• Nenhum resultado encontrado

DataGramaZero - Revista de Ciência da Informação - v.9 n.6 dez/08 ARTIGO 05

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "DataGramaZero - Revista de Ciência da Informação - v.9 n.6 dez/08 ARTIGO 05"

Copied!
18
0
0

Texto

(1)

DataGramaZero - Revista de Ciência da Informação - v.9 n.6 dez/08 ARTIGO 05

Mapeamento e gestão de competências em inteligência competitiva

Mapping and management of competencies in competitive intelligence

por Roniberto Morato do Amaral e Leonardo Guimarães Garcia e Dário Henrique Alliprandini

Resumo: Com o intuito de contribuir para o aumento da eficiência e eficácia das unidades de Inteligência Competitiva (IC) no âmbito da gestão de pessoas, o objetivo do trabalho foi desenvolver uma sistemática para mapear conhecimentos, habilidades e atitudes de profissionais de Inteligência Competitiva. O método adotado foi pesquisa-ação e a aplicação foi realizada junto ao Núcleo de Informação Tecnológica em Materiais da Universidade Federal de São Carlos. O principal resultado foi a construção de um referencial teórico para a realização efetiva de processos de mapeamento voltados à Inteligência Competitiva. Outros resultados, ligados diretamente à implantação do mapeamento (a base de referência de competências em Inteligência Competitiva, o glossário de atributos de competência e a ferramenta computacional “Levantamento de Atributos”) também foram alcançados. Conclui-se que o modelo de mapeamento pôde contribuir para a criação e desenvolvimento de equipes de Inteligência Competitiva, sob a ótica da melhoria contínua.

Palavras-chave: Mapeamento de competências; Inteligência competitiva; Gestão de pessoas por competências; Unidade de inteligência; Equipe de inteligência competitiva; Competência.

Abstract: With the aim of contributing to the improvement of efficiency and effectiveness of units of Competitive Intelligence (CI) in the area of people management, the goal of this study was to develop a system to map knowledge, abilities and attitudes of CI professionals. The method adopted was action research and the application was conducted at the Center for Technological Information in Materials (NIT Materiais) at the Federal University of São Carlos. The main result was the construction of a

theoretical reference in order to achieve effective mapping procedures aimed at CI. Other results linked directly to the deployment of mapping were obtained, such as the frame of reference of competencies in CI, the glossary of competence attributes and the

computational tool "Survey of Attributes". It is possible to conclude that the model for mapping could contribute to the creation and development of CI teams, from the perspective of continuous improvement.

Keywords: Competencies mapping; Competitive Intelligence; Competence-based management; Unit of intelligence; of competitive intelligence team; Competencies.

Introdução

Tendo em vista a forte competição entre empresas, instituições e nações (Porter, 1989), a Inteligência

Competitiva (IC) apresenta-se como opção metodológica e prática para o aproveitamento de oportunidades e neutralização de ameaças advindas do contexto competitivo, através da coleta e análise de informações focando o apoio à tomada de decisão (Fuld, 1995).

Devido à complexidade das atividades de Inteligência Competitiva , advinda dos desafios impostos pelo dinamismo e instabilidade característicos do ambiente competitivo, e das dificuldades inerentes à produção de inteligência (Amaral, 2006), os integrantes das equipes de Inteligência Competitiva precisam ter um

adequado conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes a fim de que suas funções sejam bem desempenhadas (Lahey, 2003).

Sabendo que o domínio desse conjunto de características exige tempo e esforço consideráveis, pode-se afirmar que os profissionais de Inteligência Competitiva devem estar em contínua evolução (Fuld, 1995), o que se enquadra no modelo de Gestão de Pessoas por Competências (GPPC) voltado, sobretudo a contextos em que a evolução contínua dos profissionais é necessária (Dutra, 2004; Fisher & Albuquerque, 2005).

O presente trabalho se insere nesse contexto, na medida em que propõe o mapeamento das competências de equipes de Inteligência Competitiva , baseada no uso de uma base de referência de competências, de um glossário de atributos (conhecimentos, habilidades e atitudes), e operacionalizada através de ferramental

(2)

computacional. Assim, o objetivo geral é desenvolver uma sistemática para mapear conhecimentos, habilidades e atitudes para profissionais de Inteligência Competitiva , baseado no modelo de Gestão de Pessoas por Competências.

O artigo está dividido em 4 seções: introdução; referencial teórico; coleta dos atributos de competência da equipe de Inteligência Competitiva do Núcleo de Informação Tecnológica em Materiais (NIT/Materiais), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), através da ferramenta computacional “Levantamento de Atributos”; e apresentação dos resultados e de sua análise, visando a seleção dos atributos a serem gerenciados.

Inteligência Competitiva e Gestão por Competências

A Inteligência Competitiva apresenta-se como uma opção metodológica e prática para o aproveitamento de oportunidades e neutralização de ameaças advindas do contexto competitivo, através da coleta e análise de informações focando o apoio à tomada de decisão (Fuld, 1995). Segundo Calof (1999), é difícil identificar um único foco funcional para a Inteligência Competitiva . O autor apresenta várias situações em que se pode fazer uso da inteligência competitiva, desde o marketing (que a utiliza, dentre outros, para “farejar”

rumores de novos produtos, identificar o porquê a empresa ganhou ou perdeu contratos e acessar posição de concorrentes) até a produção (para, por exemplo, acessar seus custos relativos à competitividade), passando pelos Recursos Humanos (RH), para o qual a Inteligência Competitiva pode ser usada, por exemplo, para verificar se suas políticas estão alinhadas com as políticas da instituição como um todo. As várias atividades envolvidas no trabalho de Inteligência Competitiva são representadas no ciclo de Inteligência Competitiva , conforme Figura 1.

