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Plano de Negócio Para a Implantação da Loja Schönes Haus em Crissiumal/RS

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Academic year: 2021

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UNIJUÍ– Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul DACEC – Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação

Curso de Administração

Trabalho de Conclusão de Curso

MARLEI WINDMÜLLER CONRAD REMI ANTONIO DAMA

Plano de Negócio Para a Implantação da Loja

Schönes Haus em Crissiumal/RS

Trabalho de Conclusão de Curso

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MARLEI WINDMÜLLER CONRAD REMI ANTONIO DAMA

Plano de Negócio Para a Implantação da Loja

Schönes Haus em Crissiumal/RS

Trabalho de Conclusão de Curso

Trabalho de Conclusão do Curso de Administração da Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul – UNIJUI, como requisito parcial à Conclusão de

Curso e consequente obtenção de título De Bacharel em Administração.

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Figura 2: Sistema da loja ... 55

Figura 3: Local do estabelecimento. ... 57

Figura 4: Nova fachada da loja. ... 58

Figura 5: Layout da Loja ... 58

Figura 6: Ambiente interno da loja ... 59

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Gráfico 2: Qual o seu estado civil? ... 63 Gráfico 3: Quantas pessoas moram na sua casa? ... 64 Gráfico 4: Qual a sua renda familiar? ... 64 Gráfico 5: Quando você deseja pesquisar algum produto novo, que nunca comprou antes, onde costuma procurar informações? ... 66 Gráfico 6: Qual rede social que costumam acessar frequentemente? ... 66 Gráfico 7: Qual destes quesitos pesa mais para a escolha de compra? ... 67 Gráfico 8: Pensando nas críticas e/ou elogios a algum produto, qual opinião pesa mais na decisão? ... 67 Gráfico 9: Qual forma de pagamento é mais utilizada nas compras? ... 68 Gráfico 10: Qual dos meios de comunicação é utilizado frequentemente? ... 69 Gráfico 11: Vocês possuem alguma data comemorativa em que costumam comprar produtos de cama, mesa e banho para dar de presente ou para uso próprio? ... 69 Gráfico 12: Quando foi a última vez em que compraram produtos para cama, mesa e banho? ... 70 Gráfico 13: Quanto sua família está disposta a gastar com produtos dessa linha? ... 71 Gráfico 14: O que faria você voltar a comprar nessa nova loja? ... 72 Gráfico 15: Em qual loja costumam comprar produtos para cama, mesa e banho pra sua família? ... 72 Gráfico 16: Alternativa ―outros‖ do Gráfico 15. ... 73 Gráfico 17: Porque vocês gostam de fazer as compras nessa loja? ... 74 Gráfico 18: Qual item é considerado indispensável no relacionamento com um

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Quadro 2: Enquadramento das empresas para o simples conforme receita bruta. ... 23

Quadro 3: Matriz FOFA. ... 28

Quadro 4: Projeção dos resultados (DRE). ... 36

Quadro 5: Cálculo do tamanho da amostra. ... 47

Quadro 6: Organograma da Schönes Haus. ... 54

Quadro 7: Matriz FOFA ... 60

Quadro 8: Pontos fortes e fracos das principais concorrentes ... 74

Quadro 9: Fornecedores... 76

Quadro 10: Produtos comercializados na Schönes Haus... 78

Quadro 11: Investimentos pré-operacionais ... 86

Quadro 12: Investimentos fixos ... 87

Quadro 13: Investimento em capital de giro ... 88

Quadro 14: Resumo do investimento inicial total ... 88

Quadro 15: Resumo do financiamento. ... 89

Quadro 16: Depreciação, manutenção e seguros. ... 89

Quadro 17: Custos fixos ... 90

Quadro 18: Custo variável ... 91

Quadro 19: Valor do imposto ... 91

Quadro 20: Projeção dos resultados ... 92

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Tabela 2: Preço dos produtos de acordo com o markup ... 82

Tabela 3: Fluxo de caixa para os primeiros quatro meses de atividade ... 95

Tabela 4: Payback Simples ... 100

Tabela 5: Payback Atualizado ... 101

Tabela 7: Valor Atual Líquido ... 102

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Lista de Gráficos ... 4 Lista de Quadros ... 5 Lista de Tabelas ... 6 SUMÁRIO ... 7 1. INTRODUÇÃO ... 5 2. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 7 2.1 Apresentação do tema ... 7 2.2 Caracterização ... 8 2.3 Problema ... 9 2.4 Objetivos ... 9 2.4.1 Objetivo geral ... 9 2.4.2 Objetivos específicos ... 1 0 2.5 Justificativa ... 1 0 3. REFERENCIAL TEÓRICO ... 1 2 3.1 O Varejo ... 1 2 3.2 O empreendedorismo ... 1 3 3.3 O Plano de Negócios ... 1 5 3.4 Estrutura do plano de negócio ... 1 9 3.4.1 Sumário executivo... 1 9 3.4.2 A empresa ... 2 0 3.4.3 Plano de marketing ... 2 7 3.4.4 O plano financeiro ... 3 4 4. METODOLOGIA ... 4 3 4.1 Classificação da pesquisa ... 4 3 4.1.1 Quanto a natureza ... 4 3 4.1.2 Quanto a abordagem ... 4 4 4.1.3 Quanto aos objetivos ... 4 4 4.1.4 Quanto aos Procedimentos Técnicos ... 4 5 4.2 Universo amostral ... 4 6 4.3 Coleta de dados ... 4 8 4.4 Analise e interpretação dos dados ... 4 9 5. RESULTADOS ... 5 1 5.1 Sumário Executivo ... 5 1 5.2 A Empresa... 5 1 5.2.1 A Missão ... 5 2 5.2.2 A visão ... 5 2 5.2.3 Objetivos da Empresa ... 5 2 5.2.4 Estrutura Organizacional ... 5 2 5.2.5 Estrutura funcional ... 5 4 5.2.6 Sistemas de Gestão ... 5 5

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5.3.1 Analise de Mercado ... 6 0 5.3.2 Produto ... 7 7 5.3.3 Vantagem Competitiva ... 8 0 5.3.4 Preço... 8 1 5.3.5 Promoção e Propaganda ... 8 3 5.3.6 Serviços ao Cliente (Venda e Pós-venda) ... 8 4 5.3.7 Relacionamento com o Cliente ... 8 5 5.4 Plano Financeiro ... 8 5 5.4.1 Investimento Inicial ... 8 6 5.4.2 Projeção dos Resultados ... 9 2 5.4.3 Projeção de Fluxo de Caixa ... 9 5 5.4.4 Ponto de Equilíbrio ... 9 7 5.4.5 Indicadores de viabilidade ... 9 8 CONCLUSÃO ... 1 0 4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 1 0 6

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PLANO DE NEGÓCIO PARA A IMPLANTAÇÃO DA LOJA SCHÖNES

HAUS EM CRISSIUMAL/RS¹

Marlei Windmüller Conrad² Remi Antonio Dama³ Introdução

O presente trabalho de conclusão de curso apresenta um plano de negócios para uma loja de produtos de cama, mesa e banho, esse estudo foi realizado através do grande interesse da autora em ter seu próprio negócio. Os temas escolhidos foram o empreendedorismo que de acordo com Dornelas (2008, p. 22), ―é o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam à transformação de ideias em oportunidades. E a perfeita implementação destas oportunidades leva à criação de negócios de sucesso‖ e o plano de negócios, pois se trata de ―um documento que contém a caracterização do negócio, sua forma de operar, suas estratégias, seu plano para conquistar uma fatia do mercado e as projeções de despesas, receitas e resultados financeiros‖ (SALIM et al. 2005, p.3). No decorrer do estudo buscou-se responder a seguinte questão: É viável a implantação da Loja Schönes Haus no município

de Crissiumal/RS? Com essa questão definida foi desenvolvido o objetivo geral do trabalho

que é elaborar um plano de negócios para verificar a viabilidade de implantação da loja Schönes Haus na cidade de Crissiumal/RS. Para alcançar este último foram estabelecidos os objetivos específicos, que são os seguintes: Definir o público alvo e seu potencial de compra; Identificar os concorrentes e fornecedores da organização; Delinear quais os produtos a ser comercializados; Definir uma estrutura para a empresa; Projetar necessidade de investimento, custos e receitas; Analisar os indicadores de viabilidade financeira do negócio. Chegando ao final do trabalho pode ser confirmado que todos esses objetivos foram atingidos, e que o trabalho transcorreu como o esperado.

