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FORMAÇÃO DE PROFESSORES OUVINTES POR PROFESSORES SURDOS Shirley Vilhalva

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Academic year: 2021

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Texto de apoio ao Curso de Especialização Atividade Física Adaptada e Saúde

Prof. Dr. Luzimar Teixeira

FORMAÇÃO DE PROFESSORES OUVINTES POR PROFESSORES SURDOS

Shirley Vilhalva

Redimensionar a educação e transforma-la em educação inclusiva é um desafio para todos os envolvidos com a escola e o contexto sócio-familiar dos educando e do educando surdo.

A missão inicial de qualquer ser humano é a realização de um desejo pessoal e a educação procura professores para ajudar nesta construção.

Ser professor atualmente não é muitas vezes uma missão, para alguns passou ser a necessidade de ter um trabalho para sustentar a família e garantir a sua sobrevivência, ou ainda o caminho mais fácil para estar empregado devido a falta de professores efetivos.

Estamos passando por um momento em que a escola está cheia de professores temporários com idéia que será passageira a sua estada em sala de aula.

A busca de alternativas permite que dentro desta reviravolta profissional encontre cursos de capacitação que o leva a entender a importância de seu papel na construção da educação. O gosto pela educação permite a esse professor desenvolver conhecimento que sua educação superior “ faculdade” não permitiu construir ou mesmo conhecer mais profundamente, principalmente no que diz sobre a Educação de Surdos e deficientes Auditivos, ou seja, o mesmo só estava no processo e não na construção do desenvolvimento educacional.

A formação inicial agora vem com uma mudança e a presença de um novo educador. Antes eram apenas os Educadores ouvintes os ministrantes de cursos e hoje são os Surdos que também estão atuando, através do Programa Nacional de Apoio a Educação de Surdos/MEC/FENEIS/SED/MS. As experiências com os professores das escolas públicas de Mato Grosso do Sul vem mostrando que é preciso não só a formação do educador de surdos mas também a sensibilização conjunta com seus alunos surdos. Primeiramente lembrando que os surdos sempre foram alunos e hoje trocam de lugares com seus professores, estes agora como aprendizes, questionando e analisando a transformação que vem ocorrendo gradativamente. Entretanto, ainda há o susto e a incompreensão, mas após um período participativo vem a aceitação.. A complexa idéia de que o aluno surdo não faz a leitura imaginada pelo professor provoca questionamentos e abalos

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Relatos de experiências mostram que quando os cursos são iniciados em língua brasileira de sinais e a escrita da língua portuguesa, levam o professor ouvinte a interagir em outra língua com apoio na própria língua (língua escrita). A experiência se fundamenta nas vivências com os seus próprios alunos, que estão sentados ao seu lado como cursistas, vivenciando a experiência de ter um professor surdo como ministrante, usando a língua de sinais que é o seu meio natural de compreensão.

As atividades são desenvolvidas através do Livro LIBRAS Em Contexto e sua metodologia. Dentro do curso é desenvolvida a interação e melhor compreensão sobre a pessoa surda e deficiente auditiva, cultura surda e demais atividades que envolvem a cultura visual – motora ou seja a LIBRAS.

Muitos profissionais ouvintes, mesmos conhecedores profundos da educação de surdos e da língua brasileira de sinais, se equivocam em discutir sobre a cultura surda ou seja “surdo tem uma cultura diferente” e eu como surda, educadora de surdos e ouvintes apenas reforço que essa cultura não quer dizer roupas, comidas e sim uma impressão ou leitura de mundo diferente, pois não há influência auditiva fazendo assim a formação visualizada dar num código ou sentido diferenciado. Seria mais compreensível se colocamos que os ”surdos tem uma cultura visual diferente por que não há influência dominante auditiva. Realmente a discussão é polemica, pois hoje os surdos tem palavras e não sabem como utilizá-las.