Figura 1 – Ciclo de Inteligência Competitiva

Fonte: Adaptado de Núcleo de Informação Tecnológica em Materiais (2004).

(3)

A consolidação adequada da equipe de Inteligência Competitiva é tida como essencial para que suas

atividades gerem os melhores resultados. Isso ocorre devido à própria natureza da Inteligência Competitiva , que exige profissionais competentes, cuja atuação se baseie em conhecimentos, habilidades e atitudes condizentes com o trabalho que executam, geralmente dividida em papéis que representam todas as funções necessárias à realização da Inteligência Competitiva (Amaral, 2006; Lahey, 2003). No Quadro 1, estão listadas as características mais importantes dos principais papéis existentes em equipes de Inteligência Competitiva .

Quadro 1 – Principais papéis em Inteligência Competitiva .

Fonte: Adaptado de Fuld (1995) e Lahey (2003).

Neste trabalho, considera-se competência o termo utilizado para qualificar a pessoa apta a realizar, no

presente, sua atividade com maestria, tendo para tanto, suficiente conhecimentos, habilidades e atitudes. Essa definição trata a competência como um termo amplo, composto por aspectos intelectuais, emocionais e morais, sendo todos importantes para o desempenho adequado das funções, nas quais o profissional é dito competente. Além disso, a definição deixa claro que não se pode atribuir a um indivíduo o título de

competente ou incompetente, já que esses são “estados” e não situações imutáveis. E é justamente por isso que todos os profissionais, mesmo aqueles já reconhecidos como competentes, devem buscar o

aperfeiçoamento contínuo (Fleury & Fleury, 2002).

A definição anterior explicita as três dimensões da competência: o “saber” (conhecimentos), o “saber fazer”

(habilidades) e o “saber ser” (atitudes). Dessa forma, ser competente passa a ser a conseqüência da

utilização adequada pelo profissional de seus atributos de competência, isto é, dos conhecimentos, habilidades e atitudes que possui e que são compatíveis com a função que ele desempenha.

O uso do conceito de competência permitiu o surgimento de uma gestão de pessoas mais alinhada com as expectativas e as necessidades das organizações e dos indivíduos (Dutra, 2004; Arthur & Rousseau, 1996).

Um modelo de Gestão de Pessoas por Competências visa reconhecer, formar e ampliar conhecimentos, habilidades e atitudes, gerenciáveis na forma de grupos reunidos segundo suas similaridades funcionais, denominados de competências, de forma que agreguem valor à organização e ao indivíduo. Esse modelo é particularmente útil às organizações para as quais o aprimoramento, a inovação e a aprendizagem

organizacional são determinantes para a sua competitividade, que é justamente o contexto no qual as equipes de Inteligência Competitiva estão inseridas. A aplicabilidade desse modelo às equipes de Inteligência

(4)

Competitiva poderá contribuir para o aumento da sua eficiência e eficácia no âmbito da gestão de pessoas (Amaral, 2006).

Um dos primeiros passos para a implantação da Gestão de Pessoas por Competências em uma organização é a realização do mapeamento das competências, que servirá de base para o processo de Gestão de Pessoas por Competências. Faz parte desse processo a elucidação das competências dos cargos da organização (que, no caso do trabalho de Inteligência Competitiva , são definidos para cada papel), através do levantamento dos atributos de competência, os quais são reunidos por semelhança e convertidos em competências (Ruzzarin, 2002). O Quadro 2 apresenta um método de mapeamento de competências. Mclagan (1997) descreve várias abordagens para o mapeamento de atributos de competências, entre as quais se destacam:

• Entrevista: Entrevistar os atuais trabalhadores, identificando situações e desafios que eles já enfrentaram;

• Observação: Consiste na análise do trabalho e no registro de seus resultados e do que é preciso para alcançá-los;

• Simulações: Para fazer algumas suposições sobre o futuro do trabalho e do ambiente de trabalho, temos que desenhar a partir das tendências das informações, previsões sobre a indústria e sua estratégia de negócio.

Quadro 2 – Passos para realização do mapeamento.

Fonte: Amaral (2006).

Passos Descrição

Buscar os indicadores das competências organizacionais Extrair da cultura e da estratégia organizacional todas as informações capazes de definir atributos de competência válidos para todos na organização. Buscar os indicadores de competências para os cargos a serem mapeados Extrair as informações específicas a cerca dos cargos que permitirão elencar os atributos de competência necessários a cada um deles.

Extrair de cada indicador os atributos de competência imprescindíveis para a eficácia do colaborador no cargo, gerar para cada cargo, a partir dos indicadores organizacionais e dos específicos, uma lista dos

conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias ao melhor desempenho do profissional no cargo. Agrupar os atributos similares Analisar o conjunto dos atributos, buscando similaridades que facilitem a criação das

(5)

competências.

Definir e formar as competências para cada cargo Definir competências específicas através dos grupos de atributos. A Tecnologia da Informação (TI) vem auxiliar os profissionais de RH na Gestão de Pessoas por Competências. O uso de uma ferramenta de apoio, conforme é apontado por Ruzzarin (2002) e Silva (2003), permite ganho de produtividade, gestão participativa e individualizada, rapidez na tomada de decisão e economia.