Metodologia

A pesquisa foi embasada primeiramente em referenciais bibliográficos para que o leitor tenha um melhor entendimento dos assuntos abordados. E após sim a pesquisa de campo com aplicação de questionário. Quanto a sua classificação se trata de uma pesquisa de natureza básica que objetiva criar ou aumentar conhecimentos, testar hipóteses, construir teorias e talvez descobrir alguma aplicação prática no futuro (GIL, 1999, apud TEIXEIRA et al., 2009, p 112), ela tem abordagem quanti qualitativa em que a primeira significa os resultados em números que podem ser submetidos a cálculos, e a qualitativa é uma analise descritiva com atribuição de certo significado aos resultados, e quanto ao objetivo a pesquisa é exploratória, pois se trata de uma pesquisa nova nessa área de negócio e no local onde é aplicada. Seu universo amostral é caracterizado por toda a população de Crissiumal, porém seus sujeitos são apenas as duzentas pessoas que responderam ao questionário aplicado. O embasamento teórico possibilita a busca por visões diferenciadas do mesmo assunto já publicadas em outros meios de informação. A pesquisa campal demonstra mais fidelidade aos _______________________

¹ Trabalho de Conclusão de Curso.

² Aluna do curso de administração da UNIJUÍ. marlei.conrad@yahoo.com.br

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resultados, pois é aplicada a população a qual se tem interesse em atingir. Para facilitar a pesquisa é retirada apenas uma amostra dessa população, que no caso são 200 famílias. Essa amostra é definida com base estatística que possibilita um menor número de sujeitos, mas que mesmo assim se obtém resultados fidedignos. Feita a coleta, no tratamento dos dados optou-se por usar planilhas do software Excel que facilitam muito a organização e a posterior interpretação através de gráficos para realizar a analise do que foi coletado e chegar aos resultados almejados.

Resultados

A empresa terá o nome de Schönes Haus, um nome em língua estrangeira que não teve grande aceitação e, portanto pretende-se buscar um novo nome. Buscando proporcionar maior valor agregado aos seus produtos utilizando-se de técnicas de marketing para engajar seus clientes e mostrar-lhes que tem muito a oferecer. Sua estrutura funcional é formada pela proprietária e por mais uma funcionária que auxiliará nas vendas e serviços em geral, com essa pequena equipe consegue-se reduzir custos com mão de obra e mesmo assim atender bem aos clientes, pois a loja possuirá um ambiente de autoatendimento, e somente a contabilidade será terceirizada.

A localização ficou estabelecida no centro da cidade, na Avenida Castelo Branco n° 805. Na estrutura física é necessária uma nova pintura e a renovação da fachada com um banner. Economicamente a empresa é tida como microempresa, em razão do seu faturamento anual ficar em torno de 300 mil reais, ela será optante do Simples Nacional, imposto que proporciona a unificação de várias taxas em uma única de acordo com o faturamento, sendo a taxa de 5,47%.

A Certa Soluções Tecnológicas será contratada como fornecedora do sistema informatizado. A construção de parceria com os fornecedores permite conseguir produtos mais diferenciados e da melhor qualidade, com prazos de entrega menores e prazos de pagamento maiores se necessário for. Outra parceria será constituída com uma costureira na qual acontecerá uma indicação recíproca que traz ganhos para ambas.

O setor de cama, mesa e banho tem forte participação de mercado e possui facilidade para encontrar fornecedores das mais diversas marcas. Como será a única loja que vende exclusivamente produtos desse tipo na cidade, sofre-se a ameaça do mercado não a suportar, e corre-se o risco da concorrência copiar o modelo de negócio adotado levando em conta que seria algo novo no município. Não possuir clientes, exige mais dispêndios financeiros da empresa em questão de atrair e fidelizar para construir uma carteira de clientes. Não pode-se menosprezar a falta de conhecimento do mercado, devendo ter uma atenção especial da proprietária que tem a obrigação de buscar sempre por novas informações e cursos.

Elaborou-se um questionário de pesquisa no qual se obteve vários resultados relevantes. A maioria dos respondentes procura informações sobre novos produtos na internet 54%, em lojas físicas 21% e com amigos e conhecidos 20%. O Facebook 80% foi a rede mais acessada, após o Instagram 8% e as outras com menor importâncias. O melhor meio obtido para atingir os clientes é através da internet (em redes sociais) 65%, e do rádio 14%, que são meios menos onerosos à empresa. Os clientes preferem dar presentes desse tipo de produtos em aniversários 28%, no Natal 15% e em outra ocasião 10%, o que mais releva é nenhuma das datas 36%.

Quanto a qual item pesa mais para o cliente comprar em determinada loja obteve-se que a maioria recorre a qualidade 60% e em seguida vem o preço 26% e o desconto 8% os outros itens com menor representatividade. A forma de pagamento mais utilizada é em

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dinheiro 33% e no crediário da loja 31%, mas o uso de cartões 25% também representou bastante, indicando que a empresa deve ter uma maquininha de cartões.

A frequência de compra dos clientes ficou entre os últimos seis meses 39% e no último mês 23%, e a quantidade de gasto ficou de cem até trezentos reais 42%, e até cem reais 35%, as quantias acima de trezentos reais somam 23%. A colocação de materiais para a confecção de produtos não é vantajosa uma vez que apenas 8% das respostas foram afirmativas para a compra de produtos inacabados, sendo que a maioria 92% prefere comprar artigos prontos. O que mais é apontado como fator de importância no relacionamento com uma loja é o bom atendimento 70%, qualidade 11%, variedade de produtos 9%, outros com menos importância.

Quanto a concorrência descobriu-se que o estabelecimento que mais se sobressai é a Por Menos 33%, a Cornelius 27%, Loja do Povo 10%, outras lojas 19%, o Supermercado Benedetti 8% e feitos com costureira apenas 3%. A preferência de fazer as compras nessas lojas é em razão do bom atendimento 24%, com importâncias parecidas ficam os outros quesitos de preço 18%, qualidade 19%, variedade de produtos 19% e formas de pagamento 16%, e o horário de atendimento 4%, sendo inviável adotar a estratégia de horário estendido já que os clientes não o consideram.

Os produtos oferecidos pela loja serão das mais diversas marcas, modelos e materiais. Como espaço físico não é grande a loja precisa ter parceria com os fornecedores com prazos de entrega bem programados e vantagens em relação aos custos de transporte. Pretende-se trabalhar com pedidos de venda para os clientes que escolhem a mercadoria se não tiver na loja e a recebem quando ela chegar. Cuidar dos estoques não adquirindo demais produtos e por fim precisar liquida-los a preços mais baixos que diminuam a lucratividade da empresa. O preço que a loja irá praticar será compatível com a qualidade dos produtos comercializados e não foge do que a concorrência aplica a seus artigos, ainda agregando valor aos produtos com dicas especiais, e explicações dispersadas em redes sociais e por e-mail. Os preços são definidos com base no markup de 1,98 e 2,22 método simples que multiplica o índice pelo custo do produto para obter o preço de venda.

Para o dia da inauguração serão distribuídos folhetos com o promocional de abertura e vinculadas propagandas nas rádios locais e em redes sociais. Para manter a loja bem visualizada será praticado o marketing institucional com a divulgação de informações sobre a loja e sobre os seus produtos comercializados e serviços oferecidos, e não apenas suas promoções com isso espera-se envolver mais os clientes com a história da loja.

