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Braz. j. . vol.83 número3

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www.bjorl.org

Brazilian

Journal

of

OTORHINOLARYNGOLOGY

ARTIGO

DE

REVISÃO

Relation

between

chronic

rhinosinusitis

and

gastroesophageal

reflux

in

adults:

systematic

review

Guilherme

Constante

Preis

Sella,

Edwin

Tamashiro,

Wilma

Terezinha

Anselmo-Lima

e

Fabiana

Cardoso

Pereira

Valera

UniversidadedeSãoPaulo,FaculdadedeMedicinadeRibeirãoPreto,DepartamentodeOftalmologia,Otorrinolaringologia eCirurgiadeCabec¸aePescoc¸o,RibeirãoPreto,SP,Brasil

Recebidoem11demaiode2016;aceitoem30demaiode2016 DisponívelnaInternetem25deabrilde2017

KEYWORDS

Rhinosinusitis; Laryngopharyngeal reflux;

Gastroesophageal refluxdisease; pH-metry;

Protonpumpinhibitor

Abstract

Introduction:The relationship betweengastroesophageal reflux disease (GERD)andchronic rhinosinusitis(CRS)isstillacontroversialissueinliterature.

Objective:Asystematicreviewoftheassociationbetweenthesetwodiseasesinadultpatients.

Methods:SystematicreviewinPubMedandCochraneDatabasewitharticlespublishedbetween 1951and2015.WeincludedallarticlesthatspecificallystudiedtherelationshipbetweenCRS andGERD.

Results:Of the436 articles found, only12 met theinclusion criteria.Eight cross-sectional articlessuggestarelationbetweenCRSandGERD,especiallyonCRSthatisrefractorytoclinical orsurgicaltreatment.However, thegroups aresmallandmethodologiesaredifferent.Four otherlongitudinalstudieshaveassessedtheeffectoftreatmentwithprotonpumpinhibitors (PPIs)ontheimprovementofsymptomsofCRS,buttheresultswereconflicting.

Conclusions:ThereseemstoberelativeprevalenceofrefluxwithintractableCRS.Thereisstill alackofcontrolledstudieswithasignificantnumberofpatients toconfirmthishypothesis. Fewstudiesspecificallyassesstheimpactoftreatmentofrefluxonsymptomimprovementin patientswithCRS.

© 2016 Associac¸˜ao Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C´ervico-Facial. Published by Elsevier Editora Ltda. This is an open access article under the CC BY license (http:// creativecommons.org/licenses/by/4.0/).

DOIserefereaoartigo:http://dx.doi.org/10.1016/j.bjorl.2016.05.012

Comocitaresteartigo:SellaGC,TamashiroE,Anselmo-LimaWT,ValeraFC.Relationbetweenchronicrhinosinusitisandgastroesophageal

refluxinadults:systematicreview.BrazJOtorhinolaryngol.2017;83:356---63.

Autorparacorrespondência.

E-mail:facpvalera@uol.com.br(F.C.Valera).

ArevisãoporparesédaresponsabilidadedaAssociac¸ãoBrasileiradeOtorrinolaringologiaeCirurgiaCérvico-Facial.

(2)

Systematicreview:chronicrhinosinusitisandreflux 357

PALAVRAS-CHAVE

Rinossinusite; Refluxo

laringofaríngeo; Doenc¸adorefluxo gastroesofágico; pHmetria; Inibidordebomba deprótons

Relac¸ãoentrerinossinusitecrônicaerefluxogastroesofágicoemadultos:revisão sistemática

Resumo

Introduc¸ão: A relac¸ão entre a Doenc¸a do RefluxoGastroesofágico (DRGE) ea Rinossinusite Crônica(RSC)aindaétemadecontrovérsiaemliteratura.

Objetivo: Revisãosistemáticasobreaassociac¸ãoentreessasduasdoenc¸asempacientes adul-tos.

Método: RevisãosistemáticanoPubmedeCochraneDatabasecomosartigospublicadosentre 1951 e 2015. Foram incluídos todos os artigos que estudassem especificamente a relac¸ão entreRSCeDRGE.

Resultados: Dos436artigosencontrados,apenas12satisfaziamoscritériosdeinclusão.Oito artigostransversaissugeremrelac¸ãodaRSCcomaDRGE,especialmentesobreaRSCrefratária atratamentoclínicooucirúrgicoprévio.Noentanto,osgrupossãopequenoseasmetodologias sãomuitodiferentes. Outrosquatro estudoslongitudinaisavaliaramoefeito dotratamento comInibidoresdeBombadePrótons(IBP)sobreamelhoraadossintomasdeRSC,porémos resultadosforamdiscordantes.