O Mapeamento de Competências em Inteligência Competitiva

O método utilizado neste trabalho foi a pesquisa ação, selecionado a partir das características da pesquisa (Coughlan, 2002), a saber: interação com o objeto de pesquisa e participação ativa dos membros da

organização. O objeto de pesquisa foi o NIT/Materiais – Núcleo de Informação Tecnológica em Materiais, da UFSCar. O núcleo é especializado em Inteligência Competitiva , e tem avançado na busca da implantação da Gestão de Pessoas por Competências, por reconhecer suas vantagens em grupos de inteligência.

O desenvolvimento desse trabalho pode ser resumido nas seguintes atividades:

• Levantamento das referências bibliográficas de experts da área de Inteligência Competitiva , colecionadas pelo Núcleo de Informação Tecnológica em

Materiais/Materiais ao longo de sua atuação em Inteligência Competitiva e que discutem aspectos relacionados aos papéis de inteligência e à formação de equipes de Inteligência Competitiva (Lahey, 2003; Fuld, 1995; Calof, 1999; Vargas &

Souza, 2001; Miller, 2000; Fleisher, 2004; Herring, 2002; Sullivan, 2003; Sawka, 2002; 1999);

• Construção de uma base de referência (Amaral, 2006), que constitui-se num repositório de competências referenciais para o trabalho de Inteligência

Competitiva , bem como dos conhecimentos, habilidades e atitudes (denominados atributos de competência) que as compõe;

• Desenvolvimento do glossário de competências, que corresponde a uma descrição dos atributos de competências presentes na base de referência, segundo o contexto Núcleo de Informação Tecnológica em Materiais/Materiais;

• Desenvolvimento da ferramenta “Levantamento de Atributos”, uma aplicação computacional de apoio à implantação da Gestão de Pessoas por Competências no Núcleo de Informação Tecnológica em Materiais/Materiais;

• Realização de seminários, treinamentos e outras atividades de esclarecimento acerca do uso da ferramenta “Levantamento de Atributos”;

• Aplicação da ferramenta;

• Análise dos resultados;

• Seleção dos atributos de competência para gestão.

O Quadro 2, já mostrado, constitui a essência do método de mapeamento, o qual é ampliado conforme a Figura 2 com o acréscimo de dois novos componentes:

1) construção da ferramenta “Levantamento de Atributos”; e 2) uso da base de referência.

Figura 2 – Método de mapeamento de competências.

(6)

Fonte Amaral (2006).

A base de referência está disponível em Amaral (2006) e faz-se necessária ao processo de mapeamento por uma série de razões. A mais geral delas é a de que a base serve de referência ao processo de implementação do mapeamento, aumentando a sua eficiência. Além disso, o uso da base facilita tanto a comunicação do conceito de competências aos membros da equipe de Inteligência Competitiva , quanto à formação da visão de como as competências determinam a excelência no exercício dos papéis de Inteligência Competitiva . A base também permite a delimitação das alternativas válidas para o mapeamento, indicando o conjunto de atributos a serem considerados no processo. Isso é útil para a conservação do foco do trabalho, acarretando aumento da eficiência e da eficácia do processo.

A principal função da base de referência, portanto, é fornecer atributos úteis à construção do mapeamento na organização. Tendo em vista que as equipes de Inteligência Competitiva e seus contextos de atuação

possuem especificidades, esse método de mapeamento permite adaptar as listas de atributos e competências a essas realidades particulares, permitindo um mapeamento mais preciso e funcional. A base de referência é constituída por seis competências referenciais: Relacionamento Interpessoal; Capacidade Analítica; Coleta de informações, Comunicação; Trabalho em equipe; e Organizar e gerenciar processos. O Quadro 3 apresenta uma das seis competências referencias em Inteligência Competitiva .

Quadro 3 – Competência Relacionamento Interpessoal.

(7)

Fonte Amaral (2006).

Foi desenvolvido nesta pesquisa um glossário dos atributos de competência, cuja versão final está disponível em Amaral (2006), baseado nas competências referenciais originárias da literatura e presentes na base de referência. A função do glossário foi permitir a obtenção de um consenso sobre os atributos de competência, de forma que todos tivessem a mesma compreensão de seus significados. O desenvolvimento do glossário ocorreu em duas fases:

• Fase 1: Conceituação dos atributos presentes na base de referência, envolvendo a definição do significado de todos os seus termos;

• Fase 2: Coleta de novos atributos de competência (específicos à equipe de Inteligência Competitiva Núcleo de Informação Tecnológica em

Materiais/Materiais), além da complementação e validação das definições dadas aos demais atributos e comunicação dos resultados.

Para a conceituação dos atributos de competência, foram realizadas atividades sintetizadas no Quadro 4. A segunda fase da construção do glossário envolveu a coleta de novos atributos, não presentes na literatura, indicados pela equipe de Inteligência Competitiva do Núcleo de Informação Tecnológica em

Materiais/Materiais, além da complementação e validação das definições dos atributos.

Foi desenvolvida uma ferramenta computacional denominada “Levantamento de Atributos” para auxiliar o grupo de estudo na melhoria do glossário e na coleta de atributos junto à equipe do Núcleo de Informação Tecnológica em Materiais/Materiais. Seu desenvolvimento baseou-se no Inventário Comportamental, uma ferramenta complementar ao software comercial GCA Ancorarh (Ancorarh, 2005), concebida com o propósito de viabilizar a construção de indicadores de competências necessários à definição do comportamento ideal para que a organização atue alinhada à sua missão, visão, valores e estratégias.

Quadro 4 – Síntese das atividades da primeira fase de construção do glossário.

(8)

A ferramenta “Levantamento de Atributos” foi projetada como uma aplicação web, para levantamento de atibutos on line. Seu uso permitiu aos membros da organização classificar e reclassificar suas percepções conforme adquiriam maior compreensão dos conceitos presentes no glossário.

