de Azevedo Dantas, Cel PM - Comandante Geral.
4ª P A R T E (Justiça e Disciplina) V - REFERÊNCIA ELOGIOSA
Louvo o 2º Sgt PM Nº 92.341 Josinaldo Dutra de Oliveira, Sd PM Nº 2006.0138 Carlos Lima Silva Junior, Sd PM Nº 2006.0236 Zander Silva, Sd PM Nº 2007.0030 Adriano Luiz Ferreira de Souza, Sd PM Nº 2007.0115 Francisco Edson Mauro Lima da Rocha, Sd PM Nº 2009.0340 Erasmo Fredson Moreira Silva, Sd PM Nº2009.0411 José Ribamar do Nascimento Junior, Sd PM Nº 2009.0513 Raniere Soares de Sá, Sd PM Nº 2009.0633 Marcos Suell Pereira da Silva, Sd PM Nº 2009.0572 Levi Martins da Costa, por haverem no dia 04 de outubro de 2014 por volta das 12:00h, agido de forma diligente e comprometida com a atividade policial militar, quando informados pelo CIOSP, a cerca de um veiculo que havia sido tomado de assalto na cidade de Quixeré/CE e possivelmente encontrava-se no bairro Quixabeirinha em Mossoró, os policiais realizaram buscas e abordagens no bairro indicado onde em uma residência foram localizados e presos 3 indivíduos armados com uma espingarda calibre 20 de fabricação artesanal e uma pistola calibre 7,65, não obstante após indagar os indivíduos sobre o paradeiro do veiculo, os mesmos informaram que o carro estaria na comunidade do jucuri, tratava-se do Astra de cor cinza de placas JZJ-6772 onde, com este foram localizados mais dois indivíduos. São eles Antonio Rafael de Lima Rodrigues, Elenilson Araújo Nunes, Francisco Tiago Miguel de Assis e Davi Sales da Silva, confessaram que iriam fazer uma assalto a uma empresa na Maísa na segunda-feira onde esperavam obter a quantia de R$ 70.000,00 (setenta mil reais). São atitudes como estas que garantem à sociedade a paz e a ordem pública, missão designada aos bravos policiais militares os quais, através da demonstração de tirocínio, abnegação e comprometimento com a paz social, desarticularam uma quadrilha interestadual de alta periculosidade, tais atitudes são merecedoras de todo o reconhecimento tanto por parte deste comando como pelos pares e subordinados desses bravos policiais.
É por tudo isso que este Comando louva-os e os agradece (coletivo).
Emerson Mendes da Silva Almeida, Cap. QOPM - Cmt da 1ª CPM/2° BPM.
(Parte Nº 110/2014-1ª CPM/2º BPM, de 26/11/2014 - Encaminhamento Nº 054/2015-DP/3, datado de 10/03/2015).
Publique-se em BG.
Ângelo Mário de Azevedo Dantas, Cel PM Comandante Geral
POR DELEGAÇÃO Durval de Araújo Lima, Cel. PM Subcomandante e Chefe do EMG