Conclusões: Parecehaverrelac¸ãodeprevalênciaderefluxoeRSCdedifícilcontrole. Ainda faltamestudoscontroladoscomumnúmeroexpressivodepacientesparaqueseconfirmeessa hipótese.Sãoescassososestudosqueavaliem especificamenteoimpactodotratamentode refluxonamelhoradossintomasempacientescomRSC.

© 2016 Associac¸˜ao Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C´ervico-Facial. Publicado por Elsevier Editora Ltda. Este ´e um artigo Open Access sob uma licenc¸a CC BY (http:// creativecommons.org/licenses/by/4.0/).

Introduc

¸ão

A rinossinusite crônica(RSC) se mantém como um

impor-tante problema desaúde públicamundial.1 O tratamento

preconizado nos principais consensos baseia-se no

trata-mento clínicootimizado, envolvendo especialmenteo uso

de corticosteroides.2,3 A cirurgia endoscópica nasal (CEN)

temindicac¸ão especial paraos casosem que houvefalha

apóstratamentoclínicomáximo.Noentanto,múltiplos

fato-restêmsido implicadosna refratariedadedaRSC,mesmo

apóstratamentootimizado,incluindoalterac¸ãogenotípica

ou fenotípica da mucosa, cicatrizes e sinéquias, alergia,

tabagismoeorefluxogastroesofágicoácido.4,5

Muitosestudostêmlevantadoahipótese derelac¸ãoda

RSCcomorefluxoácido,tantoadoenc¸adorefluxo

gastroe-sofágico(DRGE)quantoorefluxolaringofaríngeo(RLF),6em

especialnapopulac¸ãoinfantil.7,8Noentanto,édifícil

esta-belecerumarelac¸ãodiretaentreaRSCeaDRGE,umavez

queambas asentidadessãoaltamenteprevalentes,oque

facilitaqueelascoexistamdeformaindependente.9Atéo

momento nãohá evidências documentadas dessapossível

relac¸ãoemadultos.

Algumasteorias derelac¸ãoentreorefluxoácido eRSC

foram levantadas. A primeira seria da exposic¸ão direta

da mucosa do nariz e da nasofaringe ao ácido gástrico,

causandoinflamac¸ãonamucosaecomprometimentodo

cle-arancemucociliar,oquepoderiacausarobstruc¸ãodoóstio

sinusaleinfecc¸õesderepetic¸ão.10,11Sabe-sequevariac¸ões

nopHafetamamotilidadeciliareamorfologianamucosa

respiratória.12

A segundahipótese seria pormediac¸ãodo nervovago,

mecanismo já comprovado na via aérea inferior.13,14 e na

mucosanasalempacientescomrinite,10 masnãoaindaem

pacientescomRSC.Umadisfunc¸ãonosistemaautonômico

poderialevaraedemasinonasaleinflamac¸ãoreflexos,com

consequenteobstruc¸ãodoóstio.Wongetal.15

demonstra-ramque,aoinfundirsoluc¸ãosalinacomácidoclorídricoem

esôfagoinferior de voluntáriossaudáveis, houveaumento

daproduc¸ão domuco nasal e da pontuac¸ão dos sintomas

nasaisereduc¸ãodopicodefluxoinspiratórionasal,oque

reforc¸ariaestateoria.

Umúltimomecanismoseriapelopapeldiretoda

Helico-bacterpylori(H.pylori).Kocetal.16 observaramH.pylori

presenteempóliposnasais,masnãoemtecidoscontroles,

enquantoqueMorinakaetal.17encontraramH.pyloripor

reac¸ão em cadeia da polimerase (PCR) em mucosa nasal

de pacientes que tinham RSC e queixas de refluxo

gas-troesofágico.Noentanto,existemachadosconflitantesem

literatura,emquenãohámaiorfrequênciadeH.piloryna

mucosanasaldepacientescomRSC.18

Aindamaisimportante,estudosanterioresderevisãonão

conseguiramevidenciarumarelac¸ãobaseadaemevidência

claraentreRSCeDRGE19,20emadultos.Comoessasrevisões

jápossuemaomenos4anosdepublicac¸ão,objetivou-seuma

novarevisãosistemáticasobreo tema,parareunir todaa

evidênciaatualpublicadaemtornodesteassunto,eavaliar

aqualidadeearelevânciadainterac¸ãoentreDRGE eRSC

emadultos.

