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PROSPECTO SIMPLIFICADO Actualizado a 27 de Setembro de 2010

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Academic year: 2021

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A LEITURA DESTE PROSPECTO NÃO DISPENSA A CONSULTA DO PROSPECTO COMPLETO DO FUNDO* E DEVE SER ACOMPANHADA PELA DEFINIÇÃO DOS TERMOS CONSTANTES DO GLOSSÁRIO (identificados com *).

TIPO / DURAÇÃO FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO* ABERTO / Indeterminada INÍCIO DE ACTIVIDADE 28/05/2008 em Portugal

ENTIDADE GESTORA ESAF - Espírito Santo Fundos de Investimento Mobiliário S.A. (com sede social na Av. Álvares Cabral, 41 – Lisboa) CONSULTORES DE INVESTIMENTO Não existem consultores de investimento para o Fundo BANCO DEPOSITÁRIO Banco Espírito Santo

ENTIDADES COMERCIALIZADORAS Banco Espírito Santo, através dos seus balcões, pelos serviços BESnet através do site www.bes.pt e do serviço telefónico BES-Directo.

ESAF - Espírito Santo Fundos de Investimento Mobiliário, nas suas instalações. AUDITOR DO FUNDO KPMG & ASSOCIADOS – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A. AUTORIDADE DE SUPERVISÃO Comissão do Mercado de Valores Mobiliários

OBJECTIVO DO FUNDO

O objectivo do Fundo consiste em proporcionar aos participantes a possibilidade de aceder a uma carteira constituída por activos líquidos que, directa ou indirectamente, representem uma exposição a diversas estratégias maioritariamente de crédito e de taxa de juro, nomeadamente através de Credit Default Swaps* e futuros* de taxa de juro, com objectivo de rentabilidade de 80% do somatório da Euribor 3 meses e 0,5%, sem qualquer garantia. O Fundo utilizará instrumentos financeiros derivados (Credit Default Swaps* e futuros* de taxa de juro, entre outros) que permitirão desenvolver estratégias de investimento de “Relative Value”* e “Long Only”*.

POLÍTICA DE INVESTIMENTO

Na prossecução do seu objectivo, o Fundo investirá de forma flexível e em cada momento nos seguintes tipos de activos: a) instrumentos do mercado monetário, como depósitos, papel comercial ou bilhetes do tesouro; b) obrigações ou fundos de obrigações, incluindo fundos não harmonizados;

c) outros fundos não harmonizados para além dos previstos na alínea anterior;

d) Instrumentos Financeiros Derivados, designadamente futuros*, opções*, forwards*, swaps* de taxa de juro, warrants*, Credit Default Swaps* e outros com o objectivo de exposição aos activos nas alíneas anteriores.

O investimento do Fundo será concentrado em activos emitidos pelo Banco Espírito Santo ou por entidades que com aquele se encontrem em relação de domínio ou de grupo.

O investimento em fundos não harmonizados, acima previsto, poderá ser efectuado em fundos nacionais ou estrangeiros, incluindo o investimento em: a) fundos de investimento imobiliário;

b) hedge funds e fundos de hedge funds, podendo estes estar sedeados on-shore ou off-shore; c) fundos de capital de risco.

No investimento em fundos, serão considerados os seguintes limites:

a) a exposição individual por fundo ou compartimento de um fundo constituído sob a forma societária, está limitada a um máximo de 50% do valor liquido global do Fundo;

b) O Fundo poderá deter um máximo de 50% do valor patrimonial de outro fundo;

c) o investimento em hedge-funds e fundos de hedge-funds não excederá o limite máximo de 10% do valor liquido global do Fundo;

d) o investimento em fundos de investimento imobiliário e fundos de capital de risco não poderá exceder 50% do valor liquido global do Fundo. Por se tratar de um fundo especial de investimento, o Fundo poderá investir até 100% em valores mobiliários, instrumentos do mercado monetário e depósitos emitidos por uma mesma entidade, incluindo entidades que se encontrem em relação de domínio ou de grupo, podendo esta situação originar conflitos de interesses.