Mesmo com as muitas diferenças, até mesmo na comunicação, observaremos no registro abaixo um trabalho de experiência com grupos de Instrutores e professores surdos em momento de estudo sobre as diferenças existentes entre surdos e deficientes auditivos e também como deve ser colocado para os profissionais ouvintes. Estes registros foram feitos em LIBRAS e transcrito para Língua Escrita pela Professora Shirley Vilhalva:

ORIENTAÇÕES PARA PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO SOBRE EDUCAÇÃO DE SURDOS NO AMBIENTE ESCOLAR

Quando nos deparamos com um aluno surdo em sala comum, logo pensamos que o mesmo deveria estar em uma escola especial. Antes de decidirmos quais os melhores espaços para esse aluno, deveríamos conhecer as diferenças de atendimentos que os surdos necessitam, procurar conhecer a surdez e sua classificação.

O aluno surdo é diferente do deficiente auditivo. A incapacidade de ouvir é diferente para cada aluno. O aluno surdo poderá ser sinalizador ou falante, o deficiente auditivo não é usuário da língua de sinais e muitas vezes nem mesmo aceita a sua surdez. Isso significa que nem todos alunos que apresentam surdez têm necessidade lingüística da língua de sinais.

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Os níveis de surdez ou deficiência auditiva interferem na aprendizagem, de forma que o professor deverá ter uma atenção especial nas diferenças que poderão apresentar entre surdez leve, moderada, severa e profunda.

Conhecer a surdez vai facilitar a acompanhamento acadêmico de cada aluno e também ajudar que o aluno se aceite e progrida em seus estudos.

Surdez Leve (de 25 a 40 dB ): O aluno tem dificuldade de ouvir, a voz baixa ou distante Sugestão: Uso da prótese auditiva e amplificador sonoro em sala de aula

Surdez Moderada (de 40 a 70 dB): O aluno tem dificuldade de comunicação na sala; ouve voz alta.

Sugestão: Adaptação de prótese auditiva com profissionais especializados em voz, amplificador sonoro em sala de aula, televisão adaptada com fone sem fio para uso nas atividades audiovisuais.

Surdez Severa (de 70 a 90 dB ): O aluno ouve voz alta a distância de 30 cm, ruídos e demais som altos sem identificação exata da fonte, não discriminando ou entendendo o que se é falado..

Sugestão: Aprendizagem da língua de sinais e educação auditiva, o aluno poderá ter aproveitamento de seus resíduos auditivos, melhorando, assim, seu nível de conhecimento sonoro, o professor deverá entender que este aluno não tem memória auditiva e sim visual. Tendo necessidade de sempre ter à disposição de um blocão com resumo do assunto da aula, amplificador sonoro e, se o mesmo for sinalizador, a presença de intérprete de língua de Sinais.

Surdez Profunda (mais que 90 dB): O aluno não identifica a voz humana, difícil aquisição da linguagem sem atendimento especializado, ouve alguns sons fortes.

Sugestão: Aprendizagem da língua de sinais em primeiro lugar para que o mesmo possa acompanhar o acadêmico, o ensino da língua portuguesa escrita como segunda língua e o ensino da língua portuguesa oral como terceira língua. Isso não quer dizer que uma tem que esperar a outra, e sim entender que cada uma deverá ser ensinada em momentos diferentes. Tem surdos profundos que tiveram educação auditiva desde a infância, fazendo uso do conforto sonoro, sendo este consultado sobre o uso do amplificador sonoro ou não em sala de aula. Muitas vezes o som prejudica mais que ajuda na concentração, até mesmo da leitura das palavras faladas ou seja a conhecida leitura labial. A presença do intérprete da língua de sinais

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é imprescindível para o acompanhamento das aulas. Encaminhar o aluno para a Oficina de Línguas ( sinais, portuguesa escrita e oral ).

SURDEZ E A SOCIEDADE

A surdez, embora presente nas várias camadas sociais, muitas vezes passa desapercebida, devido a fatores como o desconhecimento de suas causas, o que faz com que a mesma não seja contemplada em projetos da saúde.

Conhecendo a causa da surdez: Antes do Nascimento:

hereditariedade

virose (rubéola, sarampo, caxumba, etc.) protozoários: toxoplasmose

bactérias: sífilis medicação: ototóxica

fator RH ( incompatibilidade sangüínea) nascimento prematuro falta de iodo Pós – nascimento: infecção no ouvido meningite medicações ototóxicas

barulhos muito altos e freqüentes.