Método

Para a execuc¸ão desta revisão sistemática, foram

seleci-onados todos os artigos presentes na biblioteca PubMed,

desenvolvidopelaNationalCenterforBiotechnology

(3)

Tabela1 Definic¸ãoderinossinusitecrônicaemadultos,de acordocomoEPOS20122

Sintomas Bloqueionasal/obstruc¸ão Congestãonasalourinorreia (anterior/gotejamentonasal posterior):

-±Dorfacial/pressão

-±Reduc¸ãoouperdadoolfato Sinaisendoscópicos Póliposnasais,e/ou

Descargamucopurulenta, principalmenteapartirdomeato médio,e/ou

Obstruc¸ãoedema/mucosa principalmentenomeatomédio e/oualterac¸õesnaCT Alterac¸õesnamucosadentrodo complexoostiomeatal,e/ouseios paranasais

(www.ncbi.nlm.nih.gov/PubMed),ena bibliotecada

Coch-rane Database (http://www.cochrane.org). As estratégias

de busca de palavras foram: Gastroesophageal reflux;

OU GERD; OU GORD; OU Laryngopharyngeal reflux; OU

Nasopharyngealreflux;OUpHmetry.Associadosa:sinusitis; OUChronicrhinosinusitis;OUChronicsinusitis;OUCRS;OU postnasaldrip.Osrequisitosmínimosparaaselec¸ãoforam

artigos em inglês que tivessem resumo publicados entre

1dejaneirode1950e31dedezembrode2015.

A pesquisa final resultou em 436 artigos. Desses,

415apresentavamresumosnassuasrespectivasdatabases,

eoutros38foramaindaexcluídospornãoserememinglês.

Osresumos dosartigos selecionadosforam lidos

cuida-dosamentepordoisautores.Após leitura,foramincluídos

apenasosartigosqueavaliaramespecificamentearelac¸ão

entrerinossinusitecrônicaerefluxoácidoemadultos,

resul-tandoem12artigos.

Paraopresenteestudo,foramutilizadososcritériosde

RSC,deacordocomaúltimaversãodoEPOS2012,2sendo

definidacomo inflamac¸ão donarize dos seiosparanasais,

caracterizadapordoisoumaissintomasassociadosasinais

endoscópicosoutomográficosdurantemaisde12semanas

(tabela1).Foramconsideradososartigosquetratassemde

ambasasformasdeRSC,comousempoliposenasossinusal

(PNS)paraapesquisaemquestão.

Para a inclusão do diagnóstico de DRGE, foram

consi-derados osartigos cujospacientesapresentavam sintomas

típicos como: pirose/azia e regurgitac¸ão principalmente

à noite, presenc¸a de lesões na mucosa do esôfago à

endoscopia digestiva alta e alterac¸ões em pHmetria de

24horasambulatorial.21Esseúltimoexamefoiconsiderado

o padrão ouro para diagnóstico de DRGE pelos presentes

pesquisadores.

Foram considerados pacientes portadores de RLF os

que apresentavam nos artigos sintomas extraesofágicos

comopigarro,disfoniaetossepreferencialmentediurnos,e

outrossintomassubjetivoscomosensac¸ãodeglobus,muco

excessivoegotejamentopós-nasal,22 alémdapositividade

em ao menos um dos escores: índice de sintomas de

refluxolaringofaríngeo(RefluxSymptomIndex,RSI)(tabela

2),23 ouo Reflux Finding Score (RFS),24 traduzido para o

portuguêscomoescaladeachadosendolaríngeosderefluxo

(tabela3).25

Osartigos foram graduados de acordo com o nível de

evidênciaMBEdeacordocomoabaixo:

1a.Artigosderevisãosistemáticadeensaiosclínicos

con-troladoserandomizados

1b.Ensaiosclínicoscontroladoserandomizados

2a.Revisãosistemáticadeestudosdecoorte

2b.Estudosdecoorte

3a.Revisãosistemáticadecaso-controles

3b.Estudoscaso-controles

4.Relatosdecasos

5.Opiniãodoespecialista

Resultados

Foram encontrados 12 artigos que avaliavam

especifica-mente a relac¸ão entre refluxo ácido e RSC em adultos,

sendoque destes umeraestudorandomizadocontrolado,

oitoestudoscaso-controleetrêscoortes.Desses,oito

ava-liavamespecificamente a relac¸ão daRSC com o refluxoe

quatroartigosestudavam oefeito dotratamento comIBP

(inibidor debomba deprótons) sobreossintomase sinais

nasossinusaisnospacientescomRSCecomDRGE.