No plano financeiro apurou-se um investimento inicial em torno de 70 mil reais, que irão cobrir os gastos pré-operacionais, os gastos fixos e o capital de giro para a inicialização das atividades, contudo irá ser preciso buscar 60% desse capital com terceiros. Na demonstração dos resultados projetou-se um crescimento anual em média de 1,5%, obtendo aumento no lucro nos cinco anos seguidos, com essa projeção de cenário positivo a empresa obtém um ganho que representa em media 20% do faturamento bruto anual. O índice de lucratividade de 19% deixa isso mais explicito. A rentabilidade do negócio obteve 6,83% de retorno sobre o investimento. Para atingir esses resultados é necessário vender mais que 280 unidades de produto, para pagar seus custos fixos de acordo com o ponto de equilíbrio contábil, e desprezando os custos não desembolsáveis que no caso é a depreciação, no ponto de equilíbrio financeiro são necessárias 274 unidades para cobrir os custos fixos. Do ponto de vista econômico são vendidas 480 unidades para atingir esse percentual de lucro.

O retorno desse investimento levará em torno de dois anos, mais precisamente de 15 a 18 meses de acordo com o payback simples e o payback atualizado respectivamente. Percebe-se que é um bom prazo de retorno para uma empresa desse porte. O valor atual líquido também demonstra a exequibilidade do empreendimento, posto que ao final dos períodos o resultado obtido é positivo e é maior que o investimento inicial. A taxa mínima de

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atratividade estabelecida em 18% foi superada pela taxa interna de retorno demonstrando que o projeto tem 83,85% de atratividade ficando evidenciado que a o investimento é viável.

Conclusão

A realização desse estudo viabiliza a experiência prática para a acadêmica de administração na realização de um plano de negócio que futuramente poderá vir a ser utilizado. De acordo com os objetivos se descobriu que é viável a implantação da loja Schönes Haus no município de Crissiumal. O publico alvo do negócio é a população crissiumalense, seu potencial de compra fica explicito na aplicação do questionário que aponta para o consumo destes artigos com certa frequência. Identificam-se ainda os principais concorrentes da loja que são a Por Menos, pertencente a uma rede varejista e a Loja Cornelius que é do local. Os fornecedores são de grandes marcas que possuem história de mercado e oferecem muita qualidade em seus produtos. Os produtos vão desde toalhas de banho, toalhas de mesa, tapetes, jogos de quarto entre outros de forma que agrade ao público feminino, masculino e infantil. Para abrigar esses produtos é necessária uma estrutura física e burocrática, esta última constituída como microempresa e optante do Simples Nacional, a estrutura física fica no centro da cidade em um local de grande movimento. A necessidade de investimento se identifica quando se somam os custos pré-operacionais, os custos fixos e o capital de giro para a abertura da loja sendo que estes somam cerca de 70 mil reais, e a proprietária dispõe de 40% desse valor, sendo que os outros devem ser financiados. Quando é projetada a receita vê-se que a empresa gera lucratividade e rentabilidade, e obtém o retorno do investimento em um período de tempo considerado razoável para o tamanho do negócio sendo o tempo de 15 a 18 meses, os outros indicadores de viabilidade como a TIR e o VAL também demonstram que é possível atingir resultados positivos. Chegado a esses resultados percebe-se que os objetivos definidos no início deste foram atingidos concluindo que o projeto é viável de ser executado.

Palavras-Chave: Empreendedorismo; Plano de negócio; Estudo de viabilidade; Cama, mesa

e banho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008, 3a ed. 232p.

SALIM, Cesar Simões; HOCHMAN, Nelson; RAMAL, Andrea Cecília; RAMAL, Silvina Ana. Construindo Planos de Negócios. Todos os passos necessários para planejar e desenvolver negócios de sucesso. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 338p.

TEIXEIRA, Enise Barth; ZAMBERLAN, Luciano; RASIA, Pedro Carlos; Pesquisa em administração. Ijuí : Ed. Unijuí, 2009. – 232 p. – (Coleção educação a distância. Série livro-texto).

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1. INTRODUÇÃO

O empreendedorismo vem tomando o seu lugar de destaque nas empresas, tanto nas novas quanto nas antigas. Os novos negócios que são criados se devem em grande parte ao espirito empreendedor de alguém que busca melhorar a qualidade de vida, sua e/ou da sociedade. Mas para não sentir a frustração de um negócio que não deu certo, o dono da ideia deve estudar primeiramente se a mesma tem validade ou não.

Portanto este plano de negócios visa à concretização da pesquisa para verificar a viabilidade de implantação da Loja Schönes Haus na cidade de Crissiumal, no Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Com a realização do planejamento adequado a implantação da empresa se torna mais segura, com menos riscos ao empreendedor.

Foi vislumbrada a oportunidade do negócio quando a acadêmica, então funcionária de uma loja de vestuário e alguns itens para a casa percebeu a necessidade que os clientes possuíam, sempre procurando por artigos diferentes nessa área para a casa. Assim decidiu-se realizar esse plano de negócio para ver se a abertura da nova loja especializada em cama, mesa e banho seria viável no município.

O trabalho é estruturado em cinco capítulos, iniciando com este texto de introdução, que apresenta uma ideia geral de como será o seu desenvolvimento. Após este se tem a contextualização do estudo onde se definem o tema, a questão do estudo, o objetivo geral e os objetivos específicos, e ainda a justificativa do trabalho. No terceiro capítulo apresenta-se o referencial teórico onde são vistos os principais conceitos em relação ao tema que são o varejo, o empreendedorismo e o plano de negócios neste último, será descrita toda sua estrutura. O quarto capítulo é referente à metodologia, em que é abordada a forma como o trabalho foi desenvolvido, com a classificação do mesmo, quem participou e como foi feita a coleta e a analise dos dados. Por fim tem-se a apresentação dos resultados do desenvolvimento do plano de negócio.

No plano de negócios são apresentados os principais itens de relevância para a formação de uma empresa. A começar pelo sumário executivo que é uma espécie de resumo, é ele que deve atrair o leitor através de uma leitura fácil contendo todas as informações mais relevantes do negócio. Na parte subsequente é apresentada a empresa, a sua missão e a sua visão, os seus objetivos, a sua estrutura de pessoal, quais os sistemas utilizados, suas parcerias e seu tamanho e localização. No plano de marketing, que é a próxima parte, é demostrado o mix de produtos, os preços e a promoção, sendo esta, a parte de maior importância no caso do cliente, pois é com o que ele mais possuirá contato. Na última parte é feito o plano financeiro

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que trará a resposta da viabilidade financeira desse negócio, com projeções de investimentos e resultados, fluxo de caixa, e ponto de equilíbrio. Após os resultados passam por uma avaliação com os índices de atratividade, é vista a lucratividade e a rentabilidade, o tempo de retorno calculado através do payback, o valor atual líquido do investimento e a taxa interna de retorno. Por fim, vem a conclusão do trabalho, apresentando uma visão crítica sobre o mesmo.

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2. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Neste capítulo será apresentado o tema do estudo, a caracterização da empresa que é estudada, em seguida a delimitação da questão de estudo. Logo após são definidos o objetivo geral e os específicos que nortearão a realização deste trabalho, e por fim a justificativa que traz a importância da realização deste estudo.

2.1 Apresentação do tema

O empreendedorismo esta presente há bastante tempo no mundo dos negócios, mas começou a se popularizar nos anos 90, e só continua crescendo no Brasil. Sempre se empreendeu quando visualizada uma oportunidade, ou quando não há opção no caso do desemprego. O empreendedorismo traz mais competitividade ao mercado, e quem souber aproveitar se dá bem. Os estudos realizados pelo SEBRAE em 2013 indicam que a mortalidade de empresas no país com até dois anos caiu, segue a demonstração no Gráfico 1.

Gráfico 1: Taxa de mortalidade de empresas de 2 anos e sua evolução no Brasil.

Fonte: SEBRAE, 2013, p. 20.

Porém deve-se levar em conta que já se passaram dois anos desde a realização dessa pesquisa, e o cenário continua em constante mudança. Segundo o IBGE é a primeira vez desde 2012 que o número de desempregados chega a dois dígitos, 10,2% da população brasileira em 2016 estão nessa situação (Site G1, 2016). Em consequência disso os números do varejo também despencam, conforme matéria publicada na revista Exame em 28 de fevereiro deste ano, em 2015 quase 100 mil lojas fecharam suas portas e para este ano espera-se que essa tendência continue.