O fundo poderá estar totalmente investido em activos emitidos pelo Banco Espírito Santo, incluindo nomeadamente os depósitos e certificados de depósito. No entanto, e apenas para o investimento em obrigações e papel comercial, o investimento deverá corresponder a um mínimo de 5 emissões distintas com um máximo de 30% do valor liquido global do fundo investido numa única emissão, sendo este limite aplicável a qualquer emitente, incluindo o Banco Espírito Santo.

O investimento em activos não cotados não se encontra sujeito a qualquer limite.

O Fundo poderá não cumprir o limite imposto no n.º 3 do artigo 46º do Decreto Lei n.º 252/2003, ou seja, a exposição a Instrumentos Financeiros Derivados poderá exceder o valor líquido global do Fundo.

Na realização de transacções sobre instrumentos financeiros derivados fora de mercado regulamentado, a exposição não poderá exceder, por contraparte, o limite de 30% do valor liquido global e essas contrapartes deverão ter um rating mínimo correspondente a BBB- ou Baa3.

A perda potencial máxima a que o fundo estará sujeito, incluindo Instrumentos Financeiros Derivados, não poderá exceder 1,25% do valor líquido global do Fundo. O investimento previsto anteriormente poderá também ser efectuado em instrumentos sintéticos que permitam a exposição aos activos ou mercados referidos, nomeadamente Certificados* e Exchanged Traded Funds (ETF’s)*, incluindo para efeitos de exposição a índices obrigacionistas representativos dos mercados onde o fundo vai investir.

O Fundo não investirá em fundos que tenham comissões de gestão fixas superiores a 5%

O Fundo poderá contrair empréstimos em numerário até ao limite de 50% do seu valor líquido global, quer para investimento, quer para fazer face a pedidos de resgate. Por princípio, o Fundo efectuará cobertura cambial dos investimentos não denominados em EURO. Poderá no entanto não realizar tais operações, se a visão de gestão relativamente à evolução dos mercados cambiais assim o justificar.

Às transacções efectuadas na prossecução da política de investimento do Fundo não serão aplicáveis as disposições legais previstas nos nºs 1 a 7 do artigo 60º do Decreto-Lei 252/2003, de 17 de Outubro, podendo por isso, e a título exemplificativo, ser contrapartes, entidades emitentes ou garantes dos activos objecto dessas operações o Banco Depositário do Fundo bem como outras entidades em relação de grupo com a Entidade Gestora ou com o Banco Depositário.

RISCO ASSOCIADO AO INVESTIMENTO

RISCOS GENÉRICOS:

O risco associado ao Fundo dependerá em cada momento da volatilidade dos activos que o compõem.

Alguns dos fundos em que o Fundo poderá investir poderão encontram-se sedeados em zonas geográficas onde a regulamentação é inexistente ou não se encontrem sujeitos à supervisão de uma entidade competente, daqui resultando uma menor protecção dos investidores. Esta menor protecção pode traduzir-se, a título exemplificativo:

i) na ausência de controlo sobre a actividade das entidades gestoras destes fundos, podendo o respectivo investimento não se encontrar conforme às respectivas politicas de investimento;

ii) na ausência de supervisão prudencial, situação potenciadora de riscos para os investidores.

O investimento pelo Fundo em hedge funds poderá comportar um risco adicional uma vez que as estratégias de investimento prosseguidas por estes fundos utilizam instrumentos e técnicas financeiras de considerável complexidade e pouco acessíveis aos investidores em geral.

