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Portal da Educação Física Referência em Educação Física na Internet

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Portal da Educação Física

Referência em Educação Física na Internet

MENSURAÇÃO DAS CAPACIDADES ENERGÉTICAS

Existe um nível mínimo de energia necessária para manter as funções vitais do

organismo no estado de vigília. Essa necessidade de energia recebe o nome de taxa

metabólica basal ou TMB. A utilização da TMB estabelece importantes bases

energéticas para montar um programa de controle ponderal através da dieta, exercício

ou de uma combinação efetiva de ambos (McARDLE, 1991:103).

Para estimar o gasto energético em repouso de uma pessoa, o valor apropriado da

TMB deve ser multiplicado pela área superficial, computada a partir da estatura e do

peso.

1. Equilíbrio Energético

A quilocaloria (Kcal) é a unidade de medida utilizada na mensuração do consumo e da

demanda energética de uma pessoa. O consumo energético é traduzido pelo

equivalente calórico dos nutrientes que compõem a sua dieta, ao passo que a energia

envolvida com o metabolismo basal mais aquela com o metabolismo voluntário (de

todas as nossas atividades do dia-a-dia) corresponde à demanda energética. Essa

relação de consumo e demanda de energia é o que se denomina de equilíbrio

energético (Guedes, 1995:105), e pode ser de três tipos distintos.

Equilíbrio Isoenergético

ou

CONSUMO ENERGÉTICO = DEMANDA ENERGÉTICA

Neste equilíbrio, como o consumo é igual à demanda, não há perda ou acúmulo de

gordura corporal.

Equilíbrio Energético Positivo

ou

CONSUMO ENERGÉTICO > DEMANDA ENERGÉTICA

Neste equilíbrio, o consumo de energia é superior às necessidades do indivíduo e a

tendência então é o organismo acumular a sobra energética na forma de gordura

corporal. Os indivíduos com estilo de vida sedentário e alimentação desbalanceada via

de regra tem equilíbrio energético positivo e, portanto, acabam engordando.

Equilíbrio Energético Negativo

ou

(2)

Neste equilíbrio, como o indivíduo gasta mais energia do que consome, a tendência é

de perda de peso. As dietas alimentares de emagrecimento visam essencialmente

estabelecer um equilíbrio energético negativo, pela redução e controle das calorias

ingeridas.

NOTAS: - Para que ocorra perda gradual e saudável de peso corporal, o equilíbrio

energético negativo à custa da interação dieta e exercícios físicos não deverá

exceder a 500 - 1000 Kcal/dia.

- A demanda energética por sessão de treino, deverá ficar entre 300-500

Kcal.

Fatores que afetam o consumo de energia:

1. Atividade física

2. Termogênese de indução dietética

3. Clima

4. Gestação

5. Lactação

1. Gasto Energético na Atividade Física

Foram propostos vários sistemas de classificação para estimar a dificuldade da

atividade física sustentada em termos de sua intensidade.

1.1. Trabalho moderado para homens é aquele que dá origem a um consumo

de oxigênio até três vezes maior que a demanda em repouso;

1.2. Trabalho pesado é classificado assim aquele que requer de seis a oito

vezes o metabolismo de repouso;

1.3. Trabalho máximo é considerado qualquer tarefa que exige nove ou mais

vezes o nível de metabolismo em repouso.

NOTAS: - A massa corporal é um fator importante que afeta a energia despendida em muitas formas de exercícios;

- O gasto energético diário médio é estimado como sendo de 2.700 a 3.000 kcal para homens e de 2000 a 2100 Kcal para mulheres entre 15 e 50 anos de idade.

Testes para medir a potência Anaeróbia Alática

(Sistema ATP-CP Velocidade)

(3)

1. Corrida de 50 metros (Johnson & Nelson,1979) Objetivo: medir a velocidade de

deslocamento. clique aqui para ver a tabela de classificação para a corrida de 50

metros

2. Corrida de 6 segundos (Johnson & Nelson,1979)

3. Shuttle Run de velocidade (Eurofit, 1988) - dados: 5 m , cinco ciclos , cones.

Força Explosiva:

1. Salto vertical (Johnson & Nelson, 1979)

Objetivo: medir a potência dos membros inferiores no plano vertical.