Tendo o conhecimento das causas da surdez, fica mais fácil atender os alunos sob nossa responsabilidade com o propósito de fazer deles um cidadão consciente de seus direitos e deveres. O que se percebe é o pré–conceito sobre a surdez, a falta de conhecimento do que é o surdo ou deficiente auditivo e de suas necessidades. Muitas vezes é a sociedade que não “ouve”, pois o surdo existe e está precisando de apoio e recursos, enquanto o que fica é a omissão dos governos e sociedade em geral.

FAMÍLIA E A SURDEZ

O profissional deve estar sempre atento e preparado para o diálogo com a família do aluno surdo ou deficiente auditivo. As orientações deverão ser claras, sem muito rodeios, pois a família já se encontra em estado de choque pela descoberta da surdez. Mesmo aquelas com o filho em idade avançada, têm uma esperança que a escola ou o profissional vão resolver o

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problema como uma mágica. Acham que encontrou um porto seguro e, logo com as primeiras orientações, entendem que não diminuíram suas responsabilidades, ao contrário. Sendo assim, o profissional deverá primeiramente conhecer o histórico de vida do aluno, as orientações médicas que a família já recebeu, se o aluno já recebeu atendimentos especializados, qual é o nível de comunicação com o pai, mãe, irmãos e demais pessoas do dia- a- dia do aluno. O objetivo dos profissionais da área é prestar esclarecimentos a respeito da surdez e também quebrar preconceitos relativos à pessoa surda ou deficiente auditiva. Neste momento deverão ser evitadas as cobranças e demonstrado o lado positivo, o que com apoio familiar o aluno poderá conseguir. Ressaltar a importância da interação social, dos sentimentos positivos, visando melhorar a qualidade de vida de todos envolvidos no processo educacional, cultural e social do aluno.

NOTA: É de suma importância a dedicação da família nos assuntos que refere-se à fase da escolarização da criança. Transmitir que a segurança é primordial para o desenvolvimento da criança, que contribui para que a mesma se sinta capaz. Muitas vezes o responsável pela criança tem idéia de superproteção, o que na realidade nada vai ajudar a criança. Os pais deverão receber apoio de profissionais surdos e ouvintes para entender melhor a língua de sinais, a língua portuguesa escrita e a língua oral. A participação do filho na comunidade surda e nos movimentos sociais em defesa aos direitos dos surdos também é muito importante. Os deficientes auditivos ainda não contam com um movimento organizado, assim é preciso abrir espaços para que os mesmos discutam e defendam suas necessidades especificas.

FAMÍLIA E A COMUNIDADE

Cabe ao profissional nortear a caminhada para o sucesso da integração e inclusão da criança surda ou deficiente auditiva. Isto significa que a família deverá participar do processo oferecido pela escola como um todo.

Trabalhar : direitos, deveres e conquistas da família para o bem-estar do aluno

Esclarecimentos sobre a deficiência auditiva para: professores, funcionários e alunos:

Qual é o papel do professor na sala do Ensino Regular com crianças ouvintes e surdas ou deficientes auditivas?

O que é Escola para Surdos? O que é sala de recurso? Como ela deve ser?

Qual é o papel do professor da Escola de Surdos? Qual é o papel do professor de sala de recurso?

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Qual é o papel dos demais profissionais que atuam com a Educação Especial e Ensino Comum?

RELACIONAMENTOS E COMUNICAÇÃO: Falar sobre os relacionamentos para família, profissionais e para os próprios colegas ajudará ambas partes. Embora seja de forma diferente para cada um, é melhor esclarecer do que causar confusões entre os contatos e comunicações.

SURDO X OUVINTE: Como sabemos o processo comunicativo tem seu início dentro do lar juntamente com a família. Inicialmente o surdo sinalizador se comunica com a família através de gestos naturais e, posteriormente, ao aprender com a língua de sinais. Quando os familiares também aprendem a língua de sinais o relacionamento torna-se muito melhor, porque antes a interação dialógica ficava restrita, fazendo com que a família dependa sempre do professor para passar uma orientação ao seu filho. Quando o surdo não é sinalizador a comunicação fica muito restrita, sendo que lhe falta uma língua para expressar seus pensamentos mais abstratos.