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Para não ser mais uma empresa caindo nas estatísticas, o empreendedor deve saber bem o que esta fazendo. Por isso analisar primeiramente se um empreendimento é viável ou não torna os riscos de investimento mais baixos, trazendo maior segurança para o empreendedor, mas é claro que o mesmo também deve saber lidar com as adversidades que surgirão.

Um plano de negócios funciona como uma espécie de guia para o futuro empresário, é com ele que o empreendedor poderá verificar se o objetivo almejado poderá ser concretizado. Através da criação da empresa no papel, com a sua estrutura pronta, parte-se para o plano de marketing, que irá analisar o mercado, o mix de produtos, o preço, a promoção e outros itens. Após o plano financeiro dará a resposta concreta se a empresa terá lucros ou não, assim pode-se ter uma visão bem ampla de como irá funcionar o estabelecimento.

Depois de visualizada a oportunidade de negócio, resolveu-se através deste trabalho verificar a viabilidade do mesmo. Pretende-se abrir uma loja de cama, mesa e banho na cidade de Crissiumal chamada Schönes Haus (da tradução do alemão para o português fica Bela Casa), com produtos variados para atingir vários públicos, dado que a cidade é pequena e se torna importante garantir um número expressivo de clientes, para ter maior competitividade com a concorrência tornando necessário ter maior atenção com o público para sua fidelização.

2.2 Caracterização

Com esse plano de negócios pretende-se verificar se há a viabilidade para a abertura de uma loja de cama, mesa e banho na cidade de Crissiumal/RS. A instalação do estabelecimento será localizada na principal avenida da cidade próxima ao maior supermercado do município, local de grande fluxo de pessoas.

A empresa vai ser aberta na forma jurídica de microempresa, e vai optar pelo simples nacional, de início será contratada apenas uma funcionária que auxiliará nas vendas e outras funções pertinentes à empresa. O foco da loja é centrado em oferecer produtos de qualidade e diferenciados da concorrência, para atender a um público mais exigente.

A Schönes Haus vai fornecer muitas vantagens em relação a sua concorrência, através da parceria com fornecedores e serviços diferenciados ao cliente, é claro sempre visando o lucro da empresa.

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2.3 Problema

Seguindo o tema proposto, chega-se ao ponto de definir a sua problemática, é ela que determina qual a resposta que será procurada durante a pesquisa. Fundamentando-se na elaboração do plano de negócios para chegar até o resultado almejado, que pode ser tanto positivo quanto negativo, o último não sendo menos importante, pois estudar sobre a abertura de uma empresa impede as frustrações futuras.

O plano de negócios é a ferramenta ideal para a analise de viabilidade de um empreendimento, é ele que demonstra quais as chances do negócio de dar certo ou errado, é possível analisar os pontos fracos e fortes do novo modelo que é criado. Porém muitas empresas não oferecem a devida atenção a este assunto, desta forma este trabalho preocupa-se em responder a seguinte pergunta:

Existe viabilidade para a implantação da Loja Schönes Haus no município de Crissiumal/RS?

2.4 Objetivos

Para a realização de qualquer atividade é necessário o estabelecimento de objetivos. Eles são criados para alcançar o resultado de um trabalho, dando um rumo a seguir e por fim trazendo a resposta correta ao problema que foi anteriormente proposto.

2.4.1 Objetivo geral

Elaborar um plano de negócios para verificar a viabilidade para a implantação da Loja Schönes Haus na cidade de Crissiumal/RS.

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2.4.2 Objetivos específicos

Definir o perfil do público-alvo e o potencial de compra dos clientes da empresa; Identificar os concorrentes e fornecedores da organização;

Delinear quais os produtos a ser comercializados; Definir uma estrutura para a empresa;

Projetar necessidade de investimento, custos e receitas; Analisar os indicadores de viabilidade financeira do negócio.

2.5 Justificativa

Enfocado no empreendedorismo com uma ideia inovadora de negócio para a região, este trabalho agrega valor no sentido de inovar e trazer conhecimento para os diversos públicos interessados, como para a sociedade num todo e a universidade e seus futuros acadêmicos. Servindo assim como um incentivo aos estudantes interessados nessa área que poderão fazer o uso do trabalho para o desenvolvimento de novas pesquisas.

Este projeto possui grande relevância para a acadêmica que esta prestes a concluir seus estudos, pois ele é uma forma de criar autonomia em relação a suas atitudes frente a realidade externa a universidade, como as dificuldades em se fazer uma pesquisa igual a deste trabalho por exemplo. Justifica-se a utilização deste tema pela sua grande importância para a criação de uma organização.

A identificação da oportunidade se deu através do contato com os clientes da loja em que trabalhava a acadêmica, na época verificou-se o fato de que os consumidores procuram por produtos diferenciados nessa área e não os encontravam nas lojas existentes na cidade e acabavam comprando o que não queriam, por falta de opção ou não levavam nada. Assim surgiu a ideia de criar um plano de negócios para a atividade e quem sabe a partir de seu resultado concretiza-lo.

Sabe-se que muitos empreendedores não realizam estudos a cerca da criação de novas empresas, e isso pode acarretar em problemas futuros, como a falta de recursos financeiros por exemplo. É fundamental ter em mente o que a criação de uma empresa representa, e se é mesmo oportuno dar continuidade à ideia empreendedora. Assim este estudo pode ser destinado a qualquer individuo que possua interesse, mas tem principal importância

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para a acadêmica que pretende realizar um sonho pessoal, e com o trabalho verificar se é possível a execução do mesmo.

Para que este estudo seja realizável o mesmo é embasado em referenciais bibliográficos, que trazem toda a base teórica necessária para posteriormente evidenciar a realidade encontrada de forma mais clara e objetiva para o leitor. Já com o plano de negócio pretende-se descobrir se realmente é viável a instalação da empresa, nele são feitos estudos acerca dos investimentos necessários, da equipe, do tamanho da loja, do retorno do investimento, e outros quesitos necessários à abertura do negócio.

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3. REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo estão expostas as informações obtidas de fontes já existentes, como livros, revistas e sites. Essa parte é estruturada em quatro etapas, a primeira abordando o setor de atuação da empresa que é o comércio na área de varejo, a segunda abordará o empreendedorismo, a terceira parte apresentará os referenciais sobre o plano de negócio e por fim tem-se a abordagem de cada etapa da estrutura do plano.

3.1 O Varejo

É no mercado varejista em que é criado o maior número de empresas, pois é o modelo de negócio que mais é conhecido pelas pessoas em geral. É como explica Chiavenato (2007, p. 56):

As oportunidades para iniciar um negócio poderão estar em alguma das seguintes áreas: manufatura; atacado; varejo; serviços. Dentre as quatro áreas citadas, o varejo constitui a mais favorável aos novos empreendedores, por ser a entrada no mercado mais fácil e um tipo de negócio mais familiar aos consumidores.

O varejo é caracterizado por vendas em pequenas quantidades ou da prestação de serviços para indivíduos ou famílias. De acordo com Salim (2005, p. 7) ―a venda a varejo é aquela em que o fornecedor vende diretamente ao consumidor final em quantidades geralmente pequenas, para seu próprio consumo‖.

Os varejistas também são intermediários de mercado, ou seja, participam dos canais de distribuição que levam os produtos até o consumidor final, satisfazendo as suas necessidades vendendo mercadorias ou serviços. É um setor muito importante, pois emprega milhares de pessoas e leva os produtos até o consumidor final. Através da compra dos produtos dos fabricantes ou dos atacadistas o varejista os oferece ao público em geral em um local adequado, com espaço, cartazes e um estoque inicial de mercadorias, o investimento pode ser relativamente baixo, dependendo do tamanho do negócio (CHIAVENATO, 2007).

Levy (2000, p. 27) em seu livro sobre varejo, traz a seguinte definição para o mesmo:

É um conjunto de atividades de negócios que adiciona valor a produtos e serviços vendidos a consumidores para seu uso pessoal e familiar. As pessoas frequentemente consideram o varejo somente como a venda de produtos em lojas. Entretanto o varejo envolve também a venda de serviços [...]