Equipamento: superfície lisa, de três metros de altura, graduada de 2 em 2

centímetros e pó de giz.

Resultado: Subtrai-se a marca mais alta do salto da mais baixa.(3 tentativas)

2. Salto Horizontal (Johnson & Nelson, 1979)

Objetivo: medir a potência dos membros inferiores no plano horizontal.

Equipamento: fita adesiva, para assinalar a linha de partida e trena.

3. Arremesso de Medicinebol (Johnson & Nelson,1979)

Objetivo: medir a força explosiva dos membros superiores e cintura escapular.

Equipamento: uma bola medicinal de 3 quilos, cadeira, fita adesiva, corda e trena.

Testes para medir a potência Anaeróbia Lática.

(ATP-CP + àcido lático)

Resistência Anaeróbia

1. Teste de corrida de 40 segundos (Matsudo, 1979) - Objetivo: determinar

indiretamente,

a

capacidade

de

resistência

anaeróbia

lática.

Equipamento: demarcação, metro a metro, de uma pista de atletismo a partir dos

150m até os 350 metros.

2. Teste de 300 (RÚSSIA)

3. Corrida de 400m (F) e 600m (M)

4. Teste de Wingate

Consiste em 30 segundos de exercício supermáximo, realizado em um cicloergômetro.

5. Teste de potência dos degraus

Consiste em subir uma escada o mais rápido possível, pulando três degraus de cada

vez.

Força de Resistência

1. Força abdominal

(4)

Objetivo: medir a resistência da musculatura abdominal por meio da flexão do tronco.

Tempo: 60 segundos.

Resultado: número de repetições.

Testes para medir a potência Aeróbia Máxima ou VO2máx.:

TESTES NA ESTEIRA

Protocolo de BRUCE - É o mais conhecido e utilizado em nosso meio. Consiste na

aplicação de cargas progressivas a cada três minutos de forma contínua.

O VO2 máx é estimado por:

Homens: VO2máx ml.(kg.min)-¹ = 8,33 + (2,94 x T)

Mulheres: VO2máx ml.(kg.min)-¹ = 8,05 + (2,74 x T)

T = Tempo em minutos

Protocolo de ELLESTAD

O VO2 máx é estimado por: VO2 máx ml (kg.min.) - ¹= 4,46 + (3,933 x tempo

total em min.)

TESTES DE CAMPO (Em pista ou rua)

Teste de 12 minutos - (Cooper, 1970; Ashperd, 1981

Consiste em correr a maior distância possível em 12 minutos. O teste deve ser

realizado em superfície plana.

O VO2máx é estimado por: VO2máx (ml.kg.min) = D - 504/45

D = Distância em metros

Teste de Balke (15 minutos)

O VO2máx é estimado por: VO2máx (ml.kg.min) = 33 + 0,17 (D - 1955)/15

D = Distância em metros

Teste dos 3200m (Dr. Art Weltman, 1989)

É normalmente o mais utilizado por atletas fundistas. Existe uma correlação deste

teste com o Limiar anaeróbio.

O VO2máx é estimado por: VO2máx (ml.kg.min) = 118,4 - 4,774 (T)

T = tempo em minutos e fração decimal dos 3200m.

(5)

Metodologia: determinar o tempo gasto para a execução do teste.

Para se obter o escore final em uma unidade metabólica, pode-se encontrar o

resultado pela fórmula proposta pelo American College Sport Medicine (Vivacqua &

Hespanha ,1992).

VO2máx ml (kg.min)-¹ = (D x 60 x 0,2) + 3,5 ml (kg.min)-¹

Duração em segundos

Teste de caminhada de 1 milha (MCARDLE,1991: 143)

População Alvo: indivíduos de baixa aptidão Física

[ VO2máx inferior a 30 ml(kg.min)-¹ ].