Os membros da equipe Núcleo de Informação Tecnológica em Materiais/Materiais ao utilizarem a ferramenta, realizaram as seguintes atividades:

1. Acesso ao sistema: Os usuários, previamente cadastrados, acessaram a ferramenta através de um navegador de Internet.

2. Registro das percepções: Atribuiu-se a cada membro da equipe a

responsabilidade por indicar suas percepções quanto a atuação em Inteligência Competitiva de quatro outros membros da equipe. Tais observações deveriam se basear na forma com que cada um dos quatro manifestam, durante a realização dos trabalhos de Inteligência Competitiva , os diferentes atributos de competência presentes no glossário. Realizou-se um sorteio para a formação de três grupos (independente do papel de Inteligência Competitiva ), de forma que cada membro pudesse explicitar suas percepções sobre outros quatro membros, e receber as percepções de quatro outros membros a seu respeito, sem que houvesse a

identificação de nomes. O ferramental possibilitou a coleta de trezentos e sessenta e cinco indicadores de competência, proporcionando assim uma visão geral da equipe analisada. A coleta foi realizada por meio de um formulário contendo as seguintes questões abertas:

• Quais características positivas para o desenvolvimento do ciclo de Inteligência

(9)

Competitiva seu colega de trabalho possui? (Gosto). Essa questão busca coletar conhecimentos, habilidades e atitudes que os membros da equipe apreciam em seus colegas, durante a realização do ciclo de Inteligência Competitiva ;

• Quais características negativas para o desenvolvimento do ciclo de Inteligência Competitiva seu colega de trabalho possui? (Não Gosto). Essa questão busca coletar conhecimentos, habilidades e atitudes que os membros da equipe não apreciam em seus colegas, durante a realização do ciclo de Inteligência Competitiva ;

• Quais características positivas para o desenvolvimento do ciclo de Inteligência Competitiva seu colega de trabalho deveria possuir? (Ideal Seria). Essa questão explicita os conhecimentos, habilidades e atitudes ainda não estabelecidos mas julgados necessários pela equipe para que o desenvolvimento do trabalho de Inteligência Competitiva se torne mais eficiente e eficaz.

3. Classificação de indicadores em atributos: Após o cadastro dos indicadores de competência, os próprios respondentes, baseados no glossário de competências, classificaram esses indicadores em atributos de competência. Para realizar esta atividade, cada respondente precisou percorrer três interfaces: a primeira, de seleção do colega, a segunda, de seleção das percepções e a terceira, de classificação dos indicadores.

A dinâmica da ferramenta permitiu idas e vindas no processo de classificação, o que possibilitou a toda equipe, na medida em que se familiarizava com os conceitos, refazer suas classificações. Caso não fosse possível atribuir classificação a uma percepção, a ferramenta permitia a inserção de uma nova classificação pelo respondente, facilitando inclusive o tratamento dos dados coletados.

Os trezentos e sessenta e cinco indicadores de competência foram distribuídas de acordo com os Quadros 5 e 6. Observa-se uma maior incidência de respostas do tipo “Gosto” (46,72% das respostas), do que “Não Gosto” (25,14%) ou “Ideal Seria” (28,18%). A predileção natural dos respondentes em manifestarem o que gostam em seus colegas de trabalho provavelmente relaciona-se à dificuldade natural das pessoas em

manifestarem crítica a outras pessoas.

Quadro 5 – Classificações dos indicadores de competência.

Por possuir o campo “Não Gosto”, essa metodologia de coleta permite ao RH ter acesso a opiniões dos respondentes que, numa entrevista, seriam mais difíceis de serem obtidas. Quanto às respostas não classificadas pelos respondentes, a lista abaixo mostra sua distribuição por categorias. São elas:

• Respostas do tipo “Outros”: 33 respostas (9,02% do total) para as quais os respondentes não encontraram no glossário um atributo representativo;

• Respostas sem classificação: 64 respostas (17,49% do total) não tiveram tentativa

(10)

de classificação por parte dos respondentes.

Dentre as 33 respostas do tipo “Outros”, 14 delas (42,42%) produziram 5 novos atributos (Equilíbrio

emocional; Resistência à frustração; Proficiência em língua estrangeira; Pontualidade; e Gostar de viajar) e uma competência (Comunicação), ao passo que as outras 19 respostas do tipo “Outros”, bem como as 64 sem classificação, quando analisadas, revelaram similaridade com outros atributos já existentes no glossário, não exigindo aparentemente a criação de outros atributos.

Tendo em vista a pequena porcentagem de novos atributos gerados (5,62%), é possível afirmar que a

amplitude do glossário original foi satisfatória. É importante ressaltar que o surgimento de novos atributos era algo esperado, haja visto a diversidade de atribuições desempenhadas por profissionais de Inteligência

Competitiva .

Sobre a suficiência do glossário, a literatura (Leme, 2005; Rabaglio, 2004; Ruzzarin, 2002) apresenta listas genéricas para os atributos “Habilidade” e “Atitude”, aplicáveis a qualquer situação profissional. Soluções desse tipo se contrapõem àquela apresentada nesse trabalho, que traz atributos colhidos da literatura

especializada em Inteligência Competitiva . Acredita-se que um glossário personalizado é mais adequado, pois se aproxima mais das necessidades específicas das funções profissionais a que se aplica, porém tal

personalização traz consigo dois desafios:

• A possibilidade da existência de lacunas no glossário (que, para o método de mapeamento aqui apresentado, se tornariam obrigatoriamente evidentes tanto pelo surgimento de respostas do tipo “Outros” não classificáveis em outros atributos, quanto pelo aumento do número de respostas não classificadas);

• A necessidade de um esforço maior por parte dos profissionais de RH responsáveis pelo mapeamento, no sentido de conhecer as funções e gerar glossários personalizados.