Tabela2 Índicedesintomasderefluxolaringofaríngeo(RSI).23UmRSI>13podeserindicativoderefluxolaringofaríngeo

Nomêspassado,comoéqueosseguintesproblemasafetaramvocê? 0=Semproblema 5=problemaimportante

1.Rouquidãoouproblemadevoz 0 1 2 3 4 5

2.Pigarro 0 1 2 3 4 5

3.Secrec¸ãoexcessivanagargantaounonariz 0 1 2 3 4 5

4.Dificuldadeemengolircomida,líquidosoucomprimidos 0 1 2 3 4 5

5.Tosseapo´ıstercomidooudepoisdedeitar-se 0 1 2 3 4 5

6.Dificuldadesrespiratóriasouepisódiosdeengasgos 0 1 2 3 4 5

7.Tosseexcessiva 0 1 2 3 4 5

8.Sensac¸ãodealgumacoisaparadanagarganta 0 1 2 3 4 5

(4)

Systematicreview:chronicrhinosinusitisandreflux 359

Tabela 3 Escala de achados endolaríngeos de refluxo (RFS).24,25 UmRFS>11 nasituac¸ãoclínica adequadaé for-tementesugestivoderefluxolaringofaríngeo

Escaladeachadosendolaríngeosderefluxo

Edemasubglótico 0ausente 2presente

Obliterac¸ãodos ventrículos

2parcial 4completa

Eritema/hiperemia 2somentedasaritenoides 4difusa

Edemadaspregasvocais 1leve 2moderado 3grave 4polipoide Edemalaríngeodifuso 1leve

2moderado 3grave 4obstrutivo Hipertrofiadaregião

interaritenoidea

1leve 2moderado 3grave 4obstrutivo Granuloma/tecidode

granulac¸ão

0ausente 2presente Mucoendolaríngeo

espesso

0ausente 2presente

Estudosqueavaliavamrelac¸ãodaRSC comorefluxo

Foramencontradosoitoartigosquecomparavamosvalores

demonitorizac¸ãodapHmetriaempacientescomousemRSC

(tabela4).

Ozmenetal.26 compararam33pacientescomRSC (que

haviamrecebidoaindicac¸ãodeCENporfalhademelhora

apóstratamentoclínico)a20pacientesquetambémiriam

sersubmetidosaCEN,porvariac¸õesanatômicasendonasais

comodeformidadeseptalouconchabolhosa,porémsemRSC

(comprovadoporTC).ApHmetriacomsondadedoiscanais

(faringe e esôfago)esteve alteradaem 88% dos pacientes

comRSCeem55%doscontroles,sendoconsiderada

estatis-ticamentesignificativa(p=0,01).Nesseestudotambémfoi

feitacoletadapepsinaem secrec¸ãonasaldurante aCEN;

aatividadeespecíficadapepsinafoidetectadaem82%dos

pacientesdo grupoestudado e em 50%do grupocontrole

(p=0,014). Em todosospacientes comRSC, nos quais foi

detectadapepsinanaamostranasal,oRLFfoidocumentado

por pHmetria, e apenas três pacientes com RLF à

pHme-triaapresentarampesquisadepepsinanegativa.Osautores

sugeriramqueaRSCrefratáriapodeestarassociadaaoRLF

equeapepsinaseriaumbomindicadorparaodiagnóstico

doRLF.

DelGaudio27 analisou38 pacientescom RSCque

manti-nhamqueixasesinaisendoscópicosdeinflamac¸ãonasalapós

teremsidosubmetidosaCEN,eoscomparouaumgrupo

con-trole(10 pacientesque foramsubmetidosa CENporRSC,

quesemantiveramassintomáticosapósacirurgia,e20sem

história deRSC ou CENprévia). A pHmetria foifeita com

sondadetrês canais eo autorobservouqueo RLFesteve

significativamentemaispresentenogrupoRSC persistente

doquenogrupocontrole,tantoquandoocritérioutilizado

foidepHmenorque4(39%vs.7%)comodepHmenorque

5(76%vs.24%),(respectivamente,p=0,004ep=0,002).A

presenc¸aderefluxonospacientesdogrupoRSCpersistente

foisignificativamentemaioremcomparac¸ãoaogrupo

con-trole,tantoacimadoesfíncteresofágicosuperiorcomono

esôfagodistal.

Ulualp etal.28 avaliaram diversos grupos de pacientes

comqueixasnasossinusaispormeiodepHmetriacomsonda

detrêscanais.Osautoresencontrarammaiorprevalênciade

refluxoácidoemhipofaringeesinaisdelaringiteposterior

àendoscopianospacientescomRSCequeixaspersistentes

após CEN(4 de 6 pacientes, ou67%) quando comparados

acontrolessaudáveis(7de34,ou21%),oupacientescom

RSCsem laringiteposterior (4 de12, ou33%). Nãohouve

diferenc¸a nos parâmetros de intensidade de refluxo do

esôfagodistalouproximalentreosgrupos,concluindoque

oRLFpodedesempenharpapelimportanteemumsubgrupo

depacientescomRSC ea laringiteposteriorpodeser um

achadocomum.