Não existe qualquer garantia para o participante quanto ao capital investido ou em relação à rendibilidade do seu investimento pelo que existe o risco de perda do investimento

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RISCOS ESPECÍFICOS:

Para além dos riscos genéricos expressos anteriormente, o investimento efectuado no Fundo comporta ainda os seguintes riscos específicos, de que o participante declara expressamente tomar conhecimento e aceitar:

a) Risco de Alavancagem – Os instrumentos e técnicas referidos anteriormente, na medida em que permitem alavancar as posições assumidas tendem a ampliar ganhos mas também as perdas em caso de evolução desfavorável dos mercados.

b) Utilização de derivados – A possibilidade de utilização pelo Fundo de derivados, na implementação da sua estratégia de investimento, tanto para tomada de risco como para efeitos de cobertura, não se encontra limitada da mesma forma que um fundo harmonizado. O fundo poderá recorrer a este tipo de instrumentos, assumindo um risco acrescido face ao que teria através do investimento directo no activo subjacente ao do instrumento derivado.

c) Risco de Crédito / Contraparte – O Fundo não impõe uma notação creditícia mínima para os seus investimentos, podendo deste modo comprar instrumentos de entidades com menor capacidade de cumprir com as suas responsabilidades. Este tipo de risco é ainda potenciado pelo investimento em activos não cotados, que não se encontra sujeito a qualquer limite.

d) Risco de Concentração – Embora o Fundo possa vir a ter uma carteira relativamente diversificada, por se tratar de um fundo especial de investimento não está sujeito a limites mínimos de dispersão além dos fixados no presente prospecto. Assim, a maior flexibilidade dos limites deste fundo face aos limites tradicionalmente impostos, possibilita ao fundo assumir algum risco de concentração de investimentos.

e) Risco de Conflito de interesses – Alerta-se para a possibilidade de existência de eventuais situações de conflitos de interesses, uma vez que o Fundo poderá concentrar o seu investimento em valores mobiliários emitidos por entidades que fazem parte do mesmo grupo económico do BES e da sociedade gestora do Fundo, a ESAF – Espírito Santo Fundos de Investimento Mobiliário, S.A..

f) Risco de Taxa de Juro – podendo o investir em obrigações de taxa fixa, o Fundo poderá ficar exposto a um risco de taxa de juro.

g) Risco de Liquidez – O Fundo poderá investir em fundos de investimento que eventualmente têm liquidez reduzida, pelo que a subscrição deste Fundo poderá apresentar um risco variável de liquidez, considerando a sua carteira de investimentos em cada momento, e apenas deverá ser feito por investidores com um horizonte temporal de investimento alargado.

h) Risco do Mercado Imobiliário – Por poder investir em fundos de investimento imobiliário, o Fundo poderá encontrar-se sujeito ao risco do mercado imobiliário, a que por norma os fundos de investimento mobiliário não se encontram expostos como por exemplo variações nos preços dos imóveis e no mercado de arrendamento.

i) Exposição a Capital de Risco – o investimento em capital de risco é efectuado em empresas novas ou em reestruturação, com base em pressupostos e estimativas que podem não se verificar com o decurso do tempo.

PERFIL DO INVESTIDOR

O fundo adequa-se a investidores com uma perspectiva de investimento de curto prazo e cujo objectivo é a estabilidade da valorização do investimento, com reduzido risco e um potencial de rentabilidade superior às tradicionais aplicações bancárias.

Apesar dos limites impostos na Política de Investimentos, a Entidade Gestora aconselha que os subscritores do Fundo não invistam mais de 50% do seu património neste Fundo.