Uma solução a essas questões seria a utilização de um glossário genérico atrelado a mecanismos que permitam a cada respondente, no ato da classificação, “personalizar” a descrição dos atributos por ele escolhidos, agregando novos sentidos à descrição original do atributo. Além disso, ao classificarem como “Outros”, poder-se-ia requisitar o apontamento e readequação de algum atributo similar, para que a resposta caiba nessa nova definição do atributo. Ao final do processo de classificação, as sugestões seriam avaliadas e, se

possuíssem representatividade frente ao conjunto dos respondentes (i.e., se várias pessoas tivessem sugerido a mesma mudança), e se os responsáveis pelo RH e a gerência da organização compreendessem a necessidade da alteração, então o glossário seria alterado.De maneira geral, é possível elencar outros dois fatores capazes de explicar a existência de respostas do tipo “Outros”, e de respostas sem classificação. São eles:

• problemas de disponibilidade dos respondentes para o cumprimento da atividade;

• problemas de motivação e comunicação da importância do conhecimento e uso do glossário.

Quanto à primeira questão, sua solução exigiria a realização de um planejamento da atividade com apoio da direção da organização, bem estruturado e comunicado. No que diz respeito à segunda, sua ocorrência e seus reflexos sobre o resultado do processo são mais preocupantes.

Ao comparar-se as respostas do “Gosto”, “NÃO Gosto” e “Ideal Seria” com os atributos do glossário relacionados a elas, foram encontradas aparentes discordâncias, como a apresentada no Quadro 6.

Quadro 6 – Exemplo de resposta e atributo.

(11)

Associações desse tipo ocorreram em 4,92% das classificações feitas pelos respondentes, que corresponde a um número reduzido de respostas. Como possíveis causas, pode-se citar:

• Subjetividade: dificuldade tanto em reconhecer quanto em expressar, na forma textual, o que se gosta ou não se gosta em colegas de trabalho;

• Classificação aleatória: classificação descomprometida por parte do respondente;

• Modelos mentais: é possível relacionar essas associações à existência de algum modelo mental próprio do respondente, que justifica tal conexão. Tendo em vista o exemplo acima, é possível que, devido à sua história de vida e seus referenciais, algum respondente acredite que a alegria assemelha-se à perseverança;

• Estabelecimento de relações de causa-e-efeito: em alguns casos, o tipo de

associação feita pelos respondentes poderia representar não a resposta em si, mas sua conseqüência. Por exemplo, a perseverança poderia ser conseqüência de uma atuação profissional com alegria;

• Abandono da frase: ocorreria sempre que o respondente julgasse, frente ao glossário, que sua resposta original representa menos sua percepção sobre o colega de trabalho que algum termo do glossário observado durante o processo de classificação. Na verdade, essa parece ser a causa mais provável para essas associações, uma vez que a tomada de decisão final do respondente quanto à forma de representar os aspectos marcantes de seus colegas ocorre realmente no

momento da classificação, e não no momento da resposta. Essa realidade abre espaço para a influência dos pensamentos e sentimentos presentes no momento em que os respondentes lêem os atributos e seus significados, a fim de realizar a classificação. Esse processo dialético, não determinístico, pode tornar a resposta mais um elemento inspirador que um elemento definidor da classificação.

Após a classificação dos indicadores em atributos, estes foram distribuídos de acordo com a sua tipologia, como mostra o Quadro 7. A cobertura do glossário (primeira versão) foi eficiente na aplicação Núcleo de Informação Tecnológica em Materiais, já que 93,8% dos indicadores de competência foram contemplados pelo glossário.

Quadro 7 – Resultado da coleta classificado por atributos.

Alguns respondentes classificaram na categoria “Outros” as respostas mais associadas às competências referenciais (as quais são compostas por uma série de atributos do glossário) que a algum atributo em particular. Esse fato introduz distorções no resultado das análises, devendo ser desestimulado sempre que possível. Fato similar ocorreu com o atributo “Capacidade Analítica”, que foi citado em detrimento a outros atributos por abarcar um espectro amplo, com interfaces com muitos outros atributos. As respostas dadas demonstram em muitos casos que os atributos que figuram no campo “Não Gosto” representam

(12)

características comportamentais que, se fossem dosadas, poderiam se tornar pontos positivos para a equipe.

Isso mostra que no campo “Não Gosto” pode aparecer indicações tanto da falta quanto do exagero dos atributos.

Na análise dos resultados, o “Gosto” e o “Não Gosto” estariam relacionados à existência do atributo na equipe, ao passo que o “Ideal Seria” representaria o desejo do surgimento de atributos ainda não existentes na equipe. Uma vez que os campos “Não Gosto” e “Ideal Seria” representam características positivas

ausentes na equipe, é compreensível a existência de duplicação de respostas entre eles. Foi observado durante a análise dos resultados cerca de 8% de respostas idênticas para os dois campos. Para evitar a distorção na entrada foram removidos os atributos claramente duplicados.Considerando os atributos com maior número de respostas a ele associadas (i.e., considerando a soma das respostas “Gosto” + “Não Gosto” + “Ideal

Seria”), temos que:

• se o “Gosto” supera em muito a soma (“Não Gosto” + “Ideal Seria”), a equipe reconhece e valoriza esse atributo (provável Ponto Forte da equipe), o que nos leva a crer que não constitui um fator crítico melhorá-lo;

• se a soma (“Não Gosto” + “Ideal Seria”) supera em muito o “Gosto”, a equipe crê que precisa desse atributo, e que ele precisa ser melhorado (é um provável Ponto Fraco da equipe).