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O mesmo autor ainda traz a definição de varejista, aquele que pratica o varejo, que seria ―um negociante que vende produtos e serviços de uso pessoal ou familiar aos consumidores. Um varejista é o último negociante de um canal de distribuição que liga fabricantes a consumidores‖ (LEVY, 2000, p. 26).

Segundo Levy (2000) o varejo faz o varejista enfocar e determinar as necessidades de seus mercados-alvo, e a satisfazer melhor os seus clientes que os seus concorrentes. Assim pode-se observar que o varejo é o contato direto do consumidor com o varejista, sendo através da internet ou em lojas físicas, é o varejista que deve buscar realizar as necessidades e desejos do cliente.

3.2 O empreendedorismo

Todo o negócio tem o seu precursor, para qualquer empresa é indispensável ter alguém que lidere e vislumbre oportunidades, traga ideias novas e as faça evoluir, assim é o empreendedor. ―O empreendedor é alguém que sonha e busca transformar seu sonho em realidade‖ (DOLABELA, 2006, p. 25). É alguém que tem vontade de mudar, criar algo, revolucionar o lugar onde vive ou a empresa em que trabalha.

Salim et al (2005) dizem que transformar uma oportunidade em negócio é o que o empreendedor faz. E para expressar essa transformação a ferramenta usada é o plano de negócios, e o modo como se materializa essa oportunidade é a empresa que vai ser criada ou usada para operar, produzir ou desenvolver o novo produto.

Além da vontade interior da pessoa empreendedora, Dolabela (2006) afirma que também há uma influencia cultural, e que de acordo com pesquisas os empreendedores sempre possuem um modelo, alguém que os influencia.

Com grande participação na economia, igualmente na geração de emprego, o empreendedorismo está presente há muitos anos, sendo difundido cada vez mais e com um foco também mais moderno. Para Dornelas (2008, p. 22), ―empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam à transformação de ideias em oportunidades. E a perfeita implementação destas oportunidades leva à criação de negócios de sucesso‖.

―O termo empreendedor do francês entrepreneur - significa aquele que assume riscos e começa algo novo‖ (CHIAVENATO, 2007, p. 3).

(22)

Alguns autores trazem aspectos e características referentes ao empreendedor, Dornelas (2008, p.23) cita os seguintes aspectos:

 Tem iniciativa para criar um novo negócio e paixão pelo que faz.

 Utiliza os recursos disponíveis de forma criativa, transformando o ambiente social e econômico onde vive.

 Aceita assumir os riscos calculados e a possibilidade de fracassar.

Já Chiavenato (2007) por sua vez traz três características básicas de um empreendedor, são elas:

A necessidade de realização: seriam as pessoas com alta necessidade de realização,

que gostam de competir e ser responsáveis por tarefas e objetivos que atribuíram a si próprias.

Disposição para assumir riscos: ao iniciar o próprio negócio se assumem riscos

tanto financeiros, com o investimento de capital próprio, riscos familiares, psicológicos, com a possibilidade de fracassar em negócios arriscados. A preferencia por certo grau de risco reflete a autoconfiança do empreendedor.

Autoconfiança: quem sente autoconfiança acredita em suas habilidades pessoais, e

tem confiança que com elas pode resolver os problemas inerentes a seu novo negócio.

Com essas habilidades e características o empreendedor se torna, conforme Dolabela (2008, p.67) ―alguém capaz de identificar, agarrar e aproveitar uma oportunidade, buscando e gerenciando recursos para transformar a oportunidade em negócio de sucesso‖.

Chiavenato (2007, p. 7) afirma o seguinte:

O empreendedor é a pessoa que consegue fazer as coisas acontecerem, pois é dotado de sensibilidade para os negócios, tino financeiro e capacidade de identificar oportunidades. Com esse arsenal, transforma ideias em realidade, para benefício próprio e para benefício da comunidade. Por ter criatividade e um alto nível de energia, o empreendedor demonstra imaginação e perseverança, aspectos que, combinados adequadamente, o habilitam a transformar uma ideia simples e mal estruturada em algo concreto e bem-sucedido no mercado.

Para que possa então ter sucesso no seu empreendimento o novo empresário precisa estar de olho nas mudanças do mercado, estar atento às oportunidades que surgem e com suas habilidades fazer o melhor que puder para a sua empresa crescer.

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3.3 O Plano de Negócios

Cada vez mais popular o plano de negócios adquire mais aceitação, além de ser uma ferramenta indispensável para o empreendedor utilizar em prol da realização de suas ideias. É o plano de negócios que analisa a viabilidade ou não da inserção do novo negócio no mercado. Assim condizem Filion e Dolabela (2000, p.164), o plano de negócios é, antes de tudo, ―o processo de validação de uma ideia, que o empreendedor realiza através do planejamento detalhado da empresa‖.

Com o plano de negócios nada passa despercebido, e a viabilização da ideia se torna mais segura. Os conjuntos de dados analisados no plano discorrem sobre o futuro da organização, é através dele que se definem as características da empresa e os riscos de seu funcionamento.

Conforme Salim et al (2005, p.3) o ―Plano de Negócios é um documento que contém a caracterização do negócio, sua forma de operar, suas estratégias, seu plano para conquistar uma fatia do mercado e as projeções de despesas, receitas e resultados financeiros‖.

Para Chiavenato (2007, p. 132), o plano de negócios:

[...] descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadológicos, operacionais e financeiros dos negócios propostos, geralmente, para os próximos três ou cinco anos. Seu preparo permite a análise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetória decadente que o levará do entusiasmo à desilusão e ao fracasso.

Segundo Dolabela (2006, p.88) ―O Plano de Negócios é uma linguagem para descrever de forma completa o que é ou o que pretende ser uma empresa‖.

Conforme o SEBRAE (2013, p 13):

Um plano de negócio é um documento que descreve por escrito os objetivos de um negócio e quais passos devem ser dados para que esses objetivos sejam alcançados, diminuindo os riscos e as incertezas. Um plano de negócio permite identificar e restringir seus erros no papel, ao invés de cometê-los no mercado.

Dornelas (2005, p.107), em relação ao tamanho do documento afirma que ―não existe um tamanho ideal ou quantidade exata de páginas. O que se recomenda é escrever um plano de negócios de acordo com as necessidades do público-alvo‖. Ainda de acordo com o mesmo autor, o plano de negócio deverá atender a alguns objetivos básicos relacionados ao mesmo:

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1. Testar a viabilidade de um conceito de negócio 2. Orientar o desenvolvimento das operações e estratégias 3. Atrair recursos financeiros

4. Transmitir credibilidade

5. Desenvolver equipe de gestão (DORNELAS, 2005, p.100).

O mesmo autor ainda cita algumas possibilidades que se tem com a realização do plano:

• Entender e estabelecer diretrizes para o seu negócio.

• Gerenciar de forma mais eficaz a empresa e tomar decisões acertadas. • Monitorar o dia-a-dia da empresa e tomar ações corretivas quando necessário. • Conseguir financiamentos e recursos junto a bancos, governo, SEBRAE, investidores, capitalistas de risco etc.

• Identificar oportunidades e transformá-las em diferencial competitivo para a empresa.

• Estabelecer uma comunicação interna eficaz na empresa e convencer o público externo (fornecedores, parceiros, clientes, bancos, investidores, associações etc.), (DORNELAS, 2005, p.99).

Lacruz (2008) entende que a maneira de transformar sonhos em realidade de maneira racional e objetiva, é através do plano de negócios, e que o mesmo também diminui os riscos e as incertezas inerentes às ambições que se tem. Sendo assim muito importante para novas empresas, tanto quanto para aquelas que já existem, o plano de negócios oferece muitas oportunidades, segundoFilion e Dolabela (2000, p.165) os planos de negócios:

Indicam alto potencial de sucesso são publicados e servem de base tanto para busca de parceiros, sócios e financiamentos como para a implantação da empresa. É nesse momento que o plano de negócio emerge como uma linguagem para descrever um empreendimento ou uma empresa, exigindo-se que seja elaborado de forma clara e inteligível para todos, afinal será o documento básico para negociação e obtenção de recursos.