DEFICIENTE AUDITIVO X OUVINTE: Os deficientes auditivos muitas vezes não sabem que tem a deficiência auditiva, nem mesmo conhece dificuldades. Os ouvintes notam e não discutem o assunto, às vezes, tratando-o como um deficiente mental. Os profissionais ouvintes deverão ter claro que quanto mais trabalho e esclarecimentos, maior será a aceitação e elaboração pelo aluno. Muitas vezes os deficientes auditivos perdem até mesmo seus resíduos auditivos devido à falta de atendimento de profissionais especializados.

DEFICIENTE AUDITIVO X SURDO: O deficiente auditivo que não tem contato com o surdo sinalizador tem dificuldade de se comunicar, pois o mesmo não conhece a língua de sinais e o surdo muitas vezes não faz uso da língua portuguesa oral, sendo que um não sabe a necessidade do outro.

SURDO X SURDO: Quando o surdo faz parte da mesma comunidade sendo sinalizador ou não a comunicação flui naturalmente, com a mesma naturalidade e ou dificuldades dos ouvintes. Os surdos sinalizadores têm mais facilidade de entender o surdo que não domina a língua de sinais ou seja o surdo “lobo” que os ouvintes. (o que é “lobo”?)

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SURDO X SURDO – PARCIAL: O surdo sinalizador têm com os surdos parciais sinalizadores uma comunicação com alguns conflitos devido à diferença de formação comunicativa ou seja de entendimento. O surdo sinalizador forma a sua comunicação através do meio visual e não auditivo, os surdos parciais fazem essa formação através do meio oral-auditivo. Quando estão em contato muitas vezes tem muitas confusões no entendimento, às vezes necessitando de um intérprete ou apoio de surdo sinalizador com facilidade de conhecer a língua portuguesa e sua influências.

SURDO – PARCIAL X OUVINTES : O surdo parcial tem maiores dificuldades na compreensão que de fala, se faz uso da língua portuguesa oral. Por sua vez os ouvintes não conseguem entender como uma pessoa pode falar e não ter a compreensão equivalente do que consegue expressar. Muitos surdos-parciais têm o conforto lingüístico da língua de sinais e também usufrui do conforto lingüistico oral auditivo, quando este teve atendimento na educação auditiva, não da educação auditiva que apenas fica batendo tambor e sim aquela que tem um ensino mais aprofundado que inclui até a música.

SURDO – PARCIAL X SURDO – PARCIAL: O relacionamento de parcial com surdo-parcial surpreende muito os profissionais, sendo que estes muitas vezes tem dificuldades mais de comunicação do que relacionamento, por usar a língua de sinais com a estrutura da língua portuguesa. Quando encontramos surdo – parcial que faz apenas uso de palavras da língua portuguesa oral e junto utiliza a da língua de sinais, o relacionamento é muito conflituoso, pois suas idéias são desorganizadas e desta forma mal interpretada. O pensamento foi elaborado de uma forma e expresso de outra.

AMBIENTE DE TRABALHO: Quando se conta com um profissional surdo, surdo-parcial, deficiente auditivo e ouvinte, cada um deverá respeitar o espaço do outro, devendo-se entender que o sinalizadores precisam sempre que seja repassado assunto, talvez até individualmente. È necessário compreender que num mesmo ambiente de trabalho poderão estar surdos sinalizadores com uma compreensão muito rápida e deficiente auditivo com dificuldade de compreender a situação geral.

Sugestões: Será necessário fazer algumas adaptações como: telefone para surdos, telefone com amplificador sonoro, presença de intérprete da língua de sinais e também, quando for necessário, o intérprete da leitura de palavras faladas ou seja leitura labial.

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Procurar sempre se certificar se sua mensagem foi compreendida para que não dificulte ainda mais a comunicação .

ESPAÇO FÍSICO ADEQUADO: Em todos os momentos devemos recorrer ao visual, desde a pintura, alarme de luz, campainha luminosa, painel legendado, computador com tela de apresentação onde poderá aparecer a língua de sinais, lembrando que, para os usuários da prótese auditiva, o amplificador sonoro em um ambiente amplo ajudará muito.

COMUNICAÇÃO FAMILIAR: A comunicação familiar ainda precisa ser trabalhada assim como a dos profissionais que tem argumentado sobre a questão do surdo sinalizador não ser falante. Este é um assunto que requer muita discussão, de forma que dificilmente estaremos chegando a uma conclusão que satisfaça a todos num mundo tão amplo e diferente, multicultural e bilingüe.