Com essas informações é possível mensurar a importância do atributo para a equipe. É possível também verificar o que a equipe valoriza e o que não valoriza. Isto pode ser visualizado nas Figuras 3 e 4, construídas com os atributos coletados pela aplicação da ferramenta “Levantamento de Atributos”. Elas permitem uma visualização quase imediata dos pontos fortes e fracos da equipe. A Figura 3 mostra a distribuição geral dos atributos na equipe. Alguns atributos ocorrem com maior intensidade que outros. Como se trata de uma soma de percepções, os atributos de maior ocorrência representam a visão da equipe sobre o que é mais importante.

Sendo assim, os atributos de maior soma seriam os principais candidatos à gestão por competências da equipe.

Figura 3 – Distribuição geral dos atributos na equipe.

Da mesma forma que a soma indica os atributos mais valorizados pela equipe como um todo, é possível esperar que as competências organizacionais relacionem-se aos atributos de maior ocorrência do “Gosto”.

Também é possível a realização de análises baseadas na estratificação dos dados coletados com relação às dimensões da competência. A Figura 4 apresenta a distribuição gráfica dos atributos. É possível visualizar vários atributos reconhecidos pela equipe como pontos a serem melhorados, como por exemplo, o atributo

(13)

“8”, que apresenta uma significativa diferença entre o “Gosto” e a soma (“Não Gosto” + “Ideal Seria”).

Além disso, os atributos “9” “19”e “20” podem ser reconhecidos claramente como pontos fortes da equipe.

Figura 4 – Atributos de competência da equipe Núcleo de Informação Tecnológica em Materiais

Também são pontos a serem melhorados aqueles em que os atributos considerados estratégicos pela organização possuem baixa incidência. A percepção dada pela ferramenta da existência de pontos fortes e fracos na equipe permite o estabelecimento de referência para o julgamento, por parte da organização, se o nível de competências existente satisfaz as demandas oriundas tanto da estratégia organizacional quanto dos projetos a serem assumidos pela equipe. Apesar dessa percepção constituir um dentre outros elementos da decisão sobre a execução de projetos, ela é vital no sentido da conscientização para ações de reorganização da equipe capazes não só de viabilizar a realização de projetos mas também de manter as competências da equipe continuamente alinhadas à estratégia.

A análise dos pontos fortes e fracos permite a construção de soluções que aumentem a eficiência da equipe frente aos desafios atuais, tanto pela superação dos pontos fracos quanto pela valorização dos pontos fortes, além de permitir a busca de novas possibilidades de atuação pela valorização dos pontos fortes já existentes.

Esses são processos gerenciados, cabíveis no contexto da Gestão de Pessoas por Competências por serem processos baseados nos atributos de competência.

Por outro lado, a ferramenta pode ser utilizada na fase de mapeamento das competências individuais, com a vantagem da diminuição do número de entrevistas a serem realizadas. Isso ocorre devido à flexibilidade da ferramenta, que permite a análise das respostas de cada membro da equipe, o que possibilita a compreensão dos aspectos profissionais valorizados por cada um, complementado pelas respostas dos outros respondentes sobre cada respondente, mostrando o que integrantes da equipe valorizam em cada indivíduo. A soma dessas informações permite a visualização de um quadro consistente dos atributos de competência de cada indivíduo.

Além disso, essas informações poderiam ser utilizadas por cada pessoa para seu autoconhecimento, como motivação para a realização de mudanças em sua atuação profissional, com impacto direto sobre sua carreira e sobre sua capacidade de gerí-la. Para isso, é necessário que se tenha um número adequado de respostas sobre cada indivíduo, de forma que os resultados sejam representativos da sua realidade e, conseqüentemente, da própria equipe.

O conhecimento e o uso adequado do glossário por parte dos respondentes constitui-se num fator critico de sucesso no levantamento de quais atributos são mais reconhecidos, quais tem maior impacto sobre a atividade

(14)

de Inteligência Competitiva , etc. Tal domínio pode ser auxiliado a partir das seguintes atividades:

• Vivências capazes de eliminar a diferença entre o que se pensa sobre o atributo e o que ele significa para a equipe;

• “Jogos/Atividades”, de diversos tipos, presenciais ou baseados na própria ferramenta, que permitam aos respondentes treinar/simular a associação correta entre as respostas e o glossário;

• Uso de Tesauro;

• Exemplos e contra-exemplos de classificação;

• Outras facilidades de classificação que tornem mais prática a busca e localização dos atributos corretos por parte dos respondentes (ex.: pré-classificações,

palavras-chave, etc.);

• Feedback, tornando a aplicação do ferramental uma rotina dentro da organização;

• Desenvolvimento contínuo do glossário, permitindo maior afinidade entre as descrições dos atributos e a forma com que os mesmos são compreendidos. Isso conduz ao aumento da eficiência da gestão por competências, permitindo que a equipe de RH gerencie competências baseadas em atributos reais para seus colaboradores, e não atributos distantes da realidade dessas pessoas.

• Classificação em dupla dos atributos não presentes no glossário, como mecanismo de diminuição da subjetividade inerente à atividade classificatória.