EVOLUÇÃO DA UNIDADE DE PARTICIPAÇÃO EM EUROS

RENDIBILIDADE E RISCO HISTÓRICOS

TABELA GLOBAL DE CUSTOS

As rendibilidades divulgadas representam dados passados, não constituindo garantia de rendibilidade futura, porque o valor das unidades de participação pode aumentar ou diminuir em função do nível de risco que varia entre 1 (risco mínimo/baixo) e 6 (risco máximo/muito alto). As rendibilidades aqui divulgadas são rendibilidades não líquidas de comissões de subscrição e de resgate (ver ponto “Tabela de Custos”)

Tabela de custos imputados ao fundo durante o ano de 2009:

CUSTOS VALOR % VLGF (1)

Comissão de Gestão – Componente fixa 824.480 0,6010% Comissão de Gestão – Componente variável 418.192 0,3048%

Comissão de Depósito 68.707 0,0501%

Taxa de Supervisão 52.741 0,0384%

Auditoria 4.639 0,0034%

Outros 451 0.0003%

TOTAL 1.369.210

TAXA GLOBALDE CUSTOS (TGC) 0,9980%

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Média relativa ao período de referência

Rotação média da carteira no período de 2009

Volume de Transacções 155.464.748 Valor Médio da Carteira 137.195.482 Rotação Média da Carteira (%) 113,32%

NOTA: Em virtude de não existir informação disponível sobre os custos indirectamente suportados pelo fundo para o cálculo da Taxa Global de Custos indirecta de forma completa, clara e objectiva respeitante ao investimento noutros Fundos, a TGC apresentada deve ser vista como um valor mínimo.

Rendibilidade Anual 0% 1% 2% 3% 4% 2009 2000 - -2001 - -2002 - -2003 - -2004 - -2005 - -2006 - -2007 - -2008 - -2009 3,41% 1 Rendibilidade / Risco 4,9 5 5,1 5,2 5,3 5,4

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TABELA DE CUSTOS

CUSTOS COMISSÃO

Imputáveis directamente ao participante

Comissão de subscrição 0%

Comissão de resgate 0%

Imputáveis directamente ao fundo

Comissão de gestão – Componente Fixa 0,6% / ano (taxa nominal)

Comissão de Gestão – Componente Variável 10% * (Rendibilidade do Fundo – (80%(Média do ano da EUR3M+0,5%)))

Comissão de depósito 0,05% / ano (taxa nominal)

Taxa de supervisão 0,03‰ / Mês

(colecta não pode ser <200€ e >20.000€)

Outros custos Constituem também encargos do Fundo todas as despesas de compra e venda de valores por conta do Fundo e custos de auditoria exigidos pela legislação em vigor.

O Fundo suportará indirectamente comissões de gestão referentes ao investimento em fundos de investimento.

SUBSCRIÇÃO

As subscrições são diárias.

O valor da unidade de participação, para efeitos de subscrição, será o conhecido e divulgado no dia útil seguinte àquele a que o pedido de subscrição se refere. O pedido de subscrição é realizado a preço desconhecido. O número mínimo de unidades de participação a subscrever é o correspondente ao montante de 2.500 Euros na subscrição inicial e de 250 Euros em cada uma das subscrições seguintes.

Não existe comissão de subscrição.

As instruções de subscrição de fundos, para efeitos de processamento da correspondente operação no próprio dia, através das diversas formas de comercialização deverão ser efectuadas até às 17:00 horas, hora de Portugal Continental. Todas as instruções efectuadas para além deste horário, utilizando os serviços correspondentes, apenas serão processadas no dia útil imediatamente seguinte.

RESGATE

Os resgates são diários.

O valor da Unidade de Participação para efeitos de resgate será o conhecido e divulgado no dia útil seguinte aquele a que o pedido de resgate se refere. O pedido de resgate é realizado a preço desconhecido. O montante resgatado estará disponível no máximo 5 dias úteis após o pedido de resgate. O pedido de resgate é realizado junto da entidade comercializadora onde o participante realizou a subscrição do fundo, dirigido à entidade depositária. Serão resgatadas as unidades de participação detidas em função da antiguidade da subscrição, sendo a selecção efectuada das mais antigas para as mais recentes. O reembolso dos valores resgatados será efectuado por crédito em conta.