QUAL É O PROCESSO ALTERNATIVO PARA QUE O SURDO PROFUNDO ACOMPANHE O DESENVOLVIMENTO ACADÊMICO?

Se a preocupação for acadêmica, há a alternativa da aprendizagem da língua de sinais como sua primeira língua e da língua portuguesa escrita como sua segunda língua na escola. A língua falada ou seja oral deverá ser preocupação da família e de profissionais especializados.

SURDO – PARCIAL: ONDE ESTÃO?

Os surdos parciais muitas vezes estão ficando nas salas de aulas, sua presença é assídua, mas a aprendizagem está defasada. Com atendimento adequado poderão atingir melhor grau de desenvolvimento e interagir melhor entre os diversos grupos e com mais segurança.

INTÉRPRETE DE LIBRAS – ATÉ QUANDO?

O intérprete de língua de sinais é um profissional de suma importância, mesmo que incomode muitas pessoas, sua atuação proporciona muitos ganhos, pois o entendimento de mundo do aluno se amplia de modo muito satisfatório. Além de ser um direito ao acesso de comunicação imediata.

AS FRASES INOCENTES MAIS USADAS E QUE OFENDEM OS SURDOS

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Comentar que tinha um aluno (a) que lia muito bem os lábios e não precisava de intérprete e por que ele não faz o mesmo. Muitos surdos sinalizadores têm procurado esclarecer que cada um é diferente e ele tem direito de ter a presença do intérprete, sendo que se lesse os lábios não estaria em tal situação.

Dar ênfase que outra pessoa fala tão bem que nem parece surdo na frente de outras pessoas, pois nem sempre é agradável, as vezes essa pessoa é usuária da língua de sinais e logo vai ser comparada, se fala tão bem para que usar a língua de sinais e a interpretação.

Perguntar sobre a letra de música, sendo que dificilmente a pessoa surda ou até mesmo surda parcial tem conhecimento auditivo musical o que acontece é a aprendizagem de algumas letras de músicas e não como os ouvintes que ouvem voluntariamente.

RECURSOS VISUAIS PARA SURDOS : Blocão é o mais simples, retroprojetor , mapas, vídeo com legenda ou produzido direto com a língua de sinais, sinalizadores com luz (campainha), telefone de textos, painel legendado, sala de aula com monitor de comunicação interna, etc.

RECURSOS AUDIOVISUAIS PARA SURDOS-PARCIAIS : Blocão, retroprojetor, televisão com fone sem fio, mapas, vídeo com legenda ou produzido em língua de sinais quando o aluno tem LIBRAS, sinalizadores com luz (campainha), amplificador sonoro em sala de aula, som com fone sem fio, etc.

LEITURA: COMO É O PROCESSO PARA OS SURDOS

SINALIZADORES: A leitura para os surdos sinalizadores ocorre de forma idêntica ao iniciante do aprendizado da língua inglesa, seria essa a comparação mais simples.

TERAPIA E OFICINAS SÃO AS ALTERNATIVAS ATUAIS?

Sim, hoje as terapias tem se modificando, ajudando a melhorar o processo de ensino. Estudos mais recentes apontam que o trabalho do profissional especializado em linguagem vem ganhando força.

As oficinas vêm para ampliar as opções de atendimento de forma que a qualidade de vida do aluno melhore e o mesmo sinta-se seguro para contribuir com seu sucesso.

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Professores de Sala de Aula - Escola Comum:

É o profissional regente em sala de aula comum onde poderá ter alunos com deficiência auditiva ou outras deficiências.

Professor de Sala de Recurso na Escola Comum:

Profissional especializado que atua com alunos surdos/DAs e professores das escolas comuns, dando suporte à continuidade de estudo na sala de aula regular.

Professor de Classe Especial:

Profissional especializado que utiliza métodos, técnicas e recursos pedagógicos conforme a necessidade de seu alunado em classe especial ou escola especial.

Professor Intérprete:

É o profissional bilíngüe ouvinte que atende a alunado surdo sinalizador em classe do ensino regular e faz a interpretação interlíngua (LIBRAS X Língua.Portuguesa) em diferentes modalidades: da Língua Portuguesa Oral para LIBRAS na exposição de conteúdo apresentado pelo professor regente; LIBRAS para Português Oral da participação do aluno surdo; Língua Portuguesa Escrita para LIBRAS no momento de pesquisa e exposição escrita pelo professor. É o profissional que media a comunicação e compreensão de conteúdos apresentados e outras atividades no contexto escolar.