Após as devidas melhorias foi finalizada a segunda fase de consolidação do glossário, com apresentação do mesmo para toda a equipe Núcleo de Informação Tecnológica em Materiais. A análise baseou-se nos papéis de Inteligência Competitiva e em suas atividades, cujo mapeamento resultou em um manual de Inteligência Competitiva (NIT, 2004), com as atividades de todo o ciclo de Inteligência Competitiva , e seus respectivos resultados.

Devido ao grande número e diversidade de atributos de competência presentes na equipe, houve a

necessidade de se realizar uma seleção dos atributos que poderiam causar maior impacto nos resultados do trabalho de Inteligência Competitiva , num número adequado à capacidade de gestão da organização. A seleção envolveu os seguintes passos:

Primeiro passo: foi encaminhada a lista de atributos (glossário de competências) aos top performes de cada papel (Coordenador; Analista; e Coletor), para que eles indicassem o quanto cada atributo é necessário para a realização das atividades de Inteligência Competitiva com maestria. A medida da importância de cada atributo foi feita com base numa escala de Likert de cinco pontos, a qual pode ser visualizada no Quadro 8.

Quadro 8 - Graduação para conhecimentos, habilidades e atitudes requeridas.

(15)

São classificados como “Muito Baixo” os atributos com nenhum impacto sobre as atividades de Inteligência Competitiva , como “Baixo” os atributos cuja ausência não compromete a realização das atividades, como

“Médio” aqueles atributos que têm algum impacto nas atividades, como “Alto” os que impactam

positivamente o processo de Inteligência Competitiva , e “Muito Alto” os atributos cuja ausência dificulta muito o desenvolvimento das atividades, impactando diretamente o seu desempenho.

Segundo passo: As listas com os atributos avaliados segundo seu grau de importância foram encaminhadas ao coordenador executivo do Núcleo de Informação Tecnológica em Materiais. Baseado na estratégia

organizacional, no relatório da análise dos dados coletados pelo ferramental “Levantamento de Atributos” e na capacidade de gestão de competências do Núcleo de Informação Tecnológica em Materiais, o coordenador selecionou os principais atributos a serem relacionados às competências necessárias ao trabalho de

Inteligência Competitiva para cada papel.

Terceiro passo: Envolveu a definição das competências da equipe utilizando os atributos selecionados na fase anterior. O Quadro 9 ilustra o resultado desse processo para a competência “Relacionamento Interpessoal”.

Quadro 9 – Competência Núcleo de Informação Tecnológica em Materiais: Relacionamento Interpessoal.

Conclusões

O presente artigo contribui à pesquisa e ao desenvolvimento na área de Recursos Humanos em Inteligência Competitiva , na medida em que propõe avanços na metodologia de mapeamento das competências pela proposição, criação e uso do glossário de atributos desenvolvido segundo as especificidades da Inteligência Competitiva , além do desenvolvimento de uma ferramenta computacional (e de toda estrutura analítica subjacente a ela) para a realização do mapeamento propriamente dito.

No que diz respeito ao glossário, o artigo esclarece sua importância no âmbito do mapeamento, além de apresentar a metodologia para sua construção. Conclui-se ser indispensável não só o uso do glossário como referência para o processo de mapeamento, mas também que seu refinamento e adaptação à realidade da equipe de Inteligência Competitiva sob mapeamento seja contínuo. Indicamos a institucionalização e realização sistemática do processo de mapeamento como a solução ideal, o que permitiria às organizações dotadas de equipes de Inteligência Competitiva calcar seu processo de gestão de pessoas na real posição das competências da equipe, segundo uma base de referência sempre atual e representativa.

Quanto ao ferramental para o mapeamento e para a análise dos resultados, é possível concluir que sua aplicação supriu plenamente os objetivos originalmente estabelecidos, permitindo a rápida e bem estruturada coleta e análise de dados, a um custo sensivelmente mais baixo que métodos tradicionais. Além disso, a analise dos dados, estruturada conforme os processos de Inteligência Competitiva e já automatizada, permite a obtenção de resultados capazes de agregar importantes contribuições à área de Recursos Humanos da organização.

(16)

Em sua aplicação à equipe do Núcleo de Informação Tecnológica em Materiais, a ferramenta melhorou a comunicação e a consolidação dos conceitos da Gestão de Pessoas por Competências, tendo sido possível coletar as contribuições em forma de percepções de todos os membros da equipe. Foi possível ainda refinar os atributos de competência e com isso formalizar um glossário definitivo do Núcleo de Informação Tecnológica em Materiais. Ao longo do artigo, foram apontadas algumas limitações da ferramenta. Contudo, tendo em vista as possíveis soluções já apresentadas a essas questões, acredita-se que numa futura versão não só serão equacionadas essas questões como a ferramenta se expandirá, alcançando o mapeamento das competências individuais.

Referências Bibliográficas

Amaral, R.M. Desenvolvimento e aplicação de um método para o mapeamento de competências em inteligência competitiva. 2006. 209 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2006. Disponível em: <http://bdtd.ufscar.br>. Acesso em: 05 abr. 2007.

Ancorarh. Ancorarh informática. Disponível em: <http://www.ancorarh.com.br>. Acesso em: 05 abr. 2007.

Arthur, M. B.; Rousseau, D. M. The boundaryless carrer: a new employment principle for a new organization era. New York: Oxford University Press, 1996.

Calof, J. L. Teaching CI: opportunities and needs. Competitive Intelligence Magazine. v. 2, n. 4, p. 28-31, oct.-dec. 1999.

Coughlan, P.; Coughlan, D. Action research for operations management. International Journal of Operations

& Production Management. v. 22, n. 2, p. 220-240, 2002.