Ulualpetal.29tambémobservarammaiorprevalênciade

RLFem umgrupode11 pacientescom RSC,que não

res-ponderamao tratamento convencional(7 de11, ou64%),

quandocomparadosa11 controlessaudáveis(2de11, ou

18%),emestudoporpHmetriacomsondadetrêscanais.

Loehrl et al.30 avaliaram 20 pacientes com RSC sem

melhora após tratamento clínico e cirúrgico por meiode

pHmetria de duas sondas (no esôfago e na nasofaringe),

comparandoàpepsinaemsecrec¸ãonasal.Osautores

referi-ramque95%(19/20)dospacientesavaliadosapresentaram

alterac¸ões na pHmetria em nasofaringe, ao passo que a

pontuac¸ãoDeMeesterfoialterada(<14,72)em47%(9/19)

dospacientes,considerando-seoscritériosemsonda

infe-rior.Jáabiópsiadanasofaringeparapesquisadepepsinafoi

negativaemtodosospacientes.Emcontrapartida,emcinco

dessesmesmospacientesfoifeitapesquisadepepsinaem

lavadonasal,quesemostroupositivaemtodososcasos.Em

outroscincopacientessaudáveis(semhistória dedoenc¸as

dosseiosparanasaisouDRGEeendoscopianasalnegativa),

apepsinaemlavadonasaldemonstrou-senegativa.

Wong et al.9 estudaram 37 pacientes com RSC

refra-tária a tratamento clínico por meio de pHmetria com

sondadequatro canais, incluindo umem nasofaringe. Os

autoresobservaramDRGEem 32,4% dessespacientes.Dos

809 episódios de refluxo registrados, apenas dois (0,2%)

alcanc¸aram a nasofaringe(em dois pacientes diferentes),

adotando-secomo critérioácido o refluxo com pH abaixo

de4. Osautoresconcluíram queo refluxoem nasofaringe

éumevento raroe que devemexistiroutrosmecanismos

diferentesdocontatodiretodoácidocomamucosa

nasos-sinusalparaapersistênciadoprocessoinflamatórionesses

pacientes.

Jecker etal.31 compararam um grupo de20 pacientes

comRSCpersistentemesmoapósCENa20pacientes

contro-lessaudáveis(estudantesdemedicinasemhistóriadeRSC,

DRGEoutabagismo),pormeiodepHmetriadedoiscanais.

OspacientescomRSCrefratáriaapresentaram

significativa-mentemaiseventosderefluxonosensordistal (índicede

DeMeesterempacientesde32,9±8,7versusemcontroles

(5)

Sella

GC

et

al.

Tabela4 Estudosqueavaliamrelac¸ãodaRSCcomorefluxo

Autor Tipo Amostra Critériodeselec¸ão Medida Riscode

Bias/nívelMBE

Resultado

Ozmenetal.262008 Caso--controle

33vs.22 Aguardandocirurgianasal paraRSCvs.semRSC

Monitorizac¸ãodopH faríngeoeesofágico (2canais);aspirac¸ão domeatomédiopara análisedepepsina nasal

Mod/2b Refluxomaispresenteno grupoRSC(88%)doque controles(55%);pepsina encontradanamaioriados pacientescomrefluxo

DelGaudio272005 Caso--controle

38vs.10 vs.20

RSCrefratáriaàcirurgiavs. RSCresolvidavs.ausência deRSC

Monitorizac¸ãodopH nasal,faríngeoe esofágico(3canais)

Mod/2b MaisrefluxonogrupoRSC refratária(76%)doquenos outros2grupos(24%) Ulualpetal.281999

Caso--controle

18vs.34 RSCrefratáriaàcirurgiavs. ausênciadeRSC

Monitorizac¸ãodopH faríngeoeesofágico (3canais)

Mod/2b Maiorporcentagemde

refluxoempacientescom RSCcomlaringite(67%)e pacientesRSC(33%)quando comparadosaoscontroles (21%)

Ulualpetal.291999 Caso--controle

11vs.11 RSCrefratáriaatratamento clínicovs.ausênciadeRSC

Monitorizac¸ãodopH faríngeoeesofágico (3canais)

Mod/2b Porcentagemmaiorde

refluxonospacientesRSC (64%)comparadoao controle(18%) Loehrletal.302012

Caso--controle

20vs.5 RSCrefratáriaatratamento clínicoecirúrgicovs. ausênciadeRSC

Monitorizac¸ãodopH porsondade2 canais;biópsiade nasofaringe(todos pacientes)elavagem deseionasalpara pesquisadepepsina (5pacientes)