As instruções de resgate de fundos, para efeitos de processamento da correspondente operação no próprio dia, através das diversas formas de comercialização deverão ser efectuadas até às 17:00 horas, hora de Portugal Continental.Todas as instruções efectuadas para além destes horários, utilizando os serviços correspondentes, apenas serão processadas no dia útil imediatamente seguinte.

DISTRIBUIÇÃO DE RENDIMENTOS

O Fundo não distribui rendimentos e nesse sentido é um fundo de capitalização.

ADMISSÃO À COTAÇÃO

Não está prevista a admissão à cotação das unidades de participação do Fundo em causa.

DIVULGAÇÃO DO VALOR DA UP

O valor da Unidade de Participação estará disponível diariamente em todos os locais e através dos meios de comercialização do Fundo. O valor da unidade de participação é ainda publicado diariamente, no Sistema de Difusão de Informação da CMVM.

CONSULTA DE OUTRA DOCUMENTAÇÃO

O Prospecto Simplificado só contém a informação essencial sobre o Fundo, não dispensando a consulta do Prospecto Completo. O Prospecto Completo, os Relatórios e Contas anuais e semestrais, serão disponibilizados pelas entidades indicadas na rubrica entidades comercializadoras, a pedido do participante, sem quaisquer ónus ou encargos. São publicados no sistema de difusão de informação da CMVM (www.cmvm,pt) o valor da unidade de participação diariamente, e a composição discriminada da carteira mensalmente.

REGIME FISCAL

Do Fundo:

Os rendimentos obtidos por fundos de investimento mobiliário que se constituam e operem de acordo com a legislação nacional têm o seguinte regime fiscal:

Rendimentos obtidos em território português que não sejam considerados mais-valias, são tributados autonomamente:

1) por retenção na fonte como se de pessoas singulares residentes em território português se tratasse;

2) às taxas de retenção na fonte e sobre o montante a ela sujeito, como se de pessoas singulares residentes em território português se tratasse, quando tal retenção na fonte, sendo devida, não for efectuada pela entidade a quem compete (encontram-se neste caso os juros das obrigações, dos depósitos bancários e os dividendos, sobre os quais incide uma taxa de 21,5%);

3) ou à taxa de 25% sobre o respectivo valor líquido obtido em cada ano, no caso de rendimentos não sujeitos a retenção na fonte.

Rendimentos obtidos fora do território português que não sejam considerados mais-valias

Os rendimentos obtidos fora do território português, que não sejam considerados mais-valias, provenientes de títulos de dívida e de fundos de investimento são tributados autonomamente à taxa de 20%.

Outros rendimentos obtidos fora do território português, que não sejam considerados mais-valias, são tributados autonomamente à taxa de 25% incidente sobre o respectivo valor líquido obtido em cada ano.

Rendimentos, obtidos em território português ou fora dele, qualificados como mais-valias

1) As mais-valias obtidas em território português ou fora dele, são tributadas autonomamente, à taxa de 10% sobre a diferença positiva entre as mais-valias e as menos-valias obtidas em cada ano, nas mesmas condições em que se verificaria se desses rendimentos fossem titulares pessoas singulares residentes em território português. 2) O saldo positivo entre as mais-valias e menos-valias resultante da alienação de acções detidas por fundos de investimento durante mais de 12 meses, obrigações e de títulos de dívida, encontram-se excluídas de tributação;

3) O saldo positivo apurado entre as mais-valias e as menos-valias resultante da alienação de acções em micro e pequenas empresas não cotadas nos mercados regulamentados ou não regulamentado da bolsa de valores, é considerado em 50% do seu valor. Adicionalmente, o saldo positivo entre as mais-valias e as menos-valias resultante da alienação de acções, de obrigações e de outros títulos de dívida, encontra-se isento de IRS até ao valor anual de € 500.