Guia – intérprete:

É o profissional bilíngüe especializado que atende o aluno surdo-cego em classe regular e em todos os momentos de sua permanência no ambiente escolar mediante a interpretação codificada conforme cada necessidade

(Tadoma, Alfabeto Manual, Letras Maiúsculas, Braille e LIBRAS).

Professor – intérprete de apoio ao Múltiplo Deficiente:

É o profissional bilíngüe especializado que atende o aluno Surdo com paralisia cerebral cadeirante ou não ; Surdos que apresentem comprometimentos mentais caracterizando sérios dificuldades de comunicação e sinalização.

Intérprete de Língua de Sinais:

Profissional bilíngüe, que efetua a comunicação em escolas, órgãos públicos, palestras, igrejas, etc., entre:

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Surdo X Ouvintes Surdo X Surdo

Surdo X Surdo – Cego Surdo - Cego X Ouvinte

Professor de Língua de Sinais:

Profissional bilíngüe, que desenvolve programa educacional da disciplina, dentro dos parâmetros educacionais exigidos no currículo. Formação em nível superior.

Instrutor de Língua de Sinais:

Profissional bilíngüe, preparado em cursos de capacitação permanente, promovidos por órgãos competentes para o ensino da língua de sinais que atuará em sala de aula, desenvolvendo atividades em Língua de Sinais com os alunos surdos e ministrará cursos de LIBRAS para surdos, profissionais e comunidade em geral. Formação ensino médio.

Assistente Social:

Profissional que realiza programa de apoio a família e encaminhamento para serviços especializados.

Fonoaudiólogo:

É o profissional que realiza avaliação, acompanhamento técnico - pedagógico nas salas de recursos e escolas especiais.

Pedagogo:

Profissional que realiza avaliação de alunos com suspeita de deficiência, acompanhamento técnico - pedagógico das classes especiais e salas de recursos.

Psicólogo:

Profissional que realiza avaliação de alunos com suspeita de deficiência, conforme solicitação da escola. Acompanhamento, encaminhamento e orientação familiar.

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Obs: Este documento foi elaborado juntamente com os Instrutores de LIBRAS do CEADA em Língua Brasileira de Sinais e transcrito em Língua Portuguesa Escrita.

Abaixo segue alguns registros das aproximadamente 925 avaliações de professores e profissionais ouvintes que tiveram oportunidades de Ter professor surdo e vão construir nova visão sobre o aluno surdo:

“Para mim o aproveitamento vai ser muito bom, foi como se eu estivesse no escuro da noite e de repente o dia clareou. Ele vai ser aproveitado em todas as matérias e disciplinas.”

“Irei repensar o modo como eu ministro as aulas, como são passados os conteúdos e desenvolvidos aproveitamento será muito bom, pois auxiliará no nosso desenvolvimento pedagógico. O curso fez nos termos uma nova visão a respeito dos surdos.”

“Após deste encontro deverei repensar a minha pratica pedagogia, sobre tudo no fator empatia, isto é, colocando –me no lugar do aluno e buscando motivá- los na aprendizagem mediante recursos visuais: quer na escrita, em cartazes, gestos e toda a linguagem que represente uma boa interação professor X aluno. Para mais eficiência da pratica pedagógica , buscarei os recursos necessários como fitas, CD-room e o que acho imprescindível ao conhecimento de LIBRAS”

“O curso foi muito importante porque é impossível alguém se entender quando não se fala a mesma língua. Com professores e alunos dominando a LIBRAS será o começo de uma nova era na educação de surdos.”

“Através do curso eu consegui enxergar com maior clareza as necessidades da pessoa surda, e eu com o professora de uma aluna surda vou repensar na minha pratica pedagógica na sala de aula e procurar ajudá-la, informando, ensinando e entendendo –a melhor. Vou procurar adquirir mais conhecimento para transmitir as pessoas que necessitam. Sinto que deixei muito a desejar até este momento mas espero que a partir de agora tudo possa mudar gradativamente”

Referências

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