Mod/2b RLFpresenteem95%dos pacientes.Pepsinaausente nasbiópsiasdenasofaringe, porémpresente(5/5)nas lavagens

Wongetal.92004 Coorte 37 RSCrefratáriaa

tratamentoclínico

Monitorizac¸ãodopH porsondade4canais

Mod/4 32,4%tinhamDRGE;RLFe refluxoemnasofaringefoi raro

Jeckeretal.312005 Caso--controle

20vs.20 RSCrefratáriaàcirurgiavs. ausênciadeRSC

Monitorizac¸ãodopH porsondade2canais

Mod/2b DRGEmaispresenteno grupoRSCcomparadoao controle,porémausência deRLF

DiniseSubtil322006 Caso--controle

15vs.5 RSCrefratáriaa

medicamentovs.ausência deRSC

Análisedebiópsia nasalparapepsinae H.Pilory

Alto/2b Nãofoiidentificadapepsina intranasal.Semdiferenc¸a daH.Piloryentreosgrupos

(6)

Systematicreview:chronicrhinosinusitisandreflux 361

maisfrequentenospacientesdoquenoscontroles.

Entre-tanto,essadiferenc¸aestatísticaentreosdoisgruposnãose

reproduziuparaosmesmosparâmetrosnosensorda

hipofa-ringe,oquefezcomqueosautoresconcluíssemhaveruma

associac¸ão entre RSC e DRGE, mas nãocom o RLF, o que

reforc¸ariaarepostavagalcomoomecanismomaisprovável

paraessainter-relac¸ãoentreasduasdoenc¸as.

DiniseSubtil32analisaram15pacientescomRSC

refratá-riaaotratamentoclínicoeoscompararamacincocontroles

que seriam submetidos a CEN por alterac¸ões anatômicas

(ex.,conchamédiabolhosa).Encontrou-secolonizac¸ãopor

H.pyloriembiópsiasnasaisde19%dospacientescomRSC,

enquantoeleestevepresenteem8%dasamostrasnogrupo

controle,nãosendoessadiferenc¸asignificativa.Nãohouve

diferenc¸aestatísticatambémparaapepsinaencontradano

tecidonasal,queestevesemelhanteaosníveissanguíneos

emtodosospacientes,deambososgrupos.

Dessaforma,a maioria dosestudos controladossugere

quehaja maiorprevalênciaderefluxoemumgrupo

espe-cíficodepacientes,comRSCrefratária.Umlimitantepara

aconclusãodefinitivaéqueosestudospossuemnúmerode

participantesrelativamentepequeno,eelessãobem

hete-rogêneosnametodologia,oqueinviabilizaameta-análise.

Estudoslongitudinaisqueobjetivaramoefeito dotratamentocomIBP

Foramencontradosquatroestudosque avaliavamo efeito

dotratamentocomIBPsobreamelhoradossintomasnasais

empacientescomRSC(tabela5).

Vaezi et al.33 fizeram um estudo randomizado

contro-lado,duplo-cego,paraavaliaroefeitodolansoprazol30mg

duas vezes ao dia em 75 pacientes com rinite crônica e

queixa predominante de gotejamento pós-nasal, porém

com CT de seios da face sem alterac¸ões sinusais e RAST

negativo. Os pacientes foram submetidos a pHmetria

comumasonda em esôfagoe impedanciometria antesdo

tratamento, e acompanhados por meio de questionários

validados (SNOT-20, RSOM-31 e QOLRAD) 8 e 16 semanas

após o início do tratamento. Pacientes que receberam

terapiacomlansoprazoltiveram3,12vezes(em8semanas

detratamento)e3,5vezes(em16semanasdetratamento)

mais chances de melhorar os sintomas de gotejamento

pós-nasalemcomparac¸ãoaoscontroles.Após16semanas,

amelhora média nobrac¸o detratamento foi de 50%, em

comparac¸ão a 5% no grupo de placebo. E ainda houve

melhora significativa no SNOT-20e QOLRAD para o brac¸o

dotratamento.Apresenc¸aderefluxoàpHmetriaantesdo

tratamentonãofoideterminanteparaaresposta.