Os rendimentos obtidos fora do território português por fundos de investimento constituídos e a operar nos termos da legislação nacional poderão beneficiar da aplicação de um mecanismo de crédito de imposto por dupla tributação internacional, o qual se encontra sujeito às seguintes regras:

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a) o crédito de imposto consiste na dedução ao imposto devido sobre esses rendimentos e apurado tendo em consideração as normas acima expostas, da menor das seguintes importâncias:

1) imposto sobre o rendimento efectivamente pago no estrangeiro em relação aos rendimentos em causa; 2) imposto, calculado nos termos deste artigo, sobre os rendimentos que no país em causa tenham sido tributados;

b) quando existir convenção destinada a eliminar a dupla tributação celebrada por Portugal e o país onde os rendimentos são obtidos, e desde que esta não exclua do respectivo âmbito os fundos de investimento, a dedução a que se refere a alínea anterior não pode ultrapassar o imposto pago nesse país nos termos previstos pela convenção;

c) sempre que sejam obtidos, no mesmo ano, rendimentos provenientes de diferentes países, a dedução deve ser calculada separadamente para cada tipo de rendimentos procedentes do mesmo país;

d) os rendimentos que dão direito ao crédito de imposto devem ser considerados, para efeitos de tributação, pelas respectivas importâncias ilíquidas dos impostos sobre o rendimento pagos no estrangeiro.

Do participante: Residente Pessoas singulares

Se o investidor for um sujeito passivo de IRS, não há lugar a tributação dos rendimentos respeitantes a unidades de participação em fundos de investimento se os mesmos forem obtidos fora do âmbito duma actividade comercial, industrial ou agrícola, na medida em que o próprio Fundo já foi tributado.

Por consequência, os ganhos resultantes da diferença entre o valor do resgate e o valor de subscrição não estão sujeitos a qualquer tributação, visto respeitarem a rendimentos decorrentes da detenção de unidades de participação em fundos de investimento.

Assim, os investidores de fundos de Investimento que sejam pessoas singulares residentes em território português estão isentos de tributação pelos rendimentos que daí obtêm, podendo porém, optar pelo respectivo englobamento para efeitos de apuramento de IRS, caso em que o imposto retido ou devido pelo Fundo assume a natureza de imposto por conta, tendo direito a deduzir 50% dos rendimentos nos casos do artigo 40.º-A do Código do IRS. Por outro lado, os rendimentos obtidos no âmbito de duma actividade comercial, industrial ou agrícola, são considerados como proveitos ou ganhos para efeitos de apuramento do lucro tributável, sendo que o montante de imposto retido ao Fundo será considerado como imposto por conta para efeitos do artigo 78.º do Código do IRS.

As transmissões gratuitas, como por exemplo as doações ou transmissões por morte do participante, de valores aplicados em fundos de investimento mobiliário não são sujeitas a Imposto do Selo.

Pessoas colectivas

Se o investidor for uma pessoa colectiva residente em Portugal, os rendimentos que lhe sejam distribuídos pelo Fundo ou que resultem da diferença entre o valor do resgate e o valor de subscrição das unidades de participação, estão sujeitos a IRC, sendo que o montante de imposto retido ao Fundo será considerado como imposto por conta, tendo direito a deduzir 50% dos rendimentos nos casos do artigo 51.º do Código do IRC.

Caso o titular dos rendimentos seja uma entidade residente isenta de IRC que, por essa via, não se encontre obrigado à entrega da declaração de rendimentos, existe direito à restituição, pela Entidade Gestora, do montante de imposto retido ou devido pelo Fundo proporcionalmente às unidades de participação subscritas.

Não Residente

Beneficiam de isenção de IRS ou de IRC os rendimentos decorrentes do investimento em Fundos de Investimento de que sejam titulares entidades não residentes no território português e que não sejam imputáveis a estabelecimento estável situado neste território.

O REGIME FISCAL AQUI DESCRITO NÃO DISPENSA A CONSULTA DA LEGISLAÇÃO EM VIGOR NEM REPRESENTA QUALQUER GARANTIA QUE O MESMO SE MANTENHA ESTÁVEL PELO PERÍODO DE INVESTIMENTO.