―O plano de negócios é a validação da ideia, a análise de sua viabilidade como negócio. Ele acumula a forma de percepção e apreensão da realidade utilizada pelo empreendedor real‖ (DOLABELA, 2008, p.164).

Conforme o que declara Lacruz (2008) ao fazer o plano de negócios adquire-se conhecimento do empreendimento e do mercado no qual se está inserido, aumentando as chances de conseguir os melhores resultados para o futuro da empresa.

Quanto ao principal usuário tem-se opiniões unanimes, para Dolabela (2006) e para o SEBRAE (2013) o maior interessado no plano de negócios é o próprio empreendedor. Porém, além do uso próprio, subsidiando decisões e diminuindo a taxa de risco, a analise mais

(25)

profunda do plano pode ser usada para conseguir novos sócios e investidores, para estabelecer parcerias ou mesmo financiamentos.

Dolabela (2006, p. 90) afirma que os principais ―clientes‖ do plano de negócios são:

 O próprio empreendedor  Sócios e empregados  Sócios em potencial

 Parceiros em potencial (distribuidores, representantes)

 Órgãos governamentais de financiamento, bancos, capitalistas de risco (para obtenção de recursos de qualquer fonte)

 Grandes clientes atacadistas, distribuidores  Franqueados

Portanto é preciso saber qual público atingir, para quem será apresentado, para direcionar as informações e com isso conseguir os parceiros necessários para a elaboração do negócio e transforma-lo em sucesso. Para ser usado de forma correta na empresa e ser entendido por todos os seus interessados, a sua estrutura deve estar de acordo com o ramo de atuação da empresa. Por isso os itens que o compõe devem ser bem analisados para depois fazer parte da estrutura do plano de negócios.

Dornelas (2008) comenta que não existe uma estrutura rígida e especifica para um plano de negócios, pois cada um tem suas particularidades e semelhanças, tornando a definição de um plano padrão e universal, uma tarefa impossível de ser aplicado a qualquer negócio.

Parecida com a opinião descrita anteriormente, Lacruz (2008) também afirma que não há uma única maneira de elaborar um plano, mas deixa a sugestão de que o mesmo poderia ser feito com profundidade nas informações, porém deixando o entusiasmo para executar a elaboração do plano e não nas suas informações, pois elas devem ser aproximadas ao máximo da realidade.

Chiavenato (2007, p. 135) afirma que:

Todo novo empreendimento deve ser visualizado do ponto de vista de um plano de negócio completo e que contenha todos os elementos importantes para caracterizá-lo adequadamente. O plano deve trazer a descrição do setor, a natureza jurídica do negócio, a estrutura organizacional da empresa, os relatórios financeiros simulados, um plano estratégico e um plano operacional.

O plano de negócios não tem uma estrutura padrão, mas para a empresa obter sucesso é importante que o mesmo seja elaborado com bastante atenção não deixando que

(26)

nenhum detalhe fique de fora. É imprescindível que seja bem organizado, pois é através do plano que se terá a ideia do empreendimento descrita no papel.

Para Filion e Dolabela (2000, p. 166), o plano de negócios possui quatro componentes:

I. Sumário Executivo II. A Empresa

III. Plano de Marketing IV. Plano Financeiro

Esses componentes podem ser subdivididos criando maior possibilidade de detalhamento e entendimento, completando ainda mais o plano de negócios. Assim, Dolabela (2006, p. 158) traz a estrutura de um plano de negócios detalhada com suas várias tarefas, no Quadro 1 pode-se visualizar essa estrutura:

Quadro 1: Detalhamento das tarefas do Plano de Negócio 1. Sumário executivo

2. A empresa 2.1. A missão 2.2. A visão

2.3. Objetivos da empresa

2.4. Estrutura organizacional e legal Descrição legal Estrutura funcional 2.5. Sistemas de gestão 2.6. As parcerias 2.7. Tamanho e localização 3. O plano de marketing 3.1. Análise de mercado O setor Oportunidades e ameaças A clientela A concorrência Fornecedores 3.2 O produto 3.3 Vantagem competitiva 3.4 Preço 3.5 Promoção e propaganda

3.6 Serviços ao cliente (venda e pós-venda) 3.7 Relacionamento com os clientes 4. Plano Financeiro

4.1. Investimento inicial 4.2. Projeção dos resultados 4.3. Projeção de fluxo de caixa 4.5. Ponto de equilíbrio 4.6 Análise de Investimento Lucratividade

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Rentabilidade

Tempo de retorno do investimento — Payback Valor atual líquido

Taxa interna de retorno

Fonte: Adaptado de Dolabela, 2006.

3.4 Estrutura do plano de negócio

Nessa seção do trabalho é explicitado de forma teórica cada tópico da estrutura do plano de negócio, para posteriormente na execução do mesmo haver um melhor entendimento. Serão retomados conceitos sobre o sumário executivo, a parte inicial do plano, alguns conceitos fundamentais para a parte sobre a empresa, e sobre os planos de marketing e financeiro com seus respectivos tópicos. Na Figura 1 pode-se ter uma visão mais clara de como vai ser a estrutura do plano.

Figura 1: Estrutura do Plano de Negócio

Fonte: Elaboração própria.

3.4.1 Sumário executivo

O sumário executivo é a parte inicial do plano de negócio que tem como objetivo atrair o leitor, e lhe informar detalhes importantes sobre o negócio estudado. Para Filion e Dolabela (2000, p.167), ―[...] o objetivo do sumário executivo é oferecer ao leitor, de forma objetiva e resumida, uma visão geral do negócio, as estratégias propostas e os principais resultados a serem alcançados‖.

Sumário Executivo

Empresa Plano de

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Segundo o entendimento de Salim (2005, p.41) sumário executivo é:

Um extrato competente e motivante do Plano de Negócios. Qual é a área de negócios, qual o produto ou serviço, qual o mercado e que fatia desse mercado queremos obter? Qual investimento necessário, em quanto tempo vamos recuperar o dinheiro investido e qual o rendimento que vamos ter de nosso investimento em um prazo estabelecido? Tudo isso, sem explicar em detalhes, mas dito de maneira clara, objetiva e sucinta.

É o sumário executivo que despertará o interesse do leitor em avançar na leitura. Ele apresenta de forma resumida o projeto, a entidade com as condições que comprovem a consistência da empresa. São descritos o tipo de produtos/serviços a serem oferecidos, seu diferencial e colocação no mercado (ROSA et al, 2011).

Percebe-se que é de extrema importância essa parte inicial do plano, pois é ela que atrai o leitor para o restante da leitura, se não houver um bom desenvolvimento nessa etapa poderá não haver o surgimento do interesse pelo restante do texto. Portanto é necessário que o autor do plano de negócio dê uma atenção especial ao desenvolvimento do sumário executivo.

3.4.2 A empresa

Na parte da empresa ―são apresentadas as ideias que dão vida à empresa, bem como sua estrutura de funcionamento legal e operacional‖ (FILION e DOLABELA, 2000, p.169).

No entendimento de Rosa; et all (2011, p. 7) descrição da empresa é:

Onde se descreve dados da empresa, como razão social, histórico, capital social, estrutura organizacional e legal, localização, parcerias, certificações de qualidade, serviços terceirizados, etc. Importante também, descrever as pessoas envolvidas, a busca por potenciais para desenvolvimento e estratégia da empresa, junto com seu crescimento. Também devem ser apresentados o nível educacional e a experiência dos executivos, gerentes e funcionários operacionais, indicando-se os esforços da empresa na formação de seu pessoal.

De acordo com Kuhn e Dama (2009) essa etapa é um resumo da estrutura organizacional da empresa, como e quem irá administra-la, sua estrutura legal, seu tamanho, sua localização, da sua infraestrutura e a sua necessidade ou não de parcerias.

Nessa parte é detalhado tudo o que se pretende instituir na empresa, abordando a estrutura legal e operacional do negócio. Aqui são descritos o seu propósito, como é

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constituída juridicamente e seu enquadramento fiscal, os seus produtos, a sua localização, a composição do capital, e demais itens.

a) Missão

Missão é a função que a empresa vai exercer para o mercado, provendo-lhe de produtos, serviços ou ambos (SALIM, 2005). É a missão que resume os objetivos do negócio, os produtos que oferece e o mercado que deseja atingir.