DiBaiseetal.34emumestudoprospectivo,compararam

11pacientes que haviam falhado notratamento clínico e

cirúrgicodaRSC a 19 pacientes comDRGE semRSC (sem

sintomasnasais e endoscopia nasal negativa),em relac¸ão

aos sintomas nasossinusais e de refluxo (com um

questi-onário não validado, que avaliava 14 sintomas de DRGE

e de rinossinusite, frequência desses sintomas, melhora

comotratamentoe satisfac¸ãoglobal)e compHmetriade

doiscanais.PorcentagemsemelhantedepHmetriaanormal

foi observada entre os dois grupos (82% no grupo RSC e

79% no grupo DRGE) na avaliac¸ão inicial. O tratamento

com omeprazol 20 mg duas vezes ao dia foi instituído

Tabela5 EstudoslongitudinaisquefocamnotratamentocomIBP

Autor Tipo Amostra Critériodeselec¸ão Medida RiscodeBias/ nívelMBE

Resultado

Vaezietal.33 2010

Teste controlado randomizado

75 Gotejamento

pós-nasalsemRSC oualergia

Avaliac¸ãodos sintomase pHmetria utilizandoIBP

Alto/4 Melhora

importantedos sintomasem relac¸ãoaogrupo controle DiBaiseetal.34

2002

Coorte 11 RSCrefratáriaa

tratamentoclínico ecirúrgico

Escoredos sintomas, pHmetriapor sondadoiscanais, nasolaringoscopia apóstratamento comIBPpor3 meses

Mod/4 Levemelhorados sintomas

Pincusetal.35 2006

Coorte 30 RSCrefratáriaa

tratamentoclínico ecirúrgico

Avaliac¸ãodos sintomase pHmetria utilizandoIBP

Alto/4 25de30tinham RLFoueventosde refluxonasal.14 de15melhoraram comIBP

Durmusetal.36 2010

Caso-controle 50vs.30 DRGEeRLFvs. ausênciadeDRGE

Testedasacarina nasaleavaliac¸ão clínicaantese apóstratamento comIBP

Mod/2b Semdiferenc¸ano testedasacarina. Houvemelhora significativados sintomas

(7)

durante 12 semanas apenas no grupo RSC, sendo que

este foi reavaliado mensalmente. Os autores observaram

modestamelhoradossintomasedasatisfac¸ãogeralcomo

tratamentoentreessespacientes.

Pincus et al.35 realizaram pHmetria em 30 pacientes

comRSCsemmelhoracomtratamento clínicoe cirúrgico.

Desses, 25 tiveram diagnóstico associado de DRGE. Para

esses pacientes foi iniciado o tratamento com IBP, sendo

feitaentrevistaportelefoneummêsapós.Dos15pacientes

que foram reavaliados, 14 referiram melhora dos

sinto-mas nasais, sendo que sete melhoraram completamente

suasqueixas.

Durmusetal.36estudaram50pacientescomDRGEeRLF

baseadosemdiagnósticoclínicoeendoscópico,eos

compa-rarama30pacientessaudáveis.Ostestesdepré-tratamento

da sacarina foram semelhantes entre os dois grupos,

enquantooquestionárioRSIeRFSforamsignificativamente

pioresnogrupocomDRGEeRLF.Todosospacientesforam

submetidos, então, a tratamento com lansoprazol 30 mg

duas vezes ao dia, por 12 semanas. Não houve diferenc¸a

estatísticaentreosresultadosdotestedesacarinados

gru-poscontroleedeestudoantesdotratamento.Apóso

trata-mento,asdiferenc¸asentreoRSIeRFSmantiveram-se

seme-lhantesaosníveisdepré-tratamento,assimcomootestede

sacarina.EssesautoresconcluíramquetantoaDRGEquanto

oRLFparecemnãoafetarotransportemucociliarnasal.

Assim, os atuais estudos disponíveis na literatura são

discordantes quanto ao efeito do tratamento com IBP na

melhora dos sintomas em pacientes com RSC. Ainda, os

diagnósticos de RSC ou de refluxo não foram

confirma-dos por exames complementares, o que dificulta a real

interpretac¸ãodosresultados.

Discussão

O RLF esteve presente com diferenc¸a significativamente

maior em pacientes com RSC, quando comparado a

gru-posde pacientessem RSC em quatro estudos.26---29 Apesar

deseremestudoscontrolados,emnenhumdelesosgrupos

forampareados em relac¸ão aidade, peso, anormalidades

anatômicas que predispõem ao refluxo (como hérnia de

hiato),tratamento préviodeDRGE eachados de

endosco-pia digestiva alta. Existe ainda uma grande variabilidade

nousodapHmetriaparaconfirmac¸ãodiagnóstica,sejaem

númerodesondas,posicionamentodasmesmasouem

crité-riosutilizadosparaaconfirmac¸ãodiagnóstica.Essaenorme

variabilidadedificultaaindamaisumaconclusãodefinitiva

sobreotema.

Doisestudosnãoapresentavamrelac¸ãoderefluxoácido

alto(RLFouem nasofaringe)eRSC.9,31 Emumdeles

(Jec-keretal.),31apesardosachadosdeRLFseremsemelhantes

entregrupo controlee grupodeestudo,ogrupo comRSC

persistenteapós CENtinhamaiorprevalência deDRGE do

queogrupocontrole.Essesautoreschegaramasugerirque

deveriahaverassociac¸ãoentreasduasdoenc¸as,mediada,

provavelmente,peloreflexovagal.