Dutra, J. S. Competências: conceitos e instrumentos para a gestão de pessoas na empresa moderna. São Paulo:

Atlas S.A., 2004.

Fisher, A. L.; Albuquerque, L. G. Trends of the human resources management in Brazilian companies: a forecast according to opinion leaders from the area. International Journal of Human Resource Management, v. 16, n. 7, p. 1211-1227, 2005.

Fleisher, C. S. Competitive intelligence education: competencies, sources, and trends. The information Management Journal. mar.-abr., 2004.

Fleury, M. T. L.; Fleury, A. C. C. Construindo o conceito de competências. Revista de Administração Contemporânea (RAC), v. 5, p.183-196, 2002.

Fuld, L. M. The new competitor intelligence: the complete resource for finding, analyzing, and using information about your competitors. New York: John Wiley & Sons, 1995.

Herring, J. P. Tópicos fundamentais de inteligência: processo para identificação e definição de necessidades de inteligência. In: PRESCOTT, J. E.; Miller, S. H. Inteligência competitiva na prática. Rio de Janeiro:

Campus. 2002, p. 274-291.

Lahey, R. What types of people perform competitive intelligence best? In: Fleisher, C.S.; Blenkhorn, D.L.

Controversies in competitive intelligence: the enduring issues. Westport: Praeger, 2003, p.243-256.

Mclagan, P. Competencies: the nest generation. Training & Development, v.51, n.5, p.40, maio, 1997.

Miller, J. Millennium intelligence: understanding and conducting competitive intelligence in the digital age.

New Jersey: Cyber Age Books, 2000.

Núcleo de Informação Tecnológica (NIT). Manual de Inteligência competitiva. 2004. (publicação interna).

(17)

Porter, M. Vantagem competitiva: criando e sustentando um desempenho superior. Rio de Janeiro: Campus, 1989.

Quoniam, L., et al. Inteligência obtida pela aplicação de data mining em base de teses francesas sobre o Brasil. Ciência da Informação, Brasília, v.30, n.2, p.24, maio/ago. 2001.

Ruzzarin, R. et al. Gestão por competências: indo além da teoria. Porto Alegre: SEBRAE/RS, 2002.

Sawka, K. Stages of Analysis. Competitive Intelligence Magazine. v. 5, n. 6, nov.-dec. 2002. Disponível em:

<http://www.scip.org/ci/>. Acesso em: 8 ago. 2004.

Sawka, K. The analyst’s corner: finding intelligence analysts. Competitive Intelligence Magazine. v. 2, n.1, jan.-mar. 1999. Disponível em: <http://www.scip.org/ci/>. Acesso em: 8 ago. 2004.

Silva, C. M. A gestão de competências e sua influência na implementação da gestão estratégica de pessoas:

estudo de caso. 2003. 177 f. Dissertação (Mestrado em administração), USP – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, São Paulo, 2003.

Sullivan, M. Internal recruiting for an intelligence analyst. SCIP.ONLINE. v.1, n.13, aug, 2002. Disponível em: <http://www.imakenews.com>. Acesso em: 06 ago. 2004.

Vargas, L. M.; Souza, R. F. O Ator de inteligência competitiva (IC) nas empresas: habilidades profissionais e exigências do mercado. READ - Revista Eletrônica da Administração. Porto Alegre, v.7, n.2, p.1-15, 2001.

Sobre os autores / About the Authors:

Roniberto Morato do Amaral roniberto@nit.ufscar.br

Mestrado em Engenharia de Produção. Pesquisador do Grupo de Estudos e Pesquisas em Qualidade do Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produto da Universidade Federal de São Carlos - UFSCar.

Leonardo Guimarães Garcia leonardo.cba@suframa.gov.br

Doutor em Ciência e Engenharia de Materiais (UFSCar), Pesquisador do Núcleo de Informação Biotecnológica do Centro de Biotecnologia da Amazônia (NIB/CBA).

Dário Henrique Alliprandini dha@eseg.edu.br

Pós-doutor, doutor, engenheiro, mestre, na área de gestão da produção e qualidade; diretor e professor da Escola Superior de Engenharia e Gestão - ESEG; docente e pesquisador do Grupo de Estudos e Pesquisas em Qualidade do Programa da UFSCar.

(18)

Referências

Documentos relacionados

O processo de profissionalização dos professores ao longo dos tempos e dos dias atuais no Brasil sempre foi submetido às politicas públicas educacionais. Os enfrentamentos

Este trabalho busca reconhecer as fragilidades e potencialidades do uso de produtos de sensoriamento remoto derivados do Satélite de Recursos Terrestres Sino-Brasileiro

5- Bruno não percebeu (verbo perceber, no Pretérito Perfeito do Indicativo) o que ela queria (verbo querer, no Pretérito Imperfeito do Indicativo) dizer e, por isso, fez

Faial, que parecia mesmo um lobo, abriu e fechou a boca várias vezes, mas não uivou (19).. No entanto, era evidente (20) que os cães também se

A noite de Maio com as suas sombras e os seus brilhos, os seus perfumes, as suas flores e os seus murmúrios parecia uma história fantástica.. As folhas no ar mexiam-se levemente

A noite de Maio com as suas sombras e os seus brilhos, os seus perfumes, as suas flores e os seus murmúrios parecia uma história fantástica.. As folhas no ar mexiam-se levemente

a) “O velho dá um passo à frente, três passos atrás, dois passos à frente” _________________. b) O velho estava desorientado

Classifica os verbos sublinhados na frase como transitivos ou intransitivos, transcrevendo- os para a coluna respetiva do quadro.. Frase: Escondi três livros na estante