O autor Baggio (2010) comenta que todas as organizações possuem uma missão, explicita ou não. É o motivo central do planejamento estratégico, pois é ela que dá a direção a seguir para a organização, sendo assim as empresas devem rever periodicamente sua missão.

Ainda de acordo com o mesmo autor ―missão consiste em explicitar a principal razão da existência da organização, que tipo de benefício ela pode oferecer e o grau de adequação diante das oportunidades e pressões externas‖ (BAGGIO, 2010, p. 55).

Segundo o SEBRAE (2013, p. 26) ―a missão da empresa é o papel que ela desempenha em sua área de atuação. É a razão de sua existência hoje e representa o seu ponto de partida, pois identifica e dá rumo ao negócio‖. Portanto a missão é um item fundamental para a empresa definir e comunicar tanto para consumidores quanto para seu público interno, este que deve ter claro seus objetivos a seguir.

b) A visão

A visão deve expressar a vontade do empreendedor, é onde e como ele quer estar em certo período de tempo. Como afirma Chiavenato (2007, p. 146):

Enquanto a missão se refere à essência do negócio e da sua própria razão de ser e de existir, a visão está focada no futuro e no destino. A visão é a imagem que o empreendedor tem a respeito do futuro do seu negócio. É o que ele pretende que o negócio seja dentro de um certo horizonte de tempo.

O autor ainda conclui que quanto mais o empreendedor divulgar a visão que possui do negócio, mais os seus parceiros e colaboradores saberão o que fazer para chegar lá, e ajudar a empresa a alcançar o sucesso. ―O empreendedor precisa transmitir o que tem em

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mente para o seu negócio e a visão constitui a imagem mais apropriada para isso‖ (CHIAVENATO, 2007, p. 147).

c) Objetivos da empresa

Os objetivos são as situações ou resultados futuros desejados para a empresa. Tanto os objetivos quantitativos, quanto as metas possuem três elementos importantes: um item, um valor e um prazo. Já para os objetivos qualitativos deve-se acrescentar uma explicação adicional que dê maior entendimento na sua avaliação (BAGGIO, 2010).

―Nas empresas existem os objetivos institucionais e os objetivos estratégicos. Os institucionais integram os seus estatutos, regimentos ou contratos, já os objetivos estratégicos são aqueles definidos para um período específico de gestão da empresa‖ (BAGGIO, 2010, p. 19).

Segundo Dolabela (2006, p. 207) os ―objetivos são as definições daquilo que deve ser realizado pela empresa nas áreas principais, durante períodos específicos de tempo‖.

Para atingir os objetivos deve haver um planejamento, de acordo com Baggio (2010) a construção da ―organização que queremos‖ ocorre através da definição dos referenciais estratégicos, que constituem-se da visão, dos objetivos, das estratégias gerais, do organograma e dos aspectos críticos.

d) Estrutura organizacional e legal

Aqui são descritas as informações sobre a estrutura organizacional da empresa, que diz respeito às funções atribuídas aos seus colaboradores, e quanto a sua descrição legal informando sobre a formalização da empresa e seu enquadramento tributário.

Descrição legal

A descrição da estrutura legal, diz respeito ao enquadramento da empresa quanto ao setor de atividade em que atua ou pretende atuar, seu porte, constituição jurídica e enquadramento tributário. Inclui ainda a forma como a sociedade está constituída, quem são os sócios, sua forma de participação, seu envolvimento e suas funções (LACRUZ, 2008).

Primeiramente a empresa se constitui em pessoa jurídica, por praticar o comércio ou outras atividades mesmo que sem fins lucrativos. Conforme Basso (2011, p. 36) a ―pessoa jurídica é um ente constituído geralmente por pessoas físicas para praticar atividades

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comerciais, industriais, de prestação de serviços e mesmo de natureza social, cultural, recreativa, desportiva entre outras sem fins lucrativos‖.

Na mesma linha de pensamento o SEBRAE afirma que o primeiro passo é a constituição formal da empresa, ou seja, a definição da sua forma jurídica. Sendo que ―a forma jurídica determina a maneira pela qual ela será tratada pela lei, assim como o seu relacionamento jurídico com terceiros‖ (SEBRAE, 2013, p. 29). As formas jurídicas que podem ser adotadas são as seguintes:

 Microempreendedor Individual – MEI

 Empresário Individual

 Empresa Individual de Responsabilidade Limitada – EIRELI

 Sociedade Limitada

Enquanto ao enquadramento tributário, que será o simples nacional, tem-se a seguinte classificação conforme o SEBRAE (2009, p. 31):

o simples nacional destina-se as empresas que se beneficiarão da redução e simplificação dos tributos, além do recolhimento de um imposto nico. O enquadramento no simples está sujeito à aprovação da Receita Federal e considera a atividade e a estimativa de faturamento anual da empresa. A Lei também prevê benefícios quanto à desburocratização, acesso ao mercado, ao crédito e a justiça, o estímulo à inovação e à exportação.

No Quadro 2 apresentam-se as formas jurídicas com que a empresa pode ser constituída para se enquadrar no simples nacional com seu respectivo requisito de faturamento.

Quadro 2: Enquadramento das empresas para o simples conforme receita bruta.

Classificação Receita bruta anual

Microempresa (ME) Igual ou menor a R$ 360 mil

Empresa de Pequeno Porte (EPP) Superior a R$ 360 mil inferior a R$ 3,6 milhões Micro Empreendedor Individual (MEI) Inferior a R$ 60 mil

Fonte: Adaptado de SEBRAE, 2013.

Alguns outros pontos sobre as empresas cadastradas nesse regime: Para a ME ou a EPP o simples abrange os seguintes tributos e contribuições IRPJ, CSLL, PIS/PASEP, COFINS, IPI, ICMS, ISS e a Contribuição para a Seguridade Social Patronal.

(32)

A estrutura funcional

A estrutura funcional da empresa é aquela que define as funções dos colaboradores da mesma, de acordo com Pizolotto (2008) a estrutura pode ser classificada de três formas, simples, burocrática e estrutura matricial.

A estrutura simples costuma ser caracterizada mais pelo que ela não é do que pelo que ela é. Ela não é elaborada, possui baixo grau de departamentalização, grande amplitude de controle, autoridade centralizada em uma única pessoa e pouca formalização.

A estrutura simples é mais conhecida como organização ―achatada‖, pois geralmente possui apenas dois ou três níveis hierárquicos e um indivíduo que concentra em si toda a autoridade do processo decisório. A estrutura simples é mais frequente em pequenos negócios em que o proprietário é também o principal dirigente. (PIZOLOTTO, 2008, p. 83)

Como exemplo de estrutura funcional/organizacional pode-se citar o organograma da empresa que tem em si descritos os cargos e suas funções além de ser estruturado hierarquicamente, o que facilita o entendimento do funcionamento da organização. ―Define-se estrutura organizacional como sendo as tarefas formalmente distribuídas, agrupadas e coordenadas‖ (ROBBINS, 2005 apud PIZOLOTTO, 2008, p. 76).

Kuhn e Dama (2009) afirmam que mesmo numa empresa pequena, com poucos funcionários é importante a definição de responsabilidades, para evitar o acumulo de funções. Com a definição das atividades de cada colaborador fica mais evidente o papel de cada um dentro do funcionamento geral da empresa. Se cada parte envolvida executar suas atividades conforme o que lhe foi designado a empresa funcionará como um sistema integrado gerando valor para os seus resultados.

e) Sistemas de gestão

O sistema de gestão adotado deve abranger todos os subsistemas de gestão da organização de forma a interconecta-los para maior eficiência do sistema como um todo. Crucial para o bom funcionamento do sistema de gestão é um sistema de informações, que dará o apoio necessário para as decisões a ser tomadas pelo empreendedor.

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Conforme Marks e Griebeler (2012, p. 16):

um sistema de informação é um conjunto de elementos composto por computadores, programas, banco de dados, pessoas e regras, que capta dados e informações na empresa e de fora dela, faz o processamento desses dados e informações e os disponibiliza de forma bem-organizada para que sejam úteis à administração da empresa.