Algunsestudosbaseiam-senaanálisedapepsinaem

cavi-dade nasal para diagnóstico de refluxo. Enquanto Loehrl

et al. 30 e Dinis & Subtil32 analisaram biópsia de tecido

nasal e não observaram a presenc¸a de pepsina nos seus

resultados, a pepsina em lavado nasal demonstrou estar

presente em grande quantidade nos pacientes com RSC

em dois estudos.26,30 A comparac¸ão dapepsinaem lavado

comogrupocontrole,noentanto,foiconflitiva:enquanto

Loehrl etal. 30 observaramquantidade significativamente

maiornogrupoRSC,quandocomparadoaocontrole,Ozmen

etal.26 referiramque ogrupocontrole também

apresen-toualtaquantidadedepepsinaequenãohouvediferenc¸a

significativa entre os grupos por eles analisados. Dessa

forma,aparentemente,o resultado desseexamedepende

enormemente da técnica de coleta, sendo a

sensibili-dade maior quando se coleta a pepsina em lavado nasal

do que quando a pepsina é avaliada em biópsia nasal.

Ainda,osresultadosconflitantes,comumnúmeropequeno

em cada um dos estudos, inviabilizam a análise

defini-tiva sobre o tema. Por fim, não encontramos dados em

literatura que validem a coleta da pepsina em cavidade

nasal como um examea ser utilizado para a pesquisa de

refluxo.

De modo geral, os estudos atualmente disponíveis

sugeremquehárelac¸ãoentreorefluxoeumsubtipo

espe-cíficodeRSC,refratáriaaotratamento clínicoecirúrgico.

No entanto, os estudos são escassos, com um número

pequeno de pacientes e com metodologia diversa, o que

dificulta a realizac¸ão de uma meta-análise. Tudo isso

dificulta a interpretac¸ão mais fidedigna sobre os dados.

Dessaforma,estudosmaiscontrolados,comnúmeromaior

de pacientes e, provavelmente, multicêntricos, serão

necessáriosparaaconfirmac¸ãodestahipótese.

Quandoforamfeitos estudosrandomizados controlados

que avaliavama melhorados sintomasdeRSCapós o

tra-tamento do refluxo, Vaezi et al. 33 observaram melhora

da rinorreia posterior nos pacientes avaliados, sem RSC

ou alergias. Pincus et al. 35 referiram uma importante

melhoradossintomasdeRSCapósotratamento,enquanto

DiBaise et al. 34 relataram que o tratamento com IBP

teve impacto discreto sobre a melhora desses sintomas.

Já Durmusetal.36 relataramquenãohouvediferenc¸ano

teste da sacarina pré e pós-tratamento com IBP por três

semanas,apesardeteremobservadomelhoradossintomas

de refluxo. Assim, os estudos atuais disponíveis na

lite-ratura, quesãocontrolados, randomizadose duplo-cegos,

apresentammetodologiaextremamentediversaentreeles.

Pior ainda, muitos falham na confirmac¸ão diagnóstica da

RSC ou da DRGE/RLF e baseiam-se apenas na melhora

dos sintomasnasais. Dessaforma,estudosmulticêntricos,

com número mais expressivo de pacientes, que tenham

maiorcritérioaodiagnóstico,alémdemetodologia

padro-nizada, devem ajudar, consideravelmente, na elucidac¸ão

destaquestão.

Conclusões

Deacordocomosestudosencontradosnaliteratura,foi

pos-sível concluirque parecehaverrelac¸ão deprevalênciade

refluxoeRSCdedifícilcontrole.Noentanto,faltamestudos

controladoscomnúmeroexpressivodepacientesparaque

seconfirme estahipótese. Da mesmaforma, sãoescassos

osestudosque avaliamespecificamente oimpactodo

tra-tamentoderefluxonamelhoradossintomasempacientes

(8)

Systematicreview:chronicrhinosinusitisandreflux 363

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

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Imagem

Tabela 1 Definic ¸ão de rinossinusite crônica em adultos, de acordo com o EPOS 2012 2
Tabela 3 Escala de achados endolaríngeos de refluxo (RFS). 24,25 Um RFS &gt; 11 na situac ¸ão clínica adequada é  for-temente sugestivo de refluxo laringofaríngeo
Tabela 4 Estudos que avaliam relac ¸ão da RSC com o refluxo
Tabela 5 Estudos longitudinais que focam no tratamento com IBP

Referências

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