CONTACTOS

Qualquer esclarecimento adicional pode ser solicitado através da Linha ESAF – 800 20 66 92

GLOSSÁRIO

Fundo Especial de Investimento (FEI): Fundo de investimento que se constitui de acordo com o estipulado na secção II do regulamento da CMVM nº 15/2003

Certificados: valores mobiliários que atribuem ao titular o direito a receber em dinheiro o valor de determinado activo subjacente nas condições fixadas na deliberação de emissão.

Credit Default Swaps: são contratos financeiros bilaterais em que uma das partes acorda efectuar um pagamento periódico de juro à outra parte, em troca de uma garantia sobre determinado activo ou empresa, ou seja em troca de uma promessa de pagamento em caso de ocorrência de um evento de crédito, normalmente associado a insolvência ou incumprimento de um determinado activo ou empresa.

Swaps de Taxa de Juro: são contratos bilaterais em que as partes pretendem trocar fluxos de juros sobre um determinado montante de referência. Usualmente são

trocados fluxos de juros fixos (taxa de juro fixa) por fluxos de juros variáveis (taxa de juro variável).

Warrants: valores mobiliários que conferem direitos ou deveres relativos a outros valores mobiliários, índices, taxas de juro ou outros instrumentos financeiros. Opção: instrumento financeiro derivado que dá ao seu detentor o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender um determinado activo, num determinado

momento futuro a um preço acordado hoje.

Futuro: contrato de compra ou de venda de um activo num determinado momento futuro a um preço específico acordado hoje. Os contratos são estandardizados, ou seja,

padronizados quanto a quantidades, data de entrega e localização. É um instrumento financeiro derivado.

ETFs – Exchange Traded Funds: são fundos que replicam a evolução de um índice e são negociados em Bolsa à semelhança de um título.

OTC: “over the counter”: Transacções que são feitas fora de bolsa pelo que a sua liquidez e preços de avaliação estão condicionadas a um número limitado de

participantes.

Estratégia “Long Only”: O investidor considera que determinados activos se encontram especialmente penalizados pelas variações do mercado e consequentemente

subvalorizados. O investidor espera pois que os activos em carteira sejam valorizados no futuro assumindo uma posição longa na expectativa que o mercado a médio / longo prazo proceda à correcção em alta do valor desses activos.

Fundo Não Harmonizado: Fundo de investimento que está autorizado e constituído pela respectiva autoridade de supervisão, não obedece aos requisitos definidos pela

Directiva Comunitária nº 85/611/CE, do Conselho.

Fundos de Capital de Risco (FCR): Por capital de risco entende-se genericamente o investimento em empresas novas, ou em reestruturação para novos negócios, ou a

desenvolver novos produtos, onde se podem antecipar crescimentos potenciais acima da média mas cujo desenvolvimento exige parcerias financeiras. Este tipo de investimento é considerado de “risco” dado que é feito numa fase muito inicial da nova estratégia ou do novo negócio ou do novo produto, pelo que há grande incerteza quanto ao seu sucesso.

Os FCR são patrimónios autónomos, sem personalidade jurídica pertencentes ao conjunto dos titulares das respectivas unidades de participação que se destinam a recolher capitais junto de potenciais investidores e com os capitais recolhidos investir em capital de risco.

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Hedge Funds: são fundos de investimento que podem utilizar um conjunto alargado instrumentos, técnicas e estratégias de investimento na perspectiva de obter um

retorno não relacionado com a conjuntura económica ou com a evolução dos mercados. O objectivo principal é gerar um retorno positivo mantendo um elevado controlo do risco (variabilidade na evolução do fundo). Os hedge funds são qualificados como on-shore, se sedeados em países com autoridades de supervisão e sujeitos a regulamentação, ou off-hore, se sedeados em países sem autoridades de supervisão e sem regulamentação..