Os sistemas de informações possuem três funções básicas que são: a entrada; o processamento; e a saída. O conjunto de elementos que compõe o sistema de informações executa quatro atividades, sendo elas: coletar, processar, armazenar e disponibilizar as informações (MARKS e GRIEBELER, 2012).

Com a utilização de um sistema de informações a função de gerir fica muito mais fácil para o gestor que possui a seu alcance todos os dados da empresa, que podem ser interpretados de maneira mais rápida e precisa pelo sistema. Assim o gestor toma as suas decisões com base em informações coerentes possibilitando dessa forma o melhoramento do funcionamento geral da empresa.

f) As parcerias

As parcerias podem ser aquelas normais, como as estabelecidas com os fornecedores de pedido e entrega de produto, ou parcerias estratégicas, que também pode ser com o fornecedor, porém ambos desenvolvem uma estratégia para em conjunto oferecer algo a mais ao cliente como uma entrega mais rápida, um preço mais em conta. Podem-se incluir como parcerias estratégicas as empresas de outros ramos, os concorrentes, os clientes entre outros que possam oferecer vantagem competitiva ao negócio se aliados para atingir objetivos em comum. Seguem algumas considerações importantes sobre:

A parceria pode ser uma interessante opção para alguns empreendedores ou uma necessidade de mercado, pois com ela é possível dividir tarefas sem que exista concorrência entre as partes envolvidas, garantindo independência para ambas. A opção por parceria deve ser bem avaliada pelas partes envolvidas.

É importante definir claramente quais são as responsabilidades e os deveres de cada um dos parceiros para que não surjam dúvidas ou conflitos depois de iniciado o negócio. Também os retornos precisam ser bem definidos para evitar problemas posteriores (CHIAVENATO, 2007, p. 115).

No estabelecimento de parcerias estratégicas a empresa deve buscar aquelas que de alguma forma possam lhe oferecer uma vantagem competitiva para proporcionar valor ao

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cliente. Nas parcerias normais, que precisam existir para a empresa funcionar, também pode ser empregada uma estratégia que proporcione vantagem para ambos os lados.

g) Tamanho e localização

A questão de qual estrutura será utilizada é muito importante, pois facilita muito os planejamentos financeiros que serão necessários para os investimentos fixos, e seus custos com aluguel. Saberá com a sua definição se haverá facilidade de acesso por parte dos clientes e fornecedores.

A localização objetiva analisar os fatores locacionais que influenciam a empresa, tais como: a existência e a procedência (distância) de matéria-prima, as exigências em termos de infraestrutura, a influência do custo de frete tanto para o transporte da matéria-prima como para o transporte junto ao cliente (praça de distribuição). (KUHN E DAMA, 2009, p. 58).

Chiavenato (2007) determina alguns fatores de localização que influenciam a atividade comercial, são eles:

• Proximidade dos clientes • Facilidade de acesso • Facilidade de transporte • Facilidade de estacionamento • Infraestrutura para recreação • Adequação do local

• Visibilidade

• Baixos custos imobiliários • Baixos custos condominiais • Aparência do local

―Os fatores de localização devem ser avaliados objetivamente para que se pondere sobre o local em que empresa será instalada‖ (CHIAVENATO, 2007, p.179). Segundo o mesmo autor a localização ideal é aquela que atende a vários dos fatores citados, ainda pondera que pode existir um fator predominante, no caso da empresa em estudo a proximidade com os clientes.

Já o arranjo físico que é o projeto da área de trabalho deve conter o planejamento do espaço físico a ser ocupado pelas instalações do negócio. É ele que representará a melhor posição dos equipamentos, móveis, e de todos os recursos ao longo do processo. O arranjo

(35)

físico é retratado através do layout que mostra na forma de uma figura plana o modo de dispor, ordenar e esquematizar o local (CHIAVENATO, 2007).

3.4.3 Plano de marketing

Logo depois vem o plano de marketing que segundo os autores Filion e Dolabela (2000, p.171) ―é constituído por ações em dois momentos: análise prévia de mercado e estratégia a ser executada após o início das atividades‖.

Na opinião de Lacruz (2008, p. 23):

O Plano de Marketing é o elo entre a empresa e o cliente. Através do Plano de Marketing definem-se estratégias que objetivam convencer clientes em potencial a comprarem o produto / serviço da sua empresa (tornando-se clientes reais) em vez dos oferecidos pelos concorrentes.

Para Rosa; et al (2011, p. 8) o plano de marketing:

[...] apresenta quatro estratégias, o marketing mix, estratégias de ponto, produto, preço e promoção, que definirá como a empresa pretende vender seu produto e conquistar seus clientes, manter o interesse dos mesmos e aumentar a demanda. Deve abordar seus métodos de comercialização, diferenciais do produto para o cliente, política de preços, principais clientes, canais de distribuição e estratégias de promoção/comunicação e publicidade com o objetivo de informar, persuadir os clientes sobre o produto, também, elaborar projeções de vendas.

―Esse plano é como um mapa — mostra à empresa para onde ela está indo e como vai chegar lá‖ (DOLABELA, 2006, p, 164). Ainda conforme Dolabela (2006), é um plano de ação coordenado que combina todos os elementos do composto mercadológico, nele são estabelecidos os objetivos, e eleitas as estratégias mais viáveis para atingi-los.

Portando é uma das partes mais importantes do trabalho todo, pois o plano de marketing é que tem o maior ―contato‖ com o cliente, sendo o mesmo decisório para vários fatores como qual produto será ofertado e por qual preço, como será feita a sua promoção perante os clientes e em que local será vendido.

a) Análise de mercado

Para compreender o mercado em que a empresa está, deve-se realizar pesquisas de mercado, ou seja, uma analise do mesmo. Esta é uma forma de manter atualização constante,

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sobre as oportunidades, ameaças, mudanças e tendências. Conforme o autor Dolabela (2006, p. 160), a análise de marketing:

Consiste em compreender as forças atuantes no mercado em que a empresa opera ou pretende operar no futuro. É um processo contínuo de investigação das condições que determinam a localização, a natureza, o tamanho, a direção e a intensidade daquelas forças vigentes no mercado que interessam comercialmente à empresa. Implica busca e processamento sistemático de informações para reduzir os riscos das decisões. São feitos levantamentos e interpretações de informações que visam facilitar algum processo decisório específico.

Na analise é importante coletar informações relacionadas a diversos pontos, seguem abaixo alguns deles:

Sobre o setor de atividade, que no caso é o setor de comércio, é definido pelo SEBRAE (2013) como as empresas que vendem mercadorias diretamente ao consumidor (varejistas), e aquelas que compram da fábrica para vender no varejo (atacadista). Dolabela (2006, p. 172) afirma que nessa parte é importante ―descobrir se o mercado está em crescimento, estagnado ou em declínio, e as possíveis razões para isso. Essas questões podem ser importantes, porque indicam a tendência do setor em que o empreendedor deseja entrar‖.

Após definidas essas questões é hora de analisar as oportunidades e ameaças, o que pode ser feito através da matriz FOFA, abreviatura para Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças. De acordo com o SEBRAE (2013) o objetivo da FOFA é detectar pontos importantes, tendo por finalidade corrigir as deficiências da empresa e torna-la mais eficiente e competitiva. Segue o Quadro 3, no qual é apresentada a matriz FOFA.

Quadro 3: Matriz FOFA. Forças

Faça uso das forças

São características internas da empresa ou de seus donos que representam vantagens competitivas sobre seus concorrentes ou uma facilidade para atingir os objetivos propostos.

Oportunidades

Explore as oportunidades

São situações positivas do ambiente externo que permitem à empresa alcançar seus objetivos ou melhorar sua posição no mercado.

Fraquezas

Elimine as fraquezas

São fatores internos que colocam a empresa em situação de desvantagem frente à concorrência ou que prejudicam sua atuação no ramo escolhido.

Ameaças

Evite as ameaças

São situações externas nas quais se têm pouco controle e que colocam a empresa diante de dificuldades, ocasionando a perda de mercado ou a redução de sua lucratividade.

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