Metodologia: peso corporal e idade.

Aplicação: caminhada de 1600m com o tempo cronometrado. A freqüência cardíaca

em bpm deve ser acompanhada no final dos últimos 400m.

A equação para VO2máx enunciada em ml. (kg.min.)-¹ é:

VO2máx = 132,853 - (0,0769 x PC x 2,2) - (0,3877 x Idade) + (6,315 x Sexo) - (3,2649

x T) - (0,1565 x FC)

S = 1 (masc.) ou 0 (fem)

Teste de banco ou degrau

É o mais simples de ser utilizado, tornando de certa forma, muito útil sua aplicação em

escolas, clubes e academias. Podendo ser constituído de um ou dois degraus. A altura

do banco varia conforme o protocolo escolhido, encontrando-se valores entre 4 a 52

cm (MARINS,1996:12)

VANTAGENS: baixo custo, facilidade de transporte, não necessita de calibragem. O metrônomo é um acessório importante, durante a realização dos testes, para determinar o ritmo ideal de execução do avaliado.

Protocolo do Quens College (MCARDLE e Col.,1981)

Teste Submáximo

A altura do banco é fixada em 41 cm. Para mulheres a cadência de subida é fixada no

metrônomo em 88 toques por minuto (22 subidas) e para os homens, 96 toques por

minutos (24 subidas). O teste tem a duração de 3 minutos. A FC é tomada no quinto

segundo após o término do teste até o vigésimo segundo. O valor obtido é multiplicado

por quatro para obtermos o valor por minuto.

Homens: VO2máx ml. (kg.min)-¹ = 111,33 - (0,42 x FC)

Mulheres: VO2máx ml. (kg.min)-¹ = 65,81 - (0,1847 x FC)

CICLOERGÔMETRO

Protocolo de Astrand (Submáximo)

Metodologia: escolha uma carga inicial de trabalho que varia de acordo com o sexo.

Para o sexo masculino a carga deve variar entre 100 a 150 Watts e para mulheres

entre 50 a 100 Watts. O avaliado deverá pedalar durante 5 minutos; registra-se a FC

do 4º e 5º minutos, e se obtém o valor médio. A FC de carga deverá estar entre 120 e

170 bpm e, preferencialmente acima de 140 para os jovens (Araújo, 1984).

Cálculo do VO2máx (l.min-¹):

(6)

Mulheres: VO2máx = (198 - 72 /FC-72) x VO2 carga

onde:

FC = média da freqüência cardíaca obtida no quarto e quinto minutos da carga.

VO2 carga = consumo de oxigênio necessário para pedalar uma dada carga. Pode ser

obtido pela seguinte equação:

VO2 carga l.min-¹ = 0,014 x carga (Watts) + 0,129

Obs.: Caso duas cargas sejam utilizadas, deve-se calcular o VO2máx para as duas,

obtendo-se a média entre os resultados. Caso o indivíduo tenha uma idade superior a

35 anos, é necessário a aplicação de um fator de correção conforme a tabela abaixo:

VO2máx = VO2máx calculado x fator idade

Protocolo de Balke

Metodologia: São empregados estágios múltiplos aumentando a carga de 2 em 2

minutos, com magnitude de 25 Watts caso o indivíduo não seja atleta e 50 Watts caso

o indivíduo seja atleta ou bem condicionado.

É necessário a verificação do peso corporal do avaliado antes da realização do teste,

bem como da última carga completada pelo indivíduo em Watts.

Considerações finais:

- O consumo máximo de oxigênio das mulheres é geralmente inferior ao dos homens.

23% inferior na média geral da população, e de 10,8% inferior entre grandes atletas.

(Moreira,1996:114).

- O VO2máx não é um parâmetro fisiológico e metabólico estático. Ele pode ser

modificado pelo treinamento físico.

Fonte:Prof. Ms. Jeferson Macedo Vianna

Tel. (32) 3236-1081 / 9987-5089 E

E-mail: jeferson_vianna@uol.com.br ou

jvianna@faefid.ufjf.br

Referências

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