As estratégias passam pela utilização de empréstimos, instrumentos derivados e modelos estatísticos de arbitragem. De acordo com a sua política de investimentos, é possível classificar os Hedge Funds por quatro grandes estratégias:

STOCK SELECTION

Combinação de posições longas e curtas com vista a maximizar as fontes específicas de retorno e minimizar o risco sistemático, ou risco de mercado. Esta estratégia é essencialmente focada nos mercados accionistas, mas pode também ser desenvolvida em outros mercados, como por exemplo, taxas de juro. Dentro desta podem ainda identificar-se as seguintes sub estratégias:

− Long Bias: estes gestores detêm uma posição maioritariamente longa no mercado em que actuam, ou seja, estão na posse dos títulos que compõem a sua carteira. Estes gestores procuram beneficiar da subida dos mercados em que estão investidos;

− Short Bias: estes gestores têm uma exposição maioritariamente curta no mercado em que actuam, ou seja, através de contratos próprios para o efeito, vendem os activos com o objectivo de os adquirirem posteriormente a um preço inferior. Desta forma estes gestores procuram beneficiar com a queda dos mercados em que investem;

− Variable Bias: Dependendo das expectativas que cada gestor tem relativamente ao mercado, podem estar maioritariamente longos ou curtos; − No Bias: Gestores que procuram uma exposição reduzida aos mercados em que actuam.

RELATIVE VALUE (Market Neutral)

Arbitragem em segmentos específicos de mercado através da construção de spreads entre componentes do preço de activos financeiros ou de mercadorias. Dentro desta podem ainda identificar-se as seguintes sub estratégias:

− Fixed Income Arbitrage: Estes gestores exploram anomalias que possam existir no mercado de taxa fixa;

− Convertible Arbitrage: Utilizam o mercado de obrigações convertíveis de forma a beneficiarem com o aumento de volatilidade no mercado accionista, procurando anular outros riscos de mercado ou das próprias empresas;

− Event Arbitrage: Estes gestores tomam posições curtas ou longas em empresas que possam beneficiar com determinado evento específico, como é o caso de fusões, aquisições e reestruturações entre outros;

− Statistical Arbitrage: Recorrendo a modelos informáticos procuram construir posições longas ou curtas em activos cujos preços estejam desajustados relativamente ao seu histórico. Investem maioritariamente no mercado accionista, podendo também ter exposição a matérias-primas, moedas, entre outros; − Equity Market Neutral: Estratégia cujos retornos resultam da combinação entre posições longas e curtas de forma a minimizar o risco de mercado.

SPECIALIST CREDIT

Estratégias baseadas em activos cujo foco é o seu risco de crédito e que geram retorno pela variação no preço dos activos ou por positive carry. Tratam-se de estratégias que tiram partido de uma vantagem competitiva dos gestores na análise fundamental das empresas. Podem consistir nas seguintes sub estratégias:

− Long/Short Credit: Estes gestores tomam posições curtas e longas no mercado de crédito;

− Distressed: Consiste no investimento em divida de empresas cujos fundamentais indiquem que estão subavaliadas, por estarem numa situação de falência ou pré-falência. Estes gestores tentam beneficiar de uma recuperação destas empresas sem grande investimento inicial, uma vez que os activos em que investem já se encontram a um valor muito baixo.

DIRECTIONAL TRADING

Estratégias baseadas na visão específica de cada gestor sobre a direcção dos mercados de moedas, mercadorias, acções, taxas de juro, entre outros, podendo apresentar as sub estratégias:

− Discretionary: A decisão de investimento está dependente da visão do gestor. Esta estratégia baseia-se frequentemente numa visão macro-económica; − Systematic: Através de modelos quantitativos (informáticos) de análise técnica ou fundamental procuram identificar oportunidades de investimento. O gestor

Referências

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